Revista Realismo

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uma nova forma de expressão

Saiba como começou o realismo, quais eram seus principais ideais, seus principais escritores, o que o influenciou e quais as novas ideias que fez com que surgissem.

machado de assis - ícone nacional

Descubra o que fez com que Machado se tornasse um dos escritores mais reconhecidos em todo o mundo e por que suas obras podem ser consideradas um marco inicial.

resenha do livro - Dom casmurro

Ele te deixa um gostinho de quero mais a cada página, conheça um pouco sobre o romance que está conquistando cada vez mais as pessoas por todo o mundo.

as 6 melhores poesias da semana

Saiba porque elas foram consideradas as melhores da semana. Aproveite para se inspirar e seguir os belos versos do autor.

tendências Realistas

Descubra toda indumentária da moda do século XIX, além de conferir inúmeras tendências para este ano inspiradas no modo de vida realista e naturalista.

curiosidades do século XIX

Confira todas as curiosidades e invenções do século XIX, saiba também as histórias por trás de todos esses engenhos e como eles influenciaram o mundo.

a música do realismo

Veja como era a música no século XIX, além de aprender sobre os valores que elas passavam, as visões que tinham, e os pensamentos que elas inspiravam.

filme e minissérie do livro

Conheça o filme baseado no livro de Machado de Assis, veja também a história através da minissérie inspirada no livro, aproveite!


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UMA NOVA FORMA DE

EXPRESSÃO

breza, miséria, exploração, corrupção, entre outros - além de possuir forte caráter ideológico. Eles usam uma linguagem clara e objetiva e se preocupavam em ir direto ao foco da questão. Entre os escritores do Realismo os que mais se destacam são: Aluísio Azevedo, Raul Pompéia, Artur de Azevedo, Adolfo Caminha, Domingos Olímpio e Joaquim Maria Machado de Assis, sendo esse considerado o ícone da literatura nacional.

NO BRASIL O desesperado, de Gustave Courbet

O REALISMO Motivado por teorias científicas e filosóficas, o realismo surge nas últimas décadas do século XIX na Europa, em reação ao romantismo com a publicação de Madame Bovary (1857), de Gustave Flaubert. O movimento tem como principais objetivos, retratar o homem e a sociedade, dizendo que não basta mostrar a face idealizada da vida, e sim mostrar a face do cotidiano massacrante, do casamento por interesse, da falsidade e do egoísmo, do amor adúltero e a impotência do ser humano comum diante dos poderosos. Os integrantes desse movimento cultural deixam para trás toda artificialidade dos costumes românticos, a fim de promover inúmeras lutas sociais, tentativas de revolução e novas ideias políticas e científicas. Fazendo com que a sociedade perceba que não há mais tempo para viver em idealizações, no culto do eu ou até mesmo fugindo da realidade, e sim, mostra que o mundo todo deve analisar, criticar e principalmente transformar.

OS ESCRITORES O Realismo introduziu o poder de observação do escritor, ou seja, ele passa a criar procurando mais autenticidade, algo que transcende o simples ofício de entreter os leitores, ele passa a fazer o uso de uma linguagem política e denuncia os problemas sociais - como a po-

Ele tem como marco inicial a obra Memórias póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Durante esse período - passagem do Romantismo para o Realismo - o país sofre com inúmeras mudanças na economia, na história política e social. O movimento encontra no país uma realidade propícia para a ascensão da literatura, já que Castro Alves e José de Alencar já haviam preparado o terreno e o país já havia vivenciado outros fatores importantes como a Guerra do Paraguai, a campanha abolicionista o fortalecimento da economia agrária e a queda da escravidão e do Império, que cria uma nova realidade no país, fazendo com que a vida cultura e social tornem-se mais ativas, sendo influenciadas por teorias por ideais europeus: o liberalismo, socialismo e cientificismo.


REFERÊNCIA PARA A LITERATURA NACIONAL

O ESCRITOR Nascido em 21 de Julho de 1839 no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de Assis é cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta. Filho de Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis hoje é visto como um ícone da literatura brasileira. Pouco se sabe sobre sua infância, perdeu sua mãe quando era criança, e foi criado com o auxílio de sua madrasta Maria Inês, que o matriculou em uma escola pública, a única frequentada durante sua vida acadêmica.

revista O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias. Publica seu primeiro livro em 1864, conhecido como Crisálidas. Machado de Assis publica durante sua carreira diversos romances, poesias, teatros, crônicas e críticas literárias, nos quais destacam-se Crisálidas (1864), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Dom Casmurro (1889). Machado sempre apoiou a ideia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras, e no dia 28 de janeiro de 1897, quando a Academia instalou-se, ele foi nomeado presidente da instituição. Machado de Assis é o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.

SUA CARREIRA Com a morte de seu pai em 1851, ainda jovem, foi obrigado a tornar-se vendedor de doces, assistindo as aulas apenas quando não estava trabalhando. Mesmo com poucas oportunidades, empenhou-se para aprender, e aos 16 anos publica seu primeiro trabalho “Ela” na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. Com 17 anos consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional e conhece Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor. Em 1958 volta a Livraria Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Além desse, escrevia também para a

Memórias póstumas de Brás Cubras - Machado de Assis

TOQUE ESPECIAL Machado de Assis, ao analisar psicologicamente os personagens, entra na alma de cada um deles, trazendo todos os defeitos da conduta humana (egoísmo, luxúria, vaidade, entre outros), mostra que as atitudes honestas, nada mais são do que uma máscara que esconde as verdadeiras intenções dos personagens - como o orgulho e a cobiça - revelando toda a hipocrisia que existe nos seres humanos. O humor machadiano é repleto de pessimismo e ironia, pois quer revelar o verdadeiro comportamento humano. Outra característica importante, é a não-linearidade da narrativa, pois, somente a análise da consciência dará sentido aos fatos. Com toda essa inovação e toques realistas, suas produções acabam sendo estudadas e analisadas no mundo todo, fazendo com que suas obras sejam consideradas as melhores não só em solo brasileiro, mas também em solo estrangeiro. A cada dia que passa sua genialidade ganha admiradores pelo mundo afora.


Um pouquinho sobre

dom casmurro...

O livro conta a história do romance entre os dois, e a possível existência de uma traição de Capitu com o melhor amigo de Bentinho, Escobar. A história é narrada por Bentinho, o que faz que o leitor não saiba se houve realmente traição. A desconfiança de Bentinho surge no velório de Escobar, onde ele percebe que Capitu não chora e desconfia que ela ainda guarde um sentimento maior sobre seu amigo. Além disso, ele percebe que seu filho é muito parecido com Escobar, e que várias vezes já havia chegado em casa e encontrado sua esposa e seu amigo juntos. A partir desse momento o ciúme só cresce, e termina só após a morte de Capitu. Bentinho carrega consigo tudo o que há de necessário para se tornar um homem inseguro e ciumento: - É mimado, tímido, dependente, dominado pela mãe e depois por Capitu. - Tem personalidade fraca, religiosidade infantil, sem iniciativas e tem imaginação fértil. Esses são fatores demonstrados no texto que incentivam ainda mais a ideia de traição dos personagens.Durante mui to tempo a possibilidade de Capitu ser inocente permaneceu escondida, indecifrada. Isso porque se acreditava que o que estava escrito era o real e esqueciam que era apenas a visão de um dos personagens. Bentinho também se engana, principalmente nos momentos que ele procura argumentos para manter a infidelidade de sua mulher. A obra de Machado de Assis é genial justamente por ter essa capacidade de enganar contida em cada frase do romance.



POESIAS, ELAS PODEM MUDAR O MUNDO A recompensa Todos os dias, trabalhamos muito, Por apenas um pouco, É quase um trabalho gratuito Entretanto, fazemos muito esforço. E a recompensa, onde está? Não sabemos, apenas fazemos Para que nossas famílias Não passem pela humilhação Que para nós, É uma grande insatisfação.

O poder

O amor

Meu grande Redentor

O amor é uma pequena palavra, Com uma imensidão de significados, Amor, é afeto que não se compara, É sentimento que não pode haver descuido.

Coloquei me a mesa do altar, Pois errei até mesmo pecar, Coloquei me a mesa do altar, Para os meus pecados, a ti confessar. Entrei de olhos fixos ao Senhor, Para mostrar todo o meu louvor, Quis te mostrar toda a minha dor, Pois errei, e arrependido estou Meu Redentor.

É o que nos faz feliz com pouco, É o que nos motiva a cada hora, Amor é tudo e mais um pouco Amor é eu e você agora.

Amor de namorado

Por que és assim?

O poder não está em nossas maõs, Somos só pobres trabalhadores, Que levam um trabalho Escravo no coração, enquanto os ricos riem de nossas dores.

Amo-te por todas as razões, Por todas as suas distinções, Amo-te por toda a sua beleza Cujo aquela, que transborda delicadeza.

Por que tem que ser assim? Uma sociedade tão injusta, Com uns ganhando dinheiro sem merecer, E outros em uma exausta luta.

O poder está na mão deles Aqueles cujo não trabalham duro, Que só fazem seus deveres E apenas aproveitam de nosso trabalho puro.

Posso amor até teus defeitos, Logo, imagine os beijos. Amo-te pois me faz muito feliz, Amo-te pois, você és o que eu sempre quis.

Por que será que é assim? Com poucos em dias de glória E com muitos em dias de luta, Pois, aquele que todo dia luta Quer fazer parte da nossa memória.

Escritas por Vinicius Mizejeski 9


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cosméticos

TENHA UM TEMPO PARA SUA BELEZA


Robe de Chambre o famoso vestido francês CHAMBRE As pessoas que participaram do movimento passaram a usar um robe originalmente concebido como “Robe de Chambre”, que dispensava o uso de espartilhos e era considerada a roupa de “usar em casa”. Os costumes adotados durante essa época resultaram em um pouco mais de conforto, tanto para o homem quanto para a mulher naturalista, que, mesmo com um pouco mais de “simplicidade”, nunca deixou de lado a sofisticação, tanto que, utilizar um Robe de Chambre, era considerado sinal de prosperidade e refinamento.

DANDISMO O dândi é uma figura presente para a história, moda e literatura. Sua essência parece conter sempre algo de britânico enraizado na excentricidade de uma elegância impecável e transgressora. Notoriamente adepto de um refino estético intrínseco, um dândi é um homem de preocupações externas, especialmente quando se trata de sua roupa. Ao final do século XIX o dandismo tornou-se um estilo de vida completo, muito interligado com os valores do esteticismo e decadência, e farto de uma sensualidade frívola e hedonista.

O DÂNDI Os homens utilizavam uma espécie de terno que poderia ser de várias cores e tecidos dependendo da ocasião, que levava colete e as golas deveriam ser bem engomadas, chapéus e bengalas podiam ser usados de dia enquanto a noite se exigia cartola.

Charlotte de LorraineArmagnac, vestindo o famoso "Robe de Chambre"

A MULHER As mulheres naturalistas usavam vestidos longos, cheios de saias, ou anáguas, que geralmente eram espartilhadas, sem exageros, é claro. O chapéu completava a vestimenta apropriada para se utilizar durante o dia. Dentro de casa, como apresentado, utilizavam o Robe de Chambre. A noite, os vestidos continham decotes e nos pés usavam botinhas ou sapatinhos. As mulheres de poder aquisitivo mais baixo usavam vestidos de tecidos menos nobres e pouco enfeitados.


Um pouco mais sobre... cultura

O MOVIMENTO O Realismo dominou a moda francesa a partir do século XIX. Marcado pela rejeição aos artifícios e extravagâncias infundadas em favor da simplicidade, conforto e da funcionalidade. Era a expressão de um crescente ressentimento em relação a monarquia francesa. No naturalismo o mundo pode ser explicado através das forças da natureza. Nas artes plásticas, por exemplo, os pintores enfatizam cenas do mundo real em suas obras, pintavam aquilo que observavam. Na literatura, ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas. O movimento chegou ao Brasil no final do século XIX. Os escritores brasileiros abordaram a realidade social brasileira, destacando a vida nos cortiços, o preconceito, a diferenciação social, entre outros temas.

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TENDÊNCIAS As influências do realismo no mundo da moda

SPFW

O EVENTO

Para o desfile na SPFW de 2011, a grife Ana Salazar teve como base temática o cenário das florestas centenárias da região central de Portugal, buscando traduzir elementos da época em cores, texturas e formas utilicadas. Com origem nestes elementos explorou-se um conceito de proteção e camuflagem, suavizado por uma atmosfera etérea e delicada que lhe conferiu feminilidade.

São Paulo Fashion Week é o maior evento de moda do Brasil e o mais importante da América Latina, do Hemisfério Sul e a quinta maior semana de moda do mundo, depois das de Paris, Milão, Nova York e Londres.

SPFW: Naturalismo como inspiração em 2011

LENÇOS Lenços e bandanas dão toque delicado e feminino ao look, que apesar de casual torna-se sofisticado. O que antes era usado para proteção facial, hoje, é usado como vaidade.

FASHION RIO:

Na cartela de cores é possível observar o preto, verde-floresta, vermelho sanguíneo, castanho carvalho e tons graníticos.

PANTONE 722 C

PANTONE 7599 C

PANTONE 364 C

Fundada em 1962, em Nova Jersey, nos EUA, a Pantone Inc. é famosa pela Escala de Cores Pantone (Pantone Matching System ou PMS), um sistema de cor utilizado em uma variedade de indústrias, especialmente a gráfica, além de ocasionalmente na indústria têxtil, de tintas e plásticos. Seu sistema é baseado em uma mistura específica de pigmentos para se criar novas cores.

O toque rústico também apareceu nos desfiles do Fashion Rio 2015, visando tendências para o verão. Lenny Niemeyer e Cantão apostaram em tecidos naturais como o linho, que acaba por deixar os looks leves e ao mesmo tempo sofisticados.

COURO PANTONE 7473 C

PANTONE

verão 2015

LINHO

A essência naturalista aproxima sapatos de concepções primitivas, como referência para a proposta destaca-se o uso de couros tramados em cortes a fio e costuras manuais.

FASHION RIO Fashion Rio é um dos eventos de moda mais importantes do Brasil. É realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, com o apoio da ABIT, Apex e o SEBRAE do Rio de Janeiro.

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CURIOSIDADES DO SÉCULO XIX

CÓDIGO MORSE Código Morse é um sistema de representação de letras, números e sinais de pontuação através de um sinal codificado enviado intermitentemente. Foi desenvolvido por Samuel Morse em 1835, criador do telégrafo elétrico (importante meio de comunicação a distância), dispositivo que utiliza correntes elétricas para controlar eletroímãs que funcionam para emissão ou recepção de sinais. Este sistema representa letras, números e sinais de pontuação apenas com uma seqüência de pontos, traços, e espaços. emissão ou recepção de sinais.

O TELEFONE O telefone, este objeto que fascinou o mundo, no final do século XIX, é o resultado de muitos esforços e invenções para conseguir que a voz humana fosse transmitida através de longas distâncias. Sua história teve início na oficina de Charles Williams, localizada na cidade de Boston, e onde também trabalhava Tomas A. Watson, pessoa que sentia entusiasmo e simpatia por coisas novas, e se dedicava, em tempo integral, à invenção e ao aperfeiçoamento de aparelhos elétricos. Foi nesta mesma oficina que se deu o encontro entre Watson e Alexander Graham Bell, que chegou àquela oficina, procurando suporte tecnológico para sua invenção, e começou a trabalhar com Watson. Mais adiante, Bell disse a Watson estas palavras: “Se eu pudesse fazer com que uma corrente elétrica variasse de intensidade da mesma forma que o ar varia ao se emitir um som, eu poderia transmitir a palavra telegraficamente.” Esta foi a chave do invento que viria a se chamar telefone. Depois de muitas tentativas, em 1876, o sonho de Bell se tornou possível. Através de um aparelho, entre um cômodo e outro, Watson ouviu Bell dizendo: “Sr. Watson, preciso do senhor, venha.” Nascia,

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assim, o telefone. A nova invenção foi apresentada na Exposição do centenário de Filadélfia. Desde então foram grandes e impactantes os avanços da telefonia. À medida que o telefone se difundia, notou-se uma dificuldade: as pessoas ficavam inibidas diante do aparelho, sentindo-se ridículas em conversar com um objeto. Era comum que as pessoas ficassem totalmente bloqueadas, incapazes de falar. aos poucos, essa dificuldade foi sendo superada. Um problema importante era ensinar as pessoas a manipular o aparelho e a falar corretamente, logo se percebeu que era importante colocar instruções coladas aos telefones, explicando como eles deviam ser usados, e além disso havia propagandas (e até cartões postais) mostrando como falar.

modo errado

modo certo

A LÂMPADA INCANDESCENTE Em 1879, Thomas Edison cria uma lâmpada que possui um filamento de tungstênio que é aquecido pela corrente elétrica e produz luz em volta ele está um gás inerte para que não queime o filamento.


A COCA-COLA Tudo começou em maio de 1886, quando o farmacêutico John Styth Pemberton - que estava preocupado em acabar com as ânsias de vômito de alguns clientes - produziu, pela primeira vez, um concentrado para a fabricação daquele que viria a ser o mais conhecido refrigerante de todo o mundo. O Dr. Pemberton desceu a rua e entregou na Jacob's Pharmacy a matéria-prima que, misturada à água carbonatada, foi vendida no balcão a 5 centavos de dólar.

filmar e projetor de cinema, invento que lhes foi sido atribuído mas que na verdade foi inventado por Léon Bouly, em 1892. Só que este perdeu a patente, de novo registrada pelos irmãos Lumière a 13 de Fevereiro de 1895. Deste modo, se a dupla de irmãos não foi a inventora de fato, foi de direito.

GARRAFA TÉRMICA A garrafa térmica é um recipiente isolado de armazenamento, que serve para manter o conteúdo com sua temperatura original, seja ela mais fria ou mais quente, independente da influência do ambiente. Foi inventada pelo físico e quimo escocês Sir James Dewar, em 1892, sendo constituída de dois recipientes, um colocado dentro do outro, que se juntam no gargalo. O ar que sobra no vão entre os dois recipientes é retirado, parcialmente ou totalmente, criando o vácuo, que é responsável por evitar a troca de calor entre o ambiente externo com o conteúdo que fica protegido no interior da garrafa térmica. Existem as garrafas térmicas simples, usados nas residências, e que não impedem totalmente a troca de calor do conteúdo com o ambiente, pois o vão entre os dois recipientes não é totalmente livre de ar.

SELEÇÃO NATURAL

O 1° FILME No dia 28 de dezembro de 1895, dentro da primeira sala de cinema – que ainda existe –, chamada Eden, foi exibido o primeiro filme de todos os tempos, Arrivée d’un train em gare à La Ciotat (Chegada de um trem à estação da Ciotat). Em pouco menos de 60 segundos, a primeira platéia acompanhou a chegada de um trem à estação e viu alguns passageiros desembarcarem. Eles tinham tanta noção do que estava ocorrendo que várias pessoas simplesmente fugiram desesperadas para o fundo da sala com medo de serem atropeladas. Mais: as pessoas que foram filmadas não perderam tempo acenando para a câmera e nem desviaram o rosto a fim de manterem a privacidade. Ninguém sabia o que era aquilo e a imortal cena é perfeitamente natural. Em menos de sessenta segundos estava vista e encaminhada a revolução que criaria a sétima arte. Louis e Auguste eram f ilhos e empregados do fotógrafo e fabricante de películas Antoine Lumière, dono da Fábrica Lumière (Usine Lumière), na cidade francesa de Lyon. Antoine aposentou-se em 1892, deixando a fábrica entregue aos filhos. Seu cinematógrafo era uma máquina de

Seleção natural (AO 1945: Selecção natural) é o processo proposto por Charles Darwin e Alfred Wallace para explicar a adaptação e especialização dos seres vivos, a evolução, em concordância com as evidências disponíveis no registro fóssil. Outros mecanismos de evolução das espécies incluem a deriva genética, o fluxo gênico, as mutações e o isolamento geográfico. O conceito básico de seleção natural é que características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns.

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A MÚSICA ROMÂNTICA DO SÉCULO XIX

A MÚSICA O Século XIX foi dominado pela música tipicamente romântica. O seu objetivo era apelar aos sentimentos e a verdades mais profundas que só poderiam ser alcançados pela arte, no caso, pela música. Romântico nesta época, não está relacionado com o sentimento de amor com o qual é conotado hoje em dia, mas está intimamente ligado a uma visão sonhadora da realidade. Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, frequentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. Não raro uma composição romântica ter como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor.

tornam-se apaixonadas, semelhantes à canção. As harmonias tornam-se mais ricas, com maior emprego de dissonâncias. Durante o Romantismo houve um rico florescimento da canção, principalmente do Lied - ‘canção’ em alemão - para piano e canto. O primeiro grande compositor de Lieder ( plural de Lied ) foi Schubert. Até a metade do século XIX, toda a música foi dominada pelas influências alemãs. Foi quando compositores de outros países, principalmente os russos, passaram a ter a necessidade de criar a sua música. Inspiravam-se nas músicas folclóricas e lendas de seus países, é o chamado nacionalismo musical. Outro tipo de composição foi o Étude (Estudo), cujo objetivo era o aprimoramento técnico do instrumentista. Com efeito, durante esta época houve um grande avanço nesse sentido, favorecendo a figura do Virtuose: músico de concerto, dotado de uma extraordinária técnica. Virtuoses como o violinista Paganini e o pianista Liszt eram admirados por platéias assombradas.

COMPOSIÇÕES Dentre as muitas ideias que exerceram enorme fascínio sobre os compositores românticos temos: terras exóticas e o passado distante, os sonhos, a noite e o luar, os rios, os lagos e as florestas, as tristezas do amor, lendas e contos de fadas, mistério, a magia e o sobrenatural. As melodias

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Franz Schubert - Músico


A ORQUESTRA A orquestra cresceu não só em tamanho, mas como em abrangência. A seção dos metais ganhou maior importância. Na seção das madeiras adicionou-se o flautim, o clarone, o corne inglês e o contrafagote. Os instrumentos de percussão ficaram mais variados. O Concerto romântico usava grandes orquestras; e os compositores, agora sob o desafio da habilidade técnica dos virtuoses, tornavam a parte do solo cada vez mais difíceis. No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. Quase todos os compositores românticos escreveram para o piano, mas os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Embora em meio às obras destes compositores se encontrem sonatas, a preferência era para peças curtas e de forma mais livre. Havia uma grande variedade, entre elas: as danças como as valsas, as polonaises e as mazurca, peças breves como o romance, a canção sem palavras, o prelúdio, o noturno, a balada e o improviso.

COMPOSITORES No campo da música, sobressaem nomes de grandes compositores do século XIX, tais como: Ludwig van Beethoven (1770 - 1827), Franz. Schubert (1797- 1828), Felix Mendelssohn (1809 - 1847), Robert Schumann (1810 - 1856), Frédéric Chopin (1810 - 1849), Richard Wagner (1813 - 1883), Giuseppe Fortunino Francesco Verdi (1813 - 1901), Johannes Brahms (1838 - 1897) e Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 - 1893).

BEETHOVEN Foi compositor erudito na época de transição do Classicismo para o Romantismo. Muitos críticos o consideram o maior compositor do século XIX. Com 9 anos de idade, Beethoven foi confiado ao organista Christian Gottlob Neefe. Compôs suas

primeiras peças aos 11 anos. Em 1784, era já o segundo organista da capela do Eleitor. Pouco depois, era o violetista da orquestra da corte. Em 1787, foi enviado para Viena para estudar um tempo com Mozart, que já estava enfermo, mas teve de voltar a Bonn devido à morte de sua mãe. Com o pai em estado de alcoolismo agudo e com a morte do irmão, passou a ser tutor de seu sobrinho. Em 1792, muda-se definitivamente para Viena, onde continua seus estudos com Franz Josef Haydn. Durante os anos 90 (do século XVIII), consolida sua reputação como pianista e compõe suas primeiras obras.

O RECOMEÇO Em 1801, Beethoven diz que não está satisfeito com o que compôs até aquele o momento e decide seguir um “novo caminho”. Dois anos depois é possível apreciar o resultado deste “novo caminho”: Sinfonia No.3 em Mi bemol maior Op.55 [Eroica], é obra sem precedentes na música sinfônica e marca o início do período Romântico na Música Erudita. Os primeiros sinais de surdez surgiram antes que Beethoven completasse 30 anos. Foi extremamente difícil para ele, homem de temperamento forte, aceitar esta situação: O desespero e a depressão foram tomando conta de Beethoven, que chegou a considerar a possibilidade de suicidar-se. Felizmente conseguiu reagir e, usando suas próprias palavras, "Agarrar o destino pela garganta". Beethoven ficou totalmente impossibilitado de ouvir aos 46 anos. Em completa surdez compôs ainda 44 obras musicais. A surdez possibilitou que Beethoven se tornasse mais introspectivo, profundo, contemplativo e livre das convenções musicais. Cria, então, algumas de suas maiores obras. Em 1824 é executada pela primeira vez a sinfonia que muitos consideram a obra prima de Beethoven: Sinfonia No.9 em Ré menor Op.125.

SUA GENIALIDADE Em 1825, Beethoven de modo surpreendente, chamou a atenção dos músicos para os menores erros na execução. "Seus olhos seguiam os arcos, e assim ele era capaz de notar as menores flutuações no tempo ou no ritmo, e corrigi-las na hora", afirmou um dos violinistas, Joseph Böhn Ludwig. Beethoven faleceu de cirrose hepática, após contrair pneumonia. Cerca de 10 mil pessoas foram aos seus funerais, entre elas Franz Schubert. É inegável a influência que Beethoven exerceu na história da música. Tendo enfrentado significativas dificuldades tanto na sua carreira como na sua vida pessoal e familiar, disse certa vez: "Parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado a ele tudo o que ainda germinava em mim". O mundo agradece pelas obras que deixou.

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DOM CASMURRO O ROMANCE DA DÚVIDA

O FILME Capitu é um filme brasileiro de 1968 dirigido por Paulo Cesar Saraceni e baseado em Dom Casmurro, de Machado de Assis. O roteiro foi escrito conjuntamente por Paulo Emílio Sales Gomes e Lygia Fagundes Telles. No elenco, Isabella (Capitu), Othon Bastos (Bentinho) e Raul Cortez (Escobar). No final do século 19, Bentinho e Capitu são os jovens que namoram desde crianças. O seminário é uma ameaça, mas o casamento afinal se realiza. Aos poucos, porém, Bentinho começa a duvidar da fidelidade de Capitu, cuja amizade entre ela e Escobar é cada vez mais forte. O ciúme corroi dia-a-dia o temperamento de Bentinho, transformando sua personalidade e o mundo a sua volta. Adaptação do clássico Dom Casmurro, de Machado de Assis.

A MINISSÉRIE Capitu é uma minissérie brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre 9 e 13 de dezembro de 2008, em 5 capítulos. Baseada no romance Dom Casmurro de Machado de Assis, foi escrita por Euclydes Marinho com a colaboração de Daniel Piza, Luís Alberto de Abreu e Edna Palatnik; tendo texto final, direção geral e de núcleo de Luiz Fernando Carvalho. A produção foi uma homenagem ao centenário de morte de Machado de Assis, autor do romance no qual a série se

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baseia, Dom Casmurro. Capitu é a segunda produção do Projeto Quadrante, realizado pelo mesmo diretor Luiz Fernando Carvalho, projeto que tenciona levar a literatura brasileira para a televisão.Com uma linguagem moderna e atemporal, a série conta a história do amor intenso entre Bentinho e Capitu, da dúvida de Bento Santiago ter sido traído e o que essa dúvida provoca em termos de imaginação. É justamente por instigar tanto a imaginação de seus leitores até hoje que a obra Dom Casmurro continua em movimento, dando vida a Machado de Assis. A série Capitu, portanto celebra essa modernidade, essa continuidade e a imortalidade da dúvida sobre a traição de Capitu.


fontes Realismo e suas principais características - Brasil Escola A história do Realismo - InfoEscola Realismo - Algo Sobre Machado de Assis, Biografia - Projeto Releituras A vida de Machado de Assis - Pensador UOL Propagandas antigas do século XIX - Pinterest Curiosidades e Invenções do século XIX - Brigadeiro Sampaio Curiosidades da moda no século XIX - Moda no Século XIX A história do Telefone - InfoEscola História do Telefone - Projetos Unijui O primeiro filme, Irmãos Lumière - InfoEscola Irmãos Lumière - Escola Britannica História da Coca-Cola - Brasal Curiosidades e história da Coca-Cola - Terra Seleção Natural - InfoEscola Arte e Expressão, Música no Realismo - Freitas Arte A música Romântica do século XIX - Lendo.org Beethoven - InfoEscola Dom Casmurro - Educação Globo Dom Casmurro - Wikipédia Dom Casmurro, livro, filme e minissérie - Blog do Integral Minissérie e Filme de Dom Casmurro - Flávia Jaine A moda no séc XIX - Entenda de Moda Roupa e Moda do século XIX - Naturalismo e Realismo Código Morse - InfoEscola Lâmpada Incandescente - InfoEscola

REALIZADA POR: João Lucas das Chagas - Música, filme e propaganda Rebeca Benkendorf - Curiosidades, Resenha e Autor Sylvia Elfride - Editora da parte de Moda e pesquisas Thaís Mineli Bósio - Editora da revista e todas as pesquisas Vinícius Mizejeski - Autor das poesias

Turma: 2014-03 Professora: Luciana Hrisemnou


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