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2.2 Cultura e costumes

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3.5 Zoneamento

3.5 Zoneamento

Os Mbyás se identificam desde seus ancestrais pelo uso do tambeao (veste de algodão que seus antepassados teciam), hábitos alimentares e expressões linguísticas. Os mesmos se reconhecem como Ñandeva ekuéry, que significa “todos os que somos nós” e se consideram como uma grande família vivendo em unidade.

Vivem em tekoas (aldeias em guarani), e nelas sobrevivem, com o plantio, caça, busca por matéria prima para confecção do artesanato e a colheita de ervas medicinais. Além disso, a tekoa representa o espaço sócio político dos indígenas, onde ali constroem suas casas, celembram no pátio de festas e realizam cerimônias na Opy (casa de reza em guarani).

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De acordo com Brighenti (2005):

As tekoas são construídas no período das quatro voltas da lua, o que de acordo com a tradição é o período necessário para a preparação da terra, plantio, colheita e construção de novas casas (ZANIN, 2006). Assim, os guaranis mantêm o ciclo e vivem em harmonia e em espirito com a natureza. A aldeia vive em unidade, tendo o pajé como figura de maior respeito, é a ele que se recorre

“O tekoha, para o Guarani, talvez seja a síntese da concepção e da relação que esse povo mantém com o meio ambiente. No plano físico poderíamos dizer que o tekoha é a aldeia, é o lugar onde a comunidade Guarani encontra os meios necessários para sua sobrevivência. É a conjugação dos vários espaços que se entrecruzam: o espaço da mata preservada onde praticam a caça ritual; espaço da coleta de ervas medicinais e material para confeccionar artesanatos e construir suas casas; é o local onde praticam a agricultura; é também um espaço sócio político, onde constroem suas casas de moradias, a casa cerimonial/Opy, o pátio das festas, das reuniões e do lazer. Não é possível conceber o tekoha sem a composição dos espaços, ou apenas um dos espaços; nesse caso, não poderão viver a plenitude e assim se quebra a relação que mantém com o meio, produzindo o desequilíbrio”. Brighenti (2005)

Fig. 6 - Vivência na aldeia. Fonte: Tenondé Porã, 2021. Autor desconhecido.

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