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1.1 Contexto e problemática
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contexto e Problemática
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Durante o processo de colonização e expedições das bandeiras em São Paulo, os povos indígenas foram escravizados e expulsos de suas terras, fazendo com que os mesmos fugissem e se escondessem em matas inacessíveis e desconhecidas pelos juruás (nome dado pelos Guaranis aos homens brancos). Anos depois vivendo como nômades, se instauraram no planalto paulista, na região de Parelheiros e Jaraguá. Como documento histórico Benedito Calixto em seus escritos testemunha a presença do povo Guarani na “Serra de Santa Cruz dos Parelheiros” desde a virada do século XIX para o XX. Hoje, ali se instauram os povos na Terra Indígena Tenondé Porã, uma área já demarcada, e que sobreviveu aos impactos da urbanização acelerada.
Atualmente, de acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 a população indígena equivale a 0,1% do total de habitantes do Estado de São Paulo , totalizando cerca de 41.981 mil e dessas, somente 6,6% vivem em Terras Indígenas, reflexo das lutas e disputa pela demarcação de terras, e também a busca por oportunidades na cidade.
Ainda de acordo com o Censo de 2010 , 2.180 mil pessoas da população indígena do Estado de São Paulo têm de 0 a 14 anos, e estão no processo de aprendizagem, e segundo o Censo Escolar de 2014 realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), apenas 42% dessas crianças e adolescentes estão matriculados em escolas do ensino infantil e fundamental, e somente 4% ingressaram no ensino médio . Logo, é nítido a defasagem do sistema educacional indígena no Estado de São Paulo, já que o número de crianças e adolescentes, tem ultrapassado o número de matrículas realizadas. De acordo com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) ao todo, existem 40 escolas indígenas, e de acordo com o Governo do Estado de São Paulo , atendem cerca de 1800 alunos de diferentes etnias como Guarani Nhandewa, Guarani Mbya, Terena, Krenak e Kaingang.