THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2014
BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO
Maio 2014
Balé da Cidade de São Paulo Iracity Cardoso Direção Artística
03 sáb 20h 04 dom 18h
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Victor Hugo Toro Regente
05 seg 20h 06 ter 20h 07 qua 20h
Uneven Cayetano Soto Coreografia Pausa 5’ bandOneón (Estreia Mundial) Luis Arrieta Coreografia Intervalo 20’ O Balcão de Amor (Estreia Mundial) Itzik Galili Coreografia
Uneven
O Balção de Amor
bandOneón
Neste Outono
A música latino-americana com sua exuberância , melancolia, refinamento, intimidade e sorrisos: lunar e solar. Na estreia das novas coreografias de Luis Arrieta e Itzik Galili. A presença de Daniel Binelli interpretando Astor Piazzolla em bandOneón, com figurinos do Lino Villaventura. Perez Prado na leitura de Rodrigo Morte, em O Balcão de Amor. A volta do elegante Uneven de Cayetano Soto com Raïff Dantas no cello. O prazer do reencontro com o Maestro Victor Hugo Toro e a Sinfônica Municipal. Iracity Cardoso Diretora Artística do Balé da Cidade de São Paulo
A Dança em festa e o Balé da Cidade, no seu traje de GALA. No PALCO da CIDADE Bom espetáculo!
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A alma da companhia
Ao assumir a direção artística do Balé da Cidade de São Paulo, em 2013, Iracity Cardoso declarou seu desejo de criar um diálogo para o repertório da companhia que envolvesse dar voz aos jovens coreógrafos brasileiros e internacionais, convidar nomes consagrados da dança e remontar obras canônicas apresentadas pelo grupo ao longo de seus 46 anos de história. As três coreografias escolhidas para a atual temporada remetem à ideia primeira da atual gestão e, ao mesmo tempo, dão um passo à frente. No programa, estão lado a lado Uneven – espetáculo estreado pelo Balé da Cidade em 2013 –, do espanhol Cayetano Soto, as estreias de bandOneón, de Luis Arrieta, argentino radicado no Brasil, e de O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili. Nessa ordem, as coreografias constroem um espetáculo preciso na execução e empolgante. Uneven, do jovem Soto, reapresentada agora, é uma Flávia Fontes Oliveira
criação de enorme vigor, em que cada intérprete, a seu
Jornalista e editora da
modo, deve combinar força, constância e impulso em seus
Revista de Dança.
movimentos. Uma coreografia provocadora, porque as dife-
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renças despontam graduais e pedem um olhar agudo do público para entender os desafios de padrões da dança. Feita para três mulheres e cinco homens, Uneven evolui em um jogo matemático, em que o resultado precisa ser exato, tamanha a habilidade técnica exigida. É um trabalho forte e privilegia os intérpretes. Os conjuntos, nas raras aparições, dissolvem-se rapidamente. bandOneón, obra de Arrieta, também exige do bailarino individualidade, o que cada um pode oferecer de singular em meio ao grupo. Nela, ao contrário da obra de Soto, o conjunto se impõe pelo vigor masculino. Com dez homens em cena, a combinação de movimentos faz com que eles explorem suas forças: vemos o grupo e enxergamos um a um. A simplicidade aqui só é aparente, ela trabalha com a exigência redobrada para quem dança. Uma coreografia embalada por personalidades e, por isso mesmo, por responsabilidades para quem interpreta. É a primeira vez que Arrieta cria para este renovado grupo do Balé da Cidade. Desde que chegou ao Brasil, no início da década de 1970, esteve ligado à companhia. Participou da mudança do grupo, em 1974, ao lado da própria Iracity Cardoso, quando o Balé da Cidade trouxe para a cena questões de seu tempo. Foi com esta mesma companhia que Arrieta estreou como coreógrafo, em 1976, com Camila, uma homenagem à avó materna. Desde então, já fez mais de 30 criações, em diferentes momentos, e esteve à frente do grupo em duas ocasiões nos anos 1980. É nesse encontro entre o passado e o presente que o Balé da Cidade reafirma seu propósito nesta gestão: retoma a voz de um artista essencial na sua trajetória, sem esquecer de seu tempo e das características do novo elenco. Arrieta é de poucas palavras sobre seu trabalho, embora seja muito detalhista quando está ao lado dos bailarinos. Costuma dizer que a dança é uma arte para assistir de corpo para corpo. Para ele, a coreografia deve tocar, de alguma forma, o espectador antes mesmo de ele elaborar qualquer informa-
ção. Seu convite é para que o público embarque em sua criação, seja parceiro com sua história e sua emoção. Se Arrieta usa o conjunto para ressaltar a solidão, Itzik Galili revela em O Balcão de Amor a alegria e a leveza das relações. Brinca com a jovialidade em que o amor nos arremessa, não importa a idade. Galili carrega em muitos de seus trabalhos um lado poético e cômico, com dramaturgia bem desenhada, que coloca suas criações em contato direto com o público. A música do cubano Perez Prado (1916-1989), orquestrada por Rodrigo Morte, não deixa escapar o clima solar da inspiração: o Mambo e Cuba. Balcão refere-se às sacadas das antigas casas, onde era possível acontecer o encontro – e o desencontro – de amores. Galili criou esta coreografia para dez casais e seu evidente alvo são as relações entre duas pessoas, os sentimentos, os embates que afloram das uniões ou possíveis enlaces. Há um apelo jovial porque o amor, muitas vezes, nos devolve a insegurança, as armadilhas engraçadas e caricatas que o tempo cisma em não deixar reservas. O público se deliciará com os duos divertidos e intrincados propostos por ele, com as intrigas desgovernadas e previsíveis dos casos, físicos ou sublimes. “Eu quis fazer alguma coisa para criar um clique na nova geração e também na geração mais velha, e encontrar uma ponte. Balcão também é uma ponte. Para algumas pessoas, este tipo de música é muito kitsch, clichê, muito leve. Eu escolhi trabalhar com isso e eu tentei criar uma pequena relação, alguma coisa fácil, de entretenimento, que possa ser admirado pela multidão”, disse ele em conversa sobre a criação. Galili pede entrega aos bailarinos porque brinca na linha fina entre sentimentos comuns e vulgaridade, o limite da caricatura. Há uma zombaria, é certo, e o mambo serve de ponte para uma explícita batalha de gêneros, nem sempre convencional, mas sempre com toque de humor e leveza. O título deste texto remete ainda a outro ponto essencial. Para
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Iracity Cardoso, a razão de ser de uma companhia são os bailarinos. Nada no entorno é mais importante: eles dão vida à dança, criam o momento único entre público e obra e convidam o espectador a ter sua experiência com esta arte. O elenco respondeu à nova demanda a seu modo, dançando. É uma companhia experiente; são artistas hábeis em papéis de pedidos díspares – força, interpretação, agilidade e graça. Qual companhia poderia oferecer tanto sem perder em algum quesito? Sem esquecer da precisão? Está tudo ali aos olhos do espectador.
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Uneven 17’ Estreado pelo Balé da Cidade em 2013 O espanhol Cayetano Soto é conhecido por suas coreografias extremamente técnicas, complexas, imprevisíveis, que seguem em direções inesperadas. Sua obra, especialmente os duetos, são frenéticos, agitados, persistentemente agressivos e extremamente pessoais. Em Uneven (Desigual), ele explora o sentimento de estar fora do eixo, assim como começou a experimentá-lo em sua própria vida. Soto criou para esta peça um desenho de palco que é em si desigual, com um dos cantos levantado, para ilustrar esse sentido (ou sentimento) de desequilíbrio físico. Cayetano Soto Coreografia e Desenho de Palco David Lang Música (World to Come II, III e IV) Raïff Dantas Violoncelo Mikiko Arai Remontagem Seah Johnson Iluminação Nette Joseph Figurino Kênia Genaro, Roberta Botta e Suzana Mafra Assistentes de Coreografia Elenco Erika Ishimaru, Fabio Pinheiro, Jefferson Damasceno, Joaquim Tomé, Leonardo Hoehne Polato, Marisa Bucoff, Victor Hugo Vila Nova, Vivian Navega Dias ou Cleber Fantinatti, Joaquim Tomé, Laura Ávila, Renata Bardazzi, Thais França, Victor Hugo Vila Nova, Wagner Varela,Yasser Díaz
bandOneón 21’ à Thiago Não sei se estas memórias me pertencem. Pelo caminho mais simples (ou mais vazio) me conduz o meu fadário. Herança recebida habita-me; a imagem do que poderia eu ter sido. Nova e gasosa, a metáfora transborda. E o anzol deste ritmo, esta música, me resgata do abismo em que vivo. Falo do que adivinho (e não sei) nos intervalos do meu destino. Luis Arrieta Luis Arrieta Concepção, coreografia e direção geral Astor Piazzolla Música Concerto para Bandoneón – Aconcagua Daniel Binelli Bandoneón Lino Villaventura Figurinos Silviane Ticher Desenho de Luz Kênia Genaro, Roberta Botta e Suzana Mafra Assistentes de Coreografia Elenco Conjunto
Bruno Gregório, Cleber Fanti-
natti, Fabio Pinheiro, Hamilton Felix, Jaruam Miguez, Jefferson Damasceno, Joaquim Tomé, Leonardo Hoehne Polato ou Igor Vieira ou Wagner Varela, Victor Hugo Vila Nova, Yasser Díaz
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Concerto para Bandoneón
Sobre o Bandoneón
de Astor Piazzolla
Quando Adolphe Sax inventou o saxofone
O Concerto para Bandoneón de Astor Piaz-
em 1840, ele não tinha ideia do seu uso no fu-
zolla, comissionado pelo Banco Província
turo Novo Mundo. O Bandonéon, inventado
de Buenos Aires, para uma transmissão de
por Heinrich Band em 1854, tem uma histó-
rádio de 1979, se assemelha a um concerto
ria similar para contar. Uma variante da con-
grosso barroco. Abre com um tutti, todo
certina, esse instrumento foi originalmente
ocupado, vivo e marcado. O Bandoneón faz
projetado para músicas religiosas, em igre-
um solo, do qual a melodia passa de volta
jas sem órgão. Por volta de 1890 fez o cami-
para o tutti orquestral. O trabalho mais can-
nho da Alemanha para os bordéis de Buenos
tabile do solista, eventualmente, leva a uma
Aires. Depois da mudança de século, Juan
cadência interrompida, então retorna para
Maglio e Vicente Greco, entre outros, foram
o primeiro solo melódico e o tutti. A coda é
proeminentes tocadores bem como prolíficos
decisiva. Construído na unidade e repetição,
compositores de tango. Em pouco tempo, a
no movimento inteiro mal se move um fio de
Argentina estava repleta de pequenos grupos
cabelo de sua tonalidade Si menor.
de tango, consistindo tipicamente de bando-
O movimento lento do concerto co-
neón, violino e piano. Isto definiu o modelo
meça com uma longa melodia desacompa-
para a típica orquestra criolla de bandoneón,
nhada do Bandoneón, no mais fino estilo
cordas e piano. De certa forma, a escrita or-
Bachianas Argentinas, até ouvimos no acom-
questral de Astor Piazzolla é uma expansão
panhamento, algo como um ritmo de tango
desta ideia (seus Concerto para Bandoneón,
tradicional. Sob uma música graciosamente
com partitura para bandoneón, cordas e per-
caindo, harmonizado por acordes Lá Menor
cussão, e os Tres tangos para bandoneón, cor-
– bem como o tutti e solo aprovados à moda
das, piano, harpa e percussão).
do concerto grosso. No final, o tempo muda
Ao contrário do acordeão, com seu te-
para moderato e a clave Lá Maior para um
clado para mão direita e botões (produzindo
inesperado apaixonado final melancólico.
notas e acordes graves) para a esquerda,
A melodia de tirar o fôlego do bandoneón,
o bandoneón tem 33 botões no lado es-
aparentemente sem relação com qualquer
querdo e 38 no direito, cada um produzindo
coisa ouvida antes, no entanto parece um
um dos dois tons (dependendo se os foles
resultado lógico. Trinta e duas repetições de
são comprimidos ou expandidos).
barras, pianíssimo para fortíssimo, fornecem um poderoso encerramento.
O Balcão de Amor 19’
Itzik Galili Coreografia, Figurino e Desenho de Luz
“Entre a fantasia e a realidade, o desejo
Pérez Prado Música
de sanidade
Siboney
Uma linha de fronteira como uma corda
Patricia
bamba, adorando um sonho
The Peanut Vendor
No final de um dia, negociando alegria com
Quizas, Quizas, Quizas
dor
Historia de un Amor
Localizado no final de cada respirar
Cherry Pink and Apple Blossom White
Espírito demoníaco dançante que deságua
Rodrigo Morte Arranjo
no horizonte
Elisabeth Gibiat Assistente de Coreografia
À beira do abismo.”
Kênia Genaro, Roberta Botta e Suzana Mafra Ensaiadoras
“Às vezes, como adultos, encontramos deta-
João Pimenta Confecção de Figurinos
lhes aparentemente triviais que nos levam de volta para a nossa juventude e suas es-
Elenco Camila Ribeiro, Fabiana Fornes,
peranças. A música de Pérez Prado, com sua
Laura Ávila, Marisa Bucoff, Renata Bardazzi,
leveza, me dá um profundo sentimento de
Shamara Bacelar, Simone Camargo, Thaís
alegre simplicidade. Fico feliz em ver como
França, Victoria Oggiam, Vivian Navega Dias,
a nova geração se relaciona com sua música
Cleber Fantinatti, Hamilton Felix, Igor Vieira,
e as diferentes camadas de sentimentos que
Jaruam Miguez, Joaquim Tomé, Luiz Oliveira,
ela desperta neles: alegria, gargalhadas e
Manuel Gomes, Marcos Novais, Victor Hugo
também um sorriso profundo.”
Vila Nova, Yasser Díaz
Itzik Galili
Duo Cleber Fantinatti e Vivian Navega Dias ou Hamilton Felix e Laura Ávila
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O Mambo
rém, o responsável pela disseminação deste
O estilo musical e coreográfico conhecido
estilo musical. Em 1947, ele segue para o Mé-
como mambo nasceu em Cuba, fruto de
xico, onde cria um conjunto de grande porte,
uma fusão de várias sonoridades musicais.
ao qual acrescenta um fantástico segmento
Ele recebeu forte influência das cadências
de sopros, inspirado no grupo de Stan Ken-
afro-cubanas procedentes das cerimônias
ton. Munido destes recursos, ele parte para
religiosas típicas do Congo. O termo com
vencer a acirrada competição musical do
que ele foi batizado provém de uma gí-
mercado norte-americano.
ria comum entre os músicos negros – estás
Pérez se valia dos ritmos afro-cubanos
mambo?, ou seja, tudo bem com você?. Es-
como esteios sonoros, fundindo-os a arran-
tes artistas executavam um ritmo conhecido
jos de orquestra absorvidos do jazz, espe-
como El Son nos grupos musicais cubanos.
cialmente do conjunto de Kenton, a quem
Já o mambo moderno é criado em
ele admirava profundamente, honrando
1939, com Orestes López e Cachao López,
mais tarde esse sentimento ao gravar um de
que produziram uma danzón - gênero deri-
seus mambos. Pouco antes de deixar Cuba,
vado da dança criolla, que tem como fonte
ele deixou pronto na Ilha um disco 78 RPM,
a contradanza espanhola e a contredanse
com a gravação de seus hits Mambo Caén e
francesa, das quais várias danças de salão
So caballo, bem aceitos pelo público local.
latino-americanas se originam – à qual de-
Na década de 50 o Mambo revoluciona
ram o nome de Mambo, valendo-se de so-
a paisagem musical, não se rendendo nem
noridades procedentes da cultura africana.
mesmo diante do monopólio das big bands
Sua versão foi executada pelo célebre con-
norte-americanas, graças ao talento de Pé-
junto Arcaño y sus Maravilhas.
rez, somado ao de outros cantores célebres
Os migrantes negros do Haiti trouxeram
desta época, tais como Xavier Cugat, Tito
consigo o cinquillo, elemento também pre-
Puente e Beny Moré. Que Rico El Mambo
sente em outro ritmo proveniente da con-
(Mambo Jambo), da autoria de Perez, foi o
tradanza, o Tango, nascido na Argentina. Em
primeiro de uma lista inumerável de suces-
meados dos anos 40, músicos mais conhecidos,
sos. O mambo Cerezo Rosa atinge em 1955
como Arsênio Rodriguez, Bebo Valdez, Ores-
o topo da parada musical da revista Billbo-
tes Lopez e seu irmão Israel Cachao Lopez; o
ard, apenas destituído de seu posto pelo
pianista e arranjador do conjunto Casino de la
rock Around the Clock, de Bill Halley.
Playa, Dámaso Pérez Prado, entre outros, enve-
Esta sonoridade, que misturava ritmos
redaram pelo estilo que posteriormente seria
cubanos e elementos jazzísticos, marcou a
denominado nuevo ritmo ou apenas Mambo.
história da música cubana até princípios da
O maestro Dámaso Pérez Prado foi, po-
década de 60.
Cayetano Soto
Iracity Cardoso
David Lang
Luis Arrieta
Daniel Binelli
Ra誰ff Dantas Barreto
Silviane Ticher
Astor Piazzolla
Victor Hugo Toro
Itzik Galili
Dámaso Pérez Prado
Elisabeth Gibiat
Lino Villaventura
Rodrigo Morte
João Pimenta
Balé da
O Balé da Cidade de São Paulo foi criado em 07 de Feve-
Cidade de
reiro de 1968, com o nome de Corpo de Baile Municipal.
São Paulo
Inicialmente com a proposta de acompanhar as óperas do Theatro Municipal e se apresentar com obras do repertório clássico, teve Johnny Franklin como seu primeiro diretor artístico. Em 1974, sob a direção de Antonio Carlos Cardoso, a companhia assumiu o perfil de dança contemporânea, que mantém até hoje. A partir daí tornou-se presença destacada no cenário da dança sul-americana, marcando época por inovar na linguagem e mostrar ao público um elenco afinado. Em 25 de Setembro de 1981 passou a se chamar Balé da Cidade de São Paulo. Nos anos 80, o experimentalismo marcou a trajetória da companhia. Os bailarinos eram encorajados a contribuir com suas próprias ideias coreográficas que resultaram em trabalhos marcantes. A bem-sucedida carreira internacional da companhia teve início com a participação na Bienal de Dança de Lyon, França, em 1996. Desde então suas turnês europeias têm sido aclamadas tanto pela crítica especializada quanto pelo público de todos os grandes teatros onde se apresenta. Desde 2001 a atuação do Balé da Cidade de São Paulo se estende também a programas de formação de plateia e de ações culturais paralelas, principalmente em mostras didáticas pela cidade de São Paulo, partilhando seu patrimônio artístico com a população da cidade. A longevidade do Balé da Cidade de São Paulo, o rigor e padrão técnico do elenco e equipe artística, atraem os mais importantes coreógrafos brasileiros e internacionais, interessados em criar obras para seus bailarinos e artistas.
Formada pela Escola de Dança de São Paulo, teve sua
Iracity Cardoso
primeira experiência internacional como bailarina em
Diretora Artística
1964/67, na Alemanha, França e México. Foi professora do Ballet Stagium e diretora do Balé da Cidade de São Paulo. Em 1980 foi assistente de direção e bailarina no Ballet Du Grand Theatre de Genebra, até que em 1988 se tornou diretora artística adjunta. Depois de 1996 passou a trabalhar como diretora artística do Ballet Gulbenkian em Portugal. De volta ao Brasil, em 2006/07 foi assessora de dança da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, reativando o Centro de Dança da Galeria Olido. Promoveu a publicação do Primeiro Edital de Fomento à Dança e iniciou um projeto de dança vocacional. De 2008 a 2012 foi diretora artística fundadora da São Paulo Companhia de Dança e, em 2010, foi jurada no Concurso Internacional de Dança do Prix de Lausanne, na Suíça. Em 2013 foi convidada pelo maestro John Neschling a assumir a direção artística do Balé da Cidade de São Paulo.
A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Orquestra
remonta a 1921, dez anos após a inauguração do Theatro Mu-
Sinfônica
nicipal, por meio da Sociedade de Concertos Sinfônicos de
Municipal
São Paulo. Em mais de 90 anos de história, a Orquestra to-
de São Paulo
cou sob a regência de maestros como Mstislav Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur, Camargo Guarnieri, Armando Belardi, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani, além de vários compositores regendo suas obras, como Villa-Lobos, Francisco Mignone e Penderecki. Solistas de renome se apresentaram com o grupo, como Magda Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Accardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros. Desde o início de 2013, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo tem como diretor artístico o maestro John Neschling.
Victor Hugo Toro
Diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de
Regente
Campinas, Victor Hugo Toro nasceu em Santiago, no Chile, e se graduou pela Faculdade de Artes da Universidade do Chile. Foi bolsista da Sinfônica do Chile e estudou com maestros como Kurt Masur, Jean Fournet e John Neschling. Vencedor do II Concurso Internacional de Regência Orquestral da Osesp, regeu as principais orquestras de seu país e a própria Osesp, onde foi diretor artístico assistente, e também comandou a Orquestra do Sodre, do Uruguai, a Sinfônica de Rosário, da Argentina, e a Filarmônica da FUNAM, do México, colaborando com regentes como Alain Lombard, Josep Pons e Stanislaw Skrowaczewski. Victor Hugo Toro também é compositor. Já colaborou com nomes importantes como John Corigliano e Peter Maxwell Davies, além de instrumentistas como Anna Korondi, Boris Belkin e Freddy Kempf. Foi escolhido um dos 100 líderes jovens do Chile pelo jornal El Mercurio e homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo pelo seu trabalho em prol da música e intercâmbio cultural entre Chile e Brasil. Em 2010 foi diretor artístico assistente e regente residente da Companhia Brasileira de Ópera, com quem realizou uma grande turnê de 89 espetáculos em 15 cidades brasileiras.
Cayetano Soto
Cayetano Soto nasceu na Espanha, em 1975. Estudou no Ins-
Coreografia
titut del Teatre, em Barcelona, e no Koninklijk Consevatorium, em Haia, Holanda. Cayetano dançou com o IT.Dansa em Barcelona, antes de ingressar no Ballet Theater de Munique, onde criou uma das suas primeiras coreografias: Fugaz. Em setembro de 2005, tornou-se coreógrafo freelancer. Desde então, criou para importantes companhias internacionais, tais como Stuttgarter Ballet, Royal Ballet of Flanders, Balé da Cidade de São Paulo, BJM Montreal, Introdans, Introdans voor de Jeugd, Gauthier Dance Company, Companhia Nacional de Bailado, Perm Opera and Ballet Theater,
Návodní Divadlo Brno, Aspen Santa Fe Ballet, Tanz Luzern Theater e Northwest Dance Project em Portland. Canela Fina, criada para o Balé da Cidade de São Paulo, foi eleita pelos leitores do jornal Folha de São Paulo como a melhor produção de dança do ano de 2008.
Vencedor do Student Composer Awards da Fundação BMI
David Lang
em 1980 e 1981, David Lang fundou o grupo Bang on a Can,
Compositor
em 1987, com Julia Wolfe e Michael Gordon. É professor de composição na Escola de Música de Yale desde 2008. Ele foi um dos principais contribuidores para a música executada pelo Quarteto Kronos, sendo o arranjador no estúdio de Requiem for a Dream. Ele também é conhecido por seu trabalho com os coreógrafos Shen Wei, Benjamin Millepied, Susan Marshall e Édouard Lock / La la la Human Steps. Em 1999, colaborou com os compositores Julia Wolfe e Michael Gordon e o libretista/ ilustrador Ben Katchor na composição da ópera em quadrinhos The Carbon Copy Building, que ganhou o Obie Award for Best New American Production. Lang, Wolfe e Gordon posteriormente trabalharam juntos novamente no oratório Lost Objects, em 2001. Seu próximo projeto colaborativo foi Shelter, uma obra multimídia com a libretista Deborah Artman, para o grupo vocal escandinavo Trio Mediaeval e o conjunto alemão MusikFabrik, que foi apresentada na Alemanha e nos EUA, em 2005. Em 1999, Lang e o dramaturgo Mac Wellman basearam sua ópera, The Difficulty of Crossing a Field, em um conto de Ambrose Bierce. Lang foi agraciado com o Prêmio Pulitzer para música, em 2008, pela peça A Little Match Girl Passion, composta no ano anterior, baseada na fábula homônima de Hans Christian Andersen e inspirada pela Paixão Segundo São Mateus, de Bach. A gravação de The Little Match Girl Passion pela Harmonia Mundi, recebeu o Grammy Award 2010 de Melhor apresentação de pequeno conjunto.
Raïff Dantas
Após ter estudado com Nelson Campos na Universidade Fede-
Barreto
ral da Paraíba, Raïff Dantas Barreto se especializou com o pro-
Violoncelo
fessor Enrico Contini no Conservátorio Arrigo Boito, em Parma, Itália, e estudou música de câmara com Dario De Rosa, pianista do lendário Trio di Trieste e com o Nuovo Quartetto Italiano. Em sua trajetória como solista, esteve à frente de orquestras como a Sinfônica Municipal de São Paulo, Sinfônica Nacional, Sinfônica da Paraíba, Sinfônica de Minas Gerais, Camerata Fukuda, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Filarmônica do Espírito Santo, Orquestra do Norte (Portugal), Cayuga Chamber Orchestra (EUA), dentre outras. Foi o músico responsável pela estreia brasileira do Concerto N. 2 de Shostakovich, do Concerto N. 2 de Kabalevsky e da Sinfonia Concertante para violino e violoncelo de Miklós Rósza, esta com o violinista Pablo De León. Atuou como solista com regentes como Eleazar de Carvalho, Leon Spierer, Celso Antunes, Ligia Amadio, Jesus Medina, Carlos Moreno, Alex Klein, Mateus Araújo, Helder Trefzger e Lanfranco Marcelletti. Desde 2001 é o primeiro violoncelo da Orquestra Sinfônica Municipal. Destacam-se em sua discografia as gravações de Brahms & Franck – Sonatas, com o pianista Alvaro Siviero, pelo selo Clássicos, e as três primeiras suítes para violoncelo solo de J.S. Bach pelo selo Aureus.
Luis Arrieta
Nascido em Buenos Aires, Luis Arrieta radicou-se em São
Coreógrafo
Paulo em 1974, após dois anos de estudo em sua cidade natal. Como bailarino, dançou em Buenos Aires com o Ballet de Joaquín Pérez Fernández, com a Escuela del Ballet Contemporáneo de la Ciudad de Buenos Aires e com a Compañía de Shows de Nacha Guevara. No Brasil, integrou os elencos do Ballet Stagium, do Balé da Cidade de São Paulo, da Associação de Ballet do Rio de Janeiro e atuou como solista convidado em vários eventos e festivais de dança. Na Alemanha, colaborou com o Hessiches Staadtheater de Wiesbaden.
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Estreou como coreógrafo em 1977, com Camila, obra estreada pelo Balé da Cidade de São Paulo. Desde então assinou mais de uma centena de coreografias, trabalhando com os mais variados temas e gêneros musicais, junto a diversas companhias internacionais da Europa e das Américas. Assinou também coreografias para documentários de curta metragem, para videoclipes e para programas especiais de televisão. Conferencista e professor, ocupou o cargo de diretor artístico do Balé da Cidade de São Paulo em duas ocasiões – em 1981 e de 1986 a 1988 – e foi um dos fundadores e diretor artístico, em 1982, do Elo Ballet de Câmara Contemporâneo de Belo Horizonte. Por sua contribuição à dança brasileira, recebeu inúmeros prêmios e distinções, como o Prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA (1977, 1979, 1980, 1988, 2012), Prêmio Governador do Estado de São Paulo (1978 e 1979, 2012), Prêmio Conselho Estadual de Cultura de Salvador (1985), Bolsa Vitae de Artes para Criação Coreográfica e Pesquisa (1991), dentre outros.
Radicado em Nova York, Astor Piazzolla estudou piano com
Astor Piazzolla
Bela Wilde, pianista húngaro discípulo de Sergei Rachmani-
Compositor
nov. Em Nova York conheceu o cantor argentino de Tango Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme El día que me quieras. Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, Piazzolla estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo. Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova York, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz em sua música, estabele-
cendo então uma nova linguagem, seguida até hoje. Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina. Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o violinista Fernando Suarez Paz. Entre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.
Daniel Binelli
Reconhecido internacionalmente como compositor, arran-
Bandoneón
jador e professor de bandoneón, o músico argentino Daniel Binelli viaja o mundo como solista com orquestras e como diretor musical. Por 14 anos fez parte da orquestra de Osvaldo Pugliese e, em 1989, integrou o Sexteto Novo Tango, de Astor Piazzolla, em várias turnês internacionais e, recentemente, no documentário da BBC sobre a vida de Piazzolla. Daniel Binelli já se apresentou como solista com orquestras como as da Filadélfia, Atlanta, Buffalo e Virginia (EUA); Tohnhalle Zurique (Suíça); Sinfônica de Montreal e Ottawa (Canadá); São Petersburgo (Rússia); NHK (Japão); Filarmônica Nacional da Argentina e do Uruguai. Foi regido por maestros como Charles Dutoit, Lalo Schiffrin, Franz Paul Decker, Robert Spano, JoAnn Faletta, Michael Christie, Lior Shambadal, Simon Blech, dentre outros. Ele já gravou mais de cem discos, com repertórios que demonstram toda sua versatilidade musical. Daniel Binelli compôs e arranjou obras para instrumentos solo, música de câmara, para orquestra, música para dança e para cinema, do tango à linguagem contemporânea.
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Em 1980, Lino Villaventura inaugurou sua primeira loja em
Lino Villaventura
Fortaleza com Inez, sua companheira e sócia. Dois anos de-
Estilista
pois, a mídia nacional descobriu seu talento e a partir daí, Lino Villaventura começou a se firmar no mercado, tornando-se um dos representantes mais significativos da moda brasileira. Presente no São Paulo Fashion Week desde a sua primeira edição, em julho de 1996, Lino encanta pela magia, suntuosidade e exuberância de seus desfiles. Um de seus melhores trunfos é a arte de tinturar e transformar tecidos. Instigante, utiliza materiais que fogem do óbvio para criar novas texturas, nervuras e patchworks. Tanto na passarela como fora dela, as criações de Lino são impactantes e possuem identidade, com um marcante caráter artesanal. Todo esse engenhoso trabalho é feito por uma qualificada equipe de 50 profissionais comandada pelo estilista. Nos anos 90, ele passou a desenvolver também figurinos para grandes filmes e espetáculos. Criou para o Balé da Cidade de São Paulo o figurino de Baile Na Roça - Coreografias para Portinari, em 1997. Suas peças são encontradas em diversas cidades brasileiras. Fora do país, suas roupas são vendidas na Europa e no Oriente Médio.
Trabalha há mais de 20 anos com iluminação cênica no Bra-
Silviane Ticher
sil. Atualmente tem se dedicado à dança contemporânea,
Desenho de Luz
participando de varias companhias e festivais tanto na criação quanto na coordenação técnica dos espetáculos, desenvolvendo um projeto de ‘operação conjunta’ da iluminação dos espetáculos, onde a Luz passa a ser um elemento coreográfico. Há quatro anos desenvolve uma parceria frequente neste tipo de trabalho com o coreógrafo Luis Arrieta.
Itzik Galili
Nascido em Israel, Itzik Galili estudou na Companhia de
Coreografia
Dança Bat-Dor, antes de entrar para a Companhia de Dança Batsheva. Em 1990 ganhou, com a criação Old Cartoon, o prêmio de originalidade no Gvanim Choreographic Competition. No ano seguinte, Galili mudou-se para Amsterdã e formou sua própria companhia. Um ano mais tarde, sua peça The Butterfly Effect ganhou o Prêmio do Público no Concurso Internacional para Coreógrafos em Groningen, o que lhe rendeu reconhecimento internacional. Em 1997, o Ministério da Cultura dos Países Baixos o nomeou como diretor artístico da recém-fundada companhia de dança de Groningen, a Noord Nederlandse Dans, instituição que dirigiu por mais de 11 anos. Em janeiro de 2009, retornou a Amsterdã como co-fundador e diretor artístico da companhia de dança contemporânea Dansgroep Amsterdam. Desde 2011, Galili é um coreógrafo independente. Pela sua contribuição para o desenvolvimento da dança neerlandesa e por seu excepcional talento, ganhou em 1994 o Final Selection Culture Award, o prêmio de coreografia da Dutch Association of Theatre and Music Hall Directors e, em 2006, tornou-se, pela Rainha Beatriz, um Cavaleiro da Ordem Real da Huis van Oranje-Nassau. Em 2009, sua obra A Linha Curva, criada para o Balé da Cidade de São Paulo, foi estreada pela Rambert Dance Company em Sadler’s Wells e indicada para três prêmios no Reino Unido: Knights of Illumination (Desenho de Luz), Critics Circle (Melhor Coreografia Moderna) e Laurence Olivier (Melhor Nova Produção).
Dámaso Pérez Prado
Músico e compositor, nasceu em Matanzas, Cuba, em 1916.
Compositor
Estudou piano clássico e, mais tarde, tocou órgão e piano em clubes locais. Por um tempo foi pianista e arranjador do Sonora Matancera, o grupo musical mais conhecido de Cuba. Ele também trabalhou com orquestras de cassino em Havana durante a maior parte da década de 1940.
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Em 1948, mudou-se para o México para formar a própria banda e gravar pela RCA Victor. Rapidamente especializou-se em mambos, uma adaptação animada do cubano danzón. Em 1950 o arranjador Sonny Burke ouviu Que Rico el Mambo, enquanto estava de férias no México e, ao voltar aos Estados Unidos, o gravou como Mambo Jambo. O single foi um sucesso, o que fez com que Perez realizasse uma turnê pelos EUA. Suas apresentações em 1951 tiveram ingressos esgotados e ele começou a gravar para a RCA Victor dos EUA. Perez é o compositor de peças famosas como Mambo N. 5 e Mambo N. 8. No auge do movimento mambo, em 1955, Perez chegou ao número um das paradas de sucesso americanas, com uma versão cha-cha-cha de Cherry Pink and Apple Blossom White, composta pelo francês Louiguy – o arranjo ficou no primeiro lugar por 10 semanas consecutivas. A canção também foi a número um no Reino Unido e na Alemanha. Sua popularidade nos Estados Unidos correspondeu ao pico da primeira onda de interesse em música latina, fora das comunidades latinas, durante os anos 1940, 1950 e 1960. Ele também participou de filmes nos Estados Unidos e na Europa, bem como em cinema mexicano. No início de 1970, Perez retornou definitivamente a Cidade do México. Sua carreira na América Latina ainda era forte e continuou a gravar no México, América do Sul e no Japão. Foi reverenciado como um dos gigantes reinantes da indústria da música e fez apresentações regulares na televisão mexicana. Perez morreu de um acidente vascular cerebral na Cidade do México em setembro de 1989, aos 72 anos.
Compositor e arranjador, atualmente é diretor administrativo
Rodrigo Morte
da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
Arranjador
Arranjador da Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo desde 1999, escreveu para João Donato, Rosa Passos, Dave
Liebman, Carla Cook, Dori Caymmi, Toninho Horta, Amilton Godoy, Richard Bona, Yamandú Costa, Hamilton Holanda, Ed Motta, César Camargo Mariano, Pablo Ziegler, Stefon Harris, Leo Gandelman, Chico Pinheiro, Raul de Souza, Maria Rita, Mozar Terra, Gal Costa, NY Collective Jazz Composers, Jane Monheit e Paulinho da Viola. Colaborou em projetos de Ney Rosauro, Zimbo Trio, Lenine, Roberta Sá e Maria Schneider. Escreveu para orquestras como a Orchestre National d’Île de France, Hollywood Studio Orchestra, Westchester Jazz Orchestra, Greensboro Symphony Orchestra, SoundScape Big Band, Petrobras Sinfônica, Jazz Sinfônica de Diadema, Aspen Festival Orchestra, Sinfônica Brasileira e a Filarmônica de Bruxelas. Foi arranjador em gravações da Orquestra Jazz Sinfônica, Jazz Sinfônica de Diadema, Soundscape Big Band, Toninho Ferragutti, Gogô, Roberta Miranda, Luis Aranha, Social Samba Fino e Lupa Santiago Sexteto, dentre outros.
Elisabeth Gibiat
Nascida em Grenoble, França, Elisabeth estudou na França,
Assistente de
Canadá e Estados Unidos. Integrou como solista as compa-
Coreografia
nhias Bat Dor Dance Company de Tel Aviv e a Kilina Crémona-Roger Méguin Compagnie de Danse de Lyon. Como professora convidada, desde 1988 vem ensinando balé clássico e dança contemporânea em escolas de dança profissionais, em Montreal, Lyon, Genebra, Tel Aviv, Nice e Amsterdam, e nas companhias Groupe Emile Dubois, Kibbutz Dance Company, Dance Company Nomades, Carte Blanche, Skånes Dansteater, Danish Dance Theatre, ICKamsterdam, Noord Nederlandse Dans e Sally Project. Em 1997, a convite da diretora artística Iracity Cardoso, juntou-se ao Ballet Gulbenkian, de Lisboa, como diretora de ensaio e maître de ballet. Na capital portuguesa conheceu Itzik Galili, que a convidou a trabalhar com ele, em 2001, como diretora artística adjunta da Noord Nederlandse Dans e, em
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2009, do Dansgroep Amsterdam, para criar e implementar sua visão artística. Como maître de ballet, Elisabeth lecionou aulas para a companhia e como diretora de ensaio foi responsável pelos trabalhos de Itzik Galili e para as obras dos seguintes coreógrafos convidados: Jiri Kylian, William Forsythe, Rui Horta, Ohad Naharin, Angelin Preljocaj, Stijn Celis, Tero Saarinen, Meryl Tankard, Né Barros, e Mark Baldwin. Desde 2011 é associada artística e coordenadora administrativa do coreógrafo Itzik Galili.
Nascido em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, João Pi-
João Pimenta
menta desfilou sua primeira coleção no São Paulo Fashion
Estilista
Week em 2010. As criações do estilista chamam a atenção da crítica especializada por apostar nos contrapontos como ferramentas para discutir a moda masculina. Os jogos de opostos, envolvendo conceitos de pobre e rico, masculino e feminino, são constantes desde o início de sua trajetória na moda – marcada por consistentes apresentações na Casa de Criadores e participações no Mercado Mundo Mix. Além da carreira de estilista, João também desenvolve figurinos para teatro, dança, cinema e música. Na música, vem desenvolvendo peças para os cantores Nando Reis, Filipe Catto, Thiago Pethit, Emicida, entre outros. No teatro, trabalha para grupos como Sobrevento e os últimos espetáculos do diretor Leo Moreira – Ficção, Ensaio, O silencio depois da chuva. Na dança, fez figurinos para o Bale da Cidade de São Paulo – Paraiso Perdido e T.A.T.O. – para J.Gar.Cia de Dança Contemporânea e Vera Sala, dentre outros.
Temporadas do Balé da Cidade no Theatro Municipal em 2014
Agosto
Sábado, 16 às 20h Domingo, 17 às 18h Segunda, 18 às 20h Terça, 19 às 20h Quarta, 20 às 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Luis Gustavo Petri Regente Cacti de Alexander Ekman Antiche Danze de Mauro Bigonzetti (Estreia Mundial)
Dezembro
Domingo, 21 às 18h Segunda, 22 às 20h Terça, 23 às 20h Sexta, 26 às 20h Sábado, 27 às 20h Domingo, 28 às 18h Orquestra Experimental de Repertório Carlos Eduardo Moreno Regente O Quebra-Nozes de Mauro Bigonzetti (Estreia Mundial)
Programa sujeito a alterações.
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Balé da Cidade
Jaruam Miguez
Maquinista
Orquestra Sinfônica
de São Paulo
Jefferson Damasceno
Alessander Rodrigues
Municipal de São Paulo
Joaquim Tomé
José Hilton Jr.
Diretora Artística
Laura Ávila
Secretaria
Diretor Artístico
Iracity Cardoso
Leonardo Hoehne Polato
Doralice de Queiróz
John Neschling
Liliane de Grammont
Coordenação do Acervo
Assistentes de Direção
Luiz Oliveira
Raymundo Costa
Alexandra Itacarambi
Manuel Gomes
Martin Tuksa (spalla)
Raymundo Costa
Marcos Novais
Pablo De León (spalla)
Primeiros-violinos
Silvana Marani
Marina Giunti
Maria Fernanda Krug
Coordenação de Ensaios
Marisa Bucoff
Fabian Figueiredo
Suzana Mafra
Rebeca Ferreira
Adriano Mello
Assistentes de Coreografia
Renata Bardazzi
Fábio Brucoli
Kênia Genaro
Shamara Bacelar
Fábio Chamma
Roberta Botta
Simone Camargo
Fernando Travassos
Suzana Mafra
Thaís França
Francisco Ayres Krug
Professora de Ballet Clássico
Victor Hugo Vila Nova
Heitor Fujinami
Liliane Benevento
Victoria Oggiam
John Spindler
Professores convidados
Vivian Navega Dias
José Fernandes Neto
Alex Soares
Wagner Varela
Liliana Chiriac
Allan Falieri
Yasser Díaz
Mizael da Silva Júnior
Milton Kennedy Pianista Wirley Francini
Paulo Calligopoulos Produção Executiva
Rafael Bion Loro
Maya Mecozzi
Sílvio Balaz
Coordenação de Logística
Victor Bigai
Bailarinos
Deoclides Fraga Neto
Segundos-violinos
Bruno Gregório
Coordenadora Técnica
Andréa Campos*
Camila Ribeiro
Melissa Guimarães
Laércio Diniz*
Cleber Fantinatti
Assistente de
Nadilson Gama
Erika Ishimaru
Coordenação Técnica
Otávio Nicolai
Eugênia Granha
José Hilton Jr.
André Luccas
Fabiana Fornes
Iluminador
Dajvan Caetano
Fabiana Ikehara
Luiz Fernando Vaz
Edgar Montes Leite
Fabio Pinheiro
Sonoplasta
Evelyn Carmo
Fernanda Bueno
Leandro Lima
Helena Piccazio Ornellas
Gleidson Vigne
Coordenadora do Figurino
Oxana Dragos
Gustavo Barros
Bruna Fernandes
Ricardo Bem-Haja
Hamilton Felix
Assistente de
Sara Szilagyi
Igor Vieira
Coordenação do Figurino
Ugo Kageyama
Irupé Sarmiento
Juliana Andrade
Wellington R. Guimarães
Gerson Nonato**
Miguel Dombrowski
Vagner Rebouças
Assistentes
Kleberson Buso**
Ricardo Busatto
Flavio Vilela Faria**
Yara de Melo
Karen Crippa**
Vinicius Frate
Mario Rocha**
Manuela Cirigliano
Violas
Walter Müller
Trompetes
Inspetor
Alexandre De León*
André Teruo**
Fernando Guimarães*
Carlos Nunes
Silvio Catto*
Flautas
Marcos Motta*
Montadores
Abrahão Saraiva
Cássia Carrascoza*
Breno Fleury
Alexandre Greganyck
Tânia de Araújo Campos
Marcelo Barboza*
Eduardo Madeira
Paulo Broda
Adriana Schincariol
Andréa Vilella
Albert Santos**
Bruno de Luna
Cristina Poles
Trombones
* Chefe de naipe
Cindy Folly Farias
Renan Dias Mendes
Roney Stella*
** Músico convidado
Eduardo Cordeiro
Michel de Paula**
Hugo Ksenhuk
Eric Schafer Licciardi
Oboés
Luiz Cruz
Jessica Wyatt
Alexandre Ficarelli*
Marim Meira
Pedro Visockas
Rodrigo Nagamori*
Agnelson Gonçalves**
Roberta Marcinkowski
Marcos Mincov
Tuba
Tiago Vieira
Victor Astorga**
Gian Marco de Aquino*
Everton de Souza**
Clarinetes
Harpa
Violoncelos
Luís Afonso Montanha*
Jennifer Campbell*
Mauro Brucoli*
Otinilo Pacheco*
Paola Baron*
Raïff Dantas Barreto*
Diogo Maia Santos
Piano
Mariana Amaral
Domingos Elias
Cecília Moita*
Alberto Kanji
Marta Vidigal
Percussão
Charles Brooks
Fagotes
Marcelo Camargo*
Cristina Manescu
Fábio Cury*
César Simão
Joel de Souza
Marcos Fokin*
Magno Bissoli
Maria Eduarda Canabarro
Matthew Taylor*
Sérgio Coutinho
Moisés F. dos Santos
Marcelo Toni
Thiago Lamattina
Sandro Francischetti
Osvanilson Castro
Tímpanos
Teresa Catto
Renato Perez**
Danilo Valle*
Ana Chamorro**
Trompas
Márcia Fernandes*
Contrabaixos
André Ficarelli*
Violão
Taís Gomes*
Luiz Garcia*
Vitor Garbelotto**
Sanderson Cortez Paz
Eric Gomes da Silva
Gerente da Orquestra
Adriano Costa Chaves
Rogério Martinez
Paschoal Roma
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Prefeitura do Município
Maria Carolina G. de Freitas
Segunda Assistente
Anna Patrícia Araújo
de São Paulo
Secretárias
de Direção Cênica
Rosa Casalli
Prefeito
Ana Paula S. Monteiro
Ana Vanessa
Produtores
Fernando Haddad
Marcia de Medeiros Silva
Assistente de Direção
Aelson Lima
Secretário Municipal
Monica Propato
Cênica e Casting
Pedro Guida
de Cultura
Cerimonial
Sérgio Spina
Miguel Teles
Juca Ferreira
Egberto Cunha
Figurinista Residente
Nathalia Costa
Sofia Amaral Ramos
Veridiana Piovezan
Assistente de Produção
Fundação Theatro
Bilheteria
Produção de Figurinos
Arthur Costa
Municipal de São Paulo
Nelson F. de Oliveira
Fernanda Câmara
Direção Geral
Arquivo Artístico
Palco
José Luiz Herencia
Diretoria Artística
Coordenadora
Chefe da Cenotécnica
Diretora de Gestão
Assessoria de
Maria Elisa P. Pasqualini
Aníbal Marques (Pelé)
Ana Flávia Cabral S. Leite
Direção Artística
Assistente
Técnicos de Palco
Stefania Gamba
Ana Raquel Alonso
Antonio Carlos da Silva
Instituto Brasileiro
Luís Gustavo Petri
Arquivistas
Antonio Oliveira Almeida
de Gestão Cultural
Clarisse De Conti
Ariel Oliveira
Alexandre N. Pinheiro
Presidente do Conselho
Secretária
Guilherme Prioli
Aristide da Costa Neto
Cláudio Jorge Willer
Eni Tenório dos Santos
Karen Feldman
Cláudio Nunes Pinheiro
Diretor Executivo
Coordenação de
Leandro José Silva
Cristiano T. dos Santos
William Nacked
Programação Artística
Leandro Ligocki
Edival Dias
Diretora Técnica
João Malatian
Copista
Ermelindo T. Sobrinho
Isabela Galvez
Diretor Técnico
Ana Cláudia Oliveira
Julio de Oliveira
Diretor Financeiro
Juan Guillermo Nova
Neil Amereno
Assistente de
Ação Educativa
Marcelo Luiz Frosino
Diretor Artístico
Direção Técnica
Aureli Alves de Alcântara
Paulo Miguel Filho
John Neschling
Giuseppe Cangemi
Diretora de Produção
Diretor de Palco Cênico
Centro de Documentação
Thiago Panfieti
Cristiane Santos
Ronaldo Zero
Chefe de seção
Assistentes
Direitos Autorais
Assistente de Direção
Mauricio Stocco
Elisabeth de Pieri
Olivieri Advogados
de Palco Cênico
Equipe
Ivone Ducci
Associados
Sabrina Mirabelli
Lumena A. de Macedo Day
Contrarregras
Lourival F. Conceição
Rodrigo Nascimento
Assistente de Direção
Bruno Farias
Diretoria Geral
Cênica Residente
Diretoria de Produção
Carlos Bessa
Assessora
Julianna Santos
Produção Executiva
Eneas Leite
Marcelo Luiz Frosino
Acervo de Cenário
Luciana Cadastra
Marina Castilho
Piter Silva
e Aderecista
Marcio Aurélio O. Cameirão
Vitória R. R. Dos Santos
Sandra S. Yamamoto
Aloísio Sales
Meire Lauri
Chefe de Som
Expediente
Sérgio Luis Ferreira
José Carlos Souza
Compras e Contratos
de Manutenção
Operadores de Som
José Lourenço
George Augusto
Edisangelo R. da Rocha
Guilherme Ramos
Paulo Henrique Souza
Rodrigues
Eli de Oliveira
Jessica Elias Secco
Narciso Martins Leme
Marina Aparecida Augusto
Estagiário
Daniel Botelho
Seção Técnica
Kelly Cristina da Silva
Diretoria de Gestão
Chefe de Iluminação
Lais Gabriele Weber
Valéria Lovato
Carolina Paes Simão
Infraestrutura
Iluminadores
Cristina Gonçalves Nunes
Marly da Silva dos Santos
Comunicação
Alexandre de Souza
João Paulo Alves Souza
Antonio Teixera Lima
Editor e Coordenador
Igor Augusto F. de Oliveira
Juçara A. de Oliveira
Cleide da Silva
Marcos Fecchio
Luciano Paes
Juliana do Amaral Torres
Eva Ribeiro
Editor assistente
Fernando Azambuja
Oziene O. dos Santos
Israel Pereira de Sá
Gabriel Navarro Colasso
Ubiratan Nunes
Paula Melissa Nhan
Luiz Antonio de Mattos
Mídias Eletrônicas
Camareiras
Vera Lucia Manso
Maria Apª da C. Lima
Desirée Furoni
Pedro Bento Nascimento
Assessoras de Imprensa
Alzira Campiolo
Vinícius Leal
Lindinalva M. Celestino
Assistência
Therezinha P. da Silva
Amanda Sena
Maria Auxiliadora
Administrativa
Almoxarifado
Daniela Oliveira
Maria Gabriel Martins
Alexandro R. Bertoncini
Nelsa A.Feitosa da Silva
Marlene Collé
Seção de Pessoal
Bens Patrimoniais
Design Gráfico
Nina de Mello
Cleide C. da Mota
José Pires Vargas
Kiko Farkas/ Máquina
Regiane Bierrenbach
José Luiz P. Nocito
Tonia Grecco
Solange F. França Reis
Informática
Designer Assistente
Tarcísio Bueno Costa
Ricardo Martins da Silva
Ana Lobo
Renato Duarte
André Kavakama
Central de Produção
Estúdio
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Parcerias
Estagiários
Atendimento
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Suzel Maria P. Godinho
Victor Hugo A. Lemos
Michele Alves
Yudji A. Otta
Impressão
Emília Reily Acervo de Figurinos
Contabilidade
Marcela de Lucca M. Dutra
Alberto Carmona
Arquitetura
Assistente
Cristiane Maria Silva
Lilian Jaha
Ivani Rodrigues Umberto
Diego Silva
Estagiários
Formags
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Fotos Uneven: João Mussolin bandOneón: Sylvia Masini O Balcão de Amor: Sylvia Masini Bailarinos e Equipe: Sylvia Masini Iracity Cardoso: Sylvia Masini Victor Hugo Toro: Divulgação Raïff Dantas: Divulgação Cayetano Soto: Divulgação Luis Arrieta: A.C.Cardoso Daniel Binelli: Peter Schaaf Lino Villaventura: Divulgação Silviane Ticher: Divulgação Itzik Galili: Gadi Dagon Elisabeth Gibiat: Markus Linke Rodrigo Morte: Divulgação João Pimenta: Divulgação
Agradecimentos Só Dança
MUNICIPAL. O PALCO DE SÃO PAULO
co-realização
Organização Social de Cultura do Município de São Paulo