Balé da Cidade de São Paulo / 2014

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BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2014



Balé da Cidade de São Paulo Agosto 2014


Sábado, 16 às 20h Domingo, 17 às 18h Segunda, 18 às 20h Terça, 19 às 20h Quarta, 20 às 20h

Balé da Cidade de São Paulo Iracity Cardoso Direção Artística Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Luis Gustavo Petri Regente Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo


Cacti 30’ Alexander Ekman Coreografia Intervalo 20’ Antiche Danze 35’ Mauro Bigonzetti Coreografia


Tempos da Dança Flávia Fontes Oliveira

Nesse terceiro espetáculo da temporada, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta Cacti, criada em 2010 pelo sueco Alexander Ekman, e a estreia mundial de Antiche Danze, criação do italiano Mauro Bigonzetti. Dois trabalhos – e duas gerações de criadores – que reafirmam o desafio da direção artística do grupo de colocar em cena obras que destacam modos distintos de fazer dança hoje. Alexander Ekman é um jovem prodígio europeu que vem chamando atenção das plateias pelo mundo. Aos 30 anos, em plena forma criativa e no auge da carreira, tem cerca de 35 obras no seu repertório. Humor, precisão e trabalho de grupo parecem orientar suas coreografias e em Cacti não é diferente. Transparecerá ao público a dificuldade crescente de seu estilo, no qual a rapidez, a clareza e a concentração são essenciais ao bailarino. Talvez o encanto de Ekman, na sua extrema agilidade e Flávia Fontes Oliveira

intensidade, esteja em fazer a dança se mover em direção

Jornalista e editora

inesperada, ao levar os recursos cênicos ao limite, como faz

da Revista de Dança

com as 16 plataformas dessa coreografia – no início servem

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como espaço para o movimento, para em seguida serem instrumentos do próprio corpo e, finalmente, cenário – combinadas ao uso da luz e da música em favor da dança. Em sua pulsação jovial, ele não é óbvio. A peça trata com ironia questões sérias para o artista: sua relação com a crítica e as emoções do palco. E nada disso atrapalha seu domínio da cena e sua capacidade de trabalhar com 16 bailarinos. Mauro Bigonzetti, de quem a companhia remontou Cantata, de 2003, no primeiro espetáculo da temporada em janeiro, também é um artista de habilidade plástica. Em Antiche Danze, busca um perfume do tempo na composição de Ottorino Respighi (1879-1936). De maneira deliberada, a música é guia e inspiração. Para ele, o encanto de Respighi, que além de compositor era musicólogo, está no fato de ele dar uma orquestração moderna à música antiga dos séculos XVI, XVII e XVIII, como no caso destas Danças Antigas. A coreografia carrega, assim, um olhar contemporâneo sobre as tradições desse tempo. Bigonzetti não recria o passado, mas o lê, como é hábito em suas obras. Com figurinos elaborados a partir dessa ideia central, os duos, quartetos e conjuntos trazem lembranças de antigas danças de corte. É também um trabalho que requer fina atenção dos bailarinos para o equilíbrio, não apenas nas visíveis suspensões, mas nos jogos de forças entre os intérpretes. Ekman e Bigonzetti são coreógrafos de tempos e inspirações distintas, mas dividem a musicalidade apurada, a ousadia e a surpresa nos recursos da cena. Apenas uma afiada companhia como o Balé da Cidade de São Paulo poderia reunir características diversas em um mesmo programa com tanta propriedade e ainda tornar isso parte de seu espetáculo.



ENSAIO DE CACTI


Cacti

Estreia Nacional

Estreia mundial pelo Nederlands Dans Theater, em 25 de fevereiro de 2010, no Lucent Danstheater, em Haia, Países Baixos.

Alexander Ekman Coreografia e Figurinos Alexander Ekman e Tom Visser Cenário Tom Visser Desenho de Luz Spenser Theberge Textos Nina Botkay Remontagem Kenia Genaro, Roberta Botta Suzana Mafra Assistentes de Coreografia

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Música

Franz Schubert Quarteto de cordas N. 14 - A Morte e a Donzela - IV movimento: Presto. Fragmentos e Improvisação escritos e compilados por Artur Trajko, Tinta Schmidt von Altenstadt, Saskia Viersen, David Marks e Jan Pieter Koch (coordenador musical). Quarteto de cordas N. 14 - A Morte e a Donzela, arranjo para orquestra de Andy Stein Joseph Haydn Quarteto de Cordas Op. 9 N. 6 - IV movimento: Finale. Presto As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz - Sonata V: Sitio Ludwig van Beethoven Quarteto de Cordas Opus 59 N. 9. Fragmento do II movimento: Andante con moto quasi allegretto

Elenco Duo Conjunto

Marisa Bucoff Victor Hugo Vila Nova Camila Ribeiro Fabiana Ikehara Fernanda Bueno Laura Ávila Marisa Bucoff Rebeca Ferreira Vivian Navega Dias Thaís França Bruno Gregório Hamilton Felix Igor Vieira Jaruam Miguez Joaquim Tomé Manuel Gomes Victor Hugo Vila Nova Yasser Díaz


Sinopse Alexander Ekman

eu criei cacti há cerca de três anos para o netherlands

Dans Theater, em Haia. Este trabalho é sobre como podemos observar a arte e como, muitas vezes, sentimos a necessidade de analisar e ‘entender’ a arte. Muitos dos meus amigos me disseram que eles realmente não entendem de arte moderna e começaram a sentir que talvez esta não fosse criada para eles. Eu acredito que não há caminho certo e que todos podem interpretar e vivenciar arte do jeito que quiserem. Talvez seja apenas um sentimento que não pode ser explicado ou talvez que sua mensagem seja algo muito óbvio. Cacti discute a crítica de arte e foi criado durante um período da minha vida em que eu ficava muito chateado cada vez que alguém escrevia sobre o meu trabalho. Não achava justo que uma pessoa se sentasse lá e decidisse por todos, sobre o que o trabalho era. Agora eu parei de ler as críticas, mas ainda questiono este sistema injusto criado pela humanidade. Em Cacti, tive pela primeira vez a oportunidade de criar um trabalho no estúdio, com os músicos, o que era uma nova forma

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de trabalhar para mim. Juntamente com um quarteto de cordas, criamos um jogo rítmico entre dançarinos e músicos que se tornaram a partitura para o trabalho. Cacti exige uma alta concentração tanto dos bailarinos quanto dos músicos, o que a torna muito emocionante de se observar. Eu sempre fui fascinado pela capacidade humana, durante alta concentração e pelo nosso modo de agir em um estado de emergência. Criei, até o momento, cerca de 35 obras e Cacti é definitivamente uma daquelas obras que sempre sentirei um certo amor. É extremamente difícil criar uma peça onde se sente algo completo e acabado do começo ao fim. Eu acho que com Cacti, de alguma maneira conseguimos organizar as peças do quebra-cabeça de uma forma que realmente sentimos uma espécie de ‘finalizado’. Eu espero que vocês se divirtam assistindo e vivenciando Cacti e que ela continue espalhando sua mensagem por todo o mundo.


Franz Joseph Haydn

Franz Joseph Haydn, um dos principais nomes do classicismo,

(1732-1809)

junto a Mozart e Beethoven, foi um dos responsáveis pelo de-

compositor

senvolvimento de algumas formas musicais, como o quarteto de cordas, a sonata e a sinfonia. Austríaco, nascido em Rohrau, Haydn se muda para Viena aos 8 anos, onde passa a integrar o coro infantil da Catedral de Santo Estêvão. Nove anos mais tarde, por ter atingido a maturidade física e por ser bastante indisciplinado, Haydn é expulso do coro e passa vários anos como músico freelance. Em 1757, começa a trabalhar como compositor e diretor artístico da corte do Conde Morzin, cargo que ocupa até o final da década, quando o conde começa a enfrentar problemas financeiros e desfaz sua orquestra. Porém, Joseph logo encontra outro patrão, o Príncipe Esterházy Paul Anton. Haydn permanece na corte dos Esterházy por mais de duas décadas. Depois de 1779, Joseph ganhou bastante autonomia sobre sua produção musical – ele pode receber por conta própria encomendas e negociar suas obras com editores -, e em 1790, fez sua primeira viagem a Londres. Durante a década de 90 a fama de Haydn cresce em toda Europa e sua relação com a corte dos Esterházy diminui gradualmente; finalmente se instala em Viena, onde se apresenta regularmente e se torna professor de Ludwig van Beethoven. Haydn falece em 31 de maio de 1809.

Ludwig van Beethoven

Nascido em Bonn, Alemanha, Ludwig van Beethoven se

(1770-1827)

mostrou muito cedo um prodígio musical. Estudou, em sua

compositor

cidade natal com seu pai, que era cantor da corte, e com Christian Gottlob Neefe antes de partir para Viena, em 1787, para estudar com Mozart. Tal viagem, infelizmente, não gerou frutos: Beethoven logo teve que voltar para Bonn por conta da enfermidade que abreviou a vida de sua mãe. Anos mais tarde, em 1792, com ajuda financeira do Príncipe Eleitor de Bonn, Beethoven parte para Viena, agora definitivamente, para estudar com Joseph Haydn. Apesar do fim da ajuda

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financeira do Príncipe Eleitor, a virtuosi de Ludwig como pianista conquistou a nobreza vienense e garantiu sua subsistência por meio de outros patronos. Em 1795, Beethoven publica suas primeiras obras; estas são bem recebidas e alavancam sua carreira de compositor, além de gerarem um retorno financeiro substancial. Com o passar dos anos e com o declínio de sua saúde – Beethoven começa a perder gradualmente a audição –, sua vida se torna mais introspectiva: Ludwig se apresenta pouco como pianista e sua produção como compositor é cada vez mais intensa e experimental. Beethoven falece em 26 de março de 1827; seu funeral, realizado 3 dias depois reuniu mais de 20.000 pessoas.

Nascido em Viena, Franz Schubert recebeu sua primeira li-

Franz Schubert

ções musicais de seu pai e de seu irmão. Aos 7 anos, come-

(1797-1828)

çou a estudar com Michael Holzer, organista e regente do

compositor

coro da igreja de Lichtental, distrito de Viena. Em 1808, Schubert se tornou bolsista do coro do seminário de Stadkonvikt, onde conheceu a obra de Mozart e dos irmãos Haydn, muito importante para seu desenvolvimento musical. Com o passar do tempo, o talento de Schubert se tornava cada vez mais claro e lhe abria portas: regia eventualmente a orquestra de Stadkonvikt e começou a ter aulas de teoria musical e composição com Antonio Salieri. A década de 1810 foi um momento de grande produção para Schubert e, em 1818, fez sua primeira apresentação pública, muito bem avaliada pela crítica local. Apesar desse sucesso, Schubert não alcançou muita fama durante a vida, sendo prestigiado apenas pelo artistas e pensadores de seu círculo social – sendo estes os principais responsáveis pela compilação e preservação de sua obra. Schubert falece aos 31 anos, em 19 de novembro de 1828. Apesar de falecer precocemente, ele produziu uma vasta obra, da música de câmara à sinfonia, da música sacra à ópera, além de ter composto mais de 600 canções (Lied).


Cacti Texto: Spenser Theberge

muito tem se falado da dicotomia entre os

one often speaks of the dichotomy between

rituais antigos e os modernos como poten-

ancient ritual and modern practice as the

cialmente destrutiva para a tecnologia que

potential doom of technology driven con-

direciona a sociedade contemporânea. As-

temporary society. As oil refuses to mix with

sim como o óleo se recusa a misturar-se com

water, as the negative end of a magnet re-

a água, o polo negativo de um imã repele o

jects the positive, so do the inherent ceremo-

positivo, as cerimônias inerentes aos povos

nies of native peoples refuse to acquiesce to

nativos se recusam a ceder às exigências im-

the imposing demands of removed, exter-

postas pelas culturas externas de transfor-

nal cultures. But this must be remedied. The

mação. Mas isso deve ser solucionado. A

artists answer? Try collaboration! In a meta-

resposta dos artistas? Tente a colaboração.

phorical nod to the post-cold war politically

Em um aceno metafórico ao Renascimento

motivated Renaissance, one sees a compro-

politicamente motivado pelo pós guerra fria,

mise develop. A theoretical give and take.

vê-se o desenvolvimento do compromisso.

Dancers respond to music. Music is cued by

É a teoria do “dar e receber”. Os baila-

dance. Arms become strings and the trilling

rinos interagem com a música. A música é

strands of a melody become to dance on

a deixa para a dança. Os braços tornam-se

legs as real as those imagined by Michelan-

cordas e os fios sonoros da melodia come-

gelo in his immortal Sistine Chapel master-

çam a dançar como pernas tão reais quanto

work. Yes, it is collaboration that will insure

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as imaginadas por Michelangelo na sua

the survival of a culture’s romanticized view

imortal obra-prima na Capela Sistina. Sim,

of society previously damned to failure. But

é a colaboração que irá garantir a sobrevi-

in this work – the artist’s own Sistine Cha-

vência da visão romantizada de uma socie-

pel – one is invited to a new decade’s uto-

dade previamente condenada ao fracasso.

pia. A world where we are not dancers, not

Mas neste trabalho - a Capela Sistina pró-

musicians, but all members of the human

pria de cada artista - cada um é convidado

orchestra.

a encarar a utopia de um novo tempo. Um

It is post-modern, pro-cacti, interdis-

mundo onde não somos bailarinos, nem mú-

ciplinary collaboration of live Music, slash

sicos, mas todos membros de uma orques-

dance, slash spoken word proscenium per-

tra humana.

formance dance theater. But that’s not it.

É pós-moderna, pró-cacto, a colabo-

What did we see? What was revealed? What

ração interdisciplinar entre música, barra

does it mean? There was rejoicing, yes. A

dança, barra palavra falada no proscênio do

youthful exuberance perpetuated by the

teatro. Mas isso não é tudo. O que vemos?

dancer’s child – like glee. Their ivory pedes-

O que é mostrado? Qual seu significado?

tals a duality of freedom and imprisonment.

Houve regozijo, sim. Uma exuberância ju-

The dancers may be amplified by what their

venil propagada pelo jovem bailarino - na

feet stand upon, but will they ever know the

forma de satisfação. Seus pedestais de mar-

realities of earth’s rough ever-yielding soil?

fim são uma dualidade entre a liberdade e

Oh, no. But it is not the ivory pedestals that

a prisão. Os bailarinos até podem ser ampli-

the hold the heart beat of this work. Instead,

ficados conforme o lugar onde pisam, mas

it is the cacti, pulsing with the subtext almost

será que eles algum dia conhecerão a reali-

the subtly to detect. But the trained eye sees

dade do solo áspero e estéril? Oh, não. Mas

the truth, and the review is revealed.

não são os pedestais de marfim que prendem a batida de seu coração neste trabalho. Em vez disso, é o cacto, pulsando com o subtexto tão sutil que mal se detecta. Mas o olho treinado enxerga a verdade, e a crítica então é revelada.


O Dueto

The Duet

Ei Aram

Hey Aram

Oi Riley

Hey Riley

Como vai?

How are you?

Bem

Good

Esse foi o terceiro?

Was that the third?

Não sei.... parece certo.

I’m not sure.... feels right.

Por quê você não põe seu rosto aqui?

Why dont you place your face here.

hummmmm... não.... venha aqui para eu po-

mmmmm... no.... come over here so I can

der colocar meu joelho... aqui.

place my knee... here.

Desculpe, foi muito e muito antes.

Sorry, too much too soon.

Eu posso te dar minha perna.

I can give you my leg.

Ok

Ok

Eu gosto de você.

I like you

Hum....e...1,2. 12345

Uh....and...1,2 12345

Tosse - acabe com isso.

Gasp - kill it.

Tapa

Slap

Tesouras

Scissors

Pare aqui.

Stop right there.

O que é aquilo?

What is that

Eu não sei, é seu.

I don’t know it’s yours

Essa parte é tão estranha.

This part feels so weird

É mais ou menos desse tamanho.

It’s about this big

Eu já vi maiores..

I’ve seen bigger.

Oh!

Oh

Uma hora eu te mostro.

I can show you sometime.

E pula.

And jump

123

123

Por favor, cuidado com minha cabeça aqui.

Please be careful with my head here

Te peguei ..... e.... caiu. ha ha ha

I got you ..... aaaaaaand drop. ha ha ha

(vaca)

(bitch)

Vamos tentar isso.

Let’s try this

Tapa palma.

Slap clap.

Oh você vai amar isso, espere... mágica.

Oh your gonna love this, hang on... magic.

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Uoooouuu.... minha cintura... meu

Whoooo.... my hips... my ankle, did

tornozelo, você viu aquilo???

you see that???

Não, nem tudo é só você.

No it’s not always about you

Tudo bem. Eu só estava tentando

Fine. I was just trying to show you

te mostrar uma coisa...

something...

Pare

Stop

AAAAIIIIIII

AOUCH

Põe aqui, tira isso, põe, pausa,

Put it in here, Take it out, stick, break,

levanta

lift

Sim

Yes

Pegue-me.

Catch me

Você sabe que eu sempre esqueço

You know I always forget this next

a próxima parte...

part...

Ah, apenas siga a rima...

Oh just use the rhyme.

Mistura, mistura, dê a volta, abra a

Mix it mix it turn it around open the

lata, faça o leque...

can do the fan...

E... Tink Tink... Este é um ótimo

And... Tink Tink... What a lovely show

show!

this is!

Falta muito?

Is there much left?

Olhe ali! Onde?

Look over there! Where?

Ali! Onde…ali

There! Where…there

Esse passo pode ser aperfeiçoado...

This step could be developed...

Ali…venha aqui.

There…come over here

Ok, vamos fazer a parte rápida.

Ok, let’s do the fast part.

Pronto, nós precisamos nos con-

Ready, we really need to concen-

centrar muito nisso.

trate on this

Eu sei

I know

Ok, vamos lá…

Ok, here we go…

E, 1,2,3,4 volta, em cima, frente, trás

And, 1,2,3,4 circle up front back

cobra para cima, para baixo

snake up down

Te peguei

I got you

Te peguei

I got you

E eu te peguei

And I got you

Não

Not

Eu tenho que fazer alguma coisa….

There is something I have to do….


aqui

there

Oh Riley, isso era realmente necessário?

Oh Riley, was that really

Sim

necessary ?

Eu não consigo mais fazer

Yes

Isso dói.

I can’t do this anymore

Eu sei

That hurts

Mas eu ainda te amo

I know

Eu acho que a gente precisa de um tempo.

But I still love you

E o gato?

I think we need some

Oh bem, eu acho que isso

distance

responde tudo.

What about the cat

Eu também, acabou?

Oh well, I guess that

Sim

says it all

Obrigado

I think so, are we done?

Sim obrigado

Yeah

Esquecemos algo?

Thank you

Quero dizer, eu acho que a gente poderia

Yeah thanks

deitar aqui

Is there something left?

Na parte com o cacto?

I mean, I guess we can lay down here

Não, eu acho que já fizemos isso

The section with the cacti?

Eu acho que é a parte em grupo agora,

No, I think we did that already

todo mundo está saindo.

I think it’s the group section now, everyone else is coming out.

Assim como as formigas constroem

As ants construct their intricate hills, so

suas complicadas colônias, estes artistas

have these artists created their ivory sculp-

construíram sua escultura em marfim, am-

ture, both symbolic and threatening. But

bas simbólicas e ameaçadoras. Mas o que

what did we see. The meager life of a down-

vimos? A frágil vida de um homem branco

ward facing falling white man saved by his

cabisbaixo salvo por seus próprios pés

own flexed feet.

flexionados.

Longs, paralyzed by the fear of an uncer-

Momentaneamente, paralisado pelo

tain after life. What was revealed. Faces faces,

medo da incerteza do pós-vida. Rostos, ros-

everywhere faces. A toned arm, rest conve-

tos, rostos por toda a parte. Um braço forte,

niently on a cube. An empowered female

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convenientemente apoiado em um cubo.

promotes capitalist propaganda, through

Uma poderosa mulher promove a propa-

her boyish and sexual posture. What does

ganda capitalista através de sua postura in-

it mean?

fantil e sexual. O que isso significa?

Clearly the genderless, anonymous, par-

Claramente os indefiníveis, anônimos,

allel bodies on the horizontal plane repre-

corpos paralelos no plano horizontal repre-

sent the absolute principles of heaven, man

sentam os princípios absolutos de paraíso,

and earth.

homem e terra.

The cacti, observe as the all-knowing sun

O cacto observa como o soberano sol

passes from east to west, symbolizing the

cruza de leste a oeste, simbolizando a jor-

journey of life from beginning to end. End?

nada da vida do começo ao fim. Fim? Fim?

End. End – End. I have decided, this is the

Fim - Fim. Eu decidi. Eu decidi - esse é o fim,

end. I know I know this is the end. Is this the

certo? Isso deveria acabar aqui? Deveria

end? I’ve decided, I’ve decided – this is the

acabar aqui. Eu sei, esse é o fim. Espere, isso

end right? Should this end here? It should

deveria acabar aqui? Eu não sei...

end here. I know, this is the end. Wait, should

Sim, parece certo. Isto é certo. Certo? Fim. Fim...

this end here? I don’t know…. Yes, this feels right. This is right. Right? End. End…



ENSAIO DE ANTICHE DANZE


Antiche Danze

Estreia Mundial

Mauro Bigonzetti Coreografia Carlo Cerri Desenho de Luz Geraldo Lima Figurinos Cacau Martins Costura e Modelagem Gustavo Rocco Henrique Madureira Adereços Roberto Zamorano Assistente de Coreografia Kênia Genaro Roberta Botta Suzana Mafra Ensaiadoras

Música

Ottorino Respighi Antiche Arie e Danze Suite 1 Simone Molinaro: Balletto detto “Il Conte Orlando” Suite 2 Fabrizio Caroso: Laura soave, Balletto con gagliarda, saltarello e canario Bernardo Gianoncelli, detto Il Bernardello: Bergamasca Anonimo: Campanae parisienses / Marin Mersenne: Aria Suite 3 Jean-Baptiste Besard: Arie di corte Anonimo: Siciliana

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Elenco Conjunto

Camila Ribeiro Fabiana Fornes Fernanda Bueno Irupé Sarmiento Marisa Bucoff Renata Bardazzi Thaís França Vivian Navega Dias Bruno Gregório Fabio Pinheiro Hamilton Felix Jaruam Miguez Joaquim Tomé Manuel Gomes Marcos Novais Victor Hugo Vila Nova Cena 1: Balletto detto Il Conte Orlando Conjunto Cena 2: Balletto con gagliarda, saltarello e canario Marisa Bucoff Hamilton Felix Cena 3: Bergamasca Bruno Gregório Camila Ribeiro Thaís França Victor Hugo Vila Nova Conjunto Cena 4: Campanae Parisienses Irupé Sarmiento Marcos Novais Conjunto Cena 5: Arie di Corte Joaquim Tomé Vivian Navega Dias Fabiana Fornes Fabio Pinheiro Cena 6: Siciliana Fabiana Fornes Fabio Pinheiro Fernanda Bueno Jaruam Miguez Manuel Gomes Renata Bardazzi Cena 7: Balletto detto Il Conte Orlando Conjunto


Sinopse Mauro Bigonzetti

antiche danze é um trabalho totalmente inspirado pela

música, no qual o gosto musical renascentista se funde com a cultura sinfônica moderna do século IXX. É dessa fusão que nasce a ideia coreográfica: o gestual cotidiano, o movimento stacatto, as partes coreográficas com dinâmicas velozes; duos, solos e o conjunto acompanhado de figurinos com tecidos contemporâneos, mas com uma estética da antiguidade. A coreografia nasce e se desenvolve nesse contraste entre a tradição e a modernidade. E qual melhor companhia que o Balé da Cidade de São Paulo para poder exprimir esses conceitos de tradição e de ruptura?

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Nascido em Bolonha em 1879, Ottorino Respighi estudou

Ottorino Respighi

piano e violino com seu pai, que era professor de piano, an-

Compositor

tes de pro Liceu Musicale de sua cidade natal. Estudou composição com Giuseppe Martucci e musicologia com Luigi Torchi, um estudioso de música antiga. Ao se formar no Liceo, em 1899, viajou para Rússia para ser o principal violinista do Teatro Imperial Russo durante a temporada de ópera. Nesta viagem, passou cinco meses estudando com o compositor Nicolai Rimsky-Korsakov. Retorna a Bolonha e sua principal ocupação até 1908 é de primeiro violino do Quinteto Mugellini. Na segunda década do século 20, já era um interprete e compositor bem conhecido, tanto que em 1913 é convidado a ocupar a cátedra de composição do Conservatorio di Santa Cecilia, tornando-se diretor da instituição anos depois. Uma viagem de Respighi ao Brasil na década de 1920 resultou na obra Impressioni Brasiliani, estreada em 1928 no Rio de Janeiro. Além de compositor, Respighi era um estudioso de música antiga, dos séculos 16, 17 e 18, tendo editado diversas obras do período; esses estudos musicológicos também influenciaram as composições dele. Devido a uma infecção cardíaca, Respighi falece aos 56 anos em 1936.


Iracity Cardoso

Alexander Ekman

Luis Gustavo Petri

Thomas Visser Kenia Genaro


Suzana Mafra

Roberto Zamorano

Mauro Bigonzetti

Roberta Botta

Geraldo Lima

Quarteto de Cordas da Cidade de S達o Paulo

Nina Botkay

Carlo Cerri


Balé da

O Balé da Cidade de São Paulo foi criado em 7 de Fevereiro

Cidade de

de 1968, com o nome de Corpo de Baile Municipal. Inicial-

São Paulo

mente com a proposta de acompanhar as óperas do Theatro Municipal e se apresentar com obras do repertório clássico, teve Johnny Franklin como seu primeiro diretor artístico. Em 1974, sob a direção Antonio Carlos Cardoso, a companhia assumiu o perfil de dança contemporânea, que mantém até hoje. A partir daí, tornou-se presença destacada no cenário da dança sul-americana, marcando época por inovar a linguagem e mostrar ao público um elenco afinado. Em 1981 passou a se chamar Balé da Cidade de São Paulo. Nos anos 80, o experimentalismo marcou a trajetória da companhia. Os bailarinos eram encorajados a contribuir com suas próprias ideias coreográficas que resultaram em trabalhos marcantes. A bem sucedida carreira internacional da companhia teve início com sua participação na Bienal de Dança de Lyon, França, em 1996. Desde então, suas turnês européias tem sido aclamadas tanto pela crítica especializada quanto pelo público de todos os grandes teatros onde se apresenta. Desde 2001, a atuação do Balé da Cidade de São Paulo se estende também em programas de formação de platéia e de ações culturais paralelas, principalmente em mostras didáticas pela cidade de São Paulo, partilhando seu patrimônio artístico com a população da cidade. A longevidade do Balé da Cidade de São Paulo, o rigor e padrão técnico de seu elenco e equipe artística, atraem os mais importantes coreógrafos brasileiros e internacionais interessados em criar obras para seus bailarinos e artistas.


Formada pela Escola de Dança de São Paulo, teve sua pri-

Iracity Cardoso

meira experiência internacional como bailarina entre 1964 e

Diretora Artística

1967, na Alemanha, França e México. Foi professora do Ballet Stagium e diretora do Balé da Cidade de São Paulo. Em 1980, foi assistente de direção e bailarina no Ballet Du Grand Theatre de Genebra e, em 1988, se tornou Diretora Artística Adjunta. Depois de 1996, passou a trabalhar como Diretora Artística do Ballet Gulbenkian em Lisboa. De volta ao Brasil, em 2006, foi Assessora de Dança da Secretaria Municipal de Cultura de SP, quando reativou o Centro de Dança da Galeria Olido. Promoveu a publicação do Primeiro Edital de Fomento à Dança e iniciou um projeto de dança vocacional. Em 2008, tornou-se Diretora Artística Fundadora da São Paulo Companhia de Dança. Foi Jurada no Concurso Internacional de Dança do Prix de Lausanne em 2010. Em 2013, foi convidada pelo Maestro John Neschling para assumir a Direção Artística do Balé da Cidade de São Paulo.


Orquestra

A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Sinfônica

remonta a 1921, dez anos após a inauguração do Theatro Mu-

Municipal

nicipal, por meio da Sociedade de Concertos Sinfônicos de

de São Paulo

São Paulo. Em mais de 90 anos de história, a Orquestra tocou sob a regência de maestros como Mstislav Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur, Camargo Guarnieri, Armando Belardi, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani, além de vários compositores regendo suas obras, como Villa-Lobos, Francisco Mignone e Penderecki. Solistas de renome se apresentaram com o grupo, como Magda Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Accardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros. Desde o início de 2013, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo tem como diretor artístico o maestro John Neschling.


Criador e, desde 1994, regente titular da Sinfônica de Santos,

Luis Gustavo Petri

Luis Gustavo Petri é atualmente regente adjunto no Theatro

Regência

Municipal de São Paulo. É um dos responsáveis pela difusão da música erudita na Baixada Santista através da implantação de projetos para crianças da região, educação e formação de público. Regeu importantes orquestras como a Osesp, a Sinfonica de Porto Alegre, a Sinfonica do Paraná, a OSB, Filarmônica de Manaus, orquestras na República Dominicana e em Portugal. Destacam-se em seu repertório lírico obras como Magdalena de Villa-Lobos, Rigoletto, La Traviata, O Morcego de Richard Strauss, Il Capello di Paglia di Firenze de Nino Rota, Romeu e Julieta de Gounod, Violanta de Erich Wolfgang Korngold, a primeira encenação no Brasil de Uma Tragédia Florentina de Zemlinsky e regeu a estréia nacional de Candide de Leonard Bernstein no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a OSB , em 2005, regeu a estreia da trilha original do Encouraçado Potemkim e o projeto Aquarius na praia em 2005. Com Cleber Papa, criou o Ópera Cantada e Contada, projeto que inova o formato de pocket ópera, com muito sucesso em várias cidades brasileiras, e que já encenou quatro títulos: Madama Butterfly, Carmen, La Traviata, e La Bohéme. Em Portugal ministrou um curso de Direção de Orquestra em Coimbra. Recebeu vários prêmios por seus trabalhos como compositor e diretor musical, entre eles os prêmios Shell, APETESP e APCA.


Quarteto

Grupo Artístico da Fundação Theatro Municipal de São Paulo,

de Cordas

fundado em 1935 por Mário de Andrade, o Quarteto de Cor-

da Cidade

das da Cidade de São Paulo é considerado um dos mais

de São Paulo

importantes da América Latina. Sua formação atual conta com os violinistas Betina Stegmann e Nelson Rios, o violista Marcelo Jaffé e o violoncelista Robert Suetholz, todos com experiência e prestígio no cenário musical brasileiro e internacional. O grupo apresenta-se constantemente em várias capitais do país, na América Latina, Estados Unidos e Europa, a exemplo da Feira do Livro em Frankfurt (Alemanha) e Festival de Música de Zaragoza e em Madrid, Espanha. Por meio de concertos, recitais e atividades pedagógicas, obteve reconhecimento do público e da crítica. Acumula três premiações da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Carlos Gomes de 2003, 2011 e 2012.

theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 34


Nascido na Suécia, Ekman já criou mais de 35 obras, para

Alexander Ekman

companhias como o Cullberg Ballet, Nederlands Dans The-

Coreografia

ater, Goteborg Ballet, Iceland Dance Company, Bern Ballet, Cedar Lake Contemporary Dance, Ballet de l’Opéra du Rhin, Royal Swedish Ballet, The Norwegian National Ballet e Les Ballets de Monte Carlo. Além de assinar a coreografia, regularmente projeta o cenário e figurinos e compõe as músicas ou ritmos para suas criações. Foi nomeado para o Prêmio Griman na Islândia pela obra Grey Station- Last Stop. Em 2005, ele ganhou o Prêmio da Crítica na competição coreográfica de Hannover com The Swingle Sisters. Recebeu a Bolsa de Estudo Drottningholm na Suécia. Sua primeira coreografia de destaque foi Flockwork, em 2006, feito para o Nederlands Dans Theater. Em 2008, Ekman foi convidado a criar cinco instalações de dança para o Museu Moderno de Estocolmo, em colaboração com o Cullberg Ballet. No ano seguinte, colaborou com o renomado coreógrafo Mats Ek em sua nova peça Hållplat. Foi convidado como coreógrafo associado do Nederlands Dans Theater de 2010 a 2013, quando criou Cacti, já apresentado em vários países com grande sucesso e indicado para o Prêmio Swan como melhor produção de dança de 2010. Sua primeira noite completa, Ekmans Tríptico foi estreada pelo Cullberg Ballet em 2011. Nos anos seguintes, Ekman criou novas obras para o Nederlands Dans Theater, Balé Real Suéco, Balé Nacional da Noruega e Les Ballets de Monte-Carlo.


Thomas Visser

Nascido na Irlanda em 1980, Thomas Visser começou a tra-

Desenho de Luz

balhar no teatro musical com sua família aos 18 anos. Anos mais tarde, se envolveu com a dança através do Nederlands Dans Theater. Desde então, criou desenhos de luz para coreógrafos como Alexander Ekman, Crystal Pite, Johan Inger, Stijn Celis, Medhi Walerski, Lukas Timulak e Joeri Dubbe, dentre outros. Recentemente, Thomas tem criado seus próprios projetos por meio de instalações de arte e mídia interativa.

Nina Botkay

Nascida no Rio de Janeiro, Nina Botkay se formou com os

Remontagem

professores Eliana Karin, Jorge Teixeira e Birgit Keil. Integrou a DeAnima Ballet Contemporâneo e o Netherlands Dance Theater. Desde 2010, Nina trabalha como bailarina, remontadora, professora e coreógrafa independente principalmente entre a Europa e o Brasil. Nina trabalha como assistente para diversos coreógrafos tais como Jiri Kylian, Alexander Ekman, Lukas Timulak e Marina Mascarell.

Mauro Bigonzetti

Mauro Bigonzetti nasceu em Roma e se formou na Scuola

Coreografia

del Teatro dell'Opera di Roma Após dez anos trabalhando na companhia do Teatro dell'Opera di Roma, integrou a Compagnia Aterballetto, em 1982, sob a direção artística de Amedeo Amodio. Bigonzetti participou de todas as coreografias do repertório da companhia e dançou vários trabalhos de George Balanchine e Leonide Massine. Destacou-se como um dos principais solistas, interpretando as criações de Alvin Ailey, Glen Tetley, William Forsythe e Jennifer Muller. Em 1990, criou seu primeiro trabalho Sei in movimento, que estreou no Teatro Sociale em Grassina. Após deixar o Aterballetto, tornou-se coreógrafo freelancer, trabalhando com o Balletto di Toscana, English National Ballet de Londres, Ballet National de Marselha, Stuttgarter Ballett, Deutsche Oper

theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 36


Berlin, Staatsoper Dresden, Ballet Teatro Argentino, Balé da Cidade de São Paulo, Ballet Gulbenkian de Lisboa, State Ballet Ankara e Ballet du Capitole de Toulouse, Teatro alla Scala de Milão, Opera de Roma, Arena Verona e Teatro San Carlo de Nápole. De 1997 a 2007, foi diretor artístico da Compagnia Aterballetto, construindo novo repertório e uma nova companhia. Em 2008, passou a ocupar a função de coreógrafo residente da Aterballetto. Mauro Bigonzetti produziu duas obras para o Balé da Cidade: Zona-Minada, em 2003, e Cantata, 2014.

Nascido em Roma em 1957, trabalhou na companhia Bal-

Carlo Cerri

letto di Toscana de 1989 até 2000 como designer de luz

Desenho de Luz

residente. Desde 2001, desenha a luz da Compagnia Aterballetto. Ao longo de sua carreira, colaborou com o Ballet Gulbenkian e Companhia Nacional de Bailado, ambos de Portugal, Bat Dor de Tel Aviv, English National Ballet, Ballett du Capitol de Toulouse, Stuttgarter Ballet, Basel Ballet e Ballet Dortmund, Les Grands Ballets Canadiens de Montréal e Ballet Jazz Montréal, National Ballet of China de Pequim, Alvin Ailey Dance Company. Criou design de cenário e luz para diversas produções de companhias como Balletto di Toscana, Maggio Musicale Fiorentino, Staatsballett Berlin e Staatsoper Hannover.

Doutorando e Mestre em Design pela Universidade

Geraldo Lima

Anhembi Morumbi, da qual também é professor, Geraldo

Figurinos

Lima é proprietário da CASA3 e da marca URANIO, em sociedade com João Tavares. Desenvolve pesquisa sobre as relações entre pessoas com deficiência visual e a moda, entre os sentidos e o vestuário, com especial atenção ao tato. Antes de seguir a carreira de designer e figurinista, trabalhou


como ator e também como bailarino profissional, atuando nos grupos Baleteatro Minas e Grupo Corpo. Seus primeiros figurinos foram desenvolvidos para o Grupo Baleteatro Minas. Criou figurinos para escolas de dança, como a Corpo – Escola de Dança Livre, Compasso Cia de Dança, Grupo Camaleão, Studio Rosana Maria e Studio 3, e para companhias, como Grupo Corpo e para o Balé da Cidade de São Paulo, além de ter desenhando o figurino de diversas peças de teatro. Como designer de moda, criou de coleções para diferentes marcas nacionais, além de desenvolver estampas de tecidos para tecelagens e malharias. Foi finalista do Prêmio Passaporte da Moda da Santista Têxtil em 1990. Em parceria com Rachel Zuanon, desenvolve obras em arte e tecnologia, tendo sido finalista do Prêmio FILE Prix Lux em 2010 com a obra NEUROBODYGAME.

Roberto Zamorano

Roberto Zamorano nasceu em Cali, Colombia, e estudou

Remontagem

no Ballet Clássico Incolballet. Ele dançou em companhias como o Ballet de Cali, Ballet Contemporaneo de Caracas, Northern Ballet Theatre, Florida Ballet, Ballet Biarritz e Compagnia Aterballetto. Em sua cidade natal, ele se apresentou principalmente com repertórios clássicos e contemporâneos sob a direção de Gloria Castro, sua professora, e sob a direção do Ballet Nacional de Cuba. Apresentou trabalhos de grandes coreógrafos, como Gustavo Herrera, Maria Eugenia Barrios, Massimo Moricone, Thierry Malandine, Michael Pink, Christopher Gable, Jacopo Godani, Neel Verdoon, Christian Spuck, Fabrizzio Monteverde, Mauro Bigonzetti, George Balanchine, Vicente Nebrada, Ben Stevenson. Foi professor de ballet e coreógrafo assistente da Aterballetto, durante a direção de Mauro Bigonzetti. Em 2009, juntou-se ao Les Ballet jazz de Montreal, onde teve a oportunidade de ensinar o repertório de coreógrafos como Cayetano Soto, Aszure Barton, Annabelle Lopez Ochoa

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and Wen Wei Wang. Foi professor convidado do Alvin Ailey American Dance Theater, Staatsoper Hannover Ballet, Ballet Santiago de Chile, Ballet Sancarlo di Napoli, Noor Nederlandse, Balleto del Teatro di Torino e Aterballetto.


Bruno Greg贸rio

Camila Ribeiro

Fabiana Fornes

Fabiana Ikehara

Gleidson Vigne

Gustavo Barros

Jaruam Miguez

Joaquim Tom茅

Liliane de Grammont

Luiz Oliveira

Marcos Novais

Renata Bardazzi

Victoria Oggiam

Marina Giunti

Shamara Bacelar

Vivian Navega Dias


Cleber Fantinatti

Erika Ishimaru

Fabio Pinheiro

Hamilton Felix

Eugênia Granha

Fernanda Bueno

Igor Vieira

Irupé Sarmiento

Leonardo Hoehne Polato

Laura Ávila

Malcolm Matheus

Manuel Gomes

Marcel Anselmé

Rebeca Ferreira

Marisa Bucoff

Simone Camargo

Thaís França

Yasser Díaz

Victor Hugo Vila Nova

Wagner Varela


Temporadas do Balé da Cidade no Theatro Municipal em 2014

Dezembro

Domingo, 21 às 18h Segunda, 22 às 20h Terça, 23 às 20h Sexta, 26 às 20h Sábado, 27 às 20h Domingo, 28 às 18h Orquestra Experimental de Repertório Carlos Eduardo Moreno – Regente O Quebra-Nozes Mauro Bigonzetti

Programa sujeito a alterações.

theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 42


Balé da Cidade

Jaruam Miguez

Alessander Rodrigues

Orquestra Sinfônica

de São Paulo

Joaquim Tomé

José Hilton Jr.

Municipal de São Paulo

Laura Ávila

Secretaria

Diretora Artística

Leonardo Hoehne Polato

Doralice de Queiróz

Diretor Artístico

Iracity Cardoso

Liliane de Grammont

Coordenação do Acervo

John Neschling

Assistentes de Direção

Luiz Oliveira

Raymundo Costa

Raymundo Costa

Malcolm Matheus

Primeiros-violinos

Silvana Marani

Manuel Gomes

Pablo De León (spalla)

Coordenação de Ensaios

Marcel Anselmé

Martin Tuksa (spalla)

Suzana Mafra

Marcos Novais

Fabian Figueiredo

Assistentes

Marina Giunti

Maria Fernanda Krug

de Coreografia

Marisa Bucoff

Adriano Mello

Kênia Genaro

Rebeca Ferreira

Fábio Brucoli

Roberta Botta

Renata Bardazzi

Fábio Chamma

Suzana Mafra

Shamara Bacelar

Fernando Travassos

Maître de Ballet

Simone Camargo

Francisco Ayres Krug

Liliane Benevento

Thaís França

Heitor Fujinami

Professores Convidados

Victor Hugo Vila Nova

John Spindler

Alex Soares

Victoria Oggiam

José Fernandes Neto

Allan Falieri

Vivian Navega Dias

Liliana Chiriac

Armando Duarte

Wagner Varela

Mizael da Silva Júnior

Milton Kennedy

Yasser Díaz

Paulo Calligopoulos Rafael Bion Loro

Pianista Wirley Francini

Produção Executiva

Sílvio Balaz

Maya Mecozzi

Victor Bigai

Bailarinos

Coordenação

Segundos-violinos

Bruno Gregório

de Logística

Andréa Campos*

Camila Ribeiro

Deoclides Fraga Neto

Laércio Diniz*

Cleber Fantinatti

Coordenadora Técnica

Nadilson Gama

Erika Ishimaru

Melissa Guimarães

Otávio Nicolai

Eugênia Granha

Iluminador

André Luccas

Fabiana Fornes

Marcelo Esteves

Djavan Caetano

Fabiana Ikehara

Sonoplasta

Edgar Montes Leite

Fabio Pinheiro

Leandro Lima

Evelyn Carmo

Fernanda Bueno

Coordenadora

Helena Piccazio Ornellas

Gleidson Vigne

do Figurino

Oxana Dragos

Gustavo Barros

Bruna Fernandes

Ricardo Bem-Haja

Hamilton Felix

Assistente

Sara Szilagyi

Igor Vieira

Juliana Andrade

Ugo Kageyama

Irupé Sarmiento

Maquinista

Wellington R. Guimarães


Violas

Cássia Carrascoza*

Eduardo Madeira

* Chefe de naipe

Alexandre De León*

Marcelo Barboza*

Albert Santos**

** Músico convidado

Silvio Catto*

Andréa Vilella

Trombones

***Chefe de naipe interino

Abrahão Saraiva

Cristina Poles

Roney Stella*

Tânia de Araújo Campos

Renan Dias Mendes

Hugo Ksenhuk

Adriana Schincariol

Oboés

Luiz Cruz

Bruno de Luna

Alexandre Ficarelli*

Marim Meira

Cindy Folly

Rodrigo Nagamori*

Eduardo Machado**

Eduardo Cordeiro

Marcos Mincov

Tuba

Eric Schafer Licciardi

Victor Astorga**

Gian Marco de Aquino*

Jessica Wyatt

Clarinetes

Harpa

Pedro Visockas

Otinilo Pacheco*

Jennifer Campbell*

Roberta Marcinkowski

Diogo Maia Santos

Paola Baron*

Tiago Vieira

Domingos Elias

Piano

Violoncelos

Marta Vidigal

Cecília Moita*

Mauro Brucoli*

Thiago Naguel**

Percussão

Raïff Dantas Barreto*

Fagotes

Marcelo Camargo*

Mariana Amaral

Fábio Cury*

César Simão

Alberto Kanji

Matthew Taylor*

Magno Bissoli

Charles Brooks

Marcelo Toni

Sérgio Coutinho

Cristina Manescu

Marcos Fokim

Thiago Lamattina

Joel de Souza

Osvanilson Castro

Tímpanos

Maria Eduarda Canabarro

Trompas

Danilo Valle*

Moisés F. dos Santos

André Ficarelli*

Márcia Fernandes*

Sandro Francischetti

Luiz Garcia*

Gerente da Orquestra

Teresa Catto

Eric Gomes da Silva

Paschoal Roma

Contrabaixos

Rogério Martinez

Assistente

Sanderson Cortez Paz***

Vagner Rebouças

Manuela Cirigliano

Taís Gomes***

Douglas Costa**

Inspetor

Adriano Costa Chaves

Rafael Fróes**

Carlos Nunes

Miguel Dombrowski

Thiago Ariel**

Montadores

Ricardo Busatto

Trompetes

Alexandre Greganyck

Vinicius Frate

Fernando Guimarães*

Paulo Broda

Walter Müller

Marcos Motta*

Rafael de Sá

Flautas

Breno Fleury

theatro municipal de são paulo_temporada 2014_pg 44


Prefeitura do Município

Diretoria Geral

Caroline Vieira

Equipe

de São Paulo

Assessora

Assistente de Direção

Lumena A. de M. Day

Maria Carolina G. de Freitas

Cênica Residente

Prefeito

Secretárias

Julianna Santos

Diretoria de Produção

Fernando Haddad

Ana Paula S. Monteiro

Segunda Assistente

Produção Executiva

Secretário Municipal

Marcia de Medeiros Silva

de Direção Cênica

Anna Patrícia Araújo

de Cultura

Monica Propato

Ana Vanessa

Nathália Costa

Juca Ferreira

Cerimonial

Assistente de Direção

Rosa Casalli

Egberto Cunha

Cênica e Casting

Produtores

Fundação Theatro

Bilheteria

Sérgio Spina

Aelson Lima

Municipal de São Paulo

Nelson F. de Oliveira

Figurinista Residente

Pedro Guida

Veridiana Piovezan

Miguel Teles

Direção Geral José Luiz Herencia

Diretoria Artística

Produção de Figurinos

Nivaldo Silvino

Diretora de Gestão

Assessoria de

Fernanda Câmara

Assistente de Produção

Ana Flávia Cabral S. Leite

Direção Artística

Arquivo Artístico

Arthur Costa

Diretor de Formação

Stefania Gamba

Coordenadora

Leonardo Martinelli

Luís Gustavo Petri

Maria Elisa P. Pasqualini

Palco

Clarisse De Conti

Assistente

Chefe da Cenotécnica

Instituto Brasileiro

Secretária

Ana Raquel Alonso

Aníbal Marques (Pelé)

de Gestão Cultural

Eni Tenório dos Santos

Arquivistas

Técnicos de Palco

Presidente do Conselho

Assistente Administrativa

Ariel Oliveira

Rodrigo Nascimento

Cláudio Jorge Willer

Luana Pirondi

Guilherme Prioli

Thiago Panfieti

Diretor Executivo

Coordenação de

Karen Feldman

Antonio Carlos da Silva

William Nacked

Programação Artística

Leandro José Silva

Antonio Oliveira Almeida

Diretora Técnica

João Malatian

Leandro Ligocki

Alex Sandro N. Pinheiro

Isabela Galvez

Diretor Técnico

Copista

Aristide da Costa Neto

Diretor Financeiro

Juan Guillermo Nova

Cassio Mendes

Cláudio Nunes Pinheiro

Neil Amereno

Assistente de

Diretor Artístico

Direção Técnica

Ação Educativa

Edival Dias

John Neschling

Daniela Gogoni

Aureli Alves de Alcântara

Ermelindo T. Sobrinho

Diretora de Produção

Diretor de Palco Cênico

Cristiane Santos

Ronaldo Zero

Centro de

Lourival F. Conceição

Direitos Autorais

Assistente de Direção

Documentação

Manuel Lucas Souza

Olivieri Advogados

de Palco Cênico

Chefe de seção

Marcelo Luiz Frosino

Associados

Sabrina Mirabelli

Mauricio Stocco

Paulo Miguel Filho

Cristiano T. dos Santos

Julio de Oliveira


Assistente

Tonia Grecco

Ivone Ducci

Solange F. França Reis

Informática

Tarcísio Bueno Costa

Ricardo Martins da Silva

Contrarregragem

Central de Produção

Carlos Bessa

"Chico Giacchieri"

Parcerias

Estagiários

Contrarregras

Coordenação de Costura

Suzel Maria P. Godinho

Victor Hugo A. Lemos

Bruno Farias

Emília Reily

Eneas Leite

Acervo de Figurinos

Contabilidade

Luca Leme

Marcela de Lucca M. Dutra

Alberto Carmona

Arquitetura

Peter Silva

Assistente

Cristiane Maria Silva

Lilian Jaha

Sandra Satomi

Ivani Rodrigues Umberto

Diego Silva

Estagiários

Yamamoto

Acervo de Cenário

Luciana Cadastra

Marina Castilho

Chefe de Som

e Aderecista

Marcio Aurélio O. Cameirão

Vitória R. R. Dos Santos

Sérgio Luis Ferreira

Aloísio Sales

Meire Lauri

Operadores de Som

Expediente

Guilherme Ramos

José Carlos Souza

Compras e Contratos

de Manutenção

Daniel Botelho

José Lourenço

George Augusto

Eli de Oliveira

Kelly Cristina da Silva

Paulo Henrique Souza

Rodrigues

Narciso Martins Leme

Jessica Elias Secco

Estagiário

Marina Aparecida Augusto

Vinícius Leal

Chefe de Iluminação

Renato Duarte

Yudji A. Otta

Seção Técnica

Valéria Lovato

Diretoria de Gestão

Iluminadores

Lais Gabriele Weber

Alexandre Bafe

Carolina Paes Simão

Infraestrutura

Comunicação

Igor Augusto F. de

Cristina Gonçalves Nunes

Marly da Silva dos Santos

Editor e Coordenador

Oliveira

João Paulo Alves Souza

Antonio Teixera Lima

Marcos Fecchio

Luciano Paes

Juçara A. de Oliveira

Cleide da Silva

Editor assistente

Fernando Azambuja

Juliana do Amaral Torres

Eva Ribeiro

Gabriel Navarro Colasso

Ubiratan Nunes

Oziene O. dos Santos

Israel Pereira de Sá

Mídias Eletrônicas

Camareiras

Paula Melissa Nhan

Luiz Antonio de Mattos

Desirée Furoni

Alzira Campiolo

Vera Lucia Manso

Maria Apª da C. Lima

Assessoras de

Pedro Bento Nascimento

Imprensa

Isabel Rodrigues Martins Lindinalva M. Celestino

Assistência

Therezinha P. da Silva

Amanda Sena

Maria Auxiliadora

Administrativa

Almoxarifado

Daniela Oliveira

Maria Gabriel Martins

Alexandro R. Bertoncini

Nelsa A.Feitosa da Silva

Marlene Collé

Seção de Pessoal

Bens Patrimoniais

Design Gráfico

Nina de Mello

Cleide C. da Mota

José Pires Vargas

Kiko Farkas/ Máquina

Regiane Bierrenbach

José Luiz P. Nocito

Estúdio

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Designer Assistente Ana Lobo André Kavakama Atendimento Michele Alves Impressão Formags Gráfica e Editora LTDA

Agradecimentos Escarlate Hotel Marabá

Créditos das fotos Iracity Cardoso – Sylvia Masini Luis Gustavo Petri – Divulgação Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo – Michele Mifano Alexander Ekman – Fredrik Sandberg Thomas Visser – Laurens Bouvrie Nina Botkay – Peter Greig Mauro Bigonzetti – Sylvia Masini Carlo Cerri – Divulgação Geraldo Lima – Divulgação Roberto Zamorano – João Mussolin Bailarinos e Equipe BCSP - Sylvia Masini


MUNICIPAL. O PALCO DE SÃO PAULO

co-realização

Organização Social de Cultura do Município de São Paulo


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