Eugene Onegin - Theatro Municipal de São Paulo 2015

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EUGENE ON EG I N TCHAIKOVSKY


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EUGENE ONEGIN Ópera em três atos Música de Piotr Ilitch Tchaikovsky Libreto de Konstantin Shilovsky Baseada no romance em versos Evguêni Oniéguin, de Aleksandr S. Púchkin



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Datas de apresentação Elenco

06 Sinopse

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Quatro perguntas ao diretor cênico Marco Gandini

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Nota sobre a transliteração

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Evguêni Oniéguin Irineu Franco Perpetuo

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Evguêni Oniéguin de Púchkin Aurora Bernardini

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O sol da poesia russa Yulia Mikaelyan

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Histórico de apresentações

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Gravações de referência

38 Libreto

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Biografias dos artistas

120 Fichas Técnicas

124 Amigos do TMSP

126 Temporada 2015


Nova montagem do Theatro Municipal de São Paulo Aniversário de 175 anos de nascimento de Piotr Ilitch Tchaikovsky

MAIO Sábado 30 às 20h Domingo 31 às 18h

JUNHO Terça 02 às 20h Quinta 04 às 20h Sábado 06 às 20h Domingo 07 às 18h Terça 09 às 20h

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EUGENE ONEGIN PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY


Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo Jacques Delacôte Direção musical e regência Eduardo Strausser Regente residente ( dia 7) Marco Gandini Direção cênica Italo Grassi, Maria Rossi Franchi e Andrea Tocchio Cenografia Lorenzo Merlino Figurinos Caetano Vilela Iluminação Manuel Paruccini Coreografia Bruno Greco Facio Regente do Coro Eugene Onegin

Andrei Bondarenko 30 2 4 7 9 Kostantin Shushakov 31 6

Tatiana

Svetlana Aksenova 30 2 4 7 9 Talia Or 31 6 Lenski

Fernando Portari 30 2 6 9 Medet Chotabaev 31 4 7

Olga

Alisa Kolosova 30 2 4 7 9 Ana Lucia Benedetti 31 6

Filipevna

Larissa Diadkova 30 2 4 7 9 Lidia Schäffer 31 6

Madame Larina

Alejandra Malvino 30 2 4 7 9 Keila de Moraes 31 6

Príncipe Gremin

Vitalij Kowaljow 30 2 4 7 9 Saulo Javan 31 6

Triquet

Miguel Geraldi

Zaretski

Sergio Righini

Capitão

Rogério Nunes

Camponês

Renato Tenreiro


9 Sinopse

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[Indicações cênicas do libreto original.]

Ato I Em sua propriedade rural, Larina ouve Tatiana e Olga, suas filhas,

a cantar, e evoca a juventude: foi também sonhadora, até que se rendeu aos imperativos da vida, aceitando um casamento de conveniência arranjado pelos pais. Os servos da fazenda chegam para homenagear a patroa e celebrar o fim da colheita com cantos e danças. Depois da partida dos camponeses, a propriedade recebe a visita de Lenski, jovem poeta que é noivo de Olga, a caçula, cujo caráter alegre e leviano contrasta com o da irmã mais velha, Tatiana, sonhadora e leitora compulsiva. Lenski chega acompanhado do amigo Onegin, homem do mundo que possui um terreno nas vizinhanças, herdado de um tio. Tatiana imediatamente se apaixona por ele. Após a partida de todos, a moça, em seu quarto de dormir, resolve declarar-se a Onegin, escrevendo-lhe uma carta arrebatada. Tendo passado a noite em claro, Tatiana pede à aia que envie sua missiva ao vizinho. Em vez de escrever de volta, Onegin decide responder pessoalmente. Faz uma série de elogios a Tatiana, mas afirma que não deseja se casar com quem quer que seja – e ainda a aconselha a aprender a se controlar e moderar suas efusões. A moça fica arrasada com a rejeição do amado. 68’

Intervalo 25’

Ato II Um baile na casa de Larina celebra o aniversário de Tatiana.

Alvo das fofocas dos presentes, que o caracterizam como um excêntrico maçom que só bebe vinho tinto, Onegin entedia-se e, para se vingar de Lenski – que insistiu para que ele comparecesse à festa –, resolve cortejar Olga. A moça passa a dançar apenas com Onegin, negligenciando o noivo, que fica exasperado. Triquet, um convidado francês, declama versos em homenagem à aniversariante, mas nem isso reduz a tensão entre os amigos. Confrontado por Onegin, Lenski, cada vez mais irritado, cobre-o de insultos e termina por desafiá-lo para um duelo, para consternação geral. Na cena seguinte, Lenski está em um bosque, acompanhado por seu padrinho de duelo, Zaretski. Enquanto Onegin não chega, ele reflete sobre a incerteza de sua sorte e seu amor por Olga. Por fim, o oponente entra em cena, seguido do criado Guillot, que será seu padrinho. Os amigos se batem e quem cai morto é o poeta. 39’


Intervalo 15’

Ato III Anos depois, Onegin está entediado em um baile na capital, São

Petersburgo. Depois de matar Lenski, fez longas viagens, e acaba de regressar à Rússia. Ele se anima, contudo, com a entrada de uma dama deslumbrante, perguntando a seu amigo e parente, o príncipe Gremin, quem ela é. O nobre não economiza elogios à recém-chegada: trata-se de sua esposa, Tatiana. A mocinha acanhada de outrora se converteu em uma majestosa senhora da alta sociedade. Onegin se encanta com a ex-vizinha e passa a assediá-la. Visita, por fim, Tatiana em sua casa e implora à moça que abandone tudo e parta com ele. A moça admite amar Onegin, mas fica inflexível: será fiel ao marido. Tatiana parte, deixando Onegin em desespero. 34’


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QUATRO PERGUNTAS PARA O DIRETOR CÊNICO MARCO GANDINI


Recentemente, você dirigiu Tosca aqui no Theatro Municipal e concebeu uma montagem atualizada, deslocada do início do século 19 para a década de 70 do século passado. Como será Eugene Onegin? Eugene Onegin permanecerá no seu tempo histórico (primeira metade do século 19), mas os elementos cênicos e o figurino serão revisitados, interpretados, ou seja, farão referência à época, mas sem pretensão historiográfica; são mais simbólicos do que uma reprodução de época. Além disso, pretendo que a montagem seja bem limpa: teremos poucos elementos cênicos, para que as relações entre as personagens e seu universo sentimental se destaquem, e os cenários serão formados por camadas que jogam com luz e sombra, opacidade e translucência, seguindo a trama do enredo.

Na concepção cênica há elementos russos? Assim como você preservou a época, os locais nos quais a história se desenrola também foram preservados? Quais outros elementos se destacam? Sim, há alguns elementos da Rússia imperial na montagem: a dacha - típica casa de campo russa -, as lajotas majólicas russas, com seus desenhos característicos, e os cenários internos e externos de São Petersburgo. As camadas dos cenários reproduzem elementos. Há também as cenas de baile, nos atos II e III, nas quais bailarinos, coro e solistas dançam.

Como você pensou essa relação entre os elementos cênicos e o universo interno das personagens? Dividi a montagem em três mundos: o mundo da natureza, com florestas e uma dacha; o mundo da aristocracia, opulento e urbano, com referências aos palácios de São Petersburgo; e um terceiro mundo, abstrato, dos sentimentos, onde as coisas são um tanto imprecisas e ‘borradas’. Nesse terceiro mundo, uso uma cortina de espelho mágico, que reflete e também pode ser transparente; vai espalhar a luz, mas com distorções. Será o lugar do pensamento, da volta pra si mesmo, da reflexão. É neste ambiente que acontece a famosa cena em que Tatiana escreve a carta para Onegin. É um momento de reflexão sobre os seus sentimentos por ele. Qual é a relação entre a sua concepção e a partitura de Tchaikovsky? Tchaikovsky escreveu com simplicidade de sentimentos; uma melodia simples e muito verdadeira. Eu tento traduzir para o palco essa simplicidade da composição. Por isso, criei um espaço amplo e limpo no qual os cantores possam ficar livres para atuar. Não há informações inúteis em cena. É uma montagem íntima, que fala sobre a alma humana e sentimentos profundos.


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NOTA SOBRE A TRANSLITERAÇÃO


A transliteração do alfabeto cirílico para o latino, usado pelos idiomas ocidentais, segue diferentes padrões, uma vez que não há uma exata equivalência entre as letras dos dois alfabetos (ainda que essa questão seja contornada com dígrafos) e que cada ‘idioma destino’ tem diferentes sons para letras como ‘j’, ‘g’, ‘z’ etc. No Brasil, na música, costuma-se usar a transliteração anglo-saxã para nomes russos. O mesmo não acontece na literatura. Há algumas décadas, estudiosos da Universidade de São Paulo criaram um padrão de transliteração para o nosso português. Dentre eles, constam Boris Schnaiderman e Aurora Bernardini, que colaborou com um texto para o presente programa. Tendo isso em vista, usamos, nos três textos a seguir e no libreto, as normas de transcrição do idioma russo para o português adotadas pela USP e por algumas editoras do país, como Cosac Naify e Editora 34. Em Portugal, há um padrão próprio, mas bem parecido com o nosso.


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Croquis de cenรกrio de Italo Grassi, Maria Rossi Franchi e Andrea Tocchio para a nova montagem de Eugene Onegin no Theatro Municipal de Sรฃo Paulo.


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EVGUÊNI ONIÉGUIN IRINEU FRANCO PERPETUO

Irineu Franco Perpetuo é jornalista e tradutor, ministra cursos na Casa do Saber e colabora com a Revista Concerto.


Embora ele seja um dos compositores mais queridos do grande público, a música do russo Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893) sofre um fenômeno curioso de recepção. Enquanto algumas de suas obras são tocadas e repetidas à exaustão, outras tantas são solenemente ignoradas. As três últimas sinfonias, por exemplo, estão entre as mais executadas do repertório, enquanto a trinca inicial jaz na obscuridade. Dos concertos para piano, só se faz ouvir o primeiro, ignorando-se os outros dois. E, na ópera, apenas duas superaram a barreira da língua e conseguem ser encenadas com regularidade mesmo em terras não eslavas. Acaso ou não, as duas são adaptações de textos do ‘pai fundador’ da literatura russa, Aleksandr Púchkin (1799-1837): A Dama de Espadas e Ievguêni Oniéguin. Assim como aconteceu com a literatura, a aparição da música russa no cenário cultural do Ocidente foi um fenômeno relativamente tardio, do século 19. Considera-se que o ‘pai fundador’ da música no país foi um contemporâneo de Púchkin: o compositor Mikhail Glinka (1804-1857). No caso da música, uma das razões para esse ‘atraso’ era a falta de instituições de ensino formal no reino dos tsares. Glinka foi quase um milagre: um diletante do meio provinciano, que teve três aulas de piano com John Field (1782-1837), precursor irlandês de Chopin radicado na Rússia, enriquecendo sua dispersa formação com períodos de permanência na Itália e na Alemanha. A partir de uma base tão precária, contudo, estruturou uma linguagem que serviria de modelo para a geração seguinte de compositores russos. Seguindo o exemplo de Glinka, veio um círculo de cinco criadores, cuja meta era criar música com caráter


19 18 Evguêni Oniéguin Irineu Franco Perpetuo

distintamente nacional. O crítico Vladímir Stássov (1824-1906) batizou-os de ‘Mogútchaia Kutchka’ (Grupo Poderoso), denominação que, no Ocidente, costuma ser traduzida como Os Cinco, ou Grupo dos Cinco. A formação dos Cinco ainda trazia as marcas do autodidatismo. Se o grupo tinha um líder, ele era o matemático Mili Balákirev (1837-1910); seus outros membros eram o oficial do exército César Cui (1835-1918), o funcionário público Modest Mússorgski (1839-1881), o marujo Nikolai Rimski-Kórsakov (1844-1908) e o químico Aleksandr Borodin (1833-1887). Tchaikovski diferencia-se deles não apenas por ter deixado uma produção mais variada, abrangente e difundida, mas também, e principalmente, por ter desfrutado da educação musical sistemática de que careciam seus antecessores. Ele não apenas seria aluno da primeira turma do Conservatório de São Petersburgo, fundado em 1862 por Anton Rubinstein (1829-1894), como faria parte do corpo docente do Conservatório de Moscou, criado em 1866 por outro Rubinstein, irmão mais novo de Anton, Nikolai (1835-1881). À época da composição de Oniéguin, o músico de 37 anos encontrava-se em meio a mudanças decisivas em sua vida – ambas causadas por mulheres. A primeira era Nadejda von Meck (1831-1894), patrona das artes e viúva de um magnata do setor ferroviário. Fervorosa admiradora do compositor, Von Meck estabeleceu com ele, entre 1876 e 1890, uma intensa relação epistolar: trocaram nada menos do que 1.200 cartas, que são até hoje valiosa fonte para os biógrafos do compositor. A milionária pagou-lhe, nesse período, uma generosa pensão de seis mil rublos por ano, que lhe permitiu deixar o emprego no Conservatório e centrar-se apenas na composição (para efeito de comparação, um funcionário público subalterno ganhava na mesma época entre 300 e 400 rublos anuais). E ainda concordou com o pré-requisito de Tchaikovski de que eles jamais se encontrassem pessoalmente. A ela, Tchaikovski dedicou a sua Sinfonia N. 4, concluída na mesma época em que ele começava a se debruçar sobre aquela que seria sua mais célebre partitura operística: Ievguêni Oniéguin. Autor, até então, de quatro óperas, o compositor buscava um tema para nova incursão no gênero, quando a contralto Elizavieta Lavróvskaia sugeriu uma adaptação da obra-prima de Púchkin. Imediatamente, Tchaikovski entrou em contato com Konstantin Chilovski (1849-1943), um diletante em diversas artes (literatura, escultura, pintura e música) que o ajudou a definir as linhas gerais do libreto.


ENCICLOPÉDIA DA VIDA RUSSA Na memorável definição daquele

que estabeleceu a prática moderna de tradução de literatura russa no Brasil, Boris Schnaiderman, Púchkin “foi um verdadeiro turbilhão que passou pela vida literária russa, com a clareza e fulgor de sua obra, suas guerras e duelos, um turbilhão que viveu tão pouco, mas imprimiu sua marca em tudo o que se faria depois na Rússia em poesia e literatura”. Nas palavras do literato Apollon Grigóriev (1822-1864), “Púchkin é nosso tudo”. Publicado na íntegra pela primeira vez em 1833 (seus capítulos já haviam aparecido separadamente), depois de uma década de trabalho (e ainda revisado em 1837), Ievguêni Oniéguin tem o status de sua criação mais original e importante. Vissarion Bielinski (1811-1848), o principal crítico da época, festejou: “apreciar uma obra como essa é apreciar o próprio poeta em toda a gama de sua atividade criadora”, vendo no livro “uma enciclopédia da vida russa”. Um contemporâneo de Púchkin chegou a dizer que “quer seja um amante do delírio, da realidade ou da poesia, todos são fascinados pelo sonho de Tatiana”. Autor de uma ambiciosa tradução de Oniéguin para o inglês, o escritor Vladímir Nabókov (1899-1977) ressaltou que a estrutura do romance “é original, intrincada e maravilhosamente harmoniosa, apesar do fato de que a literatura russa estava em 1823 em um nível comparativamente primitivo de desenvolvimento” se comparada com as outras literaturas ocidentais. Em uma célebre análise do romance, Roman Jakobson (1896-1982) disse que “cada imagem de Púchkin é de uma polissemia tão elástica, e de uma capacidade assimilatória tão espantosa, que ela se insere facilmente nos mais variados contextos”. Ou seja: como toda obra-prima (mas aqui, talvez, um pouco mais), não é possível ter uma interpretação única e fechada de Oniéguin. Em discurso proferido na inauguração de um monumento a Púchkin em Moscou, em 1880, o romancista Fiódor Dostoiévski (1821-1881) afirma que “talvez Púchkin tivesse feito ainda melhor se tivesse chamado seu poema de Tatiana e não de Oniéguin, pois ela é incontestavelmente sua protagonista. É um tipo positivo, e não negativo, um tipo cuja beleza é positiva, a apoteose da mulher russa, e é ela que o poeta incumbiu de exprimir a mensagem do poema, na famosa cena do último encontro entre Tatiana e Oniéguin”. “Elle était fille; elle était amoureuse” (“Ela era moça; ela estava apaixonada”), escreve Púchkin em seu romance. Jovem, macambúzia, confinada em uma propriedade rural, Tatiana se encanta com o dândi cosmopolita que, certo dia, visita a fazenda de sua família, e se declara a Oniéguin em uma arrebatada carta. Arrogante e senhor de si, Oniéguin rejeita a moça, aconselhando-a a controlar melhor os sentimentos. Passam-se anos, a intriga dá reviravoltas, Oniéguin reencontra


DUAS CARTAS, UM CASAMENTO Culminância da obra de Púchkin, a carta de Tatiana é também um dos pontos altos da ópera de Tchaikovski – uma sucessão de quatro romanças de salão ligadas por recitativo, com forte efeito dramático. Ao amigo Nikolai Kachkin (1839-1920), Tchaikovski conta que, antes ainda de ter libreto, começou a composição da ópera pela cena da carta. E foi então que recebeu uma missiva de consequências dramáticas. Antonina Miliukova (1848-1917), uma ex-aluna do conservatório, prorrompia na vida do compositor, dizendo-se apaixonada por ele há anos, e oferecendo-lhe “a mão e o coração”. Tchaikovski conta que, à época, estava tão envolvido com a música, que nem se deu o trabalho de responder à correspondência de Miliukova – que, contudo, voltou à carga. “Mergulhado na composição, aproximei-me inteiramente da imagem de Tatiana que, para mim, ganhou vida, como tudo que a cercava. Adorava Tatiana e indignava-me com Oniéguin, que se apresentou a mim como um canalha frio e desalmado”, narrou o compositor a Kachkin. “Ao receber a segunda carta da senhorita Miliukova, fiquei envergonhado e até indignado com minha própria atitude”. A mulher ameaçava se matar, para consternação de Tchaikovski: “Na minha cabeça, tudo coincidia com a imagem de Tatiana, e eu mesmo parecia estar agindo ainda pior que Oniéguin. Senti-me sinceramente revoltado por minha atitude cruel para com a moça apaixonada por mim”. Assim começaram as relações entre ambos. Aos 28 anos, Miliukova, estava ‘velha’ para se casar, de acordo com os padrões da época. Tchaikovski consentiu com o enlace que, contudo, não durou mais do que seis semanas. Homossexual, o compositor simplesmente não podia suportar a esposa, que qualificou, em carta ao irmão Modest, três meses depois do matrimônio, de “odiosa, odiosa até a loucura”. A mais popular das criações de Tchaikovski para o palco é também a menos ambiciosa. Tanto que, na partitura, o compositor não chama Ievguêni Oniéguin de ópera, mas sim, simplesmente, de “cenas líricas em três atos”. Afinal de contas, ela se afasta totalmente do padrão estabelecido por Glinka em Ruslan i Liudmila e Uma Vida pelo Tsar, e seguido pelos Cinco, especialmente Borodin, em O Príncipe Igor, e Mússorgski, em Khovânschina e Boris

21 20 Evguêni Oniéguin Irineu Franco Perpetuo

Tatiana casada e dama da alta sociedade. Assedia-a e, na cena a que alude Dostoiévski, a moça afirma amá-lo, porém decide se manter fiel ao marido e repele sua antiga paixão.


Godunov: temas mitológicos ou históricos, com grandes massas vocais que, por vezes, parecem encarnar o próprio povo russo. Permeada de gêneros ‘caseiros’, com romanças e danças de salão, a partitura de Oniéguin afasta-se desse modelo de dramas ‘públicos’ para focar em um drama doméstico. Em carta a Von Meck, em 1878, o compositor chega a afirmar que a obra, em sua opinião, estava “condenada ao insucesso e à desatenção do grande público. O conteúdo é muito simples, não há efeitos cênicos, a música é privada de brilho e de aparatos estridentes”, o que o levava a concluir que “Oniéguin não será interessante no teatro”. Por isso, o compositor preferiu não batalhar por sua inserção no circuito ‘oficial’ de teatros imperiais. A estreia aconteceu no Teatro Máli, de Moscou, em 1879, com estudantes do Conservatório, sob a regência de seu amigo Nikolai Rubinstein. Dois anos se passariam até a primeira apresentação ‘profissional’ da ópera, no Teatro Bolchói, de Moscou, em 1881, e mais três até ela finalmente ser encenada na então capital, São Petersburgo, em 1884 – graças ao tsar Alexandre III. Entre a estreia estudantil e sua apresentação nas grandes casas, Tchaikovski resolveu mexer no final da ópera. Na primeira versão, há um beijo entre o casal e a entrada dramática do marido de Tatiana, com Oniéguin abandonado a gritar “oh morte, oh morte, saio ao seu encontro”. Com a mudança feita pelo compositor, e amplamente adotada desde então, Tatiana não precisa da presença física do príncipe Grêmin para deixar Oniéguin, cuja fala final é “Vergonha! Angústia! Miserável destino!” Em uma cultura tão dominada pela literatura como a russa, não faltaram ataques à adaptação de Tchaikovski de um texto cânonico e essencial – especialmente vindos das fileiras dos escritores. Ainda no século 19, Turguêniev escreveu célebre carta a Tolstói na qual elogiava a “música notável”, especialmente nas “passagens líricas e melódicas”, porém se queixando: “mas que libreto”. E, no século 20, Nabókov não se cansou de lançar diatribes contra o compositor e sua ópera. O fato é que, na própria Rússia, a popularidade da ópera de Tchaikovski só fez crescer com o tempo, levando o compositor e crítico Boris Assáfiev a afirmar, em 1941, que a música de Oniéguin era mais conhecida do que o romance de Púchkin. Turguêniev, mais tarde, matizaria seu juízo crítico sobre a ópera, afirmando que o Lenski do compositor era maior do que o de Púchkin. E Tchékhov escreveu em uma dedicatória de livro: “Para Piotr Ilitch Tchaikovski, de seu devotado futuro libretista”. A parceria artística, infelizmente, jamais se concretizaria. Mas o elogio do maior dramaturgo russo de todos os tempos parece liquidar a questão sobre o talento do compositor ao escrever para o teatro.



Croquis de figurino de Lorenzo Merlino para a nova montagem de Eugene Onegin no Theatro Municipal de S達o Paulo.


Aurora Bernardini é professora de Pós-graduação em Literatura Russa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

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EVGUÊNI ONIÉGUIN DE PÚCHKIN AURORA BERNARDINI


Em muitos sentidos, no romance em versos Evguêni Oniéguin, Aleksandr Serguéievitch Púchkin (1799-1837), o poeta nacional russo, projetou a si próprio: aspectos fundamentais de sua época, de sua formação, de sua personalidade, contados em terceira pessoa por um jovem narrador, amigo de Oniéguin, que, sem esconder a empatia que sente por ele, não deixa de acompanhá-lo e julgá-lo, mesmo em seus momentos mais críticos. Na obra, ele projeta os anos da mágica infância, da juventude desenfreada e da maturidade em que Oniéguin reconhece os desvairos cometidos, alguns veniais, outros irreparáveis, que culminam na vicissitude amorosa que encerra o livro. Para escrevê-lo, Púchkin demorou nove anos, de 1823 a 1832, como explica o crítico e semioticista Iúri Lótman (1922-1993), o mais conceituado estudioso contemporâneo de Púchkin e autor dos detalhadíssimos comentários ao romance. A fragmentariedade da composição que, juntamente com o caráter dialógico e o sistema de alusões (citações, significados cifrados, etc.) constitui sua estrutura interna, deve-se, em grande parte, aos verdadeiros ‘acidentes’ que constelaram a vida do poeta que vamos, brevemente, reproduzir aqui. Vale a pena começar pela insólita origem da família e sua inserção na história russa, descrita pelo poeta-narrador, em suas próprias notas a Evguêni Oniéguin (estrofe 50, verso 11, capítulo I). “Por parte de mãe, (Púchkin) é de origem africana. Seu bisavô, Abraão Petróvitch Aníbal (1696-1781), quando tinha oito anos de idade, foi arrancado de sua terra (de acordo com um documento do próprio punho do bisavô, recentemente encontrado por um pesquisador do Benin, informa Boris Schnaiderman, trata-se do antigo Sudão Central, ao sul do lago Tchad e ao norte de Camarões) e levado (pelos turcos que o sequestraram, ao serralho do sultão), em Constantinopla. O embaixador


27 26 Evguêni Oniéguin de Púchkin Aurora Bernardini

russo o libertou e o mandou como presente a Pedro, o Grande (16721725), que o batizou (na religião grega-ortodoxa, como Piotr Petróvitch Petróv e o adotou). [...] Aos dezoito anos Aníbal foi enviado pelo czar à França, onde começou servindo no regimento do regente; (em 1723, após lutar com os franceses contra a Espanha) ele voltou à Rússia com uma ferida na cabeça e com o grau de tenente francês. Desde então, viveu permanentemente junto ao czar. (E durante o reinado de Isabel, filha de Pedro, o grande, ele se tornou nobre e o principal engenheiro militar do exército russo). [...] A. P. Aníbal morreu durante o reinado (1762-1796) de Catarina II, após deixar o exército russo com o grau de general en chef, com a idade de 85 anos. Quando em Paris, foi amigo de Diderot, Montesquieu e Voltaire, que o chamou “a estrela preta do Iluminismo”. A neta dele, Nadiéjda Ossípovna Aníbal, casou-se com Serguéi Lvóvitch Púchkin, pertencente à antiga nobreza e senhor de várias propriedades no campo, mas ambos preferiam a vida mundana e vieram a se estabelecer em Moscou, em 1798. Dos três filhos que tiveram, Aleksandr foi o menos amado e o que mais conservou os traços africanos do velho Aníbal, traços esses de que ele sempre foi orgulhoso: além do cabelo encaracolado, a tez cor de mate e os lábios espessos, uma grande agilidade física e uma sensualidade particular. Quem realmente criou o menino até a idade escolar foi a babá, Arina Radiónovna, uma serva da gleba da avó materna que recusou a liberdade que lhe fora oferecida. Foi com ela que o futuro poeta veio a conhecer não apenas as lendas e as crenças da velha Rússia que tanto o apaixonam, mas a própria língua falada pelos camponeses, concisa e colorida, bem diferente daquela plena de galicismos e artificialidades dos salões que os pais frequentavam, tanto em Moscou como em Petersburgo. Felizmente, uma boa parte do ano era passada nas propriedades da avó, onde o menino aprendeu a amar o campo e seus costumes, embora, tão logo atingiu a idade de ler e aprender, os preceptores que se sucediam, recrutados pelos pais principalmente na França, não o abandonassem e fossem por ele considerados insuportáveis. A partir dos onze anos Aleksandr, que conhecia o francês tão bem quanto o russo, descobriu sua paixão pela leitura, inicialmente na biblioteca do pai e, em seguida, na do tio Vassíli – viajado e libertino –, o mesmo que aparece nas primeiras páginas de Oniéguin. O que ele lia? A lista que Henri Troyat apresenta em seu volumoso Pouchkine é imensa: clássicos latinos e franceses, tragédias, panfletos políticos, dicionário enciclopédico, contos eróticos, opúsculos libertinos, Parny, Rousseau e o contrato social, Voltaire e o anticlericalismo... Mesmo que não assimilasse muito bem o sentido do que lia, os livros falavam em liberdade, direitos do homem, aventuras amorosas, tiranos odiados, a Igreja, a superstição... Quando, em 1811, o jovem Aleksandr foi admitido por seis anos, com apenas 29 companheiros, no Liceu imperial de Tsárskoie Seló (o mais prestigioso da Rússia e criado pelo czar Alexandre I, a


26 km de São Petersburgo, em seu próprio palácio). Ele já tinha julgado a futilidade dos pais, já conhecia as libertinagens do tio, já havia lido os clássicos russos e da cultura europeia e era, conforme seu boletim, “um rapazinho blasé e orgulhoso, mas de bom coração, apesar do humor variável, e com uma facilidade surpreendente para escrever versos”. Pois foi com a idade de doze anos que o jovem Púchkin descobriu sua vocação. A paixão literária, favorecida pelos professores preferidos, leva-o, juntamente com alguns de seus colegas que serão seus amigos durante a vida inteira, a participar com uma grande produção de poemas, inclusive publicados nas revistas literárias, de uma espécie de Academia de poesia, cujo momento culminante é, após a derrota e a fuga de Napoleão de Moscou, o poema longo de sua autoria Memórias de Tsárskoie Seló, que ele declama no fim do ano letivo, diante do ministro do czar e do velho poeta Derjávin, extasiado, e onde ele percorre toda a história da Rússia, com voz retumbante. O sucesso logo transpõe os muros do Liceu e a própria imperatriz lhe encomenda uma obra. De 1814 a 1816, compõe mais de 100 poemas. Seus epigramas são ferinos e a crítica teatral, na qual se inicia, se inspira em Voltaire, o grande mestre. A direção do Liceu reconhece-lhe o talento, mas vigia sua conduta... Em 1817, Púchkin recebe o certificado de conclusão do curso (entre as aprovações: literatura russa e francesa, economia política e esgrima: excelente) e deixa o Liceu, como adido e tradutor junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Petersburgo, onde ele passará a residir (entre bailes, reuniões com amigos, leituras, namoros e jogos de cartas), recebendo os honorários de 700 rublos anuais. Antes de assumir o cargo, porém, torna a visitar Mikhailóvskoie, a tão amada propriedade rural da avó materna que será um palco de sua prolongada desgraça. Conforme é sabido, a censura czarista da época de Púchkin (tanto a de Alexandre I, aconselhado pelo sinistro Araktchêiev, quanto a de Nicolau I, seu sucessor, sob a tutela de Benkendorf) é tida como uma das mais férreas de que se tem conhecimento. Nas várias associações de jovens de que Púchkin fez parte (Arzamas, Lanterna verde) – que nada tinham em comum com as sociedades secretas que vieram depois, como a dos dezembristas1, na qual alguns de seus maiores amigos do Liceu conspiraram e, descobertos no início do reinado de Nicolau I, foram desterrados para a Sibéria, mas da qual ele não participou –, as ideias revolucionárias estavam em voga, mas nada havia além de palavras, amores, libações e baralho. No entanto, seus membros eram continuamente investigados e sua correspondência violada. Púchkin – cujos epigramas, ridicularizando veladamente figuras do governo e poemas históricos estavam na boca de todos, como o famoso Ode à liberdade (1817), mesmo que aludissem a personagens do passado ou de outros países (Paulo I da Rússia, apunhalado, ou Luiz XVI da França, guilhotinado) –, foi objeto de calúnia por


29 28 Evguêni Oniéguin de Púchkin Aurora Bernardini

conspiração contra o czar e investigado por um agente secreto que quis extorquir de seu fiel criado informações que o prejudicassem. Sabedor do fato, Púchkin queimou todos os seus papéis e, na presença do czar, que o considerou, no mínimo, incômodo, jurou inocência e fidelidade. Duas linhas antirreligiosas encontradas em sua correspondência, entretanto, foram o pretexto para que fosse exilado no sul da Rússia, onde peregrinou durante seis anos, de governo a governo, de Kichiniov a Odessa, de Odessa à tutela do pai em Mikhailóvskoie, na província de Pskov, até que em 1825 Alexandre I morre inesperadamente. A grande vantagem desses anos de desterro foi o tempo disponível que permitiu ao poeta ampliar suas leituras e escrever uma série de obras-primas, como o drama Boris Godunov, também transformado em ópera, e os vários capítulos de Oniéguin – finalmente reunidos em 1833. Púchkin tentou desesperadamente, por carta, explicar-se com o novo czar, Nicolau I, para que fosse revogado seu exílio e lhe fosse permitido voltar à capital, justamente no momento em que os dezembristas eram descobertos e cinco deles, enforcados. Nos autos do processo de 1826, a menção aos poemas de Púchkin era uma constante. Nicolau mandou o Feldjäger Valsch buscá-lo e trazê-lo a Moscou. A entrevista parecia terminar mal, até que Nicolau teve uma ideia surpreendente: a estada em Moscou-Petersburgo seria liberada a Púchkin, mas o próprio czar seria o censor de suas obras (na realidade, seriam os seus censores de confiança). A partir de então o poeta dedicou-se a estudos históricos e escreveu, agora em prosa, outras obras-primas, como A dama de espadas, Os contos de Biélkin, A filha do capitão, sempre indômito, porém, e cada vez mais acuado pela censura. Casou-se com uma dama da corte e, novamente alvo de calúnias, desafiou d’Anthès, um cortejador da mulher, em duelo, morrendo pelos ferimentos em 1837.


NOTAS ¹ Grupo de oficiais do Exercito Russo que se levantou contra a coroação de Nicolau I, em 1825.

BIBLIOGRAFIA LOGATTO, Ettore. Traduzione, Introduzione e Note. In PUSKIN, Aleksandr. Eugenio Onjéghin. Firenze: Sansoni, 1922. LOTMAN, I.M. Púchkin. São Petersburgo: Isskusstvo-SPB, 1995. PÚCHKIN, A. S. Evguêni Oniéguin. Moscou: A.TR.I UM, 1991. PÚCHKIN, Aleksandr. Púchkin: Prosa e Poesia. (Tradução de Boris Schnaiderman e Nelson Ascher.) São Paulo: Editora 34, 1997. PUSHKIN, Alexandr Eugênio. Oneguin. (Tradução de Dário Moreira de Castro Alves.) Rio de Janeiro: Record, 2010. TROYAT, Henri. Pouchkine – Biografie. Paris: Librairie Plon, 1953.


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O SOL DA POESIA RUSSA YULIA MIKAELYAN

Yulia Mikaelyan ĂŠ doutoranda do Programa de Literatura e Cultura Russa da Faculdade de Filosofia, Literatura e CiĂŞncias Humanas da USP. Atua como professora de espanhol e de russo para estrangeiros e tradutora em Moscou.


O poeta e escritor Aleksandr Púchkin (1799–1837) ocupa papel central tanto na literatura russa quanto na cultura russa como um todo. Embora sua fama, no exterior, seja inferior à de escritores como Fiódor Dostoiévski, Lev Tolstói ou Anton Tchékhov, em seu país, Púchkin, já há quase dois séculos, é considerado o grande símbolo da literatura nacional, o ‘semblante mais famoso’, o “sol da poesia russa”1, na famosa expressão do filósofo Odoiévski. O reconhecimento do gênio puchkiniano na Rússia é incondicional, vindo com o status de pai fundador, o escritor que definiu os rumos da literatura nacional. Sua contribuição para a literatura russa pode ser comparada à de Shakespeare para a inglesa ou à de Dante para a italiana. Um dos motivos para a discrepância de como Púchkin é ‘percebido’ dentro e fora da Rússia, como apontam alguns pesquisadores, é o fato de seu legado ser predominantemente poético, o que dificulta a tradução e a difusão de suas obras. Outro é o fato de não possuir obras em prosa de grande volume. “Púchkin é um fenômeno extraordinário e, talvez, o único fenômeno do espírito russo”2, dizia o escritor Nikolai Gógol (1809-1852). Um dos grandes méritos de Púchkin, que mudou o curso da literatura russa, foi a criação, em sua obra, de uma imagem bastante autêntica do caráter nacional russo, valendo-se de inspirações cotidianas e incluindo crenças populares. O escritor conseguiu reunir motivos nacionais russos à poesia universal, aos sentimentos universais, criando uma síntese percebida tanto em sua poesia como em sua prosa. No famoso Discurso puchkiniano, pronunciado em Moscou em 8 de junho de 1880, poucos dias depois do estabelecimento do monumento ao poeta, Fiódor Dostoiévski afirmou que Púchkin foi o “pri-


33 32 O Sol da Poesia Russa Yulia Mikaelyan

meiro [...] que nos deu os tipos artísticos da beleza russa, saídos diretamente do espírito russo”, já que antes dele, “nenhum escritor russo [...] havia se unido de um modo tão cordial e íntimo com o seu povo”3. Seus textos estão impregnados de figuras do povo, de alusões ao folclore, de provérbios e de expressões populares. Assim, Púchkin é também responsável por outra grande inovação: a introdução de uma linguagem viva, antes não empregada pela ‘alta literatura’. Após as reformas iniciadas por Pedro, o Grande, no século 18, orientadas para a europeização da sociedade russa, os nobres russos passaram a comunicar entre si basicamente em francês, enquanto usavam o idioma russo em situações do dia a dia e nas conversas com os servos, considerando-a ‘língua do povo’, demasiado rude e incapaz de verbalizar ideias elevadas e sentimentos delicados. Portanto, até o começo do século 19, os literatos russos costumavam evitar o uso de certas palavras, próprias das camadas sociais inferiores, substituindo-as por termos análogos da língua francesa. A postura de Púchkin a esse respeito era bem diferente: o escritor tinha certeza de que a língua russa era capaz de expressar qualquer sentimento, qualquer ideia, mesmo a mais elevada. Assim, ele introduziu em suas obras muitos folclorismos, dialetismos etc., antes impensáveis nos gêneros literários ‘sérios’. Muitas dessas palavras e expressões usadas em textos de Púchkin, reconhecidos e populares já durante a vida do escritor, posteriormente foram ‘oficializadas’ na linguagem escrita. Por isso, Púchkin pode ser considerado também um criador do idioma russo, que, como assinalou Nikolai Gógol, “ampliou as fronteiras da língua russa, revelando toda a sua dimensão”4. Os poemas e textos em prosa de Púchkin foram tão inovadores e revolucionários para o seu tempo que, em certa medida, determinaram as criações de praticamente todos os maiores escritores russos do século 19. Como afirmou Dostoiévski no mencionado discurso, muitas das personagens de Lérmontov, Gógol, Turguêniev e Tolstói foram inspiradas em personagens puchkinianas, como em Evguéni Oniéguin, do romance em versos homônimo, em Aleko, do poema Ciganos (1824), ou em Hermann, de A dama das espadas (1834). De um modo geral, podemos afirmar que a maioria dos escritores e poetas do século 19 e do começo do século 20 considerava-se herdeira do legado de Aleksandr Púchkin, reconhecendo seu gênio e sua importância para o desenvolvimento das letras russas. Isso pode ser percebido pelas inúmeras referências, citações e alusões à sua figura e às suas criações, além dos incontáveis estudos, ensaios e tributos que lhe foram dedicados. Nesse rol de seguidores, podemos mencionar também escritores da segunda metade do século XIX, como Nikolai Leskov e Anton Tchékhov. O prestígio de Púchkin manteve-se ao longo do século 20: sua obra foi reverenciada por poetas e escritores como Dmítri Merejkóvski, Vladímir Nabókov, Marina Tsvetáieva, Anna


Akhmátova, Daniil Kharms e Mikhaíl Bulgákov. Já na secunda metade do século 20, ao poeta recorreram escritores como Serguei Dovlátov e Andrei Siniávski. É também inquestionável a presença de motivos puchkinianos na obra do poeta Joseph Brodsky, ganhador do prêmio Nobel de literatura em 1987. Esses são apenas alguns exemplos, pois a lista de admiradores poderia continuar infinitamente. Durante sua vida, muitas de suas obras, principalmente os contos e novelas, foram submetidas a duras críticas. Entre outras coisas, o escritor fora acusado de simplificar demais a linguagem e de empregar palavras impróprias. Posteriormente, os pesquisadores e admiradores de sua obra, incluindo o escritor Vladímir Nabókov e o semioticista Iúri Lótman, afirmariam que essa incompreensão deveu-se ao fato de Púchkin ter se antecipado a seu tempo, e por isso não pôde ser plenamente entendido pelos seus contemporâneos. No entanto, entre os leitores, o escritor sempre obteve reconhecimento. Desde os anos 1840 (ou seja, não muito depois de sua morte), a obra de Púchkin começou a ser introduzida nas escolas russas, o que contribuiu consideravelmente ao aumento de sua notoriedade. Assim, o nome do poeta e sua obra, pouco a pouco, ficaram conhecidos em todas as camadas sociais, o que foi também estimulado pelas quedas das taxas de analfabetismo no país. Na década de 1880, sua fama na Rússia já era gigantesca. Um dos emblemas desse reconhecimento foi o já citado monumento erguido em homenagem ao poeta, no centro de Moscou, em 6 de junho de 1880 (no dia de seu aniversário), hoje um dos pontos mais visitados na cidade. Os recursos para a construção do monumento vieram de doações da população. Além de reconhecimento como artista, logo após a morte do poeta, começou a consolidar-se o mito em torno de sua personalidade. A formação do mito iniciou-se em círculos intelectuais da elite russa, estendendo-se, com o crescimento do alfabetismo e da difusão de sua obra, a outras camadas sociais. Os pesquisadores não têm uma resposta única ao surgimento do mito puchkiniano. Em grande medida, a morte repentina, num duelo, no auge de sua carreira, contribuiu para isso. Outro fator que favoreceu o aspecto heroico do mito nas esferas populares foi o fato de ele ter sido morto pelas mãos de um estrangeiro, ou seja, alguém alheio à Rússia e à sua cultura: Púchkin fora ferido mortalmente, aos 37 anos de idade, por seu cunhado, o oficial francês Georges Charles d’Anthès. O motivo do duelo foi o fato de d’Anthès cortejar a esposa de Púchkin, Natália Gontcharova. Um dos sinais da consolidação do mito de Púchkin no fim do século 19 é o reflexo de sua obra e mesmo de sua biografia na arte popular: assim, à época, foram bastante difundidos os lubki, estampas tradicionais que narravam tanto o enredo dos contos e poemas de Púchkin quanto fatos marcantes de sua vida. Uma das chaves para explicar a ampla difusão da obra do poeta, o interesse


35 34 O Sol da Poesia Russa Yulia Mikaelyan

e a veneração pela sua personalidade em todas as classes sociais está na acessibilidade de seus textos: o escritor usava a mesma linguagem para falar sobre assuntos universais com todos os leitores, fossem os da elite russa, fossem os das esferas populares. Com a Revolução de Outubro de 1917 e o estabelecimento de um novo regime político, o mito passa por algumas transformações: a figura de Púchkin ganha um novo significado e novos traços, conforme os objetivos da nova política e ideologia do governo. Assim, a partir dos anos 1920, Púchkin passa a ser visto como um poeta do povo, o profeta da revolução e das ideias democráticas e socialistas. A imagem de um ‘Púchkin soviético’ foi elaborada de modo bem cuidadoso: alguns fatos da vida do poeta foram retirados de seu contexto e manipulados de tal maneira que, de um poeta nobre, Púchkin tornou-se um poeta popular e extremamente politizado. Assim, foi dado maior enfoque a certos aspectos de sua biografia, como a suas opiniões democráticas, a sua amizade com os dezembristas – os primeiros revolucionários da história da Rússia – e a seus constantes conflitos com o governo czarista. Ao mesmo tempo, foram eliminados da biografia oficial do poeta preconceitos sociais que este possuía, típicos da aristocracia de sua época. O ‘mito soviético’ de Púchkin teve uma recepção calorosa da população, que passou a ver nele não apenas um grande escritor, mas um grande cidadão da Rússia. Criou-se, ainda, a imagem de Púchkin como a do homen ideal, sem defeitos ou vícios. Dessa maneira, foi omitido das biografias oficiais qualquer qualificativo que pudesse, de alguma maneira, prejudicar a imagem do poeta. Na década de 1970, o mito de ‘Púchkin soviético’ se achava completamente consolidado: não havia cidade da URSS que não contasse com ao menos uma avenida, uma rua, um teatro, um museu, uma biblioteca ou uma escola que levasse o nome do escritor, sem mencionar os inúmeros bustos e monumentos dispersos pelas ruas e avenidas. Qualquer soviético era capaz de reconhecer facilmente o retrato do poeta (os cabelos encaracolados, as suíças emoldurando o rosto) e de contar algum detalhe de sua biografia, como, por exemplo, o bisavô de origem africana e a adorada babá (Púchkin dedicou vários poemas à sua babá, Arina Rodiónovna), assim como qualquer um podia citar alguns versos de seus poemas mais famosos, estudados na escola. A noção ‘oficial’ e unilateral da figura e da obra do poeta provocou reação nos círculos intelectuais russos que não concordavam com a ideologia reinante. Por isso, para os escritores dissidentes, o estudo mais aprofundado da vida e da obra puchkiniana e a possibilidade de aproximar-se da imagem mais verdadeira do poeta eram uma forma de escape. Com a perestroika e a posterior queda do regime soviético, começou uma nova onda de estudos da


vida e da obra de Aleksandr Púchkin, com abordagens novas e variadas, que passsaram a tratar de temas considerados tabus pela crítica literária oficial soviética. Vale notar que o interesse pela figura do poeta não enfraqueceu entre os pesquisadores nem entre os leitores. Por essa razão, apesar de Púchkin ter sido um dos emblemas da URSS, após o estabelecimento do novo regime político sua personalidade não perde valor, assim como seu significado para a cultura russa (à diferença de outros ícones, que, tendo sido também incentivados pela ideologia oficial, acabaram destronados na Rússia pós-soviética). O fenômeno Púchkin, como símbolo da cultura russa, continua vigente: o seu legado suscita o mesmo interesse e sua obra inspira escritores e artistas contemporâneos, como, por exemplo, Vladímir Sorókin, Tatiana Tolstáia ou Víktor Pelévin, que já são conhecidos do público brasileiro.

NOTAS 1 ‘O sol da nossa poesia se pôs’, expressão cunhada pelo filósofo e escritor Vladímir Odoiévski no artigo dedicado à morte do poeta (29 de janeiro de 1837), em ‘Literatúrnye pribavliénia’ (Suplementos literários), do jornal Rússkii Invalid (O veterano russo). Posteriormente a expressão ‘o sol da poesia russa’, referente a Púchkin, tornou-se clichê. 2 Gógol, 1952: 50. 3 Dostoiévski, 1984: 130. 4 Gógol, 1952: 50.

BIBLIOGRAFIA DOSTOIÉVSKI, F. Púchkinskaia rietch. In Pólnoe sobránie sotchiniénii, V. 26. Leningrado: Naúka, 1984, p. 129-149. GÓGOL, N. Niéskolko slov o Púchkine’. In Pólnoe sobránie sotchiniénii, V. 8. Moscou, Leningrado: Izdátelstvo AN SSSR, 1952, p. 50-55. VINOGRÁDOV, V. Osnovnye etápy istórii rússkovo iazyká. In Ízbrannye trudy. Istória rússkovo literatúrnovo iazyká. Moscou: Naúka, 1978, pp. 10 – 64. ZAGUIDÚLLINA, M. Púchkinski mif v kontsé XX vieka. Tcheliábinsk: Izdátelstvo Tcheliábinskovo Gossudárstvennovo Universiteta, 2001. LÓTMAN, Iú. Púchkin. Biográfia Pissátielia. São Petesburgo: IskusstvoSPB, 1995.


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HISTÓRICO DE APRESENTAÇÕES


/ ESTREIA MUNDIAL

29 de março de 1879 (estudantes do Conservatório Imperial de Moscou) Teatro Maly, Moscou 19 de outubro de 1894 (cantores profissionais) Teatro Mariinsky, São Petersburgo Eduard Naprávnik Regente Emilia Pavlovskaia Tatiana Ippolit Prianishnikov Eugene Onegin Maria Slavina Olga Mikhail Mikhailov Lenski

/ APRESENTAÇÃO EM SÃO PAULO / 1995 SETEMBRO Theatro Municipal de São Paulo Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coral Lírico Municipal de São Paulo Isaac Karabtchevsky Regente Chico Medeiros Diretor Cênico Galina Kalinina / Ruth Staerke / Thelma Badaró Tatiana Anatoly Loshak / Vassíly Guerello Eugene Onegin

Regina Elena Mesquita / Silvia Tessuto Olga Eduardo Álvares / Juremir Vieira Lenski

Edinéia de Oliveira / Laura Bartoli Larina

Vânia Soares / Ângela Diel Filippievna Nicola Ghiuselev / Vladimir de Kanel Príncipe Griemin

Mauro Wrona / Sérgio Weintraub Triquet

José Antonio Soares Zarietsky Miguel Csuzlinovics Capitão


Boris Khaikin Regência Galina Vishnevskaya Tatiana Ywevgeniy Belos Eugene Onegin Sergey Lemeshev Lenski Larissa Avdeyeva Olga Ivan Petrov Príncipe Gremin Orquestra e Coro do Teatro Bolshoi Melodiya

Emil Tchakarov Regência Anna Tomowa-Sintow Tatiana Yuri Mazurok Eugene Onegin Nicolai Gedda Lenski Rossitsa Troeva-Mircheva Olga Nicolai Ghiuselev Príncipe Gremin

Orquestra do Festival de Sofia Sony

Semyon Bychkov Regência Dmitri Hvorostovsky Eugene Onegin

Nuccia Focile Tatiana Neil Shicoff Lenski Olga Borodina Olga Alexander Anisimov Príncipe Gremin

Orquestra de Paris e Coro de Câmara de São Petersburgo Decca

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GRAVAÇÕES DE REFERÊNCIA


Valery Gergiev Regência Deborah Warner Direção Cênica Mariusz Kwiecien Eugene Onegin Anna Netrebko Tatiana Piotr Beczala Lenski Oksana Volkova Olga Alexei Tanovitski Príncipe Gremin Orquestra e Coro do Metropolitan de Nova York Deutsche Grammophon

Valery Gergiev Regência Michael Levine Direção Cênica Dmitri Hvorostovsky Eugene Onegin Renee Fleming Tatiana Ramon Vargas Lenski Elena Zaremba Olga Sergej Aleksashkin Príncipe Gremin

Orquestra e Coro do Metropolitan de Nova York Decca


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LIBRETO EUGENE ONEGIN


PRIMEIRO ATO ДЕЙСТВИЕ ПЕРВОЕ

Primeiro quadro КАРТИНА ПЕРВАЯ

[Propriedade dos Lárin – casa e jardim contíguo. Larina e a aia fazem geleia. De dentro da casa, ouve-se o canto de Tatiana e Olga.]

[Усадьба Лариных - дом и прилегающий к нему сад. Вечереет. Ларина и няня варят варенье. Из дома слышно пенье Татьяны и Ольги.]

[de fora do palco.] Não escutou, para lá do bosque, a voz noturna do cantor do amor, cantor de suas tristezas? Quando os campos se calaram, à hora matinal, o som da flauta, triste e simples, não o escutou?

[за сценой.] Слыхали ль вы за рощей глас ночной Певца любви, певца своей печали? Когда поля в час утренний молчали, Свирели звук, унылый и простой, Слыхали ль вы?

[à aia1 .] Elas cantam, e eu, outrora, Muitos anos atrás – lembra-se? – também cantava.

[няне.] Они поют и я, бывало, В давно прошедшие года Ты помнишь ли? - и я певала.

A senhora era jovem!

Вы были молоды тогда!

[de fora do palco.] Não suspirou ao ouvir a voz calma do cantor do amor, do cantor de suas tristezas? Quando vistes na floresta o jovem, encontrando o olhar de seus olhos extintos, não suspirou?

[за сценой.] Вздохнули ль вы, внимая тихий глас Певца любви, певца своей печали? Когда в лесах вы юношу видали, Встречая взор его потухших глаз, Вздохнули ль вы? Вздохнули ль вы?

Como eu amava Richardson!

Как я любила Ричардсона!

A senhora era jovem.

Вы были молоды тогда.

Não por tê-lo lido, Mas antigamente, a princesa Alina, Minha prima de Moscou, Ficava repetindo coisas sobre ele.

Не потому, чтобы прочла. Но в старину княжна Алина, Моя московская кузина, Твердила часто мне о нем.

1. Dueto e quarteto. 1. ДУЭТ И КВАРТЕТ.

TATIANA & OLGA ТАТЬЯНА И ОЛЬГА

larina ЛАРИНА

filipevna ФИЛИПЬЕВНА

TATIANA & OLGA ТАТЬЯНА И ОЛЬГА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

Empregada doméstica que assume tanto a função de dama de companhia como a de babá, preceptora e camareira. Por vezes, designada como ama, nos diálogos das personagens. 1


Ah, Grandison! Ah, Richardson!

Ах, Грандисон! Ах, Ричардсон!

Sim, lembro, lembro. Nessa época, a senhora era noiva Do seu marido, a contragosto. Sonhava então com um outro Que, pelo coração e inteligência, Agradava-lhe muito mais!

Да, помню, помню. В то время был еще жених Супруг ваш, но вы поневоле Тогда мечтали о другом, Который сердцем и умом Вам нравился гораздо боле!

ЛАРИНА

Pois ele era um belo dândi, Jogador e sargento da guarda!

Ведь он был славный франт, Игрок и гвардии сержант!

FILIPEVNA

Muitos anos atrás!

Давно прошедшие года!

Como eu sempre me vestia!

Как я была всегда одета!

Sempre na moda!

Всегда по моде!

Sempre na moda e bem-vestida!

Всегда по моде и к лицу!

Sempre na moda e bem-vestida!

Всегда по моде и к лицу!

Porém, de repente, sem meu consentimento...

Но вдруг без моего совета...

Levaram-na subitamente para se casar! Depois, para dispersar o desgosto...

Свезли внезапно вас к венцу! Потом, чтобы рассеять горе...

Ah, como eu chorava no começo, Quase me separei do marido!

Ах, как я плакала сначала, С супругом чуть не развелась!

O patrão veio logo para cá, A senhora passou a se ocupar da casa, Habituou-se e ficou satisfeita.

Сюда приехал барин вскоре, Вы тут хозяйством занялись, Привыкли - и довольны стали.

Depois passei a me ocupar da casa, Habituei-me e fiquei satisfeita.

Потом хозяйством занялась, Привыкла и довольна стала.

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina

ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

43

Да, помню, помню.

42

Sim, lembro, lembro.

Libreto Eugene Onegin

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА


FILIPEVNA

E graças a Deus!

И, слава Богу!

Os céus nos deram o hábito Para substituir a felicidade. Sim, é isso! Os céus nos deram o hábito Para substituir a felicidade.

Привычка свыше нам дана, Замена счастию она. Да, так-то так! Привычка свыше нам дана, Замена счастию она.

O espartilho, o álbum, a princesa Pauline, Os versos do caderno sentimental, Tudo esqueci.

Корсет, альбом, княжну Полину, Стихов чувствительных тетрадь, Я все забыла.

Passou a chamar A antiga Céline de Akulka E, por fim...

Стали звать, Акулькой прежнюю Селину И обновили, наконец...

ЛАРИНА

Ah...

Ах...

larina & FILIPEVNA

Bata de algodão e touca! Os céus nos deram o hábito Para substituir a felicidade. Sim, é isso! Os céus nos deram o hábito Para substituir a felicidade.

На вате шлафор и чепец! Привычка свыше нам дана, Замена счастию она. Да, так-то так! Привычка свыше нам дана, Замена счастию она.

Mas o marido me amou de coração...

Но муж, меня любил сердечно...

Sim, o patrão a amou de coração.

Да. барин вас любил сердечно.

Confiava em mim sempre, sem se preocupar.

Во всем мне верил он беспечно.

Confiava na senhora sempre, sem se preocupar.

Во всем вам верил он беспечно.

Os céus nos deram o hábito Para substituir a felicidade.

Привычка свыше нам дана, Замена счастию она.

ФИЛИПЬЕВНА

larina & FILIPEVNA ЛАРИНА И ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina

ЛАРИНА И ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina & FILIPEVNA ЛАРИНА И ФИЛИПЬЕВНА


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2. ХОР И ПЛЯСКА КРЕСТЬЯН.

Camponês КРЕСТЬЯНИН

CAMPONESES КРЕСТЬЯНЕ

Camponês КРЕСТЬЯНИН

CAMPONESES КРЕСТЬЯНЕ

larina ЛАРИНА

CAMPONESES КРЕСТЬЯНЕ

[Ouve-se, de fora do palco, um coro de camponeses, aproximando-se gradualmente.]

[За сценой слышится хор крестьян, постепенно приближаясь.]

[de fora do palco.] Doem meus pezinhos ligeiros De tanto caminhar.

[за сценой.] Болят мои скоры ноженьки Со походушки.

[de fora do palco.] Pezinhos ligeiros, de tanto caminhar.

[за сценой.] Скоры ноженьки со походушки.

Doem minhas mãozinhas brancas De tanto trabalhar.

Болят мои белы рученьки Со работушки.

Mãozinhas brancas, de tanto trabalhar. Meu coração zeloso aperta De tanto se inquietar. Não sei o que fazer Para esquecer a amada! Doem meus pezinhos ligeiros De tanto caminhar. Doem minhas mãozinhas brancas De tanto trabalhar. Mãozinhas brancas, de tanto trabalhar.

Белы рученьки со работушки. Щемит мое ретивое сердце Со заботушки. Не знаю, как быть, Как любезного забыть! Болят мои скоры ноженьки... Со походушки. Болят мои белы рученьки Со работушки, Белы рученьки со работушки.

[Os camponeses entram com um feixe.]

[Входят крестьяне со снопом.]

Olá, patroa e mãe! Olá, nossa provedora! Viemos à sua graça, Trazendo um feixe enfeitado! Terminamos a colheita!

Здравствуй, матушка-барыня! Здравствуй, наша кормилица! Вот мы пришли к твоей милости, Сноп принесли разукрашенный! С жатвой покончили мы!

O que é isso, que maravilha! Alegrem-se! Estou contente com os senhores. Cantem algo mais alegre!

Что ж, и прекрасно! Веселитесь! Я рада вам. Пропойте что-нибудь повеселей!

Como quiser, nossa mãe, vamos divertir a patroa! Bem, moças, formem um círculo! Então, o que têm? Vamos, vamos!

Извольте, матушка, потешим барыню! Ну, девки, в круг сходитесь! Ну, что ж вы? становитесь, становитесь!

Libreto Eugene Onegin

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2. Coro e dança dos camponeses.


[Na hora do canto, as moças do coro dançam com o feixe. Tatiana e Olga assomam ao balcão.]

[Во время пения хора девушки плящут со снопом. Татьяна и Ольга выходят на балкон.]

Lá na ponte, na pontinha, Nas tabuinhas de viburno, Vainu, vainu, vainu, vainu. Nas tabuinhas de viburno, Passou um rapagão, Parecia uma baga, uma framboesa, Vainu, vainu, vainu, vainu. Parecia uma baga, uma framboesa, Com um porrete no ombro, Uma gaita de foles debaixo de um braço. Vainu, vainu, vainu, vainu. Uma gaita de foles debaixo de um braço, Uma buzina debaixo do outro. Adivinha, meu amiguinho, Vainu, vainu, vainu, vainu, Adivinha, meu amiguinho, O sol se pôs, não estás dormindo! Sai ou manda alguém, Vainu, vainu, vainu, vainu, Sai ou manda alguém, Seja Sacha, seja Macha, Seja a queridinha da Paracha, Vainu, vainu, vainu, vainu, Seja a queridinha da Paracha, Seja Sacha, seja Macha, Seja a queridinha da Paracha, A pequena Paracha saiu, Disse, com voz gentil: Vainu, vainu, vainu, vainu, Disse, com voz gentil: “Não me leves a mal, amiguinho, Eu saí com o que estava, De blusinha fininha, E sainha curta”, Vainu, vainu, vainu, vainu, “De blusinha fininha, E sainha curta”, Vainu!

Уж как по мосту-мосточку, По калиновым досочкам, Вайну, вайну, вайну, вайну, По калиновым досочкам, Тут и шел-прошел детина, Словно ягода-малина, Вайну, вайну, вайну, вайну, Словно ягода-малина. На плече несет дубинку, Под полой несет волынку, Вайну, вайну, вайну, вайну, Под полой несет волынку, Под другой несет гудочек. Догадайся, мил-дружочек, Вайну, вайну, вайну, вайну, Догадайся, мил дружочек. Солнце село, ты не спишь ли! Либо выйди, либо вышли, Вайну, вайну, вайну, вайну, Либо выйди, либо вышли, Либо Сашу, либо Машу, Либо душечку-Парашу, Вайну, вайну, вайну, вайну, Либо душечку-Парашу, Либо Сашу, либо Машу, Либо душечку-Парашу, Парашенька выходила, С милым речи говорила: Вайну, вайну, вайну, вайну, С милым речи говорила: “Не бессудь-ка, мой дружочек, В чем ходила, в том и вышла, В худенькой во рубашонке, Во короткой понижонке, Вайну, вайну, вайну, вайну, В худенькой во рубашонке, Во короткой понижонке! Вайну!


47

3. СЦЕНА И АРИЯ ОЛЬГИ.

tatIANA ТАТЬЯНА

olga ОЛЬГА

[com um livro na mão.] Como eu gosto de me deixar levar, ao som dessas canções, sonhando, para algum lugar, algum lugar ao longe.

[с книгой в руках.] Как я люблю под звуки песен этих Мечтами уноситься иногда куда-то, Куда-то далеко.

Ah, Tânia, Tânia2! Sempre sonhando! Não sou como você, Fico alegre ouvindo canções. “Lá na ponte, na pontinha, Nas tabuinhas de viburno...” Não sou dada a langores tristes, Não gosto de sonhar em silêncio, Ou no balcão, na noite escura, Suspirar, suspirar, Suspirar das profundezas da alma. Por que suspirar, quando Meus dias de juventude correm felizes? Sou despreocupada e travessa, Todos me chamam de criança! Minha vida vai ser eternamente linda, E permanecerei, como sempre, Similar à fútil esperança, Vivaz, leviana, alegre. Não sou dada a langores tristes, Não gosto de sonhar em silêncio, Ou no balcão, na noite escura, Suspirar, suspirar, Suspirar das profundezas da alma. Por que suspirar, quando Meus dias da juventude correm felizes? Sou despreocupada e travessa, Todos me chamam de criança!

Ах, Таня, Таня! Всегда мечтаешь ты! А я так не в тебя, Мне весело, когда я пенье слышу “Уж как по мосту-мосточку, По калиновым досочкам...” Я не способна к грусти томной Я не люблю мечтать в тиши, Иль на балконе, ночью темной, Вздыхать, вздыхать, Вздыхать из глубины души. Зачем вздыхать, когда счастливо Мои дни юные текут? Я беззаботна и шаловлива, Меня ребенком все зовут! Мне будет жизнь всегда, всегда мила, И я останусь, как и прежде Подобно ветреной надежде, Резва, беспечна, весела. Я не способна к грусти томной Я не люблю мечтать в тиши, Иль на балконе, ночью темной, Вздыхать, вздыхать, Вздыхать из глубины души. Зачем вздыхать, когда счастливо Мои дни юные текут? Я беззаботна и шаловлива, Меня ребенком все зовут!

2

Diminutivo de Tatiana.

Libreto Eugene Onegin

46

3. Cena e ária de Olga.


4. Cena. 4. СЦЕНА.

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana

Ah, minha sapeca, [A aia e Tatiana se afastam das demais.] Meu passarinho alegre e ligeiro! Acho que agora estás pronta para dançar, não é verdade?

Ну, ты, моя вострушка, [Няня и Татьяна отделяються от остальных.] Веселая и резвая ты пташка! Я думаю, - плясать сейчас готова. Не правда ли?

[para Tatiana.] Tániucha! Ah, Tániucha! O que você tem? Não está doente?

[Татьяне.] Танюша! А, Танюша! Что с тобой? Уж не больна ли ты?

Não, ama, estou bem.

Нет, няня, - я здорова.

[Dirigindo-se ao coro.] Bem, queridos, obrigada pelas canções! Passem para a outra ala! [para a aia.] Filipevna, Mande que lhes deem vinho. Adeus, amigos!

[Обращаясь к хору.] Ну, милые, спасибо вам за песни! Ступайте к флигелю! [Няне.] Филипьевна, А ты вели им дать вина. Прощайте, други!

Adeus, nossa mãe!

Прощайте, матушка!

[Os camponeses partem. Tatiana se senta nos degraus do terraço com um livro, no qual está absorta. A aia sai atrás dos camponeses.]

[Крестьяне уходят. Taтьяна садится на ступеньки террасы с книгой, в которую углубляется. Няня уходит вслед за крестьян.]

Mamãe, olha só para Tânia!

Мамаша, посмотрите-ка на Таню!

O que é que tem? Realmente, minha cara, Está muito pálida.

А что? И впрямь, мой друг, Бледна ты очень

Sou sempre assim, mamãe, não se preocupe! O que estou lendo é muito interessante.

Я всегда такая, не тревожьтесь, мама! Очень интересно то, что я читаю.

[rindo.] Então por que está pálida?

[смеясь.] Так оттого бледна ты?

ТАТЬЯНА

larina ЛАРИНА

CAMPONESES КРЕСТЬЯНЕ

olga ОЛЬГА

larina ЛАРИНА

tatiana ТАТЬЯНА

larina ЛАРИНА


Chega, Tânia. Outrora eu, assim como você, Ao ler esses livros, me afligia. Tudo isso é ficção. Passaram os anos E eu vi que não há heróis na vida. Sou tranquila.

Полно, Таня. Бывало я, как ты, Читая книги эти, волновалась. Все это вымысел. Прошли года, И я увидела, что в жизни нет героев. Покойна я.

Tanta tranquilidade é inútil! Veja, a senhora se esqueceu de tirar o avental. Bem, quando Lenski chegar, o que vai ser?

Напрасно так покойны! Смотрите, фартук ваш вы снять забыли! Ну, как приедет Ленский, что тогда?

[Larina tira o avental, apressada. Olga ri.]

[Ларина торопливо снимает передник. Ольга смеется.]

Ui! Alguém está chegando. É ele!

Чу! Подъезжает кто-то. Это он!

De fato!

И в самом деле!

ТАТЬЯНА

[Olha do terraço.] Não está só...

[смотря с террасы.] Он не один...

larina

Quem pode ser?

Кто б это был?

[Entra apressadamente com um menino de recados.] Minha senhora, o mestre Lenski chegou. O senhor Onegin está com ele!

[торопливо входя с казачком.] Сударыня, приехал Ленский барин. С ним господин Онегин!

Ah, vou sair correndo logo!

Ах, скорее убегу!

[Detém-na.] Para onde vais, Tânia? Vão falar mal de você! Meu Deus, minha touca está torta!

[удерживая ее.] Куда ты, Таня? Тебя осудят! Батюшки, а чепчик Мой на боку!

[A aia arruma Tatiana e sai, fazendo-lhe sinal de que não

[Няня охорошивает Татьяну, и потом уходит, делая ей знак,

larina ЛАРИНА

olga ОЛЬГА

olga ОЛЬГА

larina ЛАРИНА

tatiana

ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

larina ЛАРИНА

49

Да как же, мама! Повесть мук сердечных Влюбленных двух меня волнует. Мне так жаль их, бедных! Ах, как они страдают, Как они страдают.

48

E como não, mamãe? A história dos tormentos de coração dos dois apaixonados me aflige. Tenho tanta pena desses coitados! Ah, como eles sofrem, Como eles sofrem.

Libreto Eugene Onegin

tatiana ТАТЬЯНА


olga ОЛЬГА

larina ЛАРИНА

tema.]

чтоб не боялась.]

[para Larina.] Peça para chamar!

[Лариной.] Велите же просить!

[para o menino.] Chama logo, chama!

[казачку.] Проси, скорей, проси!

[O menino sai correndo. Na maior agitação, todas se preparam para encontrar os visitantes.]

[Казачок убегает. Все в величайшем волнении приготовляются встретить гостей.]

[Entram Lenski e Onegin. Lenski beija a mão de Larina e faz uma reverência para as moças.]

[Входят Ленский и Онегин. Ленский подходит к руке Лариной и почтительно кланяется девицам.]

Mesdames! Tomei a liberdade de trazer um amigo. Apresento-lhes Onegin, meu vizinho.

Mesdames! Я на себя взял смелость Привесть приятеля. Рекомендую вам Онегин, мой сосед.

Muito prazer!

Я очень счастлив!

[embaraçada.] Por favor, o prazer é nosso; sente-se! São minhas filhas.

[конфузясь.] Помилуйте, мы рады вам; Присядьте! Вот дочери мои.

Muito prazer, muito prazer!

Я очень, очень рад!

Passemos para dentro! Ou talvez os senhores prefiram ficar ao ar livre. Por favor, Não façam cerimônia, somos vizinhos, Não precisamos de rodeios!

Войдемте в комнаты! Иль, может быть, хотите На вольном воздухе остаться? Прошу вас, Без церемоний будьте, мы соседи, Так нам чиниться нечего!

Aqui está ótimo! Adoro esse jardim Isolado e com sombra! É tão aconchegante!

Прелестно здесь! Люблю я этот сад Укромный и тенистый! В нем так уютно!

5. Cena e quarteto. 5. СЦЕНА И КВАРТЕТ.

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

larina ЛАРИНА

onegin ОНЕГИН

larina ЛАРИНА

LENSKI ЛЕНСКИЙ


[Sai, fazendo sinais para Tânia não fugir. Lenski vai para a direita com Onegin. Tânia e Olga ficam do lado oposto.]

[Уходит, делая знаки Тане, чтоб не дичилась. Ленский с Онегиным отходят направо. Таня и Ольга стоят на противоположном стороне.]

Diga, qual é a Tatiana?

Скажи, которая Татьяна?

Aquela que é triste E silenciosa, como Svetlana!

Да та, которая грустна И молчалива, как Светлана!

ОНЕГИН

Acho muito curioso. Você está mesmo apaixonado pela caçula?

Мне очень любопытно знать. Неужто ты влюблен в меньшую?

LENSKI

E daí?

А что?

Eu teria escolhido a outra Se eu fosse, como você, poeta!

Я выбрал бы другую Когда б я был, как ты, поэт!

[para si.] Minha espera acabou, os olhos se abriram! Eu sei, sei que é ele!

[про себя.] Я дождалась, открылись очи! Я знаю, знаю это он!

Ah, eu sabia, sabia, que a aparição De Onegin causaria Uma grande impressão em todos, E divertiria toda a vizinhança! Vai vir hipótese atrás de hipótese...

Ах, знала, знала я, что появленье Онегина произведет На всех большое впечатленье, И всех соседей развлечет! Пойдет догадка за догадкой...

Ah, caro amigo,

Ах, милый друг,

Nos traços de Olga não há vida, Como em uma Madonna de Van Dyck. Tem a cara bela e redonda... Como essa lua estúpida, Nesse céu estúpido!

В чертах у Ольги жизни нет, Точь-в-точь в Вандиковой Мадонне. Кругла, красна лицом она... Как эта глупая луна, На этом глупом небосклоне!

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin

ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

tatiana ТАТЬЯНА

olga ОЛЬГА

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

51

Прекрасно! [Дочерям.] Пойду похлопотать я в доме по хозяйству. А вы гостей займите. Я сейчас.

50

Maravilha! Vou cuidar dos afazeres domésticos. Ocupem-se dos hóspedes. Já volto.

ЛАРИНА

Libreto Eugene Onegin

larina


LENSKI

... a onda e o rochedo, Os versos e a prosa, o gelo e a chama, Não são tão diferentes entre si... Quanto nós, um do outro!

...волна и камень, Стихи и проза, лед и пламень, Не столь различны меж собой... Как мы взаимной разнотой!...

Ai de mim, agora os dias e as noites, O sono ardente e solitário, tudo, tudo Vai me fazer lembrar da imagem querida!

Увы, теперь и дни, и ночи И жаркий, одинокий сон. Все, все напомнит образ милый!

Todos vão começar a falar, furtivos, Brincar, julgar, não sem malícia! Fazer hipóteses... vai vir hipótese atrás de hipótese.

Все станут толковать украдкой Шутить, судить не без греха! Пойдет догадка,.. пойдет догадка за догадкой.

Sem parar, com a força da magia, Tudo vai me falar dele, E a alma arderá com o fogo do amor.

Без умолку, волшебной силой, Все будет мне твердить о нем, И душу жечь любви огнем.

Brincar, julgar, não sem malícia, E prever o noivado de Tânia!

Шутить, судить не без греха, И Тане прочить жениха!

Tudo vai me falar dele, E a alma arder com o fogo do amor!

Все будет мне твердить о нем, И душу жечь любви огнем!

ЛЕНСКИЙ

[com animação.] Como estou feliz, como estou feliz! Volto a vê-la!

[с одушевлением.] Как счастлив, как счастлив я! Я снова вижусь с вами!

olga

Acho que nos vimos ontem.

Вчера мы виделись, мне кажется.

Oh, sim! Só que um dia inteiro, Um longo dia passamos separados. Uma eternidade!

О да! Но все ж день целый, Долгий день прошел в разлуке. Это вечность!

Eternidade! Que palavra assustadora!

Вечность! Какое слово страшное!

ЛЕНСКИЙ

tatiana ТАТЬЯНА

olga ОЛЬГА

tatiana ТАТЬЯНА

olga ОЛЬГА

tatiana ТАТЬЯНА

6. Cena e arioso de Lenski.

6. СЦЕНА И АРИОЗО ЛЕНСКОГО. LENSKI

ОЛЬГА

LENSKI ЛЕНСКИЙ

olga ОЛЬГА


[Dirigindo-se a Tatiana com polidez fria.] Diga-me, creio que deva se entediar muito aqui, nesses cafundós, que, embora agradáveis, são distantes. Não creio que deva haver muitas diversões a seu dispor.

[Обращаясь к Татьяне с холодной учтивостью.] Скажите мне, я думаю, бывает вам Прескучно здесь в глуши, Хотя прелестной, но далекой? Не думаю, чтоб много развлечений Дано вам было.

Eu leio muito.

Я читаю много.

Verdade, A leitura dá alimento sem fim À mente e ao coração, Mas não dá para ficar sentado eternamente com livros!

Правда, Дает нам чтенье бездну пищи Для ума и сердца, Но не всегда сидеть нам можно с книгой!

Às vezes eu sonho, vagando pelo jardim.

Мечтаю иногда, бродя по саду.

ТАТЬЯНА

onegin

Sonha com quê?

О чем же вы мечтаете?

A meditação é minha companheira desde a mais tenra infância.

Задумчивость моя подруга от самих колыбельных дней.

Vejo que a senhorita é terrivelmente sonhadora, E eu também já fui assim. [Onegin vai para o outro lado do jardim com Tatiana; nessa hora, Lenski volta com Olga.]

Я вижу, вы мечтательны ужасно, И я таким когда-то был. [Онегин проходит в другую сторону сада с Татьяной, Ленский в это время возвращается с Ольгой.]

[ardente, apaixonado.] Eu a amo, Eu a amo, Olga, Como apenas a alma ensandecida do poeta Ainda está condenada a amar. Sempre, por toda parte, um único sonho, Um único desejo habitual, Uma única dor habitual! Menino, fui cativado por você,

[горячо, страстно.] Я люблю вас, Я люблю вас, Ольга, Как одна безумная душа поэта Еще любить осуждена. Всегда, везде одно мечтанье, Одно привычное желанье, Одна привычная печаль! Я отрок был тобой плененный, Сердечных мук еще не знав, Я был свидетель умиленный

onegin ОНЕГИН

tatiana ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

tatiana

ОНЕГИН

tatiana ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

53

Быть может... Но для любви моей оно не страшно! [Ленский с Ольгой проходят.]

52

Pode ser... Mas no meu amor ela não mete medo! [Lenski e Olga saem.]

ЛЕНСКИЙ

Libreto Eugene Onegin

LENSKI


Sem conhecer ainda as dores do coração, Fui a terna testemunha De teus passatempos infantis. À sombra dos carvalhos protetores Compartilhei de teus passatempos. [com grande eloquência.] Eu te amo, eu te amo, Como apenas a alma do poeta ama, Estás sozinha em meus sonhos, És meu único desejo, És minha alegria e sofrer, Eu te amo, eu te amo, E nunca, nada: nem a gélida distância, Nem a hora da separação, Nem o burburinho alegre Tirará a embriaguez da alma Aquecida pelo fogo virginal do amor!

Твоих младенческих забав. В тени хранительной дубравы Я разделял твои забавы. [с большого выразительностью.] Я люблю тебя, я люблю тебя, Как одна душа поэта только любит. Ты одна в моих мечтаньях, Ты одно мое желанье, Ты мне радость и страданье. Я люблю тебя, я люблю тебя, И никогда, ничто: Ни охлаждающая даль, Ни час разлуки, ни веселья шум Не отрезвят души, Согретой девственным любви огнем!

ОЛЬГА

Ao abrigo da calma do campo... Crescemos juntos...

Под кровом сельской тишины... Росли с тобою вместе мы...

LENSKI

Eu te amo!..

Я люблю тебя!..

ОЛЬГА

Lembras, já na terna infância Nossos pais previram o casamento.

И помнишь, прочили венцы уж в раннем детстве нам отцы.

LENSKI

Eu te amo, amo!

Я люблю тебя, люблю тебя!

[Larina e a aia assomam ao terraço. Escurece; ao final do quadro está totalmente escuro.]

[На террасу выходит Ларина с няней. Темнеет; к концу картины совсем темно.]

Ah, vocês estão aí! Onde a Tânia foi parar?

А, вот и вы! Куда же делась Таня?

Deve estar passeando com o convidado na lagoa; vou chamá-la.

Должно быть, у пруда гуляет с гостем; Пойду ее покликать.

Diga-lhe que vamos entrar, os convidados estão com fome, está na hora de lhes oferecer o que Deus nos mandou! [para Lenski.] Peço-lhe, por favor!

Да скажи-ка ей, Пора де в комнаты, гостей голодных Попотчевать чем бог послал! [к Ленскому.]Прошу вас, пожалуйте!

olga

ЛЕНСКИЙ

olga

ЛЕНСКИЙ

7.Cena final. 7.ЗАКЛЮЧИТЕЛЬНАЯ СЦЕНА.

larina ЛАРИНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

larina ЛАРИНА


[A aia sai. Onegin aparece com Tatiana. A aia está atrás dele, tentando ouvir. Entrando calmamente no palco, Onegin canta as frases seguintes; nas últimas palavras, já está no terraço. Tatiana conserva o tempo todo a aparência envergonhada.]

[Няня уходит. Появляется Онегин с Татьяной. Позади их няня, старающайся послухать. Проходя тихо по сцене, Онегин поет следующие фразы, при последних словах он уже на террасе. Татьяна все сохраняет свои смущенный вид.]

onegin ОНЕГИН

Meu tio, seguindo as maiores regras da honra, Quando estava bem doente, Obrigou que lhe tivessem respeito, E não podia ter pensado melhor, Seu exemplo foi a ciência dos outros. [Já no terraço.] Mas, meu Deus, que tédio, Ficar sentado com o doente, dia e noite, Sem se afastar nem um passo!

Мой дядя самых честных правил, Когда не в шутку занемог, Он уважать себя заставил, И лучше выдумать не мог, Его пример другим наука. [Уже на террасе.] Но, Боже мой, какая скука С больным сидеть и день, и ночь, Не отходя ни шагу прочь!

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

[para si.] Minha pombinha, de cabeça baixa, E desviando o olhar, caminha mansa. Como é tímida! Porém... Será que não gostou desse novo senhor? [Parte, meneando a cabeça, pensativa.]

[про себя.] Моя голубка, склонив головку И, глазки опустив, идет смирненько, Стыдлива больно! А и то.. Не приглянулся ли ей барин этот новый? [Уходит, задумчиво качая головой.]

[Quando a cortina se abre, Tatiana está sentada na frente do espelho, muito pensativa. A aia

[При открытии занавеса Татьяна сидит перед зеркалом. Она очень здумчива. Няня стоит

55

Мы вслед за вами.

54

Depois da senhora.

ЛЕНСКИЙ

Segundo quadro КАРТИНА ВТОРАЯ

Quarto de Tatiana. Tarde da noite. КОМНАТА ТАТЬЯНЫ. ПОЗДНИЙ ВЕЧЕР.

8. Entreato e cena com a aia. 8. АНТРАКТ И СЦЕНА С НЯНЕЙ.

Libreto Eugene Onegin

LENSKI


FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana

está em pé, a seu lado. Tatiana usa um vestido de noite.]

около нее. Татьяна в белом ночном платье.]

Bem, tagarelei demais! Está na hora, Tânia. Amanhã, lhe acordo cedo para a missa. Dorme logo.

Ну, заболталась я! Пора уж, Таня! Рано тебя я разбужу к обедне. Засни скорей.

[Tatiana se levanta preguiçosamente e se senta na cama. A aia a acaricia.]

[Татьяна лениво встает и садится на постель. Няня ласкает ее.]

Não consigo dormir, aia, aqui está tão abafado! Abre a janela e senta-se comigo.

Не спится, няня, здесь так душно! открой окно и сядь ко мне.

[Abre a janela e se senta na cadeira ao lado de Tatiana.] Tânia, o que é que você tem?

[открыв окно, садится на стул рядом с Татьяной.] Что, Таня, что с тобой?

Estou entediada, vamos falar dos velhos tempos.

Мне скучно, поговорим о старине.

Mas de que, Tânia? Antigamente, Eu guardava na memória Fatos e lendas do passado Sobre espíritos maus e virgens, Mas agora tudo escureceu: O que sabia, esqueci. Sim! Chegou a minha vez! Estou acabada!

О чем же, Таня? Я, бывало, Хранила в памяти немало Старинных былей и небылиц Про злых духов и про девиц, А ныне все темно мне стало: Что знала, то забыла. Да! Пришла худая череда! Зашибло!

Conte-me, ama, Dos teus anos passados: Esteve apaixonada?

Расскажи мне, няня, Про ваши старые года: Была ты влюблена тогда?

Chega, Tânia! Na nossa época Nem ouvíamos falar de amor, Senão a finada sogra Acabava comigo!

И полно, Таня! В наши лета Мы не слыхали про любовь, А то покойница свекровь Меня бы согнала со света!

Então como se casou, aia?

Да как же ты венчалась, няня?

Claro que como Deus mandou! Meu Vânia, Meu bem, era mais novo do que eu, E eu tinha treze anos! A casamenteira veio por duas semanas À minha casa e, por fim,

Так, видно, Бог велел! Мой Ваня Моложе был меня, мой свет, А было мне тринадцать лет! Недели две ходила сваха К моей родне и, наконец, Благословил меня отец! Я горько плакала со страха, Мне с плачем косу расплели,

ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА


tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA

[Abraçando a aia, com fervor e paixão.] Ah, ama, ama, eu sofro, estou triste, Estou com enjoo, minha querida, Estou prestes a chorar, a soluçar!

[овимая няню, с увлечением и страстью.] Ах, няня, няня, я страдаю, я тоскую, Мне тошно, милая моя, Я плакать, я рыдать готова!

Minha criança, está passando mal. Deus lhe livre e guarde! Vou te aspergir água benta. Está ardendo inteira.

Дитя мое, ты нездорова. Господь помилуй и спаси! Дай окроплю тебя святой водою. Ты вся горишь.

[hesitante.] Não estou doente. Eu... sabe, ama... eu .. estou apaixonada ... Deixa-me, deixa-me... Estou apaixonada ...

[нерешительно.] Я не больна, Я, ... знаешь няня, ... я ... влюблена ... Оставь меня, оставь меня, ... Я влюблена ...

Como assim...

Да как же...

Vai, deixa-me sozinha!.. Ama, dá-me pena e papel, E aproxima a mesa; em breve vou me deitar. Por favor...

Поди, оставь меня одну!.. Дай, няня мне перо, бумагу, Да стол придвинь; я скоро лягу. Прости...

ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

[A aia cumpre as ordens de Tatiana.] FILIPEVNA

[Няня испонлиает приказание Татьяны.]

Boa noite, Tânia! [Sai.]

Покойной ночи Таня! [Уходит.]

[Tatiana fica muito tempo pensativa, depois se levanta, muito agitada e com expressão decidida no rosto.]

[Татьяна долго остается в задумчивости, потом встает в большом волнении и с выражением решимости на лице.]

ФИЛИПЬЕВНА

9. Cena da carta. 9. СЦЕНА ПИСЬМА.

57 56 Libreto Eugene Onegin

Meu pai me deu a bênção! И с пеньем в церковь повели, Chorei amargamente, de medo, И вот ввели в семью чужую ... Entre prantos desfizeram minhas Да ты не слушаешь меня? tranças, E entre cânticos me levaram à igreja, E daí me enfiaram em uma família estranha... Mas não está me escutando.


tatiana ТАТЬЯНА

[com fervor, força e paixão.] Que eu pereça, porém antes Em ofuscante esperança, Evocarei o deleite obscuro, Conhecerei a volúpia da vida! Bebo o veneno mágico do desejo! Os sonhos me perseguem! Por toda parte ele está diante de mim Meu fatal tentador! Por toda parte ele está diante de mim! [Vai à escrivaninha e se senta, escreve por algum tempo, depois se levanta. Rasga o que escreveu.] Não, não é nada disso! Vou começar de novo! Ah, o que é que eu tenho? Estou toda ardendo! Não sei como começar... [Escreve. Para e relê o que redigiu.] Escrevo-lhe, – o que mais? Que mais posso dizer? Agora sei que está a seu dispor Punir-me com o desprezo! Se, porém, por minha sorte infeliz, O senhor tiver uma gota de pena, Não vai me abandonar. Primeiro quis ficar em silêncio; Creia, a minha vergonha, O senhor jamais conheceria, Jamais!.. [Deixando a carta de lado.] Ah, sim, jurei conservar na alma o reconhecimento da paixão ardente e louca! Ai de mim! Não tive forças para dominar a própria alma! Que aconteça o que tiver que acontecer! Vou me confessar a ele! Força! Vai saber de tudo! [Escreve.] Por que, por que nos visitou? Nas profundezas de um povoado esquecido, jamais o teria conhecido, Não teria conhecido o tormento amargo. A agitação de uma alma

[с одушевлением, силой и страстью.] Пускай погибну я, но прежде я в ослепительной надежде блаженство темное зову, я негу жизни узнаю! Я пью волшебный яд желаний! меня преследуют мечты! Везде, везде передо мной Мой искуситель роковой! Везде, везде, он предо мною! [Подходит к письменному столу и садится, несколько времени пишет, потом останавиваетса. Pвет написанное.] Нет, все не то! Начну сначала! Ах, что со мной! я вся горю! Не знаю, как начать... [Пишет. Останавливается и прочитывает написанное.] Я к вам пишу, - чего же боле? Что я могу еще сказать? Теперь я знаю, в вашей воле Меня презреньем наказать! Но вы, к моей несчастной доле Хоть каплю жалости храня, Вы не оставите меня. Сначала я молчать хотела; Поверьте, моего стыда Вы не узнали б никогда, Никогда!.. [откладывая письмо в сторону.] О да, клялась я сохранить в душе Признанье в страсти пылкой и безумной! Увы! не в силах я владеть своей душой! Пусть будет то, что быть должно со мной! Ему признаюсь я! Смелей! Он все узнает! [Пишет.] Зачем, зачем вы посетили нас? В глуши забытого селенья Я б никогда не знала вас, Не знала б горького мученья. Души неопытной волненья Смирив, со временем, (как знать?) По сердцу я нашла бы друга, Была бы верная супруга И добродетельная мать...


59 58

[Погружается в раздумье. Внезапно вставая.] Другой! Нет, никому на свете Не отдала бы сердца я! То в вышнем суждено совете, То воля неба: я твоя! Вся жизнь моя была залогом Свиданья верного с тобой; Я знаю: ты мне послан Богом До гроба ты хранитель мой. Ты в сновиденьях мне являлся, Незримый, ты уж был мне мил, Твой чудный взгляд меня томил, В душе твой голос раздавался. Давно ... нет, это был не сон! Ты чуть вошел, я вмиг узнала... Вся обомлела, запылала, И в мыслях молвила: вот он! Вот он! Не правда ль! Я тебя слыхала... Ты говорил со мной в тиши, Когда я бедным помогала, Или молитвой услаждала Тоску волнуемой души? И в это самое мгновенье Не ты ли, милое виденье, В прозрачной темноте мелькнул, Приникнув тихо к изголовью? Не ты ль с отрадой и любовью Слова надежды мне шепнул? [Подходит к столу и снова садится писать. Останавливаясь писать и как бы задумываясь. С большим чувством.] Кто ты, мой ангел ли хранитель Или коварный искуситель? Мои сомненья разреши. Быть может, это все пустое, Обман неопытной души, И суждено совсем иное?.. [Сново встанет и ходит в задумчивости.] Но так и быть! Судьбу мою Отныне я тебе вручаю, Перед тобою слезы лью, Твоей защиты умоляю, Умоляю! [Страстно, сильно.] Вообрази: я здесь одна! Никто меня не понимает!

Libreto Eugene Onegin

inexperiente Sossegaria com o tempo (como saber?) Meu coração encontraria um amigo, Eu seria uma esposa fiel e uma mãe virtuosa... [Fica imersa em pensamentos. Levanta-se de súbito.] Outro! Não, eu não daria meu coração A ninguém mais no mundo! Foi decidido lá em cima, É a vontade dos céus: sou sua! Toda minha vida foi a caução Do fiel encontro contigo; Eu sei: foi-me enviado por Deus, Será meu guardião até a tumba. Apareceste em meus sonhos, Invisível, já era meu querido, Teu olhar miraculoso me afligia, Tua voz soava na minha alma. Há tempos... não, não foi um sonho! Mal entrou e eu soube na hora... Fiquei toda aturdida, peguei fogo, E dizia em pensamento: é ele! É ele! Não é verdade? Eu lhe ouvia... Não falava comigo em silêncio, Quando eu ajudava os pobres, Ou acalmava com uma oração A angústia da alma agitada? E nesse mesmo instante Não era você a querida visão Cintilando na escuridão profunda Inclinando-se em silêncio à cabeceira? Não era você que, com deleite e amor, Me sussurrava palavras de esperança? [Aproxima-se da mesa e volta a se sentar para escrever. Para de escrever, como que imersa em pensamentos. Com grande sentimento.] Quem é, o meu anjo da guarda ou um pérfido tentador? Resolve minhas dúvidas. Talvez tudo isso seja vazio,


O engano de uma alma inexperiente E o destino seja diferente... [Volta a se levantar e caminha, pensativa.] Pois seja! De agora em diante, Entrego-lhe o meu destino, Diante de você derramo lágrimas, Sua defesa eu imploro, Imploro! [Com paixão, forte.] Imagina: estou sozinha aqui! Ninguém me entende! [Avança para o proscênio. Com ardor cada vez maior.] Minha razão falha, E devo perecer em silêncio! Eu lhe espero, Eu lhe espero! Com apenas uma palavra, Anima o meu coração, Ou interrompe o sonho pesado Com uma reprovação infelizmente merecida! [Aproxima-se rapidamente da mesa e termina de redigir a carta, com pressa. Levanta-se e sela a carta.] Terminei, tenho medo de reler Morro de vergonha e de medo, Mas sua honra é minha garantia. E ousadamente me confio a ela! [Tatiana vai até a janela e descerra a cortina. A luz rapidamente prorrompe no quarto.]

[Подходя к авансцене. Все более и более воодушевляясь.] Рассудок мой изнемогает, И молча гибнуть я должна! Я жду тебя, Я жду тебя! Единим словом Надежды сердца оживи, Иль сон тяжелый перерви. Увы, заслуженным укором! [быстро подходит к столу и поспешно дописывает письмо. Вставая и запечатывая письмо.] Кончаю, страшно перечесть Стыдом и страхом замираю, Но мне порукой ваша честь. И смело ей себя вверяю! [Татьяна подходит к окну и отдергивает занавесу. В комнату быстро врывает свет.]

Ah, a noite acabou, Tudo acorda, e o solzinho se levanta. [Senta-se junto à janela.] Um pastor toca... Tudo está calmo. E eu! E eu?! [Fica pensativa. A porta se abre em silêncio e a aia entra.]

Ах, ночь минула, Проснулось все и солнышко встает. [садится у окна.] Пастух играет... Спокойно все. А я-то! Я-то?! [задумывается. Дверь тихонько отворяется и входит няня.]

10. Cena e dueto. 10. СЦЕНА И ДУЭТ.

tatiana ТАТЬЯНА


tatiana

[еще не замечая Татьяны.] Пора, дитя мое! Вставай! [увидев Tаню.] Да ты, красавица, готова! О, пташка ранняя моя! Вечор уж как боялась я... Ну, слава Богу, ты дитя здорова: Тоски Ночной и следу нет, Лицо твое, как маков цвет!

Ah, ama, faz-me um favor ...

Ах, няня, сделай одолженье ...

Claro, filha – manda!

Изволь, родная, - прикажи!

Não pense... verdade... é suspeito... Mas veja... ah, não recuse!

Не думай... право... подозренье... Но видишь ... ах, не откажи!

Minha querida, Deus é testemunha!

Мой друг, вот Бог тебе порукой!

Bem, manda o seu neto em silêncio, Com esse escrito, para O... para ele... para o vizinho, E ordena que não diga nem uma palavra, Que não profira o meu nome.

Итак, пошли тихонько внука С запиской этой к О... к тому ... К соседу, да вели ему, Чтоб он не говорил ни слова, Чтоб он, чтоб он не называл меня.

Para quem, minha querida? Hoje estou atrapalhada! Temos muitos vizinhos. Vou repassar todos? Para quem, para quem, apenas digas!

Кому же, милая моя? Я нынче стала бестолкова! Кругом соседей много есть. Куда мне их и перечесть? Кому же, кому же, ты толком говори!

[impaciente.] Como você é lenta, ama!

[нетерпливо.] Как недогадлива ты, няня!

Querida amiga, já estou velha! Velha; a razão se embota, Tânia; No passado eu era alerta. No passado, no passado, bastava uma palavra do patrão...

Сердечный друг уж я стара! Стара; тупеет разум, Таня; А то, бывало, я востра. Бывало, бывало, мне слово барской воли...

ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

61

[Ainda sem reparar em Tatiana.] Está na hora, minha criança! Acorda! [Ao ver Tânia.] Mas está pronta, linda! Oh, meu passarinho madrugador! Ontem fiquei com tanto medo... Só que, graças a Deus, você é uma criança saudável: Não há traço das angústias da noite, Seu rosto tem cor de papoula!

60

ФИЛИПЬЕВНА

Libreto Eugene Onegin

FILIPEVNA


tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana

Ah, ama, ama, e daí? Não preciso da sua inteligência: Vê, ama, a questão é uma carta...

Ах, няня, няня, до того ли! Что нужды мне в твоем уме: Ты видишь, няня, дело о письме...

Ah, a questão, a questão, a questão! Não se irrite, minha alma! Sabe que eu não compreendo.

Ну, дело, дело, дело! Не гневайся, душа моя! Ты знаешь: непонятна я

… para Onegin!

...К Онегину!

Ah, a questão, a questão: entendi!

Ну, дело, дело: я поняла!

Para Onegin! Manda o seu neto Com uma carta para Onegin, aia!

К Онегину! С письмом к Онегину пошли ты внука, няня!

Bem, bem, não se irrite, minha alma! sabe que eu não compreendo! E por que voltou a empalidecer?

Ну, ну, не гневайся, душа моя! Ты знаешь, непонятна я!.. Да что ж ты снова побледнела?

Não é nada, ama, de verdade! Manda o seu neto!

Так, няня право ничего! Пошли же внука своего!

[Depois de pegar a carta, a aia fica ainda perplexa. Tânia faz-lhe sinal de que saia. A aia sai, para na porta, pensa e regressa. Por fim, dá a entender que compreendeu, e sai. Tatiana senta-se à mesa e, apoiando lá o cotovelo, volta a mergulhar em seus pensamentos.]

[Няня, взяв письмо, стоит все еще в недомлении. Таня делает ей знак, чтоб она уходила. Няня уходит, у дверей останавливается, задумывается, снова возвращается. Наконец, дает почуствовать, что она поняла, и уходит. Татьяна садится к столу и, облокотившись, снова погружается в раздумье.]

[O teatro mostra um outro lugar do jardim da propriedade dos Lárin. Arbustos espessos de lilases e acácias, um banco decrépito, canteiros de flores descuidados etc. Criadas colhendo bagas aparecem entre os arbustos.]

[Театр представляет другое место сада при усадьбе Лариных. Густые кусты сирени и акации, ветхия скамейка, запущенные клумбы и т. д. Сенные девушки, собирающие ягоды, мелькают в кустах.]

ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

FILIPEVNA ФИЛИПЬЕВНА

tatiana ТАТЬЯНА

Terceiro quadro КАРТИНА ТРЕТЬЯ


63

11. ХОР ДЕВУШЕК.

MOÇAS ДЕВУШКИ

Moças, beldades, Queridas, amigas! Brinquem, moças, Divirtam-se, queridas! Entoem a cançãozinha, A cançãozinha secreta. Atraiam o bonitão Para nossa dança de roda! Quando atrairmos o bonitão, Quando o virmos de longe, Sairemos correndo, queridas, Deixando para trás cerejas, Cerejas, framboesas, Groselhas vermelhas! Para que não venha escutar As cançõezinhas secretas, Para que não venha espiar Os jogos de nossas moças!

Девицы, красавицы, душеньки, подруженьки! Разыграйтесь, девицы, разгуляйтесь, милые! Затяните песенку, песенку заветную. Заманите молодца к хороводу нашему! Как заманим молодца, как завидим издали, разбежимтесь, милые, закидаем вишеньем, вишеньем, малиною красною смородиной! Не ходи подслушивать песенки заветные, не ходи подсматривать игры наши девичьи!

[Tatiana entra correndo rápido e cai no banco, prostrada.]

[Татьяна быстро вбегает и в изнеможении падает на скамью.]

Ele está aqui, Evguêni está aqui! Oh, Deus! Oh, Deus! O que ele achou! O que vai dizer? Ah, por que atendi ao gemido Da alma doente, Não me controlei, E fui lhe escrever a carta? Sim, meu coração agora me diz Que meu funesto sedutor Vai se rir de mim! Oh, meu Deus! Como sou infeliz, Digna de pena! Passos... cada vez mais perto... Sim, é ele, é ele!

Здесь он, здесь Евгений! О Боже! О Боже! Что подумал он!.. Что скажет он?.. Ах, для чего, Стенанью вняв души больной, Не совладав сама с собой, Ему письмо я написала! Да, сердце мне теперь сказало, Что насмеется надо мной Мой соблазнитель роковой! О, Боже мой! как я несчастна, Как я жалка! Шаги... все ближе... Да, это он, это он!

12. Cena e ária de Onegin. 12. СЦЕНА И АРИЯ ОНЕГИНА.

tatiana ТАТЬЯНА

[Onegin entra. Tânia dá um pulo, Onegin se aproxima dela. Ela baixa a cabeça até o peito.]

[Входит Онегин. Таня вскакивает, Онегин походить к неe. Она опускает голову на грудь.]

Libreto Eugene Onegin

62

11. Coro de moças.


onegin ОНЕГИН

tatiana ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

[com dignidade, calma e alguma frieza.] A senhorita me escreveu, não negue. Li a confissão de uma alma crédula, O desabafo de um amor inocente; Tenho carinho por sua franqueza! Ela trouxe agitação a sentimentos Emudecidos há muito tempo. Não desejo elogiá-la, porém; Vou retribuir com uma confissão igualmente sem fingimentos. Ouça minha confissão, Submeto-me ao seu juízo!

[с достоинством, покойно и несколько холодно.] Вы мне писали, Не отпирайтесь. Я прочел Души доверчивой признанья, Любви невинной излиянья; Мне ваша искренность мила! Она в волненье привела Давно умолкнувшие чувства. Но вас хвалить я не хочу; Я за нее вам отплачу Признаньем также без искусства. Примите ж исповедь мою, Себя на суд вам отдаю!

[Afunda no banco.] Oh, Deus! Como é ofensivo, e como dói!

[опускается в скамью.] О Боже! Как обидно и как больно!

Se eu quisesse limitar minha vida Ao círculo doméstico, Se o aprazível destino tivesse me ordenado ser pai, esposo, então é verdade que eu não buscaria outra noiva além da senhorita. Porém, não fui feito para a felicidade, Minha alma lhe é alheia. Suas perfeições são inúteis, Não sou nada digno delas. Creia, minha consciência é testemunha, Nosso casamento seria um tormento. Por mais que eu a amasse, com o hábito, deixaria de amar na hora. Julgue que tipo de rosas Himeneu preparou para nós, E talvez, por muitos dias! [com entusiasmo.] Os sonhos e os anos não voltam! Ah, não voltam; Minha alma não renascerá! Amo-a com amor de irmão, Com amor de irmão, E talvez ainda mais terno! E talvez ainda mais,

Когда бы жизнь домашним кругом Я ограничить захотел, Когда б мне быть отцом, супругом Приятный жребий повелел, То верно б, кроме вас одной, Невесты не искал иной. Но я не создан для блаженства, Ему чужда душа моя. Напрасны ваши совершенства, Их не достоин вовсе я. Поверьте, совесть в том порукой, Супружество нам будет мукой. Я сколько ни любил бы вас, Привыкнув, разлюблю тотчас. Судите ж вы, какие розы Нам заготовил Гименей, И, может быть, на много дней! [с увлечением.] Мечтам и годам нет возврата! Ах, нет возврата; Не обновлю души моей! Я вас люблю любовью брата, Любовью брата, Иль, может быть, еще нежней! Иль, может быть еще, Еще нежней!


onegin ОНЕГИН

MOÇAS ДЕВУШКИ

[за сценой.] Девицы, красавицы, душеньки, подруженьки! Разыграйтесь, девицы, разгуляйтесь, милые.

Aprenda a se controlar... Nem todos a entenderão como eu. A inexperiência leva à ruína! [Onegin dá o braço a Tatiana. Ela o fita longamente com olhar de súplica, depois se levanta maquinalmente e, apoiada nele, sai, em silêncio.]

Учитесь властвовать собой; ... Не всякий вас, как я, поймет. К беде неопытность ведет! [Онегин подает руку Татьяне. Она долго смотрит на него умоляющим взглядом, потом машинально встает и, опираясь на него, тихо уходит.]

Quando atrairmos o bonitão, Quando o virmos de longe, Sairemos correndo, queridas, Deixando para trás cerejas, Para que não venha escutar Para que não venha espiar Os jogos de nossas moças!

Как заманим молодца, как завидим издали, разбежимтесь, милые, закидаем вишеньем. Не ходи подслушивать, не ходи подсматривать игры наши девичьи!

[Baile na casa dos Lárin. Os jovens dançam. Os convidados de mais idade sentam-se em grupos e conversam, observando os dançarinos.]

[Бал в доме Лариных. Молодежь танцует. Пожилые гости сидят группами и разговаривают, наблюдая за танцующими.]

Ah, que surpresa! Não esperávamos uma banda militar! Que alegria! Fazia tempo que não éramos recebidos assim! Que banquete glorioso! Não é verdade, senhores? Há muito

Вот так сюрприз! Никак не ожидали военной музыки! Веселье хоть куда! Давно уж здесь нас так не угощали!

SEGUNDO ATO ДЕЙСТВИЕ ВТОРОЕ

Primeiro quadro КАРТИНА ПЕРВАЯ

13. Entreato e valsa com cena e coro. 13. АНТРАКТ И ВАЛЬС СО СЦЕНОЙ И ХОРОМ.

CONVIDADOS ГОСТИ

65

[fora do palco.] Moças, beldades, Queridas, amigas! Brinquem, moças, Divirtam-se, queridas.

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Послушайте ж меня без гнева, Сменит не раз младая дева Мечтами легкие мечты.

Libreto Eugene Onegin

MOÇAS ДЕВУШКИ

Ainda mais terno! Escute-me sem ira, Mais de uma vez, uma jovem Troca um sonho ligeiro por outro.


tempo não éramos recebidos assim! Banquete glorioso. Não é verdade, senhores? Bravo, bravo, bravo, bravo! Mas que surpresa! Bravo, bravo, bravo, bravo! Que gloriosa surpresa para nós!

На славу пир! Не правда ль, господа? Уж давно нас так не угощали! Пир на славу. Не правда ль, господа? Браво, браво, браво, браво! Вот так сюрприз нам! Браво, браво, браво, браво! Славный сюрприз для нас!

Não é sempre que temos em nossa propriedade um baile com brilho alegre. Só nos divertimos com a caça, Adoramos seu alarido e estrondo.

В наших поместьях не часто встречаем Бала веселого радостный блеск. Только охотой себя развлекаем, Люб нам охотничий гомон и треск.

Ah, sim, passam o dia inteiro voando pelos matos, campos, pântanos, arbustos! Cansam-se, deitam-se, descansam, e essa é a diversão das pobres damas!

Ну уж веселье день целый летают По дебрям, полянам, болотам, кустам! Устанут, залягут, потом отдыхают, И вот развлеченье для бедных всех дам!

[As moças importunam o capitão da companhia.]

[Молодые девицы пристают к ротному.]

Ah, Trifon Petróvitch, como o senhor é querido, de verdade! Somos tão gratas!

Ах, Трифон Петрович, как мили вы, право! Мы так благодарны вам!

РОТНЫЙ

Por nada! O prazer é todo meu!

Полноте-с! Я сам очень счастлив!

MOÇAS

Dançaremos a valer!

Попляшем на славу мы!

Também tenho essa intenção. Comecemos a dançar!

Я тоже намерен. Начнемте ж плясать!

[Onegin dança com Tatiana. Nessa hora, os outros dançarinos param, e todos observam o casal a bailar.]

[Онегин танцует с Татьяной. В это время другие танцующие приостанавливаютса и все наблыдают жа танцующей парой.]

ГРУППА ДАМ

Olha lá! Olha lá! Os pombinhos estão dançando!

Гляньте-ка! Гляньте-ка! Танцуют пижоны!

OUTRO GRUPO

Já estava na hora...

Давно уж пора бы...

VELHOS FAZENDEIROS ПОЖИЛЫЕ ПОМЕЩИКИ

MÃES МАМЕНЬКИ

MOÇAS МОЛОДЫЕ ДЕВИЦЫ

Capitão

МОЛОДЫЕ ДЕВИЦЫ

Capitão РОТНЫЙ

GRUPO DE DAMAS

ДРУГАЯ ГРУППА


AS SEGUNDAS

Coitada da Tatiana!

Как жалко Танюшу!

Vai tomá-la como esposa...

Возьмет ее в жены...

E tiranizá-la! Dizem que é um jogador!

И будет тиранить! Он, слышно, игрок!

[Onegin passa em silêncio pelas mães, tentando ouvir sua conversa.]

[Онегин тихо проходит мимо маменек, стараясь прислушаться к их пазговорку.]

É terrivelmente tosco, extravagante, Não beija as mãos das mulheres, É maçom, e só bebe Vinho tinto!

Он неуч страшный, сумасбродит, Он дамам к ручке не подходит Он фармазон, он пьет одно Стаканом красное вино!

[para si.] Isso é o que vocês pensam! Já escutei o suficiente Desses mexericos infames! Fiz por merecer isso tudo! Para que eu vim a esse baile estúpido? Para quê? Não perdoarei Vladímir por esse desfavor. Vou cortejar Olga... Vou deixá-lo furioso! Ei-la!

[про себя.] И вот вам мненье! Наслушался довольно Я разных сплетен мерзких! По делам мне все это! Зачем приехал я На этот глупый бал? Зачем? Я не прощу Владимиру услугу эту. Буду ухаживать за Ольгой... Взбешу его порядком! Вот она!

[Nessa hora, Olga passa perto, com Lenski atrás dela.]

[В это время Ольга проходит мимо, за нею идет Ленски.]

[para Olga.] Por favor!

[Ольге.] Прошу вас!

[Olga fica perplexa.]

[Ольга в недоумении.]

[para Olga.] A senhorita me prometeu agora!

[Ольге.] Вы обещали мне теперь!

[para Lenski.] Na verdade, está enganado!

[Ленскому.] Ошибся, верно, ты!

[Onegin e Olga dançam.]

[Онегин и Ольга танцуют.]

Ah, o que é isso!

Ах, что такое!

ВТОРЫЕ

AS PRIMEIRAS ПЕРВЫЕ

JUNTAS ВМЕСТЕ

DAMAS ДАМЫ

onegin ОНЕГИН

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

67

Ну, женишок!

66

Vai ter casório!

ПЕРВЫЕ

Libreto Eugene Onegin

AS PRIMEIRAS


CONVIDADOS ГОСТИ

Não creio em meus olhos! Olga! Deus, o que eu tenho...

Глазам не верю! Ольга! Боже, что со мной...

Glorioso banquete! Ah, que surpresa! Ah, que recepção! Que alegria! Glorioso banquete! Ah, que surpresa! Não esperávamos uma banda militar! Que alegria! Há muito tempo não éramos recebidos assim! Glorioso banquete! Não é verdade? Bravo, bravo, bravo, bravo! Que surpresa para nós! Bravo, bravo, bravo, bravo! Não é verdade? Que banquete glorioso, não é verdade? Não, jamais esperávamos uma banda militar! Glorioso banquete! Que alegria! Glorioso banquete!

Пир на славу! Вот так сюрприз! Вот так угощенье! Веселье хоть куда! Пир на славу! Вот так сюрприз! Никак не ожидали военной музыки! Веселье хоть куда! Уж давно нас так не угощали! Пир на славу! Не правда ль? Браво, браво, браво, браво! Вот так сюрприз нам! Браво, браво, браво, браво! Не правда ль? На славу пир, не правда ль? Да, военной музыки никак не ожидали мы! Пир на славу! Веселье хоть куда! Пир на славу!

[Aproximando-se de Olga, que acabou de dançar com Onegin.] Por acaso eu mereci essa zombaria? Ah, Olga, que crueldade comigo! O que é que eu fiz?

[Подходя к Ольге, только что кончивчьей танцовать с Онегиным.] Ужель я заслужил от вас насмешку эту? Ах, Ольга, как жестоки вы со мной! Что сделал я?

Não entendo de que sou culpada!

Не понимаю, в чем виновата я!

A senhorita dançou com Onegin Todas as écossaises, todas as valsas. Eu a convidei, mas fui rejeitado!

Все экосезы, все вальсы с Онегиным вы танцевали. Я приглашал вас, но был отвергнут!

Vladímir, que estranho, estás zangado por bobagens!

Владимир, это странно, Из пустяков ты сердишься!

14. Cena e couplets de Triquet. 14. СЦЕНА И КУПЛЕТЫ ТРИКЕ.

LENSKI ЛЕНСКИЙ

olga ОЛЬГА

LENSKI ЛЕНСКИЙ

olga ОЛЬГА


Tudo isso é bobagem e absurdo! Seu ciúme é à toa, nós apenas papeamos, ele é tão querido!

Все это пустяки и бред! Ревнуешь ты напрасно, мы так болтали с ним, он очень мил!

ЛЕНСКИЙ

Muito querido! Ah, Olga, não me ama!

Даже мил! Ах, Ольга, ты меня не любишь!

olga

Como você é estranho!

Какой ты странный!

[Onegin se aproxima.]

[Подходит Онегин.]

Você não me ama! Dançará o cotillon comigo?

Ты меня не любишь! Котильон со мной танцуешь ты?

Não, comigo, Não é verdade que me deu a palavra?

Нет, со мной. Не правда ль, слово вы мне дали?

[para Onegin.] E mantenho a palavra! Esse é o castigo Por seus ciúmes!

[Онегину.] И сдержу я слово! Вот вам наказанье за ревность вашу!

Olga!

Ольга!

De jeito nenhum!

Ни за что!

[No fundo do palco aparece Triquet, rodeado de senhoritas.]

[В глубине сцены показывается Трике, окруженный барышнями.]

ОЛЬГА

Veja! Todas as moças estão vindo para cá com Triquet.

Глядите-ка! Все барышни идут сюда с Triquet.

onegin

Quem é ele?

Кто он?

Um francês que mora na casa de Kharlikov.

Француз, живет у Харликова.

Monsieur Triquet, Monsieur Triquet,

Monsieur Triquet, Monsieur Triquet,

olga ОЛЬГА

LENSKI

ОЛЬГА

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

olga ОЛЬГА

LENSKI ЛЕНСКИЙ

olga ОЛЬГА

olga

ОНЕГИН

olga ОЛЬГА

MOÇAS МОЛОДЫЕ ДЕВИЦЫ

69

Как! Из-за пустяков! Ужели равнодушно я видеть мог, Когда смеялась ты кокетничая с ним? К тебе он наклонялся и руку жал тебе! Я видел все!

68

Como! Por bobagens! Por acaso eu podia te olhar indiferente quando sorria, coquete, com ele? Ele se inclinou sobre você e pegou a sua mão! Eu vi tudo!

ЛЕНСКИЙ

Libreto Eugene Onegin

LENSKI


TRIQUET ТРИКЕ

SENHORITAS

Por favor, cante um couplet!

Chantez de grâce un couplet!

Levar couplet comigo. Mas onde estar mademoiselle?

Куплет имеет я с собой. Но где, скажите, mademoiselle?

[Tânia é colocada no meio do círculo formado por todos os convidados. Triquet canta os versos seguintes dirigindo-se a ela. Ela fica com vergonha e quer ir embora, porém é detida.]

[Таню ставят передние круга, образуемого всеми гостями. Трике поет следующие куплеты, обращаясь к ней. Она конфузитса и хочет уйти, но её удерживают.]

Ele tem que estar na minha frente. Pois o couplet foi feito para ela!

Он должен быть передо мной. Car le couplet est fait pour elle!

Ei-la! Ei-la!

Вот она! Вот она!

Está aqui. A-ha! Voilà, a rainha do dia de hoje. Mesdames, vou começar. Peço agora não interromper. Convidados a esta festa daquela cujo dia é festejado, contemplamos o charme e a beleza. Seu aspecto doce e encantador, espalha sobre todos nós seu esplendor Que prazer, que felicidade é vê-la! Brilhe, brilhe sempre, bela Tatiana! Brilhe, brilhe sempre, bela Tatiana!

Вы здесь. Ага! Voila царица этот день. Mesdames, я буду начинайт. Прошу теперь мне не мешайт. À cette fête conviés, de celle dont le jour est fêté contemplons le charme et la beauté. Son aspect doux et enchanteur répand sur nous tous sa lueur, de la voir quel Plaisir, quell Bonheur! Brillez, brillez toujour, belle Tatiana! Brillez, brillez toujour, belle Tatiana!

Bravo, bravo, bravo, Monsieur Triquet, Seu couplet é magnífico E cantado com muita, muita graça!

Браво, браво, браво, Monsieur Triquet, Куплет ваш превосходен и очень, очень мило спет!

Que o destino satisfaça seus desejos, Que a alegria, os jogos, os prazeres, Mantenham o sorriso em seus lábios! Que, no céu deste país, estrela que sempre brilha e reluz, ela ilumine nossos dias e noites. Brilhe, brilhe sempre, bela Tatiana! Brilhe, brilhe sempre, bela Tatiana!

Que le sort comble ses désirs, que la joie, les jeux, les plaisirs, fixent sur ses lèvres le sourire! Que sur le ciel de ce pays, étoile qui toujours brille et luit, elle éclaire nos jours et nos nuits. Brillez, brillez toujour, belle Tatiana! Brillez, brillez toujour, belle Tatiana!

Bravo, bravo, bravo, Monsieur Triquet,

Браво, браво, Браво, Monsieur Triquet,

БАРЫШНИ

TRIQUET ТРИКЕ

CONVIDADOS ГОСТИ

TRIQUET ТРИКЕ

CONVIDADOS ГОСТИ


[Кончив куплет, Трике поносить его, становись на колени, конфуциащейся Татьяне.]

Messieurs, medames, perdão, a seus lugares! Vai começar o cotillon! Por favor!

Messieurs, medames, места занять извольте! Сейчас начнется котильон! Пожалуйте!

[O capitão dá o braço a Tânia e cai na dança. Os dançarinos formam pares. Onegin dança com Olga perto da ribalta. Lenski os segue com os olhos, enciumado. Depois de dançar, Onegin se aproxima de Lenski.]

[Ротный подает руку Тане и пускается в пляс. Танцующие гости рассаживаются парами. Онегин садится с Ольгой ближе к рампе. Ленский стоит в задумчивость позади их.]

Não danças, Lenski? Parece Childe Harold! O que você tem?

Ты не танцуешь, Ленский? Чайльд Гарольдом стоишь каким-то! Что с тобой?

Eu? Nada. Estava lhe olhando, Que belo amigo você é!

Со мной? Ничего. Любуюсь я тобой, Какой ты друг прекрасный!

O quê? Eu não esperava tal reconhecimento! Por que está chateado?

Каково! Не ожидал признанья я таково! За что ты дуешься?

[Inicialmente responde com calma, mas gradualmente vai se exasperando e zangando.] Chateado, eu? Ah, coisa pouca! Eu estava vendo como, Com jogos de palavras e tagarelice mundana, Faz cabeças girarem e perturba a paz de espírito das moças! Pelo visto, Tatiana é pouco para você.

[Сначала отвечает покойно, но мало-по-малу переходит в озлобленному и раздраженному.] Я дуюсь? О, нимало! Любуюсь я, как слов своих игрой И светской болтовней ты кружишь головы и девочек смущаешь Покой душевный! Видно, для тебя одной Татьяны

15. MAzurca e cena. 15. МАЗУРКА И СЦЕНА.

Capitão РОТНЫЙ

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

71

[Depois de terminar o couplet, Triquet, de joelhos, oferece-o a uma envergonhadíssima Tatiana.]

70

Куплет ваш превосходен И очень, очень мило спет!

Libreto Eugene Onegin

Seu couplet é magnífico E cantado com muita, muita graça!


onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

CONVIDADOS ГОСТИ

LENSKI ЛЕНСКИЙ

CONVIDADOS ГОСТИ

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

Na verdade, por amor a mim, Quer arruinar Olga, perturbar sua paz E, depois, ainda rir dela! Ah, que coisa mais honrada!

мало. Из любви ко мне ты, верно, хочешь Ольгу погубить, смутить ее покой, А там, смеяться над нею же! Ах, как честно это!

[Os convidados vão parando de dançar aos poucos e ouvem a conversa de Lenski com Onegin.]

[Гости мало-по-малу прекращают танцы, прислушиваясь к разговору Ленского с Онегиным.]

[zombeteiro mas calmo.] O quê? Está louco!

[с усмешкой, но спокойно.] Что?! Да ты с ума сошел!

Maravilha! Ofende-me, E ainda me chama de doido!

Прекрасно! Меня ж ты оскорбляешь, И меня же ты зовешь помешанным!

[A dança pára.] O que foi? O que acontece? O que foi? [Os convidados deixam seus lugares e cercam os dois.]

[Танцы прекращаются.] Что такое? В чем там дело? Что такое? [Гости оставляют свои места и окружают спорящих.]

Onegin! O senhor não é mais meu amigo! Não desejo mais a sua proximidade! Eu... eu o desprezo!

Онегин! Вы больше мне не друг! Быть близким с вами Я не желаю больше! Я... я презираю вас!

Que surpresa inesperada! Que briga séria! Não estão de brincadeira!

Вот неожиданный сюрприз! Какая ссора закипела! У них пошло не в шутку дело!

[levando Lenski um pouco para o lado.] Escuta, Lenski, Você não tem razão! Não tem razão! Chega de chamar atenção com a nossa briga! Não perturbei a paz de ninguém, E reconheço que não tenho desejo de ouvir!

[отводя несколько Ленского в сторону.] Послушай, Ленский, ты не прав! Ты не прав! Довольно нам привлекать внимание нашей ссорой! Я не смутил, еще ничей покой, И признаюсь, желанья не имею его смущать!

[Inflamando-se cada vez mais.] Então porgue pegou na mão dela E cochichou? Ela corava e ria! O que, o que lhe disse?

[все более и более разгорячаясь.] Тогда зачем же ты ей руку жал, Шептал ей что-то? Краснела, смеясь, она! Что, что ты говорил ей?


LENSKI ЛЕНСКИЙ

CONVIDADOS ГОСТИ

LENSKI ЛЕНСКИЙ

LARINA ЛАРИНА

Послушай, это глупо!.. Нас окружают

E eu com isso? O senhor me ofendeu. E exijo satisfações!

Что за дело мне? Я вами оскорблен. И сатисфакции я требую!

O que é isso? Contem, contem o que aconteceu?

В чем дело? Расскажите, расскажите, что случилось?

Simplesmente exijo, que o senhor Onegin explique-me sua conduta! Ele não deseja fazê-lo, e eu lhe peço que aceite meu desafio.

Просто я требую, Чтоб господин Онегин Мне объяснил свои поступки! Он не желает этого, и я Прошу его принять мой вызов.

[Abrindo caminho em meio à multidão e se dirigindo a Lenski.] Meu Deus! Na nossa casa! Tenha piedade, tenha piedade!

[пробираясь через толпу и обращаясь к Ленскому.] О Боже! В нашем доме! Пощадите, пощадите!

[com grande sentimento.] Na sua casa! Na sua casa! Na sua casa, meus anos de infância Correram como sonhos dourados! Na sua casa saboreei as primeiras alegrias Do amor puro e luminoso! Hoje, porém, descobri outra coisa, Provei que a vida não é romance, A honra, só um som, amizade, Palavra vazia, engano penoso e ultrajante,

[с большим чувством.] В вашем доме! В вашем доме! В вашем доме, как сны золотые, Мои детские годы текли! В вашем доме вкусил я впервые Радость чистой и светлой любви! Но сегодня узнал я другое, Я изведал, что жизнь не роман, Честь лишь звук, дружба слово пустое, Оскорбительный, жалкий обман,

[para si.] Aqui com meus botões estou insatisfeito comigo mesmo. Brinquei de forma muito negligente com essa paixão tímida e terna! Amando o jovem de todo coração, Eu deveria ter me mostrado Não um brincalhão preconceituoso,

[про себя.] Наедине с своей душой я недоволен сам с собой. Над этой страстью робкой, нежной,.. Я слишком пошутил небрежно! Всем сердцем юношу любя, Я б должен показать себя,... Не мячиком предрассуждений, Но мужем с честью и умом.

16. Final. 16. ФИНАЛ.

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

73

Escuta, isso é uma estupidez!.. Estamos cercados.

72

ОНЕГИН

Libreto Eugene Onegin

onegin


Mas sim homem honrado e inteligente. TATIANA

Estou abalada, minha cabeça não consegue entender Evguêni. Uma angústia ciumenta me atormenta! Ah, a angústia me dilacera o coração. Como uma mão gelada, ela me aperta o coração. Que dolorido, que cruel!

Потрясена я, ум не может Понять Евгения. Тревожит, Меня ревнивая тоска! Ах, терзает мне сердце тоска. Как холодная чья-то рука, Она мне сжала сердце Больно так, жестоко!

ЛАРИНА И ОЛЬГА

Temo que depois da alegria A noite vá terminar em duelo!

Боюсь, чтобы вослед веселью, Не завершилась ночь дуэлью!

CONVIDADOS

Pobre Lenski! Pobre jovem!

Бедный Ленский! Бедный юноша!

Brinquei de forma negligente.

Я слишком пошутил небрежно.

[com amargura.] Descobri aqui que uma moça pode ser bela como um anjo, graciosa e maravilhosa como o dia, porém na alma, porém na alma, como um demônio, pérfida e má!

[с горячию.] Я узнал здесь, что дева красою Может быть, точно ангел, мила И прекрасна, как день, но душою, но душою, Точно демон, коварна и зла!

Ah, morri, morri! Meu coração me diz, Mas é bom ser morta por ele! Eu morro, eu morro, meu coração falou, Não ouso me queixar, não ouso! Ah, queixas para que, para quê? Não é isso que vai me fazer feliz!

Ах, погибла я, погибла я! Мне сердце говорит, Но гибель от него любезна! Погибну, погибну, мне сердце сказало, Роптать я не смею, не смею! Ах, зачем роптать, зачем роптать? Не может, не может он счастья мне дать!

Ah, os homens têm sangue quente, Resolvem tudo pela força; Não podem passar sem brigas... Sua alma foi tomada pelo ciúmes, Mas não é culpa minha, não é!

Ах, кровь в мужчинах горяча, Они решают все сплеча; Без ссор не могут оставаться,.. Душа в нем ревностью объята, Но я ни в чем не виновата, ни в чем!

[para si] Ah, os jovens são tão ardentes! Resolvem tudo pela força; Não podem passar sem brigas. Temo que depois da alegria

[про себя.] Ах, молодежь так горяча! Они решают все сплеча; Без ссор не могут оставаться. Боюсь, что вослед веселю,

ТАТЬЯНА

LARINA & OLGA

ГОСТИ

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

TATIANA ТАТЬЯНА

olga ОЛЬГА

LARINA ЛАРИНА


ЛАРИНА И ОЛЬГА

onegin ОНЕГИН

CONVIDADOS ГОСТИ

LENSKI ЛЕНСКИЙ

Повздорят, поспорят, – сейчас же и драться готовы! Ну, вот вам и праздник. Ну, вот и скандал.

Aqui com meus botões estou insatisfeito comigo mesmo. Brinquei de forma muito negligente com essa paixão tímida e terna! Amando o jovem de todo coração, eu deveria ter me mostrado não um brincalhão preconceituoso, nem um menino ardente, e sim homem inteligente e maduro. Minha culpa! Aqui com meus botões estou insatisfeito comigo mesmo. Brinquei de forma muito negligente com essa paixão tímida e terna! Como um menino ardente, um lutador. Mas agora não há o que fazer. Devo responder pelo ultraje!

Наедине с своей душой я недоволен сам с собой. Всем сердцем юношу любя, Я б должен показать себя,... Не мячиком предрассуждений, Не пылким ребёнком, но мужем уж зрелым. Я виноват! Наедине с своей душой я недоволен сам с собой. Над этой страстью робкой, нежной,.. Я слишком пошутил небрежно! Как пылкий мальчик иль боец. Но делать нечего теперь. Я должен отвечать на оскорбленья!

Será que agora, após a alegria, a briga vai terminar em duelo? Ah, os homens têm sangue quente, Resolvem tudo pela força; Não podem passar sem brigas... Agora estão prestes a se bater! Ah, olha só que festa! Ah, olha que escândalo!

Ужель теперь, вослед веселю, их ссора кончится дуэлью? Ах, кровь в мужчинах горяча, Они решают все сплеча; Без ссор не могут оставаться,.. Они сейчас готовы драться! Вот вам и праздник! Вот и скандал!

Ah, não, és inocente, meu anjo! És inocente, és inocente, meu anjo! Ele é um traidor baixo, pérfido, desalmado. Ele será castigado. És inocente, meu anjo. Ele é o teu sedutor baixo, Mas eu serei o teu salvador! Não vou tolerar que o devasso, Com fogo, suspiros e elogios Seduza o jovem coração, que o verme desprezível e venenoso Afie o caule do lírio De modo que a flor matutina

Ах, нет, ты невинна, ангел мой! Ты невинна, невинна, мой ангел! Он низкий, коварный, бездушный предатель, Он будет наказан! Невинна ты, мой ангел. Он соблазнитель низкий твой, Но буду я тебе спаситель! Не потерплю, чтоб развратитель Огнём и вздохов, и похвал Младое сердце искушал, Чтоб червь презренный и ядовитый Точил лилеи стебелёк Чтобы двухутренний цветок Увял ещё полураскрытый!

75

Brigam, discutem, agora estão prestes até a se bater! Ah, olha só que festa. Ah, olha que escândalo.

74

Не завершилась ночь дуэлью! Молодежь так горяча!

Libreto Eugene Onegin

LARINA & OLGA

A noite vá terminar em duelo! Os jovens são tão ardentes!


Murche ao desabrochar! Oh, traidor! Sedutor desonesto!

О, предатель! Бесчестный соблазнитель!

Estou às suas ordens. Já o escutei demais! Está louco, está louco! Uma lição irá corrigi-lo!

К услугам вашим я. Я слушал вас теперь довольно! Безумны вы, безумны вы! И вам урок послужит к исправленью!

Então até amanhã! Veremos quem vai aprender! Talvez eu esteja louco, mas o senhor é um sedutor desonesto!

Итак до завтра! Посмотрим, кто кого проучит! Пускай безумец я, но вы, Вы бесчестный соблазнитель!

Cale-se, ou eu o mato!

Замолчите, иль я убью вас!

[Larina, Olga e parte dos convidados seguram Lenski. Tatiana chora. Onegin atira-se na direção de Lenski. Separam-nos. Onegin encaminha-se para o lado, afastando-se de Lenski.]

[Ларина, Ольга, часть гостей удерживают Ленского. Татьяна плачет. Онегин бросается к Ленскому. Их разнимают. Онегин отходит в сторону, отвернухшись от Ленского.]

Que escândalo! Jamais permitiremos esse duelo. Basta não deixá-los sair da casa. Detenham-nos, detenham-nos! Sim, basta não deixá-los sair de casa! Não deixem!

Что за скандал! Мы не допустим Дуэли этой никогда. Их просто из дому не пустим. Держите, держите, держите! Да, их просто из дому не пустим! Не пустим!

Vladímir, acalma-te, imploro!

Владимир, успокойся, умоляю!

ЛЕНСКИЙ

Ah, Olga, Olga! Adeus para sempre!

Ах, Ольга. Ольга! Прощай навек!

CONVIDADOS

Vai ter duelo!

Быть дуэли!

[Lenski sai correndo. Onegin também sai, apressado. Olga corre atrás de Lenski, mas cai desmaiada; todos acorrem a ela.]

[Ленский убегает. Онегин тоже поспешно уходит. Ольга бежит вслед за Ленским, но падает в обморок, все кидаются к ней.]

onegin ОНЕГИН

LENSKI ЛЕНСКИЙ

onegin ОНЕГИН

CONVIDADOS ГОСТИ

olga ОЛЬГА

LENSKI

ГОСТИ


77

Segundo quadro [O teatro mostra um moinho de água, no campo, uma aldeia, à margem de um rio. De manhã cedo. O sol se ergueu há pouco. Inverno. Quando a cortina se abre, Lenski e Zaretski já estão no palco. Lenski está sentado embaixo de uma árvore, Zaretski caminha pelo palco, impaciente.]

[Театр предславиает деревенскую водяную мельницх, деревня, берег речки. Ранее утро. Солнце еще недавно встало. Зима. При отркрытя занавеса Ленский и Зарецкий уже находится на сцене. Ленский сидит под деревом, Зарецкий в нетерпении ходить по сцене.]

ЗАРЕЦКИЙ

Bem, e então? Ao que parece, nosso oponente não surgiu.

Ну, что же? Кажется, противник наш не явился.

LENSKI

Já vai aparecer.

Явится сейчас.

17. Introdução, cena e ária de Lenski. 17. ИНТРОДУКЦИЯ, СЦЕНА И АРИЯ ЛЕНСКОГО.

ZARETSKI

ЛЕНСКИЙ

ZARETSKI ЗАРЕЦКИЙ

LENSKI ЛЕНСКИЙ

Mesmo assim, estranho que ele não esteja: já são sete horas! Achei que estaria à nossa espera!

Но все же это странно мне немножко Что нет его: седьмой ведь час! Я думал, что он ждет уж нас!

[Zaretski vai até a represa e entabula conversa com o moleiro que, nessa hora, aparece no fundo do palco, mostrando-lhe a roda, a mó etc. Lenski segue sentado, pensativo.]

[Зарецкий отходит к плотине и вступает в разговор с мельником, который в это время показывается в глубине сцены, указывая ему на колесу, жернова, и. т. д. Ленский продолжает сидеть в задумчивости.]

Para onde, para onde fostes, Dias dourados da minha primavera? O que o dia vindouro preparou para mim? Meu olhar perscruta em vão: Está oculto em profundas trevas! Não importa: a lei do destino é justa! Se eu cair perfurado pela bala,

Куда, куда, куда вы удалились, Весны моей златые дни? Что день грядущий мне готовит? Его мой взор напрасно ловит: В глубокой мгле таится он! Нет нужды; прав судьбы закон! Паду ли я, стрелой пронзенный, Иль мимо пролетит она, Все благо; бдения и сна Приходит час определенный! Благословен и день забот,

Libreto Eugene Onegin

76

КАРТИНА ВТОРАЯ


Ou se ela passar a meu lado, Tudo bem: a vigília e o sono Chegam na hora determinada! Bendito seja o dia dos cuidados, Bendita seja a chegada das trevas! Amanhã brilhará a luz da aurora, E o dia cintilará ardente, E eu talvez esteja Na misteriosa sombra da tumba! E a lembrança do jovem poeta Será engolida pelo lento Letes. O mundo me esquecerá: Mas tu, tu, Olga... Diz, virgem de beleza, virás Verter lágrimas na urna prematura E pensar: ele me amou! Consagrou apenas a mim o triste Amanhecer de sua vida tempestuosa! Ah, Olga, eu te amei! Consagrei apenas a ti o triste amanhecer de minha vida tempestuosa! Ah, Olga, eu te amei! Amiga do coração, desejada amiga, Vem, vem! Desejada amiga, vem, sou teu esposo! Vem, vem! Espero-te, amiga desejada. Vem, vem: sou teu esposo! Para onde, para onde fostes, Dias dourados da minha primavera?

Благословен и тьмы приход! Блеснет заутра луч денницы И заиграет яркий день, А я, быть может, я гробницы Сойду в таинственную сень! И память юного поэта Поглотит медленная Лета. Забудет мир меня; но ты, ты, Ольга... Скажи, придешь ли, дева красоты, Слезу пролить над ранней урной И думать: он меня любил! Он мне единой посвятил Рассвет печальный жизни бурной! Ах, Ольга, я тебя любил! Тебе единой посвятил Рассвет печальный жизни бурной! Ах, Ольга, я тебя любил! Сердечный друг, желанный друг. Приди, приди! Желанный друг, приди, я твой супруг! Приди, приди! Я жду тебя, желанный друг. Приди, приди; я твой супруг! Куда, куда, куда вы удалились, Златые дни, златые дни моей весны?

[Zaretski se aproxima de Lenski. Entram Onegin e seu servo, Guillot, carregando pistolas. Onegin faz uma reverência.]

[Зарецкий подходит к Ленскому. Входят Онегин и слуга егу, Гильо, насущий пистолеты. Онегин кляняется.]

Ah, ei-los! Mas quem é o seu amigo? Não o reconheço!

А, вот они! Но с кем же ваш приятель? Не разберу!

18. Cena do duelo. 18. СЦЕНА ПОЕДИНКА.

ZARETSKI ЗАРЕЦКИЙ


ZARETSKI ЗАРЕЦКИЙ

onegin ОНЕГИН

LENSKI

Perdão! Cadê o seu padrinho? Nos duelos clássicos, sou pedante; Adoro de coração o método, E não vou permitir que Estatelem um homem de qualquer jeito, Mas sim de acordo com as severas regras Da arte, seguindo as velhas tradições.

Позвольте! Где ж ваш секундант? В дуэлях классик я, педант; Люблю методу я из чувства, И человека растянуть Позволю я не как-нибудь, Но в строгих правилах искусства, По всем преданьям старины.

Devemos louvá-lo por isso! Meu padrinho? Está aqui: Monsieur Guillot! Não prevejo objeções À minha proposta; Embora seja uma pessoa desconhecida, É, obviamente, um rapaz honrado. E então? Começamos?

Что похвалить мы в вас должны! Мой секундант? Вот он: Monsieur Guillot! Я не предвижу возражений На представление мое; Хоть человек он неизвестный, Но уж, конечно, малый честный. Что ж? Начинать?

Comecemos, por favor!

Начнем, пожалуй!

[Zaretski afasta-se com Guillot para negociar as condições do duelo. Lenski e Onegin ficam à espera, sem se olharem.]

[Зарецкий отходитса c Гильо в сторону для переговоров об условиях дуэли. Ленский и Онегин стоят в ожидания, не смотря друг на друга.]

Inimigos! Faz muito tempo que a sede de sangue Nos afastou? Faz muito tempo que compartilhávamos, Amistosos, as horas de lazer, Refeições, pensamentos e atos? Agora, com raiva, como inimigos hereditários, Estamos prestes a matar um ao outro, Em silêncio, a sangue frio. Ah! Não vamos cair na gargalhada, Enquanto as mãos ainda não estão tingidas de sangue, Não vamos nos despedir como amigos? Não! Não! Não! Não!

Враги! Давно ли друг от друга, Нас жажда крови отвела? Давно ли мы часы досуга, Трапезу, мысли и дела Делили дружно? Ныне злобно, Врагам наследственным подобно, Мы друг для друга в тишине Готовим гибель хладнокровно. Ах! Не засмеяться ль нам, пока Не обагрилася рука, Не разойтись ли полюбовно? Нет! Нет! Нет! Нет!

ЛЕНСКИЙ

LENSKI & onegin ЛЕНСКИЙ И ОНЕГИН

79

Прошу вас извиненья! Я опоздал немного.

78

Peço desculpas! Atrasei-me um pouco.

Libreto Eugene Onegin

onegin ОНЕГИН


ZARETSKI ЗАРЕЦКИЙ

onegin

[Zaretski e Guillot já carregaram as pistolas e mediram a distância. Zaretski separa os oponentes, entregando-lhes as pistolas. Tudo isso é feito em silêncio. Confuso, Guillot esconde-se atrás de uma árvore.]

[Зарецкий и Гильо зарядили уже пистолеты и отмерили расстояние. Зарецкий разводит противников и подает им пистолеты. Все это делается молча. Смущенный Гильо прячется зa дерево.]

[Bate palma três vezes.] Agora se aproximem!

[три раза хлопает в ладоши.] Теперь сходитесь!

[Os oponentes, ainda sem fazer mira, dão quatro passos para frente. Onegin, avançando, ergue a pistola. Nessa hora, Lenski também começa a mirar. Disparo de Onegin. Lenski cambaleia e cai, largando a pistola. Zaretski corre até Lenski e o examina atentamente. Onegin também se lança na direção do oponente morto.]

[Противники, еще не целясь, делают четыре шага вперед. Онегин, наступая, подымает пистолет. В то же время и Ленский начинает целиться. Выстрел Онегина. Ленский шатается, падает, ровиая пистолет. Зарецкий побегает к Ленскому и пристално всматривается в него. Онегин тоже бросается к убитому противнику.]

Morto?

Убит?

Morto!

Убит!

[Onegin, horrorizado, põe as mãos na cabeça.]

[Онегин в ужасе схватывает руками голову.]

[O teatro mostra um salão lateral de uma rica casa senhorial em São Petersburgo. Os convidados percorrem o palco dançando a polonaise. Ao fim da polonaise, os convidados se sentam. Outros formam grupos e conversam entre si.]

[Театр представляет одну на боковых зал богатого барского дома в Петербурге. Гости проходят полонезом чрез сценом. По окончании полонеза гости усаживаются. Другие образуют группы и разговаривают между собою.]

ОНЕГИН

ZARETSKI ЗАРЕЦКИЙ

TERCEIRO ATO ДЕЙСТВИЕ ТРЕТЬЕ

Primeiro quadro КАРТИНА ПЕРВАЯ

19. Polonaise. 19. ПОЛОНЕЗ.


81

20. СЦЕНА И АРИЯ КНЯЗЯ ГРЕМИНА.

onegin ОНЕГИН

CONVIDADOS ГОСТИ

[Onegin fica de pé, junto à parede da direita, próximo ao proscênio.]

[Онегин стоит у стены направо, близко к авансцене.]

Aqui também me entedio! O brilho e o rebuliço do grande mundo não dispersaram a angústia eterna e torturante! Depois de matar o amigo em duelo, Tendo vivido sem objetivo nem trabalho Até os vinte e seis anos, Atormentado pelo lazer inerte, Sem emprego, sem mulher, sem afazeres, Não sabia como me ocupar! O desassossego se apossou de mim, A vontade de mudar de lugar, característica totalmente aflitiva, Cruz voluntária de alguns! Deixei meu povoado, A solidão dos bosques e campos, Onde uma sombra de sangue Aparecia-me todo dia! Comecei uma peregrinação sem fim Levado apenas pelo sentimento... E então? Para minha infelicidade Até a peregrinação me cansou! Regressei e, como Tchátski, Saí do navio para um baile!

И здесь мне скучно! Блеск и суета большого света не разгонят Вечной томительной тоски! Убив на поединке друга, Дожив без цели, без трудов, До двадцати шести годов, Томясь бездействием досуга, без службы, без жены, без дел; Себя занять я не сумел! Мной овладело беспокойство, Охота к перемене мест, Весьма мучительное свойство, Немногих добровольный крест! Оставил я свои селенья, Лесов и нив уединенье, Где окровавленная тень Ко мне являлась каждый день! Я начал странствия без цели Доступный чувству одному... И что ж? К несчастью моему И странствия мне надоели! Я возвратился и попал, Как Чацкий, с корабля на бал!

[Os convidados dançam a écossaise. Onegin vai para o fundo do palco e observa quem passa a seu redor. Enquanto isso, começa a chamar a atenção de todos. O príncipe Gremin entra de braço dado com Tatiana.]

[Гости танцуют экосез. Онегин отходит в глубину сцены и наблюдает за происходящим кругом его. Между тем он начинает обращать на себя общее внимание. Входит князь Гремин под руку с Татьяной.]

A princesa Gremina! Olhem! Olhem!

Княгиня Гремина! Смотрите! Смотрите!

Libreto Eugene Onegin

80

20. Cena e ária do príncipe Gremin.


GRUPO DE HOMENS

[Tatiana se senta em um sofá. Os convidados se achegam a ela sem parar, fazendo-lhe respeitosas reverências.]

[Татьяна усаживается на диван. К ней беспрестанно подходит гости и почтительно раскланиваются с ней.]

Qual?

Которая?

Olhem para cá!

Сюда взгляните!

Aquela que se sentou à mesa.

Вот та, что села у стола.

Uma beleza de despreocupado encanto!

Беспечной прелестью мила!

[Olha fixamente para Tatiana.] Seria Tatiana? Exatamente... não! Como! Dos cafundós da aldeia da estepe?! Não pode ser! Que simples, Que majestosa, que desdenhosa!.. Parece uma rainha! [Tatiana se dirige aos que a circundam, apontando com o olhar para Onegin, que se aproximou do príncipe Gremin.]

[пристально всматривает в Татьяну.] Ужель Татьяна? Точно,.. нет! Как! Из глуши степных селений?! Не может быть! И как проста, Как величава, как небрежна! ... Царицей кажется она! [Татьяна обращается к окружающим, указывая взглядом на Онегина, к которому подошел князь Гремин.]

Digam, quem é esse?.. Lá, com meu marido? Não reconheço.

Скажите, кто это?.. Там с мужем? Не разгляжу.

Um excêntrico fingido, Um insensato triste e estranho. Esteve em terra estrangeira... E pronto, Agora Onegin voltou para nós!

Чудак притворный, Печальный, странный сумасброд. В чужих краях он был... И вот, вернулся к нам теперь Онегин!

Evguêni?

Евгений?

A senhora o conhece?

Он известен вам?

Foi nosso vizinho no campo. [para si.] Oh, Deus! Ajuda-me a ocultar A terrível comoção da alma...

Сосед он по деревне нам. [Про себя.] О, Боже! помоги мне скрыть, Души ужасное волненье ...

ГРУППА МУЖЧИН

OUTRO GRUPO ДРУГАЯ ГРУППА

DAMAS ДАМЫ

HOMENS МУЖЧИНЫ

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

CONVIDADOS ГОСТИ

TATIANA ТАТЬЯНА

CONVIDADOS ГОСТИ

TATIANA ТАТЬЯНА


ГРЕМИН

A-ha! Você passou muito tempo fora do mundo! Venha, já te apresento.

Ага! давно ж ты не был в свете! Постой, тебя представлю я.

onegin

Mas quem é ela?

Да кто ж она?

Minha esposa!

Жена моя!

ОНЕГИН

Então se casou? Eu nem sabia! Faz tempo?

Так ты женат? не знал я ране! Давно ли?

GREMIN

Uns dois anos.

Около двух лет.

Com quem?

На ком?

Larina...

На Лариной...

Tatiana!

Татьяне!

Conhece?

Ты ей знаком?

Fui seu vizinho!

Я им сосед!

[com nobreza, tranquilidade e calor.] Todas as idades se submetem ao amor, Seus ímpetos são benéficos Ao jovem na flor da idade, Que mal viu o mundo, E ao combatente de cabeça grisalha, Temperado pelo destino! Onegin, não vou esconder, Amo Tatiana loucamente! Minha vida transcorria melancólica; Ela apareceu e me deu, Como raios de luz em meio à

[благородоством, спокойно, но тепло.] Любви все возрасты покорны, Ее порывы благотворны И юноше в расцвете лет Едва увидевшему свет, И закаленному судьбой Бойцу с седою головой! Онегин, я скрывать не стану, Безумно я люблю Татьяну! Тоскливо жизнь моя текла; Она явилась и дала, Как солнца луч среди ненастья, Мне жизнь, и молодость, Да, молодость, да, молодость и счастье!

GREMIN

ОНЕГИН

GREMIN ГРЕМИН

onegin

ГРЕМИН

onegin ОНЕГИН

GREMIN ГРЕМИН

onegin ОНЕГИН

GREMIN ГРЕМИН

onegin ОНЕГИН

GREMIN ГРЕМИН

83

Скажи мне, князь, не знаешь ты, Кто там в малиновом берете С послом испанским говорит?

82

Diga-me, príncipe, não sabe quem é aquela de boina cor de framboesa, Conversando com o embaixador espanhol?

ОНЕГИН

Libreto Eugene Onegin

onegin


intempérie, Vida e juventude, Sim, juventude, sim, juventude e felicidade! Em meio a finórios, pusilânimes, Doidos, crianças mimadas, Canalhas ridículos e tediosos, Juízes obtusos e inoportunos, Em meio a vereditos frios De vaidade cruel, Em meio à deplorável futilidade De cálculos, mentes e conversas, Ela brilha como uma estrela Nas trevas da noite, no céu claro E sempre me aparece Com a auréola de um anjo, com a auréola de um anjo de luz. Então vamos, vou apresentá-lo.

Среди лукавых, малодушных, Шальных. балованных детей, Злодеев и смешных и скучных, Тупых, привязчивых судей, Среди холодных приговоров Жестокосердой суеты, Среди досадной пустоты Расчетов, дум и разговоров, Она блистает, как звезда Во мраке ночи, в небе чистом И мне является всегда В сиянье ангела, в сиянье ангела лучистом. Итак, пойдем, тебя представлю я.

[Gremin leva Onegin até Tatiana.]

[Гремин подводит Онегина к Татьяне.]

Minha amiga, permita apresentar-lhe meu amigo e parente, Onegin!

Мой друг, позволь тебе представить родню и друга моего, Онегина!

[Onegin faz uma profunda reverência. Tatiana responde com total simplicidade, como se não estivesse nem um pouco abalada.]

[Онегин низко кланяется. Татьяна отвечает совершенно просто, как бы немало не смущенная.]

ТАТЬЯНА

Muito prazer. Já nos encontramos antes!

Я очень рада. Встречались прежде с вами мы!

onegin

No campo, sim... faz tempo.

В деревне, да... давно.

De onde vem? Não está mais nos nossos lados?

Откуда? Уж не из наших ли сторон?

Oh, não! Regressei de peregrinações distantes.

О нет! Из дальних странствий я возвратился.

21. Cena e arioso de Onegin. 21. СЦЕНА И АРИОЗО ОНЕГИНА.

GREMIN ГРЕМИН

TATIANA

ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН


onegin

Hoje.

Сегодня.

[Para Gremin.] Meu amigo, estou cansada!

[к Гремину.]Друг мой, устала я!

[Tatiana sai, apoianda no braço de Gremin. Onegin acompanha-a com o olhar.]

[Татьяна, опираясь на руку Гремина уходит. Онегин следит за ней глазами.]

Pode ser a mesma Tatiana, À qual, a sós, Em um rincão ermo e distante, Em santo ardor moralista, Passei certa vez um sermão? Aquela garota que eu Abandonei à sua sina submissa? Pode ela ser Tão indiferente, tão corajosa? O que é que eu tenho? É como se sonhasse! O que está se agitando nas profundezas de uma alma tão fria e preguiçosa? Despeito, vaidade ou, de novo, aquela coisa da juventude: o amor? Ai de mim, não há dúvida, Estou apaixonado. Apaixonado como um menino, um jovem cheio de paixão. Que eu pereça, porém antes Em ofuscante esperança. Provo do veneno mágico do desejo, Embriago-me com castelos no ar! Por toda parte ele está diante de mim, Vulto desejado e querido! Por toda parte está diante de mim!

Ужель та самая Татьяна, Которой я наедине, В глухой, далекой стороне В благом пылу нравоученья, Читал когда-то наставленья? Та девочка, которой я Пренебрегал в смиренной доле? Ужели то она была Так равнодушна, так смела? Но что со мной? Я как во сне! Что шевельнулось в глубине души холодной и ленивой? Досада, суетность иль вновь, Забота юности – любовь? Увы, сомненья нет, влюблен я Влюблен, как мальчик, полный страсти юной. Пускай погибну я, но прежде Я в ослепительной надежде. Вкушу волшебный яд желаний, Упьюсь несбыточной мечтой! Везде, везде он предо мной, Образ желанный, дорогой! Везде, везде он предо мною!

[Onegin sai precipitadamente. Os convidados dançam a écossaise.]

[Онегин стремительно уходит. Гости танцуют экосез.]

ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

85

И давно?

84

E faz tempo?

Libreto Eugene Onegin

TATIANA ТАТЬЯНА


Segundo quadro КАРТИНА ВТОРАЯ

[O teatro mostra uma sala de estar na casa do príncipe Gremin.]

[Театр представляет гостиную в доме князя Гремина.]

[Entra Tatiana, com uma elegante toalete matinal e uma carta na mão.]

[Входит Татьяна в утреннем элегантном туалете с письмом в руке.]

Oh! Que pesado! Onegin novamente se coloca no meu caminho, como um espectro implacável! Com olhar de fogo, perturbou-me a alma, Ressuscitou a paixão abandonada com tamanha vivacidade Que é como se eu voltasse a ser menina, Como se jamais tivéssemos nos separado!

О! Как мне тяжело! Опять Онегин Стал на пути моем, как призрак беспощадный! Он взором огненным мне душу возмутил, Он страсть заглохшую так живо воскресил, Как будто снова девочкой я стала, Как будто с ним меня ничто не разлучало!

[Onegin assoma à porta. Fica parado por um tempo, a contemplar com tristeza Tatiana, que chora. Depois, aproxima-se rapidamente, e cai de joelhos diante dela. Tatiana o fita sem espanto nem ódio, depois faz-lhe um sinal para que se levante.]

[В дверях показывается Онегин. Он несколько времени стоит, страстно взирая на плачущую Татьяну. Затем быстро подходит к ней и падает перед ней на колени. Татьяна смотрит на него без удивления и гнева, потом делает знак чтобы он встал.]

Chega, levante-se, tenho Que me explicar com franqueza. Onegin, lembra-se de quando, No jardim, na nossa alameda, O destino nos uniu, e com que humildade Eu ouvi a sua lição?

Довольно, встаньте, я должна Вам объясниться откровенно. Онегин, помните ль тот час Когда в саду, в аллее нас, Судьба свела и так смиренно Урок ваш выслушала я?

Oh, piedade, piedade de mim! Estive tão errado, fui tão castigado!

О, сжальтесь, сжальтесь надо мною! Я так ошибся, я так наказан!

Onegin! Eu era jovem então, E ao que parece, melhor! E eu o amava, mas o que Encontrei em seu coração,

Онегин! Я тогда моложе, Я лучше, кажется, была! И я любила вас, но что же Что в вашем сердце я нашла,

22. Cena final. 22. ЗАКЛЮЧИТЕЛЬНАЯ СЦЕНА.

TATIANA ТАТЬЯНА

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА


onegin ОНЕГИН

[со страстью, с большим чувством.] Ах! О, Боже! Ужель, ужель в мольбе моей смиренной Увидит ваш холодный взор Затеи хитрости презренной? Меня терзает ваш укор! Когда б вы знали, как ужасно Томиться жаждою любви, Пылать и разумом всечасно Смирять волненье в крови, Желать обнять у вас колени И, зарыдав у ваших ног, Излить мольбы, признанья, пени, Все, все, что выразить бы мог!

87

[com paixão e grande sentimento.] Ah! Oh, Deus! Será, será que na minha humilde súplica Teu olhar frio só discerne O desígnio de uma astúcia desprezível? Seu reproche me exaspera! Se a senhora soubesse como é horrível Padecer da sede do amor, Arder e a toda hora, com a razão, Aplacar a agitação do sangue, Desejar abraçar os seus joelhos E, debulhando-me em lágrimas, a seus pés, Verter súplicas, confissões, cantos, Tudo, tudo que pudesse exprimir!

86

Какой ответ? Одну суровость! Не правда ль, вам была не новость Смиренной девочки любовь? И нынче... Боже, стынет кровь, Как только вспомню взгляд холодный И эту проповедь! Но вас я не виню... В тот страшный час Вы поступили благородно Вы были правы предо мной. Тогда, не правда ли, в пустыне. Вдали от суетной молви, Я вам не нравилась; что ж ныне Меня преследуете вы? [одушевляясь.] Зачем у вас я на примете? Не потому ль, что в высшем свете Теперь являться я должна, Что я богата и знатна, Что муж в сраженьях изувечен, Что нас за то ласкает двор? Не потому ль, что мои позор Теперь бы всеми быть замечен И мог бы в обществе принесть Вам соблазнительную честь?

Libreto Eugene Onegin

Qual a resposta? Apenas severidade! O amor de uma garota humilde não era novidade para o senhor, certo? E agora... Deus, meu sangue gela Só de me lembrar do olhar frio E daquela prédica! Não o culpo, porém... Naquela hora terrível Seu comportamento foi nobre O senhor foi correto comigo. Naquela época, no deserto, Longe dos murmúrios e da agitação, Eu não lhe agradei; por que então agora O senhor me persegue? [Animando-se.] Por que me tem em vista? Não seria porque agora apareci na alta sociedade, porque sou rica e conhecida, porque meu marido foi ferido em combate, e por isso temos O favor da corte? Não seria porque, agora, Todos ficariam sabendo de minha desonra, E isso lhe traria, na sociedade, A fama de sedutor?


TATIANA

Estou chorando!

Я плачу!

Chore, essas lágrimas são mais preciosas que todos os tesouros do mundo!

Плачьте, эти слезы Дороже всех сокровищ мира!

Ah! A felicidade era tão possível, tão próxima! Tão próxima!

Ах! Счастье было так возможно, Так близко! Так близко!

A felicidade era tão possível, tão próxima! Tão próxima!

Счастье было так возможно, Так близко! Так близко!

Porém, meu destino já está decidido. É irreversível. Casei-me, o senhor deve, Eu peço que me deixe!

Но судьба моя уж решена. И безвозвратно. Я вышла замуж, вы должны, Я вас прошу меня оставить!

Deixá-la? Como!.. deixá-la? Não! Não! Vê-la a cada instante, Segui-la por toda parte, Perseguir, com olhos apaixonados, O sorriso dos lábios, o movimento dos olhos. Ouvi-la longamente, compreender com a alma toda a sua perfeição, [Entusiasmando-se gradualmente, volta a cair de joelhos e toma-a pelas mãos.] Morrer na sua frente, entre suplícios, Empalidecer e me extinguir: Eis a felicidade, eis a felicidade, Eis meu único sonho e única felicidade!

Оставить вас? Как!.. вас оставить? Нет! Нет! Поминутно видеть вас, Повсюду следовать за вами. Улыбку уст, движенье глаз Ловить влюбленными глазами, Внимать вам долго, понимать Душой все ваше совершенство, [постепенно воодушевляясь, падает снова на колени и схатывает ее руки.] Пред вами в муках замирать, Бледнеть и гаснуть: Вот блаженство, вот блаженство, Вот одна мечта моя, одно блаженство!

ТАТЬЯНА

Onegin, em seu coração há Orgulho e honra inegável!

Онегин, в вашем сердце есть И гордость, и прямая честь!

onegin

Não posso deixá-la!

Я не могу оставить вас!

ТАТЬЯНА

Evguêni! O senhor deve, Peço que me deixe.

Евгений! Вы должны, я вас прошу меня оставить.

onegin

Oh, tenha piedade!

О, сжальтесь!

ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

TATIANA & onegin ТАТЬЯНА И ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA

ОНЕГИН

TATIANA

ОНЕГИН


[No fervor da confissão, Tatiana se inclina na direção do peito de Onegin.]

[Татьяна в увлечении признания склоняeтся на груд к Онегину.]

[Abraça-a. Depois ela, voltando a si, rapidamente se liberta de seu abraço.] O que escuto? Que palavras disseste! Oh, alegria! Minha vida! Viraste a Tatiana de antes!

[Он обнимает ее. Потом она, опомнившись, освобождается быстро от его объятий.] Что слышу я? Какое слово ты сказала! О, радость! жизнь моя! Ты прежнею Татьяной стала!

Não! Não! O passado não volta! Agora fui dada a outro, Meu destino já está decidido. A ele serei fiel para sempre.

Нет! Нет! Прошлого не воротить! Я отдана теперь другому, Моя судьба уж решена. Я буду век ему верна.

[Ela se afasta e se senta, exausta.]

[Онa отходит и в изнеможения садится.]

[Com sentimento, impulsivo, apaixonado, ajoelhando-se a seu lado.] Oh, não me expulses, tu me amas! E não permitirei que arruínes A própria vida tão inutilmente! É a vontade dos céus: és minha! Toda tua vida foi a caução Da tua união comigo! Saibas: fui-te enviado por Deus, Serei teu guardião até a tumba! Não podes me rejeitar, Por mim deves abandonar A casa odiosa, o mundo ruidoso, Não tens outro caminho!

[с чувством, порывисто, страстно, становясь возле нее на колени.] О, не гони, меня ты любишь! И не оставлю я тебя Ты жизнь свою напрасно сгубишь! То воля неба: ты моя! Вся жизнь твоя была залогом Соединения со мной! И знай: тебе я послан Богом. До гроба я хранитель твой! Не можешь ты меня отринуть, Ты для меня должна покинуть Постылый дом, и шумный свет, Тебе другой дороги нет!

ТАТЬЯНА

[Levantando-se.] Onegin, permanecerei fime...

[встав.] Онегин, я тверда останусь...

onegin

Não, não podes... me rejeitar...

Нет, не можешь ты... меня отринуть...

... o destino me devotou... a outro, Viverei com ele, não vou me separar;

... судьбой другому... я дана, С ним буду жить и не расстанусь;

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA

ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

89

Зачем скрывать, зачем лукавить, Я вас люблю!

88

Para que esconder, para que fingir, Eu o amo!

Libreto Eugene Onegin

TATIANA ТАТЬЯНА


onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin

Por mim... deves abandonar Tudo, tudo.. A casa odiosa, o mundo ruidoso! Não tens outro caminho! Oh, não me expulses, suplico! Tu me amas; Arruínas tua vida em vão! És minha, minha para sempre!

Ты для меня... должна покинуть Всё, всё.. Постылый дом и шумный свет! Тебе другой дороги нет! О, не гони меня, молю! Меня ты любишь; Ты жизнь свою напрасно сгубишь! Ты моя, навек моя!

... Não, devo lembrar meu juramento! Toca o fundo do meu coração Seu apelo desesperado, Porém, superando o ardor criminoso, O dever de honra, severo e sagrado, Há de triunfar sobre o sentimento! Parto!

... Нет, клятвы помнить я должна! Глубоко в сердце проникает, Его отчаянный призыв Но, пыл преступный подавив, Долг чести суровый, священный Чувство побеждает! Я удаляюсь!

[Onegin quer arrebatar Tatiana que, na maior agitação, tenta libertar-se de seu abraço. Por fim, ela começa a enfraquecer na luta.]

[Онегин хочет увлечь Татьяну, она в величайшем волнении старается высвободиться из его обитий. Наконец, она начинает изнемогать в борьбе.]

Não! Não! Não! Não!

Нет! Нет! Нет! Нет!

Basta!

Довольно!

Oh, suplico: não te vás!

О, молю: не уходи!

Não, ficarei firme!

Нет, я тверда останусь!

Eu te amo, eu te amo!

Люблю тебя, люблю тебя!

Deixa-me!

Оставь меня!

Te amo!

Люблю тебя!

Adeus para sempre!

Прощай навек!

ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА

onegin ОНЕГИН

TATIANA ТАТЬЯНА


Позор!.. Тоска!.. О жалкий, жребий мой!

91

Vergonha!.. Angústia!.. Miserável destino!

90

[Онегин несколько времен стоит в недоyмлении, пораженный очаянем.]

Libreto Eugene Onegin

onegin ОНЕГИН

[Onegin fica por algum tempo de pé, perplexo, derrotado pelo desespero.]



No início do século 20, havia em São Paulo conjuntos orquestrais mantidos por associações e colégios, mas não uma orquestra profissional especializada em ópera. As companhias líricas internacionais que se apresentavam no Theatro Municipal traziam, além dos solistas, músicos e corais completos. Na década de 1920, uma orquestra profissional foi montada e passou a realizar apresentações esporádicas no Theatro Municipal, mas somente em 1939 o grupo tornou–se permanente e passou a se apresentar com maior frequência sob o nome de Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo. Em 1949, um projeto de lei oficializou o conjunto, que passou a se chamar Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e a fazer parte das temporadas líricas e de dança do Theatro. Com atuações de destaque em todos esses anos, em 1940 a orquestra inaugurou o estádio do Pacaembu e, em 1955, tocou na reabertura de Theatro Municipal a ópera Pedro Malazarte, de Camargo Guarnieri, regida pelo próprio autor. Realizou ainda concerto em homenagem aos participantes dos Jogos Pan–Americanos de 1963, em São Paulo, e fez sua primeira excursão ao exterior em 1971 com todo o elenco para apresentação da ópera II Guarany, de Carlos Gomes, no Teatro San Carlo, na Itália. Muitos mestres da música contribuíram para o crescimento da Orquestra Sinfônica Municipal, entre eles, Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo Guarnieri, Lion Kasniefski, Souza Lima, Eleazar de Carvalho e Armando Belardi. Atualmente, John Neschling é o Diretor Artístico do Theatro Municipal de São Paulo e regente da Orquestra Sinfônica Municipal.

93 92 Biografias dos artistas

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO


CORO LÍRICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO Formado por cantores que se apresentam regularmente como solistas nos principais teatros do país, o Coro Lírico Municipal de São Paulo atua nas montagens de óperas das temporadas do Theatro Municipal, em concertos com a Orquestra Sinfônica Municipal, com o Balé da Cidade e em apresentações próprias. Desde 2013 sob o comando de Bruno Greco Facio, o grupo passou por um aprimoramento técnico e vocal e hoje conta com mais de 80 integrantes, prontos a interpretar diferentes papeis, em óperas cantadas em idiomas como o italiano, alemão, francês, russo e espanhol, como acontece na atual temporada. O Coro Lírico foi criado em 1939, e teve como primeiro diretor o maestro Fidélio Finzi, que preparou o grupo para a estreia em Turandot, em 13 de junho de 1939. Em 1947, Sisto Mechetti assumiu o posto de maestro titular, e somente em 1951 o coro foi oficializado, sendo dirigido posteriormente por Tullio Serafin, Olivero De Fabritis, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi, Francisco Mignone, Heitor Villa-Lobos, Roberto Schnorremberg, Marcello Mechetti, Fábio Mechetti e Mário Zaccaro. O Coro Lírico Municipal recebeu os prêmios de Melhor Conjunto Coral de 1996, pela APCA, e o prêmio Carlos Gomes 1997 na categoria Ópera.


95 94

direção musical e regência

Nascido na França, Jacques Delacôte é formado pelo Conservatoire National Supérieur de Paris e pela Academia de Música de Viena, onde foi aluno de Hans Swarowsky. Em 1971, venceu o Concurso Dimitri Mitropoulos em Nova York, fato que impulsionou sua carreira. Foi assistente de Darius Milhaud e Leonard Bernstein. Desde o início da carreira, atua como regente convidado de várias orquestras, como New York Philharmonic, Cleveland Orchestra, San Francisco Symphony, London Symphony, London Philharmonic, Royal Philharmonic, English Chamber Orchestra, BBC Symphony, RIAS Berlim, SDR Stuttgart, SWF Baden-Baden, WDR Köln, BR München e MDR Leipzig, Orchestre de Paris, Orchestre National De France, Wiener Symphoniker, Montreal Symphony, Orquestra Real da Bélgica, Scottish National, Scottish Chamber, Israel Philharmonic, Tokyo Philharmonic e Yomiuri Nippon. Delacôte regeu em grandes teatros, como Wiener Staatsoper, Bayrische Staatsoper, Hamburgische Staatsoper, Deutsche Oper, Staatsoper Stuttgart, Semperoper Dresden, Royal Opera House, English National Opera, Welsh National Opera, Scottish Opera, Opéra de Paris e de Bruxelas, Teatro Colón, Gran Teatro Del Liceu de Barcelona, Royal Swedish Opera, Tokyo Nikikai Foundation, New National Theatre de Tóquio, e em Zurique, Copenhage, Chicago, Pittsburgh, Montreal, Toronto e Veneza. Regeu nos Festivais de Flandres, Wiener Klangbogen, Wiener Arkadenhofkonzerte, Musiktage Leipzig, Savonlinna, Orange, Mérida, Pablo Casals Puerto Rico, Las Palmas e nos Proms no Albert Hall de Londres. Sua discografia inclui La Traviata, Carmen, Turandot, Roméo et Juliette, Hérodiade, Samson et Dalila, Carmen, José Carreras and Friends, entre outros. Delacôte ministrou Masterclass na Hochschule für Musik und Theater München.

Biografias dos artistas

JACQUES DELACÔTE


EDUARDO STRAUSSER

regente residente

Desde agosto de 2014, Eduardo Strausser é assistente do maestro John Neschling e regente residente do Theatro Municipal de São Paulo. Na atual temporada, rege Otello, de Verdi, Eugene Onegin, de Tchaikovsky, Lohengrin, de Wagner, Ainadamar, de Osvaldo Golijov e Um Homem Só de Camargo Guarnieri. Entre 2012 e 2014, Strausser foi Diretor Artístico da Orchesterverein Wiedikon de Zurique e da Kammerorchester Kloten (Suíça); estudou na Zürcher Hochschule der Künste, onde recebeu com distinção os títulos de mestre e especialista na classe do renomado Professor Johannes Schlaefli. Participou de masterclasses com Bernard Haitink e David Zinman, na Suíça, e com Kurt Masur, em Nova York. Na temporada passada, Strausser se apresentou com a Kurpfälzischen Kammerorchester, de Mannheim, a Orquestra Sinfônica de Berna, a Südwestdeutsche Philharmonie de Konstanz, a Berliner Camerata e Luzern Festival Strings; com a Meininger Hofkapelle, dirigiu A Flauta Mágica, de Mozart. Em 2008, foi selecionado para participar do prestigiado Fórum Internacional de Regentes do Ferienkurse für Neue Musik em Darmstadt, onde teve a oportunidade de trabalhar com compositores como György Kurtág e Brian Ferneyhough. Em 2007, estudou análise e interpretação com Karlheinz Stockhausen em Kürten, Alemanha. Nascido em São Paulo, Eduardo Strausser estudou viola na infância e aos 16 anos teve suas primeiras aulas de regência.


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direção cênica

Marco Gandini foi assistente de Franco Zeffirelli e Graham Vick. Colaborou com os principais teatros, como o La Scala, Opera di Roma, San Carlo de Nápoles, Metropolitan de Nova York, Israel Opera de Tel Aviv, Washington Opera, Los Angeles Opera, Novo Teatro Nacional de Tóquio, Royal Opera House de Londres, Teatro Real de Madri, Teatro Liceu de Barcelona e Mariinsky de São Petersburgo. Destacam-se em sua carreira as produções de Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni, e La Vida Breve, de Manuel de Falla, na reabertura do Teatro Goldoni de Livorno, que contou com a presença do presidente italiano Carlo Azeglio Ciampi; La Traviata em Gênova; Um Baile de Máscaras no Teatro del Maggio Musicale Fiorentino, Betulia Liberata, estreia da versão encenada, regida por Riccardo Muti, no Festival de Salzburgo e no Festival de Ravenna; La Bohème na Opera di Roma, regida por James Conlon; Simon Boccanegra na Ópera Nacional da Coreia em Seul, com regência de Myung-whun Chung; Viaggio a Reims, produção para a reinauguração do Teatro del Maggio Fiorentino, com regência de Rustioni; La Bohème, montagem em comemoração dos 50 anos da Ópera Nacional da Coreia, com regência de Myung-whun Chung, levada posteriormente para Pequim; Il Trovatore no Novaya Opera de Moscou, regida por Jan Latham Koenig; Il Farnace, de Vivaldi, no Festival do Maggio Musicale Fiorentino, regida por Sardelli; Aida, regida por John Neschling, e Tosca, regida por Oleg Caetani, no Theatro Municipal de São Paulo; La Sonnambula em Tóquio; Medea em Tallin, com novo libreto para o balé original. Marco Gandini ensina técnicas de expressão no Programa Jovens Cantores da Academia do Teatro alla Scala de Milão.

Biografias dos artistas

MARCO GANDINI


ITALO GRASSI

cenografia

Nascido em Reggio Emilia, na Itália, Italo Grassi foi por cinco anos diretor técnico do Teatro do Maggio Musicale Fiorentino. Ele se formou em cenografia pela Academia de Belas Artes de Bologna e, de 1987 a 2000, trabalhou como diretor técnico do Teatro Comunale de Bologna. Entre seus mais importantes trabalhos, estão L’Elisir D’Amore no Suntory Hall de Tóquio, Robert Le Diable em Martina Franca e As Bodas de Fígaro, regida por Zubin Mehta em Tel Aviv. Destacam-se também Don Pasquale em Ravenna, regida por Riccardo Muti, Maria Stuarda em Bergamo, Roma, Marseille e Liège, Carmen em Caracalla e Messina, Il Mondo Della Luna em Fribourg e Nice, Anna Bolena e Lucia di Lammermoor em Tóquio, The Beggar’s Opera no Teatro Comunale de Bolonha, dirigida por Lucio Dalla, Pulcinella em Bolonha e Wexfort e Romeo e Giulietta no Teatro Massimo de Palermo. No Projeto Verdi, realizou sete óperas de Giuseppe Verdi no Biwako Hall, Otsu, em Kyoto. Com o diretor Marco Gandini trabalhou em Cavalleria Rusticana em Livorno, La Traviata em Brescia, Bergamo e Gênova, La Finta Semplice no Teatro La Fenice de Veneza, Così Fan Tutte em Tel Aviv, I Pagliacci em Sassari, Um Baile de Máscaras, Viaggio a Reims e Il Farnace no Maggio Musicale Fiorentino e Simon Boccanegra em Seul. Foi o cenógrafo da produção de Aida, em 2013, e Tosca, em 2014, do Theatro Municipal de São Paulo. Em 2010, fez seu debut no Festival de Salzburgo com La Betulia Liberata, de Mozart, com direção de Marco Gandini e regência de Riccardo Muti.


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cenografia

Nascida em Florença, Maria Rossi Franchi estudou Letras Clássicas e se formou em Arquitetura na Universidade Roma Tre. Em 2006, estreou como cenógrafa para teatro e trabalhou tanto em produções operísticas como cinematográficas. Recentemente, colaborou com a Estonian National Opera, Teatro dell’Opera de Roma, Compagnia della Luna, Teatro Brancaccio, Teatro del Maggio Musicale Fiorentino, Teatro Verdi de Pisa, Teatro del Giglio de Lucca, e tem assinado trabalhos em parceria com Nicola Piovani, Marco Gandini, Italo Grassi, Quirino Conti, Filippo Crivelli e Alessandro Marrazzo. Desde 2009, desenvolve trabalhos em parceria com o cenógrafo Andrea Tocchio.

Biografias dos artistas

MARIA ROSSI FRANCHI


ANDREA TOCCHIO

cenografia

Formado em Engenharia Civil pela Universidade La Sapienza de Roma, Andrea Tocchio estudou teatro e música na Accademia Nazionale D’Arte Drammatica de Roma. Começou a trabalhar internacionalmente como cenógrafo para teatro, ópera e cinema em 1992. Desde 1998, trabalha como diretor assistente para Piero Faggioni, Lindsay Kemp e Marco Gandini. Trabalhou como cenógrafo assistente para Italo Grassi em diversos projetos na Itália e no Japão; como iluminador, com Sergio Rossi e em trabalhos próprios na Bulgária, Bélgica e Holanda. Atualmente, é o diretor técnico do Teatro Valle Occupato de Roma. Trabalhou em cerca de 90 produções com diretores como Giuliano Montaldo, Hugo De Ana, Jonatan Miller, Beni Montresor, Alberto Fassini, Piero Faggioni, Guido De Monticelli, Roberto De Simone, Lorenza Cantini, Luciano Damiani, Franco Zeffirelli, Robert Wilson, Filippo Crivelli, Chris Krauss, Gigi Proietti, Quirino Conti, Pierluigi Pizzi, Leo Izuka e Michel Compte. Andrea Tocchio vive em Roma, onde mantém um estúdio de cenografia com Maria Rossi Franchi.


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figurinos

Atuante há mais de 20 anos, Lorenzo Merlino foi finalista do concurso Smirnoff Fashion Awards, em 1993. Estudou na Faculdade Santa Marcelina e seu desfile de graduação mereceu destaque na imprensa especializada. Em 1995, convidado por Marie Rucki, estagiou em Paris no Studio Berçot, importante escola de moda francesa. Foi um dos fundadores da Semana de Moda, em 1997. Em 1999, inaugurou, no Brasil, o modelo de desfiles independentes durante o calendário de lançamentos e foi o primeiro estilista brasileiro a ser representado em Paris, conseguindo aparições em publicações como The Face, I-D, Tank, View on Colour, Jalouse e Libération. Madonna e Natalie Imbruglia adquiriram peças da coleção verão deste ano. Em 2000, fez um desfile na Fashion Week de Nova Iorque, representando o Brasil, a convite da Tencel. Integrou a edição verão 2003 da São Paulo Fashion Week, quando a seleção de novos participantes passou a ser feita por uma comissão formada por jornalistas de moda do país. Em 2003-05, foi representado em Nova Iorque, no Opening Ceremony, vendendo para EUA, Japão e Canadá, e tendo entre suas clientes Kate Winslet, Kirsten Dunst e Maggie Gyllenhall. Em 2004, a revista americana Index destacou Lorenzo Merlino como um dos cinco principais jovens estilistas mundiais. Licenciou produtos para Le Postiche, Diadora, Melissa, Grendene, Havaianas, Nike, Speedo e VR, entre outros, e desenvolveu coleções para Riachuelo e Chilli Beans. Desenhou o figurino de O Barbeiro de Sevilha para a Cia. Brasileira de Ópera, em 2010, sendo indicado ao Prêmio Carlos Gomes. Pós-graduado em História da Arte pela FAAP, é hoje professor da FAAP, Faculdades Rio Branco, Escola São Paulo, Casa do Saber e no MASP. Desde abril de 2015, é o figurinista residente do Theatro Municipal de São Paulo.

Biografias dos artistas

LORENZO MERLINO


CAETANO VILELA

iluminação

O nome de Caetano Vilela ganhou destaque no mundo da ópera por ter realizado dezenas de produções como encenador e iluminador em importantes teatros no Brasil e no exterior. Dentre as óperas que dirigiu, destacam–se as que realizou para o Festival Amazonas de Ópera, onde trabalhou por 11 anos: Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk de Shostakovich, Ariadne em Naxos de Richard Strauss, Os Troianos de Berlioz e a estreia mundial da ópera Ça Ira de Roger Waters, compositor e fundador do Pink Floyd. Iluminou o musical The Sound of Music, sob a direção de Emilio Sagi, para a temporada 2009–2010, no Théâtre du Châtelet, em Paris. Em 2013, ano do bicentenário de Richard Wagner, iluminou Tannhäuser, sob a regência de Gustavo Dudamel, para a temporada de ópera em Bogotá; dirigiu e iluminou, para o Festival de Ópera do Theatro da Paz, a ópera O Navio Fantasma, destaque na crítica especializada como uma das melhores produções do ano. Em 2011, Ganhou o Prêmio Shell de Iluminação pelo espetáculo Dueto para Um e foi indicado novamente, em 2014, pela iluminação de Assim é (se lhe parece). Também em 2014, dirigiu novamente para o Festival de Ópera do Theatro da Paz a estreia no Brasil de Mefistofele de Arrigo Boito. Neste ano, foi selecionado, junto com outros artistas brasileiros, para representar o Brasil na Quadrienal de Praga (Performance, Design and Space), exposição mundial de criadores da área teatral que acontece em julho na República Tcheca. Dirigiu, recentemente, para o Teatro Municipal de São Paulo, um programa duplo: Um Homem Só, de Camargo Guarnieri, e Ainadamar, do compositor argentino Osvaldo Golijov.


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coreografia

Formado pelo Balletto di Roma, Manuel Paruccini ingressou no Corpo de Baile do Teatro dell’Opera de Roma em 1990. Rapidamente, se tornou solista e primeiro bailarino da companhia, tendo se destacado como Hilarion em Giselle, Rothbart em O Lago dos Cisnes, Petrushka, Tebaldo em Romeo e Giulietta, Pulcinella, Parade e Drosselmeyer, em diversas montagens de O Quebra-Nozes. Dançou coreografias dos criadores mais prestigiados do panorama do balé: Massine, Amodio, Gades, Ailey, Cranko, Bouy, Samsova, Lourmou, Fokine, Petit, Kemp, Robbins e Béjart. Em 2009, recebeu o prestigioso prêmio Positano e participou como convidado na Gala em homenagem aos ‘Balés Russos’ em Munique. Participou, como coreógrafo, de diversas produções do Teatro dell’Opera: Façade, Campanule e Le Bal Masqué (Trittico 900) e Ulisse. Em 2010, encenou o espetáculo L’amore è Luce, com texto de Karol Wojtyla (Papa João Paulo II), no Palazzo della Cancelleria do Vaticano. Na temporada de 2010, no Teatro dell’Opera, trabalhou em parceria com Polina Semionova em Sylvia de Frederick Ashton. Em 2011, foi protagonista na noite em homenagem a Béjart-Balanchine-Robbins. Há três anos, colabora como coreógrafo do espetáculo Toccata e Fuga, com direção de Domitilla Baldoni. Atualmente, é primeiro bailarino da companhia do Teatro dell’ Opera de Roma.

Biografias dos artistas

MANUEL PARUCCINI


BRUNO GRECO FACIO

regente do coro lírico

Paulistano, graduado em composição e regência pelas Faculdades de Artes Alcântara Machado, estudou sob a orientação dos mestres Abel Rocha, Isabel Maresca e Naomi Munakata. No ano de 2011, assumiu a regência do Collegium Musicum de São Paulo, tradicional coro da capital, dando continuidade ao trabalho musical do maestro Abel Rocha. Por 11 anos, dirigiu o Madrigal Souza Lima, trabalho responsável pela formação musical de jovens cantores e regentes. Em 2010, foi preparador do coro da Cia. Brasileira de Ópera, projeto pioneiro do maestro John Neschling que percorreu mais de 20 cidades brasileiras com a ópera O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini. A convite do maestro Neschling, tornou–se regente titular do Coral Paulistano em fevereiro de 2013 e, em dezembro do mesmo ano, assumiu a direção do Coro Lírico do Theatro Municipal de São Paulo.


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barítono

Nascido na Ucrânia, Andrei Bondarenko é, desde 2007, solista da Academia de jovens cantores do Teatro Mariinsky. Estudou na Academia Nacional de Música de Tchaikovsky e no Conservatório de Kiev. Foi solista da Sociedade Filarmônica Nacional da Ucrânia. Colaborou com maestros como Valery Gergiev, Ivor Bolton, Yannik Nézet-Seguin, Vladimir Ashkenazy, Enrique Mazzola, Kirill Karabits, Andrew Litton, Teodor Currentzis, Michael Sturminger, Omer Meir Wellber e Mikhail Tatarnikov. Destaques recentes incluem Eugene Onegin na Oper Köln, Staatstheater Stuttgart e Glyndebourne Festival, Andrei em Guerra e Paz, e um recital solo no Wigmore Hall, acompanhado por Gary Matthewman. Já se apresentou no Festival de Salzburgo, Carnegie Hall, Wigmore Hall, Teatro Colón, Sydney Opera House, Ópera de Perm, Teatro Mikhailovsky e Teatro Mariinsky. Cantou o papel principal na estreia russa de Billy Budd de Benjamin Britten. Ao lado de John Malkovich, atuou em The Giacomo Variations e excursionou com Larissa Gergieva. Participou do Projeto Jovens Cantores do Festival de Salzburgo, regressando ao Festival para cantar em Roméo et Juliette com Yannik Nézet-Seguin e em Le Rossignol com Ivor Bolton. Venceu vários prêmios, como a Competição de Canto da BBC Cardiff, o Novas Vozes da Ucrânia, o Concurso Internacional Arte no Século 21 na Ucrânia e o Concurso Internacional Rimsky-Korsakov. Gravou As Bodas de Fígaro, no papel de Almaviva, músicas de Rachmaninov com Iain Burnside, no Queens Hall, em Edimburgo, bem como a aclamada Suíte Tenente Kijé de Prokofiev. Seus próximos compromissos incluem As Bodas de Fígaro, no Teatro Real de Madrid, La Bohème na Bayerische Staatsoper e na Opernhaus Zürich, Eugene Onegin e Iolanta na Dallas Opera, Cantata de Primavera de Rachmaninov, com a Filarmônica de Londres, L’Elisir d’Amore na Ópera Israelense e Billy Budd na Ópera de Colônia.

Biografias dos artistas

ANDREI BONDARENKO


KOSTANTIN SHUSHAKOV

barítono

O barítono russo Konstantin Shushakov estudou canto na Faculdade Izhevsk de Música, antes de entrar na Academia Russa de Artes Teatrais, onde estudou com Georgy Ansimov e Yuri Udalov. Entre 2009 e 2011, Shushkakov foi membro do Programa Jovem Artista do Teatro Bolshoi, onde estreou como Schaunard em La Bohème, com regência de Antonello Allemandi, em 2010. No mesmo ano, foi Pâris em Roméo et Juliette de Gounod e Hermann em Os Contos de Hoffmann de Offenbach; foi solista na Grande Missa em Dó Menor de Mozart com a Orquestra de Câmara Musica Viva e participou do Festival Internacional de Música de Câmara Levitan em Plyos. Em 2011, foi Dancaïre em Carmen, solista no Réquiem Alemão de Brahms com a Orquestra Nacional Russa; foi bolsista no Programa Jovem Artista Domingo-Cafritz da Washington National Opera, como parte do intercâmbio entre jovens artistas da WNO e do Teatro Bolshoi; foi premiado no Concurso Rainha Elisabeth, tendo participado de numerosos concertos por toda a Bélgica, e venceu com o segundo prêmio o Concurso Operalia de Placido Domingo em Moscou. Desde então, ele tem aparecido regularmente no Teatro Bolshoi, em papéis como Dancaïre, Shchelkalov em Boris Godunov de Mussorgsky, Pantalon em Amor de Três Laranjas de Prokofiev. Seu repertório também inclui Papageno em A Flauta Mágica, Yeletsky em A Dama de Espadas, Zurga em Os Pescadores de Pérolas de Bizet, Conde Almaviva em As Bodas de Fígaro, Guglielmo em Così fan tutte, Marcello em La Bohème. Seu repertório de concerto inclui o Stabat Mater de Haydn e o Réquiem de Fauré. Se apresentou com maestros como Emmanuel Joel-Hornak, Alexander Rudin, Mikhail Pletnev, Vassily Sinaisky, Alan Buribaev e Christopher Moldes, em teatros como a Sala Tchaikovsky e Teatro alla Scala.


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soprano

Svetlana Aksenova estudou no Conservatório Rimsky-Korsakov em São Petersburgo, onde foi membro do Estúdio de Jovens Cantores e teve suas primeiras experiências de palco no papel-título da ópera Iolanta de Tchaikovsky. Trabalhou no teatro de Basel, tendo excursionado com companhias como a Ópera de Dortmund, De Nationale Opera de Amsterdã e a Deutsche Oper Berlin. Svetlana já se apresentou em grandes teatros, como a Opera Norske, Gran Teatre del Liceu de Barcelona, Grand Théâtre de Geneve, Ópera de Paris, Teatro Roseto em Milão, Opera Obliqua du Jura e o Festival de Mayo de Guadalajara; com diretores cênicos como Christine Mielitz e Olivier Tambosi, e regentes como Johannes Wildner. Seu repertório inclui Donna Elvira em Don Giovanni, Contessa em As Bodas de Fígaro, Desdemona em Otello, Annina em La Traviata, Mimi em La Bohème, Cio-Cio San em Madama Butterfly, papel título em Suor Angelica de Puccini, Nedda em I Pagliacci, Primeira Bruxa em Dido e Aeneas de Purcell, Rusalka de Dvorák, Fevroniya em A Lenda da Cidade Invisível de Kitezh, Soeur Blanche em Diálogos das Carmelitas de Poulenc e Lisa em A Dama de Espadas de Tchaikovski. Svetlana Aksenova também tem um vasto repertório de concertos, que engloba, entre outros, Gloria de Vivaldi, Stabat Mater e Missa Pastoralis de Pergolesi, Magnificat de Brixi, Missa em Dó Maior de Beethoven, Requiem de Verdi, Messe Solennelle de Berlioz, Te Deum de Bizet, Petite Messe Solennelle de Rossini, Stabat Mater de Shostakovich e Dvorak e Quarta Sinfonia de Mahler. Nesta temporada, cantará o papel de Desdemona em Otello, de Verdi, na Basel Opera, e de Emma em Khovanshchina, de Mussorgsky.

Biografias dos artistas

SVETLANA AKSENOVA


TALIA OR

soprano

Na temporada 2014/15, Talia Or cantará em uma nova produção de Jenufa de Janácek na Ópera de Stuttgart. Recentemente, fez sua estreia como Rosalinde em O Morcego, sob a direção de Leo Hussein em Salzburg. Em 2013, apresentou- se como Frau Fluth na nova produção de O Feliz Divórcio de Windsor no Festival de Ópera de Klosterneuburg. Além disso, foi uma das três Damas em A Flauta Mágica no Teatro Regio di Torino. Em 2014, cantou Pamina em A Flauta Mágica no Teatro Lirico di Cagliari. Depois de uma estreia de sucesso no Teatro alla Scala em A Mulher sem Sombra, com regência de Marc Albrecht, e sua aclamada Marzelline em Fidelio, no Teatro Regio Torino, com regência de Gianandrea Noseda, na última temporada, Talia Or cantou Woglinde em O Ouro do Reno de Wagner em concertos na Accademia Nazionale di Santa Cecilia, com regência de Kirill Petrenko, na temporada 2012/13. Nascida em Jerusalém, Talia Or estudou violino antes de decidir estudar canto na Hamburger Hochschule für Musik und Drama. Foi membro do coro jovem da Bayerische Staatsoper e do Staatstheater am Gärtnerplatz.


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tenor

Com uma carreira internacional em franca ascensão, Fernando Portari estreou em 2010 com grande sucesso no mítico alla Scala de Milão em Fausto de Gounod, ao lado de Roberto Scandiuzzi. Recentemente esteve ao lado de Anna Netrebko na Staatsoper de Berlim, na ópera Manon de Massenet, sob a direção do maestro Daniel Barenboim. Apresentou–se nos teatros La Fenice de Veneza, na Ópera de Roma, no Teatro São Carlos de Lisboa, na Deutsche Oper de Berlim, além de Tóquio, Helsinki e Varsóvia. Atuou ainda em Anna Bolena, com Mariella Devia, no Teatro Massimo de Palermo, e em La Traviata de Verdi na Ópera de Hamburgo e em Colônia. Apresentou-se em La Bohème em Berlim e em Sevilha, e interpretou Werther de Massenet no Teatro Bellini de Catania e em La Coruña. Em 2011, debutou na Ópera de Genebra interpretando Henri em Les Vêpres Siciliennes, de Verdi, e no Teatro Liceo de Barcelona no papel principal em Fausto de Gounod. Em 2014, foi Don José na montagem de Carmen do Theatro Municipal de São Paulo.

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FERNANDO PORTARI


MEDET CHOTABAEV

tenor

Nascido no Cazaquistão, Medet Chotabaev integrou o naipe de primeiros tenores do Teatro de Abai de Almaty e atualmente está na Ópera de Astana. Estudou na Faculdade de Música Tulebayev e no Conservatório Nacional do Cazaquistão; foi membro da Accademia Mario del Monaco em Pesaro, entre 2006 e 2008. Foi vencedor de vários prêmios, como o grande prêmio do Concurso do 160° aniversário de Abai, em 2005, o do IX Festival Internacional de Shabit, em 2006, o III Concurso Internacional Tolegenov Almaty, em 2007, Concurso Internacional ‘A Arte do Século 20’, na Finlândia, em 2009; neste mesmo ano, XXIII Competição International de Canto Glinka, em Moscou, onde ganhou o Prêmio de Melhor Tenor da competição. Destacam-se em seu repertório as participações em O Elixir do Amor de Donizetti, La Bohème, Madame Butterfly, Tosca, Eugene Onegin, Rigoletto, La Traviata, Os Contos de Hoffmann e Luisa Miller. No início da temporada de 2015, foi Cassio na montagem de Otello do Theatro Municipal de São Paulo. Trabalhou com regentes como Nurzhan Baibusinov, Arman Orazgaliyev, Erbolat Akhmediyarov e Donato Renzetti.


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mezzo-soprano

Alisa Kolosova foi indicada para o Warner Music Prize de 2015 e se apresentou em grandes teatros como a Bayerische Staatsoper, Staatsoper de Viena, Concertgebouw, Den Norske Opera, Kennedy Center, Carnegie Hall, Teatro dell’Opera de Roma, Opéra Berlioz, Fundação Musashino de Tóquio, Sala Tchaikovsky em Moscou e no Festival Rossini, Glyndebourne Festival, Festival Noites de Dezembro em Moscou, Festival de Ravenna, Festival da Radio France. Trabalhou com maestros como Ivor Bolton, Rinaldo Alessandrini, Andrew Davis, Andrea Battistoni, Alexandr Rudin, Roberto Abbado, Max-Emmanuel Cencic, Diego Fasolis, Vasily Petrenko, Alain Altinoglu, Gianandrea Noseda, Adam Fischer, Evelino Pido, Paolo Carignani, Alexander Vedernikov, Franz Welser-Most e Riccardo Muti. Foi membro do Atelier Lyrique na Opéra National de Paris e do Programa Jovens Artistas do Festival de Salzburgo, tendo atuado La Betulia Liberata de Mozart, sob a regência de Riccardo Muti, em 2010. Entre 2011 e 2014, trabalhou na Staatsoper de Viena, onde interpretou papéis em A Dama de Espadas, Eugene Onegin, Nabucco, Madama Butterfly e Andrea Chénier. Seu repertório inclui Orfeu e Eurídice de Gluck, Oberon de Carl Maria von Weber, Il Viaggio a Reims de Rossini, Rusalka de Dvorák, Farnace de Vivaldi, A vida pelo Tzar de Glinka, Maometto II de Rossini; e obras sinfônicas, como Lieder de Mahler, Requiem de Mozart, Magnificat de Vivaldi, Missa N. 5 de Schubert, Oratório de Natal de Respighi e Messias de Händel. Seus próximos compromissos incluem Rigoletto em Roma, Eugene Onegin na Bayerische Staatsoper, Rusalka na Opéra de Paris, Symphony N. 1 de Scriabin e Alexander Nevsky de Prokofiev no Carnegie Hall, com Riccardo Muti e a Sinfônica de Chicago, e fará sua estreia com a Dutch National Opera e a Lyric Opera de Chicago.

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ALISA KOLOSOVA


ANA LUCIA BENEDETTI

mezzo-soprano

Vencedora do 1o lugar no 9o Concurso de Canto Maria Callas de 2009, do prêmio Melhor Voz Feminina no IV Concurso Estímulo para Cantores Líricos Carlos Gomes de 2011, do 3o lugar no Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão de 2011, e finalista do VI Concurso de Interpretação da Canção de Câmara Brasileira de 2004, Ana Lucia Benedetti estreou como Lola em Cavalleria Rusticana no Theatro São Pedro, em 2009. Em 2013, foi Ulrica em Un Ballo in Maschera no Palácio das Artes de Belo Horizonte. Atuou no grupo Ópera Estúdio da EMESP e nas produções do Núcleo Universitário de Ópera da UNESP. Cantou na Série TUCCA de Concertos – a Sinfonia N.9 de Beethoven e o Oratório de Natal de Camille Saint-Säens, ambos na Sala São Paulo, e na Homenagem a Maria Callas no Theatro São Pedro, entre outros eventos. Estudou piano no Conservatório Ars et Scientia e é bacharel em Canto pela Faculdade Mozarteum, na classe de Francisco Campos Neto. Estudou também com Hildaléa Gaidzakian, Marcos Thadeu e Regina Elena Mesquita. Atualmente é orientada por Isabel Maresca. Em 2014, foi Inês em Il Trovatore e, em 2015, Emilia em Otello, ambas produções do Theatro Municipal de São Paulo.


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mezzo-soprano

Uma das principais artistas da Ópera Kirov, Larissa Diadkova é formada pelo Conservatório de Leningrado, onde estudou com a professora Iraida Levando. Em 1991, fez sua estreia profissional no ocidente como Liubov em Mazeppa de Tchaikovsky no Festival de Bregenz. Foi Ulrica em Un Ballo in Maschera no Maggio Musicale Fiorentino, o que a estabeleceu como uma grande artista internacional. Na Ópera de Chicago, atuou em Un Ballo in Maschera, O Ouro do Reno e A Valquíria, com regência de Andrew Davis. Convidada frequente do Metropolitan de Nova York, se apresentou em papéis como Azucena, Amneris, Ulrica, Marfa, Herodias em Salomé e Fricka em A Valquíria. Diadkova cantou em grandes casas, incluindo o Teatro alla Scala, Wiener Staatsoper, Royal Opera House, Ópera de Paris, Ópera de Toulouse, Opéra Comique, Bayerische Staatsoper, Netherlands Opera, Hamburgische Staatsoper, Teatro Real de Madrid, San Francisco Opera, Arena di Verona, Teatro Regio di Parma e os festivais de Glyndebourne e de Salzburgo; com algumas das principais orquestras do mundo, incluindo a New Philharmonic, Filarmônica de Berlim, Chicago Symphony, NTR Radio Netherlands, Bayerischer Rundfunk e maestros, como Valery Gergiev, Mstislav Rostropovich, Yuri Temirkanov, Zubin Mehta, Claudio Abbado, James Conlon e Riccardo Muti. Gravou Ruslan e Lyudmilla, Mazeppa e Bodas no Monastério com Valery Gergiev; Il Trovatore com Angela Gheorghiu e Roberto Alagna, com regência de Antonio Pappano, e Falstaff, com regência de Claudio Abbado. Seu repertório inclui Cherevichki de Tchaikovsky, Madelon em Andrea Chénier, Laura em La Gioconda, Duenna em Bodas no Monastério, Jezhibaba em Rusalka, Condessa em A Dama de Espadas, Marfa em Khovanshchina, Mrs. Quickley em Falstaff, Herodias em Salomé, e Filipevna em Eugene Onegin.

Biografias dos artistas

LARISSA DIADKOVA


LIDIA SCHÄFFER

mezzo-soprano

Bacharel em Canto pela Unesp, Lidia Schäffer vem se destacando no repertório de mezzo–soprano dramático e contralto. Foi premiada no 8o Concurso Carlos Gomes, em 1998, e no Concurso Nacional de Canto Edmar Ferretti, em 2005. Já atuou frente a grandes orquestras, como a Sinfônica Municipal de São Paulo, Experimental de Repertório, Osesp, Orquestra Sinfônica de Campinas, Filarmônica de Ribeirão Preto, Sinfonia Cultura e OSB, entre outras, com maestros como John Neschling, Claudio Cruz, Roberto Tibiriçá, Aylton Escobar, Mário Zaccaro, Jamil Maluf e Luiz Fernando Malheiro. No Theatro São Pedro, atuou em Il Matrimonio Segreto, Un Ballo in Maschera e em Carmen; no Theatro Municipal de São Paulo, em A Flauta Mágica, Andrea Chénier, Amelia al Ballo, A Valquíria e em O Crepúsculo dos Deuses. Participou da estreia brasileira de Midsummer Night’s Dream de Britten com a OSB. Recentemente, no Theatro Municipal de São Paulo, foi solista na Sinfonia N. 3 de Gustav Mahler e Mamma Lucia em Cavalleria Rusticana. Integra o Coro Lírico do Theatro Municipal de São Paulo desde 2002 e atualmente é orientada por Isabel Maresca.


115 114

mezzo-soprano

Nascida em Buenos Aires, Alejandra Malvino é mestre em canto pelo Instituto Superior de Arte do Teatro Colón de Buenos Aires. Foi semifinalista nos concursos internacionais Belvedere (1994) e Luciano Pavarotti (1995) e, desde 1994, participa das temporadas líricas do Teatro Colón. Participou de diversas produções, como Carmen de Bizet, Rigoletto e Um Baile de Máscaras de Verdi, Madama Butterfly de Puccini, O Castelo do Barba-Azul de Bartók, Boris Godunov de Mussorsky, O Ouro do Reno e A Valquíria de Wagner, Wozzeck de Alban Berg, Armida de Rossini e Violanta e A Cidade Morta de Korngold. Apresentou-se com Daniel Barenboim e a Sinfônica de Chicago em Buenos Aires e São Paulo, em El Sombrero de Tres Picos de Manuel de Falla. Colaborou com Francisco Rettig, Ira Levin, Alejo Perez, Ligia Amadio, Mario Perusso; em teatros como o Municipal de Santiago e o Regional del Maule no Chile, o Argentino de La Plata e a Sala São Paulo. Em 2014, foi Herodias na montagem de Salomé do Theatro Municipal de São Paulo. Atualmente, é professora do curso de Canto do Instituto Superior de Arte do Teatro Colón de Buenos Aires.

Biografias dos artistas

ALEJANDRA MALVINO


KEILA DE MORAES

mezzo-soprano

Vencedora do VII Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas na categoria Mozart, bacharel em canto lírico e formada em piano pelo Conservatório Oreste Sinatra. Estudou canto com a soprano Neyde Thomas e, em 2005, foi para a França se aperfeiçoar com Sylvia Sass. Vem se apresentando nas principais salas de concerto brasileiras, se destacando em papéis como Popova em The Bear, de William Walton, Octavian em O Cavareleiro da Rosa, de Richard Strauss, Maddalena em Rigoletto, de Verdi, Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini e Bradamante em Alcina, de Händel Gertrud em Hänsel und Gretel, de Humperdinck, Gertrude em Roméo et Juliette, de Gounod e Primeira Velha em Yerma, de Villa-Lobos, além das obras sinfônicas Stabat Mater de Pergolesi, Les Nuits d’Eté de Berlioz, Magnificat e Missa em Si Menor de J. S. Bach, Réquiem e a a Missa de Coroação de Mozart, El Amor Brujo de Manuel de Falla e Oratório de Natal de Saint-Saëns. Fez a estreia latino-americana da Cantata Dramática Fero Dolore, de Azio Corghi, em Manaus. No TMSP foi Waltraute em A Valquíria, Segunda Norna em O Crepúsculo dos Deuses e Marie Therèse em Ça Ira, de Roger Waters. Em 2014, interpretou Valquíria na estreia nacional da ópera O Perigo da Arte, de Tim Rescala, na reinauguração da Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro.


117 116

baixo

O vasto repertório do baixo suíço-ucraniano Vitalij Kowaljow inclui Don Carlo, Simon Boccanegra, Nabucco, Macbeth, Aida, Luisa Miller, Les Vêpres Siciliennes, Attila, La Battaglia di Legnano e La Forza del Destino de Verdi, I Puritani de Bellini, La Favorita e Lucrezia Borgia de Donizetti, o ciclo do Anel de Richard Wagner, Eugene Onegin e Iolanta de Tchaikovsky, Boris Godunov de Mussorgsky, Roméo et Juliette e Fausto de Gounod, O Franco-Atirador de Weber e A Flauta Mágica de Mozart. Apresentou-se em teatros como o Staatsoper de Viena, Deutsche Oper Berlin, Bayerische Staatsoper, Semperoper de Dresden, Teatro alla Scala, Arena di Verona, Maggio Musicale Fiorentino, Accademia Nazionale di Santa Cecilia, Royal Opera House, Metropolitan de Nova York, San Francisco Opera, Chicago Lyric Opera, Los Angeles Opera e o New National Theatre de Tóquio; com orquestras como a Deutsches Symphonie Orchester Berlin e as orquestras sinfônicas de São Francisco e Chicago, dividindo o palco com Anna Netrebko, Placido Domingo, Jonas Kaufmann e Anja Harteros, sob regência de grandes nomes como Daniel Barenboim e James Conlon, e diretores como Dmitri Tcherniakov e Achim Freyer. As gravações de Vitalij Kowaljow incluem La Bohème, I Medici de Leoncavallo e Don Giovanni. Participou também de La Bohème de Puccini, dirigido por Robert Dornhelm. Seu futuros compromissos incluem Simon Boccanegra em Valência, Aida em Verona, Eugene Onegin em Genebra, Nabucco em Verona, Munique e Barcelona, Luisa Miller em Zurique, Macbeth em Amesterda e La forza del destino em Munique.

Biografias dos artistas

VITALIJ KOWALJOW


SAULO JAVAN

baixo

Reconhecido pela crítica especializada como um dos principais artistas de ópera do Brasil, Saulo Javan é presença constante em casas de concerto e opera, como a Sala São Paulo, Theatro Municipal de São Paulo, Theatro da Paz de Belém, Theatro São Pedro, Tobias Barreto e Santa Isabel. Foi solista nas óperas Magdalena de Villa-Lobos, O Rouxinol de Stravinsky, Aida de Verdi, O Elixir do Amor e Don Pasquale de Donizetti, Gianni Schicchi e La Bohème de Puccini, Don Giovanni, As Bodas de Fígaro e A Flauta Mágica de Mozart, entre outras. Integrou o elenco da Cia. Brasileira de Ópera como Don Bartolo, em O Barbeiro de Sevilha de Rossini, e cantou a estreia mundial da ópera Dulcinéia e Trancoso de Eli-Eri Moura. Nas temporadas 2013-2015 do Theatro Municipal de São Paulo, apresentou-se nas óperas The Rake’s Progress, Don Giovanni, La Bohème, Falstaff, Salome, Tosca e Um Homem Só. Faz parte do Trio Cantares com Rosana Lamosa e Sonia Rubinsky. Gravou a Sinfonia N. 10 - Ameríndia de Heitor Villa-Lobos com a Osesp, sob a regência do Maestro Isaac Karabtchevsky. Em 2002 venceu o Concurso de Canto Villa-Lobos. Estudou canto com Carmo Barbosa e hoje é orientado por Marconi Araújo. Prepara-se com renomados coachings brasileiros como Rafael Andrade, Anderson Brenner e Marcos Aragoni.


119 118

tenor

Miguel Geraldi estudou com Gledys Pierri e se aperfeiçoou com Neyde Thomas. Integrou os grupos Armonico Tributo, Coro Bach e Camerata Antiqua de Curitiba. Venceu o 5o Concurso Carlos Gomes, o 2o Concurso Aldo Baldin e o 3o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, entre outros. Debutou no Theatro Municipal de São Paulo como Alfredo Germont em La Traviata de Verdi, em 2001. Atuou junto a orquestras como a Sinfônica Municipal de São Paulo, Experimental de Repertório, Osesp, Sinfônica do Paraná e Filarmónica de Bogotá, sob a regência de maestros como John Neschling, Wagner Polistchuk, Ira Levin, Nicolau de Figueiredo, José Maria Florêncio, Mario Zaccaro, Jamil Maluf, Emiliano Patarra, Luciano Camargo, Edmundo Hora, Roberto Di Regina, Reynaldo Censabela, Alessandro Sangiorgio, Hirofumi Yoshida, Giorgio Paganini, Roberto Duarte, Luís Gustavo Petri e Abel Rocha. Destacam–se em seu repertório lírico a participação em montagens de O Elixir de Amor e Rita e Poliuto de Donizetti, La Bohème e Turandot de Puccini, Rigoletto e La Traviata de Verdi, I Pagliacci de Leoncavallo, Carmen de Bizet, Cecilia de Licinio Refice, Loreley de Catalani e A Viúva Alegre de Léhar. Em 2014, participou da produção do Theatro Municipal de São Paulo de Salomé, com direção cênica de Livia Sabag e regência de John Neschling.

Biografias dos artistas

MIGUEL GERALDI


SERGIO RIGHINI

baixo

Paulista da cidade de Agudos, Sergio Righini atuou como solista em produções das óperas Don Giovanni, A Flauta Mágica, Fidelio, Andrea Chénier, La Traviata, La Gioconda, Olga, Idomeneo e A Filha do Regimento, sob a regência dos maestros Isaac Karabtchevsky, Jamil Maluf, Alessandro Sangiorgi e José Maria Florencio. Recentemente, cantou em produções do Theatro Municipal de São Paulo, como Pelléas et Mélisande, sob a regência do maestro Abel Rocha; Tosca, regida pelo maestro Oleg Caetani; e La Bohème e Salomé, ambas sob a regência do maestro John Neschling.


120 121

baixo

Natural de Brasília, Rogério Nunes estudou canto com o professor Alírio Netto e, na sequência, ingressou na Escola de Teatro Musical de Brasília, onde aprimorou suas habilidades de canto com os professores Augusto de Pádua e Michelle Fiuza, e atuação com Camila Meskell. Iniciou a carreira profissional na capital federal. Em 2012, em São Paulo, entrou para o elenco do musical de grande sucesso A Família Addams, interpretando o personagem Tropeço. Participou também do musical Crazy For You como Moose, ao lado de Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello, e da conceituada ópera-rock Jesus Cristo Superstar, no papel de Caifás. No início da temporada de 2015, cantou na montagem de Otello do Theatro Municipal de São Paulo. Atualmente, integra o Coro Lírico Municipal de São Paulo e recebe orientação vocal e musical da professora Isabel Maresca.

Biografias dos artistas

ROGÉRIO NUNES


RENATO TENREIRO

tenor

Ainda durante a infância, estudou piano com Denise Zemunner Freitas e, posteriormente, canto coral na Universidade Livre de Música Tom Jobin, atual Emesp, com Sérgio Villafranca. Foi bolsista do Coral do Estado de São Paulo, sob regência de José Ferraz de Toledo, cantando em montagens de ópera como Don Pasquale, de Donizetti, As Bodas de Fígaro e A Flauta Mágica, de Mozart e obras sinfônicas como a Sinfonia N. 9 de Beethoven, Missa da Coroação de Mozart, Réquiem de Brahms, entre outros. Como solista, atuou em obras como Paixão Segundo São João de J. S. Bach, As Sete Ultimas Palavras de Cristo de Théodore Dubois transcrito em português, The Messiah de Händel, e como Gaspar em Amahl and the Night Visitors, de Menotti, Tamino em A Flauta Mágica, o papel principal em Werther de Massenet, Nemorino em L’elisir d’Amore e Flavio em Norma, de Bellini, no Teatro São Pedro, em 2010, sob regência do Maestro Emiliano Patarra. Integra o Coral Lírico Municipal de São Paulo, sob regência do maestro Bruno Facio, destacando-se por seu trabalho primoroso e de grande qualidade. Participou de todas as montagens de opera desde seu ingresso no Coro, sendo solista em algumas delas. Tem desenvolvido um eclético trabalho vocal, firmando seus conhecimentos desde o Barroco até o Romantismo. Recebe orientação vocal de Helly-Anne Caram.


Pianistas Correpetidores

Ateliês

Anderson Brenner Paulo Almeida Rafael Andrade

Guillot Rogério Nunes

Atores Gabriel Castilho Giballin Gilberto João Costal Marcelo Selingardi Sergio Seixas William Camargo

Bailarinos Ana Silva Camila Freitas Cesar Nunes Diogo de Carvalho Gabriel Conrad Gabrielli Menezes Gustavo Fataki Otavio Portela Suzana Ruiz Thalita Trevisani

Ângela Vannini Benedita Calistro Betto Rigor Roberto Crigz Fernanda Binotti Judite de Lima

Costureiras Cleonice Barros Neusa Mariza da Silva

Visagista Simone Batata

Visagista assistente Tiça Camargo

Maquiadores

Central de produção “Chico Giacchieri”

Sheila Campos Marcela Costa Mara Feres Inais Tereza Isabel Vieira Elisani Souza Biah Bombom Giulia Piantino Mari Souza Gabriela Schembeck Eduardo Mansu

Aníbal Marques (Pelé)

INDICADORES DE SALA

Construção de Cenário Coordenador Equipe

Alex Sandro N. Pinheiro Aristide da Costa Neto Ermelindo Terribele Everton Dávida Cândido Lorival F. Conceição Peter Silva Mendes de Oliveira Thiago dos S. Panfieti Uiller Ulisses Silva

Assistentes de Figurino Ana Teixeira Helena Kerr

Estagiárias de Figurino Gabriela Lotaif

Adryane dos Reis Alyne Cristina dos Reis Andrea Barbosa da Silva Andressa Severa Romero Danielle Bambace Jessica Dias Jonas Silva de Sousa Jorge Ramiro da Silva Santos Marcela Costa Marcelo Souza Ferreira Maria dos Remédios Mariana Ferreira da Silva Marilivia Fazolo Patricia de Moura Mesquita Pedro Henrique

Oliveira Roseli Deatchuk Rosimeire Pontes Carvalho Sandra Marisa Peracini Suely Guimarães Sousa Sylvia Carolina S A Caetano Tatiane Lima da Costa Vilma Aparecida Carneiro

Tradução do Libreto, sinopse e gravações de referência Irineu Franco Perpetuo

Legendas

MP Legendas

Revisor Gabriel Rath Kolinyak

Croquis de Cenário Italo Grassi Maria Rossi Franchi Andrea Tocchio

Croquis de figurino Lorenzo Merlino

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO Diretor Artístico John Neschling

Primeirosviolinos Michelangelo Mazza (spalla) Pablo De León (spalla) Martin Tuksa Adriano Mello Fabian Figueiredo Fábio Brucoli Fábio Chamma Fernando Travassos Francisco Krug Heitor Fujinami John Spindler Liliana Chiriac Mizael da Silva Júnior Paulo Calligopoulos Rafael Bion Loro Sílvio Balaz Victor Bigai Wellington Rebouças

Segundosviolinos Andréa Campos* Maria Fernanda Krug*

Nadilson Gama André Luccas Djavan Caetano Edgar Leite Evelyn Carmo Helena Piccazio Oxana Dragos Ricardo Bem-Haja Ugo Kageyama

Violas

Alexandre De León* Silvio Catto* Tânia Campos Abrahão Saraiva Adriana Schincariol Bruno de Luna Cindy Folly Eduardo Cordeiro Eric Schafer Licciardi Jessica Wyatt Pedro Visockas Roberta Marcinkowski

Tiago Vieira

Violoncelos Mauro Brucoli* Raïff Dantas Barreto* Mariana Amaral Alberto Kanji Charles Brooks Cristina Manescu Joel de Souza Maria Eduarda Canabarro Moisés Ferreira Teresa Catto Milena Salvatti**

Contrabaixos

Sanderson Cortez Paz*** Taís Gomes*** Adriano Costa Chaves André Teruo Miguel Dombrowski Ricardo Busatto Vinicius Paranhos Walter Müller

Flautas

Cássia Carrascoza* Marcelo Barboza* Andrea Vilella Cristina Poles Renan Mendes

Oboés

Alexandre Ficarelli* Rodrigo Nagamori* Marcos Mincov Victor Astorga**

Clarinetes

Tiago Francisco Naguel* Diogo Maia Santos Domingos Elias Marta Vidigal

Fagotes

Fábio Cury* Matthew Taylor* Marcelo Toni Marcos Fokin Osvanilson Castro

Trompas

André Ficarelli* Thiago Ariel* Eric Gomes da Silva Rafael Fróes Rogério Martinez Vagner Rebouças Daniel Filho**

Trompetes

Fernando Lopez* Marcos Motta* Breno Fleury

122 123

Marina Costa Stéphanie Minders

Ficha Técnica

eugene onegin


Eduardo Madeira Thiago Araújo

Trombones

Eduardo Machado* Roney Stella* Hugo Ksenhuk Luiz Cruz Marim Meira

Harpa

Jennifer Campbell* Paola Baron*

Piano

Cecília Moita*

Percussão

Marcelo Camargo* César Simão Magno Bissoli Sérgio Ricardo Silva Coutinho Thiago Lamattina

Tímpanos

Danilo Valle* Márcia Fernandes*

Gerente da Orquestra Manuela Cirigliano

Assistente

Mariana Bonzani

Inspetor

Carlos Nunes

Montadores Alexandre Greganyck Paulo Broda Rafael de Sá

Aprendiz

Wesley da Silva *Chefe de Naipe **Músico Convidado ***Chefe de Naipe Interino

Coro Lírico Municipal de São Paulo Regente Titular Bruno Greco Facio

Regente Assistente

Sergio Wernec

Pianistas

Marcos Aragoni Marizilda Hein Ribeiro

Sopranos Adriana Magalhães Angélica Feital Antonieta Bastos Berenice Barreira Cláudia Neves Elayne Caser Elaine Moraes Elisabeth Ratzersdorf Graziela Sanchez Jacy Guarany Juliana Starling Laryssa Alvarazi Marcia Costa Marivone Caetano Marta Mauler Milena Tarasiuk Monique Corado Nadja Sousa Rita Marques Rosana Barakat Sandra Félix Sarah Chen Viviane Rocha

Mezzo-Sopranos Carla Campinas Cláudia Arcos Erika Belmonte Juliana Valadares Keila de Moraes Marilu Figueiredo Mônica Martins

Contraltos

Celeste Moraes Clarice Rodrigues Elaine Martorano Lidia Schäffer Ligia Monteiro Magda Painno Maria Favoinni Vera Ritter

Tenores

Alex Flores Alexandre Bialecki Antonio Carlos Britto

Dimas do Carmo Eduardo Góes Eduardo Pinho Eduardo Trindade Fernando de Castro Gilmar Ayres Joaquim Rollemberg Luciano Silveira Luiz Doné Marcello Vannucci Márcio Valle Miguel Geraldi Paulo ChamiéQueiroz Renato Tenreiro Rubens Medina Rúben de Oliveira Sérgio Macedo Valter Estefano Walter Fawcett

Barítonos

Alessandro Gismano Daniel Lee David Marcondes Diógenes Gomes Eduardo Paniza Guilherme Rosa Jang Ho Joo Jessé Vieira Marcio Marangon Miguel Csuzlinovics Roberto Fabel Sandro Bodilon Sebastião Teixeira

Baixos

Claudio Guimarães Fernando Gazoni Leonardo Pace Marcos Carvalho Matheus França Orlando Marcos Rafael Thomas Rogério Guedes Sérgio Righini

Assistente Administrativo

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Diretoria Geral Assessora

Prefeito

Secretárias

Fernando Haddad

Secretário Municipal de Cultura

Nabil Bonduki

FUNDAÇÃO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO Conselho Deliberativo Nabil Bonduki – Presidente Manoel Carlos Guerreiro Cardoso Marcos de Barros Cruz Mauro Wrona Pablo Zappelini De León Wladimir Pinheiro Safatle

Direção Geral José Luiz Herencia

Diretora de Gestão

Ana Flávia Cabral S. Leite

Diretor de Formação

Leonardo Martinelli

INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO CULTURAL Presidente do Conselho Cláudio Jorge Willer

Elisabeth De Pieri Eugenia Sansone

Diretor Executivo

Juliana Tondin Mengardo

Isabela Galvez

Montador

Diretor Artístico

Bruno Silva Farias

John Neschling

Inspetoria

William Nacked

Diretora Técnica

Diretora de Produção

Cristiane Santos

Direitos Autorais Olivieri Advogados Associados

Maria Carolina G. de Freitas Ana Paula S. Monteiro Marcia de Medeiros Silva Monica Propato

Cerimonial

Egberto Cunha

Bilheteria

Nelson F. de Oliveira

Coordenador de Sala André Lima

Diretoria Artística Assessoria de Direção Artística Eduardo Strausser Thomas Yaksic Clarisse De Conti

Secretária

Eni Tenório dos Santos

Assistente Administrativa Luana Pirondi

Aprendiz

Carolyni Amorim Marques da Silva

Coordenação de Programação Artística João Malatian

Diretor Técnico Juan Guillermo Nova

Assistente de Direção Técnica Daniela Gogoni

Diretor de Palco Cênico Ronaldo Zero

Assistente de Direção de Palco Cênico Caroline Vieira

Assistente de Direção Cênica Residente Julianna Santos Segunda Assistente de Direção Cênica Ana Vanessa

Assistente


Figurinista Residente Lorenzo Merlino

Produção de Figurinos

Fernanda Câmara

Arquivo Artístico Coordenadora Maria Elisa P. Pasqualini

Assistente de Coordenação Milton Tadashi Nakamoto

Copistas e Arquivistas

Ariel Oliveira Cássio Mendes Guilherme Prioli Jonatas Ribeiro Karen Feldman Leandro José Silva Paulo César Codato Roberto Dorigatti

Ação Educativa Alana dos Santos Schambacler

Centro de Documentação Chefe de seção

Chefe de Maquinária

Thiago dos S. Panfieti

Subchefe de Maquinária

Paulo M. de Souza Filho

Chefe de

Contrarregragem Carlos Bessa

Técnicos de Palco Maquinistas Aristide da Costa Neto Everton Dávida Cândido Lorival F. Conceição Marcelo Luiz Frosino Peter Silva Mendes de Oliveira Uiller Ulisses Silva

Mecânica cênica

Alex Sandro N. Pinheiro Anderson Simões de Assis Antonio Carlos da Silva

Contrarregras

Aloísio Sales de Souza Eneas R. Leite Neto João Paulo Gonçalves Paloma Neves da Costa Sandra Satomi Yamamoto

Mauricio Stocco

Aprendiz

Lumena A. de M. Day

Carlos Eduardo Santos

Equipe

Diretoria de Produção Produção Executiva Anna Patrícia Nathália Costa Rosa Casalli

Produtores

Aelson Lima Pedro Guida Miguel Teles Nivaldo Silvino

Assistente de Produção Arthur Costa

APRENDIZ

Laysa Padilha de Souza Oliveira

Palco Chefe da

Chefe de Som

Sérgio Luis Ferreira

Operadores de Som

Maria Auxiliadora Maria Gabriel Martins Marlene Collé Nina de Mello Regiane Bierrenbach Tonia Grecco

CENTRAL DE PRODUÇÃO “CHICO GIACCHIERI” Coordenação de Costura Emília Reily

Acervo de Figurinos Assistente

João Gabriel Rizek

Assistente Técnica

Jéssica Elias Secco

Equipe

Maria Aparecida Malcher Grazieli Araujo Guerra

Montadores

Ermelindo Terribele

Gabriela Carolina Assunção Souza Aline Roberta de Souza Lucas Agostinho

Acervo de Cenário Expediente

José Carlos Souza José Lourenço Paulo Henrique Souza

Diretoria de Gestão Lais Gabriele Weber Carolina Paes Simão Cristina Gonçalves Nunes João Paulo Alves Souza Juçara A. de Oliveira Juliana do Amaral Torres Oziene O. dos Santos Paula Melissa Nhan Carlos Alberto De Cicco Ferreira Filho Catarina Elói de Oliveira

Valéria Lovato

Diretoria de Formação Assessora

Alexandre Bafe Fernando Azambuja Igor Augusto F. de Oliveira Ubiratan Nunes Camareiras Alzira Campiolo Isabel Rodrigues Martins Katia Souza Lindinalva M. Celestino

Auxiliar Artístico

José Roberto Silva Ricardo Farão

Estagiários

Iluminadores

Valdemir Aparecido da Silva

Ivani Rodrigues Umberto

Daniel Botelho Kelly Cristina da Silva Sergio Nogueira

Chefe de Iluminação

Assistente de Direção

Guilherme Telles Andressa P. de Almeida

Helen Gallo

Assistente Tiago Gati

Escola Municipal de Música de São Paulo Diretor Antonio Tavares Ribeiro

Estagiárias

Escola de Dança de São Paulo Coordenadora Artística Susana Yamauchi

Assistente Artístico Luis Ribeiro

Projetos Especiais

Daniela Stasi

Assistência Administrativa Roberto Quaresma Adriana Menezes Ana Paula Sgobi

Camareira

Maria do Carmo

equipe

Irinéia da Cruz Marilene Santos

Estagiários

Alexandre Malerba Angélica da Silva João Amaro Marina Oliveira Danieli da Silva Vanessa Reis

Assistência Administrativa Alexandre R. Bertoncini

Seção de Pessoal Cleide C. da Mota José Luiz P. Nocito

Tarcísio Bueno Costa

Parcerias

Suzel Maria P. Godinho

Contabilidade Alberto Carmona Alexandre Quintino Ananias Diego Silva Luciana Cadastra Marcio Aurélio O. Cameirão Meire Lauri

Compras e Contratos

George Augusto Rodrigues Marina Aparecida Augusto

Infraestrutura Marly da Silva dos Santos Antonio Teixera Lima Eva Ribeiro Israel Pereira de Sá Luiz Antonio de Mattos Maria Apa da C. Lima Pedro Bento Nascimento Rita de Cássia S. Banchi Wagner Cruz

Almoxarifado

Nelsa A.Feitosa da Silva Bens Patrimoniais José Pires Vargas

Informática

Ricardo Martins da Silva Renato Duarte

Estagiários

Victor Hugo A. Lemos Yudji A. Otta

Arquitetura Lilian Jaha

Seção Técnica de Manutenção Narciso Martins Leme

Estagiário Vinícius Leal

Comunicação Editor e Coordenador Marcos Fecchio

124 125

Sérgio Spina

Cenotécnica Aníbal Marques (Pelé)

Ficha Técnica

de Direção Cênica e Casting


Editor assistente Gabriel Navarro Colasso

Mídias Eletrônicas Desirée Furoni

Assessora de Imprensa Amanda Sena Caroline Zeferino

REVISÃO MUSICAL Paschoal Roma

Estagiários

Beatriz Cunha Marcos Tabajara

Design Gráfico Kiko Farkas/ Máquina Estúdio

Designer Assistente Ana Lobo

Atendimento Michele Alves

Impressão Formags Gráfica e Editora LTDA

Agradecimento Escarlate


AMIGOS DO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO O Programa Amigos do Theatro Municipal de São Paulo (TMSP) permite que pessoas físicas façam contribuições ao Theatro Municipal, sendo que o valor da doação pode ser deduzido em 100% na sua próxima declaração de Imposto de Renda, respeitando-se o limite de 6% do total devido. Contribua com o aprimoramento do trabalho artístico do Theatro, com a realização de ações de sensibilização de novos públicos e com as Escolas de Música e de Dança do Theatro Municipal. Ao participar, você recebe um cartão de Amigo do Theatro e desfruta de benefícios, de acordo com o valor doado, como descontos em ingressos e assinaturas, programas das óperas, ingressos para concertos, convites para eventos especiais, dentre várias outras vantagens.

Contatos para doações T +55 (11) 4571 0454 - Seg. a Sex. / 10 às 17h e amigos@theatromunicipal.org.br Mais informações no site www.theatromuinicipal.org.br


/ PLANO 1

R$ 100 a 499,99

· Cartão de associado · Divulgação do nome no site e no relatório anual do TMSP1 · Retirada gratuita de um Programa de cada ópera na Temporada Lírica 20152 · 10% de desconto no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · 10% de desconto na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153

/ PLANO 2

R$ 500 a 1.999,99

Benefícios do Plano 1 + · Ampliação do desconto para 20% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 20% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para um concerto na Sala do Conservatório4

/ PLANO 3

R$ 2 MIL a 9.999,99

Benefícios do Plano 2 + · Ampliação do desconto para 30% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 30% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para dois concertos na Sala do Conservatório4 · Uma visita exclusiva ao edifício histórico do TMSP para o doador e sua família5

/ PLANO 4

R$ 10 MIL a 24.999,99

Benefícios do Plano 3 + · Ampliação do desconto para 40% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 40% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para um concerto no TMSP4

/ PLANO 5

CONSELHO DE AMIGOS DO THEATRO a partir de R$ 25 MIL

Benefícios do Plano 4 + · Ampliação do desconto para 50% no valor de uma assinatura anual para a Temporada Lírica 2016 · Ampliação do desconto para 50% na compra de até quatro ingressos avulsos para qualquer evento da Fundação TMSP na Temporada 20153 · Um par de ingressos para dois concertos no Theatro Municipal4 · Acesso ao camarim do TMSP para cumprimentos ao maestro e solistas6 · Uma visita monitorada ao edifício histórico do TMSP para programas e/ou instituições sociais indicados pelo doador7 · 10% de desconto nas refeições realizadas no restaurante do TMSP8 · Convite para integrar o Conselho de Amigos do TMSP9

1 A divulgação no nome do doador é opcional. // 2 Válido para um Programa por ópera, apresentando o cartão de associado nas mesas de compra dentro do Theatro. // 3 Válido para produções da Fundação Theatro Municipal do São Paulo, apresentando o cartão de associado diretamente na bilheteria, de acordo com a disponibilidade de assentos. // 4 Válido para produções do Theatro Municipal do São Paulo, exceto óperas, de acordo com a disponibilidade de assentos. Os ingressos devem ser solicitados com até 3 dias úteis de antecedência à apresentação. // 5 Máximo de 10 pessoas. // 6 O acesso ao camarim deve ser solicitado com até 3 dias úteis de antecedência à apresentação. // 7 Máximo de 30 pessoas. // 8 Desconto válido para até 4 pessoas, não incluindo bebidas, mediante apresentação do cartão de associado, durante o ano de 2015. // 9 A participação no Conselho de Amigos do Theatro Municipal de São Paulo é opcional.


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FUNDAÇÃO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO TEMPORADA 2015


THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO ÓPERAS

/ THAÏS Jules Massenet

/ MANON LESCAUT Giacomo Puccini

JULHO 23 Qui 20h / 25 Sáb 20h 26 Dom 18h / 28 Ter 20h / 30 Qui 20h AGOSTO 01 Sáb 20h / 02 Dom 18h

AGOSTO 29 Sáb 20h / 30 Dom 18h SETEMBRO 01 Ter 20h / 03 Qui 20h 05 Sáb 20h / 06 Dom 18h 8 Ter 20h / 10 Qui 20h

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo Balé da Cidade de São Paulo

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo

Alain Guingal Direção musical e regência

Gabriel Rhein-Schirato REGENTE ASSISTENTE

Stefano Poda Direção cênica, Cenografia, Figurinos, Desenho de luz e Coreografia

Ermonela Jaho / Sara Rossi Daldoss Thaïs Lado Ataneli / André Heyboer Athanaël Jean–François Borras / Roberto De Biasio Nicias Károly Szemerédy /Saulo Javan Palémon Carla Cottini Crobyle Malena Dayen Myrtale Ana Lucia Benedetti Albine Lina Mendes La Charmeuse Eduardo Trindade Um servo

John Neschling Direção musical e regência Michelangelo Mazza REGENTE ASSISTENTE Cesare Lievi Direção cênica Juan Guillermo Nova Cenografia Marina Luxardo Figurinos Luigi Saccomandi Desenho de luz Maria José Siri / Adriane Queiroz Manon Lescaut Marcello Giordani / Martin Muehle Des Grieux Vittorio Vitelli / Guilherme Rosa Lescaut Saulo Javan Geronte Valentino Buzza / Miguel Geraldi Edmondo Walter Fawcett Um acendedor de lampiões NN Professor de dança Malena Dayen Um músico Leonardo Pace Um taberneiro


OUTUBRO 08 Qui 20h / 10 Sáb 20h 11 Dom 18h / 13 Ter 20h 15 Qui 20h / 17 Sáb 20h 18 Dom 18h / 20 Ter 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo John Neschling Direção musical e regência Eduardo Strausser REGENTE ASSISTENTE Henning Brockhaus Direção cênica Valentina Escobar Assistência de Direção cênica e Coreografia Yannis Kounellis Coreografia Patricia Toffolutti Figurinos Guido Levi Desenho de luz Tomislav Muzek / Peter Seiffert Lohengrin Petra-Maria Schnitzer / Nathalie Bergeron Elsa von

NOVEMBRO 28 Sáb 20h / 29 Dom 18h DEZEMBRO 01 Ter 20h / 03 Qui 20h 05 Sáb 20h / 06 Dom 18h 08 Ter 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Coro Lírico Municipal de São Paulo Rinaldo Alessandrini DIREÇÃO MUSICAL

Michelangelo Mazza REGENTE ASSISTENTE

Pier Francesco Maestrini Direção cênica

Juan Guillermo Nova Cenografia Luca Dall’Alpi Figurinos Fábio Retti Desenho de Luz

Marianne Cornetti / Jacqueline Dark Ortrud Tomas Tomasson / Johmi Steinberg Friedrich von

Carmela Remigio / Marta Torbidoni Fiordiligi Paola Gardina / Luisa Francesconi Dorabella Maxim Mironov / Giorgio Misseri Ferrando Mattia Olivieri / Guilherme Rosa Guglielmo Lina Mendes / Andrea Aguilar

Telramund

Despina

Brabant

Luiz–Ottavio Faria Heinrich der Vogler

Carlos Eduardo Marcos Heerrufer

Omar Montanari / Saulo Javan Don Alfonso

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/ COSÌ FAN TUTTE Wolfgang Amadeus Mozart

Temporada 2015

/ LOHENGRIN Richard Wagner


THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO CONCERTOS

/ JUNHO

14 Dom 18h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Eduardo Strausser Regente Peter Jablonski Piano GEORGE GERSHWIN Abertura Cubana Concerto para Piano e Orquestra em Fá MODEST MUSSORGSKY (orq. Maurice Ravel) Quadros de uma Exposição

/ JULHO

04 Sáb 20h (Teatro Paulo Eiró) 05 Dom 16h (Auditório Claudio Santoro, Campos do Jordão) Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo John Neschling Regente Simon Diricq Saxofone OTTORINO RESPIGHI Impressões Brasileiras HEITOR VILLA–LOBOS Fantasia para Saxofone e Orquestra DARIUS MILHAUD Scaramouche para Saxofone alto e Orquestra, Op. 165 HEITOR VILLA–LOBOS Choros N. 9

/ AGOSTO

05 Qua 20h / 06 Qui 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Christian Arming Regente Tatjana Vassiljeva Violoncelo GUILLAUME LEKEU Adagio para Orquestra de Cordas EDWARD ELGAR Concerto para Violoncelo e Orquestra, Op. 85 CÉSAR FRANCK Sinfonia em Ré Menor

/ DEZEMBRO

19 Sáb 20h / 20 Dom 18h 21 Seg 20h Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo John Neschling Regente Pier Luigi Pier’Alli Direção Ana Lucia Benedetti Mezzo–Soprano

ARNOLD SCHOENBERG Noite Transfigurada, Op. 4 SERGEI PROKOFIEV Alexander Nevsky, Op. 78


BALÉS BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

24 Qua 20h / 25 Qui 20h 26 Sexta 20h / 27 Sáb 20h 28 Dom 18h Theatro Municipal de São Paulo Balé da Cidade de São Paulo BRASILEIROS FIO DA MEADA DE GLEIDSON VIGNE Tato Taborda Trilha Sonora Binho Schaefer Desenho de Luz João Pimenta Figurino Leonardo Ceolin Cenário CENAS A 33 DE ALEX SOARES Alex Soares Trilha Sonora e Desenho de Luz

Cassiano Grandi Figurino Wilson Aguiar Cenário ÁRVORE DO ESQUECIMENTO DE JORGE GARCIA Eder “O” Rocha Trilha Sonora Ari Buccioni Desenho de Luz João Pimenta Figurino Leonardo Ceolin Cenário

/ JULHO

16 Qui 20h / 17 Sex 20h 18 Sáb 20h / 19 Dom 19h 23 Qui 20h / 24 Sex 20h 25 Sáb 20h / 26 Dom 19h Galeria Olido – Sala Paissandu Balé da Cidade de São Paulo DANÇOGRAPHISMUS III (estreia) Mostra de coreografias dos intérpretes do BCSP Programa a definir

/ AGOSTO

05 Qua 21h / 06 Qui 21h 12ª Mostra Brasileira de Dança de Recife Balé da Cidade de São Paulo UNEVEN DE CAYETANO SOTO David Lang Música Cayetano Soto Desenho de Palco e Luz

O BALCÃO DO AMOR (DUO) DE ITZIK GALILI Pérez Prado Música Itzik Galili Figurino e Desenho de Luz

CANTATA DE MAURO BIGONZETTI Assurd Música Carlo Cerri Desenho de Luz Helena de Medeiros Figurino

/ SETEMBRO

24 Qui 21h / 25 Sex 21:30h 26 Sáb 21h / 27 Dom 18h Teatro Alfa Balé da Cidade de São Paulo Orquestra Experimental de Repertório Quarteto de Cordas da OER Carlos Eduardo Moreno Regente ENTTHRONT DE CAYETANO SOTO Gabriel Prokofiev Música Cayetano Soto Desenho de Luz e Figurino

CACTI DE ALEXANDER EKMAN Joseph Haydn, Ludwig Von Beethoven, Franz Schubert Música

Alexander Ekman e Tom Visser Cenário

Alexander Ekman Figurino Tom Visser Desenho de Luz

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/ JUNHO

Temporada 2015

THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO


/ OUTUBRO & NOVEMBRO

31 Sáb 20h / 01 Dom 18h 03 Ter 20h / 04 Qua 20h / 05 Qui 20h Theatro Municipal de São Paulo Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Balé da Cidade de São Paulo La Fura dels Baus EL AMOR BRUJO: EL FUEGO Y LA PALABRA John Neschling Regência Carles Padrissa Direção Pol Jimenez Coreografia MANUEL DE FALLA Noche en los Jardines de España El Sombrero de Tres Picos introdução La Vida Breve - Danza Española Canção popular: Amor Gitano – a cappella El Amor Brujo - versão 1915

/ DEZEMBRO

03 Qui 20h / 04 Sex 20h 05 Sáb 20h / 06 Dom 19h Teatro Paulo Eiró Balé da Cidade de São Paulo Programa a definir

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO QUARTETO NO CONSERVATÓRIO 80 ANOS DO QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Quintas às 20h

/ JUNHO

04 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Toninho Ferragutti Acordeom Zé Alexandre Carvalho CONTRABAIXO

18 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo JOSEPH HAYDN Quarteto Op. 33, N. 3, em Dó Maior WOLFGANG A. MOZART Quarteto N. 19, em Dó Maior, K. 465 ‘Dissonante’

/ AGOSTO

06 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Flávio Augusto Piano FRÉDÉRIC CHOPIN Concerto para Piano N. 2, em Fá Menor (transcrição para piano e quarteto de cordas) Concerto para Piano N. 1, em Mi Menor (transcricao para piano e quarteto de cordas) 20 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo JOSEPH HAYDN Quarteto Op. 33, N. 4, em Si Bemol Maior WOLFGANG A. MOZART Quarteto N. 17, em Si Bemol Maior, K. 458 ‘A Caça’

/ SETEMBRO

03 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Gaetano Nasillo Violoncelo LUIGI BOCCHERINI 3 Quintetos com Violoncelo


/ OUTUBRO

/ DEZEMBRO

01 Qui 20h COMEMORAÇÃO AOS 150 ANOS DE NASCIMENTO DE JEAN SIBELIUS Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo Rúbia Santos Piano JEAN SIBELIUS Quarteto Op. 56 – Vozes Intimas Quinteto em Sol Menor para Piano e Cordas 15 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo JOSEPH HAYDN Quarteto Op. 33, N. 5, em Sol Maior WOLFGANG A. MOZART Quarteto N. 14, em Sol Maior, K. 387

19 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo JOSEPH HAYDN Quarteto Op. 33, N. 6, em Ré Maior WOLFGANG A. MOZART Quarteto N. 18 em Lá Maior, K. 464

10 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo ANDRÉ MEHMARI Obra Encomendada [estreia mundial] BÉLA BARTÓK Quarteto de Cordas N. 5, Sz. 102

134 135

/ NOVEMBRO

Temporada 2015

17 Qui 20h Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo FELIX MENDELSSOHN– BARTHOLDY Quarteto N. 1, Op. 12 em Mi Bemol Maior ROBERT SCHUMANN Quarteto N. 1, Op. 41 em Lá Menor


A Globo é Mantenedora do Theatro Muncipal de São Paulo e apresenta a Série Domingos II da Temporada Lírica 2015.


MÚSICA DE CÂMARA NO CONSERVATÓRIO

Quintas às 20h

11 Qui 20h Quintetos com Piano Alexandre Ficarelli Oboé Tiago Naguel Clarinete Matthew Taylor Fagote André Ficarelli Trompa Marcos Aragoni Piano WOLFGANG AMADEUS MOZART Quinteto para piano e sopros, K. 452 LUDWIG VAN BEETHOVEN Quinteto em Mi bemol Maior para Piano e Sopros, Op. 16

/ JULHO

02 Qui 20h PERCOTH – Percussionistas da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo Thiago Lamattina César Simão Márcia Fernandes Danilo Valle Marcelo Camargo RICHARD TRYTHALL Bolero for four percussion ANDRÉ E JACQUES PHILIDOR Marche for two pairs of Kettledrums THIERRY DE MEY Musique de Table JOSÉ MANUEL LÓPEZ LÓPEZ Estudio II sobre la Modulación Métrica MARK FORD Stubernic EMMANUEL SÉJOURNÉ Vous avez du feu? WILLIAM CAHN Time Traveler

16 Qui 20h Impressionismo de Câmara Fábio Brucoli Violino Adriano Mello Violino Silvio Catto Viola Mauro Lombardi Brucoli Violoncelo Marcelo Barboza Flauta Tiago Naguel Clarinete Paola Baron Harpa CLAUDE DEBUSSY Prélude à l’après-midi d’un Faune (transcrição para septeto de F. Pierre) ALBERT ROUSSEL Serenata para Flauta, Trio de Cordas e Harpa FLORENT SCHMITT Suite en Rocaille (para Flauta, Harpa e Trio de Cordas) MAURICE RAVEL Introdução e Allegro, para para Harpa, Flauta, Clarinete e Quarteto de Cordas

/ AGOSTO

13 Qui 20h Quinteto de Sopros Brasilis Ensemble Cristina Poles Flauta Rodrigo Nagamori Oboé Domingos Elias Clarinete Marcos Fokin Fagote Vagner Rebouças Trompa ADRIEN BARTHE Passacaille PAUL TAFFANEL Quintette pour Instruments à Vent CLAUDE DEBUSSY Petite Suite GABRIEL PIERNÉ Pastorale Op. 14 MAURICE RAVEL Pièce en Forme de Habanera

136 137

/ JUNHO

Temporada 2015

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO


/ SETEMBRO

10 qui 20h Música de Câmara na Europa do século XX – Quatro pontos de vista Paulo Calligopoulos Violino Pedro Visockas Viola Mariana Amaral Violoncelo Taís Gomes Contrabaixo Rodrigo Nagamori Oboé Diogo Maia Clarinete Matthew Taylor Fagote Eric Gomes Trompa BENJAMIN BRITTEN Phantasy Quartet, Op. 2 SERGEI PROKOFIEV Quinteto Op. 39 CARL NIELSEN Serenata in Vano – Allegro non troppo ma brioso RICHARD STRAUSS Till Eulenspiegel, einmal anders! (arr. Franz Hasenöhrl, 1954)

/ OUTUBRO

29 Qui 20h Octeto Franz Schubert Pablo de León Violino Maria Fernanda Krug Violino Alexandre de León Viola Raïff Dantas Barreto Violoncelo

Sanderson Cortez Paz Contrabaixo

Domingos Elias Clarinete Marcos Fokin Fagote André Ficarelli Trompa FRANZ SCHUBERT Octeto em Fá Maior, D. 803

/ NOVEMBRO

26 qui 20h Trio Ceresio (Suíça) Anthony Flint VIOLINO Johann Sebastian Paetsch VIOLONCELO

Sylviane Deferne PIANO LUDWIG VAN BEETHOVEN Trio Op. 1, N. 2 FELIX MENDELSSOHN BARTHOLDY Trio N.2 Op. 66 JOHANNES BRAHMS Trio N. 1 Op. 8

/ DEZEMBRO

03 Qui 20h Ensemble OSM Victor Bigai Violino Tiago Vieira Viola Moises Ferreira dos Santos Violoncelo

Sanderson Cortez Contrabaixo Cecilia Moita Piano FRANZ SCHUBERT Quinteto em Lá Maior D. 667, Op. 114 ‘A Truta’


MÚSICA CONTEMPORÂNEA NO CONSERVATÓRIO

Quintas às 20h

25 Qui 20h Soy loco por ti: música das Américas TRIO PUELLI Karin Fernandes Piano Adriana Holz Violoncelo Ana de Oliveira Violino ALEJANDRO CARDONA Tlanéhuatl MAURICIO KAGEL Trio N. 2 SILVIO FERRAZ Trio Móbile para Donizete Galvão (Estreia Mundial) LEONARD BERNSTEIN Piano Trio

/ AGOSTO

27 Qui 20h Música em duas dimensões Flo Menezes Eletrônica e Difusão Eletroacústica

Rogério Wolf Flauta Leonardo Labrada e Fábio Oliveira Percussão Daniel Avilez Técnico de Som RODRIGO SIGAL Rimbarimba, para marimba e sons eletroacústicos BRUNO MADERNA Musica su due dimensioni, para flauta e sons eletrônicos FERNANDO RIEDERER Estreia de obra inédita para 1 percussionista, encomenda do TMSP FLO MENEZES L’Itinéraire des Résonances, para 1 flautista, 2 percussionistas e eletrônica

/ SETEMBRO 24 Qui 20h Piap

ARTHUR RINALDI Estreia mundial de obra encomendada

/ OUTUBRO

22 Qui 20h Camerata Aberta John Neschling Regente (Berg) Eduardo Strausser Regente (Lunsqui)

ALEXANDRE LUNSQUI CARBONO-14 - Estreia Mundial ALBAN BERG Concerto de Câmara

/ NOVEMBRO

12 Qui 20h LEONARDO MARTINELLI As canções do mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam, para Voz, Narrador, Viola, Clarinete e Piano [Estreia mundial da versão integral]

138 139

/ JUNHO

Temporada 2015

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO


O Santander é Patrocinador-Mantenedor do Theatro Muncipal de São Paulo e apresenta a Série Terças da Temporada Lírica 2015


INSTRUMENTAL NO CONSERVATÓRIO

24 Qua 20h Roupa na Corda Arismar do Espírito Santo

Quartas às 20h

10 Qua 20h Diego Schissi Trio Piano, Violão e Bandoneón (Argentina)

Baixo e Violão Fabio Perón Bandolim Lea Freire flautas

/ AGOSTO

12 Qua 20h Paulo Braga Piano Lupa Santiago Guitarra 26 Qua 20h Hércules Gomes Piano Rodrigo y Castro Flauta

/ SETEMBRO

09 Qua 20h 3 na Manga Mané Silveira Sax e Flautas Tiago Costa Piano Fernando De Marco Baixo acústico

23 qua 20h Aeromosca Quarteto de Choro Gian Correa Violão de 7 Cordas

Messias Brito Cavaquinho Rafael Toledo Pandeiro Henrique Araújo Bandolim

/ OUTUBRO

07 Qua 20h / 08 qui 20h Yamandu Costa Violão solo 21 Qua 20h Laércio de Freitas Piano Shen Ribeiro Flautas e Shakuhachi

/ NOVEMBRO

11 Qua 20h Chico Pinheiro e Swami Jr. Violões

THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE CICLO INTEGRAL DAS MISSAS DE WOLFGANG AMADEUS MOZART Sextas às 20h - Salão Nobre do Theatro Municipal Domingos - Igrejas

140 141

/ JUNHO

Temporada 2015

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO


/ JUNHO

12 Sex 20h – Salão Nobre Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa Solemnis em Dó Maior K. 337 e Missa Brevis em Sol Maior K. 140

/ JULHO

3 Sex 20h – Salão Nobre 5 Dom – Paróquia São José do Ipiranga* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa Longa em Dó Maior K. 262* e Missa em Ré Menor K. 194

/ AGOSTO

07 Sex 20h – Salão Nobre 09 Dom – Igreja Santa Teresinha em Higienópolis* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa Trinitatis em Dó Maior K. 167 e Missa Órgão em Dó Maior K. 259*

/ SETEMBRO

11 Sex 20h – Salão Nobre 13 Dom – Capela do Colégio Sion no Higienópolis* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa Spaur em Dó Maior K. 258 e Missa Spatzen em Dó Maior K. 220*

/ OUTUBRO

23 Sex 20h – Salão Nobre 25 Dom – Igreja Imaculada Conceição no Ipiranga Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa da Coroação em Dó Maior K. 317

/ NOVEMBRO

06 Sex 20h – Salão Nobre 08 Dom – Paróquia do Santíssimo Sacramento no Paraíso* Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa em Sol Maior K. 49* e Missa em Si bemol Maior K. 275

/ DEZEMBRO

11 Sex 20h – Salão Nobre Coral Paulistano Mário de Andrade WOLFGANG A. MOZART Missa em Dó Menor K. 427

PRAÇA DAS ARTES SALA DO CONSERVATÓRIO CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE: ENCONTROS COM A DANÇA Sábados às 17h 6/6 - Frevos 11/7 - Danças Populares 8/8 - Flamenco 19/9 - Danças Latino– americanas 17/10 - Gigas 21/11 - Maracatus e Afros 5/12 - Valsas


13/6 Sáb 17h CEU Meninos 12/7 Dom 17h CEU Feitiço da Vila 01/8 Sáb 17h CEU Aricanduva 12/9 Sáb 17h CEU Perus 24/10 Sáb 17h CEU Jaguaré 07/11 Sáb 17h CEU Butantã 06/12 Dom 17h CEU Uirapuru

/ JUNHO

01 Seg 19h Sala do Conservatório Praça das Artes Orquestra Experimental de Repertório Juliano Dutra Regente Christy Choi Violoncello HEITOR VILLA LOBOS Bachianas Brasileiras N. 2 JOSEPH HAYDN Concerto para Violoncelo em Dó Maior HEITOR VILLA LOBOS Sinfonietta N. 1 28 Dom 11h Sala São Paulo Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno Regente ALBERTO GINASTERA Suite Estancia PIOTR TCHAIKOVSKY Sinfonia N. 4

/ JULHO

30 Qui 20h Auditório Claudio Santoro – Campos do Jordão Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno Regente Nicolas Koeckert Violino ALBERTO GINASTERA Suite Estancia ARTHUR BARBOSA Fantasia Velhos Carnavais (estreia mundial) JOHANNES BRAHMS Concerto para Violino

142 143

CORAL PAULISTANO MÁRIO DE ANDRADE VAI AOS CEUs

ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO

Temporada 2015

CEUs


O IRB Brasil RE, maior ressegurador latino-americano, é patrocinador da Série Mista II da Temporada Lírica de 2015 do Theatro Municipal de São Paulo.


30 Dom 11h Teatro Paulo Eiró Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno Regente Solistas vencedoras do concurso Rainha Elisabeth Sumi Hwang Soprano Jodie Devos Soprano Canções e árias

06 Dom 11h Sala São Paulo Orquestra Experimental de Repertório CARLOS GOMES Abertura Il Guarany NIKOLAI RIMSKYKORSAKOV Sheherazade FRANZ VON SUPPÉ Cavalleria Leggera 21 Seg 19h Sala do Conservatório Praça das Artes Orquestra Experimental de Repertório / Intercâmbio Universidade de Música de Zurique Dominic Limburg Regente Hani Song Violino CLAUDE DEBUSSY Prélude à L’après–midi d’un faune WOLFGANG A. MOZART Concerto para Violino em Lá Maior FRANZ SCHUBERT Sinfonia N. 5

/ SETEMBRO &OUTUBRO

30 Qua 17h 02 Sex 17h Sala do Conservatório Praça das Artes Concurso Jovens Solistas OER 2015

/ NOVEMBRO

11 Qua 17h 13 Sex 17h Sala do Conservatório Praça das Artes Concurso Regente Assistente OER 2016 22 Dom 11h Sala São Paulo Orquestra Experimental de Repertório Coral Paulistano Mário de Andrade Carlos Moreno Regente HEITOR VILLA LOBOS Uirapuru ARAM KHACHATURIAN Suíte Masquerade EDMUNDO VILLANI–CÔRTES Te Deum

/ DEZEMBRO

07 Seg 19h Sala do Conservatório Praça das Artes Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno Regente André Vidal Tenor Marcelo Coutinho Barítono GUSTAV MAHLER/RIEHM A Canção da Terra

Programações sujeitas a alterações.

144 145

16 Dom 12h Igreja São Geraldo dos Perdizes Orquestra Experimental de Repertório Carlos Moreno – Regente JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA PRADO Arcos Sonoros da Catedral Anton Bruckner ANTON BRUCKNER Sinfonia N. 4

/ SETEMBRO

Temporada 2015

/ AGOSTO



mantenedor

patrocinador mantenedor

patrocinadores

apoiadores

agência de negócios e relações institucionais

execução

realização



MUNICIPAL. O PALCO DE Sテグ PAULO


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