DESENHO DO OBJETO B THIAGO MASSUCATO CINTI
RA:18706598
PORTFÓLIO
DOCENTES: CLAUDIA RIBEIRO, MARIA BEATRIZ ARDINGHI, WILSON NETO 1º SEMESTRE - 21 DE JUNHO DE 2021
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO......................................................4 2. OBJETO INEXISTENTE..............................................5 3. LEITURA DO ESPAÇO URBANO........................................6 4. PROJETO ANÁLOGO................................................10 5. PROJETO RELÂMPAGO..............................................12 6. ESTUDO PRELIMINAR 1............................................14 7. PROCESSOS INDUSTRIAIS..........................................20 8. ESTUDO PRELIMINAR 2............................................24 9. ANTEPROJETO....................................................26 10.CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................28
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1. INTRODUÇÃO
DESENHO DO OBJETO B A disciplina pesquisa e propõe soluções de projeto que constituam sistemas de objetos, inseridos em um contexto urbano e que estejam referenciados na cultura brasileira, buscando uma afinidade de linguagem com a arquitetura e urbanismo atualmente produzidos. Nesse sentido, a mesmo apresenta como objetivo, capacitar o aluno a desenvolver projetos de sistema de objetos e equipamentos de mobiliário urbano objetivando a qualificação desses espaços e conceber os objetos desde seus aspectos formais, funcionais e construtivos do estudo preliminar ao detalhamento completo. Desse modo, a disciplina conta com aulas expositivas e orientações aos alunos que buscam abordar os seguintes temas para o desenvolvimento do projeto: Forma, Função, Contexto, Ergonomia, Constructo, Sistema Estrutural, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Métodos de Produção, e o aperfeiçoamento da articulação mestra.
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2. OBJETO INEXISTENTE POINT JOIN
Como primeiro exercício da disciplina, foi proposto a criação de um mobiliário urbano inexistente e que apresentasse características e elementos inovadores para ser implantado no contexto do bairro onde o aluno reside. Partindo desse enunciado, realizou-se uma analise urbana no local onde foi possível constatar a presença de uma ciclovia e uma pista de caminhada paralelas à uma grande via que delimita o bairro no qual há uma grande predominância do uso habitacional. Assim, observando o intenso uso da mesma diariamente por parte desses moradores e até mesmo de pessoas de várias outras partes da cidade, foi notória a ausência de locais de descanso e permanencia ao longo desse trecho, bem como equipamentos que seriam extremamente bem vindos, como bicicletários. Além disso, uma outra deficiência está atrelada à iluminação noturna, uma vez que os postes se encontram muito distantes uns dos outros, e com uma altura que viabiliza apenas a iluminância do leito carroçável, oque torna o mesmo local inutilizável a noite. Após esse processo, foi pensada a criação de um mobiliário que pudesse atender todas essas demandas, na medida em que melhoraria a qualidade urbana do local, proporcionando um uso a qualquer hora do dia, além de locais para aluguel de bicicletas para os moradores que não contam com esse veiculo próprio.
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3. LEITURA DO ESPAÇO URBANO
RUA IRMÃ SERAFINA E AVENIDA ANCHIETA INSERÇÃO URBANA
Dentro de sua região metropolitana, Campinas tem se mostrado como ponto de encontro de diversas rodovias, nó logístico esse que também se faz presente no viário da área central do município, onde se encontra a nossa área de estudo. A via denominada no primeiro trecho de Rua Irmã Serafina e posteriormente Avenida Anchieta, conta com pontos referenciais como: a Prefeitura municipal, o Largo das Andorinhas, a Escola Carlos gomes e a Praça de mesmo nome.
SETORIZAÇÃO DA VIA
Atualmente, a via reúne em toda sua extensão características morfológicas diferentes, sendo assim, possível classificá-la em três setores. O primeiro entre a Av. Aquidabã e a Av. Moraes Sales. O segundo entre a Moraes Sales até a General Osório. E o terceiro, a partir desta última via, até o final da Avenida Anchieta, até a conexão com a Av. Orosimbo Maia.
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SETOR 1 O primeiro setor apresenta um misto de usos comerciais, de serviços, e habitacionais, além de instituições como a Casa de Saúde Campinas e áreas livres como a Praça Silvia Simões Magro e a Praça Anita Garibaldi. Nesse trecho, identifica-se uma seção de via de porte e características mais locais. Nessa área, a via não apresenta fluxo destinado ao transporte público, isso se deve, em grande parte, por suas dimensões. Em questões geomorfológicas, esse trecho da via, no sentido transversal, se apresenta como ponto alto ou relativamente plano em relação as vias vizinhas, configurando em seu início características de um espigão. Desse modo, sua declividade longitudinal é mais sutil. No levantamento do mobiliário e equipamentos existentes, nota-se a falta do mobiliário em geral, especialmente na iluminação e sinalização pública. Existem mobiliários, geralmente voltados para o comércio de rua, lazer e esportes, muitas vezes associados a parques ou praças.
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3. LEITURA DO ESPAÇO URBANO
RUA IRMÃ SERAFINA E AVENIDA ANCHIETA SETOR 2 Já o segundo setor da via, trecho da Rua Irmã Serafina, se transforma ao longo do seu eixo em um local de grande intensidade de fluxos, compreendendo um grande número de comércios e serviços e uma verticalização mais acentuada em comparação ao setor 1. Nesta área se localizam importantes pontos da cidade como o Shopping Jaraguá, a Praça Carlos Gomes e o Edifício Itatiaia, marco projetual de Oscar Niemeyer na cidade. Aqui, a via aparece duplicada, com os passeios mais largos. É importante lembrar que há uma variedade de linhas de ônibus municipais oriundas da Av. Moraes Sales e do Terminal Central, conectando vários pontos da cidade à região central. Nesse trecho, tido como um dos mais arborizados, observa-se o início da formação de uma concavidade no relevo, com a via localizada no ponto mais baixo dessa microbacia. Ainda no setor 2, encontra-se ao longo das calçadas mobiliários de iluminação, sinalização, limpeza e transporte público. E, associados à praça Carlos Gomes, mobiliários de esporte, lazer, permanência e comércios de rua.
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SETOR 3 No setor 3, a via recebe o nome de Avenida Anchieta até seu fim, na Avenida Orosimbo Maia. Nessa parte há com maior tendência a presença de edificações verticais e, o uso de comércios e serviços adjacentes. Esse trecho conta com a Escola Carlos Gomes, o Largo das Andorinhas, a Prefeitura Municipal e a subestação central de energia da CPFL. Aqui, a seção da via permanece mais larga, assim como o Setor 2. Quanto ao transporte público, nota-se a permanência da variedade de linhas de ônibus municipais oriundas do Setor 2, acrescidas de linhas que percorrem a Avenida Campos Sales e a Avenida Francisco Glicério. Nesse setor final da via, o terreno consolida a formação de uma vertente hídrica com a Avenida ainda no ponto mais baixo, permitindo a ocorrência do Córrego da Anchieta, que permanece canalizado subterraneamente até próximo ao final da via, quando desagua no Córrego da Orosimbo Maia. Aqui, o relevo se mostra com uma declividade mais sutil, não ultrapassando 3%. No setor 3 encontra-se ao longo da calçada mobiliários de comércio, limpeza, iluminação e sinalização. E apenas em praças ou próximos da prefeitura, onde as calçadas são mais largas, são encontrados mais comércios e locais de permanência.
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4. PROJETO ANÁLOGO ILUMINAÇÃO URBANA
VERSO - And-ré + Arq. Ricardo Guedes + Arq. Hugo Paiva O projeto VERSO é o resultado de uma premissa que além de apresentar uma funcionalidade extremamente importe no cenário da cidade, como a iluminação, faz o uso do design como meio de interação entre o criador e o usuário, marcando uma posição ativa e reativa perante o contexto urbano contemporâneo. Desse modo, o resultado são objetos que provocam reações, emoções, sensações e que exploram os limites sensitivos da utilização destes pelo transeunte, na medida em que proporcionam a fuga à monotonia, desafiando as formas e a geometria, mas sem perder a racionalidade do desenho industrial. Os objetos dessa família seduzem o usuário pela surpresa visual que provocam, desafiando a uma observação pluridimensional, ao explorar a quarta dimensão, criando uma multiplicidade de ângulos e diferentes perspectivas dependendo de onde é observado. As peças desta série ao mesmo passo que remetem a uma temática orgânica, são constituídas e sintetizadas por meio da dinâmica das linhas retas, um conceito que traduz-se numa experiência de utilização que pretende atribuir ao design desses objetos uma personalidade individual. A concepção desta série permite uma vocação diversa, adaptável em termos de contexto de inserção e de implantação, podendo servir a propósitos urbanos, públicos ou privados. Isso tudo através de um perfil de secção triangular que, a partir de um sistema modular, permite a diversidade formal da estrutura, desdobrando-se em várias possíveis aplicações, o que garante a possibilidade de mutabilidade da forma/dimensão, permitindo ambientes e soluções distintas, diversificando as possibilidades visuais e de uso.
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Quanto a suas dimensões, a concretização da forma dinâmica tridimensional da peça, foi conseguido através de um intenso estudo de modelação, trabalhando os ângulos e as ligações, a partir da desmaterialização e da continuidade de uma seção triangular que não ultrapassa os 15cm em seu maior lado, geometria essa que garante uma maior rigidez ao poste de iluminação para o passeio, permitindo que este ganhe grandes alturas. Essa associação de uma seção esbelta e uma grande altura, proporciona à peça a leveza estrutural. A complexidade geométrica da peça exige que o processo de fabricação da mesma seja totalmente inovador, aliando as tecnologias de ponta existentes na indústria com o trabalho manual de artesãos, uma vez que esses objetos não se utilizam de ferramentas standard ou materiais existentes no mercado. Nesse processo de fabricação, o perfil triangular do poste é construído por meio da quinagem ou dobradura de uma única chapa de aço, que é soldada no encontro das bordas e, por fim, polida manualmente. Com a análise desses objetos, o poste de iluminação para passeio e o balizador, ambos utilizantes da mesma tecnologia e materiais para suas execuções, é possível constatar que uma relativa simplicidade quanto a quantidade de etapas para a produção, e a grande beleza e versatilidade de seções que garante leveza a peça. No entanto, é desejável que a peça possa ser desenvolvida totalmente pela indústria, cabendo ao trabalhador apenas instala-la no local designado.
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5. PROJETO RELÂMPAGO
FAMÍLIA DE ILUMINAÇÃO PROPOSTA Após realizada a leitura do espaço urbano referente à via estudada, notou-se, além da monotonia formal e ineficiência da implantação e dimensionamento dos postes existentes, a carência de uma iluminação pública voltada para o pedestre, uma vez que os pontos que recebem maior iluminância são os leitos carroçáveis, oque acaba tornando o uso dos passeios públicos e praças que existem no local extremamente desconfortáveis a noite. Nesse sentido, foi constatado também a necessidade da existência de objetos que atendessem a uma gama de situações diferentes que surgem ao longo da via. Para isso, num primeiro momento foi pensado em cinco objetos para compor o mobiliário dessa família de iluminação urbana. OBJETO 1
O primeiro objeto é referente a um poste de iluminação para pedestres com pouco mais de 2,5 metros de altura e que apresentaria, além de uma cápsula de iluminação na ponta superior da sua haste em ângulo, fitas coloridas de LED em suas laterais, criando uma alternância de cores ao longo do tempo em que o mesmo estivesse aceso.
OBJETO 2 O segundo objeto seria um balizador de cerca de 50cm e que também apresentaria, além da cápsula de iluminação principal, fitas de LED coloridas em suas laterais. O mesmo foi pensado para ser implantado nas praças que estão presentes ao longo da via, criando uma iluminação mais branda e intimista em alguns percursos existentes nesses locais. 12
OBJETO 3
O objeto 3 se configura formalmente como um pórtico com sua peça horizontal em ângulo e que apresentaria, além das fitas de LED nas laterais, uma área de iluminação principal em sua face inferior, iluminando o transeunte que passasse por baixo, criando uma atitude lúdica nas praças onde ele estaria implantado.
OBJETO 4 O quarto objeto seria um refletor de piso, este agora com sua maior medida na horizontal, com cerca de 1 metro, também contaria com a fita de LED em sua face superior e estaria posicionado ao longo dos passeios das praças e largos da Rua Irmã Serafina e da Avenida Anchieta. OBJETO 5 O quinto objeto referente ao sdruvs seria um banco em formato de cubo, em que apresentaria iluminação em suas faces laterais e a energia que o mesmo consome seria gerada a partir de um sensor de pressão que armazenaria essa, conforme os transeuntes fossem pisando nesse sensor ao longo do dia.
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6. ESTUDO PRELIMINAR 1
FAMÍLIA DE ILUMINAÇÃO PROPOSTA IDENTIFICAÇÃO DOS OBJETOS E CRITÉRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO
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Ampliação 3
Ampliação 1
Ampliação 2
Ampliação 3
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Ampliação 2
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Ampliação 1
Nesse primeira etapa do desenvolvimento projetual, foi definido cinco objetos para compor a família de iluminação urbana. O objeto 1 se refere a um poste de luz que ilumina tanto o leito carroçável quanto a calcada e os passeios públicos, sendo assim voltado para os veículos e para o pedestre. Desse modo, o mesmo se insere repetidamente ao longo de toda a via, com distancia de cerca de 20m entre eles. O objeto 2 é um poste voltado apenas para a iluminação de pedestres, por isso o mesmo se aloca nos passeios e caminhos das praças e largos existentes na via, como a praça Silvia Magro e a Carlos Gomes. Já o objeto 3 é um balizador, com o objetivo de proporcionar uma iluminação numa cota mais baixa e lateral, e também numa intensidade menos, por isso o mesmo se localiza nas praças, gerando esses locais mais intimistas. O objeto 4 é o guarda-corpo iluminado e ele apresenta uma dupla função, além de proteger e organizar o fluxo de pessoas nessa via, ele apresenta uma iluminação rente ao transeunte. Por fim, o objeto 5 se define como um pórtico iluminado que criaria uma caráter lúdico para essa iluminação, sendo o mesmo implantado nas praças.
ATITUDES CONSTRUTIVAS
Quanto à questão construtiva, foi pensado na utilização de tubos de aço para a composição desses elementos, com o intuito de que suas dimensões fossem definidas para garantir o encamisamento de peças. Isso porque essa técnica se mostra tanto eficiente para inibir a entrada de agua dentro dos objetos, quanto para deu transporte, uma vez que as seções podem se posicionar umas dentro das outras.
Uma outra questão também discutida e aprendida foi relativa a como se dá a fundação desses objetos no piso urbano. Desse modo, após a realização de uma pesquisa, chegou-se a conclusão de que esta ocorre por meio da fixação da haste dos elementos sobre uma base de concreto que conforma algo semelhante a um bloco, onde ocorre o transpasse de ferragens que afloram a superfície onde se posiciona o objeto. Nesse primeiro momento, esse bloco de concreto anda se apresentava aparente no projeto desenvolvido.
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6. ESTUDO PRELIMINAR 1
ANÁLISE DOS DEMAIS TRABALHOS DA SALA GRUPO 01
A família de objetos desse grupo apresenta como temática a limpeza urbana e se mostra constituída por uma estrutura de cantoneiras de aço e vedadas por chapas metálicas. No entanto um elemento do projeto, a lixeira eletrônica, apresenta uma geometria que dificulta sua consuntibilidade por esse material, sendo mais eficiente sua materialização por meio da injeção plástica. Ademais, uma outra fragilidade notada se dá pelo fato dos cestos de lixo não apresentarem tampa, deixando esse material expostos, gerando odores. E por fim, foi constatado que os elementos propostos pelo grupo não contam com uma linguagem semelhante entre si, cada qual apresentando características formais e construtivas distintas.
GRUPO 02 A família de objetos desse grupo apresenta como temática a sinalização urbana e se mostra constituída por objetos que contam com cores variáveis, cada qual indicando o assunto tratado. Apesar dessa técnica positiva, a equipe faz uso apenas de fonte em caixa alta, a qual se mostra mais desfavorável para a ergonomia da leitura. Uma outra fragilidade notada, foi a composição de mobiliários muito largos, com dimensões que ultrapassam os 90cm, sendo um empecilho para a circulação nas calçadas que já se mostram extremamente estreitas. E por fim, a utilização de chapas metálicas para vencer grande alturas, como é proposta pelo grupo, apresenta uma grande defasagem estrutural, uma vez que esse material, devido a sua esbeltez, não suporta esse emprego. GRUPO 04 A família de objetos desse grupo apresenta como temática o transporte público e se mostra constituída por objetos que contam com cores variáveis, cada qual indicando a região para qual o veiculo se dirige, assim como as cores presentes nos ônibus existentes. No entanto, os objetos da equipe apresentam dissonância quanto à linguagem, uma vez que o emprego que linhas curvas e ortogonais nos mesmos elementos se mostram de forma desarmônica. Outro problema notado é em relação ao sistema estrutural, uma vez que o principal mobiliário, o ponto de ônibus, se mostra construído por meio de uma caixa de chapa metálica calandrada, porem seu travamento e estabilidade não se mostram formalmente resolvidos.
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GRUPO 05
A família de objetos desse grupo apresenta como temática a sinalização urbana e se mostra constituída por série de placas e do sdruvs. Quanto as placas, algumas apresentam como partido arquitetônico de linguagem o vazio, no entanto o fato desse elemento não estra presente em todos os objetos faz com que haja uma desarmonia dentro da família. Ainda nesse sentido, uma outras dissonância, se mostra quanto à esbeltez dos objetos, já que alguns se apresentam extremamente esbeltos e outros com grande robusticidade. Por fim, quanto ao sdruvs apresentado pelo grupo, ele se mostra como um PIN, onde o usuário o escaneia por meio do celular e é direcionado para uma pagina de informações sobre o estabelecimento comercial no qual ele se implanta. Entretanto a escolha da equipe pela implantação desse elemento em apenas alguns comércios se mostram como problema.
GRUPO 06
A família de objetos desse grupo apresenta como lúdico/permanencia e se mostra constituída por elementos cujas técnicas construtivas empregadas exigem frequentes manutenções, não sendo muito indicadas para o espaço publico. Um outro problema notado se refere ao local de implantação dos objetos, sobretudo na Praça Carlos Gomes, uma vez que esta apresenta um enorme valor histórico e cultural, e a alocação de mobiliários contemporâneos nesse local pode descaracterizar a paisagem existente. Por fim, uma ultima fragilidade presente no projeto é que alguns mobiliários apresentam sua geometria muito presa à técnica construtiva empregada, os tornando muito simples ou pouco inovador. GRUPO 07
A família de objetos desse grupo apresenta como lúdico/permanencia e se mostra constituída apenas por elementos inovadores, o que agrega alto valor qualitativos ao projeto. No entanto, os mesmo apresentam muitas funções e não acaba resolvendo nenhuma de forma satisfatória. Outro problema está relacionado à consuntibilidade desses objetos, uma vez que não presentam travamento entre as peças e nem uma hierarquia de fluxo de cargas. Por fim, o grupo faz uso quase que de maneira predominante de chapas metálicas, o que se mostra ruim para objetos de permanencia devido que a exposição ao sol do mesmo, o aquece e dificulta o uso dos mesmo, principalmente em dias quentes.
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6. ESTUDO PRELIMINAR 1
ANÁLISE DOS DEMAIS TRABALHOS DA SALA GRUPO 08
A família de objetos desse grupo apresenta como temática o transporte público e se caracteriza pela implantação dos objetos no mesmo local dos pontos de ônibus e de taxi existentes, alegando que estes já se encontram em uma boa localização e que a alteração dos mesmos poderia afetar a logística do transporte na área. Uma deficiência notada se refere a ausência do estudo de composição de pontos de ônibus implantados em conjunto, uma vez que a via de estudo apresenta diversos locais onde este se aloca lado a lado. O mesmo ainda carece de planos de vedação com o intuito de proteger o usuário de intemperes. Por fim, os elementos dessa família se mostram constituídos de materiais diferentes sem que haja uma justificativa para essa diversificação.
GRUPO 09
A família de objetos desse grupo apresenta como temática a sinalização urbana e se mostra fundamentada no princípios da sustentabilidade, uma vez que o grupo propõe a reutilização dos poste e hastes já existente para a implantação dos seus objetos. No entanto, tal raciocínio se mostra equivocado tendo em vista que o projeto não deve estar restrito ou preso a elementos pré-existentes no local. Também foi possível notar que a família apresentada necessita de uma revisão quanto a forma das placas, já que estas se apresentam com quinas que podem feris o transeunte, para isso as mesmas devem ser arredondadas. O emprego de fontes serifadas também foi sugerido, uma vez que essa auxilia na facilidade da leitura.
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7. PROCESSOS INDUSTRIAIS
TRICOTAGEM DE FIOS DE ARAME E MOLDAGE TRICOTAGEM DE FIOS DE ARAME
A técnica de tricotagem de fios de arame consiste em estabelecer uma malha a partir de amarrações entre arames de bronze ou aço galvanizado, gerando, assim, diferentes desenhos, uma vez que sua finalização é feita com auxílio manual. Para que isso seja possível, o material que será composto o arame passa por uma máquina de trefilação, onde será definida sua espessura em polegadas ou milímetros. A partir disso, os fios de arame passam por um maquinário cuja função é ondular a seção, garantido estabilidade à peça. Em seguida, é realizado o entrelaçamento dos arames no tear, processo no qual conta com auxílio manual.
Esse tipo de técnica é comumente utilizada para a produção de telas para delimitar terrenos e na construção civil, no processo da argamassa armada, funcionando como armadura interna das peças.
A utilização desse método apresenta flexibilidade e versatilidade, visto que se pode atuar em diversas funções diferentes, sendo de fácil aplicação, rápida montagem e instalação. E a pouca energia gasta em sua produção, combinado com sua resistência e durabilidade, é capaz de suportar danificações provenientes de elementos corrosivos e intempéries, o que a torna uma técnica acessível, mostrando-se uma opção econômica de excelente custo-benefício uma vez que sua produção não requer muito investimento. 20
M DE MADEIRA À VAPOR MOLDAGEM DE MADEIRA A VAPOR A técnica de moldagem de madeira a vapor consiste em adequar uma seção de madeira a um determinado desenho, em geral curvilíneo, através da submissão dessa ao vapor gerado por uma caldeira, tornando a mesma mais flexível, podendo ser envergada além do seu limite. Após o procedimento, a madeira deve ser mantida com o novo formato até que seque completamente.
Uma coisa de grande importância a se saber para projetar corretamente por meio dessa técnica são as propriedades do material lenhoso da madeira. Isso porque na natureza existem inúmeras espécies vegetais cuja madeira pode ser utilizada para fins da construção civil ou de marcenaria, mas cada uma com sua resistência de tração, compressão e torção diferente. Desse modo, é primordial ter em mente a geometria e os esforços que a peça sofrerá a fim de escolher o melhor tipo de madeira para o projeto. Densidade básica (DEB), módulo de ruptura à flexão estática (FEr), módulo de elasticidade à flexão estática (FEe), resistência à ruptura à compressão paralela às fibras (CPpar), resistência no limite porporcional à compressão perpendicular às fibras, resistência à ruptura ao cisalhamento (Cir) e coeficiente de anisotropia da madeira de algumas espécies arbóreas comercializadas.
Essa técnica concede mais maleabilidade, plasticidade, organicidade e geometrias esculturais a peça, tudo isso graças a variabilidade de seções, volumes e formas possíveis de serem conquistadas. Dependendo das condições das fibras e das espécies escolhidas, nem todas as madeiras podem ser modeladas, sendo que algumas podem ser mais flexíveis do que outras. Porém, sua leveza estética em função da sua resistência estrutural, garante um processo com bom custo-benefício e baixo consumo de energia. 21
7. PROCESSOS INDUSTRIAIS
APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS NO PROJETO FRESAGEM, CORTE POR JATO D’ÁGUA E SOLDA Ambas as técnicas se tratam de processos de usinagem. Esse processo, por lidar com cortes e modelagem de materiais pesados como metais num geral, é de interesse para a fabricação das peças projetadas pela equipe. A primeira técnica permitiria, por exemplo, os cortes necessários nos tubos de aço galvanizado, onde se localizariam as capsulas de iluminação projetadas, permitindo a execução da abertura da mesma para manutenção e os recortes feitos a cima e em baixo da capsula, por onde ocorre a ventilação. Já a segunda técnica em questão, o corte por Jato d’água, permite a delimitação de peças em matérias planos, como as chapas metálicas. Desse modo, é possível produzir os tampos para vedação das áreas abertas os tubos. Quanto à união das peças, o projeto pressupõe o uso de duas técnicas, a primeira seria o aparafusamento convencional, e a segunda, a solda MIG. Essa técnica de soldagem dos materiais metálicos é a mais indicada para o material ao qual se trabalha e se torna indispensável para a junção de áreas dos tubos que foram recortadas para que se pudesse dobra-las e atingir os ângulos necessários.
Fresagem.
Corte por Jato D’água.
Solda. 22
PINTURA ELETROSTÁTICA Uma vez que as peças do projeto são metálicas e em sua maioria carregadas eletricamente com cargas positivas, a técnica da pintura eletrostática pode ser muito bem aproveitada pelo projeto, uma vez que esta funciona por meio de cargas opostas, sendo o pó utilizado na pintura portador de uma carga negativa. Sendo assim, atraídas e fixadas. Com isso, a grande vantagem é a praticidade e o bom acabamento da pintura, por desempenhar uma pintura bastante uniforme.
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8. ESTUDO PRELIMINAR 2
FAMÍLIA DE ILUMINAÇÃO PROPOSTA IDENTIFICAÇÃO DOS OBJETOS E CRITÉRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO
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Nesse segunda etapa do desenvolvimento projetual, o objeto referente ao pórtico iluminado foi removido da família com a justificativa de que o mesmo não apresentava uma implantação harmoniosa com os locais para o qual foi desenhado, sobretudo a relação com a Praça Carlos Gomes e seus elementos históricos. Assim, o trabalho prosseguiu com os quatro primeiros elementos.
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O objeto 1 se refere a um poste de luz que ilumina tanto o leito carroçável quanto a calcada e os passeios públicos, sendo assim voltado para os veículos e para o pedestre. Desse modo, o mesmo se insere repetidamente ao longo de toda a via, com distancia de cerca de 20m entre eles. O objeto 2 é um poste voltado apenas para a iluminação de pedestres, por isso o mesmo se aloca nos passeios e caminhos das praças e largos existentes na via, como a praça Silvia Magro e a Carlos Gomes. Já o objeto 3 é um balizador, com o objetivo de proporcionar uma iluminação numa cota mais baixa e lateral, e também numa intensidade menos, por isso o mesmo se localiza nas praças, gerando esses locais mais intimistas. E por fim, o objeto 4 é o guarda-corpo que além de apresentar as funções de proteger e organizar o fluxo de pessoas nessa via, ele passou agora a contar com uma luz interativa na medida que o transeunte pode escanear o QR Code do objeto e ser direcionado para uma aba onde é possível alterar a cor da iluminação, tornando esse um elemento lúdico na paisagem urbana.
ATITUDES CONSTRUTIVAS
A ideia de composição dos elementos da família por tubos de diferentes dimensões se manteve, tendo em vista seu valor construtivo e logístico, no entanto agora o processo de encamisamento desses objetos passou a conter uma maior variedade de seções. Isso se deve porque deixou de se utilizar as mesmas dimensões para todos os objetos da família, e cada qual passou a contar com medidas únicas que garantissem esbeltez e maior leveza ao seu formato.
Uma outra questão também discutida e aprendida nessa etapa se refere à cápsula de iluminação, na medida em que se pôde notar a importância de um elemento que facilitasse na sua manutenção, como por exemplo durante o processo de troca das lâmpadas. Então, para isso foi proposto uma articulação que funciona a favor da gravidade de modo que o técnico necessita apenas desparafusar um parafuso e a tampa que a veda se move para baixo por meio de uma dobradiça interna embutida, deixando assim a placa com as lâmpadas expostas. 25
9. ANTEPROJETO
FAMILÍA DE ILUMINAÇÃO PROPOSTA IDENTIFICAÇÃO DOS OBJETOS E CRITÉRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO
Implantação 1
Implantação 2
Implantação 2
1
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As principais alterações feitas nessa etapa do projeto consistem na alteração do ângulo de abertura do facho luminoso dos postes, diminuindo estes de 90º para 60º após as orientações, o que gerou um aumento no número de objetos a serem implantados para suprir a demanda do local, sobretudo quanto ao objeto 1. Implantação 1
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Outra alteração feita foi quanto à forma do guarda-corpo com luz interativa, este passando agora a apresentar um plano de vedação em placa de policarbonato e excluído as hastes horizontais que poderiam proporcionar o escalamento do mesmo, sendo assim contra as normas de segurança.
ATITUDES CONSTRUTIVAS
Por fim, nessa etapa também buscou-se identificar e detalhar a articulação mestra do projeto. Desse modo, a peça de conexão entre a haste e o tubo horizontal de iluminação dos postes foi escolhida como tal. A mesma se apresenta composta por duas seções de tubos de aço galvanizado cortadas em ângulos de 60º e unidas por meio da soldagem MIG. E posteriormente finalizada com a técnica de pintura eletrostática.
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10. CONSIDERAÇÕES FINAIS DESENHO DO OBJETO B
Após a conclusão da disciplina de Desenho do Objeto B, é notória a gama de informações sobre conhecimentos adquiridos sobre a temática que a mesma propõe, a de mobiliários urbanos. Nesse sentido, cabe destaque para alguns aspectos pontuados ao longo do semestre durante as aulas, como a questão do emprego da linguagem para o desenvolvimento de objetos que embora apresentem finalidades distintas, contem com características que proporcionam o fácil reconhecimento e um agrupamento entre eles. Outra questão que também foi criteriosamente trabalhada foi quanto aos processos industriais das técnicas de fabricação, criando assim um repertório sobre os materiais e suas especificidades, bem como seus detalhamentos, que será empregado em diversos outros projetos futuros.
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