Relatório 2012 Liga

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Relat贸rio

anual 2012

Liga Norte Riograndense Contra o C芒ncer


Nossa Missão

Aplicar, gerar e difundir conhecimento em saúde, priorizando a oncologia, com competência e responsabilidade social.

Visão de Futuro

Seremos reconhecidos como centro nacional de referência no tratamento, ensino e pesquisa em oncologia até 2020.

Valores

Ética, aperfeiçoamento contínuo, competência, responsabilidade social, humanização, filantropia.

Presidência

• Dr. José Américo dos Santos Costa Diretor Presidente

• Dr. Leão Pereira Pinto Diretor Vice-Presidente

Superintendência - 2012 • Dr. Ricardo José Curioso da Silva Superintendente

• Dr. Roberto Magnus Duarte Sales Superintendente Adjunto

• Dr. Luciano Luiz da Silva Júnior Coordenador do HLA

• Dr. Maciel de Oliveira Matias Coordenador do Cecan

• Dr. Ivo Barreto de Medeiros Coordenador da Policlínica

• Dr. Aluísio Bezerra de Oliveira

Coordenador das Unidades de Apoio


Dr. José Américo Presidente

A Liga Norte Riograndense Contra o Câncer é um patrimônio do povo potiguar. Instituição de direito privado, mas de caráter público, vem sendo construída há mais de 60 anos por milhares de colaboradores, desde médicos a ilustres voluntários. E não para nunca. As já conhecidas dificuldades de custeio não impediram avanços. Boas novas como doações de entidades como a Procuradoria Regional do Trabalho trazem alento na tentativa de manter a instituição atualizada tecnicamente. Neste relatório está um resumo das atividades no ano de 2012 e um retrato desta instituição dinâmica e pulsante.



Sumário

// Relatório Anual 2012 | Liga Norte Riograndense Contra

o

Câncer

Seções • Palavra do presidente............... 05 • Entrevista.................................. 08 • Atendimento............................. 12 • Unidades.................................. 16 • Recursos Humanos.................. 24 • DEPECOM............................... 26 • Responsabilidade social........... 32 • Números................................... 40

Assistência

12

Entrevista | Dr. Ricardo Curioso

08 24

Por trás das paredes da Liga, criatividade e engenharia financeira

Recursos Humanos

Expediente

• Staff.......................................... 58

Esforços além da prescrição médica garantem melhores resultados

Olhar diferenciado na atualização profissional

• Corpo Clínico............................ 59

Ensino e Pesquisa

26 32

Disseminação da informação e difusão de conhecimento

Humanização e Voluntariado

Solidariedade organizada

// Projeto

// Fotografia

// Diagramação

Departamento de

Alex Fernandes

Thiago Assis

Comunicação da Liga

Danilo Medeiros

// Fotolito, Impressão e Acabamento

// Redação

Humberto Lopes

Impressão Gráfica

Margareth Grilo (RN 00416JP)

Augusto Ratis


Entrevista | Dr. Ricardo Curioso

Por trás das paredes da Liga, criatividade e engenharia financeira Para o superintendente da LIGA, Dr. Ricardo Curioso, a instituição continua entre “a angústia e a esperança”. A angústia de ter uma fragilidade contábil e financeira forte e a esperança de que a criatividade e os investimentos resultem em um período de mais tranquilidade. A valorização do colaborador e diversificação das fontes de receita são armas para buscar a sustentabilidade. Confira a entrevista.

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Relatório Anual | 2012


Somos hoje um centro Quais

os

ocorreram em 2012? O

por

ano

que

de excelência em

marcado

cirurgia, graças ao

avanços

2012

coisas

gratificantes

extremamente

foi

extremamente e

coisas

preocupantes.

Diria que a gente continua -

cada

vez

mais

notável time de profissionais que temos

está

também

um

dos

melhores

serviços de radioterapia do

país, temos equipe de medicina nuclear e de quimioterapia com pessoas

muito

experientes,

muito qualificadas. Somos hoje um centro de excelência em

cirurgia, graças ao notável time

comprovado isso - entre a angústia e a esperança. A

de profissionais que temos. Daí termos nos distinguido

forte e a esperança de que toda a criatividade e os

em desempenho. Tudo isso nos enche de orgulho, de

angústia de ter uma fragilidade contábil e financeira

investimentos que foram feitos resultem em um período de mais tranquilidade no custeio de nossas atividades.

No final de 2011, o balanço da gestão mostrava que tínhamos um resultado contábil negativo, mas o

resultado financeiro era positivo. Como vocês podem

ver no balanço que está anexado neste relatório, no ano passado a situação ficou ainda mais preocupante porque o nosso resultado foi negativo, agora também

como o décimo primeiro hospital de câncer do país alegria, mas ao mesmo tempo nos preocupa porque

manter esse padrão, que pensamos que deveria ser até melhor e maior, é muito caro. A inflação na área

de saúde é sempre maior que a oficial e olhe que a oficial já está alta. Então, manter isso aqui nesse nível

de atividade e qualidade tem se tornado uma tarefa árdua.

em termos financeiros. São resultados incompatíveis

Quais os caminhos para a sustentabilidade?

topo, nos manter em condições de excelência sempre.

para custeio foi diversificar as fontes de receita. Nós

com a ansiedade que temos em nos manter sempre no

Vamos precisar passar um ano nos capitalizando para voltarmos a ter uma saúde financeira que dê segurança a esse desenvolvimento.

O custeio é um desafio?

Sim. A Liga não tem patrocínio, a Liga não recebe de ninguém dinheiro para seu custeio. Ela se mantém dos

serviços que presta ao SUS, preferencialmente; aos planos de saúde e à clientela privada, por sobrevivência.

Se tivéssemos alguma forma de receber o déficit

mensal, como alguns hospitais de câncer no país recebem, nós teríamos uma situação bem diferente.

Além do que, aqui no Rio Grande do Norte, a gente não tem o hábito do doar, principalmente os mais abonados.

É engraçado isso. Os nossos doadores, mais de 30 mil

pessoas, são em maioria das camadas mais baixas da pirâmide sócio-econômica. Isso é muito curioso porque todos precisam dessa instituição. Temos hoje aqui ilhas

de excelência inéditas, exclusivas no Estado. Temos

O primeiro deles, já que não temos um subsídio fixo gostaríamos de dizer que hoje atendemos 100% ao

sistema único de saúde. Para isso, a Liga foi feita. O compromisso social existe e vem se mantendo ao longo desses 64 anos de história, mas sabemos que

as retribuições do sistema único não são corrigidas em

tempo compatível. E nos períodos entre uma correção e outra dos valores, ficamos em uma situação muito complicada, e tivemos que diversificar as fontes de

receita. A legislação nos permite atender até 40% da

nossa capacidade instalada ao não SUS. Hoje, 34% dos nossos atendimentos vêm da clientela da saúde suplementar e de pacientes privados e essa clientela é

responsável por mais de 50% do resultado financeiro.

Por uma questão de sobrevivência estamos com esse tipo de atendimento. Outra fonte de recursos são

as subvenções do poder público para a compra de equipamentos, como, por exemplo, a compra de nosso último acelerador linear, adquirido graças a convênio

firmado com o governo do estado. Claro que isso

LLiga igaNNorte orteRRiograndense iograndense C Contra ontra o o Câncer

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exige contrapartida da instituição, não apenas para

aqui dentro, ele não se desenvolve, ele não anda,

para mantê-las em operação, com pessoal, energia e

preceptor a se atualizar. Então isso só ajuda a crescer.

colocar as máquinas em funcionamento, mas também manutenção.

Mas a limitação de recursos não impediu os avanços?

Não impediu. Mas isso à custa da criatividade desse grupo maravilhoso de colaboradores e voluntários que temos. São pessoas que mantém esta instituição viva

e tem um plus que eles dão de afetividade e de amor nos setores onde atuam.

O senhor diria que há uma certa magia na Liga?

Tem sim. Aqui as pessoas geralmente se integram e se entregam. E tem um lado interessante: a maioria

dos colaboradores de nível superior se profissionalizou

aqui. As pessoas se desenvolveram aqui, cresceram aqui. Tiveram oportunidade de ascensão financeira, social. Então acho que é isso. Às vezes nem é o maior

salário, mas a gente tem muito amor aqui na relação de trabalho. Então, esse é o segredo. Considerando

esse

contexto

de

limitações

financeiras, o senhor diria que a Liga está fazendo o que é possível fazer ou tem ido além de seu papel?

Não tenho dúvida de que estamos fazendo mais,

muito mais do que é possível. A produtividade aqui é

algo impressionante. Com cinco salas, o Hospital Luíz Antônio faz mais cirurgias do que muito hospital ai com

infraestrutura maior. Fazemos uma média no HLA de

E quanto à interiorização?

Ela começou, mas há uma estrada longa a percorrer, porque os problemas de sustentabilidade da unidade de Caicó são os mesmos da Liga como um todo, e

considerando que a economia regional é frágil, dificulta

mais ainda. O Rio Grande do Norte não é uma ilha de

bonança e o Seridó é o reflexo da economia do Estado como um todo. Então, temos aberto lentamente

o hospital do Seridó. O hospital está pronto para funcionar em sua plenitude, mas não tem garantido

o seu custeio. Então, estamos primeiro garantindo

o custeio para poder começar a abrir os serviços. A gente inverteu a coisa, porque se abrimos a atividade plena do hospital, ele dará um prejuízo mensal de R$

150 mil, e onde vamos buscar esse dinheiro? Ninguém

patrocina. Em Caicó, está sendo feito um trabalho muito bom, com apoio da Prefeitura, para garantir a

sustentabilidade antes mesmo de abrir a atividade plena. Queremos ainda este ano, abrir a atividade cirúrgica, pelo menos, durante o dia. E acredito ser possível. A sustentabilidade para isso acontecer já

está sendo buscada com o aumento diferenciado dos

serviços que prestamos. Estamos negociando um plus, para atrair especialistas de Natal para trabalhar em Caicó e para gerar um excedente que permita

investimento e equilíbrio financeiro quando abrirmos o hospital dia.

30 a 40 cirurgias por dia. Hoje nós somos um hospital

O senhor falou de vários desafios, mas o que está

são áreas de treinamento, de residência médica, de

Em curto prazo construir o novo hospital da LIGA. Se

escola sem receber para isso. As unidades da Liga aplicação e transmissão de conhecimento, e isso não

vem sendo custeado por ninguém, mas pela receita própria da Liga. Pelo seu próprio orçamento. E nós

entendemos que se o hospital não mantém o estudante

10

porque é a curiosidade do formando que estimula o

Relatório elatório A Anual nual || 2012 2012

elencado como prioridade?

daqui a cinco ou dez anos a gente não fizer esse hospital, os doentes de oncologia vão estar amontoados nos

corredores como acontece hoje com os pacientes de trauma no Hospital Walfredo Gurgel. Todas as nossas


forças e a nossa capacidade

As pessoas se

de convencer estão voltadas e

profissionalizaram aqui,

nossos gestores e junto às

se desenvolveram aqui,

porque esse é um investimento

cresceram aqui.

serão intensificadas junto aos

pessoas que podem decidir, que a Liga precisa fazer, mas

não tem condições. O que a

Este é o segredo

novo com duzentos leitos, principalmente

diante

do

aumento do câncer. O câncer é uma doença degenerativa, é a doença do idoso, e nossa

população está envelhecendo a passos largos. Temos que avançar na mesma medida.

gente garante é manutenção.

Precisamos que se use a criatividade de governos,

gente precisa é de um hospital

de empresários e que esse novo campus se erga o

O senhor falou da importância do ensino. Há uma

oferecer conforto às pessoas que estão precisando de

Sim, hoje nós somos área de estágio para a

mais rapidamente possível para que a possamos

cuidados até paliativos. Hoje não temos uma unidade

de cuidados paliativos porque não tem onde colocar. Queremos com esse novo campus fazer com que o Hospital Luís Antônio faça essa assistência. Hoje a pessoa com câncer grave, avançado, não tem para

onde ir e nós não temos estrutura para receber.

Precisamos criar isso. Isso é sério. Estrategicamente é nessa direção que temos de ir. Todos os avanços inaugurados ao longo desses anos, como aumentos de leitos na Policlínica, no HLA, acelerador linear,

isso é para manter. Mas em termos de futuro o que a

parceria mais estreita com as universidades hoje?

Universidade Federal, a Estadual e a UNP, e alguns

cursos isolados da área de saúde da Facex e da Farn. A Disciplina de Oncologia da UFRN funciona no

Hospital Luís Antônio, e uma das disciplinas de cirurgia da UNP funciona aqui, e a gente ainda tem os cursos

de pós-graduação ministrados pelo próprio staff da

Liga para psicólogos, enfermeiros e dentistas. E toda a atividade de ensino vem sendo custeada quase que

totalmente pela LIGA, e a de pesquisa, parcialmente. A receita própria do departamento de ensino não chega a 50% do seu custo.

Liga Norte Liga Riograndense Norte Riograndense Contra Contra o C oC âncer âncer

11 11


Assistência

Esforços além da prescrição médica garantem melhores resultados Por trás das paredes da LIGA, é muito fácil identificar marcas de um esforço diário e constante para dar ao paciente com câncer mais que uma simples consulta

P

or mês são 452 novos casos de cân-

cer diagnosticados e mais de 65 mil

procedimentos realizados. É nesse cenário que 1.298 pessoas trabalham focados

65 mil

procedimentos é a média mensal na LIGA

numa só missão: trazer alívio, amenizar a

te, a LIGA aumentou, ao longo dos anos, sua capacidade produtiva de

forma gradativa e responsável, sem perder de vista que a sustentabilida-

dor e salvar vidas.

de é algo imprescindível para alavancar investi-

Assim tem sido o cotidiano da LIGA NORTE RIO-

acessibilidade, num momento em que o desafio é

GRANDENSE CONTRA O CÂNCER, instituição que completou 63 anos em 2012, unindo excelência técni-

ca, acessibilidade ao paciente, amplitude e humanização do atendimento. Por trás das paredes da LIGA, é

muito fácil identificar marcas indeléveis de um esforço diário e constante para dar ao paciente com câncer mais que uma simples consulta, uma cirurgia ou sessões de radio ou de quimioterapia.

“O grande diferencial da LIGA”, diz o sub-coordenador

do Centro Avançado de Oncologia (Cecan), Dr. Arthur

Villarim Neto, “é fazer mais do que sua obrigação. É

ir além. Se nos limitássemos a fazer apenas o atendimento médico, nosso papel, nossa atuação estariam incompletos”.

12

Para atender integralmente o pacien-

Relatório Anual | 2012

mentos. Mas não é fácil conjugar qualidade com dar conta da crescente demanda por atenção oncológica. Em 2012, 38 mil novos pacientes foram

matriculados na LIGA e mais de 788 mil procedi-

mentos foram executados nos quatro centros de atendimento. Entre 2007 e 2012, a demanda cres-

ceu 68,9%. Em relação a 2011, o crescimento foi de 8%.

É um volume gigantesco, que tem exigido uma reengenharia financeira para gerar equilíbrio e preservar o nível de excelência. “A LIGA evoluiu a ponto de hoje ter o mesmo protocolo de assistên-

cia dos melhores hospitais do país, e isso exigiu,

e continua exigindo, investimentos pesados em

todos os setores”, atesta a administradora do Cecan, Valdenise Costa.


Pilares

do

Atendimento

• Acessibilidade ao paciente

Procedimentos Gerais Média mensal

• Amplitude do serviço de atenção oncológica

• Excelência

70.000 57.887

56.000

Pontos Fortes • Corpo médico e técnico qualificado

42.000

• Tecnologia avançada

28.000

• Humanização do atendimento

14.000

• Multidisciplinaridade • Acesso a todos

• Grupos de apoio ao paciente

Desafios • Construir novo hospital com 200 leitos • Criar unidade de internação para cuidados paliativos

• Interiorização plena

• Garantir equilíbrio financeiro e sustentabilidade

0

65.705

60.802

36.581

2008

2010

2011

2012

Atendimento Geral na Liga Total Ano

100.732 12.350 10.149 219.453 33.144 10.474

Consultas Internamentos Cirurgias Aplicações Radioterápicas Ciclos Quimioterapia

83,50% foi o percentual de atendimento SUS em 2012 - conforme metodologia descrita na portaria 1.970/GM

Mamografia Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

13


Multidisciplinaridade em ação

H

á muito tempo o câncer deixou de ser fatal. É hoje uma doença crônica, tratável e, em mais de 80%

dos casos, curável, especialmente se diagnosticada

precocemente. Mas apesar dos avanços na Oncologia, que mudaram radicalmente as perspectivas de

tratamento do câncer, a hora do diagnóstico ainda é um choque para o paciente, quase uma sentença de

o atendimento psicológico, com total suporte e

pias eficazes.

vencia a mesma insegurança e impotência do

morte. Um estigma da época em que não havia tera-

“O paciente chega com câncer”, explica o Dr. Edilmar

paciente.

de Moura, coordenador do Departamento de Ensino,

“Nós procuramos dar orientações para que o pa-

hora em que se dá o diagnóstico, se não houver a

tratamento ao qual será submetido, e assim ame-

Pesquisa e Educação Comunitária (Depecom), “e na assistência psicológica, a pessoa vai ter câncer e um transtorno de ansiedade”. Por isso, a preocupação em tratar o paciente de forma individualizada. “Procuramos saber os detalhes da sua vida particular, para tratá-lo da patologia que não dá simplesmente uma

dor, ou um tumor, e sim um grande transtorno de comportamento, um medo, um pânico, que sim precisam

ser tratados”, explica o radioterapeuta. Os casos de depressão e desequilíbrio emocional podem interferir

na rotina de tratamento e, até mesmo, na resposta do

ciente conheça a doença que vai enfrentar e o nizar os seus medos”, explica a gerente de Enfer-

magem do Cecan, Socorro Macedo. A família, diz

ela, deve estar unida para apoiar a recuperação do paciente. Esse contato traz mais esperança,

estímulo e força para o paciente superar todas as

etapas do tratamento. Além das sessões em grupo, os pacientes têm consultas individualizadas

com esses especialistas, para ajudar a minimizar os efeitos colaterais do tratamento.

organismo, mais fragilizado e vulnerável.

O paciente com câncer geralmente nunca recebe

Para cuidar integralmente do paciente, a LIGA mantém

seu tratamento, continua tendo a facilidade de

de prontidão uma equipe multidisciplinar que agrega

assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, odontólogos e fonoaudiólogos. Quem se trata em uma das quatro unidades da LIGA é recepcionado

por grupos de acolhimento. A família também recebe

14

acompanhamento do serviço social, porque vi-

Relatório Anual | 2012

alta definitiva. Então, mesmo depois de encerrar

acesso a diversas especialidades na LIGA, com oportunidades de tratamentos complementares,

como o acompanhamento da odontologia oncológica, da nutrição ou mesmo da psicologia, se houver necessidade.


A humanização do atendimento é imprescindível. Temos uma série de profissionais que dão suporte ao médico. O tratamento vai além da oncologia. Avaliamos o paciente em sua integralidade. É isso que faz a diferença . Arthur Villarim Neto Sub-coordenador do Cecan

Sustentabilidade para alavancar investimentos

C

hegar ao topo, em termos de novas tecnologias e

Esses dados de atendimento SUS são pelo volume

dos investimentos, difíceis de serem viabilizados ape-

indicada na portaria 1.970/2011GM, esse percentual

qualificação do corpo clínico e técnico exige pesa-

nas com a prestação de serviços para o Sistema Único

de Saúde (SUS). Atualmente, 34% dos atendimentos

global de atendimento. Se for utilizada a metodologia chega a 83,50%.

da LIGA vêm da clientela da saúde suplementar e de

Além da remuneração pelos serviços executados, a

mais de 50% do resultado financeiro da instituição.

rídicas. Em 2012, os mais de 30 mil doadores repassa-

pacientes privados e essa clientela é responsável por

A diversificação das fontes de receita se faz necessá-

ria diante da fragilidade contábil e financeira, mas isso

LIGA se mantém com doações de pessoas físicas e juram R$ 2,065 milhões, valor praticamente estável em relação ao ano de 2011 (R$ 2,075 milhões).

não distanciou a LIGA do seu objetivo maior, que é

“É uma arrecadação que ajuda muito, mas que podia

dimentos realizados, 66% foram destinados a pacien-

ato de doar não é hábito”, afirma o superintendente da

atender ao SUS. Em 2012, dos mais de 788 mil procetes do sistema público. Nos últimos três anos, a média

de atendimento via SUS se manteve estável, oscilando

entre 68% e 66%, e permitindo à população carente o

acesso a tratamentos de ponta, com alto grau de qualidade e resolutividade.

ter um volume bem maior. No Rio Grande do Norte o

LIGA, Dr. Ricardo Curioso. O escape para alavancar investimentos tem sido as subvenções junto ao poder

público. A última delas, em convênio com o Governo do Estado no valor de R$ 2,7 milhões, viabilizou a aquisição de um moderno acelerador linear. Para montá-

-lo a LIGA investiu mais R$ 1,3 milhão, com recursos próprios.

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

15


CECAN

Tecnologia à serviço de todos

O

ano de 2012 foi de consolidação de novas

tecnologias em diagnóstico. No Cecan, a

principal delas foi o PET-CT, que une as imagens da tomografia computadorizada e da tomografia

por emissão de pósitrons. O equipamento que

demandou um investimento de R$ 3,3 milhões

foi o primeiro instalado no Rio Grande do Norte e o quarto no Nordeste e começou a funcionar em maio de 2011, quando só existiam 26 máquinas desse tipo no país.

Passados dois anos, já contabiliza 924 exames. Somente em 2012, foram 577 procedimentos, o que representa um aumento de 269%, em relação ao primeiro ano. A aceitação dele junto à classe

médica é muito boa, o que proporcionou, segundo

o sub-coordenador do Cecan, Dr. Arthur Villarim Neto, esse aumento significativo no número de

exames realizados. Também em 2012, a partir de convênio com a Secretaria Estadual de Saúde Pública foi possível ampliar o acesso do exame ao

paciente da rede pública. “Não teria sentido não disponibilizá-lo a uma parcela maior da população.

Não adianta ter tecnologia boa sem acesso a todos”, afirma o médico.

O PET-CT permite um exame diagnóstico que

pode orientar a conduta terapêutica e até o

tratamento do paciente. “É alta tecnologia, um avanço trazê-la para a população carente, mas

quando você traz, agrega um alto custo fixo, e é

a LIGA que banca isso. São poucos os estados no Brasil que disponibilizam essa tecnologia pelo SUS”, pontuou.

16

Relatório Anual | 2012


Números que fazem a diferença Cecan em 2012

Referência

no

diagnóstico

e

tratamento

ambulatorial do câncer no Estado, o Cecan

também conta com outros serviços de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância

magnética, mamografia, ultrassonografia e raio-x. Na radioterapia deve começar a operar este ano

um novo acelerador linear, mais moderno e que

permitiu a atualização do software dos outros três equipamentos. O Cecan realizou, em média, 1 mil

atendimentos diários, em 2012. Foram mais de 463 mil atendimentos/ano entre consultas, exames laboratoriais e de imagem, ciclos de quimioterapia, aplicações de radioterapia e pequenas cirurgias.

Essa demanda tem sido crescente a cada dia,

dado que as doenças neoplásicas aumentam na

velhice e a pirâmide etária no Brasil está cada vez mais invertida, com mais pessoas idosas e menos

jovens. As novas drogas por sua vez também

aumentam a sobrevida e prolongam o atendimento. Resultado: a assistência incha e não há estrutura que não fique sobrecarregada. Daí a necessidade

463.086 foi o número de procedimentos realizados em 2012

de expansão e investimentos contínuos.

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

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Policlínica Expansão em curso

C

om a

5.241

pacientes

Policlínica

internados

hospital

da

em

LIGA

2012,

voltado

prioritariamente para pacientes de convênios e particulares – registrou um incremento de 26% no número de cirurgias, em relação a 2011. Ao longo do ano passado a unidade realizou mais 151 mil

procedimentos, entre consultas, internações, cirurgias, exames de imagem, atendimentos de pronto-socorro

e exames de patologia clínica e cirúrgica, com média

mensal de paciente dia de 1.431. Mais de 12 mil pacientes foram atendidos pelo PS da unidade em 2012.

Do total de procedimentos, 35,32% foi via SUS e 64,68%

proveniente da saúde suplementar e particulares. O ano de 2012 foi, segundo o coordenador da unidade,

Dr. Ivo Barreto, “altamente engrandecedor” em termos de produtividade e expansão. Além da consolidação do

Barreto. Na pediatria, a unidade registrou, em

2012,

528

pacientes internados e

151.322 foi o número de procedimentos realizados em 2012

uma média mensal de

paciente dia em diversos procedimentos, de 196.

novo centro cirúrgico Dr. Ernani Rosado, após reforma

A administradora da Policlínica, Karina Farias, citou

de trabalho aos médicos e mais segurança aos

centro cirúrgico ampliou o porte da unidade e aumentou

realizada em 2011, para garantir melhores condições pacientes. Quatro novas salas de cirurgia entraram em funcionamento. Além disso, as outras quatro já existentes foram recuperadas.

A unidade que tem papel importante na geração de receitas complementares cresceu. Em 2012, assinou convênio com a Unimed Natal para criação de 29 leitos,

que serão inaugurados no mês de julho. Teve o setor

ainda que a instalação de novos equipamentos no

a segurança e a precisão dos procedimentos. Outras melhorias

aconteceram

no

Pronto-Socorro,

nas

farmácias e no laboratório. Ano passado também

foi instalada a recepção de acolhimento para a enfermagem, onde os profissionais podem checar

temperatura e pressão arterial. “Foi um ganho enorme na humanização da equipe”, disse ela.

de imagem ampliado e o Centro de Nutrição totalmente

Fato marcante nos avanços da Policlínica em 2012

a UTI adulto, que passará de 8 para 15 leitos. “O

do Ministério Público do Trabalho – Procuradoria

reformado e continua ampliando algumas áreas, como hospital é um dos melhores do Estado, tem excelência,

inclusive na pediatria que está operando a todo vapor.

É um hospital com boa rotatividade e mais dinâmico”,

18

acrescentou Dr. Ivo

Relatório Anual | 2012

foi a expressiva doação de R$ 801 mil recebida

Regional do Trabalho da 21ª região, que ajudou a custear a reforma do centro cirúrgico e aquisição de equipamentos.


Ações Importantes • Implantação do projeto do acolhimento do paciente cirúrgico;

• Descentralização da manutenção, otimizando

a realização de tarefas e repostas aos setores;

• Participação no Nutrition Day – projeto internacional de avaliação da Performance Status;

• Padronização de dietas para convênios,

Números que fazem a diferença Policlínica em 2012

reduzindo custos;

• Implantação da consulta farmacêutica na Pediatria; • Lançamento do manual de uso de medicamentos por sonda e medicação EV e treinamento das equipes de Enfermagem;

• Treinamento das equipes de farmácia sobre

controle dos gases medicinais, visando diminuir custos;

• Curso de atualização para auxiliares de farmácia;

Quem ajuda a Liga Policlínica em 2012

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

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Hospital Dr. Luiz Antônio 11º. No país em desempenho

P

O resultado

Ministério da Saúde em 2012. A unidade ocupa o 11º. lugar no ranking

esforço para

portaria 2.947/2012 - MS e que avaliou 275 unidades hospitalares que

atender cada

orta de entrada no Rio Grande do Norte para o tratamento cirúrgico

do câncer, através do Sistema Único de Saúde, o Hospital Dr. Luis

Antônio está entre os melhores do país, segundo avaliação realizada pelo de desempenho, elaborado de acordo com parâmetros estabelecidos pela prestam serviço de cirurgia oncológica pelo SUS.

vez mais e

Classificado em nível de qualificação “A”, categoria que reúne 54 hospitais

melhor .

partir deste ano, um incremento de recursos financeiros destinados pelo

Dr. Luciano Luiz

que realizam 1.000 ou mais cirurgias oncológicas por ano, o HLA terá, a

Ministério da Saúde. O ano base para a avaliação foi o de 2011, quando o HLA realizou 3.058 cirurgias. O coordenador do HLA, Dr. Luciano Luiz

da Silva Júnior, explica que o resultado é reflexo do esforço para atender cada vez mais e melhor.

No ano passado, em todas as suas áreas de atendimento, o hospital registrou 163.393 procedimentos, com destaque para as cirurgias oncológicas que atingiram a marca de 4.634, no ano, número que representa incremento de 51,5% em relação a 2011, ano da avaliação do MS.

20

é reflexo do

RelatóRio anual | 2012

Coordenador do HLA


Números que fazem a diferença Hospital Dr. Luiz Antônio em 2012

41.888 procedimentos diversos 37.243 exames de patologia clínica 27.262 consultas 24.604 exames de patologia clínica

8.334 exames de diagnóstico 6.739 internamentos 4.634 cirurgias 893 pequenas cirurgias

98%

nível de satisfação quanto ao atendimento ambulatorial e internamento

O problema é manter sustentabilidade com 100% de atendimento ao SUS . Margarida Medeiros Administradora da Unidade

Gestão A administradora da unidade, Margarida Medeiros,

Pesquisa interna mostra que os esforços de qualificar

financeira, a de processos, clientes e a de aprendizado

satisfação quanto ao atendimento ambulatorial e

explica que a gestão trabalha em quatro perspectivas: a e crescimento. No financeiro, a meta é reduzir déficit, que em 2007 beirava os 60%. Em 2012, o déficit caiu

para 15%. “Estamos conseguindo reduzir em torno de 5% ano. O problema é manter sustentabilidade com 100% de atendimento ao SUS”, diz a administradora.

o serviço surtiram efeito. Por exemplo, o nível de

internamento está em 98% (a meta era 97%). As pesquisas são mensais, por amostragem setorial junto aos pacientes. A partir dos dados coletados, os gestores vão observando e trabalhando as distorções apontadas.

No quesito processos, o desafio é encontrar uma

forma de colaborar para reduzir o tempo de espera para que o paciente faça a cirurgia em até 60 dias

após o diagnóstico. “Na absoluta maioria das vezes a demorar se dá por fatores que não dependem da Liga, mas mesmo assim estamos tentando criar alguma forma de agilizar todo o processo”, explica Margarida Medeiros.

liga noRte RiogRandense ContRa o CânCeR

21


Hospital de Oncologia do Seridó a interiorização do atendimento

I

naugurado em 2006, o Hospital de Oncologia do

Seridó, localizado na cidade de Caicó, revela pelas

suas estatísticas que a interiorização do atendimento oncológico é um projeto que, a cada ano, se solidifica

para a LIGA, se firma mesmo num quadro adverso.

O HOS atende não somente a pacientes do SUS,

realizados em 2012, um número que representa

Apesar de uma demanda considerada alta, segundo

Prova disso são os mais de 10 mil procedimentos um crescimento de 254%, se comparado com o quantitativo do ano de 2007 (3.000 procedimentos).

As consultas ambulatoriais cresceram 144%, atingindo

5.370 em 2012. Também houve crescimento da ordem de 43% na demanda da quimioterapia. Em 2012 foram realizados 2.075 ciclos, contra os 1.450 realizados no

ano anterior. A demanda por serviços de oncologia na região é alta. Somente na mastologia a fila tem 200 pacientes inscritos.

Desde 2011, o HOS funciona em prédio próprio (local onde antes estava instalada a Maternidade Mãe Quininha), após investimentos da ordem de

R$ 3 milhões para reforma e adaptação do prédio, sendo R$ 700 mil oriundos do Governo do Estado e

o restante recurso próprio da LIGA. Os pacientes são referenciados pela LIGA. Seu principal benefício é a redução do deslocamento do paciente.

22

Relatório Anual | 2012

mas de convênios privados e clientes particulares. o

administrador

da

unidade, Alysson

Emerson

Fernandes, a estrutura do HOS está subutilizada.

Utiliza-se 15% da capacidade instalada. O desafio é

ampliar os serviços e fazer o hospital funcionar em

sua plenitude. Este ano, está no planejamento da LIGA abrir o hospital dia no HOS, montar lavanderia e central de esterilização.

A unidade tem 54 leitos, sendo 9 leitos de UTI, o

que permitiria a realização de cirurgias eletivas e internações clínicas. Mas uma das barreiras para

colocar essa estrutura em pleno funcionamento é a de levar profissionais para atuar em Caicó. Desde o ano

passado, a administração do HOS vem negociando com as principais prefeituras da área de abrangência (35 municípios que somam cerca de 300 mil habitantes)

para viabilizar financeiramente a equipe médica e

transpor as dificuldades. Hoje, a unidade funciona com 18 colaboradores, quando tem potencial para atuar com mais de 100.


Natal Caicó

Números que fazem a diferença Hospital de Oncologia do Seridó em 2012

10.000 8.000 Procedimentos realizados,

6.000

um número que representa um

4.000

crescimento de

se comparado com o quantitativo

2.000 0

254%,

do ano de 2007 (3.000 procedimentos).

2007

10.664

2012


ReCuRsos Humanos O carinho, o reconhecimento dos pacientes faz com que o profissional se sinta valorizado e isso termina movendo essa corrente do bem e criando essa magia, que é bem particular da LIGA . Andreia Nunes Psicóloga e Assessora de Recursos Humanos

Olhar diferenciado na atualização profissional

A

emoção vivida diariamente nos corredores da LIGA é o que impulsiona e motiva o trabalho

dos mais de 1.200 colaboradores. Essa é a magia da LIGA, segundo a assessora de Recursos Humanos da instituição, Andreia Nunes. Para que se cumpram todos os objetivos e metas, a LIGA promove valores

que visam a manutenção de um ambiente de trabalho

necessários para o exercício pleno e proativo de suas atividades, bem como para sua qualificação.

A oportunidade de crescimento profissional é oferecida

democraticamente, de acordo com as competências e contribuições de cada indivíduo, explica Andreia

Nunes. Para isso, a instituição adota o Plano de Carreira e Desenvolvimento. “O que nos diferencia”,

pontua a psicóloga, “é o cuidado de envolver o funcionário com nossa missão. E acredito que o

comprometimento de nosso colaborador vem porque

ele vê que há uma política de valorização, para ajudálo a crescer, a progredir”.

saudável e produtivo.

A psicóloga acredita que a causa câncer já dá um olhar

Respeito entre colaboradores e pacientes, ética na

nos impulsiona ajudar, a humanizar o serviço, a ter um

conduta profissional, educação e boas maneiras no ambiente de trabalho são qualidades muito caras à

instituição. Em 2012, a exemplo de anos anteriores,

24

a LIGA ofereceu aos colaboradores os meios

RelatóRio anual | 2012

diferenciado. “A gente vê tantas coisas dolorosas, que

comprometimento maior. E procuramos manter esse

clima. É, por isso, que é diferente trabalhar aqui. Tem uma magia que nos move”, comenta a psicóloga.


Aproveitamento de aprendizes é alto O investimento em formação e capacitação

é contínuo. Em 2012, três técnicos de enfermagem concluíram graduação, fizeram aperfeiçoamento em oncologia e foram

promovidos a enfermeiros. Já são 12 nos últimos cinco anos.

“Digo muito que a Liga é uma incubadora que ajuda a aprender, a crescer. Para mim é uma aprendizagem contínua, uma casa de oportunidades, de experiências de vida, de resiliências, de descobertas. Sou muito grata pelas histórias dos pacientes que

A rotatividade em setores como serviços gerais e recepção é alta, porque quem

trabalha nessas áreas termina fazendo cursos internos, principalmente de auxiliares

de enfermagem, de farmácia hospitalar e

prática dietética e alcançando promoções. Andreia

Nunes,

por

exemplo,

iniciou

sua atuação na LIGA como estagiária.

Segundo ela, pelo menos, 80% da equipe multidisciplinar

passaram

por

estágios

na instituição, prova de que a cultura de

cuidamos, porque elas de fato me transformaram. O trabalho aqui possibilita um crescimento interior enorme, não tem como mensurar. É realmente instigante, a gente se apaixona. Com tantas possibilidades e formações, a enfermagem na Liga se tornou diferenciada. Tem uma magia. Uma forma de trabalhar diferente que não é ensinada na faculdade, é vivida. Há algo muito forte que nos move e nos faz estar aqui todos os dias. Com as histórias de vida que me marcaram, aprendi a ser mais, a ir além, não apenas tratando a dor de alguém, mas aprendendo a ser melhor”. Grayce Louyse Tinoco de Castro, 30 anos gerente de Enfermagem da Policlínica

formação de mão de obra especializada está arraigada.

“Considero-me privilegiada por estar na Liga, uma empresa que

Segundo dados dos centros de estágios CIEE e IEL, a LIGA é a instituição que mais

aproveita aprendizes, ao final dos contratos. Como forma de apoio à formação superior, a instituição tem convênio com as principais

universidades – Unifacex, UNP e UFRN e os colaboradores têm até 30% de desconto nas mensalidades dos cursos de graduação e pós-graduação.

tem como diferencial valorizar seus colaboradores. É uma enorme felicidade terminar o curso e poder estar trabalhando na área que escolhi. Sou grata à Liga por esta oportunidade. É uma realização profissional maravilhosa. E não é toda empresa que dá essa chance. Tenho orgulho de trabalhar na LIGA. Sou apaixonada pelo que faço e acordo todos os dias com entusiasmo para trabalhar e, apesar dos momentos de altos e baixos, cada dia é como

No momento, o RH também montou turmas do EJA – Educação de Jovens e Adultos, a

partir das 18 horas, supletivo em níveis de 1º e 2º graus, e a procura foi intensa, dado

o interesse dos colaboradores em ascender na carreira.

se fosse o primeiro. As dificuldades nunca tiraram o brilho de trabalhar na LIGA. Sinto e vejo isso em todos os nossos colaboradores, que se sentem bem no seu local de trabalho.” Lucineide Targino da Silva, 39 anos – psicóloga do setor de Recursos Humanos liga noRte RiogRandense ContRa o CânCeR

25


Ensino e Pesquisa

Luta pela disseminação da informação e difusão de conhecimento

C

riado em 1989, o Departamento de Ensino, Pesquisa e Educação Comunitária (Depecom)

tem se empenhado em difundir conhecimentos em oncologia não apenas para formar especialistas em câncer, mas para qualificar os mais diversos

profissionais da área da saúde. Em 2012, foram 1.219 estágios curriculares nas áreas de enfermagem,

farmácia, fisioterapia, nutrição, psicologia, serviço social e medicina.

A LIGA é área de estágio para a Universidade Federal, a Estadual e a UNP, e alguns cursos isolados de saúde

da Facex e Uni-RN (ex-Farn) e tem se revelado uma verdadeira ‘incubadora’ de conhecimento. Disciplinas

importantes da Medicina como a Oncologia da UFRN e a de Cirurgia da UNP são ministradas dentro Hospital

Dr. Luís Antônio, transformando-o num verdadeiro hospital escola. “É

algo

importante,

primeiro,

pela

difusão

do

conhecimento do câncer. Segundo, esses estudantes têm a oportunidade de conviver com pacientes doentes,

e quando se convive muda. Terceiro, tecnicamente eles conhecem o que há de melhor na conduta terapêutica para tratar o câncer”, afirma Dr. Luciano Luiz da Silva Júnior, coordenador do HLA.

26

Relatório Anual | 2012


O ensino é um braço fundamental da Liga. Queremos difundir conhecimentos do câncer não apenas para oncologistas, mas para aqueles que não são especialistas para que sejam capazes de detectar precocemente o câncer e saibam o que fazer com pacientes em fase inicial da doença . Dr. Edilmar de Moura, radioterapeuta Coordenador do Depecom

Cursos Básicos:

A ideia dos cursos básicos é conquistar profissionais

demanda crescente

que tenham mais interesse na área, para que,

Além

da

graduação

das

universidades,

a LIGA realizou cinco cursos básicos em oncologia no ano de 2012, para as áreas de

enfermagem, nutrição, odontologia, psicologia e fonoaudiologia, ministrados pelo staff médico

da instituição, com a participação de 213

que não lidam diretamente com a oncologia, mas num segundo momento, eles possam ter maior

aprofundamento, tanto da teoria, quanto da prática. A partir desse conhecimento, eles terão em mãos

informações suficientes para cada vez mais detectar precocemente o câncer e saber o que fazer com os pacientes em fase inicial.

alunos. A cada ano, os cursos realizados pela

Outra linha de ensino, iniciada em 2012, foi a

procura sempre superior a 100% em relação

radiologia e enfermagem. Na radiologia – área com

LIGA vêm mantendo uma taxa de aumento na ao ano anterior.

“Isso é muito bom para a instituição porque na

hora em que um profissional nosso vai dar aula, ele tem que estudar e, se estuda, se atualiza

e faz sua assistência melhor. Faz um círculo

virtuoso de informação”, diz o coordenador do Depecom, Dr. Edilmar de Moura.

formação de profissionais técnicos, nas áreas de

crescimento vertiginoso pelo uso, cada vez maior, da imagem para fins diagnósticos - a oferta de profissionais é infinitamente menor à necessidade do mercado.

Desde o ano passado a LIGA se dedica a formar

especialistas. Dos 22 técnicos que trabalham na

radioterapia da instituição, um terço se formou dentro da LIGA.

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

27


Ampliação da

“Vamos formar mais gente para trabalhar nas

residência médica

país que não têm residência médica”, explica

Trinta e cinco médicos já se formaram na LIGA, todos com suas residências reconhecidas pelo Ministério da Educação,

cidades potiguares e em outras cidades do Dr. Edilmar de Moura. Um dos problemas hoje é que determinadas especialidades

não tem médico em número suficiente para atender a população, e câncer é uma delas.

ao longo dos últimos anos. No ano passado,

Os residentes ficam responsáveis pelo

ampliar vagas, que vão passar de 7 para

e pela parte laboratorial. Eles ajudam a

a instituição começou o processo para 12 em 2014, numa resposta ao programa

federal pró-residência, para estímulo à ampliação da residência médica, em áreas chaves, como a oncologia.

acompanhamento dos pacientes internados dar cobertura ao salão de quimioterapia.

Geralmente na parte teórica, são três aulas

por semana. Em 2012, dez residentes passaram pela LIGA.

Vivência de um hospital escola “A residência médica por si já é enriquecedora profissionalmente. E aqui na

Liga, você vê que o staff médico é comprometido com o nosso aprendizado. O universo de pacientes, diversificado, tanto ambulatorial, quanto na

enfermaria, é outro ponto favorável e importante para nossa formação

específica. A parte prática realmente não deixa a desejar. A pesquisa abre

outro leque de oportunidades. Sou encantada com esse trabalho. Desde o primeiro ano de medicina já sabia que queria a residência em oncologia e

queria fazê-la na Liga. Hoje, no geral, incluindo os estudos em casa, tenho de 16 a 17 horas dedicados à residência, mas é compensador”.

Marcele Áurea Lourenço, 32 anos l residente em Oncologia Clínica, formada em Medicina pela UFRN em 2007

Números que fazem a diferença DEPECOM em 2012

28

Relatório Anual | 2012


Estimulo à pesquisa Hoje, o Depecom trabalha em duas

indústria farmacêutica, quando ela está

pelos profissionais da LIGA e os estudos

e precisa testá-la em diversos pacientes

linhas:

as

pesquisas

multicêntricos.

Em

desenvolvidas

2012,

18

alunos

participaram das cinco bases internas de

pesquisa e 29 trabalhos foram aprovados

pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/ Compesq).

desenvolvendo uma determinada droga para saber se é eficaz. Geralmente,

a LIGA participa de estudos Fase 3, quando a segurança da droga já está

bem estabelecida e se busca apenas a comprovação.

Internamente, há estímulo para que os

Participar de alguns desses estudos, como

possam avaliar os pacientes. Isso é

paciente de ter acesso a drogas que estão

especialistas desenvolvam estudos que

importante para identificar os resultados

dos tratamentos em curso e compará-los com os que estão publicados na literatura.

Já os estudos multicêntricos coordenados pelo Departamento de Pesquisa Clínica são

realizados

em

parceria

com

a

a LIGA vem fazendo, dá oportunidade ao

no mercado como novidades, e são caras, ou que ainda nem chegaram, e por isso não

são acessíveis pelo SUS, nem pelo sistema

privado de saúde. São drogas acessíveis

apenas pelo financiamento particular, que tem, em geral, custo elevado.

18

alunos em cinco grupos de pesquisas

26

linhas de pesquisas aprovadas

29

trabalhos aprovados pelo CEP/Compesq

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

29


Sequenciamento genético: serviço de 1º mundo disponível na Liga gratuitamente O câncer de mama pode ser hereditário ou esporádi-

sociados com a predisposição ao câncer de mama e/ou

os casos. Na formação do câncer de mama hereditário,

King da Universidade de Washington, o estudo visa se-

co, este último representando cerca de 80% de todos destacam-se os genes BRCA1 e BRCA2 (Breast Cancer 1 ou 2). Indivíduos que herdam mutação nestes genes apresentam maior chance de desenvolvimento de neoplasias.

Desde 2010, a LIGA desenvolve pesquisa conduzida pela Dra. Tirzah Lajus para detecção de famílias de alto

risco, através do sequenciamento genômico não somente do gene BRCA1, mas também de outros 32 genes as-

30

Relatório Anual | 2012

ovário. Com a colaboração do grupo da Dra. Mary Claire quenciar os 33 genes relacionados com a propensão ao

câncer de mama hereditário utilizando técnicas de biologia molecular. Com isso, a LIGA oferece um serviço de

qualidade para a população, como também estuda a assinatura genética dos pacientes no Rio Grande do Norte. O custo desse exame ainda é muito caro no Brasil, em

torno de R$ 3.000 reais e é somente realizado em labo-

ratórios do Sudeste do país. Na LIGA, o exame não tem custo algum por se tratar de uma pesquisa.


LIGA desenvolve pesquisa conduzida pela Dra. Tirzah Lajus para detecção de famílias de alto risco

Uma vez a mutação detectada, a equipe multidiscipli-

nar decide o tratamento a ser aplicado no paciente, caso a caso. Existe a possibilidade de cirurgias pro-

filáticas de grande impacto para o paciente como a mastectomia preventiva (retirada da mama uni ou bi-

lateral) ou a ooforectomia (retirada do ovário uni ou bilateral), que reduz em até 50% a incidência do câncer de mama e mais de 95% do câncer de ovário, quando

realizada na pré-menopausa. Este serviço é fornecido em diversos hospitais por todo o mundo, e hoje é reco-

nhecido como sendo essencial na redução de mortes relacionadas ao câncer.

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

31


Humanização e Voluntariado

Solidariedade Organizada Um estímulo que fortalece a luta pela cura

A

s iniciativas voluntárias na Liga acontecem nas

áreas educacionais, recreativas, culturais, de

lazer, de humanização do ambiente hospitalar e de

geração de renda. Os voluntários são pessoas como Thiago Danilo, que doa parte do seu tempo para levar

alegria, entusiasmo e carinho para quem enfrenta a doença e seus acompanhantes.

Thiago organizou em dezembro de 2012 o Coral da

LIGA. Hoje são 25 pessoas, a maioria leiga, apren-

dendo a cantar e encantar. Todos são funcionários da LIGA/HLA.

A LIGA contra o Câncer sabe a diferença de contar

com a solidariedade no dia a dia das unidades. “Os voluntários, assim como nossos colaboradores, são pessoas que não medem esforços e mantém esta instituição viva. Tem um plus que eles dão de afetividade,

de amor nos setores onde atuam”, afirma o superintendente da LIGA, Dr. Ricardo Curioso.

Para o paciente, receber apoio quando se descobre com um câncer de mama ou ser acolhido durante o tra-

tamento com moradia, alimentação e carinho, se torna um estímulo para que lutem com mais garra contra a

doença. “Digo todos os dias que a Liga é uma benção.

Se fosse para pagar o tratamento, a viagem, as despesas aqui [em Natal], nenhum de nós tinha condição”,

O Ato

de

Doar

“É gratificante ver os pacientes tocados pela música. Desde o início nosso objetivo foi trazer algo melhor para eles, despertar alegria em meio a tanta angústia. Por isso fizemos questão de que a primeira apresentação do Coral da LIGA fosse feita para os pacientes. Muitas pessoas assistiram, se emocionaram, cantaram junto conosco. E isso foi maravilhoso e motivou o nosso grupo. Todos que participam do coral – e surpreendentemente muitos estão querendo participar - estão determinados a ficar, a persistir, apesar de ser algo totalmente voluntário”.

diz Edmundo Tomás, do município de Apodi, abrigado na Casa Irmã Gabriela, mantida pela Rede Feminina.

32

Relatório Anual | 2012

Thiago Danilo, 22 anos - acadêmico de Enfermagem (músico nas horas vagas)


Fazer o trabalho de humanização é saber que a cada dia podemos aprender com o inesperado, com pessoas que sorriem nas adversidades da vida. Pessoas que transformam dor e sofrimento em aprendizado para a superação . Waldheluce Campos - Serviço de Humanização e Voluntariado

Ação direta em cada paciente

O

serviço de Humanização e Voluntariado existe desde 2004. No ano passado 60 voluntários

somaram esforços para desenvolver ações para ajudar os pacientes a lidar e superar a doença.

Waldheluce Campos e parte de sua equipe

São realizadas ações desde a doação de medicamentos

ao transporte de pacientes em UTI, distribuição de

Três programas se destacam: a Mercearia da LIGA,

possível graças ao Bazar da LIGA, principal fonte

realização de atividades lúdicas. Não é raro passar

cestas de alimentos e custeio de exames. Isso foi

de recursos para a execução das atividades. Com o dinheiro arrecadado, explica a coordenadora do Serviço de Humanização e Voluntariado, Waldheluce

Campos, também foi possível bancar melhorias na enfermaria do Cecan.

o Dia da Beleza, no Hospital Dr. Luiz Antônio, e a numa enfermaria de adultos, no Cecan, por exemplo,

e se deparar com paciente e voluntário jogando

dama, dominó ou cartas; ou na Policlínica e encontrar

palhaços e contadores de histórias animando o ambiente e divertindo crianças internadas.

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

33


Mercearia da Liga

E

m 2012, 361 pacientes foram beneficiados

com o programa Mercearia da LIGA. A apo-

sentada Júlia Elói, moradora da Redinha, em Natal, foi uma delas. Segundo a nutricionista

Luciana Câmara ela está enquadrada no programa por apresentar, além de uma baixa condição social, risco nutricional.

Segundo ela, os pacientes em tratamento rece-

bem cestas quinzenalmente e aqueles que estão

apenas em acompanhamento a cada 20 dias. A cesta de alimentos, que tem em média, 15 itens,

é individualizada e montada pela nutricionista de acordo com o perfil e necessidades do paciente. O maior número de cestas é entregue a pacientes com câncer de cabeça e pescoço que já chegam mais debilitados. Com a melhoria de

peso, os pacientes são reavaliados e se estiverem bem têm alta do programa para permitir o

ingresso de outros que, naquele momento, têm

Alimentos que Fazem a Diferença “A nossa condição não permite comprar tudo direitinho como eles mandam. O dinheiro do mês é muito pouco, só dá mesmo para comprar gás, pagar luz, água e aluguel. A cesta [de alimentos] ajuda bastante. O médico disse que tenho que ter uma alimentação diferente, mais forte, e então eles me ajudam e agradeço essa benção”. Júlia da Silva Eloi, 67 anos - aposentada e beneficiada pela Mercearia da LIGA

mais necessidades nutricionais.

Números que fazem a diferença Humanização e Voluntariado em 2012

60

voluntários vinculados ao Serviço

R$ 58.617,33 arrecadados no bazar da LIGA

34

Relatório Anual | 2012

361

Pacientes beneficiados com cestas de alimentos


Grupo Despertar Compartilhando experiências

A

poiar emocionalmente mulheres vítimas do câncer de

O depoimento de cada uma

mama é a premissa que orienta as atividades do Grupo

Despertar, fundado por mulheres que se submeteram ao tratamento para tratar o câncer de mama e decidiram compartilhar

das mulheres do grupo, dando

suas experiências. “Através dos nossos exemplos de vida, de

seu exemplo de vida, faz com

vencer e passa a acreditar que a cura é possível”, diz Gilva-

que o paciente se renove. A

superação, o paciente se renova, cria coragem para lutar e

nete Guedes de Carvalho, coordenadora do Grupo Despertar, que comemora exatos 20 anos em julho.

autoestima e a crença de que ele pode ter um resultado

Em 2012, 80 mulheres foram beneficiadas com as atividades

que vão desde reuniões de acolhimento, seja na hora do diag-

positivo aumentam .

precoce, visitas domiciliares, oficinas e aulas de dança e yoga.

Gilvanete Guedes de Carvalho coordenadora do Grupo Despertar

nóstico ou na mesa cirúrgica, a palestras sobre a detecção

O objetivo é ajudar as pacientes a alcançar o equilíbrio emocional. O grupo se mantém com realização de bazares e rifas.

Números que fazem a diferença Grupo Despertar em 2012

4

facilitadores voluntários das oficinas

80

mulheres acompanhadas

407 atividades em diversas áreas

27

voluntárias permanentes

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

35


Casa de Apoio Irmã Gabriela Recanto de conforto e atenção

M

uitos pacientes do interior do estado não teriam como ficar em Natal para realizar seu tratamento

contra o Câncer. É aí que entra a Casa Irmã Gabriela, da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer.

139

pacientes acolhidos na Casa Irmã Gabriela em 2012

Na Casa, eles encontram não apenas uma moradia

temporária, enquanto durar

o tratamento, mas apoio in-

condicional. “O acesso à capital não é fácil e se manter aqui, durante um tratamento que, na maioria das ve-

zes, é longo, é difícil e caro. A Casa existe para garantir que eles tenham suporte nesse momento difícil”, afirma a presidente da Rede Feminina, Lindamar Queiroz.

A Rede é a instituição administradora da Casa. No espaço, além de conforto e atenção, os pacientes encon-

tram um recanto espiritual, com bíblias do catolicismo e da igreja protestante, onde cada um à sua maneira pode fazer orações e meditar. Por semana, a unidade

tem capacidade para receber até 40 pacientes. Cada um recebe um kit de higiene, roupa padronizada e tem

seis refeições diárias sob orientação de nutricionista do HLA.

Outra importante contribuição da Rede é a organização, junto com o Grupo Despertar e os outros voluntários, do Outubro Rosa, que agrega uma série de even-

tos sobre prevenção e detecção precoce do câncer. O projeto tem grande adesão de empresas e órgãos

públicos, e se firmou como um marco na prevenção do câncer de mama.

36

Relatório Anual | 2012


Procuramos investir na autoestima de cada um,

Rede Feminina Pequenos gestos que fazem a diferença

com atividades dirigidas, com carinho, atenção e compreensão. Não só na Casa, mas na Liga, predomina o

F

undada em 1967, a Rede Feminina atua em diversas outras ações e não é fácil mantê-las. Durante

todo o ano, a instituição faz arrecadação de doações,

espírito do servir. Procuramos passar pensamentos positivos,

mantém um bazar e realiza bingos para o custeio das

para que a autoconfiança deles

que a entidade ajudou a LIGA a adquirir o primeiro

e dos parentes aumente .

atividades. A presidente da Rede Feminina recorda acelerador linear, na década de 80, à época o primeiro do Nordeste.

Lindamar Queiroz - Assistente social e coordenadora da Rede Feminina

Se no passado, as ações tinham por objetivo ajudar

a melhorar as condições e as possibilidades de tratamento da doença, hoje elas estão bem diversificadas e se firmam no campo do apoio emocional e social. Em

2012, as voluntárias confeccionaram e doaram 747

próteses mamárias. O grupo também realiza um importante trabalho de conscientização, fazendo visitas a bairros carentes e promovendo palestras educativas. Um cuidado a mais é a distribuição de lanches para

pacientes em espera pelo atendimento nas recepções

de unidades da Liga; a realização de passeios, uma vez por mês, levando pacientes à praia, ao teatro e ao shopping. “Pode parecer um pequeno gesto para alguns, mas é uma grande ajuda para quem vem de

longe em busca de esperança contra a doença”, afirma Socorro Aguiar.

Números que fazem a diferença Rede Feminina em 2012

103 1.286.500 voluntários permanentes

quilos de alimentos arrecadados juntos aos supermercados da cidade para organização dos cafés

192mil

747

cafés da manhã aos pacientes de próteses de iograndense Contra o Câncer ambulatório e acompanhantesLiga Norte Rmama doadas

37


Instrumento da sustentabilidade

A

s dificuldades para manter excelência e acessibilidade são minimizadas graças ao apoio de mais

de 35 mil doadores anônimos, que ajudam a instituição a obter avanços e manter a sustentabilidade das ativi-

dades. Em 2012, foram pouco mais de R$ 2 milhões arrecadados, perto de 4% da receita total da institui-

ção. Para cada R$ 1,00 investido na captação de doações, a LIGA arrecadou mais de R$ 9,00. Atualmente, mais de 90% das doações são captadas com auxílio

da Cosern, que faz a inclusão do valor nas contas de energia elétrica e repassa à LIGA.

São 12 anos de parceria, que permitem executar uma

estratégia de captação completamente diferenciada.

Ela permite conquistar doadores, ao invés de correr atrás apenas de doações. Trata-se de ser menos inva-

sivo e deixar o doador mais à vontade. O resultado é

Números que fazem a diferença Doações em 2012

uma operação enxuta, de baixíssimo custo e alto poder de arrecadação.

O desafio é conquistar a parcela mais favorecida da

população, pouco sensível aos apelos do telemarke-

ting.

35mil doadores

Além das doações via conta de energia, mais de R$ 40 mil vieram de doações coletadas pela Nossa Agência em seus pontos de recebimento de contas e títulos.

R$ 2.065.124,36 foi a arrecadação coletada

R$ 1,00 = R$ 9,49 para cada R$ 1,00 investido no setor de Doações foram arrecadados R$ 9,49 38

Relatório Anual | 2012


Quem ajuda a Liga

liga noRte RiogRandense ContRa o C창nCeR

39


Desempenho

da

Liga

NÚMERO DE LEITOS 171

JANEIRO

MARÇO

171

ABRIL

ABRIL

171

MAIO

MAIO

171

JUNHO

JUNHO

171

JULHO

JULHO

171

AGOSTO

AGOSTO

171

SETEMBRO

SETEMBRO

171

OUTUBRO

OUTUBRO

171

NOVEMBRO

NOVEMBRO

171

DEZEMBRO

NÚMERO DE COLABORADORES

FEVEREIRO

171

MARÇO

2012

JANEIRO

171

FEVEREIRO

em

DEZEMBRO

1.218

NÚMERO DE CONSULTAS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

5.042 6.115

1.217

9.052 8.551 8.902 10.139 7.997 8.972 10.479 9.536

TOTAL: 100.732

40

Relatório Anual | 2012

MÉDIA: 8.394

MARÇO

1.225 1.257

JUNHO

1.264

AGOSTO

1.274

SETEMBRO

1.291

OUTUBRO

1.295

NOVEMBRO

1.302

JANEIRO

DEZEMBRO

ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL: 12.350

936

MARÇO

986

ABRIL

1.147

MAIO

1.067

JUNHO

1.190

JULHO

1.128

AGOSTO

857

SETEMBRO

1.126

OUTUBRO

1.003

NOVEMBRO

842

DEZEMBRO MÉDIA: 1.029

3.894 3.099 3.258 2.942 2.617 MÉDIA: 3.223

NÚMERO DE CIRURGIAS

FEVEREIRO

1.144

3.121

TOTAL: 38.671

JANEIRO

924

3.964

3.568

JULHO

1.280

2.843

3.606

MAIO

1.256

2.797

2.962

ABRIL

NÚMERO DE INTERNAMENTOS

MARÇO

8.329

FEVEREIRO

MÉDIA: 1.258

FEVEREIRO

7.618

JANEIRO

1.218

MÉDIA: 171

NÚMERO DE NOVOS PACIENTES

TOTAL: 10.149

734 701 934 761 916 878 1.004 979 722 936 867 717 MÉDIA: 846


Nº DE APLICAÇÕES RADIOTERÁPICAS JANEIRO FEVEREIRO

19.643 17.981

19.285

ABRIL

18.162

MAIO

19.365

JUNHO

16.864

JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

18.050 16.197 17.204 17.920 17.899

TOTAL: 219.453

MÉDIA: 18.288

NÚMERO MAMOGRAFIA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL: 10.474

JANEIRO FEVEREIRO

20.883

MARÇO

738

MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL: 33.144

FEVEREIRO

955

MARÇO

876

ABRIL

1.022

MAIO

826

JUNHO

927

JULHO

948

AGOSTO

690

SETEMBRO

611

OUTUBRO

1.108

NOVEMBRO

857

DEZEMBRO MÉDIA: 873

2.668 2.735 2.655 2.740 2.719

JANEIRO FEVEREIRO

2.737

2.794 2.853 2.795 2.841

598 455 401

JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

2.838 MÉDIA: 2.762

66,31% 66,00% 66,28% 66,01% 64,30% 64,64% 64,46% 66,29% 66,06% 67,93% 66,21% 67,92% MÉDIA: 66,03%

523

514

ABRIL

JUNHO

2.769

492

649

MARÇO

MAIO

PERCENTUAL ATENDIMENTO SUS JANEIRO

916

NOVOS CASOS DE CÂNCER

Nº CICLOS QUIMIOTERAPIA

DEZEMBRO

436 325 369 379 284 MÉDIA: 452

TOTAL: 5.425

TOTAL GERAL DE PROCEDIMENTOS JANEIRO FEVEREIRO

60.575 61.114 73.534

MARÇO

66.429

ABRIL

69.551

MAIO

66.932

JUNHO

67.360

JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

75.572 60.422 65.299 63.938 60.737

TOTAL: 788.463

MÉDIA: 65.705

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

41


Demonstrativos Financeiros As Demonstrações financeiras são auditadas para fins de publicação anualmente, além disso, a Liga possui contrato com uma auditoria externa (CASS Auditores), onde avaliam continuamente nossos processos e fluxos de documentação.

Demonstrativo Contábil Dados referentes ao exercício: 2012 e 2011

Receita anual Total da entidade em 2012 (em R$): 90.050.216,06 Classificação da Entidade: Saúde Contador Responsável:

RUI CADETE CONSULTORES E AUDITORES ASSOCIADOS CNPJ: 24.519.969/0001-31 CRC: 107-O

Auditor Responsável:

CASS AUDITORES E CONSULTORES S/S CRC: 113-O

CNPJ: 24.519.787/0001-60

42

Relatório Anual | 2012


Liga Norte Rio Grandense Contra o Câncer balanços patrimoniais

exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 2011

ATIVO CIRCULANTE

2011

2012

(reclassificado)

13.224.838

10.939.157

Caixa e Equivalentes de Caixa (nota 04)

5.128.142

1.392.812

Clientes

5.639.624

7.491.929

5.967.816

7.614.761

-

-

(745.289)

(629.145)

417.097

506.313

136.315

126.470

2.304.806

1.912.490

15.951

15.456

35.925.833

36.681.237

38.456

30.148

38.456

30.148

2.928

2.928

-

-

2.928

2.928

IMOBILIZADO (nota 08)

35.884.450

36.648.162

Bens em Operação

58.651.455

48.966.058

1.334.356

8.416.186

(24.101.361)

(20.734.082)

48.150.672

47.620.394

Duplicatas a Receber (nota 05) Créditos Vencidos e Não Liquidados Cartões de Crédito (nota 3.2) Outros Créditos (nota 07) Estoques (nota 06) Despesas Pagas Antecipadamente NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Outros Créditos INVESTIMENTOS Partic. Permanentes Outras Sociedades

Imobilizado em Andamento ( - ) Depreciação Acumulada TOTAL DO ATIVO

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. (Valores em reais R$ 1,00)

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

43


Liga Norte Rio Grandense Contra o Câncer balanços patrimoniais

exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 2011

ATIVO CIRCULANTE

2011

2012

(reclassificado)

12.567.528

15.757.624

Empréstimos e Financiamentos (nota 09)

2.302.585

6.452.706

Fornecedores

4.709.881

4.490.098

445.609

359.439

4.358.634

3.526.179

473.322

476.965

97.654

77.568

179.844

160.446

Outras Obrigações

-

214.223

NÃO CIRCULANTE

25.972.986

16.179.799

24.193.034

13.926.524

1.675.953

2.149.275

104.000

104.000

10.610.157

15.682.971

2.247.445

3.953.849

Reserva de Reavaliação

12.965.133

13.479.203

Deficit

(4.602.421)

(1.750.081)

49.150.672

47.620.394

Obrigações Tributárias Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias Parcelamentos de Tributos (nota 11) Subvenções e Ass. Gover. a Realizar (nota 3.7) Fornecedores - Estoque de Consignados (nota 06)

Empréstimos e Financiamentos (nota 09) Parcelamentos de Tributárias (nota 11) Provisão Para Contingência PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio Social

TOTAL DO PASSIVO

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. (Valores em reais R$ 1,00)

44

Relatório Anual | 2012


Liga Norte Rio Grandense Contra o Câncer

Demonstrações dos superávit/déficit para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 2011

ATIVO RECEITAS DE SERVIÇOS Serviço de Saúde Serviço de Educação e Pesquisa CUSTOS MÉDICOS HOSPITALARES (nota 16) Materiais e Medicamentos Custos com Pessoal Próprio Serviços Médicos e Hospitalares - Terceiros Depreciação e Amortização Custos Diversos RESULTADO OPERACIONAL BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Despesas com Pessoal Próprio Serviços de Terceiros Despesas c/ Glosas Depreciação e Amortização Despesas Tributárias Provisão Para Contingências Despesas Gerais Resultado Financeiro Líquido RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO Despesas Financeiras Receitas Financeiras RESULTADO OPERACIONAL OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Subvenções Doações Recuperação de Glosas Isenção da Contribuição Patronal Outras Receitas Diversas DÉFICIT DO EXERCÍCIO

2012 78.595.126 78.055.383 539.743 (77.557.136) (17.733.643) (24.155.937) (23.347.906) (2.277.672) (7.041.977) 1.037.990 (13.215.267) (13.215.267) (9.393.976) (326.720) (1.643.762) (401.942) (206.166) (1.242.702) (3.880.234) (4.406.354) 526.120 (16.057.511) 11.455.090 1.190.914 1.980.194 490.082 4.751.890 3.042.010 (4.602.421)

2011

(reclassificado)

69.299.003 68.952.254 346.748 (70.083.198) (17.061.408) (21.807.233) (23.922.758) (2.026.951) (5.264.848) (784.196) (11.396.349) (11.396.349) (6.775.473) (210.266) (2.172.690) (357.697) (399.550) (104.000) (1.376.672) (2.758.852) (3.050.851) 291.999 (14.939.397) 13.189.316 3.674.975 2.073.539 784.320 4.913.016 1.779.466 (1.750.081)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. (Valores em reais R$ 1,00)

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

45


Liga Norte Rio Grandense Contra o Câncer

notas explicativas ÀS demonstrações contábeis

para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Valores em reais R$ 1,00)

1. Contexto Operacional A LIGA NORTE-RIO-GRANDENSE CONTRA O CÂNCER – LNRCC, fundada em 17 de julho de 1949, declarada

de utilidade pública pela Lei Federal nº 86.871, de 25 de janeiro de 1982, Lei Estadual nº 157, de 05 de outubro de 1949 e pela Lei Municipal nº 3.254, de 26 de outubro de 1981, registrada no Conselho Nacional de Assistência

social – CNAS e filiada à Sociedade Brasileira de Cancerologia, é uma Sociedade Civil sem fins lucrativos de ca-

ráter científico-social-filantrópico, com personalidade jurídica de direito privado, tendo por objetivo a prevenção e o combate ao câncer no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte. Para atendimento de seus objetivos a LNRCC possuem em pleno funcionamento quatro unidades hospitalares: Hospital Luis Antônio, Policlínica, Ambulatório

CECAN e a Hospital de Oncologia do Seridó, em Caicó. A LNRCC realizou o albergamento da Casa de Apoio ao Paciente com Câncer (Casa irmã Gabriela), com o objetivo de fornecer melhores acomodações aos pacientes do interior em fase de tratamento.

A LNRCC vem expandindo suas atividades, sempre voltada para o social, ingressando na área de ensino, através

do Departamento de Pesquisa Ensino e Ação Comunitária - DEPECOM, sendo ministradas disciplinas curriculares

do Curso de Medicina da UFRN; cursos básicos de oncologias, ciclos de palestras e simpósios direcionados a oncologia, estágios, residência médica e trabalhos científicos de pesquisa.

2. Apresentações das Demonstrações Contábeis As demonstrações contábeis estão sendo apresentado de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às peque-

nas e médias empresas (NBC TG 1000), em consonância com a ITG 2002 Norma Brasileira de Contabilidade – Entidades sem Finalidade de Lucros, NBC TG 07 e com as disposições contidas na regulamentação determinada

pelo Decreto 7.237 e Decreto 4.327/02 que trata da escrituração das demonstrações financeiras das entidades de fins filantrópicos bem como à legislação complementar no que lhe é aplicável.

A Demonstração do Fluxo de Caixa elaborada pelo método indireto de acordo com as Normas Brasileira de Contabilidade NBC TG 03 – Demonstração do Fluxo de Caixa.

As Demonstrações Contábeis, incluindo as Notas Explicativas, estão apresentadas adotando-se como expressão

monetária a “unidade de reais” de forma comparativa ao exercício anterior. A Diretoria Executiva da Entidade autorizou a conclusão e elaboração das demonstrações contábeis em 19 de abril de 2013.

46

Relatório Anual | 2012


3. Principais Práticas Contábeis 3.1 – Caixa e Equivalentes de Caixa – incluem os saldos de caixa, bancos, aplicações e fundos de investimentos de liquidez imediata e são demonstrados ao custo acrescidos dos rendimentos auferidos até a data

de encerramento do balanço. Os valores classificados em recursos sem restrição referem-se aos valores

próprios da Instituição e os recursos com restrição são decorrentes dos convênios e subvenções recebidas. 3.2 – Cartões de Crédito – representam os valores a receber das operadoras de cartões de crédito decorrente dos atendimentos médico-hospitalar à particulares.

3.3 – Estoques – é representado na sua maior relevância por materiais médicos e medicamentos, avaliados pelo custo médio de aquisição que não excede ao valor líquido de realização;

3.4 – Ativo Imobilizado – Demonstrado ao custo histórico para os bens adquiridos a partir de 1º janeiro de

1996, e os anteriores, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear a taxas que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens;

3.5 – Demais Ativos – os ativos estão demonstrados pelos valores de realização incluindo quando aplicáveis os rendimentos e as variações monetárias auferidas até as datas dos balanços, e a provisão para perdas considerando as expectativas de realização;

3.6 – Passivo Circulante e Não Circulante – são registrados pelos valores conhecidos ou calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas até as datas dos balanços;

3.7 – Subvenções e Assistências Governamentais a Realizar – Representam os recursos recebidos de contribuições e subvenções governamentais, reconhecidos com base na ITG 2002 cujos valores encontram-se nas disponibilidades da Instituição classificados em recursos com restrição, para realização no exercício subsequente, conforme objetos específicos pactuados.

3.8 – Apuração do superávit/déficit – as receitas e despesas são contabilizadas pelo regime de competência, incluindo os rendimentos financeiros, variações monetárias e cambiais, incidentes sobre ativos e passivos circulantes e não-circulantes, bem como os efeitos de ajustes de ativos para o valor de realização, quando aplicável;

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

47


3.9 – Doações – as doações recebidas para projetos específicos são registradas no passivo circulante e

revertidas ao superávit conforme execução dos projetos. As doações não específicas destinadas ao custeio normal das operações, são registradas como receitas de doações.

3.10 – Receitas de Subvenções – São recursos recebidos de entidades governamentais registradas no passivo circulante, sendo reconhecidas como receitas no superávit à medida que os recursos vão sendo aplicados para fins contratados nos Convênios firmados pela Instituição nos moldes da NBC TG 07.

Apresentação Analítica

dos

Principais Grupos

de

Contas

4. Caixas e Equivalentes de Caixa Consistem em numerário disponível na Entidade, existentes em caixa, bancos e aplicações financeiras e compreendem:

DISCRIMINAÇÃO

2012

Caixa

2011 13.536

19.718

Bancos - Recursos sem Restrição

2.751.641

1.093.367

Bancos - Recursos com Restrição

20.303

64.513

Aplicações - Recursos sem Restrição

2.265.312

202.160

Aplicações - Recursos com Restrição

77.351

13.054

5.128.142

1.392.812

5. Clientes Representam os valores a receber do Sistema Único de Saúde – SUS, Convênios, decorrentes das prestações de serviços de atendimentos médicos hospitalares. A Provisão para perdas sobre créditos foi constituída com base na

expectativa de realização desses ativos. Nos saldos dos balanços encerrados em 31 de dezembro, estão compostos dos valores abaixo demonstrados:

DISCRIMINAÇÃO

48

2012

2011

Sistema Único de Saúde - SUS

1.484.957

2.772.494,26

Outros Convênios

4.482.860

4.842.266,61

( - ) Provisão Para Perdas Sobre Créditos

(745.289)

(629.145)

5.222.527

6.985.616

Relatório Anual | 2012


6. Estoques DISCRIMINAÇÃO Farmácia

2012

2011

1.766.504

1.725.698

Materiais de Almoxarifado e Diversos

358.458

26.346

Estoque Consignados

179.844

160.446

2.304.806

1.912.490

7. Créditos e Valores DISCRIMINAÇÃO

2012

2011

Adiantamento a Fornecedores

55.264

99.881

Adiantamento a Pessoal Próprio

37.000

20.558

Impostos a Recuperar

44.051

6.031

136.315

126.470

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

49


8. Ativo Imobilizado TAXA DEPRECIAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO BENS IMÓVEIS Terrenos

EXERCÍCIO 2012

IMOBILIZADO LÍQUIDO EXERCÍCIO 2011

DEPRECIAÇÃO

IMOBILIZADO LÍQUIDO

5.159.322

(7.098.284)

26.204.728

22.054.954

6.025.879

-

-

6.025.879

6.025.879

CUSTO HISTÓRICO

ADIÇÕES

28.143.690

Imóveis

4%

5.853.577

-

(2.061.807)

3.791.770

5.090.819

Imóveis - Doados

4%

1.153.327

-

(134.555)

1.018.772

-

Prédios

4%

51.000

-

(4.080)

46.920

48.960

Imóveis - Reavaliação

4%

7.139.888

-

(2.570.535)

4.569.353

8.739.192

Imóveis - Reavaliação - Doados

4%

5.711.865

-

(2.056.097)

3.655.768

-

Benfeitoria de Imóveis Próprios

4%

2.152.511

5.143.926

(271.211)

7.025.226

547.849

55.642

15.396

-

71.038

1.602.255

20.894.881

4.524.600

(17.003.077)

8.416.404

6.232.665

Participação em Consórcio - Terreno BENS MÓVEIS Instalações

10%

21.522

-

(21.522)

-

-

Máquinas e Equipamentos

10%

17.201.586

(166.830)

(12.100.183)

4.934.573

5.514.740

Máquinas e Equipamentos - Doados

10%

-

4.548.340

(1.640.726)

2.907.614

-

Móveis e Utensílios

10%

1.763.753

57.943

(1.480.059)

341.637

448.931

Móveis e Utensílios

10%

16.872

-

(14.178)

2.694

-

Veículos

20%

237.711

-

(237.711)

-

4.930

Veículos Doados

20%

145.880

-

(145.880)

-

-

Equipamentos de Proc. de Dados

20%

1.275.212

64.247

(1.137.776)

201.683

250.585

Software de Informática

20%

202.295

19.490

(194.901)

26.884

13.479

Instalação de Rede Telefônica

10%

1.150

-

(1.150)

-

-

Instalação de Sist. de Combate a Inc.

10%

13.000

-

(13.000)

-

-

Instalações Elétricas

10%

14.618

-

(14.618)

-

-

Sistema de Sonorização Ambiente

10%

1.282

-

(1.282)

-

-

-

1.411

(90)

1.320

-

5.032.737

-

-

962.978

5.032.737

5.032.737

-

-

962.978

5.032.737

3.327.806

-

-

300.340

3.327.806

3.327.806

-

-

300.340

3.327.806

35.884.450

36.648.162

Outras Imobilizações OBRAS EM ANDAMENTO Obras em Andamento ADIANTAMENTO FORNECEDORES DE BENS Adiantamento a Fornecedores de Bens

TOTAL DO IMOBILIZADO LÍQUIDO

Em 2012 foi concluída a reforma realizada no Hospital de Oncologia do Seridó (HOS) da AV. Dr. Carlinho de Souza Dantas, nº 540, centro, Caicó/RN no valor de R$ 3.501.915,57.

50

Relatório Anual | 2012


9. Empréstimos e Financiamentos CIRCULANTE DESCRIÇÃO

EMPRÉSTIMOS

CAPTAÇÕES EM 2012

LIQUIDAÇÕES REF EM 2012

SALDO EM 31.12.2012

SALDO EM 31.12.2011

100.094.133

103.831.133

5.227.541

8.963.712

CEF - Contrato 01

37.119.453

37.119.453

-

-

CEF - Contrato 02

39.628.837

34.439.347

5.189.491

3.142.235

Unicred - C/Garantia

5.187.689

7.135.999

-

1.948.310

Banco CEF 6188

4.975.205

8.117.441

-

3.142.235

40.310

42.570

38.051

40.310

CEF - Empréstimo

1.972.687

2.818.124

-

845.437

Caixa Econômica 6188

4.031.284

5.240.669

-

1.209.385

CEF - Empréstimo 6188

5.369.865

6.868.432

-

1.498.567

CEF - Empréstimo 6188

558.936

838.404

-

279.468

1.210.695

1.210.695

-

-

JUROS A APROPRIAR

26.997.596

27.411.546

(2.924.956)

(2.511.006)

( - ) CEF Contrato 01

10.784.253

10.784.253

-

-

( - ) CEF Contrato 02

10.468.705

13.383.137

(2.914.432)

-

2.100.601

1.355.906

-

(744.695)

155.053

72.923

-

(82.130)

( - ) Juros Banco do Brasil Finame

11.806

10.523

(10.524)

(11.806)

( - ) Juros Caixa Econômica - 6188

1.535.616

960.539

-

(575.078)

( - ) Juros CEF

1.372.161

550.010

-

(822.151)

569.401

294.255

-

(275.146)

127.092.558

131.242.679

2.302.585

6.452.706

Banco do Brasil Finame

Outros Empréstimos a Pagar

( - ) CEF Empréstimo C/C 6188 ( - ) Juros Apropriar - Caixa

( - ) Juros Apropriar - CEF 6188-7 TOTAL

(a)

(b)

(a)

(b)

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

51


NÃO CIRCULANTE DESCRIÇÃO

EMPRÉSTIMOS

CAPTAÇÕES EM 2012

TRASFERÊNCIA REF P/ PASSIVO CIRCULANTE 2012

SALDO EM 31.12.2012

SALDO EM 31.12.2011

59.845.306

42.354.247

34.694.643

17.203.584

CEF - Contrato 01

25.405.960

25.405.960

-

-

CEF - Contrato 02

34.439.347

-

34.439.347

-

Banco CEF Contrato

-

4.975.205

-

4.975.205

Banco do Brasil Finame

-

40.310

255.296

295.606

Caixa Econômica 6188

-

4.031.284

-

4.031.284

CEF Empréstimo - C/C 6188

-

5.369.865

-

5.369.865

CEF Empréstimo

-

1.972.687

-

1.972.687

CEF Empréstimo C/C 6188

-

558.936

-

558.936

JUROS A APROPRIAR

8.676.256

15.900.806

10.501.610

(3.277.060)

( - ) CEF Contrato 01

5.432.101

5.432.101

-

-

( - ) CEF Contrato 02

-

10.468.705

(a) (10.468.705)

-

1.355.906

-

-

(1.355.906)

294.255

-

-

(294.255)

( - ) Juros Apropriar C/C 6188

72.923

-

-

(72.923)

( - ) Juros Banco do Brasil Finame

10.523

-

(32.905)

(43.428)

( - ) CEF C/C 6188

550.010

-

-

(550.010)

( - ) Juros Caixa Econômica 6188

960.539

-

-

(960.539)

68.521.562

58.255.053

24.193.034

13.926.524

( - ) CEF Empréstimo C/C 6188 ( - ) Juros Apropriar - CEF

TOTAL

(a) (b)

(b)

Condições: (a) Caixa Econômica totalizando o montante contratado de R$ 26.245.700,00 à taxa de 13,35% a.a, a ser liquidado em 84 parcelas mensais de R$ 471.771,87, vencendo-se a última em 10/01/2020. Tendo como

garantia de pagamento a sessão de direito creditório do SUS. Esta contratação foi condicionada a liquida-

ção do contrato de financiamento anterior no valor de R$ 26.395.200.

(b) Banco do Brasil – FINAME – Contrato com carência de um ano, em 108 parcelas com início de pagamento em junho de 2011 e com taxa de 4,5% a. a.

52

Relatório Anual | 2012


10. Obrigações Sociais e Trabalhistas A empresa constitui provisões trabalhistas de empregados e respectivos encargos sociais, bem como as retenções

efetuadas em folha, de acordo com Princípio Contábil da Competência. As provisões constituídas estão suportadas pelos cálculos efetuados no departamento responsável pela folha de pagamento.

2012

DISCRIMINAÇÃO

2011

Provisões Trabalhistas

2.628.929

2.146.664

Folha de Pagamento

1.329.085

1.005.128

3.921

-

INSS

153.029

138.633

FGTS

240.610

201.515

Contribuição Sindical

1.445

923

Mensalidade Sindical

1.616

1.331

Taxa Assistencial

-

-

Pis S/Folha de Pagamengo

-

31.985

151.302

113.995

4.509.936

3.640.173

Pensão Judicial

IRRF S/Trabalho Assalariado

TOTAL

11. Parcelamento de Tributos

DESCRIÇÃO (2012)

PAES Lei Nº 10.684 INSS - Hos. Prof. Luiz S. INSS - Caicó Parc. - DARF 1240 TOTAL

CLASSIFICAÇÃO DO PARCELAMENTO PELA LEI 11.941/2009 EM 2011

CIRCULANTE SALDO EM 31.12.2012

NÃO CIRCULANTE

SALDO EM 31.12.2011

SALDO EM 31.12.2012

SALDO EM 31.12.2011

Par. CÓD. 1285

101.010

101.010

16.835

117.845

Parc. CÓD 1165 HLS

314.191

314.191

1.073.486

1.387.677

Parc. CÓD. 1165 Caicó

54.447

54.477

585.632

640.109

Parc. CÓD 1240

3.644

7.287

-

3.644

473.322

476.965

1.675.953

2.149.275

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

53


12. Patrimônio Social O Patrimônio Social é composto pelos valores de constituição da LIGA NORTE RIOGRANDENSE CONTRA O CÂNCER – LNRCC, acrescidos da realização da Reserva de Reavaliação e dos superávits/déficits do exercício.

12.1 Ajustes de exercícios anteriores - Na sua maior relevância representado por ajuste decorrente da Consolidação do Refis (2011), em virtude da redução no juros e multa de mora, e regularização de Fornecedores e Tributos (2012) conforme demonstrativo.

DISCRIMINAÇÃO

2012

2011

Regularização de Fornecedores Regularização de Tributos Redução de Juros e Multa de Mora na Consolidação do Refis - Lei 11.941/2009

13. Reserva

de

Reavaliação

Reservas constituídas em dezembro de 2003 decorrentes da reavaliação dos terrenos e edificações dos seguintes imóveis: Hospital Luiz Antonio Unidade I, Prédio Anexo ao Hospital Luiz Antônio, Ambulatório da CECAN Unidade II, Estacionamento e Fisioterapia, Policlínica, Casa de Apoio Irmã Gabriela. Conforme previsão legal estabelecida na Lei 11.638/2007, a Instituição optou por manter a reserva de reavaliação, até a sua completa realização em conformidade com a legislação vigente.

14. Receitas de Doações e Subvenções A Liga Norte Riograndense Contra o Câncer recebe doações de pessoas físicas e jurídicas bem como subvenções

de Entidades Governamentais, com destinação dos recursos para suas operações, ou para imobilizações, conforme estabelecido nos convênios firmados. As doações são reconhecidas no resultado quando do efetivo recebimento e as subvenções quando da aplicação dos recursos no objeto do convenio em confronto com as respectivas

despesas. Para os exercícios de 2012 e 2011, houve doações e subvenções de custeio nas seguintes proporções:

DISCRIMINAÇÃO

54

2012

2011

Subvenções

1.190.914

3.674.975

Doações

1.980.194

2.073.539

TOTAL

3.171.108

5.748.514

Relatório Anual | 2012


15. Gratuidade - Atendimento Médico Hospitalar De acordo com o § 4º do art. 3º do Decreto 2.536 de 06 de abril de 1998, revogado pelo Decreto 7.237 de 20 de

julho de 2010, em substituição a gratuidade prevista no inciso VI do referido artigo. As Entidades da Área de Saúde que fazem jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos devem demonstrar anualmente o percentual

de atendimento decorrente de convênio firmado com o Sistema Único de Saúde igual ou superior a sessenta por cento do total de sua capacidade instalada.

As receitas operacionais da LNRCC estão representadas por serviços médico-hospitalares, sendo a maior repre-

sentatividade os atendimentos do convênio firmado com o Sistema Único de Saúde – SUS. No quadro abaixo apre-

sentamos os valores comparativos dos números de atendimentos médicohospitalares acumulados nos exercícios de 2012 e 2011 e seus percentuais em relação a capacidade instalada da Instituição:

PROCEDIMENTO MÉDICO-HOSPITALAR

2011 Quantitativo

%

2010 Quantitativo

%

Convênio com o SUS

540.440

66%

486.870

67%

Programa de Assist. Ambulatorial à Saúde - PAAS

268.025

34%

242.758

33%

TOTAL

788.465

100%

729.628

100%

16. Isenções com Contribuições Previdenciárias DISCRIMINAÇÃO

2012

2011

Contribuição Patronal

3.777.693

3.881.283

Outras Entidades

1.004.197

1.031.733

TOTAL

4.781.890

4.913.016

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

55


17. Custos Médicos Hospitalares Representam os gastos aplicados nas atividades operacionais da LNRCC, representados significativamente por materiais médicos, medicamentos, pessoal próprio e de terceiros, conforme descrito:

CUSTOS MÉDICOS HOSPITALARES

2012

2011

Materiais e Medicamentos

(17.733.643)

(17.061.408)

Custos com Pessoal Próprio

(24.155.937)

(21.807.233)

Serviços Médicos e Hospitalares - Terceiros

(26.347.906)

(23.922.758)

Depreciação e Amortização

(2.277.672)

(2.026.951)

Custos Diversos

(7.041.977)

(5.264.848)

(77.557.136)

(70.083.198)

TOTAL

18. Contingências Passivas São constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os mon-

tantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de

perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas notas explicativas,

quando individualmente relevantes, e os classificados como remotos não requerem provisão e nem divulgação. De

acordo com opinião dos Assessores Jurídicos da Entidade em 31 de dezembro de 2012, constam R$ 748.372 em demandas Cíveis, classificadas como perdas possíveis.

RICARDO JOSE CURIOSO DA SILVA

MARIA CELE FERNANDES

RUI CADETE

SUPERINTENDENTE

CONTADORA CRC/RN OO4098/0-O

CONSULTORES E AUDITORES

RG: 115.915-SSP/RN

CPF: 150.587.004-68

ASSOCIADOS

CPF: 088.852.494-34

56

Relatório Anual | 2012

CRC/RN 000107-0-O


Valorização das pessoas é um dos segredos da Liga


Staff 2012 Conselho Fiscal

Assessoria Jurídica

Armando Fernandes Negreiros

Leila Azevêdo

Carlos Ernani Rosado Soares

Carlos Francisco Alves Afonso Genival Dias Melo

Assessoria Contábil

Ricardo Gonçalves Pinheiro

Ruy Cadete Associados

Conselho Curador

Ger. Administrativa

Airton Dantas Wanderley

Alysson Emerson Fernandes

Anísia Maria Marques

Margarida Maria de Almeida Medeiros

Aldo da Cunha Medeiros

Armando Lima Fagundes Cleone Noronha

Karina Simone Silva Farias

Valdenise Isabel Silva Santana Costa

Jane Maria Câmara Martins de Aquino

Ger. Enfermagem

Marleide Pinheiro Borges

Maria do Socorro A. Macêdo

Márcia Lanverly Medeiros

Grayce Louyse Tinoco de Castro

Mozart Galvão de B. Júnior

Maria das Graças Dantas

Regina Lúcia Rocha de Medeiros Roberto Luiz Curioso da Silva

Maria Telma Araújo

Teginete Beserra Soares

Ger. Financeira e Contas Hospitalares

Teresa Cristina Correia Sales

Juarez Cardoso de Oliveira Sobrinho

Suplentes

Ger. Núcleo

José Barreto de Medeiros

Alysson Emerson Fernandes

Marcelo Fernandes

Ger. Projetos

José Pinto Freire

de

TI

Marta Batista da Silva

Anderson de Araújo Nunes

Terezinha de Brito Medeiros

Núcleo

Ass.

Marcos Alberto Arruda de Aquino Júnior

Onofre Lopes da Silva Júnior

de

Projetos Especiais

Vilma Sampaio de Oliveira

Ass. Núcleo

de

Desenv. Pessoas

Andréia Nunes de Sousa

Assessoria

de

Comunicação

José Mauro Maia Nogueira

58

Alexandre Pereira Pinto

Relatório Anual | 2012

de

Logística

Andreia Cristiane P. da S. Arcoverde Ramos Marisa de Souza Bonfim

Rose Mary Alves de Lima Melo

Rilson Ribeiro de Albuquerque Lima

Reg. Hosp. Câncer e Arquivo Adriana Cristina Bezerra

Najara Mara Nascimento de Paula


Analista Ambiental

Hingrid Silvério Correia

Giovanni da Silva Rego

Jackson Queiroz

João Eduardo Almeida

Serviço Social Anailda Felipe Barreto da Silva Giliana da Silva Vale

Marta Maria Cândida de Albuquerque Simone Marinho Gomes

Sinara Françoise da Silva

Tamara Simone Dias de Farias

Humanização e Voluntariado Waldheluce de Vasconcelos Campos

Grupo Despertar

José Welligton Rodrigues Katia Virginia Pie

Leandro de Oliveira Orth Luiz Romero Marinho

Marcus Vinícius de moraes Maria Salete Amorim

Mariana Rego de Carvalho

Richardson Bezerra Campos

Sandra Suely da Silva Carvalho

Sávio José Romoaldo de Araújo Vania Maria Matos Mendonça Vinicius Lobo Rocha

Gilvanete Guedes Carvalho

Cabeça e Pescoço

Rede Feminina

Edilson Pereira Pinto Junior

Lindamar de Queiroz Tôrres

Fernando José Pinto de Paiva

Isabel Cristina Pinheiro de Almeida

DEPECOM Andréa Simone L. Brandão de Oliveira Edilmar de Moura Santos

Francisco Edílson Leite Pinto Júnior

Lelia Pristo de Medeiros

Luis Eduardo Barbalho de Mello Ricardo José Curioso da Silva

Rostand Lanverly de Medeiros

Sheila Ramos de M. H. Tarrapp Wendell De Paiva Leite

Corpo Clínico

da

Liga

Cardiologia Arthur Villarim Neto

João Felix de Morais Filho

José Martins de Mendonça Neto

Anestesiologia

Cirurgia Geral

Arabela Lúcio J. Brito

Abires de Arruda Junior

Ana Maria de Araújo

Priscila Luana Franco Guimarães

Alysson Dantas de Carvalho Antônio Carlos Moura de Oliveira Armando Aurélio F. de Negreiros Francisco Sidney L. Correia

Frederich Marks Abreu Marque

Angelo Antoine Dantas de Gouveia

Cirurgia Hepática Ênio Campos Amico

Gleide dos Santos Tomaz

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

59


Cirurgia Oncológica

Leonardo Ribeiro de Andrade

Joane Luciana Leal do Nascimento

Elio José Silveira da Silva Barreto

Endocrinologia

Josevane da Silva Marenga

Francisco Nunes Pinheiro Borges

Anna Karina Pereira de Medeiros

Daniel de Mendonça Brandão

Francisco Edilson Leite Pinto Junior

Aline Maria Cavalcante Gurgel

George Alexandre Lira

Cristiana Maria Ferreira Costa

Leonardo Silveira da Silva Barreto Luciano Luiz da Silva Junior Thiago Costa Pires

Endoscopia

Cirurgia Plástica

Henrique Augusto L. dos Santos

Alexander Farinas Pinheiro André Luiz de Oliveira

Hildo Freire Fernandes

Leonardo S. de Barros Spencer

Cirurgia Torácica Carlos Alberto A.de Araújo

Hylas Paiva da Costa Ferreira

Leonardo Silveira da Silva Barreto

Rodrigo Alexandre Venâncio viana

Clinica

da dor

Anny Helen Albino Dantas

Clínica

geral

Francisco de Assis de Lima

Cso Betina Menezes de A. Marques Carlos Francisco Alves Afonso Herval Penalva Gomes

Francisco Edilson Leite Pinto Junior Jader Rodrigues Gonçalves Laelson Freire Bezerra

Regina Lúcia Olivera de Medeiros

Dermatologia Amália Luiz

Joseli Batista de Lima

Juliana Nascimento de A. R. Caldas

60

Juliana Bezerra Mesquita

Relatório Anual | 2012

Flávio Eduardo Falcão

Marco Antônio Zerôncio

Saulo André Stabile da Silva Sérgio Macêdo de Medeiros

Enfermagem Adriana Batista Resende de Lima Alécia Maria Gomes de Oliveira Alessandra de Assis Navarro Allana Santos de Souza

Ana Patrícia G. Leandro Barreto

Angela Carolina B. de Souza Giusti Cláudia Maria de Paiva

Cristiana de Sá Xavier da Costa Daniela de Oliveira Camilo Daniele Ferreira Patricio

Débora Sara de Medeiros Deyvid Richelli da Silva

Elilian Maíra de Souza Varela Ellen do Socorro C. R. Araújo

Fernanda Cristine Ferreira Alves

Filipe Benevolo Xavier Rodrigues Francisca Ziária das Chagas Gisele Quindere de Almeida

Hellen Gliciane Sarmento Henrique Iandra de Paula Ribeiro Holanda

Isabel Cristina C. da Silva Oliveira Ivana Karina Cavalcanti de Souza Ivone Facci

Janaína Cunha Maciel

Janilta dos Santos Moura

Joelma Gonçalo de Araújo

Kalyany Keyly de Almeida Raulino

Katiane Kaline Bezerra de Oliveira Luciana Baptista Albini

Ludmila Oliveira de Souza Luzia Kelly Alves da Silva Maria da Glória Cordeiro

Maria das Vitórias de O. Fonseca

Maria de Lourdes Filgueira da Silva Maria Josenilda da Silva

Maria Jucileide Bezerra da Silva Mariana Alves de Melo Tenório

Mariana Consulin Seabra de Melo Marília Eufrásio da Silva

Monalisa Santana Tomáz de Araújo Nancy Almeida Medeiros Patrícia Cristina Pascoto

Priscila Aparecida D. L. Jácome Priscila Cumba de Abreu Costa Raniel Silva do Vale

Rayza Régia Medeiros dos Santos

Regina Célia Jerônimo da S. Lucena Risoneide Costa Cortez

Roberta da Câmara Varela

Roberta Torres de Matos Serejo

Simone Vidal do N. Gomes Cardim Tatyana Fernandes de Oliveira

Tázia Araújo da Silva Vasconcelos Vanalda Alves Maia

Vanusa Aparecida Cunha

Vivianne Soraya Nicácio Liborio Walkiria Gomes da Nóbrega

Wellison Westerley de A. Fernandes Weruska Alcoforado Costa

Yara Larisa Soares de Alencar Zilma Pereira da Silva


Farmácia

Hematologia

Neurologia

Andréa Carla Pinto Fernandes

Cláudio César Gomes de Macedo

Vladimir Godeiro Fernandes Rabelo

Edilásio Canuto Gurgel

James Farley Rafael Maciel

Nutrição

Anne Karoline de Almeida Pereira

Irian Guedes Farkatt

clínica

Telma Cassandra Barros Freire

Camila de Carvalho Gomes

Jenny Ladson Barros Pinto

Infectologia

Isa Leandro Soares

Valderes Firmino Moreira Junior

Daniel Ângelo Valença Pascoal

Fillipe Azevedo de Medeiros Gildelane da Silva Neri

Mariana Gurgel do Amaral Furtado

Belinda Pessoa Ferro

Weldson François Bezerra Pascoal

Mônica Baumgardt Bay

Física

médica

Telma Cassandra Barros Freire

Jaime Luiz Ludwig

Mastologia

Nilo Antônio Menezes

Cristine Teixeira de O. Lima Gaspa

Luiz Flávio Kallil Teles

Fisioterapia Catherine da Silva Braga

Cynthia Grasey Ribeiro Rêgo Mauricéila dos Santos Lopes

Myrza Maria Paiva Revoredo

Surya de Paula C. de Oliveira

Fonoaudiologia Carla Afonso Lira

Maria Alice Rodrigues Cavalcanti

Gastroenterologia Alana Neiva de Mesquita Brito Saulo André stabile da Silva

Betina Menezes de A. Marques

Marcia Marilia Gomes Dantas

Maria Amélia Marques Dantas Yasmin Guerreiro Nagashima

Maria de Lourdes Silva de Arruda

Ivo Barreto de Medeiros

Oftalmologia

Java Ribeiro de Souza

Jorge Tarrapp Correia de Melo

Jader Rodrigues Gonçalves Luciane Araújo da Costa

Francisco Irochina Pinheiro

Luiz Murillo Lopes Britto

Oncologia Clínica

Marcos Alberto Arruda de Aquino

Carolina Filgueira de C. F. Cunha

Maciel de Oliveira Matias

Andrea Juliana P. de S. Gomes

Maria do Socorro B. do N. Medeiros

Cristina Rocha de Medeiros Miranda

Patricia Gonçalves de Medeiros

Sandra Brito Marques dos Santos

Teresa Cristina Andrade de Oliveira

Cerise Maria Cortez Gomes

Teresa Cristina Andrade de Oliveira

do trabalho

Sergio Macêdo de Medeiros

Evanuel Elpídio da Silva

Medicina

Leonardo Silveira da Silva Barreto

Marcos Pretto Mosmann

Maria do Perpétuo S. Nobre M. Silva

Luciana Câmara Silva

Suzana Soares de Sousa

Francisco Jair Alves Cavalcante

Henrique Augusto Lima dos Santos

Maria de Lourdes da S. Gonçalves

Lidivânia Clarice do Nascimento

Flávio Rocha de Medeiros

Eliel de Souza

Ariane Karina Lobo C. Lima

Laelson Freire Bezerra

Lidiane de Lima Fernandes

Odontologia

Medicina

Elvira Maísa Barbalho Azevedo

Jeane Cristina Alves de Souza

Daniella da Gama Dantas

Ginecologia Carlos Francisco Alves Afonso

Gislaine Tcharliane Cardoso Pereira

nuclear

Arthur Villarim Neto

Danielli de Almeida Matias Eliane Melo dos Reis

Karla Assunção de C. Emerenciano Roberto Magnus Duarte Sales Rochelle de Lima Farias

Rodrigo Jerônimo de Araújo Sulene Cunha Souza

Oncologia Pediátrica Cassandra Teixeira Valle

Edvis Santos Soares Serafim

Elione Soares de Albuquerque Luciana de Aguiar Correia

Liga Norte Riograndense Contra o Câncer

61


Ortopedia Michel Freire de Araújo

Otorrinolaringologia Damião Monteiro Neto

Larissa Roberta Campos de Sousa Lauro Roberto Campos de Souza

Marcus Augusto Freire Fernandes

Patologia Cirúrgica Alexandre de Oliveira Sales

Carlos César de Oliveira Ramos Hildemárzio P. F. de Andrade

Maíra M. Pacheco de Andrade

Patologia Clínica

Andréa Paula Bezerra

Marília Danielle de Carvalho

Edilmar de Moura Santos

Juliano César Dantas de Oliveira Michelle Rafaelle Andrade Gurgel Pierre Góis Junior

Petrônio Tércio B. de M. Tinôco

Denize Barros de Azevedo Maria Carlota Rodrigues Mendes Rosa Maria Xavier Faria Najas

Tiago Ferreira de Almeida

Residência

Psicologia

Anny Helen Albino Dantas

Aline Francisca de Oliveira

Ana Élida Menezes M. Gonçalves Flávia Roberta de Araújo Alves

Marcia Krauthein Correa Mayato

Maria Izabel dos S. Bernardes Aguiar Tâmara Oliveira de Araújo

médica

Alfredo Walburgo S. Pereira Candice Barbosa Militao Cláudia Rolim Moreira

Isabel Cristina de Aragão R. Oliveira Juliana Pontes Farias

Luciano Leite Rolim Moreira Marcelle Áurea Lourenço

Valdemir da Silva Ferreira

Waldenilson Dutra Germano da Silva

Radiologia

Pediatria

Ana Cláudia Correia Cruz Souza

Carlos Eduardo de Paiva Chaves

Carlos Neves Marques Filho

Marcos Alfredo Queiroz do Amaral

Ana Kallina Jerônimo Ana Luiza Laceta

Bruna Soares Serafim

Carlos Alberto de Medeiros Élida Cristina de Medeiros

Pesquisa Clínica Patrícia Cristina Pascoto

Janilta dos Santos Moura Tirzah Braz Petta Lajus

Proctologia Alline Maciel Pinheiro Borges Fernanda Ribeiro Ito

Henrique Augusto Lima dos Santos Romualdo da Silva Correa

Pronto Socorro Diana Taissa S. Marinho

Flávio Rocha de Medeiros

Guilherme Tarso de Andrade Alves Ivando Medeiros de Andrade

João Batista Cosme de Souza Junior

62

José Alexandre Souza e Silva

Relatório Anual | 2012

Adriano de Araújo Lima Liguori

Urologia

Antônio Arildo R. de Holanda

Kallyandre Ferreira de Medeiros

Fabiana Michelle de F. Tertulino

Fernando Antônio de Araújo Moura Francisco Pires N. de Macêdo

Ingrid Mendonça Pires Ferreira

Matheus Carvalho do Amaral Verdi Dantas Nóbrega Junior

Will Kamayo Andrade Santos Yvy

Karla Veridiana de S. Seabra

Uti

Manuel Moreira Neto

André Nunes de Aquino Filho

Leonardo Bernardo Bezerra

Adriano Costa do Nascimento

Marcelle Alves Borba

Ayala Kalina Ferreira Romão

Marcos Antônio Galvão de Souza Marcos Aurélio Jácome

Maria Eulina de Almeida Bulhões Nevton Mesquita Fernandes Renato Vilar Furtado

Rita de Cássia Simões Matheus Rômulo Maciel Nobre

Tathiana da Silva Monteiro Maciel Tatiana Maria Jácome de Araújo

Uianê da Câmara Pinto Azevedo

Radioterapia Aluísio Bezerra de Oliveira

Domingos Sávio B. de Medeiros Flaubert de Araújo Ribeiro Juliana lopes de aguiar Kleber Luiz F. Azevedo

Necília de Freitas Rêgo

Silvério Soares de Souza Monte

Yuri Galino Pinheiro X. de Freitas




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