[Roteiro para Células] Quem é Jesus?

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Jesus? Quem ĂŠ

Setembro Roteiro para Celulas | 2016 Outubro Estamos na Estacao 1do Crescimento


Sugestões 1. Material de Estudo Para facilitar o trabalho dos líderes das nossas células esse roteiro foi preparado e planejado com cuiado e atenção.

2. Preparo A partir da introdução, faça uma leitura de reconhecimento do material assim que recebe-lo. É importante você ter uma ideia única de toda proposta. Durante o preparo, anote as informações que vierem à sua mente. Procure respostas às perguntas que serão compartilhadas. Você pode acrescentar um quebra-gelo, uma ilustração, etc. Um bom líder não precisa receber todas as orientações para o encontro; ele busca ferramentas para dinamizar e marcar o tempo com o grupo. Só não deixe de compartilhar esse material. 3. Oração Ore pedindo a Deus para que esse estudo fale a você. Peça também pelo seu preparo e pelo grupo que pode ser transformado dia a dia na imagem de Jesus. 4. Tempo do Encontro Planeje o tempo com a sua célula - início e términio. Algumas pessoas deixam de participar das células por conta desse problema. Organizar o horário faz parte de um bom planejamento, o que representa ao grupo cuidado e boa liderança.

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Encontro da Célula 1º Momento - Encontro (15 minutos) - É o momento para criar um ambiente informal. Deve concentrar todos os participantes em um assunto central. O foco são as pessoas. Comece perguntando como foi a semana. Termine com uma oração. 2º Momento - Exaltação (15 minutos) - Louvor e adoração - O foco agora é no Senhor. Escolha cânticos fáceis, se possível, providencie folhas com os cânticos impressos. 3º Momento - Edificação (20-30 minutos) - O foco é para as necessidades das pessoas. Nas células o alvo é colocar em prática as verdades bíblicas. Você líder deve ser um facilitador. Estimule a participação das pessoas. Obs.: Procure utilizar uma versão da Bíblia de fácil compreensão: Sugerimos a NVI ou a NTLH. 4º Momento - Compartilhamento (10 minutos) - O foco volta para as pessoas. É o momento para testemunhos, bênçãos recebidas ou para compartilhar problemas que estejam enfrentando ou ainda pedidos específicos. Observações: Observações É muito importante que ao final do encontro da célula, você, líder, atualize a frequência da célula no sistema de controle da célula (http://ipicc.celula.in). Através dele poderemos fazer um acompanhamento melhor do andamento de cada uma das nossas células. Se você tiver dificuldade com internet pode pedir para alguém da célula lhe ajudar.

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Semana 1 - (5 a 10 de setembro) Utilize essa primeira semana para fazer um Dia do Amigo. Convide amigos para uma janta, reuna eles para um momento de comunhão, apresente a proposta da célula. Obs.: Realize o Dia do Amigo no mesmo dia e horário em que sua célula irá funcionar.

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Semana 2 - Eu Sou a Luz do Mundo (12 a 17 de setembro) [Encontro] Quebra-gelo Coloque em um saquinho diferentes objetos. Vende ou tampe os olhos de uma pessoa e peça para pegar um dos objetos e descrevê-lo (qual a sua forma, tamanho, cor, etc). Evidentemente que, com a venda nos olhos, será impossível fazer uma descrição precisa do objeto. Lição da dinâmica: Assim como a pessoa com os olhos vendados ou tampados, muitos de nós andam por esse mundo como cegos. Jesus veio para nos tirar das trevas e nos mostrar a direção que devemos seguir

[Exaltação] Sugestão de música: Vim Para Adorar-Te

[Edificação] Introdução Luz e trevas são opostos que estão bem presentes em nossas vidas. Eles podem ser usados como ilustração da situação espiritual em que as pessoas se encontram. É sobre isso que vamos estudar na lição de hoje, mostrando que Jesus é a luz do mundo e que, sendo assim, pode transformar a realidade de trevas. Desenvolvimento: Texto-base: João 8.12-9.41 O presente texto começa com uma declaração que é a base do que se desenrola até o seu final. Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12). A partir disso, pode-se afirmar o seguinte:

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1. O mundo em que vivemos está em trevas Ao olharmos para o mundo em que vivemos, não é difícil concluirmos que ele está em trevas. Basta sair às ruas. Basta consultar a mídia. Basta conversar com pessoas. A Bíblia diz, em 1João 5.19, que “o mundo inteiro jaz no maligno”. Toda a criação está sob o poder do mal, isto é, mantida em submissão pelo diabo, o qual, segundo Jesus, é o príncipe deste mundo (cf. Jo 12.31;14.30;16.11). Satanás governa o mundo e lhe incute os seus valores. Essa autoridade lhe foi dada na ocasião em que o homem desobedeceu a Deus. A desobediência afastou o ser humano de seu criador (morte espiritual) e mergulhou todo o mundo em maldição (cf. Gn 3). A criação passou a ser corrupta e escravizada ao pecado. Em Gênesis 6.12, está escrito: “Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra”. 1. Quais são algumas das evidências que mostram que o mundo está em trevas? 2. Jesus é a luz do mundo A palavra luz aparece 23 vezes no Evangelho segundo João. Dessas, 21 se referem a Jesus. Em João, luz é uma metáfora acerca de Jesus. Quando ele disse ser a luz do mundo, quis dizer que é a solução para as trevas em que o mundo está. No princípio desse evangelho, está escrito: “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (Jo 1.4,5). Em Jesus está a vida, a qual, como uma luz, pode tirar os homens das trevas em que vivem. Isso é algo muito poderoso, pois não há como as trevas resistirem à luz. Quando a luz chega, as trevas são necessariamente dissipadas. Quando Cristo e a morte se encontram, Cristo prevalece. A ressurreição é uma importante prova disso. Quando Jesus ressuscitou, ele derrotou a morte. Quanto a isso, a Bíblia diz: “(...) nosso Salvador Cristo Jesus (...) não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2Tm 1.10); “(...) estive morto, mas eis que

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estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.18). 3. Quem o segue não anda em trevas, pelo contrário, tem a luz da vida Possibilidade não é realidade. Cristo, de fato, é a luz do mundo e derrotou a morte. Entretanto, as trevas só são dissipadas onde a luz está presente. Para sermos livres das trevas e da morte, precisamos nos aproximar da luz, ou seja, seguirmos a Cristo. Conforme João 8.24,51, isso é feito através de fé e obediência. É necessário crermos em Cristo (acreditarmos e confiarmos nele) e obedecermos à sua palavra para não andarmos em trevas e termos a vida. João 12.46 diz: “Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas”. Apesar de todo o benefício trazido pela luz, muitos insistem em continuar caminhando em trevas. Por quê? De acordo com João, é porque não desejam que os seus pecados sejam revelados e questionados. Não querem abandonar a vida pecaminosa. “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.19-21).

1. Você tem andado em luz ou em trevas?

2. Você tem se aproximado da luz de modo que suas obras sejam reveladas e questionadas? Ou tem se escondido nas trevas? Conclusão A obra de Cristo de nos tirar das trevas e nos levar para a luz é ilustrada pela história da cura de um cego de nascença. Assim como aquele homem que era cego e, por isso, mendigava (cf. Jo

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9.8), nascemos cegos, em trevas, vivendo em miséria espiritual. Mas Cristo se compadece de nós e quer nos tirar dessa situação. Para tanto, precisamos nos aproximar dele, reconhecendo os nossos pecados e abandonando-os. Mesmo uma pessoa que já se entregou a Cristo e experimentou de sua luz transformadora pode viver momentos de trevas. O pecado nos envolve na escuridão, nos afastando de Deus. João escreveu que se um crente diz que está em comunhão com Deus mas anda em trevas, está mentindo (1Jo 1.6). No verso seguinte (v.7), a Bíblia nos desafia a andarmos na luz, ou seja, a termos a luz como estilo de vida. Essa é uma atitude totalmente coerente com o Deus ao qual o crente segue. Conforme João mesmo diz, “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1.5). 1. Você está andando em trevas ou em luz? Quais áreas da sua vida estão em trevas? 2. Confesse cada pecado a Deus e receba total purificação (cf. 1Jo 1.9); 3. Há pessoas que você precisa procurar para pedir perdão e, assim, poder andar na luz em relação a elas? Faça isso o quanto antes! Orientações: Não esqueça de acessar o sistema de células (http://ipicc. celula.in). Nos dias 7 e 8 de Outubro teremos uma sessão cinema na câmara dos vereadores. O filme será “Deus Não Está Morto 2. Cada célula terá 10 convites para serem usados no sábado dia 8/10 às 19h30

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quando dizemos que “uma porta se abriu para mim”. Nesse contexto, porta tem como significado “oportunidade”. Em João 10.9, Jesu s afirma, metaforicamente, ser uma porta. Na liç ão de hoje, vamos aprender qual é o significado dessa afirmação para as nossas vidas. Desenvolvimento Texto-ba se: João 10.7-10 1. Eu sou a porta Aoafirmarserumapo rta, Jesus estava dizendo duas verdades principais: Ele é acess o e Ele é segurança. Ele é uma via de acesso e uma oportunid ade para as pessoas. O ser humano caído caminha por um mundo fe chado. São poucas as oportunidades para uma vida feliz. Dessas poucas, a maioria é efêmera e ilusória. Diante disso, Jesus diz : “Eu sou a porta”. Nele encontra-se a pos

Semana 3 Eu So u a Porta (19 a 24 de setembro) [Encontro]Quebra-ge

lo Pergunteaogrupo:qualéaimportânciadeumaportaemnossod ia-a-dia? Que problemas enfrenta r íamos se elas não estivessem presentes? [ E x a ltação] Sugestão d e música: Leva-me (Diante do Trono) [Edificação] I ntrodução A porta é um objeto muito importante do no sso dia-a-dia. É ela é uma via de acesso que nos per mite entrar e sair dos mais diversos lugares. Sem ela noss as vidas seriam muito dificultosas e limitadas. A palavra “port a” também pode ser usada com um sentido metafórico, por exemplo,

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o da morte, mas significa também uma v i da abundante no tempo que se chama “hoje ”. Não há outra via de acesso. Ele é a oportunidade. Em Mateus 11.28, Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que e stais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Quando nos virmos fechados e cercados pelas tribulações e problemas que a v ida nos traz, haverá uma porta de saída com uma placa luminosa c om o escrito “vinde”. Haverá um convite sendo feito a todos, an unciando que ele é uma oportunidade de alívio e restaur ação. Só os que responderem “sim” serão agraciados. 2V .ocêá j entrou pela porta? Ou está apenas perto dela? 3. Se sim, te m entrado por ela no dia-a-dia, quando se vê em alguma situaç “Eu sou a porta”. Nele encontra-se a pos sibilidade de uma vida plena. No mesmo capítulo 10 d e João, no versículo 10, ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. MasEletambémestavasecomparand o com os pastores daquela época que dormiam na porta do curral e se colocavam como proteção entre as ovelhas e os lobos ou ladr ões. Quando afirma ser a porta, está ensinando que possui direit os sobre o rebanho e que somente com Ele as ovelhas estão em segur ança. Ele veio para dar a vida pelas ovelhas (João 10.10,11,15 ,17) e guardá-las de todo o mal (João 10:28). 1. Você reconhece em Jesus uma via de acesso e uma oportunidade para uma vida f eliz? 2. Se alguém entrar por mim, será salvo Reconhecer que Jesus é a porta não é suficiente. É necessário entrar por ele. Ele afirma: “Se alg uém entrar por mim será salvo”. Há uma condição. Para gozar de seus benefícios é imprescindível passar por ele. Nesse ínter im, estar perto também não é suficiente. Aquele que está a 5 cm da porta está em uma situação igual à daquele que se encontra a 5 km: não entrou por ela. Reconhecer que Jesus é o salvador e ter simpatia por ele não satisfatório. A cond ição é se comprometer em fé com ele. Isso trará a salvação , a qual não se limita ao perdão dos pecados e ao livrament

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omo uma ilustração de nossa caminhada espiritual. Assim como el e, podemos passar por algumas fases em nossas vidas. São elas: apóstolo Paulo, em Efésios 2.1-3, nos diz: “Ele vos deu v ida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o p ríncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filh os da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outror a, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da ca r ne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, fil hos da ira, como também os de

Semana 4 Eu Sou a R e s surreição e a Vida (26/setembro a 1/outubro) Ernoc [t o] Quebra-gelo 1-Sevocêpudessepassarumdiacomumpersona gem bíblico, além de Jesus, a quem escolheria? [Exaltaç ão] Sugestão de música: Teu Amor Não Fal h a [Edificação] Introdução A afirmação de Jes us que estudaremos na lição de hoje está no contexto de um grande milagre. Um dos maiores já realizados. A ressurreição de um homem que estava há quatro dias morto. A ressurreição de Lázar o. Ao operar esse feito extraordinário, Jesus disse que ele mesmo er a a essência do milagre. Ele é a ressurreição e a vida. Desenvolvimento Texto-base: João 11 Osfatosdavd i adeLázaro apresentados pelo presente texto bíblico podem ser aplicados c

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Lázaro, trouxemos para a vida alguns resquícios do tempo na mor te O presente texto nos diz que Lázaro, ao sair do túmulo, es tava com as mãos e os pés atados por faixas de linho e com o rosto envolvido por um pano. Ele se locomovia com dificu ldades. Não podia enxergar direito o que estava ao seu redo r, nem mexer as pernas e os braços com liberdade. Isso também acon tece conosco. Segundo Ed René Kivitz, “assim como Lázaro estava 100% vivo, mas ainda estava com faixas envolvendo sua cabe ça e membros, assim também nós, já estamos 100% vivos em Cri sto, mas ainda não desfrutamos plenamente desta vida”. Apesa r de já estarmos livres da morte espiritual, ainda enfrentamos o hos da ira, como também os de mais”. A Bíblia nos ensina que, antes de nos encontrarmos co m Cristo, estávamos mortos espiritualmente, vivendo de maneira completamente independente e à parte de Deus e de sua vontade. Nesse tempo, nós seguíamos a três mestres malignos: ao mundo (siste ma de crenças e valores contrários a Deus); ao diabo (ser que é a pe rsoni cação do mal e que faz oposição a Deus); e à carne (nature za humana corrompida e inclinada para o mal). Por conta disso, es távamos destituídos da glória de Deus (cf. Rm 3.23) e debaix o de sua ira (cf. Rm 1.18). 2.ÀsemelhançadeLázaro,Jesus nos chamou (nos chama) da morte para a vida cA onituaçãdo eto xto de Efésios, acima citado, diz: “Mas Deus, sendo rico em mis ericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e e s tando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida j untamente com Cristo, pela graça s ois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para most rar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em b ondade para conosco, em Cristo Jesus”. Quando estávamos mortos e m delitos e pecados, Jesus, movido por grande graça e mise ricórdia, nos deu vida. À semelhança de Lázaro, ele nos res suscitou. Conforme a Bíblia, a maneira de uma pessoa se aposs ar dessa ressurreição graciosa é mediante a fé. “Porque pela g raça sois salvos, mediante a fé” (Ef 2.8). 3.Àsemelhançade

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Semana 5 - Eu Sou o Bom Pastor (3 a 8 de outubro) [Encontro] Quebra-gelo 1- Se você pudesse comprar um detetor de mentiras de bolso que disparasse cada vez que alguém mentisse, você compraria e o usaria? [Exaltação] Sugestão de música: Oceanos [Edificação] Introdução Recentmente estudamos o texto de João 10.9, aprendemos que Jesus é a porta. Na continuação desse texto, Jesus afirma ser o bom pastor e explica o significado disso para a vida de cada um de seus discípulos. É sobre isso a lição de hoje.

Desenvolvimento Texto-base: João 10.11-18 e Salmo 23

Leia João 10.11-18. Segundo Jesus, pode-se considerar um bom pastor aquele que é capaz de, em uma situação de perigo, dar a sua vida pelas ovelhas, caso isso seja necessário. Além disso, o bom pastor conhece intimamente cada uma de suas ovelhas, as quais também o conhecem, reconhecendo-o quando está por perto. No caso de um mercenário, alguém que é contratado a troco de um salário para apascentar ovelhas, não é assim. Em uma situação de perigo, como as ovelhas não lhe pertencem, ele as abandona e foge. A grande diferença entre um bom pastor e um mercenário é o amor pelas ovelhas. O bom pastor as ama verdadeiramente e deseja, de fato, cuidar delas.

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Jesus é o bom pastor. Ele deu a vida para livrar suas ovelhas da morte. Ele conhece suas ovelhas intimamente e anseia que elas também o conheçam. Ele ama suas ovelhas e deseja cuidar delas. 1. Jesus é o bom pastor. E você, é uma ovelha de Jesus? O Salmo 23, nos apresenta uma série de benefícios experimentados por aquele que tem ao SENHOR como pastor. O versículos 1 nos diz que “nada faltará” a quem é ovelha dele. Ter ao SENHOR como pastor é suficiente quanto às necessidades que uma pessoa pode apresentar; ele lhe suprirá a todas. 1. Não faltará restauração Feche os olhos e imagine a cena: um gramado verde e cheiroso e um riacho com águas cristalinas e frescas ao seu lado. Ouça o som do caminhar das águas por entre as pedras! Principalmente para pessoas que vivem em uma metrópole, esse é um ambiente que lembra paz e sossego. No caso de um pastor com suas ovelhas, esse é o lugar ideal para um momento de repouso e descanso; uma oportunidade para se recobrar as forças. É a isso que o salmista está se referindo nos versos acima citados. Àqueles que são suas ovelhas, o SENHOR lhes dá refrigério à alma. A idéia de refrigério, neste texto, é restauração ou renovação das forças. Quanto a isso, Jesus diz, em Mateus 11.28-30. Repouso, descanso e alívio. No mundo contemporâneo, dominado pelo “capitalismo selvagem”, onde a pressão e a cobrança ocorrem em demasia, essa é a oportunidade oferecida por Jesus aos seus discípulos. 2. Você tem experimentado do refrigério à alma que o pastor oferece às suas ovelhas? 2. Não faltará orientação Estando fora do aprisco, a ovelha é guiada por seu pastor no que se refere à trajetória a ser seguida. Essa é uma ação de liderança. O pastor lidera as ovelhas em seu caminhar. Ele as orienta quanto ao melhor caminho a ser tomado. No caso do SENHOR e suas ovelhas, ele as guia por uma vereda de justiça.

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Isso pode ser aplicado de duas maneiras. Primeiramente, a orientação de Jesus aos discípulos vai em direção à santidade. Em 1Tessalonicensses 4.3, Paulo escreve: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”. Jesus nunca guiará suas ovelhas por um caminho de injustiça. Quanto a questões que envolvam o pecado, não é necessário ter dúvidas. A trajetória já está indicada. Em segundo lugar, o SENHOR tem para suas ovelhas orientações quanto às escolhas que terão que fazer no decorrer da vida. A Bíblia nos mostra, em muitos textos, Davi, quando rei de Israel, consultando ao SENHOR antes de tomar uma decisão. Isso fez com que ele fosse bem-sucedido naquilo que se propôs a fazer (cf. 1Cr 14.8-17). Em Tiago 1.5, o apóstolo faz uma colocação interessante: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”. A sabedoria é um importante conceito bíblico e pode ser conceituada como a arte de se fazer boas escolhas, ou escolhas certas. Segundo Provérbios, o princípio da sabedoria é o temor ao SENHOR (Pv 1.3), ou seja, o temor ao SENHOR nos leva a fazer boas escolhas. O resultado disso é uma vida bem- sucedida (cf. Sl 128.1). 3. Você tem andado por caminhos de injustiça? Já os confessou a Deus e se arrependeu? Já os confessou ao seu líder espiritual? 4. Você tem consultado ao SENHOR antes de tomar uma decisão? Tem pedido a ele sabedoria para escolher a melhor opção? 3. Não faltará proteção Em sua caminhada, uma ovelha pode, acidentalmente, se perder do restante do rebanho e entrar em um vale escuro e sombrio. A escuridão a impede de caminhar com rmeza. O vento lhe provoca calafrios. Predadores podem estar escondidos em qualquer lugar. O medo e a insegurança batem em seu coração. Com as ovelhas do SENHOR isso não acontecerá! O salmista diz que, mesmo que estivermos em um momento de perigo extremo e de angústia, não precisaremos temer nenhum mal, porque

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o pastor estará ao nosso lado. Ele mesmo disse: “De maneira nenhuma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5). A presença do pastor com seu bordão e cajado em mãos deve nos trazer conforto e alívio. Está escrito no Salmo 118.5,6: “Em meio à tribulação, invoquei o SENHOR, e o SENHOR me ouviu e me deu folga. O SENHOR está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem?”. 5. Você tem percebido a presença do SENHOR ao seu lado em momentos de perigo e de angústia? 6. Você tem clamado a Deus em meio à tribulação e crido em sua resposta? 4. Não faltará provisão Diariamente, o pastor tira suas ovelhas do curral e as leva para pastar e se alimentar. Enquanto elas comem, ele fica por perto, observando-as. Se, neste contexto, um grupo de lobos descobrir as ovelhas tranquilamente pastando e se alimentando, não se aproximarão para atacá-las, pois verão o pastor por perto. O máximo que poderão fazer será ficar a certa distância, contemplando as ovelhas a se fartar enquanto ficam famintos. Essa é a imagem que o salmista tem em mente ao escrever o versículo acima. Quando o SENHOR é o nosso pastor, ele nos abençoa abundantemente, nos provendo de tudo o que precisamos (seja material ou espiritualmente), à vista de nossos inimigos, os quais não podem fazer nada contra nós! O verbo hebraico traduzido por “ungir” (“unges-me a cabeça com óleo”) também tem o sentido de ser gordo, engordar, ficar gordo, tornar próspero. O verbo traduzido por “transbordar” (“o meu cálice transborda”) tem a idéia de saturação. O que essas frases querem dizer, então, é que o SENHOR nos provê de maneira tão abundante e próspera que ficamos completamente saciados e satisfeitos. Essa foi a experiência de Davi em muitas das guerras que empreendeu. O SENHOR lhe concedia a vitória e lhe permitia levar grandes riquezas para Israel, enquanto os inimigos observavam derrotados e invejosos.

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7. Você tem experimentado da provisão do SENHOR em sua vida? Tem reconhecido isso nos detalhes e nas mais diversas áreas? 5. Não faltará aceitação Não se sabe ao certo quando Davi escreveu este salmo. Talvez tenha sido enquanto era um garoto a cuidar das ovelhas de seu pai. Independentemente disso, pode-se afirmar que Davi era um homem que conheceu a bondade e a misericórdia de Deus todos os dias de sua vida. Segundo suas próprias palavras, quando jovem-garoto, um urso e um leão atacaram o rebanho de ovelhas de seu pai. Ele os feriu e os matou, livrando, assim, as ovelhas do perigo. Em seu coração, o SENHOR lhe havia concedido a vitória (cf. 1Sm 17.34-37). Bondade e misericórdia. Tempos mais tarde, diante do desafio de Golias, Davi não se deixou intimidar, mas, em nome do SENHOR dos exércitos, enfrentou o gigante e o derrotou por completo (cf. 1Sm 17.40-51). Bondade e misericórdia. Após o adultério com Bate-Seba e o assassinato de seu marido Urias, um de seus valentes soldados, Davi, confessando o seu pecado ao SENHOR e ao profeta Natã, foi perdoado e não foi morto (cf. 2Sm 12.1-13). Bondade e misericórdia. Davi era um homem que, independentemente de qualquer coisa, se sentia aceito e amado por seu pastor. Ele tinha convicção da bondade e da misericórdia de Deus em seu favor e, por isso, desejava habitar em sua casa, estar com ele, para sempre. É assim que as ovelhas do SENHOR devem se sentir: aceitas. Esta é a convicção que devem ter: receberão bondade e misericórdia. Este deve ser o seu anelo: estar com ele para sempre. O salmo 94.1-4 diz: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus lhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente”.

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8. Você já experimentou e tem convicção da bondade e da misericórdia de Deus em seu favor? 9. É desejo do seu coração estar com o seu pastor para sempre, habitando em sua casa? Conclusão Jesus disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Porque ele é o nosso bom pastor, que deu sua vida por nós, nada nos faltará. Em Romanos 8.32 está escrito: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”. Que nesta próxima semana, você possa experimentar o SENHOR suprindo suas necessidades. Que tal fazermos um teste? Escolha um dos cinco pontos desta lição e busque a concretização dele em sua vida de hoje até a próxima célula. Pela graça de Deus, na próxima vez em que nos encontrarmos, ouviremos muitos testemunhos de alegria!

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Semana 6. Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida (24 a 29 de outubro)

[Encontro] Quebra-gelo Aproveitando o clima eleitoral que estamos vivenciando, inicie um pequeno debate sobre os candidatos e as propostas, permitindo que os presentes exponham porque, em sua opinião, um é melhor que o outro, etc. Isso servirá de link para a introdução da lição. [Exaltação] Sugestão de música: Tu És Santo (Ronaldo Bezerra) [Edificação] Introdução O relativismo é uma das marcas dos tempos atuais. Seu principal slogan é: “tudo é relativo”. Seu principal dito popular: “futebol, política e religião não se discuti; cada um tem a sua opinião”. O relativismo nega que a verdade exista de forma absoluta. Defende que cada indivíduo pode ter a sua própria verdade. O que é certo para um não necessariamente será certo para outro. O que é errado para um não necessariamente será errado para outro. Não há um marco-referencial a partir do qual se determina o que é certo e o que é errado. A vontade do indivíduo é o seu marco-referencial próprio. Suas preferências e desejos são sua bússola. A partir de si mesmo ele determina o que é verdadeiro. Nesse ambiente, a Bíblia se coloca como um agente confrontador. Ela reconhece que, para certas questões, não existe uma resposta apenas, ou seja, aceita a qualidade de relativo para alguns aspectos da vida. Entretanto, afirma com veemência, ao longo de suas páginas, que existem verdades absolutas, as quais são irrevogáveis. Essas verdades têm sua origem em Deus, o criador de tudo o que existe. A Bíblia diz, em Tiago 4.12, que “um só é Legislador”. Deus é aquele que cria e estabelece as leis

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(verdades) que regem a criação. O homem atual (também chamado de pós-moderno) rejeita a fé cristã por esta afirmar e defender verdades absolutas. A Bíblia diz em 2Timóteo 4.3,4: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. Em conformidade com o que foi escrito acima, esse texto nos diz que há homens que não suportam a verdade, a rejeitam, preferindo seguir o que está de acordo com seus desejos. Por isso, procuram por mestres que ensinem o que eles querem ouvir. Não suportam o confronto. São relativistas. Em Romanos 1.18 também está escrito: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”. Segundo esse texto, há homens ímpios e perversos que impedem o progredir da verdade, preferindo a injustiça. Essa é uma descrição do homem caído e perdido, que está destituído da glória de Deus (cf. Rm 3.23) e rebelde em relação à sua vontade.

Desenvolvimento Texto-base: João 14.6

Contrariando as tendências do presente, essa a rmação de Jesus tem como característica marcante ser absoluta. Jesus não utiliza artigos inde nidos, dizendo “eu sou um caminho, uma verdade...”. De maneira de nida e precisa ele diz “eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Não há outras possibilidades. Não há relativismo. Ele é o único meio, a única maneira de se chegar a Deus. Ele é a única verdade no que se refere à religiosidade e espiritualidade. Ele é a única fonte de vida. Em uma realidade tão plural no que se refere às religiões, essa declaração pode aparentar presunção e intolerância. Mas Jesus, de alguma maneira, não está falando de religiões e igrejas. Ele está falando de uma pessoa, de si mesmo, sobre um envolvimento com ele. Ele é o filho de Deus, enviado pelo Pai para reconciliar o

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mundo com ele. Em 1Timóteo 2.5 está escrito: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. Sendo assim, aquele que está em Cristo, aquele que nele crê, está reconciliado com Deus, em paz com Ele (cf. Rm 5.1), e pode desfrutar a vida eterna. João 3.36 diz: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”. Além desse, há outro aspecto que o presente texto nos ensina. Jesus declara ser a verdade. Em outras palavras, ele diz ser o marco-referencial a partir do qual a vida dos homens deve se orientar. Essa afirmação é um convite, um desafio, para que os homens, crentes nele ou não, deixem de orientar suas vidas tendo a si mesmos como referência; parem de declarar e defender as suas verdades. É uma chamada à submissão a ele. Que deixemos de lado as nossas opiniões e preferências e abracemos a sua vontade. Que dirijamos nossas vidas de acordo com a sua verdade. Essa é a única maneira de termos uma vida que realmente valha a pena (cf. Jo 10.10). Conclusão “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” traz desafios para todos nós, tanto para crentes quanto para não- crentes. Para os não-crentes, o desa o de reconhecer que Jesus é o único meio de salvação e reconciliação com Deus. Em Atos 4.12 está escrito: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. Para os crentes, o desa o de reconhecer que Jesus é o marcoreferencial a partir do qual devemos dirigir nossas vidas. Ele é o nosso padrão e modelo. Sua palavra (a Bíblia) é nosso manual. Devemos nos submeter a ela, nos conformando, assim, à vontade dele. Todas as nossas decisões e escolhas devem estar baseadas nela. Todos os nossos pensamentos e opiniões devem estar de acordo com os dele. Tanto para o primeiro quanto para o segundo desa os, a grande questão envolvida é a submissão da vontade a Cristo, deixando de lado o que é propriamente nosso. Que o Espírito Santo nos ajude a reconhecer que Ele é o caminho, a verdade e a vida em todos os aspectos.

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Semana 7. Eu Sou o Pão da Vida (17 a 22 de outubro)

[Encontro] Quebra-gelo Recorte três guras de revistas contendo pessoas famosas. Mostre ao grupo uma gura de cada vez e pergunte se conhecem a pessoa e o que sabem sobre ela. Por exemplo: Mostre a figura do Ronaldinho, jogador de futebol. Certamente, todos dirão que o conhecem, que é um excelente jogador de futebol, etc. A partir disso, faça perguntas do tipo: Se você o conhece, quantas vezes foi à casa dele? Quando se encontraram pela última vez? Lição da dinâmica: Assim como no caso das pessoas famosas, muitos dizem que têm ciência de Jesus, que sabem quem ele foi e fez (ou quem ele é e faz), mas, na verdade, não o conhecem intimamente, não se relacionam com ele. [Exaltação] Sugestão de música: Chamas Meu Nome (8ª IPB de BH) [Edificação] Introdução É fato comum desde o primeiro século pessoas seguirem e buscarem a Jesus por causa dos milagres que ele pode fazer em seu favor. Correta ou erroneamente, algumas igrejas de hoje, através de reuniões, programas de televisão e rádio, têm incentivado esse tipo de prática. Todos aqueles que estão desempregados, endividados, doentes, deprimidos, etc, são convidados a participar de um determinado tipo de culto ou campanha para terem seus problemas resolvidos. Realmente, Jesus tem poder para ajudar as pessoas em suas dificuldades e, movido por compaixão, deseja fazer isso. Entretanto, esse não é o seu foco. Seu principal interesse é que creiamos e desenvolvamos um relacionamento com ele. No capítulo 6 do Evangelho segundo João, estão registrados um sinal e um discurso de Jesus que ensinam as verdades acima escritas. Ele multiplica pães e peixes de modo a alimentar uma

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grande multidão necessitada e, após isso, afirma ser ele o pão da vida, ou seja, aquele que é capaz de saciar uma fome mais profunda apresentada pelo ser humano: a fome do espírito. É a partir desse texto bíblico que se dará a lição desta semana.

Desenvolvimento Texto: João 6

No presente texto, podemos encontrar cinco importantes pontos a serem aplicados em nossas vidas hoje. São eles: 1. Uma grande multidão seguia a Jesus interessada nos sinais miraculosos que ele poderia fazer em seu favor O versículo 2 diz que “grande multidão continuava a seguilo, porque vira os sinais miraculosos que ele tinha realizado nos doentes”. Tanto Jesus quanto os seus discípulos realizavam milagres em favor de enfermos e endemoninhados da época (cf. Lc 8.26-9.6, texto que, em Lucas, antecede o sinal da multiplicação dos pães e dos peixes que estamos estudando a partir de João). Essas curas e libertações eram vistas por pessoas, as quais, por sua vez, as relatavam a outras, de modo que as notícias sobre esses fatos se espalhavam. A partir disso, uma grande multidão seguia a Jesus, interessada em ver e ser beneficiada pelos milagres que ele e seus discípulos podiam realizar. O fascínio era tão grande que, conforme o versículo 14, “depois de ver o sinal miraculoso que Jesus tinha realizado (a multiplicação dos pães e dos peixes), o povo começou a dizer: ‘Sem dúvida este é o Profeta que devia vir ao mundo’. Sabendo Jesus que pretendiam proclamá-lo rei à força, retirou-se novamente sozinho para o monte”. O povo ficou tão impressionado com o poder de Jesus, que começou a olhar para ele como a solução para os problemas políticos, econômicos e sociais que enfrentavam. Uma verdadeira perseguição a Jesus começou a acontecer por conta disso. Os versículos 22 a 26 relatam que a multidão, ao perceber que Jesus e os discípulos não estavam mais no lugar onde o milagre ocorrera, saiu à sua procura. Ao os encontrarem,

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perguntaram afoitos: “Mestre, quando você chegou aqui?”. A isso, Jesus respondeu: “A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e caram satisfeitos”. A multidão não entendia que Jesus era Deus e que, como Deus, deveria receber fé e devoção da sua parte. 1. Por que você tem seguido e buscado a Jesus? Qual tem sido sua motivação nessa prática? 2. Quem é Jesus para você? Um homem de sinais e milagres? Um grande profeta? Um líder político? Um bom mestre? Qual é a sua visão de Jesus? 2. Jesus é poderoso e compassivo no sentido de resolver os problemas apresentados pelas pessoas Os relatos do episódio que estamos estudando, registrados por Mateus, Marcos e Lucas, dizem que Jesus, ao ver a multidão que o seguia, teve compaixão dela. Assim dizem os textos: “Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes” (Mt 14.14); “Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc 6.34); “mas as multidões caram sabendo, e o seguiram. Ele as acolheu, e falava-lhes acerca do Reino de Deus, e curava os que precisavam de cura” (Lc 9.11). Em síntese, Jesus se compadeceu da multidão, a acolheu e agiu em seu favor, curando os doentes e ensinando sobre o Reino de Deus. Essa história, e outras presentes nos Evangelhos, nos mostram que Jesus não rejeitava aqueles que dele se aproximavam com necessidades. Ele olhava para as pessoas com compaixão e misericórdia, procurando suprir as carências apresentadas. Neste episódio ainda, enquanto os discípulos pensaram em despedir a multidão, por ser o lugar em que estavam deserto, por ser tarde e para que as pessoas por si mesmas procurassem por alimento nos povoados vizinhos, Jesus disse: Vocês mesmos dêem a elas o que comer, ou seja, não vamos dispensá-las, vamos nós mesmos

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prover-lhes alimento (cf. Mt 14.15,16; Mc 6.35-37; Lc 9.12,13). Ele amava tanto às pessoas, que não se incomodava com o trabalho que o cuidar delas traria. As necessidades eram importantes e precisavam ser sanadas. 1. Você percebe ou crê na misericórdia e no amor de Deus em seu favor? 3. Entretanto, o principal interesse de Jesus é que creiamos e nos relacionemos com ele O versículo 27 de João 6 diz: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará”. Jesus, apesar de se interessar pelas necessidades físicas e materiais das pessoas e valorizá-las, tinha como algo mais importante e primordial o que é espiritual e eterno. Ele disse à multidão que com ele estava que havia um outro e melhor pão a ser comido do que aquele que ele havia multiplicado. Esse pão também lhes seria dado por ele: era ele mesmo, sua própria carne. Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35). Logo depois, ele a rma novamente: “Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. (...) aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo 6.4751). O que significa comer do pão da vida? Significa crer em Jesus e considera-lo como fonte pessoal de vida. O significado completo e profundo de crer vai muito além do simples acreditar. Biblicamente, crer tem como sinônimo se entregar em confiança e dependência (cf. Sl 37.5). O que Jesus quis dizer à multidão que o ouvia é que eles deveriam tê-lo como Deus, como a única e verdadeira fonte de vida, entregando-se em confiança e dependência a ele. Ele disse explicitamente: “Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa” (Jo 6.57).

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As pessoas não deveriam procurá-lo simplesmente para terem suas necessidades físicas e materiais supridas. Elas deveriam procurá-lo porque ele é Deus, fonte de vida eterna. Em um primeiro momento de aproximação, seria até aceitável e normal que uma pessoa viesse a Jesus por causa daquilo que ele poderia fazer em favor dela. Entretanto, o amadurecimento espiritual significa deixar de procurar apenas as bênçãos para buscar um relacionamento com o abençoador. 1. Por que você tem seguido e buscado a Jesus? Para suprir suas necessidades físicas e materiais simplesmente? Ou porque você entendeu que ele é Deus, única e verdadeira fonte de vida eterna? 2. Você entregou (e tem entregado) sua vida em con ança e dependência a Jesus? 4. Alguns discípulos, quando percebem qual o principal interesse de Jesus, deixam de segui-lo Os versículos 60 e 66 relatam: “Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: ‘Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?’. (...) Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo”. Que triste! Ao serem confrontados com a verdadeira razão pela qual deveriam estar seguindo a Jesus, muitos voltaram atrás. Não haviam entendido quem ele era e qual era a sua missão. Queriam apenas os benefícios que ele poderia trazer e não o compromisso da fé. Não eram verdadeiros discípulos. Poderíamos chamá-los de meros seguidores. 1. Você é um verdadeiro discípulo de Jesus ou um mero seguidor? 5. Os verdadeiros discípulos entendem que somente em Cristo está a vida eterna Após o acontecimento acima descrito, Jesus perguntou aos Doze, seu grupo mais íntimo de discípulos: “Vocês também não querem ir?” (Jo 6.67). Percebe-se com essa pergunta, que Jesus não estava preocupado com a quantidade de seguidores que

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possuía. Não se deixava impressionar com as grandes multidões que o seguiam. Ele estava interessado em verdadeiros discípulos. A essa pergunta, Pedro, que havia entendido, respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus” (Jo 6.68,69). O verdadeiro discípulo é aquele que compreende que Jesus é a única fonte de vida eterna; que sem ele, está-se condenado à morte em todos os sentidos; que ele é Deus encarnado. Compreendendo essas verdades, se entrega a ele totalmente e se compromete a segui-lo e obedecer-lho. 1. Você responderia como Pedro respondeu? Conclusão A partir dos cinco pontos abordados, surgem os seguintes desafios práticos: 1. Apresente a Deus suas necessidades e busque dele a solução para elas; 2. Avalie sinceramente suas motivações em seguir a Jesus. É apenas o pão que você deseja ou também ter um verdadeiro relacionamento com ele? Comprometa-se a seguir ao Senhor não por causa das soluções materiais que pode te oferecer, e, sim, por causa do relacionamento baseado em confiança e dependência que ele quer estabelecer com você.

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Semana 8. Eu Sou a Videira Verdadeira (24 a 29 de outubro)

[Exaltação] Sugestão de música: Preciso de Ti (Diante do Trono) [Edificação] Introdução A lição de hoje é a última da série “Quem é Jesus?”. Jesus disse: “Eu sou a videira verdadeira”. Na célula de hoje, vamos estudar as implicações dessa a rmação para cada um de nós. Desenvolvimento Texto: João 15.1-8 Este texto tem como pano de fundo uma metáfora com pelos menos três personagens identificadas. A primeira é a videira, que representa Jesus. A segunda é o agricultor, que representa Deus Pai. A terceira são os ramos da videira, que representam a Igreja, os discípulos de Jesus. Posto isso, há importantes lições a serem extraídas desses versículos. São elas: 1. O ramo não pode produzir fruto por si mesmo A videira, como os vegetais em geral, possui um tronco principal (caule), o qual tem suas terminações nas raízes e nos ramos. Por esse tronco, passam os nutrientes absorvidos do solo pelas raízes, os quais chegarão aos ramos, possibilitando que eles produzam os frutos. Os ramos da videira, então, dependem do tronco principal para produzir frutos. Semelhantemente, os discípulos de Jesus, para produzir os frutos da vida cristã, dependem de seu mestre. O que seriam esses frutos? Frutos é o que todos esperam de uma árvore. Pode-se dizer, então, que frutos é o que Deus Pai (o agricultor) espera ver na vida de seus filhos. Nesse sentido, Deus, em suma, espera de nós é que sejamos como Jesus e que levemos outros a também serem assim. Certamente, a vida de uma pessoa que está de acordo com esses propósitos tem uma beleza e prosperidade semelhantes

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às de uma videira cheia de uvas, manifestando a glória de Deus ao mundo. Todavia, para que haja esse sucesso, é necessário estar-se conectado ao Senhor e receber dele as condições para tanto. Isso fala de dependência, confiança e submissão; enfim, relacionamento. A palavra usada pelo próprio Jesus para expressar isso é “permanecer”. Ela tem como um de seus sentidos “ser sustentado, mantido, continuamente”. O discípulo de Jesus deve, ininterruptamente, buscar dele os nutrientes necessários para que seja frutífero. O ramo infrutífero é aquele que não está ligado à videira. Ele representa a humanidade perdida e ímpia, a qual não crê em Cristo, não está reconciliada com Deus Pai e, portanto, não pertence à família de Deus. A partir disso, conclui-se que todo discípulo de Cristo deveria produzir frutos, já que está conectado ao Senhor e recebe dele condições para isso. 1. Você é um ramo que está conectado à videira? Ou está à parte dela? 2. “Sem mim nada podeis fazer”. Você tem dependido de Jesus em sua vida diária? 2. O ramo que não produz fruto é cortado Apesar da conclusão alcançada no item anterior, sabese que nem todos os discípulos de Cristo são frutíferos. Quais seriam as razões para isso? Duas delas podem ser destacadas. Primeira, a falta de dependência e de relacionamento do cristão para com o seu Senhor. Em alguns momentos de sua caminhada cristã, o discípulo pode tirar os olhos de Jesus e passar a confiar em si mesmo e a depender de suas próprias forças. Certamente, cedo ou tarde, o resultado disso será frustração e estafa. Paulo diz em Gálatas 5.25: “Se vivemos pelo Espírito, andemos também no Espírito”. Se pela obra do Espírito fomo regenerados, ou seja, nascemos de novo (cf. Jo 3.1-8), também pela obra do Espírito seremos santificados, ou seja, trilharemos em vitória a jornada da vida cristã. O dar frutos é pelo poder do Espírito! A segunda que pode ser destacada é a rebeldia. Quando não aceita a vontade de Deus para determinado aspecto de sua vida, o discípulo passa a ser infrutífero. Para tratar da ausência

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de frutos, Jesus diz que o agricultor, que é o Pai, corta o ramo. Isso não deve ser interpretado como perda de salvação e, sim, como disciplina. Quando a vida de um discípulo deixa de ser uma manifestação da presença de Deus no mundo, então é hora de corte, de disciplina. A Bíblia diz, em Hebreus 12.5-11. Deus corrige a quem faz parte de sua família. Ele disciplina a quem está conectado à videira, mas está infrutífero. Essa disciplina, conforme o texto acima, tem por objetivo fazer com que o filho de Deus produza fruto de justiça. 3. Você já foi disciplinado pelo Senhor? Dê a algum dos presentes a oportunidade de compartilhar uma ocasião em que foi disciplinado por Deus. 4. Você percebe a disciplina do Senhor atuando hoje em sua vida? 3. O ramo que produz fruto é limpo Existem ramos frutíferos. Há discípulos que permanecem em Cristo e, assim, manifestam sua glória. Entretanto, isso não os isenta de tratamento. O ramo que dá fruto é limpo, para que produza mais fruto ainda. O agricultor sabe que a videira, apesar de estar frutífera, pode produzir ainda mais. O Pai sabe que o discípulo tem o que ser aperfeiçoado de modo a dar mais fruto. Enquanto estivermos no processo de santificação, sempre haverá o que ser transformado e purificado para que sejamos mais parecidos com Jesus, manifestando, assim, a glória de Deus. É uma “obsessão” do Pai sermos, a cada dia, mais semelhantes ao nosso irmão mais velho. Segundo a Bíblia, uma das maneiras que Deus usa para nos aperfeiçoar são as tribulações. O próprio Cristo, conforme Hebreus 5.8,9, foi aperfeiçoado pelas coisas que sofreu! Paulo diz o seguinte acerca dessas coisas: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5.3,4). “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não

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destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal” (2Co 4.8-11). As tribulações nos levam ao amadurecimento espiritual. O nosso velho homem (a nossa natureza pecaminosa) é mortificado e a vida de Cristo pode se manifestar mais intensamente através de nós. Em Tiago 1.2-4, também está escrito: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada de cientes”. 5. Você nota hoje em sua vida benefícios dos momentos de tribulação pelos quais passou? Dê a algum dos presentes a oportunidade de compartilhar algo sobre isso. 6. Você percebe, hoje, o Senhor atuando em sua vida, no sentido de te limpar e puri car, através de uma tribulação? Conclusão A partir da lição de hoje, aprendemos sobre a importância de permanecermos em Cristo e, assim, darmos frutos. Lançamos, então, os seguintes desafios: 1. Aquele que não está em Cristo não dará frutos. Se houver alguém desconectado da videira, ou por não ter se convertido ou por estar desviado, hoje é uma boa oportunidade para se conectar; 2. Só é frutífero aquele que permanece em Cristo. Se houver alguém vivendo de maneira independente de Deus, hoje é uma boa oportunidade para uma avaliação e para uma tomada de decisão no sentido do arrependimento; 3. O ramo infrutífero é disciplinado por Deus. Se houver alguém nessa situação, tenha convicção de que o Pai disciplina aos filhos a quem ama. Permaneça nele; não se afaste;

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4. O ramo frutífero é limpo para que dê mais fruto. Se houver alguém passando por tribulação, tenha a esperança de que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). O fim dessa tribulação é te fazer mais parecido com Jesus. Persevere! Faça apelos conforme os itens acima e ore por cada uma das pessoas conforme o caso apresentado.

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Cerqueira César Igreja presbiteriana independente

Células

Escola de Capacitação Ministerial

Multiplique 36

PRESBITÉRIO BOTUCATU


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