Guia das Moradias Estudantis de Ouro Preto

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Tiago Santos Farias

GUIA

das moradias estudantis de OURO PRETO



GUIA

das moradias estudantis de OURO PRETO Tiago Santos Farias

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Apresentação

O projeto elaborado é um editorial sobre nas moradias estudantis de Ouro Preto. Foi desenvolvido um guia contendo informações acerca destas repúblicas, com o objetivo de ser usado pelo estudante/vestibulando que queria ingressar nesse universo estudantil rico e cheio de novas situações. O guia servirá como suporte para sua experiência quanto à vivência nas repúblicas e pesquisa sobre a história e regras das mesmas. O Conceito expressado em todo o editorial é a interferência/inserção. Traduzindo a inclusão do jovem estudante em um mundo diferente do que vivia até então. Possui o formato de um caderno estudantil e em suas páginas, estão incorporadas imagens de Ouro Preto e dos quadros dos padrinhos(ex-alunos das repúblicas), existem interveções de caráter jovens(pop arte, desenho livre, etc) e muitas vezes inacabadas(espacos para anexação de informações externas), dando ao usuário a liberdade de interferir ele próprio no material, com informações e outros processos que venham a acrescentar sua experiência. O guia aos poucos vai tomando a ‘cara’ do usuário, traduzindo suas particularidades e ao final ganha um caráter único, ao diferenciar-se do que era e ao tomar uma nova ‘roupagem’ e conteúdo interferido. Anexo ao editorial, vem um mapa, que serve como índice e ao mesmo tempo localização dos endereços das moradias. Seguem papéis avulsos para anotações e clipes para anexações de conteúdos externos. As moradias estudantis de Ouro Preto espera por você. Prepare-se para uma nova aventura e boa sorte!

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ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA DE MINAS (A3EM) CAPÍTULO I DA ASSOCIAÇÃO E SEUS FINS Art. 1º - A ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA DE MINAS, com a sigla A3EM, fundada em 12.10.1942, com denominação de Associação dos Ex-Alunos da Escola de Minas, em Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, com foro nesta cidade, de duração ilimitada e sem finalidade lucrativa, destina-se a: a) manter estreitos laços entre a Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto e seus Ex-Alunos; b) pugnar pela defesa dos interesses da Escola e de suas tradições; c) contribuir, na medida de suas possibilidades, para o mais completo aparelhamento da Escola e maior aperfeiçoamento dos seus cursos; d) desenvolver entre seus associados um sadio espírito e cooperação e fraternidade; e) contribuir, colaborando com a administração da Escola, para maior brilhantismo das festividades e comemorações da mesma, em especial das de seu aniversário; f) defender os interesses dos Engenheiros; g) manter estreito intercâmbio com as Sociedades de Ex-Alunos da Escola de Minas de Ouro Preto (SEMOP´s), atualmente existentes e as que vierem a ser criadas; h) dar apoio aos Ex-Alunos em suas atividades públicas e privadas; i) contribuir, quando solicitada pela Diretoria da Escola de Minas, na solução de dificuldades e problemas supervenientes; j)

promover anualmente a in-

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dicação do Ex-Aluno que mais se tenha distinguido, no ano anterior, em qualquer campo de atividade humana, a fim de que seja laureado pela Diretoria da Escola de Minas, em sessão solene comemorativa do aniversário da Escola na forma de regimento específico; k) restabelecer o antigo prêmio ao aluno da Escola de Minas que obtiver o primeiro lugar em seu curso, com a denominação de “Prêmio Escola de Minas”, a ser regido por regimento aprovado em Assembléia Geral; l) escolher, anualmente, para o ano seguinte, um Ex-Aluno para ser o orador em nome dos exalunos nas festividades comemorativas do aniversário da Escola de Minas, segundo regimento específico; m) promover e apoiar iniciativas que visem fortalecer os valores culturais e de nacionalidade da venerável cidade de Ouro Preto. Art. 2º - A sede social da A3M é a Casa do Antigo Aluno da Escola de Minas (CA2EM), em Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, entidade esta que é filiada à A3EM, devendo, ainda, ser criada uma sede campestre no Parque do Itacolomi, onde deverão ser instaladas facilidades várias, nos campos da astronomia, geologia, mineralogia, botânica, etc, visando o desenvolvimento do ensino e da pesquisa da Escola de Minas. Art. 3º - O ano social da A3EM começa no dia 13 de outubro de cada ano e termina a 12 de outubro do ano seguinte. Art. 4º - Tem a Associação personalidade jurídica distinta da de seus associados, que, por isso mesmo, não respondem subsidiariamente pelas obrigações por ela assumidas, sendo certo que os seus representantes legais respondem perante os sócios pelos atos que praticarem no desempenho de seus cargos. Art. 5º - Com recursos próprios ou provenientes de doação, poderá a Associação, a critério da Diretoria, conce-

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der bolsas de estudos a alunos da Escola de reconhecido valor e desprovidos de recursos suficientes à sua manutenção.

Art. 6º - A A3EM é filiada à Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (FEBRAE) e terá representação no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais e nos órgãos universitários que venham a comportá-la, nos termos dos Estatutos e Regimentos da UFOP. CAPÍTULO II DOS ASSOCIADOS Art. 7º - O quadro social da A3EM, constituído de um número não limitado de associados, compreenderá as seguintes categorias de sócios: a)

Associados efetivos;

b)

Associados cooperadores;

c)

Associados honorários;

d)

Associados contribuintes.

Parágrafo 1º - Na categoria de associados efetivos, consideram-se os antigos alunos da Escola de Minas, portadores de diploma de quaisquer de seus cursos regulares, que manifestem expressamente, o desejo de integrarem o quadro social, como também engenheiros formados em outras instituições congêneres, no país e no exterior, que manifestarem interesse em pertencer à A3EM. Parágrafo 2º - Considerar-se-ão associados cooperadores os membros do corpo docente da Escola de Minas que, não tendo pertencido em tempo algum a seu corpo discente, manifestem, expressamente, o desejo de pertencerem à Associação.

Parágrafo 3º - Serão associados honorários as pessoas que, por terem prestado relevantes serviços à classe dos engenheiros, à Escola de Minas ou à A3EM, venham a merecer, por isto, da Assembléia Geral esta distinção. Parágrafo 4º - Na categoria associados contribuintes, consideram-se os

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ex-alunos da Escola de Minas não portadores de diploma de algum de seus cursos regulares, que manifestem, expressamente, o desejo de integrarem o quadro social. Com excessão do direito de votar e ser votada, a esta categoria são conservados todos os outros direitos pertinentes às três categorias precedentes. Art. 8º - Constituem direitos dos associados efetivos, cooperadores, honorários e contribuintes, sem prejuizo do parágrafo 4º do Artigo 7º. a) apresentar, nas sessões da Assembléia Geral dos associados as proposições que julgarem de interesse da Associação e participar dos debates e votação de todas as matérias submetidas à deliberação do plenário; b) votar e ser votado para os cargos de direção da A3EM e para membro das comissões permanentes ou especiais da Assembléia Geral; c) convocar sesseões extraordinárias da Assembléia Geral, em requerimento à Diretoria, devidamente motivado e assinado por 45 sócios, pelo menos; d) inscrever-se no quadro de quaisquer organismos sociais filiados à A3EM, sejam de finalidade culturais, assistenciais, recreativas ou quaquer outra. Art. 9º - São deveres dos associados efetivos, cooperadores, honorários e contribuintes: a) comparecer às sessões da Assembléia Geral a que sejam convocados, quando não ocorram razões impeditivas relevantes; b) desempenhar os cargos da direção da A3EM, para que forem eleitos, salvo quando apresentarem motivos de recusa da incumbência;

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c) participar das comissões e desincumbirem-se das missões para que sejam designados ou eleitos, nos termos deste Estatuto; d) cumprir as demais obrigações que lhes caibam, por força deste Estatuto ou de resoluções especiais da Assembléia Geral; e) contribuir com a anuidade, fixada pela Assembléia Geral Ordinária, de acordo com o disposto na letra “g” do Art. 12º deste Estatuto. Parágrafo 1º - A exclusão de associados dar-se-á por: a) pedido formal do associado; b) por decisão da Diretoria quando se tratar de ato julgado desabonador praticado pelo associado, cabendo recurso para a Assembléia Geral. CAPÍTULO III DOS ORGÃOS SOCIAIS DA A3EM Art. 10º - São órgãos sociais da A3EM: a)

Assembléia Geral;

b)

Diretoria;

c)

Conselho Fiscal.

DA ASSEMBLÉIA GERAL Art. 11º - A Assembléia Geral, instância administrativa superior da A3EM, realizará um sessão ordinária por ano, por ocasião do aniversário da Escola, e as sessões extraordinárias que sejam convocadas para fins específicos, por iniciativa da Diretoria ou do Conselho Fiscal ou a requerimento, devidamente motivado, de 45 associados, pelo menos.


Parágrafo único – sempre que possível, as sessões da Assembléia Geral se realizarão na Escola de Minas. Art. 12º - Compete à Assembléia Geral: a) deliberar sobre alteração ou reforma deste Estatuto; b) eleger e empossar, em sessão ordinária, os membros da Diretoria e os do Conselho Fiscal da Associação; c) destituir a Diretoria em Assembléia Geral Extraordinária bem como ao Conselho Fiscal da Associação; d) discutir e votar, em sessão ordinária, o relatório anual do Presidente e o parecer do Conselho Fiscal, relativo à prestação de contas da Tesouraria; e) resolver, em grau de recurso, sobre as decisões da Diretoria Geral; f) eleger, dentre os membros, seus representantes no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura da 4ª Região, na Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (FEBRAE) e nos órgãos universitários ou escolares que os comportem, bem como, quando for o caso, os respectivos suplentes; g) fixar anualmente a anuidade a ser paga pelos sócios; h) manifestar-se sobre assuntos de interesse geral que lhes sejam submetidos, deliberando sobre providências a eles relativas, que considere cabíveis e oportunas, a serem encaminhadas pela A3EM; i) participar da comemoração do aniversário da Escola, concorrendo, na medida do possivel, para o seu maior brilhantismo. Art. 13º - Independe de convocação a Assembléia Geral Ordinária, que deverá ter lugar nas comemorações do aniversário da Escola. Art. 14º A convocação para qualquer sessão extraordinária da Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado em lugares convenientes da Escola e, na medida

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do possivel, divulado pelos orgãos de publicidade locais e regionais. Parágrafo único – O edital mencionado neste artigo deverá incluir a 1ª e 2ª convocações, mencionando a ordem do dia da sessão e indicando o local, a data e o horário em que ela deva realizar-se e poderá conter ainda quaisquer outros esclarecimentos ou informações que se considerem de interesse para o caso. Art. 15º - A Assembléia Geral se instalará e deliberará, em primeira convocação, com a presença mínima de 40 de seus membros e em segunda, com qualquer número de sócios presentes, uma hora depois. Art. 16º - As sessões da Assembléia Geral serão presididas e secretariadas, respectivamente, pelo Presidente e pelo primeiro Secretário da A3EM ou por seus substitutos legais. DA DIRETORIA Art. 17º - Compor-se-á a Diretoria da A3EM dos seguintes membros: a) Presidente; b) 1º Vice-Presidente; c) 2º Vice-Presidente: Presidentes das SEMOP’s Regionais (representativos); d) 1º Secretário; e) 2º Secretário; f) 1º Tesoureiro; g) 2º Tesoureiro; h) Diretor do Departamento de Atividades Sociais e Culturais; i) Diretor do Departamento de Patrimônio; Parágrafo único – O mandato dos membros da Diretoria, cujo exercício não será remunerado, terá a duração de quatro anos, salvo o dos que forem eleitos para completar o exercício, admitindo-se a reeleição. Art. 18º - Compete à Diretoria: a) deliberar sobre atos de administração não conferidos especificamente a cada membro da Diretoria; b) cumprir e fazer cumprir as deliberações da Assembléia

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Geral; c) deliberar sobre a concessão das bolsas de estudo, previstas no artigo 5º deste Estatuto; d) praticar os demais atos de sua atribuição, nos termos deste Estatuto. Art. 19º - Compete ao Presidente: a) representar a entidade, ativa e passivamente , judicial e extra judicialmente, e superintender todas as atividades da entidade; b) presidir as reuniões da Diretoria e as sessões da Assembléia Geral, com voto de desempate; c) nomear e demitir empregados; d) assinar cheques e documentos financeiros, juntamente com o primeiro Tesoureiro; e) autorizar o pagamento de despesas; f) designar comissões, quando necessário; g) rubricar todos os livros da entidade, lavrando os termos de abertura e encerramento; h) designar representantes da A3EM na comissão dos festejos comemorativos do aniversário de fundação da Escola; i) apresentar, anualmente, à Assembléia Geral, relatório circunstanciado de todo o movimento da entidade; j) designar membro provisório da Diretoria, até a Assembléia Geral imediata; k) praticar todos os demais atos que sejam de sua atribuição, por força deste Estatuto ou por delberação da Assembléia Geral ou da Diretoria; l) delegar poderes concernentes às funções de sua competência. Art. 20º - Compete ao 1º Vice-Presidente substituir o Presidente em suas faltas e impedimentos e auxiliá-lo quando por ele solicitado. Parágrafo 1º Compete aos VicePresidentes, Presidentes do SEMOP participarem das reuniões de Diretoria e manter imformadas as SEMOP’s Regionais das atividades da A3EM. Art. 21º - Compete ao 1º Secretário: a) secretariar as sessões da Assembléia Geral e da Diretoria, e

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lavrar as respectivas atas em livro próprio; preparar a b) correspondência da entidade, tendo sob sua guarda os livros e documentos respectivos; c) manter atualizado o cadastro de associados e entidades congêneres para promover intercâmbio com as mesmas; d) executar e dirigir os serviços que lhe forem cometidos pela Diretoria ou pelo Presidente; e) organizar o fichário da entidade, catalogando assuntos de interesse da Escola, da Associação e dos seus Associados; f) enviar comunicações aos Associados que completarem vinte e cinco e cinquenta anos de formatura, sugerindo que as comemorações destas datas sejam feitas por ocasião das festividades do aniversário da Escola. Art. 22º - Compete ao 2º Secretário: a) substituir o 1º Secretário em seus impedimentos e auxiliá-lo no desempenho de suas atribuições. Art. 23º - Compete ao 1º Tesoureiro: a) firmar cheques ou documentos bancários com o Presidente; b) tratar com os concessionários de serviços da A3EM, velando pelo exato cumprimento das cláusulas contratuais que envolvem interesses econômico-financeiros da entidade; c) fiscalizar valores e títulos da A3EM; arrecadar os d) rendimentos, inclusive as mensalidades ou anuidades dos sócios; e) efetuar os pagamentos autorizados pelo Presidente; f) organizar e manter em dia a escrita financeira, fornecendo os esclarecimentos e informações que lhe forem solicitados pelos órgãos sociais; g) apresentar à Assembléia Geral Ordinária de outubro

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o balanço da situação financeira da entidade; h) apresentar balancetes mensais, quando solicitado pela Diretoria. Art. 24º - Compete ao 2º Tesoureiro: a) substituir o 1º Tesoureiro quando de seu impedimento e auxiliálo no desempenho de suas atribuições. Art. 25º - Compete ao Diretor do Departamento de Atividades Sociais e Culturais (DASC): a) promover atividades sociais e culturais da A3EM criando condições e motivações para os associados; b) desempenhar outras atividades por delegação do Presidente ou da Diretoria. Art. 26º - Compete ao Diretor Departamento de Patrimônio (DDT):

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a) zelar pelo patrimônio da A3EM; b) desempenhar outras atividades por delegação do Presidente ou da Diretoria. Art. 27º - A Diretoria reunir-se-á, por convocação do Presidente, em dia, hora e local por ele designados. Parágrafo único – As decisões da Diretoria serão tomadas por maioria de votos, com a presença mínima de 6 (seis) de seus membros executivos, inclusive o Presidente ou seu substituto legal, podendo este exercer o direito do desempate. Art. 28º - Das decisões da Diretoria caberá recurso para a Assembléia Geral da A3EM. DO CONSELHO FISCAL Art. 29º - O Conselho Fiscal constituirse-á de 3 (três) membros efetivos e igual número de suplentes , eleitos por quatro anos, pela Assembléia Geral Ordinária da A3EM, podendo ser reeleitos.

Art. 30º - Compete ao Conselho Fiscal: a) fiscalizar o exercício financeiro e o patrimônio da entidade; b) examinar os livros, documentos, balanços anuais,

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conferir o caixa e emitir parecer a ser submetido à Assembléia Geral Ordinária da A3EM. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 31º - A associação terá um distintivo oficial conforme modelo aprovado pela Assembléia Geral. Art. 32º - Será indicado, anualmente, pela Assembléia Geral da A3EM, um orador que falará em nome de entidade, na sessão comemorativa do aniversário da Escola. Art. 33º - A Diretoria deverá elaborar um regimento interno, de conformidade com as disposições deste Estatuto, incluindo as penalidades que poderão se impostas aos Associados. Este regulamento interno, que deverá ser aprovado pela Assembléia Geral da A3EM, poderá sofrer modificações, porém, quando tal acontecer, será apreciado e aprovado pela mesma Assembléia Geral. Art. 34º - Qualquer reforma ou alteração do presente Estatuto somente poderá ser feita em Assembléia Geral da A3EM. Art. 35º - No caso de dissolução da entidade, deliberada por maioria absoluta de votos em Assembléia Geral, o acervo da A3EM passará a pertencer à Fundação Gorceix ou a outra entidade similar de apoio à Escola de Minas. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 36º - Este Estatuto entrará em vigor na data de seu registro no cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, substituindo plenamente o Estatuto então vigente. Aprovado na Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 29 de março de 2003, na sala de Mecânica da Escola de Minas. Engº Marcos de Vasconcellos Bastos Presidente da A3EM Engº João Epifanio de Andrade Lima Secretário da A3EM

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História

República Aquarius

As diversas gerações de aquarianos construíram e reconstruíram suas ações e identidades ao longo do tempo. E só foi possível pela interação dos moradores com seus colegas, ex-alunos e demais participantes no propício espaço da República, pois é ali que cotidianamente se extrai lições e exemplos a partir do aprendizado de superação individual e coletiva. E é fundamental ressaltar que os atuais moradores da Aquarius são os responsáveis por todo o patrimônio da República, que foi construído e reconstruído pelo trabalho e sacrifício de vários outros aquarianos. Porém, o mais importante é perceber as novas conquistas e o trabalho feito atualmente pelos moradores superam muitas falhas, dificuldades e desatenção daqueles que não mais habitam a Aquarius. Muito do que foi pensado, iniciado ou até mesmo deixado de lado pelos antigos moradores está sendo feito pelos atuais moradores. A República Aquarius foi fundada no período em que o Brasil tinha seu Estado controlado por forças conservadoras e autoritárias, o que implicava num forte esquema de repressão aos movimentos sociais. Era 1969. A educação superior também passava por importantes ajustes, sobretudo através de um grupo que projetava uma reforma universitária, assim como de uma comissão que estudava medidas para diminuir os movimentos estudantis nas universidades brasileiras, presidida pelo General Meira Mattos.

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Após o restabelecimento de todo o movimento estudantil no Brasil depois das intervenções e dificuldades criadas pelos artífices do golpe de 1964, o DAEM (Diretório Acadêmico da Escola de Minas de Ouro Preto) passou a ter mais espaço para atuação. Primeiro pelo trabalho de base desenvolvido junto aos estudantes. Segundo pela proposta de ações que a gestão 1967/1968 apresentou. E uma das bandeiras foi a conquista de novas casas para “repúblicas”. Um acampamento por vários dias na Praça Tiradentes foi montado, em 1967, quando se buscou mobilizar os estudantes, e ao mesmo tempo pressionar a Escola de Minas para o problema da moradia estudantil. A justificativa do Diretório para o movimento era o seguinte: “temos diversas repúblicas com ameaça de despêjo; temos colegas morando em verdadeiros padieiros sem a mínima condição de higiene; temos conhecimento da admissão dos novos colegas de 68” (Boletim do Diretório Acadêmico nº 4, novembro de 1967). Para César Maia (atual Prefeito do Rio de Janeiro) – Tesoureiro do DAEM na gestão 67/68 –, a questão das repúblicas era um dos tópicos da luta: “A gente teve um conflito com a Escola que era mais amplo, não sei se era regimento ou se era regulamento; casas para estudantes, certamente. E aí se acampou na Escola de Ouro Preto, que fez um grande sucesso” (Depoimento a Otávio Luiz Machado, Rio de Janeiro, 28/01/2003).

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A Escola de Minas cedeu aos estudantes e liberou recursos para novas repúblicas. A partir daí uma Comissão nomeada pela Assembléia Escolar integrada pelo Presidente do DAEM e pelos professores Moacyr do Amaral Lisboa e Washington Moraes de Andrade buscou dar andamento à aplicação da verba liberada pela Escola no valor de NCr$200.000,00, imediatamente após as negociações em torno do fim do acampamento. Havia um impasse quanto a forma de se conseguir casas para serem transformadas em “repúblicas”, pois não se sabia como resolver a questão com a compra, o aluguel ou a construção de novas casas. Mas, a opção pela compra de novas casas foi a forma encontrada, pois não se teria tempo para construir casas diante da entrada de novos calouros em 1968. A oferta de velhas casas e casarões para venda era elevado em Ouro Preto neste período, pois a cidade não se recuperara ainda da crise econômica provocada pela transferência da capital de Minas Gerais de Ouro Preto para Belo Horizonte, em 1897.

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Um tema que ainda está presente na memória coletiva dos estudantes daquele período foi a compra de casas dos próprios professores da Escola, conforme denúncia do próprio DAEM: “Pois bem colegas, para surpreza e decepção nossa, assistimos nos meados de outubro, o Doutor Washignton, após mudar para casa de propriedade da Escola, enviar proposta ao Diretor oferecendo a sua casa para a comissão comprar, ao mesmo tempo pedia o seu afastamento desta, por se julgar suspeito, no caso de vir a ter de decidir sôbre a compra de seu imóvel. Ao nosso ver, o que é suspeito, é o Dr. Washington, depois de trabalhar tantos meses como membro da citada comissão e de vetar a compra de certas casas, oferecer a Escola à casa de sua propriedade, que apresenta os mesmos inconvenientes, daquelas às quais se opôs com seu veto. Votamos contra a compra do referido imóvel pelo prêço de NCr$44.100,00. tendo o Dr. Moacyr votado a favor, e o Dr. Washington sendo impedido de dar se parecer, foi encaminhado o processo ao Diretor Geral da Escola para que desse a palavra final. Autorizou-se a compra” (Boletim do Diretório Acadêmico nº 4, novembro de 1967). E também da demora da direção da Escola em solucionar o problema urgente da falta de repúblicas para uma parcela dos estudantes era uma das preocupações:

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“Assim, Já são decorridos 45 dias dêsde que acampamos na Praça Tiradentes exigindo locais de moradia. Ainda permanece vivo em nossa memória, que encerramos o nosso movimento, tendo em vista as medidas tomadas e as promessas feitas pela Escola. A Assembléia Escolar reunida no dia 20 de mârço, em sessão extraordinária, destacava uma verba de NCr$100.000,00, para amenizar a situação e ainda ficou estabelecido, que o senhor Diretor, dentro dos próximos 15 dias, apresentaria à mesma Assembléia, um projeto visando solucionar o problema de uma vez por tôdas” (Boletim do Diretório Acadêmico, sd). Dessas reivindicações podemos indicar as “repúblicas” conquistadas pelo movimento neste espaço de tempo, mas de acordo com a escrituração nos cartórios: 1967 (Adega, TX); 1968 (Aquarius, Deuses, Jardim de Alá, Pulgatório, Baviera, Ninho do Amor, Nau Sem Rumo); 1969 (Poleiro dos Anjos, Espigão, Boite Casablanca); 1970 (Casa Nova, Cassino); 1971 (Marragolo). A UFOP ainda construiu e/ou comprou diversos outros imóveis nas décadas de 1970 e 1980. Uma data aproximada de fundação propriamente dita da Aquarius é 20 de agosto de 1969, quando vários estudantes passaram a morar na casa ainda em reformas pela Universidade. Alguns dos seus primeiros moradores foram: Evandro Bomtempo, Roberto Brandão, Botiô, Campolina, Teófilo, Norival, Luiz Romano Russo, Quinquinha, José Wilson e Pinga.

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A fundação da Aquarius ocorreu em um momento também delicado em outras partes do mundo, nos conturbados anos de 1968 e 1969. Diversos episódios de transformação, redefinição e mudanças nos campos políticos, sociais e culturais se impunham. Em plena Guerra do Vietnã, em 1969, o público de Woodstock a condena, junto a uma mistura de música, LSD, rebeldia, amor livre, conflito de gerações e em plena busca da paz e da liberdade para o mundo. Os conceitos são revistos, a mentalidade presente apresenta arranhões, quando não cisões, e essa busca por um mundo melhor, mais humano, livre, justo, diferente e para todos se torna ao mesmo tempo um desafio e uma causa a seguir. Por estarem vivendo na chamada “Era de Aquarius”, os primeiros moradores deram ao nome da República o último termo, embora a República fosse apelida por alguns estudantes como “Argélia”. Ou seja, o país que recebeu diversos militantes expulsos do país pela ditadura, a República aceitava diversos estudantes que haviam sido “rejeitados” por outras repúblicas.

Além da conquista das “repúblicas”, a luta nos primeiros anos foi para se consolidar as casas como “repúblicas” autônomas. O reitor da então recém-criada Universidade Federal de Ouro Preto, que ocupava também o cargo de Diretor da Escola de Minas, professor Antônio Pinheiro Filho, buscava intervir na orientação interna das “repúblicas”. Deve-se ressaltar que no período da ditadura militar as inúmeras intervenções nas “repúblicas” tanto da direção dos órgãos escolares como dos órgãos de repressão e de informação do Estado militar. Um dos primeiros atos foi a tentativa de desalojamento dos moradores da república Gaiola de Ouro. Para justificar o ato, o Reitor/Diretor salientou que os moradores teriam três opções de moradia:

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1) ocupar as vagas deixadas pelos estudantes desligados pelo Reitor/ Diretor baseado no Decreto-Lei 477, Lincoln Ramos Viana e Pedro Carlos Garcia Costa, respectivamente moradores das repúblicas Canaan e Castelo dos Nobres; 2) Ocupar as vagas que foram criadas através da ampliação das casas da Rua do Paraná; 3) Ocupar as vagas que foram criadas através da ampliação da República Baviera (Ofício do Diretor datado de 21 de novembro de 1969). E buscou desalojar os estudantes da República Marragolo, que se situava na Rua Cel. Alves, 55. Esta residência havia pertencido ao professor Domingos Fleury da Rocha, e estava sendo cedida ao uso de profissionais do convênio PLANFAP – Ministério das Minas e Energia. Desta maneira, o Professor Pinheiro determinava, em ofício, a ida de 14 alunos da Marragolo para a casa da rua Salvador trópia, nº 2, enquanto os outros três restantes deveriam ir para a República Aquarius, Rua do Paraná, nº 26 (Ofício de 19 de novembro de 1971).

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Quanto a esta atitude, houve uma reação imediata do Diretório Acadêmico da Escola de Minas: “A atitude arbitrária dessa Diretoria em nomear alunos indistintamente para outras moradias, violando um dos mais sagrados princípios que regem os estudantes desta Casa, quando se podia entrar em cordiais entendimentos, causou a todos repugnância estando os moradores da república em questão dispostos a não efetuar a mudança enquanto não fôr resolvido satisfatòriamente e nos devidos têrmos, o problema em pauta. Temos a salientar que já bastam as provações por que passaram êstes colegas antes e quando nesta república se instalaram. (...) não é demais salientar que a escolha dos novos colegas nas repúblicas é de inteira competência e interesse dos elementos veteranos, com que conviverão, não cabendo portanto interferência de elementos alheios a estas pequenas comunidades. A convivência entre sêres humanos não pode ser imposta” (Ofício DAEM, de 23 de novembro de 1971).

A República Aquarius soube superar todas as dificuldades para se afirmar como uma autêntica casa de estudantes. E foi se consolidando em diversas áreas por meio das diversas turmas de estudantes que foram compondo a casa. Pela interação, pelo diálogo e pela articulação dos seus diversos moradores foi possível construir um importante patrimônio cultural da cidade de Ouro Preto. E a República atuou e atua em diversas frentes. Um dos importantes campeonatos de futebol de salão da Universidade Federal de Ouro Preto, o “Torneio do Centenário”, em 1976, foi conquistado pela Aquarius.

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Na política universitária, não foram poucos os aquarianos que marcaram sua atuação em conselhos da Universidade, tais como o CEPE e o CUNI, bem como em entidades estudantis como DAEM, CAEM, SICEG, Comissão do REMOP, DEC, CACIC, SICEM e outras No plano acadêmico, os vários moradores que passaram ou vivem na casa foram ou são bolsistas em atividades de pesquisa (CNPq, FAPEMIG, UFOP e outras agências), de extensão, estágios, bem como de entidades como empresa Junior, revistas acadêmicas etc. Ou mesmo envolvidos em atividades acadêmicas como voluntários. Enfim, a reinterpretação da história da casa e a criatividade para assumir novos desafios são próprios das repúblicas de Ouro Preto. Experiências acumuladas dosadas com a leitura correta da nova realidade transformam sonhos em realidade. [1] Ex-aluno da Aquarius (formado em 2000). Historiador, pesquisador-associado ao Laboratório Histórico da UFOP (LPH/UFOP), Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGS/UFPE) e pesquisador na UFPE com a pesquisa nacional “A Engenharia Nacional, Estudantes e Educação Superior: a Memória Reabilitada”.E-mail para críticas e sugestões: otaviomachado3@uol.com.br

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História

República Arte & Manha

Foi fundada no dia 19 de setembro de 1982. Nesta ocasião, a sua fundação deu-se juntamente com a de outras Repúblicas situadas no Campus Universitário. Embora fundada no mês de setembro, a Arte & Manha comemora o seu aniversário no dia 12 de outubro, uma festa conhecida em todo o Brasil, quando se comemora além do aniversário desta, o aniversário da Escola de Minas. Por este motivo, a festa do Doze não é exclusiva da nossa República. Já com mais de duas décadas de fundação, a Arte & Manha é uma das Repúblicas Federais mais novas de Ouro Preto. Segundo relatos dos antigos moradores, tradicionalmente chamados de ex-alunos, quando fundada a República era masculina. Por existir muitos problemas com a moradia estudantil na década de 80, houve uma reivindicação dos alunos quanto a esta questão, o que culminou na época com a construção das chamadas Repúblicas do Campus. Mesmo com a construção de novas Repúblicas, o número de vagas para mulheres era insuficiente. Em razão disto, no ano de 86, os então moradores da Arte & Manha abriram uma exceção. Concordaram que duas mulheres morassem temporariamente na República, até então masculina. Em virtude do ótimo relacionamento dessas com os demais moradores, elas foram alçadas à posição de moradoras, ganhando a condição de morarem por tempo indeterminado e desta forma abrindo oportunidades para que outras mulheres pudessem morar na Arte & Manha, tornando-a então uma República Mista. Este fato foi único dentre todas as Repúblicas de Ouro Preto.

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Hoje, a Arte & Manha, a exemplo de outras Repúblicas tem três coisas tidas como tradicionais e incorporadas à sua própria história: a comemoração do seu aniversário, o processo de escolha e a manutenção de um forte vínculo com os estudantes que moraram na República, os ex-alunos. O aniversário da República como já foi citado se dá no dia 19 de setembro, mas a festa é feita do dia 12 de outubro. É uma festa realizada todos os anos e conta com a participação dos moradores, de ex-alunos e dos amigos da República. O processo de escolha é o período, geralmente um semestre letivo, em que o calouro, chamado de “bixo”, é avaliado pelos moradores. Numa ocasião, geralmente no final do semestre letivo, os moradores reúnem-se e cada um decide sobre a efetivação ou não do “bixo”, que uma vez escolhido passa a ser morador. Pesa na escolha a interação do “bixo” com a República, desde a sua amizade com os moradores até a sua preocupação com a história da República. Já os ex-alunos são aquelas pessoas que moraram na República e que, apesar de formadas, ainda mantém um forte vínculo com a casa, sempre aparecendo em todas as ocasiões importantes da República. Na festa de formatura de cada um deles, há a inauguração de um quadrinho que fica exposto num local próprio da casa.

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História

República Bangalô Se encontra no Centro da cidade histórica de Ouro Preto, localizada na Rua das Mercês nº. 247, onde se encontram um conjunto de outras 9 repúblicas, no total de 10, o qual damos o nome de Vila dos Tigres. A nossa casa oferece em suas dependências: Apareça para um bate-papo e conheça os atuais bangaloenses. “Nóis que é Bangalô, nóis que é jóia, os homi são do contra, mas as muié apóia... e como apóia!” Uma escola para a vida... Em meados do primeiro semestre de 1976, em 26 de abril, uma segunda-feira, jovens estudantes da Escola de Minas de Ouro Preto, vindos da cidade de São Sebastião do Paraíso-MG, tiveram a honra de fundar uma nova república em Ouro Preto, situada à Rua das Mercês, 247.Vieram eles, em grupo de nove pessoas, pois já moravam juntos, nos fundos de uma casa, em quartos alugados, no então “Beco dos Bois”. Era uma época em que faltavam casas e sobravam estudantes. Ao saberem da intenção da Reitoria em adquirir algumas casas, começaram a “batalhar”, de todas as formas, a obtenção de uma delas, conseguindo após algum tempo, realizar aquele grande sonho de morar em uma república da Escola de Minas, vindo a residir nesta casa que, a princípio, seria destinada a professores.Nascia, assim, a nossa querida República Bangalô, dando início a uma grande família. Começou, a partir desta data, toda uma história de convivência, de alegrias e tristezas, de festas e estudos, que se desenrola até hoje.Gerações posteriores de estudantes percorreram esta mesma trilha e souberam manter viva esta chama, não a deixando apagar através dos anos, conservando e

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melhorando não só as instalações físicas (e como melhoraram) mas, principalmente, preservando vivo o “espírito bangaloense”, depois de mais de duas décadas, sempre fiel àquelas raízes.Quantos bangaloenses já passaram por aqui, deixando marcas inapagáveis de suas peculiaridades! Pessoas que chegaram aqui de uma forma e foram embora, anos depois, de outra, levando consigo um tipo de aprendizado que vai muito além daquele que se adquiri nos livros: o de tomar as rédeas da própria vida para reinventá-la a cada novo dia. Os pés fincados no chão da esperança e o olhar, alegre e determinado, em direção ao horizonte. Tudo isto possível pela convivência diária de uns com os

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outros. Um aprendizado recíproco. Coisas que só Ouro Preto pode ensinar: a solidariedade, o companheirismo até nas farras, o respeito à opinião do outro, o acolhimento, a compreensão e, muitas vezes, o abraço fraterno e silencioso. A alegria e a fé na vida, características marcantes do “espírito bangaloense”, vividas e facilmente identificadas desde os primeiros até os moradores atuais. Características lembradas, ainda, a todo instante, pelos ex-alunos que sempre retornam para reviver alguns destes raros momentos mágicos, onde se partilham sonhos, dores e


encantos, em diversas ocasiões, principalmente, nas festas do Doze.Nos últimos anos surgiu uma grande novidade entre nós: a possibilidade de estreitar ainda mais os nossos contatos, na convivência com os nossos familiares, dentro de nossa própria e querida República Bangalô, em uma confraternização anual que acontece no mês de novembro, chamada entre nós de “Festa dos Pais”. Nesta ocasião, todos os familiares dos atuais moradores vêm até a república para rever seus filhos e irmãos. Assim, acabam por sentir o sabor de viver, por alguns dias, a incrível condição de ser um aluno da Escola de Minas de Ouro Preto. Momentos de rara beleza, repletos de emoção, marcando o coração de todos os que participam, como demonstram aqueles familiares que já estiveram aqui em anos anteriores, naqueles dias.O caminho é longo e ele se faz ao caminhar... A família bangaloense se amplia a cada ano, cres-

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cendo o número de ex-alunos e a maioria mantendo contato permanente com a república. E embora não estejamos mais, a todo momento, sob o mesmo teto, como muitos dos que passaram por aqui já estiveram, basta um simples telefonema, um encontro casual, para que todas estas lembranças venham à tona e retornem à memória com força total. Então o dia se ilumina e, nesta hora, só nos resta dizer o que já disse um dos ex-alunos uma vez: “só quem viveu é que sabe...”

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História

República Bastilha

República Federal Masculina, a Bastilha foi fundada em abril de 1982 e localiza-se no Campus Universitário da UFOP com mais 17 repúblicas. Conta com inúmeros ex-alunos dos mais variados cursos, sendo uma casa com tradição, respeito e amizade dentro da cidade de Ouro Preto. Possuímos infra-estrutura completa; máquina de lavar, computadores em rede conectados à internet, TV à cabo, área de churrasqueira, quartos mobiliados, além de comadre todos os dias. Estamos com vagas para calouros de qualquer curso.

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Apareçam para um bate papo! Segundo relato dos fundadores da República Bastilha, havia um grande problema de moradia para os estudantes da UFOP na década de 1980. Diante tal problema a reitoria da universidade comprometeu-se a construir casas para os estudantes. No início de 1982, as dez primeiras casas estavam prontas no bairro Morro do Cruzeiro (ao lado do campus da UFOP), estando mais quatro em construção e projeto para mais duas. Para ocupação foi feita uma lista de estudantes que desejavam morar nestas casas, feita pelos próprios estudantes junto com as entidades estudantis, sendo esta aceita pela universidade.

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História

República Canaan A República Federal CANAAN foi fundada em meados da década de 20, a data exata de sua fundação se perdeu no tempo devido ao incêndio ocorrido no antigo fórum de Ouro Preto e a falta de registros em outros órgãos. A República Federal CANAAN, inicialmente, pertencia à Associação da Antiga Casa do Estudante de Ouro Preto (CEOP). Porém em 1976, a CANAAN foi doada a recém criada Universidade Federal de Ouro Preto (o ato de doação é meio duvidoso), com o intuito de pagar, saldar uma dívida e visando que a Universidade pudesse manter a casa em boas condições, já que a CEOP não estava em boas condições financeiras de manter a República em condições adequadas. A primeira localização da República foi na Rua Henry Gorceix, 96, Centro Histórico, onde hoje é a Sede da Antiga Casa do Ex-Aluno de Ouro Preto. Posteriormente, a mesma mudou-se para a Rua das Flores, Centro Histórico.

Em 1949, após um incêndio, a Universidade Federal de Ouro Preto comprou/reformou uma casa histórica situada na Rua Xavier da Veiga, nº 29, Centro Histórico, ao lado da casa onde abrigava o antigo Arquivo Público Mineiro e transferiu a República Federal CANAAN para lá. O nome “CANAAN” tem sua raiz na palavra “Cana” (vulgo nome dado a bebida mais popular brasileira, a cachaça). Esse nome foi dado à República, pois essa era a maior companheira daqueles primeiros moradores que bravamente enfrentavam as sombrias e frias noites ouropretanas.

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Hoje, por vezes, o nome “CANAAN” é também associado à “Canaã” - terra sagrada prometida por DEUS a Moisés e seus seguidores, segundo passagens Bíblicas. Ao se falar da República Federal CANAAN fala-se de participações históricas como as manifestações estudantis na década de 60 quando, acuados pela repressão do Sistema Ditador, os estudantes realizaram reuniões secretas no porão da Republica e foram, por vezes, taxados de comunistas pela comunidade chegando ao ponto de terem sido “vitimas” da polícia. No inicio da década de 70, foi realizado o Primeiro Festival de Inverno de Ouro Preto, pensando em uma inovação, os moradores da época montaram um “botequim” no porão da República, onde cantavam e abrigavam os visitantes da noite boêmia ouropretana.

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História

República Casa Nova

Fundada no dia 21 de Abril de 1973, situada inicialmente na Praça Juvenal Santos, 31, próximo à matriz do Pilar, o prédio que seria para alojamento de professores da UFOP foi ocupado com o apoio do DAEM (Diretório Acadêmico da Escola de Minas) por estudantes de engenharia e farmácia. Sendo o prédio de dois andares e em função da má distribuição de seus cômodos, o mesmo foi dividido em duas novas repúblicas: sendo o andar superior a República Casanova e o andar inferior a República Cassino. A partir daí, tendo como novo endereço a Praça Barão do Rio Branco, 46, passou então a fazer parte das Repúblicas da “Praia do Circo”.

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Ao longo desse tempo a Casanova sofreu três grandes reformas estruturais, sendo a primeira em 1988, então com 15 anos, consistente na construção de uma área externa para churrascos e afins. Dez anos depois, em comemoração ao seu Jubileu de Prata, nova vida foi dada a sua boate, sala de televisão e cozinha. Recentemente, em 2006, uma nova sala de TV foi construída em um andar superior da casa, dando mais espaço para a boate e cozinha. A República teve como fundadores Antônio Carlos de Matos, Antônio Carlos Teixeira Pizziolo, Caio Antônio de Carvalho, Celso Machado, Ciro Gonçalves Sobrinho, Eônio Milagres, Eliseo Mário, Grimaldo Dutra dos Santos Leal, Jorge Adílio Penna, Gilson Borges, Mozart de Alcântara, Pietro Sciavicco, Sebastião Scaramuzza, Silvério Furtado Rosa e Robertson Abdala. O nome Casanova foi dado em homenagem ao grande e lendário conquistador Gionanni Giacomo Casanova (1725-1798). Nascido em Veneza, Itália. Entre suas atividades foi seminarista, jornalista, escritor, diplomata, músico, empresário, espião, soldado, presidiário, bibliotecário e fugitivo. E, ao que tudo indica, a escolha deste nome se justifica pela perpetuação das peripécias deste personagem até os dias de hoje, conforme se percebe de recente trecho extraído do jornal Folha de São Paulo:

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“Mais rápido que ele só a fama de conquistador, que invadiu salões, excitando a curiosidade feminina e a contabilidade. Registros de cunho lendário chegam a lhe atribuir a conquista de até 5.575 mulheres”. Isso significaria uma nova conquista a cada três dias! Em 39 anos Giacomo Casanova levou para cama 122 mulheres. Não foi tanto assim. Don Juan fez o mesmo com 100 na França, 91 na Turquia e, na Espanha, 1.003. Mas Casanova existiu em carne e osso, como aventureiro e memorialista. Condenado pela Inquisição por magia, libertinagem e ateísmo, ele passa dezessete meses onde os prisioneiros só saíam para serem sepultados. Por extrema ousadia e astúcia, Casanova se evade na madrugada de primeiro de novembro de 1757. O prisioneiro foragido esconde-se na casa do brigadeiro encarregado de sair ao seu encalço. Uma casa aconchegante, na qual recebe os favores da mulher do oficial. Mas nem todas caíram nos braços de Casanova, Marianne, suíça, foi a única mulher que além de rejeitá-lo também o arruinou. Em 4 de Junho de 1798 morreu Casanova, o maior amante de todos os tempos que dominou com tanto carinho a arte da sedução. E viva a Casanova!

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História

República Doce Mistura A República Doce Mistura foi fundada no dia 15 de abril de 1982 pela união das repúblicas Bomboniere e Mistura Fina, por isso o nome Doce Mistura. Assim, Bombons e Finíssimas tornaram-se Doçuras. As Doçuras fundadoras são: Ana Luzia Magalhães Souza Maria de Fátima Costa Denise Natali Kumaira Maria Januária de O. Profeta Elisa da Silva Lemos Maria Tereza de F. Fialho Girlândia Aparecida Alves Selma de Fátima Melo Ivana Márcia F. de Oliveira Silvana da Silveira Jacqueline M. Laranjeiras Solange Duarte Kátia Reis Dutra Vera Cristina Vaz Lanza Maria Ângela Castro Paes Virgínia Rodrigues C. Resende Maria Cristina Alves Fontes

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A Doce Mistura, localizada no Campus Universitário, é uma das tradicionais repúblicas de Ouro Preto. Federal, porém, administrada e mantida por suas moradoras,a república participa do processo cultural ouropretano devido às suas tradições: 21 de Abril: comemoração oficial do aniversário da república Batalha de vaga: processo de escolha de calouras Forte vínculo com ex-alunas e amigos. Festas : Carnaval, festa da Camisa, 21 de Abril, formaturas e ceia de natal. Há anos, a República Doce Mistura preserva sua essência valorizando o companheirismo e amizade. Não somos apenas uma república, aqui formamos uma grande família!

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HINO Doce, doce amor, Onde tens andado, Diga por favor, Doce, doce amor, Doce, doce amor, Que eu vou te encontrar, Meu bem seja onde for. Está fazendo uma semana, Que sem mais e nem menos eu perdi você, Mas não sei determinar ao certo, Qual foi a razão meu bem vem me dizer, Doce, doce amor onde tens andado, Diga por favor doce, doce amor, Doce, doce amor que eu vou te encontrar, Meu bem seja onde for, Já andei por todos os lugares, Que antigamente ia te encontrar, E nas ruas que passava só lembrava você, Que foi embora sem me avisar, Doce, doce amor onde tens andado, Diga por favor doce, doce amor, Doce, doce amor que eu vou te encontrar, Meu bem seja onde for. Doce, doce amor onde tens andado Diga por favor doce, doce amor Doce, doce amor que eu vou te encontrar Meu bem seja onde for

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História

República Gaiola de Ouro

No ano de 1976, alunos da Escola de Minas de Ouro Preto em dificuldades de moradia na cidade, apresentaram junto ao reitor da UFOP uma solicitação formal para a aquisição de uma residência para moradia. A casa, onde outrora residira o visconde de Ouro Preto, Affonso Celso de Assis Figueiredo (vulgo Onça), situada à rua Direita, 167, foi-lhes oficialmente entregue em 28 de novembro de 1977, data em que foi escrito o Termo de Abertura do Livro de Atas, cuja transcrição se encontra abaixo: “Este livro contém os acontecimentos e fatos discutidos em reunião dos membros da república “Gaiola de Ouro”, em forma de ata, o estatuto da república, bem como, quaisquer resoluções tomadas nestas, as quais, serão relatadas em caráter de adendos. Convém destacar aqui, que trata-se de um ressurgimento da antiga República que tempos outrora, fazia parte das já várias Repúblicas existentes.

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Um outro destaque se diz, com relação à data de fundação desta República, ou seja, dia 28 de novembro de 1977, data da entrega da República aos novos Pássaros da Gaiola de Ouro. Ouro Preto, 28 de novembro de 1977.”

Começava aí a história da República Gaiola de Ouro. Como relata o livro de atas, no início, como não havia hierarquia, os quartos foram sorteados e os móveis da casa foram comprados com o dinheiro arrecadado por uma rifa, que foi vendida entre amigos e familiares dos fundadores. Infelizmente, alguns dos alunos fundadores deixaram a república antes de se formarem. Para ocupar seus lugares, outros alunos aderiram a esta gloriosa família de Pássaros, que em conjunto lutaram pelo crescimento da República.

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Apesar de considerada jovem, a República Gaiola de Ouro integra o cenário das Repúblicas Federais mais tradicionais de Ouro Preto, ajudando a construir e fixar na história este importante e peculiar sistema de moradia estudantil no Brasil.

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História

República Jardim de Alá

Localizada em um dos melhores pontos da cidade: entre a praça Tiradentes e a Feira de Artesanato em Pedra-sabão, a Jardim de Alá é uma das repúblicas mais tradicionais de Ouro Preto, há 45 anos oferecendo ao estudante um ambiente muito bem estruturado para a vida acadêmica e o desenvolvimento de novas amizades. A casa conta com uma infra-estrutura capaz de receber muitos estudantes. Nossa casa possui: - 8 quartos montados com cama, mesa e guarda-roupas; - 6 banheiros, sendo 3 equipados com chuveiro; - 4 computadores em rede, conectados à internet banda larga; - Quarto de estudos onde estão disponíveis computadores e uma mini-biblioteca; Para o conforto e descontração dos moradores, televisão por assinatura com campeonato brasileiro, churrasqueira, boite, terraço com ampla área para festas.

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Como tradicional república ouro pretana, possuímos um hino em homenagem a nossa casa: Subi a torre da igreja Toquei o badalo do sino Desci castigando homem, mulher e menino Seu padre me perguntou Por que bebes tanto, seu moço? E eu lhe respondi Vou bebendo e vou vivendo, Por que Alá é pai e a cachaça vai!

Jardim de Alá - 1964/2010 Foi no ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, de 1964 (ano da Gloriosa), que lá pelas bandas da Rua do Carmo, na Paróquia da Matriz de Nossa Senhora do Pilar na Cidade de Vila Rica de Ouro Preto, da província das Minas Gerais que se teve a idéia de edificar uma fortaleza... Edificação própria que abrigasse e reunisse valentes cavaleiros convocados a aprenderem, com laboriosos professores a difícil arte do conhecimento do engenho. E que após, anos de estudos e perdas infinitas de noites em claro, sobre as mais de cem folhas de sebentas, poderiam orgulhar-se além do título de doutor, pertencerem em definitivo a Irmandade da casa Mestra de Gorceix, e pudessem também, ter sua merecida alcova de repouso de guerreiro... Sentinela essa, com a missão primordial, de forjar desbravadores e defensores do conhecimento mundano e acadêmico, daria guarida, por vezes, a tão belas jovens moiçolas que viessem as plagas ouropretanas, em busca da felicidade e lábia daqueles nobres estudantes, de disponíveis e vagabundos corações... E então, surgiu lá pelos lados, da ladeira da Coronel Alves, um harém, edificado pelas pilastras do saber, inspirado na vetusta Escola de Minas e concretado com uma argamassa de cachaça, cerveja e gororoba feita pela cumadre, ajudado pelos afagos das mãos de odaliscas faceiras... nascia assim, esse oásis de liberdade, cultura, e “divertimento “ em tão dura e difícil época! - A REPÚBLICA JARDIM DE ALÁ. Bem! A história começa assim... A idéia de reunir um grupo de estudantes do Curso pré-vestibular (Anexo) da Escola de Minas que até então moravam na pensão Maia (também conhecida como Sétimo Céu) para formarem uma república, começou no segundo se-

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mestre de 1964, com o aluguel de um imóvel, sito à Rua Coronel Alves, 65 pertencente a uma conhecida figura da época, Srta. Thaís Andrade, vulgo “Moby Dick”. Os principais idealizadores foram o estudante de engenharia Antônio Alonso Ribeiro, o Baixo, e os cascudos Roberto Rocha Borba, o Faraó ; Eduardo Batista Sarcinelli, o Siri que arregimentaram Antônio Bruno, o Ave; Homero Ferreira Jr., e Antônio Rocha Abelha, o Taca; para juntos cotizarem o aluguel da nova casa. Estavam aí a primeira fornada do pedigree da dinastia dos sultões. Após o consenso da turma - JARDIM DE ALÁ - a república precisava de uma placa que a identificasse, a qual foi tomada “emprestada”, da Viação Santa Cruz, que ficava na esquina da igreja do Carmo com a Praça Tiradentes. Era a rodoviária da época.

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No decorrer do ano de 1964, novos sultões foram convocados, móveis foram doados e adquiridos e, em 1965, num dia de verão, os republicanos receberam a visita inusitada de belas modelos fotográficos, provenientes da capital para uma campanha publicitária de calçados de uma grande loja. Entra a República na mídia, e sobram goteiras no telhado,.. pois as fotos foram feitas sobre o velho casarão. Nesse mesmo ano a Escola de Minas comprou o imóvel e os novos calouros deixaram de pagar aluguel. Em 1968, com a idéia de criação da Universidade e a nova reitoria à ser instalada na antiga casa do Dr. Fleury da Rocha, ao lado da República, a Escola de Minas resolveu transferir tal corja de estudantes, para um outro imóvel seu, sito a Rua Amália Bernhaus, 44, atual endereço... Era um sobrado simples de cinco quartos, cozinha com fogão à lenha, quintal com um galinheiro vizinho...e a sombra do Chico de Baixo. Em 1971, construíram mais 05 quartos. Causos e mais causos fazem parte dos anais da casa de Alá: dentre eles estão a dos “ratos” que habitavam tão distinta moradia - Não é que um dos sultões acabando de receber a mesada, comprou um queijo e quando resolveu comer, não havia nada na geladeira! Movimentos coletivos dos sultões originaram uma reunião e a caça ao “rato”, já que é inadmissível não assumir os atos praticados (Norma Republicana). Nesta reunião, o dono do queijo muito bravo com ratos anteriores, alegou ter colocado veneno com intuito de captura do”roedor”. Veio então um silêncio??? Para surpresa de todos, mais tarde “alguém” começou a passar mal... enfim os sultões gargalhavam, pois um detalhe importante nesta operação, o queijo não continha veneno algum...

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Outro causo - A dos móveis para nova sala da República - Ni qui foi avistada uma pilha de tábuas de madeira de lei, que seriam destinadas a restauração da Igreja do Chico de Baixo, nosso vizinho, alguns sultões sugeriram um ajutório por parte do Santo. Contrariando o sagrado desejo de doação espontânea, o conflito “religioso” foi instaurado. Depois de confabulações e preparativos, os sultões pegaram em armas: munidos de cachaça, violão, lanterna, e um cronômetro os intrépidos republicanos partem para a santa missão de busca e apreensão do material para a confecção daqueles móveis. A tática usada foi; a noite, enquanto uma dupla de policiais rondavam as obras do barroco em ciclos cronometrados no mesmo sentido, os ágeis sultões com um sinalizador realizavam a operação cuidadosamente planejada. A carpintaria da Escola tratou de fazer os benditos móveis... E a história continua, vai sendo vivida, lembrada, e escrita, no dia a dia e hoje, os moradores constroem um “causo” que será lembrado no amanhã... Nossa JARDIM DE ALÁ, foi, é, e será... sentida, participada, convivida num tempo de atividades, amigos...São tradições que sobrevivem, que se formam... Como está escrito no livro de formatura da turma de 1976 - “...são saudades dos nossos tempos de república, onde os golos de cachaça são mais quentes, os acordes dos violões são mais sonoros e os bondes são mais vibrantes...” Como está escrito em uma dedicatória na galeria de retratos dos nossos ex: “das reuniões, das ferrações até as tantas, das cantorias e dos amores, das desilusões aos dissabores, não olvidaremos ó Casa Amiga, da nossa morada, das cachaçadas, das nossas noitadas”. São saudades de nossos tempos de REPÚBLICA JARDIM DE ALÁ onde o espírito de união, de amizade configura o nosso patrimônio.

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História

República Maracangalha

A história começa no ano de 1955. A casa, situada à rua do Ouvidor n° 129 no centro de Ouro Preto, era de propriedade de uma tradicional família ouropretana. Esta casa foi colocada a venda por seus proprietários e somado a isso, existia o desejo, por parte do diretório acadêmico da Escola de Farmácia, de comprar uma casa para transformá-la em república de estudantes de farmácia. Em uma visita do então presidente Juscelino Kubtschek a Ouro Preto, o C.A. do curso de farmácia teve a oportunidade de se reunir com o mesmo e solicitar uma verba para a compra da tão sonhada casa. Com os recursos fornecidos por Jucelino Kubtschek, a casa foi adquirida e transformada em república. Os primeiros moradores foram escolhidos em sorteio realizado pelo diretório acadêmico, sendo os membros deste excluídos do processo de seleção. Assim se tornara realidade a república e necessitava de um nome. Daí surgiu a idéia de nomeá-la de MARACANGALHA, palavra que significa festa, e na época, não saia da boca dos que moravam e nem dos que a freqüentavam, pois era o nome de uma das músicas de Dorival Caimmy, cantanda sempre em todas as festas da república. Em 10 de outubro de 1955, começou a história e as várias estórias pertencentes ao acervo da REPÚBLICA MARACANGALHA.

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Hinos Hino solene Foi numa linda manhã Onde o sol de ouro clareou Na rua do ouvidor, 129 Aqui em ouro preto A linda flor desabrochou Foi então que se criou (2x) Uma comissão docente Para se classificar A beleza permanente Na frente vem josé badini Do lado vem senhor godoy Que ficaram estarrecidos Com a rainha dos heróis Maracangalha, oh que paixão És partes da minha vida Pedaço do coração Autoria: Lúcio Soldatti (Foca)

Salve, Salve Salve, Salve A Maraca O Que Nois Que É Bebedera A Turma Toda Reunida A Turma Toda Reunida Na Boate Do Chicão Na Boate Do Chicão Tem Muié E Pastelão Tem Cerveja Tem Cachaça Tem Camofa Pa Disgraça E As Mulheres Lá Da Praça Autoria desconhecida

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A Lenda do Menino Reza a lenda que a Maracangalha antes de se tornar uma república, era habitada por uma família composta por 3 pessoas: pai , mãe e filho. Essa família foi acometida por tuberculose, uma doença ainda sem cura naquela época. O procedimento padrão do órgão de saúde daquela época era manter as pessoas em confinamento dentro de suas próprias casas e abastecer estes com produtos de 1° necessidade a fim de evitar a proliferação da doença. Após a morte de seus pais, o menino passou a viver sozinho na casa recebendo sua comida em um prato por baixo da porta. Depois de um certo tempo, o agente de saúde percebeu que o prato não era removido, e resolveu verificar o que estava acontecendo. Ao entrar na casa o agente teve uma surpresa: nenhuma das inúmeras janelas e portas, antes lacradas, haviam sido abertas e o menino jamais foi encontrado vivo ou morto. Os familiares do menino retiraram todos os móveis da casa deixando fixo na parede um quadro pintado (porque na época não existia fotografia) retratando o rosto do menino. Com o passar do tempo a Escola de Farmácia tornou-se proprietária da casa e esta foi transformada em república de estudantes de farmácia. Alguns estudantes contam que em ocasiões nas quais o quadro foi retirado do seu lugar fenômenos desconhecidos ocorriam dentro da casa. Somado a isto, existem relatos de pessoas, que em sã consciência, presenciaram aparições do menino.

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História

República Necrotério

A República Necrotério foi fundada em 1958 por Nélio Coura Cenachi, Marcos Tadeu Vaz de Melo, Luciano Tavares Siqueira, Jonas Dos Reis Fonseca e Antônio Alves de Carvalho Coursin. A princípio era uma República particular e localizava-se numa casa que havia sido o necrotério da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto na rua Padre Rolim, quase em frente à Santa Casa. Este é o motivo pelo o qual a República se chama Necrotério. No final de 1965, fortes chuvas derrubaram o morro ao lado da Santa Casa e a República foi seriamente afetada. A Escola de Minas havia comprado a casa numero dois da rua do Pilar e a cedeu aos moradores da República Necrotério, a partir daí, apenas estudantes de engenharia da UFOP passariam a morar na República, isto porque na antiga casa havia um aluno da Escola de Farmácia. Porém a casa estava em reforma e os moradores se instalaram um tempo num alojamento da Escola de Minas onde se localiza a atual República Gaiola de Ouro, na rua Direita. Em 22 de maio de 1972 houve o primeiro casamento numa República de Ouro Preto e foi na Necrotério. Em janeiro de 1977, a República Necrotério voltou à rua Direita (para o alojamento da Escola) para uma outra reforma da casa, ficando neste lugar mais um tempo. Após essa reforma, até os dias atuais, a República Necrotério não saiu mais da rua do Pilar número dois.

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Tradições A República Necrotério é uma república tradicional de Ouro Preto e acolhe estudantes de engenharia da Escola de Minas - UFOP desde 1958 ajudando-os no que for possível. Para ser um DEPHUMPTU (morador da República Necrotério) o calouro tem que passar por um período de adaptação. A República Necrotério é sem dúvidas a segunda família de quem mora nela

Localização A República Necrotério localiza-se no centro histórico de Ouro Preto, a três minutos a pé da Praça Tiradentes, onde há muita facilidade de acesso às partes históricas da cidade como museus, igrejas e serviços úteis como lojas, farmácias, lanchonetes, restaurantes, minimercados, agências dos Correios e bancárias. E ainda contamos com a vista completa do estacionamento do Centro de Artes e Convenções da UFOP, onde se realiza a concentração do Bloco do Caixão e os melhores shows organizados pela Prefeitura Municipal. O imóvel da República Necrotério é de propriedade da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP e esta situado à rua do Pilar, número 02, Centro.

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Hino Necrotério, Necrotério Lá, na Rua do Pilar, é do Pilar Necrotério, Necrotério Que vocês vão adorar Nóis mesmo canta Nóis mesmo escuta Nóis mesmo aplaude Nóis semos auto - suficiente E viva NÓIS!!!

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História

República Parságada No dia 14 de abril de 1982 é formada uma das tradicionais repúblicas de Ouro Preto: A República Pasárgada. Dentre seus fundadores estão: Cassiano José Vieira Neto(Degas), Ivanir Luiz de Oliveira(Costelo’s), Sérvio Túlio Portela(Tulipa), José Daniel Gonçalves Vieira(Formigão), Marcelo Tardin Alves(PDS). O nome Pasárgada vem do poema do grande Manuel Bandeira: “Vou-me embora prá Pasárgada”. Bandeira escreveu esse poema para materializar o que ele consideraria como paraíso na terra; onde todas as coisas são feitas para deixar todos felizes. É como diz o verso:“Vou-me embora pra Pasárgada/Lá sou amigo do rei”. É dentro desse contexto que foi formada a ideologia da República. Receber as pessoas bem faz com que a República se torne mais forte e mais alegre, acolhendo todos que estão dispostos a fazer amizades.

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Hino Vou-me Embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconseqüente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que eu nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar - Lá sou amigo do rei Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Manuel Bandeira

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História

República Peripatus A República Peripatus foi fundada, então, no dia vinte e um de Abril do ano de 1982. Foi formada pela união de duas repúblicas particulares, cujos nomes eram Scorpions e Sui generis. Junto com o nascimento da Peripatus a então recém contratada “comadre” da casa, Maria Aparecida Noel da Costa, Cida, que desde então, grande amiga de todos que por aqui passaram e ainda passam, se tornou um símbolo da união e dos bons momentos que todos viveram por aqui ao longo anos. A república foi batizada pelo nome Peripatus em homenagem a um “bichinho”, na verdade um elo da evolução, considerado a transição da classe dos Anelídios para a classe dos Artrópodes, esse “bichinho” é conhecido pelo seu nome científico, perypathus accacioi, e pertence à classe dos onicofaros. As mais recentes pesquisas sobre essa espécie relatam que o perypathus accacioi é encontrado apenas na Reserva do Tripuí, localizada na região da cidade de Ouro Preto, daí origina o nome Peripatus. Quando foi fundada, na República Peripatus havia 20 moradores; denominados por nós, moradores atuais, de “ex-alunos fundadores”. Esta república abriga estudantes de todos os cursos de graduação da UFOP. A “Peri”, nome o qual é carinhosamente chamada, é uma república federal masculina cuja organização caracteriza-se por princípios como a autogestão, autonomia, isegoria e cooperação. Existe, portanto, uma autosuficiência dos estudantes em relação à universidade; a gestão interna baseia-se na democracia direta; há um estímulo à autonomia e liberdade do indivíduo cujo projeto de vida tende conjugar-se com o grupo, com base na cooperação, solidariedade e apoio mútuo. As “repúblicas” de Ouro Preto não são lugares impostos pelas condições econômicas e sociais dos estudantes, pois a seleção dos novos moradores pelos estudantes considera a possibilidade de trocas de capitais culturais e sociais.

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As Festas Com o intuito de arrecadar fundos para a manutenção desta casa, os moradores realizam várias festas durante o ano, a qual destaca-se: — Carnaval: são cinco dias de muita festa, “golo”, Bloco Cabrobró, gente bonita, som alto e tudo mais que um carnaval universitário pode proporcionar! — Bloco Cabrobró: juntamente com outras 5 repúblicas amigas, a Peripatus foi fundadora do Bloco Cabrobró. Com muito esforço e dedicação, hoje o Cabrobró esta entre os 3 maiores blocos de Ouro Preto, contando com mais de 5000 foliões e acompanha o melhor carnaval de Minas Gerais, o de Ouro Preto; nosso querido bloco sai no domingo de carnaval e já faz parte da tradição carnavalesca desta cidade. O Bloco Cabrobró encontra-se hoje totalmente desvinculado da Peripatus e das demais repúblicas, mas continua sua tradição no carnaval ouro pretano.

A Peripatus promove outras festas que, por excelência, promove a aproximação e a criação de vínculos entre seus moradores, exalunos, amigos e Ouro Preto em geral, desta forma formando e mantendo seu grande círculo de amizades; destas destacamos: — Festa do 21 de Abril - O aniversário da república; nesta data ocorre confraternização de toda a “Família Peripatus”: moradores, exalunos e amigos desta casa. Nesta festa ocorrem vários fatos especiais, como: - Homenagens aos ex-alunos por terem completado 5, 10, 20 anos de formados; - Tradicional jogo de futebol: Ex-Alunos x Moradores; Campeonato de Truco; — Inauguração de Quadrinhos de Amigos da República: esse evento acontece quando algum amigo (a) é convidado a inaugurar seu quadrinho com foto em nossa república como retribuição à amizade prestada a casa nos anos de convivência em Ouro Preto; — Formatura: sempre quando um morador atinge sua formatura, no dia de sua colação de grau, o formando realiza na república a tradicional “Festa de Formatura”, nesse dia o formando passa por um momento muito especial, o momento da inauguração de seu quadrinho de Ex-Aluno na “Galeria dos Peripatanos”, que somente quem já presenciou pode dizer o quanto especial é.

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Atualmente, após anos de trabalho e conquista de seus moradores, a república oferece um enorme conforto tanto no aspecto físico quanto no emocional, lugar onde encontramos muito além de amigos, e sim irmãos. E para representar bem isso, segue abaixo a seguinte estrofe: “Peripatanos, irmãos, amigos, confidentes; companheiros na luta acadêmica, de festas (Que festas!); companheiros de risadas e choros, de um violão, de um papo aberto, de idéias contrárias; mas sempre com o mesmo objetivo, buscando sempre o mesmo ideal, para não ser apenas uma república, e sim uma Família, A FAMÍLIA PERIPATUS”.

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História

República Poleiro dos Anjos José Oscar Costa de Andrade. “Cheguei a Ouro Preto, pela primeira vez e para estudar, em fevereiro de 1963, matriculado no 1º ano do curso científico do Colégio Arquidiocesano; Colégio de Cima para os estudantes da época. Colégio de Baixo era o Alfredo Baeta que ficava na Barra. Desde esta época, me chamava a atenção, dentre as repúblicas de estudantes, uma de nome Poleiro dos Anjos, um sobrado, o primeiro à esquerda de quem desce a Rua da Escadinha rumo a Igreja do Pilar. Sua característica era diversas caveiras de boi com seus respectivos chifres dependuradas do lado de fora da casa, em diversos níveis. Sua placa característica sustentava o escudo da Escola de Minas, com um anjo com auréola e tudo e um garfo na mão (talvez insinuando um anjo mau...). Passando no vestibular de fevereiro de 1966, fui convidado e aceitei ir morar na dita e saudosa república, para onde fui em abril/1966. Compunham a república nesta época: - Ângelo Bertti, Diamantina, formou - se em Eng. de Minas em fins de 1966; - Odilon Martins Caldeira, São Domingos do Prata, formou - se em Eng. Metalúrgica em fins de 1966. Trabalhou e se aposentou na USIMINAS, onde tive o prazer de conviver com ele por muito tempo. - José Vinícius Garcia de Araújo ,São Domingos do Prata, formou - se em Eng. Metalúrgica em fins de 1966. Trabalhou na Belgo Mineira em J. Monlevade, onde reside até hoje. - Eurípedes Hill ,Sabará , formou - se em Eng. Metalúrgica em fins de 1966. - José Carlos Tambellini , Amparo , SP. Havia entrado para a escola no ano anterior, mas foi meu colega de sala a partir de 1966. - José Oscar Costa de Andrade, Congonhas.

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Moramos neste local até junho/1968 e nesta época eu e Tambellini cursávamos o 3º ano da escola e a república era formada por: - José Carlos Tambellini; Amparo, SP, Eng. Metalúrgica. - José Oscar Costa de Andrade; Congonhas; Engª Metalúrgica. - Rogério Nogueira de Miranda; C. Lafaiete; Engª Minas. - Áder Chaves Coelho; Mariana; Engª Minas - Ronaldo Rubatino. C. Lafaiete, Graduação, Depois Engª Civil. - Francisco Froes; Belo Horizonte ,Graduação, Depois Engª Civil. - Rúbens Cleto de Souza; Araguarí , Graduação (Depois fez Metalurgia). Como o Tambellini era presidente do REMOP e isto facilitava contato com o Diretório Acadêmico e os Diretores da Escola, e em 1967 ~ 68 o problema de moradia dos estudantes se agravou muito, a Escola começou a comprar casas e distribuir para a formação de repúblicas. Pelo seu relacionamento, o Tambellini conseguiu que ganhássemos a casa da Rua Santa Efigênia para o Poleiro dos Anjos, já que a casa da Rua da Escadinha era alugada por nós. Assim, numa quinta- feira, feriado de Corpus Christi de 1968, (possivelmente junho) a República Poleiro dos Anjos se mudou da Rua da Escadinha para a Rua Santa Efigênia, levando toda a sua equipe e a placa antiga. Só abrimos mão das caveiras. No fim do ano de 1970 formamos eu, José Oscar e o Tambellini. E a república continua até hoje com o carinho de todos que a preservaram e preservam.

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Assim, se vocês me permitem, e com este depoimento, a República na Rua Santa Efigênia fez 36 anos em junho/2004. A vida total do Poleiro dos Anjos eu não conheço, mas assegurar- lhes que a conheci em 1963, assim tem seguramente mais de 41 anos. Não pude comparecer este ano à festa que vocês organizaram, mas prometo estar presente na próxima oportunidade. Agradeço aos convites enviados e por telefone.Desejo a todos muita saúde e felicidades; e que mantenham o bom nome que nossa república tinha nos seus primórdios... República de FERRADÔ... Belo Horizonte, 13 de Outubro de 2004.”

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História

República Território Xavante A história da República TX não se faz diferente das demais ao que diz respeito à sua criação e estruturação. Foi no dia 21 de Setembro de l961 que à Rua da Escadinha n° 31, sete estudantes vindos em sua grande parte do estado do Mato Grosso, de uma região pantaneira próxima de uma tribo de índios Xavantes se uniram para o surgimento da República. Logo em seguida, precisamente em 1964, a República Território Xavante se transfere para a Rua das Lages, hoje Conselheiro Quintiliano, n° 294, onde permanece até os dias de hoje cada vez mais amadurecendo a sua história. De fato, a história se sustentou com o passar dos anos, e o que “Carabina”, vulgo Sebastião Dias do Carmo, “Duvidoso”, Aldo Wany Ribeiro Grossi, “Tororó”, Elmer Prata Salomão, “Tiú”, Idair Alves Brandão, “Hipotenusa”, Agildo Alves Peixoto, “4-Rodas”, Frederico Pereira Laier e “Pombo”, Jorge Salomão Filho fizeram para solidar a existência da casa persiste ainda entre os atuais moradores fortificando a identidade dos republicanos. A união já era consagrada e em 1967, com a ajuda do xavante “Pombo”, a República passa a pertencer à matriarca Escola de Minas e se integra de uma vez por todas ao contexto de Ouro Preto. Com o passar dos anos, os primeiros xavantes começaram a compor a galeria de fotos dos ex-alunos e outros começaram a se juntar aos “texanos”, outra definição para o morador da casa, estendendo ainda mais os relacionamentos de amizade e fraternidade. A relação familiar cotidiana ainda é marcada pela presença das “comadres”, que durante todo o tempo de existência da república, orgulhosamente só houve três, interpretaram muito bem seus papéis de “zeladora” da República e incansavelmente o de “mãe”. Dona Maria e a Dona Tereza estiveram presentes por vários anos e somente deixaram a casa após as respectivas aposentadorias e a Cida que ainda permanece com muita dedicação por mais de oito anos. O cuidado pela casa sempre foi prioritário e em 1975 iniciou-se uma grande reforma que levou os moradores a deixar a República durante este período, levando-os a se dividirem entre as repúblicas vizinhas Sparta, FG e Marragolo. A volta foi festejada com muita cerveja e churrasco.

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Em l986 toda a família xavante se reuniu para as comemorações pelas bodas de prata da República, dando forças à uma grande confraternização que trouxe ex-alunos, seus familiares e amigos da casa para “bebemorarem” e se integrarem ainda mais àquela história que já se fazia duradoura. As festividades foram animadas com muita cerveja, churrasco, futebol e muitos encontros que propiciaram longas e divertidas conversas. Assim se comprova o resultado mais valioso que só é percebido por aqueles que moraram em uma república, souberam dividir espaço na sala cheia para um bate-papo enquanto assistiam TV até tardes horas da noite e ou saiam com os colegas da república para as “noitadas” de Ouro Preto. Estes, levam todas essas experiências e histórias para onde quer que vá, aumentando a saudade e a vontade de voltar e se sentir em casa.

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Hino Ser um texano é estar sempre relembrando o que fez Não, importa os anos, que se passaram e se aqui estamos outra vez Ouro Preto continua, relíquia patrimônio do país Sustentando em suas ruas nossa historia e a República TX Recordar é uma forma de viver Quantos porres já tomamos de cair E nossos bondes ao anoitecer faziam a turma se unir Por isso eu sou feliz e até peço bis, TX TX TX TX Ser um texano é estar sempre relembrando o que fez Não, importa os anos, que se passaram e se aqui estamos outra vez Ouro Preto continua, relíquia patrimônio do país Sustentando em suas ruas nossa historia e a República TX TX, TX... TX! É outro lar em que minha vida encontrei Aonde alegre vivo a relembrar Momentos que aqui passei Por isso eu sempre quis, gritar por esse pais TX TX TX Por isso eu sempre quis, gritar por esse pais TX TX TX TX TX TX TX

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