HONRA AOS PRESENTES Levski Sófia 1 - Sporting 0
Na última jornada da fase de grupos da Liga Europa o SCP deslocou-se a Sófia para defrontar o Levski. Primeiro destaque para os adeptos Sportinguistas presentes, e entre estes para a dezena de elementos da Torcida Verde que suportaram um inclemente nevão que nunca fez esmorecer a fidelidade às cores verde e brancas, ainda que confrontados com uma exibição confrangedora do onze de Paulo Sérgio. Esta era uma jornada em que estava em jogo a honra e imagem do SCP em Portugal mas também a nível internacional. O facto do primeiro lugar no grupo assegurar a presença da próxima eliminatória, jamais poderá ser um factor de menor empenho de profissionais pagos a peso de ouro. Este foi um jogo mediatizado por “fait-divers” grotescos, sem qualquer espaço para a valorização do mais importante para qualquer adepto: o jogo dentro das quatro linhas, o resultado! Da renovação do contrato de um futebolista que depois da exibição de Sófia passará a auferir um ordenado verdadeiramente “obsceno”, à estreia de um “novo equipamento” da marca desportiva que equipa o futebol Sad, passando pelas discussões entre ex-dirigentes e o actual director desportivo...minimizaram a importância de um jogo internacional que o futebol leonino tem uma tradição a prestigiar, ontem como hoje e sempre! Vivem-se tempos difíceis onde quaisquer considerações sobre o momento do SCP poderão ser “armadilhadas”, senão mesmo manipuladas pelas forças que se digladiam nos bastidores na nomenclatura do Clube. Mais que encontrar “bodes expiatórios” de ocasião, porque o futebol vive um momento complicado, talvez fosse mais consequente recuar aos idos anos 90 do século passado e revisitar o “infalível projecto roquette” com todos os seus agentes, autores e actores. Também em 2000 e em 2002 o SCP vivia momentos muito complicados como instituição, e as vitórias do futebol, lançaram os adeptos numa “euforia cega”...ignorando o processo de desmantelamento da identidade clubista, então em marcha. A actual desestabilização que assola o SCP, deriva dos resultados do futebol SAD. Eis a “futebolização” do SCP em todo o seu esplendor. Se o futebol leonino atravessasse um bom momento, estaria tudo bem. Dirigentes, jogadores, dirigentes, ex-dirigentes estariam em sintonia, ou em silêncio.
2
Como em 2000, como em 2002. E no entanto na conquista desses dois títulos talvez se encontrem algumas das causas para a actual situação do futebol do SCP e por arrasto do Clube. Sem dúvida um paradoxo que indicia a encruzilhada que só os verdadeiros adeptos como nós sentem e vivem. Somo nós adeptos que sentimos e vivemos o ideal clubista que temos o dever de não esmorecer, de não desanimar. Porque como se pode ler numa coreografia da Torcida Verde: “Só se perdem batalhas quando se abdica da luta” ou ainda “O contrário de ganhar não é perder, é desistir!” A questão não é perder que faz parte da competição desportiva. A questão é como perder. No verdadeiro profissionalismo não há lugar para a desmotivação e a falta de atitude. A nossa luta não são os futebolistas que neste ou noutro qualquer momento representam a SAD. A nossa luta tem 104 anos de história inimitável que nenhum profissional medíocre consegue destruir.
ANDEBOL VENCE!
Sporting 21 - Águas Santas 20
Os adeptos do ecletismo leonino, viveram nova jornada para relembrar no dia 19 Dezembro de 2010, marcando presença no Pavilhão da Torre da Marinha, a poucos metros da Academia dos lampiões. Por caricato que possa parecer, o SCP disputou esta jornada na condição de visitado pela 2ª vez na presente época! Talvez se tratem de reminiscências do projecto que apontava para a edificação de um estádio municipal com os lampiões no inicio do novo milénio. Na Torcida Verde mobilizámo-nos para um apoio que terá sido determinante para uma vitória “arrancada a ferros” no último momento do jogo.
COM O FUTSAL NA MADEIRA
Nacional 1 - Sporting 8
O Futsal leonino deslocou-se à Madeira para defrontar o Nacional em jogo da Taça de Portugal daquela modalidade. Esta foi mais uma oportunidade para o nosso núcleo da Madeira “mostrar” serviço. Embalados pelo evoluir do resultado, os elementos da Torcida Verde presentes no pavilhão revelaram uma vez mais todo o seu fervor leonino. Para a história fica a vitória do cinco leoninos por 8-1. No final do jogo houve lugar a um salutar convívio entre os atletas e os ultras da Torcida Verde presentes.
3
FINAL FOUR DE FUTSAL
Momento histórico para o Futsal Sportinguista
A Torcida Verde participou activamente num momento histórico para o Clube, com a presença ao longo de 3 dias no novíssimo Pavilhão de Odivelas, cuja estreia ocorreu na 5ª feira. Os jogos contaram para o Grupo da Liga Europeia de Futsal onde estava inserido o Sporting. Na 5ª feira, pelas 20.30h, um empate a 4 golos com a equipe Checa Era-Pack Chrudim, consentido a 10 segundos do final, não esmoreceu o nosso fervor. Na 6ª feira, à mesma hora, lá estávamos a contribuir para a excelente vitória por 4-1 sobre a City Us Targu-Mures (Roménia). No Domingo pelas 15h, volvidas poucas horas do jogo com o Porto, nova presença para o jogo decisivo no qual apenas a vitória colocaria o SCP na «final four». O adversário veio do sul de Espanha. Na verdade um velho conhecido nosso: o El Pozzo. Inesquecível a deslocação da Torcida Verde ao reduto desta poderosa equipe Espanhola na final da Taça Ibérica! Foi um Pavilhão lotado que recebeu esta verdadeira final, cujo apoio foi fundamental para esta brilhante vitória. Estes 3 dias foram também, e sobretudo, a reafirmação da necessidade imperiosa da edificação de um pavilhão para o nosso Clube. Os adeptos estão ávidos do pavilhão “desaparecido” nas brumas do “projecto Roquette” desde 2003... como se constatou nos 3 dias da competição.
4
VITÓRIA INEQUÍVOCA Setúbal 0 - Sporting 3
Numa altura da época considerada “critica”, a Torcida Verde viveu nova etapa de afirmação de um valor sagrado que honramos desde 1984: A Fidelidade ás cores verde e brancas, independentemente dos resultados da bola e do desempenho dos seus “profissionais”. Dessa forma, rumámos a Setúbal apesar do jogo se disputar a uma 2ª feira ás 19.45h, com a perspectiva de enfrentarmos um dilúvio, que ao longo do dia se abateu sob o distrito de Lisboa. Infelizmente o autocarro lotado que partiu de Lisboa, não conseguiu vencer as intermináveis filas de trânsito que entupiram a saída da Capital e a entrada de Setúbal; a tempo do inicio desta importantíssima partida. O que seria válido para outros elementos que nas suas viaturas pessoais tiveram de enfrentar os mesmos obstáculos. Esta limitação fez adiar o “tifo” que havíamos preparado para o período de aquecimento dos futebolistas, para o inicio do 2º tempo, o qual consistiu num complemento do apresentado em Portimão. Tratou-se de um “tifo” com dois momentos. No primeiro, o sinal de trânsito “Estrada sem saída” com a legenda “futebol negócio”. De seguida, o estandarte “adeptos do futebol negócio” estava associado com um novo sinal de trânsito, o qual enfatizava a “cegueira” dos “fans” deste modelo que é vendido como um sinal de modernidade e de sucesso. O maior destaque, contudo, vai para o apoio incondicional que prestámos ao Sporting do primeiro ao último instante, bem patente nas diversas bandeiras e estandartes que mantiveram bem alto a fidelidade ás nossas cores. Desta vez o onze de Paulo Sérgio correspondeu com uma vitória inequívoca graças a dois golos de Djaló e outro de Abel. Todos desejamos que a última vitória de 2010, possa ser um augúrio de novos êxitos pelos quais os adeptos leoninos lutam e anseiam.
5
MENTALIDADE O termo “Mentaliadade Ultra” não é estranho à grande maioria. Neste artigo aprofundar a interpretação da Torcida Verde. Queremos identificar alguns pilares da Mentalidade Ultra Tor Ver.
DEFESA DO SCP 1906 A Torcida Verde afirma-se pela intransigente luta pelos valores do SCP, instituição erguida por inúmeros adeptos desde 1906. Neste sentido, a Torcida Verde assume-se também pela defesa dos direitos dos adeptos verde & brancos, fundamentais para a construção e expansão do ideal clubista. Constituímos uma voz livre de quaisquer ligações a grupos ou lobbies envoltos nos bastidores do poder do Clube. O nosso único compromisso é para com os valores do SCP1906 e a nossa consciência acumulada numa acção ininterrupta desde 1984, ano da formação da Torcida Verde. Temos como valor intocável do ideal sportinguista o eclectismo, o qual temos defendido, apoiando e expandido com todas as nossas forças porque faz parte do código genético do SCP. Jamais nos inibimos de tomar posição em relação a temas relacionados com o ecletismo, ainda que por vezes, nas circunstancias mais adversas. Na defesa do ecletismo e pela identidade do SCP, contra a desaculturação do Clube. Na Torcida Verde cultivamos a solidariedade, a amizade e o respeito pelo indivíduo. Abominamos o egoísmo e desprezamos o individualismo, características que combatemos sem tréguas na Torcida Verde. Na curva somos um só, unidos no apoio, vencemos obstáculos e ultrapassamos barreiras. Cada um dá um pouco de si em prol do grupo. Esse sentido de colectivo é fundamental na Mentalidade Ultra Tor Ver.
6
Autonomia e Coerência
Consideramos e relevamos valores como o inconformismo (abominamos a apatia e resignação); a irreverência, a insubmissão e a rebeldia (viva o espírito crítico!); a autonomia (seguimos o nosso caminho sem concessões) e a coerência no discurso e na acção. Não confundam os nossos valores com brutalidade, selvajaria, vulgaridade ou cobardia, que são grandes aliados do vastíssimo rol de preconceitos que se abatem sobre os grupos de adeptos organizados, conduzindo-os para o abismo da descredibilidade e tornando por isso inconsequente e nula a defesa dos direitos dos adeptos.
Direitos dos Adeptos
Tomamos posição na defesa dos direitos dos adeptos pela denúncia do preço dos bilhetes, dos horários dos jogos, do papel nefasto dos agentes dos jogadores ou dos exagerados interesses comerciais e televisivos em especial. A luta contra o Futebol Industria assume na Torcida Verde máxima prioridade. Em todas estas questões nunca nos escondemos, assumindo as consequências de tais posições com a convicção de adeptos que lutam pela defesa da identidade clubista e da sua natureza popular e sócio-desportiva. Os desafios que temos enfrentado construíram o nosso rumo assim como escolhas difíceis e corajosas por se afirmarem distantes das modas dominantes. A irreverência de romper com o caminho mais fácil quando todos os outros caminham num sentido, decidir ir pelo outro lado tem sido muitas vezes caminhar pelo sentido proibido. A censura é para nós um desafio estimulante que nos dá mais força; não um problema. Problema seria a auto-censura, uma forma de capitulação perante os “donos da bola”. Problema seria extinguir-se a vontade de lutar. Estamos conscientes de que para muitos dos interesses que parasitam em torno dos clubes e do futebol em particular. Será muito mais cómoda a relação com a mentalidade acéfala estereotipada na “claque da bola” focalizada nas vitórias do futebol, no endeusamento dos futebolistas e nos ódios aos inimigos de circunstância, ainda que quando os insucessos se acumulam surgirá o reverso da medalha, emergindo então a tal fábula da criatura que engole o criador. Não considerando ter nos verdadeiros adeptos inimigos, estamos conscientes do poder das antinomias que em muitos casos é um poderoso factor grupal agregativo que coloca “adeptos” contra outros adeptos.
Militância e Fidelidade Somos um grupo de sportinguistas que semanalmente tem como prioridade mobilizar os adeptos para o apoio às modalidades do SCP. Daí sentirmos na pele e em primeira mão muitos dos problemas que os “opinion makers”, os “notáveis” & Cª não sabem,”nem sonham” porque vivem num outro mundo. Para a Torcida Verde valores como a militância e a fidelização são fundamentais para conquistar a mobilização dos adeptos. Desde 1984 palmilhámos centenas de milhares de quilómetros na vanguarda do nosso ideal, superando seis voltas ao mundo nas mais diversas condições e de forma incondicional, pelo que as deslocações são também um património inseparável da nossa acção.
7
SPORTING x tripeiros
8
vรกrios... FC Tirol Innsbruck / Sporting - 87/88
Real Madrid - SPORTING 00/01
1. SPORTING - porto 97/98
9
ON TOUR - INTERNACIONAL Bélgica Verde e Viola Gent 3 - SCP 1
A quarta presença “europeia” da Torcida Verde na presente época, depois de dois jogos na Dinamarca e de um outro em França, afirmou-se como uma jornada de internacionalismo ultra onde contámos com a inolvidável presença dos nossos amigos do Gruppo Storico Ultras 73 de Florença! Este foi sem dúvida o ponto alto desta deslocação, esbatendo a sofrível exibição dos futebolistas leoninos. A presença do grupo fundador do movimento Ultra na Fiorentina em Gent, foi um momento vivido intensamente por todos os militantes Ultras da Torcida Verde e do Gruppo Storico que foram surpreendidos com o “tifo” apresentado no inicio do jogo. Ao lado de uma mega-bandeira com o símbolo do SCP, emergiu uma outra com o símbolo da Fiorentina. Esta foi a surpresa que preparámos para os nossos amigos “viola” que fizeram milhares e milhares de kms, a expensas próprias, para participarem numa jornada de puro convívio ultra na qual os Ultras 73 apoiaram as cores verde e brancas de forma apaixonante ao longo de todo o jogo! Esta foi também ocasião para estrearmos os novíssimos cachecóis e sweatshirts de amizade entre os grupos. No final do jogo, e perante a derrota dos futebolistas leoninos, um dos Ultras 73,atirou uma frase que sintetiza uma mentalidade genuinamente ultra:”Mais importante que o resultado é o convívio e a amizade”.
10
A jornada de amizade prolongou-se depois dos 90 minuto num bar flamengo pela noite dentro com a esperança de podermos retribuir esta acção, a exemplo do que aconteceu em 2008 numa deslocação da Fiorentina a Torino. Ficou o exemplo vivo da força agregativo do “Tifo Organizado” que tem na amizade e na solidariedade valores fundamentais. Nota negativa para a organização do jogo que impediu grande parte do núcleo da Torcida Verde na Bélgica de aceder ao sector onde nos encontrávamos gerando uma lamentável confusão, com reflexos evidentes no apoio às cores verde e branca.
11
O Pavilhão de Alvalade
Durante dez anos as modalidades de alta competição funcionaram no Pavilhão de Alvalade, construído na zona vizinha do agora Interface do Campo Grande. As obras, que correspondiam a uma velha ambição das modalidades do Clube, iniciaram-se a 12 Novembro de 1975, contando com a participação voluntária de inúmeros sócios e adeptos do SCP. O edifício ficou dividido em três grandes áreas, para poder corresponder ás necessidades de perto de 600 atletas que então representavam o SCP nas actividades ali instaladas. A última parte do Pavilhão, onde passaram a ser disputados os jogos oficiais das modalidades, foi inaugurado a 14 Outubro de 1976 com um jogo de Basquetebol entre o SCP e o Real Madrid. No ano seguinte, o Pavilhão entrou definitivamente na história do SCP e do desporto nacional. Foi ali que o SCP se tornou a primeira equipe portuguesa a conquistar uma Taça dos Campeões Europeus. Em Setembro de 1986, a parte do Pavilhão que se destinava aos jogos oficiais das modalidades do Clube foi demolida, devido ás obras do Metro do Campo Grande.