I N F O RM A T I VO DE P O E S I A
Ano I
nº 4
VERSOS LIVRES SONETO Assim Como todo ser humano sofro venturas e desventuras porque me pedes um sorriso ? Não sorrio o riso cênico, abstrato Meu riso é interno do escárnio de mim mesmo
DO
AMOR
Amo-te tanto,meu amor, não cante O humano coração com mais verdade Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade Amo-te enfim, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade Amo-te enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante
Laerte Zaramela Rancharia.SP
Amo-te como um bicho, simplesmente De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente
Isto
E de te amar assim, muito a amiúde É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer por te amor o mais que pude
Dizem que finjo ou minto Tudo o que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação Não uso o coração Tudo o que sonho ou passo . O que me falha ou finda, É como um terraço Sobre outra coisa ainda Essa coisa que é mais linda Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé Livre do meu enleio Sério do que não é , Sentir ? Sinta quem lê !
Fernando Pessoa
í Não planejei Não previ. A sua docilidade Foi tão grande Que não pude resistir Sílvia Oliveira
TOTAL
Vinicíus de Morais
Antologia Poética.
Eu canto um canto geral de versos revolucionários Que clama os operários, que clama os camponeses A uma revolução total : O trabalhador na linha de produção Em que aciona as máquinas Que transforma em matéria prima Capaz de enriquecer uma nação O agricultor que agita a terra Derramando sangue e suor sangrando a terra E, como resultado uma opulenta plantação Capaz de matar a fome de qualquer nação Surge o trabalhador Num cenário festivo de exploração
João Maloca
“A língua é a única ferramenta que fica mais afiada com o uso”
DE REPENTE UM RAIO DE SOL ARISCO RISCA O CHUVISCO NO MEIO Mário de Andrade
Filosofando Certeza de que nada é absoluto Nem o que se vê, ouve ou sente O passado não pode ter futuro Nem o futuro, ser cópia do presente. Portanto o que pensei que era verdade Não passou De uma mentira boa Corrigida pelo meu Outro sentido A luz da razão, Que, às vezes, voa .. A Ibrahim Khouri Guarulhos. SP
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Editorial Dos nossos erros, partimos para o conhecimento.Neste número, temos o expediente, com endereço, tiragem,telefone, o caramba. Agradecemos o carinho e as palavras de afeto que nos aquecem neste Outono frio e melancólico. VERSOS tem pretendido ser o canal de divulgação e discussão da poesia contemporânea. Que os poetas conheçam e discutam a obra de outros poetas. Ler com os olhos livres. Aprender com a batida do coração. Brincar com as frases feitas e os lugares comuns como uma criança deslumbrada. Queimem-se nas fogueiras de São João e São Pedro. Recorram a Santo Antonio. Feliz Dia dos Namorados.
Ano I
PROSA LIVRE Frases roubadas de nossa correspondência Sebastião Salomão - .Ser artista é humano, ser perfeito é divino Anita Costa Prado - Se o futuro fosse previsível em sua totalidade, os videntes apostariam na Sena, nos cavalos, nos jogos : enfim, ficariam ricos. Laércio Zaramela - Fazer poesia é uma maneira de expelir as emoções de forma harmoniosa. Meus versos eu não os busco, eles é que me perseguem. Rosana R. Siqueira - Que tal colher os poemas como numa horta ? Onde possamos colher fartos e deliciosos poemas, ou simples e cotidianos versos ? L A F Soares - A poesia é o reflexo do amor que brota da intimidade dos corações que amam. Leila Biagioni - Fiz o meu dom em carma de escrever, queira ou não queira. Escrevemos poesias e histórias acatando a Vontade Divina. Raimundo Tadeu - Sou um bom gourmet de palavras. Doce glutão do prato principal que é a poesia. Emerson O Silva - Deus deu ao homem a tarefa de dar encanto e sentido à vida. Marina Dias - O que a poesia une, a distância não separa.
“Os labios se tocaram levemente Na cusparada das bocas Deu –se o beijo, boca a boca Concretizaram o anseio de beijarem Trêmulos lábios enveredaram Na volúpia e se queimaram Em ardentes chamas “ Laércio Zaramela Rancharia. SP
Leveza A poesia está em tudo
EXPEDIENTE
VERSOS LIVRES Informativo para divulgação da poesia Ano 1 Guarulhos SP Redaçào : Antonio Luiz ( Touché ) Editoração :
Card & Cia Artes Gráficas Fone : 6441 08 10
Correspondência :
R. Francisco Antunes, 687 V. Augusta , Guarulhos, SP Cep 07040 - 010
Distribuição gratuíta
nº 4
As linhas do pensamento Emaranham-se no espaço No compasso, a brisa morna do dia Adentra o meu interior Percorre os sentidos E quase esqueço de mim Isabel Borazanian
As estrelas : São vagalumes Invadindo o céu Ari Lins Pedrosa Maceió. AL
O Terceiro Mundo Vejo meus semelhantes Educados de maneira brilhante Para não serem inconvenientes Nem molestar a classe dominante É revoltante ver a manipulação dos dirigentes Fazem e desfazem o que lhes for conveniente. E ao povo “educado” só resta obedecer Culpados eles não o são De sua eterna apatia : Isso é problema de educação Voltada para a serventia. Há desinteresse para a situação reverter A acomodação é natural nessa multidão Foram educados para obedecer O governo, os ricos e o patrão.
Volpe SP
Inexistente. E sugado ( de) leite. Do seio vazou Uma estrela cadente . Tânia Diniz Aceitamos colaboração, independente de solicitação. Acuse o recebimento . MANDE SELOS ! DÊ UMA FORÇA !
VE R SO S LI VR E S
Rascunho Para Um Testamento Já vivi 38 anos. Neste milésimo cigarro do dia, começo A preocupar-me com as coronárias... Preparo um whisky para completar o ritual. Senhor advogado, estas são as primeiras notas, para o caso do inevitável evento : 1. Não deixo bens. Plantei poucas sementes. Entretanto, o solo anda meio árido.
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VOU TE AMAR COMO A VIDA ME PERMITIR TE AMAR SEM NADA PEDIR SEM ME DECLARAR SIMPLESMENTE POR VOCÊ EXISTIR VOU TE AMAR Marina de Fátima Dias M.S.
2. Deixo minha pele. Está um pouco marcada. Alguns riscos. Foram artes da infância. Outras, porradas da vida. Vê-se que não é muito bonita, mas , bem tratada,servirá como agasalho. Outra opção é curti-la bem; poderá redundar em boa sola. 3. Meus olhos eram bonitos. Hoje, apresentam vestígios do pterígio operado. E outro por operar. Mesmo assim, – enquanto vivos São expressivos . Leve-os imediatamente a um banco de olhos, pois as córneas são aproveitáveis. 4. As vísceras poderão alimentar qualquer Cachorro faminto. Não as deixe estragar. 5. A gordura( fiquei um pouco obeso nesta puta vida pequeno burguesa) fornecerá bom óleo para qualquer candeeiro precisado. 6. Meu cérebro - pobre cérebro tem muito fosfato. Adube qualquer terreno estéril. 7. De resto, façam o que quiser : os ossos darão bons artesanatos, ou, se triturados, bom adubo também. N.B. Quanto aos coração, deixem-no sossegado As coronárias estão meio obstruídas, mas o coração é grande. É bom. Enterrem-no em lugar simples e bucólico. Não demarquem o local. Tenho certeza que lá brotarão flores. Corpo presente de amores deixados.
Amaury da Silva Rego
Meu verso ao valente agrada Meu verso leal, breve traço Possui o vigor do aço Com que se funde a espada José Martí
E outra vez Chegando de longe Ela me traz Uma estrela Um pedaço de sol Uma fatia de plutão O bolso cheio de infinitos Me prometendo O sonho mais bonito E vazio Um coração
Valdeli Vilanova Ninhadas de estrelas Andam ciscando o terreiro Do céu infinito Humberto Del Maestro
Tribo Nós estamos sozinhos E somos poucos Vive em nós A saudade da tribo. Doce tribo de falar claro E amar direito. Do punho desarmado. Somos poucos. Poucas nossas bocas. Nossas mãos. Nossos olhos. Nossos peitos Rasgados são poucos. Vamos assim com nossa bandeira da cor do próximo Com nossa entrega. Nossa certeza de reconhecer Em todos a mesma tribo, Que, pelo estado de sítio Se sente mais sozinha que nós. Doce tribo da humanidade : Assim vemos. Assim cremos Assim vivemos. Assim Abrandamos nossa solidão E aumentaremos o pouco Que somos Ulisses Tavares
Pranto para comover Jonathan Os diamantes São indestrutíveis ? Mais é meu amor. Meu amor é maior. Mais belo sem ornamentos Do que um campo de flores Mais triste do que a morte Mais desesperançado do que A onda batendo no rochedo Ama e nem sabe mais O que ama Adélia Prado
Reclame
Se o mundo não vai bem A seus olhos Use lentes ou transforme O mundo . Ótica Olho Vivo Agradece a preferência Chacal
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Babel Ergue-te Babel. Decifrados estão todos os idiomas Estás conclusa pedra a pedra Tateio teus adros, tua curvatura Perdida estou em teus corredores Ergue-te Babel. Em chamas estão todos os continentes Do meu corpo que balbucia A nova língua Ultrapasso as lâminas do passado. Escadarias, jardins estão reconstruidos. Modificada A paisagem que te abriga . Mesmo assim arrisco nesta odisséia. Ergue-te Babel. Penetra-me com teu profundo silêncio A nova linguagem, todos os idiomas Para ti retornam em rebanhos Arremesso-me de tuas alturas Para nunca mais tocar o chão. Jurema Barreto de Souza
O Guardador De Rebanho Porque o único sentido Oculto das cousas É elas não terem sentido nenhum. É mais estranho do que Todas as estranhezas E do que os sonhos de todos os poetas. E os pensamentos De todos os filósofos Que as cousas sejam realmente O que parecem ser. Que não haja nada que compreender Sim, eis o que os meus sentidos Aprenderam sozinhos : As cousas não têm significação : Têm existência. As cousas são o único Sentido oculto das cousas
Fernando Pessoa
RELENTO Miudinha,à toa, Na tarde, cai sem alarde A fria garoa Sebas Sundfad
Ano I
nº 4
Máscara de Pedra Morre em mim a Poesia Sem chamas, tramas ou linhas A morte não mais divaga A Voz endurece e o coração Enegrece em louca agonia .. Ninguém percebe a lágrima Que solitária desliza Sobre minha cálida face Máscara de Pedra Em esquife vazia Saudade é a cicuta que Ingiro cada dia .. Sonhos que se foram Em brancas lápides frias.. Queria sorrir diante Do Furioso Vendaval Que minh’alma vergasta E de joelhos espera A bala perdida.. Fugídia Liberdade. Reencontros tão esperados Estrelas do meu Eu, Poenautas de Mim.. Amada Thidron, volto para Ti Com as Asas da Redenção E finalmente existir.. Pulsar
Não posso te ver sem que a boca Por inteira se excite para beijos Incontáveis Mais que os lábios acariciantes E a saliva que me sacia.. Mais que a língua suave e quente. A passear com intimidade junto à minha : O beijo é a cópula de nossas almas Singelas e gêmeas
MINHA ORAÇÃO Eu sempre fiz da vida Um poema. E do poema Sempre fiz minha oração Eu fiz da oração uma Poesia. E da poesia Fiz também minha oração. Eu sei dizer muitas Frases bonitas, sei amar Em todas as dimensões. Para os que me amam Evidentemente, Do primeiro ao derradeiro Eu faço versos De poeta apaixonado Eu canto m mundo profético De um futuro novo E cheio de esperança Porque creio que ele virá Um dia,não sei quando Mas sei que virá . E neste dia, recitarei alto e bom som Meu poema que virou oração Edinaldo Couto. Guarulhos,. SP
Luiz de Aquino GO
Antigamente Meu pai capinava Minha mãe lavava, E minha avó benzia. Eu tinha um quintal para brincar, era dono do mundo Matusalém Dias de Moura
Reinvenção me reinvento no vento que sou grão de ar eia alicerce do nada Dinovaldo Gilioli
VE R SO S LI VR E S
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AMOSTRA Eu sei os nomes estranhos De muitas ervas e flores/ Conheço mortais enganos/ E sei das sublimes dores José Marti Versos Singelos Trad. Sidnei Schneider. A trova é um poema grácil Que surge de um mundo etéreo. Prá quem sabe é bem fácil. Prá quem não sabe é mistério Humberto Del Maestro. Trovas,Haicais e outros Traços de solidão Vestígios de alegrias Poesias e na noite que cai Fragmentos de um coração André Arruda. Franco Poemas Lilivros
Entre a farsa cínica E a fantasia oculta Perderam-se afetos e identidades Obliteraram-se os caminhos Perderam-se Foram parar nos desgovernos De outras falsidades Maria do Socorro Xavier Filosovendo a Vida João Scortecci Editora
Imprensa Alternativa Para não ver meu amor Vagar no mundo tristonho, Resguardei-o com primor Numa redoma de sonho Ana Maria do Nascimento In: Meya Palavra R. João Cordeiro, 1991, apto 101 B - Cep 60.110-301 - Fortaleza, CE, editor : Deusdedit Rocha Vôo dos pássaros ! Fios costurando ligeiro O céu ao mar
O amor não marca as horas, Porque a hora do amor é infinita. Por isso o amor, num só instante Transforma a vida numa eternidade Gaitano Antonaccio O Amor sob Todos as Formas Editora Gráfica LCR Tua mão na minha Acendia as minhas veias Meus olhos viam além das paredes Mas tropecei nos teus braços Bêbada de luz Ivone Vebber Brasil Literário 2002 Coletânea Nacional Brasil Literário Não me chame de mentiroso Ou de fingidor. Chamem-me de poeta. De poetizador, De sonhador e de enxergador do mundo com outros olhos Francisco de Assis Nascimento Desvario do Bailado da Borboleta Verde . Editora Deescubra
GRÁTIS
Tânia Diniz Revista Literatura Editora Códice Envelhecer é não ter mais vontade de fugir Nilza Menezes Revista Literatura Editora Códice Nada detém a vida Esvai-se o tempo Tempo que está em mim Caramujo do imo Sinto o que não foi E dá saudade Aqueço a memória Do que restou Luiz Otávio Moreira Oliani Caderno de Poesia Oficina 28 Oficina Editores
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Conheço o Meu Lugar O que é que pode fazer o homem comum neste presente instante senão sangrar? Tentar inaugurar a vida comovida, inteiramente livre e triunfante? O que é que eu posso fazer com a minha juventude - quando a máxima saúde hoje é pretender usar a voz? O que é que eu posso fazer - um simples cantador das coisas do porão? (Deus fez os cães da rua pra morder vocês que sob a luz da lua, os tratam como gente - é claro! - a pontapés.) Era uma vez um homem e seu tempo... (Botas de sangue nas roupas de Lorca). Olho de frente a cara do presente e sei que vou ouvir a mesma história porca. Não há motivo para festa: ora esta! Eu não sei rir a toa! Fique você com a mente positiva que eu quero a voz ativa (ela é que é uma boa!) pois sou uma pessoa. Esta é minha canoa: eu nela embarco. Eu sou pessoa! (A palavra "pessoa" hoje não soa bem - pouco me importa!) Não! Você não me impediu de ser feliz! Nunca jamais bateu a porta em meu nariz! Ninguém é gente! Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve! Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos! Não sou da nação dos condenados! Não sou do sertão dos ofendidos! Você sabe bem:Conheço o meu lugar ! Belchior
Ano 2.000
Antífona
Lá vão os passarinhos Sacode a poeira e arregace as mangas, é hora de aprender a acordar, lembrando as oportunidades que tivemos
Ó formas alvas, brancas, formas claras De luzes, de neves, de neblinas.. Ó formas vagas, fluídas, cristalinas Incensos dos turíbulos das aras
Agora, Porque não fazer o amanhã ? Sabei que a noite antecede a aurora ? Porque não sermos A mãe da aurora ?
Formas de amor, constelarmente puras De Virgens e Santas vaporosas Brilhos errantes, mádidas frescuras E dolências de lírios e de rosas..
Seu civil, ajude um soldado ! Seu soldado, ajude um civil ! E todos os povos vão Se movimentando pela Internet. Tal a globalização . Tal O novo sistema pós moderno Aqui temos abacaxi e Carmem Miranda. Tudo é oferta! Tarcísio Meira em O tempo E o Vento. Francisco Cuoco E Glória Pires. E navego em teus pensamentos Que ainda são livres e bonitos...
Flores negras do tédio e flores vagas De amores vãos tantálicos, doentios Fundas vermelhidões de velhas chagas Em sangue, abertas, escorrendo em rios Tudo ! Vivo e nervoso e quente e forte Nos turbilhões quiméricos do Sonho Passa, cantando, ante o perfil medonho E o tropel cabalístico da Morte Cruz e Souza Broquéis
Sou o poeta do Século XXI Nada mais me assusta Nada mais me deixa confuso Leio Nostradamus e fico pensando se não deixo o pessimismo de lado E não volto ao otimismo Que é uma graça puramente Divina inerente ao que vive E aí vem Carlos Drummond E até Machado de Assis Consolar meu coração E peço a Deus mais paciência E mais compaixão Emerson
Dentro do casulo Sonho triste de lagarta Serei borboleta ? Robinson Benedito Chagas
As nuvens estão soltas no ar Procurando um lugar para ficar Procurando um lugar pra descansar Fugindo do tempo selvagem Criando uma tempestade Prá se vingar de nossa ignorância A ira da natureza É o símbolo da revolta de Deus O peso sobre a atmosfera Convencendo que é o final da era Guerras, doença, maldade Fome, violência, ruindade... A ira da natureza É o símbolo da revolta de Deus O dia obscurecendo E sem lunetas, alguns estão vendo O eclipse solar Sem nem ao menos pensar Sem imaginar o que há. De mais bonito. No que é pleno e infinito No que alivia os aflitos Amor, amor, amor E a ira da natureza É o símbolo da revolta de Deus
Mas é na quietude de um sebo Que conheço a imortalidade E a calma dos gigantes Vultos ergazes e vorazes, É a terapia do conhecimento Que não é vento, mas Nirvana Porque não nos movemos E damos uma chance aos mortais Aos verdadeiros seres humanos ?
A Ira da Natureza
Rubens
Guarulhos.SP
INTEGRAÇÃO Pedras Soltas Lua, grande flor do espaço Gravitando, evoluindo no éter cósmico Paira sobre os telhados umidecidos Pela nívea garoa, branquejando A paisagem, ora pelas gretas Ora pela serena e pálida rosa. Lampiões ainda acesos Pedras contando enredos, Historiando a última viagem da noite. Plena e bela, leve e fina. Papel de linhas certeiras, Caminho certo, o da lua... Só o meu caminho caminha incerto. Na grande certeza das horas.. Do semblante marcado, correto Voando sempre Ao sabor da noite fria. Regina Maria de Mello Guaratinguetá—SP
POR UM MOMENTO PERCEBI QUE PÉTALAS DE FLORES NO ASFALTO SÃO MUITO PARECIDAS COM ESTRELAS NO INFINITO DO UNIVERSO Glenda Maier
Brumas ————— PARA ——————
onde fores levas contigo a chama de uma esperança ———————————————————— de onde voltares carregas sempre as brumas frias de uma qualquer desilusão Maria do Socorro Xavier.