Brasília, 08 de setembro de 2015. Edição: nº. 14
Os bastidores da notícia no DF!
Editor: José Maurício dos Santos Coeditora: Hulda Rode
CORREIO BRAZILIENSE Eixo Capital Ana Maria Campos Lavagem na papelaria Acaba de sair uma importante sentença decorrente das delações da Operação Caixa de Pandora. Fabiani Christine Silva (foto), ex-mulher de Durval Barbosa, foi condenada a cinco anos de prisão, em regime semiaberto, por lavagem de dinheiro. A 5ª Vara Criminal de Brasília concluiu, no fim de julho, que Durval e Fabiani usaram pelo menos R$ 650 mil de dinheiro de propina, desviado de contratos públicos, para montar a Dot Paper, que funciona no Centro Comercial Gilberto Salomão, no Lago Sul. Durante a ação, ficou comprovado que Durval pagou R$ 252 mil pelos aluguéis em dinheiro vivo por dois anos de locação da loja. Uma arquiteta também contou ter recebido R$ 90 mil em espécie para realizar o projeto de reforma da papelaria de luxo. A investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) revelou várias falhas na contabilidade da empresa da ex-mulher de Durval. Fabiani poderá apelar à segunda instância em liberdade. No processo, ela negou as acusações e disse que montou a loja com recursos dos pais. Festa em Vicente Pires O GDF está tratando como um grande evento, com pompa e circunstância, o lançamento de obras na área desocupada em Vicente Pires. Um convite formal foi enviado a várias autoridades. Será hoje, às 10h. Expulsão e cassação A direção do PPL vai comunicar à Presidência da Câmara Legislativa e à Justiça Eleitoral da expulsão da deputada Telma Rufino. Em seguida, haverá uma ação por infidelidade partidária, cujo objetivo é tomar o mandato da distrital por envolvimento nas denúncias da Operação Trick. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem jurisprudência contra cassações de mandatos nos casos em que o próprio partido desligou o parlamentar. Mesmo assim, o PPL acha que vale a pena uma briga nos tribunais, sob o argumento de que há suspeitas graves de participação de Telma num esquema de financiamento ilegal de campanha.
CB. Poder Helena Mader, Ana Maria Campos, Guilherme Pera e Matheus Teixeira Federais do DF gastam com combustível o suficiente para dar oito voltas no mundo Juntos, os deputados federais do DF gastaram com combustível o suficiente para dar oito voltas ao mundo. Ao todo, os oito representantes de Brasília compraram 24,8 mil litros de gasolina, o que custou R$ 88 mil reais — daria para rodar 322 mil km. O campeão de gastos é Laerte Bessa (PR), que torrou R$ 18,4 mil em combustível nos sete primeiros meses do ano. Alberto Fraga (DEM) foi o que mais economizou: usou apenas R$ 424. Confira o ranking: Laerte Bessa (PR): R$ 18,4 mil Erika Kokay (PT): R$ 14,2 mil Izalci Lucas (PSDB): R$ 14 mil Rôney Nemer (PMDB): R$ 13, mil Ronaldo Fonseca (PROS): R$ 11,2 mil Rogério Rosso (PSD): R$ 9,5 mil Augusto Carvalho (SD): R$ 6,5 mil Alberto Fraga (DEM): R$ 424 Câmara deve convocar secretário de Saúde para explicar situação das UPAs O deputado Ricardo Vale (PT) protocolou pedido, nesta sexta-feira (4), de convocação do secretário de Saúde, Fábio Gondim, para que o chefe da pasta preste explicações quanto à situação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Atualmente, a crise nas UPAs é tão grande que alguns serviços — como a pediatria em São Sebastião, por exemplo — foram suspensos. O Correio mostrou, na última terça, a situação de caos das seis unidades do DF. Com o vencimento dos contratos temporários, o deficit de profissionais pode obrigar o GDF a fechar as portas da UPA de Sobradinho 2. A votação do requerimento no plenário deve ocorrer na próxima terça.
JORNAL DE BRASÍLIA Do Alto da Torre Eduardo Britto Sindicalista faz lobby por hora extra A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, resolveu cair em campo para conseguir recursos para o pagamento das horas extras devidas pela Secretaria de Saúde aos servidores. Ela visitou deputados distritais a fim de convencê-los a destinarem parte das emendas parlamentares para a pasta e, com isso, auxiliar no pagamento. "Se cada deputado contribuir com um valor expressivo, conseguiremos recursos que sabemos que é o grande problema do governo hoje. Paralisar não é o caminho. Devemos esgotar todas as possibilidades", afirmou.
Ponto do Servidor Milena Lopes
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Duas décadas sem concurso A Câmara Legislativa do DF promove hoje, às 19h, audiência pública para discutir os 20 anos sem realização de concurso público para auditor fiscal da Secretaria de Fazenda e a crise fiscal do DF. "Essa insuficiência de pessoal prejudica o bom andamento dos serviços públicos prestados aos cidadãos e sobrecarrega os servidores ativos", ressalta a servidora da Casa, Celina Leão (PDT), que marcou o evento. Por falar em greve... Policiais Civis que dizem, ainda não foram notificados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que determinou a suspensão da greve, fazem assembleia geral hoje na Praça do Buriti, a partir das 14h30.
TRACKER CONSULTORIA Riscos e Tendências José Maurício dos Santos Bomba para Gondim O secretário de Saúde do DF, Flávio Gondim terá uma missão impossível pela frente. Convencer os deputados distritais, que estão prestes a convocá-lo, de que há saída para a crise na Saúde do DF. Isso depois de o instituto de pesquisa Exata OP apontar que a área é a mais desaprovada pelos brasilienses: 41,7%. Não está fácil para ninguém Se para a Saúde está ruim, para o governador Rodrigo Rollemberg a coisa anda de mal a pior. A desaprovação (46,7%) supera a da Saúde, a própria aprovação (45,6%) e, ressalvadas as devidas proporções, as rejeições de seus antecessores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR).
ONs& e OFFs Celson Bianchi Privilégio O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Julio César Peres, é alvo de uma investigação do Ministério Público e de uma representação junto ao Tribunal de Contas do DF. Há indícios de que a empresa dele, a Construtora Ipê, tenha furado fila para receber pagamentos da Secretaria de Saúde em contratos de manutenção predial. A firma já recebeu R$ 320 mil em 2015. Outro caso investigado diz respeito ao suposto fato de que o secretário ainda estaria exercendo função de “comando” na empresa. O que é proibido pela legislação que rege o funcionalismo público. Privilégio 2 Julio Peres e outros agentes públicos respondem no Tribunal de Contas a um processo aberto em 2009 por irregularidades na contratação de serviços de reparos em algumas praças pela Administração de Samambaia. O caso também é apurado pelos promotores da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e foi ressuscitado diante de novas provas.
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Bye bye A alta carga tributária, a morosidade do poder público na emissão de documentos e a descontinuidade de programas de incentivo deve fazer com que a Pinheiro Ferragens deixe o DF e instale fábrica em Goiás. As tratativas sobre a mudança já estão em curso com o governador vizinho Marconi Perillo (PSDB).
BLOG DO DONNY SILVA Caos na Saúde e no BRB: enquanto Rollemberg dorme, a população vive constante pesadelo… O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) parece mesmo pouco disposto a agir com rigor diante dos escândalos que envolvem o Banco de Brasília e a Secretaria de Saúde do DF. Parece que vive mesmo numa redoma, enquanto alguns desajustados deitam e rolam no BRB e na SES. Enquanto isso, a população sofre com o descaso de quem deveria melhorar e não piorar os serviços prestados. Lamentável…
BLOG DO CALLADO É preciso reinventar o Governo do Distrito Federal Foi muito descaso ao longo de anos. Apagão de gestão, aparelhamento, ocupação irregular do solo, casos de corrupção e ineficiência administrativa. Conseguiram quebrar o Governo do Distrito Federal. Não existe mais ilha da fantasia. Essa é a realidade. A máquina pública está falida. O que está ruim hoje, será pior amanhã. O governador Rollemberg está trocando o pneu com o carro em movimento. Não tem experiência administrativa para administrar o caos. E tem dificuldade em delegar confiança a assessores. Prefere governar com um círculo pessoal. Alguns perfeitos estranhos na cidade. E, muitas vezes, ser amigo não é sinônimo de competência. Um governo de amigos tem tudo para não dar certo. O governo tem que se reinventar. O governador tem que se reinventar. O Palácio do Buriti não evoluiu. E isso não é culpa desse governo. O erro vem de pelo menos duas décadas. O atual tem uma parcela pequena de responsabilidade. E pelo seu pedaço está sendo cobrado. Vendeu sonhos na campanha. E colhe tempestade. Não dá mais para administrar como na época dos ex-governadores Joaquim Roriz e Cristovam Buarque. O Estado tem que deixar de ser paternalista. E precisa fazer a economia andar com seus próprios pés. Sem deixar de criar incentivos econômicos e promover a regulação de alguns setores, como o imobiliário. O Estado é promotor do desenvolvimento e de políticas sociais. E isso deve ser de forma moderna. Governo e economia são umbilicalmente ligados. Se o governo quebra, a cidade também sofre as consequências. E o que temos hoje é um quadro de terra arrasada. Rollemberg não vai resolver o problema. O problema é máquina. O que se espera dele é competência para tirar o Buriti do buraco, ao invés de não aprofundar ainda mais a cova. Se não conseguir, será enterrado junto com o governo. O governo não tem dinheiro para pagar o funcionalismo público. A culpa é do servidor? Claro que não. Ao contrário, o governo precisa de mais gente trabalhando em serviço da sociedade. Principalmente na Educação e na Saúde. Os salários são altos? Alguns são sim, e merecidos. E, dependendo da categoria, estão abaixo do mercado. Demitir comissionado não resolve nada. Não representa um por cento da folha de pagamento. Só serve para o governo estampar nas páginas de jornais e na televisão que está cortando gastos. Não vai
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resolver nada. Ao contrário, vai faltar servidor em muitas áreas. O governo precisa arrecadar mais e melhor. E sem colocar a conta no contribuinte. O povo não pode pagar pela ineficiência, incompetência ou vigarice de governantes. Muitos gastos são desnecessários. Cortar carros oficiais, por exemplo, é demagogia barata. É querer se mostrar diferente quando na realidade é semelhante. Os contratos milionários é que precisam ser cortados. Milionários e muitas vezes desnecessários. E com altas comissões. O governo do DF precisa se reinventar. E não é mudando o nome para Governo de Brasília que vai resolver. Mudar o modo de administrar. Sem purismo. A sociedade espera ações firmes de um governante. Que olhe nos olhos das pessoas. E que tenha palavra. Sem isso, perderá a confiança do povo. A teimosia não faz bem. Continuar no erro mostra cegueira. As parcerias público-privadas é uma luz no fim do túnel. Uma das poucas saídas para esse governo. Serão quatro anos administrando crises. Talvez no último ano Rollemberg tenha um pouco de paz no Palácio do Buriti. Mas, politicamente, estará morto. Sem dinheiro em caixa, sem criatividade e experiência de parte de sua equipe, acabará desgastado por promessas de campanha não cumpridas. Por atrasos de salários. E por falta de realizações. Até agora, Rollemberg não entusiasmou e pecou por não ter constituído uma marca de governo. Para frente, o problema não será mais falta de entusiasmo.
BLOG DO FRED LIMA População “morde e assopra” Rollemberg. Se demorar mais, só vai “morder” Dois dados chamaram à atenção na pesquisa Exata OP, divulgada na última quinta-feira, onde mostra a aprovação de Rodrigo Rollemberg sendo inferior à de José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, comparando no mesmo período de gestão dos outros governadores. O primeiro é que o atual governador de Brasília começou muito mal o seu mandato. Ter uma avaliação abaixo da de Agnelo, que também afirmava ter herdado uma herança maldita, só comprova que Rollemberg está mesmo pior do que o exgovernador, do ponto de vista administrativo. Pelo menos a gestão de Agnelo, que depois caiu em desgraça perante a população, era melhor avaliada que à de Rollemberg. É isso que a pesquisa diz. O segundo dado é que, apesar de considerar a gestão de Rollemberg inferior à de Arruda e Agnelo, 65,4% acreditam que o governo está no caminho certo. Só 8,7% consideram que o governo está bom. Um verdadeiro “morde e assopra”. Esses números são compreendidos da seguinte forma: muitos que acham que o governador não está indo bem, na verdade ainda creditam o resultado insatisfatório à herança maldita que ele herdou. Tal avaliação é corroborada quando mais de 65% acham que o governo está no rumo certo. Sendo assim, os dados não são tão alarmantes para o Buriti. O problema seria se mais de 40% achassem que o governo estava na direção errada. A pesquisa deixou um recado nítido a Rollemberg e seu governo: a gestão não está boa. Mesmo assim, o GDF está no rumo certo. Conclusão: o brasiliense está tendo paciência com o governador e sua administração, mas se as coisas não começarem a melhorar nos próximos meses, invés de “morder e assoprar”, só vai “morder”. Eis o recado da população.
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BLOG DO ODIR RIBEIRO O Big Brother suspeito A máxima de Lavoisier é conhecida de qualquer menino do ensino primário. Mas a aplicação dela na política é uma idéia nova, uma adaptação do governo Rollemberg. Como nada se cria ou se perde, o GDF transformou o grampo ilegal em instrumento oficial. Ao menos essa é a impressão geral. Vejamos. Vira e mexe aparece um vídeo novo, supostamente vazado após uma reunião com Rodrigo Rollemberg. O fato é que os tais vídeos sempre beneficiam o governo. No primeiro caso, os distritais ficaram na saia justa, quando foram supostamente vazadas imagens deles no toma lá da cá típico dos governos ditos de esquerda. Agora foi a vez de imagens de uma reunião sobre gestão pactuada na Saúde. Uma idéia que os governadores não tem coragem de tratar abertamente e encarar as forças os interesses corporativos de médicos e demais sindicatos da área. Com esse vídeo, Rollemberg mede a temperatura desse debate, sem ter de dar a cara a tapa. Com imagens vazadas é fácil voltar atrás e dizer que não queria dizer o que disse. Para fechar a análise, tem ainda o vídeo da conversão de Rollemberg à fé evangélica. Uma cena que seria risível, não fosse a tristeza de ver politizado assunto tão sério e tão caro a tantas vidas efetivamente dedicadas as coisas do céu. É, em Brasília nada se cria e nada se perde. Tudo aqui se transforma, até a fé do nosso excelentíssimo governador-video-maker. Veja o vídeo Em vídeo estilo Big Brother Rollemberg fala das OS O governador Rodrigo Rollemberg está prestes a reconhecer a incapacidade administrativa da máquina pública em gerir o Distrito Federal e “privatizará” a saúde pública da capital. Isso quer dizer, entregar, sobretudo, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para as Organizações Sociais, conhecida popularmente como OS. Novidade? Nenhuma. O blog já vem antecipando esse assunto há um bom tempo. Porém, a medida se tornou, digamos, oficial. Em uma reunião de Rollemberg com representantes da Polícia Militar, o governador explica a situação da saúde para os presentes e ressaltando: “tem o hospital, que está resolvendo a questão da OS”, diz. Para não fugir à regra, o encontro foi gravado. Esse assunto aparece no tempo de 42 segundos. Veja o vídeo
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