Brasília, 17 de setembro de 2015. Edição: nº. 20
Os bastidores da notícia no DF!
Editor: José Maurício dos Santos Coeditora: Hulda Rode
CORREIO BRAZILIENSE Eixo Capital Ana Maria Campos Dívidas pagas a partir de 2016 Um decreto de Rodrigo Rollemberg regulamenta hoje o pagamento das dívidas herdadas do governo anterior, as chamadas (DEAs), no total de R$ 1,1 bilhão. O pagamento será feito em 60 parcelas, a partir de julho de 2016. Os credores terão de assinar um termo de acordo em que aceitam as condições. Caso contrário, a dívida não prescreve, mas ficará mais dífícil receber do governo. Concursos suspensos Em outro decreto, o governador Rodrigo Rollemberg vai determinar a suspensão de novos concursos e uma resolução cancelando as autorizações para novos certames. As medidas foram definidas ontem à noite com a equipe econômica. Passe livre não quer diálogo Em meio à peregrinação a instituições ontem para conquistar apoio às medidas do ajuste fiscal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tentou marcar uma reunião com representantes do Movimento Passe Livre. A resposta foi negativa. Eles não aceitaram abrir o diálogo. A ordem é radicalizar com manifestações contra os reajustes de tarifas de transporte coletivo. Cristovam Buarque (PDT), governador entre 1995 e 1998: “Temos que perguntar se ele fez o que deveria e como deveria. A resposta é não. Não nos consultou, não nos ouviu e não procurou as nossas sugestões. Se tem um buraco, um rombo, a solução não será aumentando tarifas de ônibus ou de restaurantes comunitários. Apresentei algumas alternativas, como, por exemplo, a redução da contribuição do governo no fundo previdenciário, liberação de habite-se de imóveis parados na burocracia e sem pagar IPTU, desburocratização de códigos de construção. Rodrigo continua preso no fascínio da tragédia fiscal, deixando de fazer as coisas que a sociedade quer”. Rogério Rosso (PSD), governador entre abril e dezembro de 2010:
“O governador mostra a situação dramática financeira do DF. Em 2010, também sofri pressão de aumento de tarifas e não dei. Mas o subsídio era bem menor do que se paga hoje. Desde o início do ano, teria trabalhado fortemente no ajuste para evitar o congelamento dos salários e o aumento das tarifas de ônibus que oneram tanto o empresário quanto o trabalhador. Umas das medidas boas é aumentar a carga tributária para bebidas e fumo, mas faria um mutirão de vendas de terrenos, para reverter o reajuste de outros impostos”. Agnelo Queiroz (PT), governador entre 2011 e 2014 “É o resultado da inoperância de noves meses que deixaram o DF paralisado. Foram escolhidas medidas que mostram a posição político-ideológica do governo porque vão penalizar fortemente os mais pobres, os trabalhadores e os servidores públicos. O aumento das refeições dos restaurantes comunitários é uma decisão equivocada porque afeta a política alimentar para quem precisa comer e não tem condições de pagar. Minha solução seria manter a economia aquecida. Faria tudo o contrário do que está ocorrendo”. À Queima-Roupa : Joaquim Roriz, governador do DF em quatro mandatos entre 1998 e 2006. Como o senhor vê o pacote anunciando pelo governador Rodrigo Rollemberg? Vejo com muita preocupação. O governador está cometendo um grave erro ao penalizar a população, principalmente a faixa de menor salário com aumentos abusivos de impostos. Olha a manchete do jornal de hoje (ontem): “GDF divide a conta da crise com a população”. É muito forte. Isso demonstra falta de experiência e o resultado é o descrédito junto à população como já vem ocorrendo de forma acelerada. O senhor pegou crises econômicas graves quando era governador? Sim. Mas resolvi de outras maneiras. Buscava outros meios que não fossem fazer a população pagar pelos erros de gestões anteriores. Inclusive, eu fui governador numa época em que o Fundo Constitucional beneficiava apenas a área de segurança. Todo ano eu ia, com o pires na mão, negociar, implorar por recursos para educação e saúde. E quando Fernando Henrique virou presidente da República foi que consegui fazer com que ele inserisse na Constituição essas duas áreas. Crise era governar o Distrito Federal quando o Fundo não beneficiava todas essas áreas. No pacote anunciado pelo governo, o que o senhor não aprova? O pacote com aumentos é um absurdo, com algumas ações sem o menor sentido. Por exemplo, não faz sentido algum aumentar de R$ 1 para R$ 3 o valor da comida nos restaurantes comunitários que eu criei justamente para oferecer comida barata para as pessoas que não podiam pagar para se alimentarem. Ele poderia mexer em outras coisas, mas com a alimentação das pessoas é muito dolorido. Eu não faria isso nunca, nunca na vida. E o aumento das passagens? Não faria também, não. Veja bem, a população mais carente, a que precisa mesmo, usa ônibus, come nos restaurantes comunitários, passeia no zoológico. Agora, o Rollemberg vem e anuncia que vai aumentar as passagens, vai aumentar a comida e aumentar a entrada do zoológico. Meu Deus do céu…. O senhor daria algum conselho ao governador Rodrigo Rollemberg? Amor pela cidade e cuidado com o povo. Pra ser governador tem que ter sensibilidade e coração. Os jornais estão mostrando a verdade. E o que é a verdade? É que essas medidas ofendem o povo. Teve alguma manchete favorável a ele? Não! Só contra ele. Não pode contrariar a população dessa forma,
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como se o povo fosse culpado pelos erros do governo. Aliás, você tem notícias do Agnelo? Pra saber o que ele acha do pacote que vai dar a conta da crise para o povo pagar?
CB. Poder Helena Mader, Ana Maria Campos, Guilherme Pera e Matheus Teixeira 15 distritais faltam à festa de Rollemberg O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), sentaram lado a lado no plenário da Casa nesta manhã de quinta-feira (17/9) e classificaram como um “momento histórico” a sanção do remanejamento de R$ 352 em emendas parlamentares para a Saúde. Faltou, apenas, avisar à maioria dos deputados: 15 não compareceram. Na hora da chegada do chefe do Executivo, somente Celina e o líder do governo na Câmara, Julio César (PRB), estavam no plenário. Após a chegada de Rollemberg, vieram Juarezão (PRTB), Liliane Roriz (PRTB), Reginaldo Veras (PDT), Telma Rufino (PPL), Luzia de Paula (PEN), Chico Vigilante (PT) e Cláudio Abrantes (PT). Ou seja: dos nove presentes, dois de oposição. Para compensar a ausência dos deputados, o plenário ficou abarrotado de assessores parlamentares. Também compareceram o secretário de Saúde, Fábio Gondim; a secretária de Planejamento, Leany Lemos; o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas; o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bessa; e o ex-distrital Paulo Roriz (PP). Ainda assim, o socialista fez um apelo: “a Câmara já garantiu o orçamentário, agora peço que aprovem o financeiro”. Câmara aprova parcelamento de multas com a Terracap, de trânsito, contas de luz e de água Os distritais aprovaram três projetos do Programa de Incentivo à Regularização Fiscal (Refis) na sexta edição do Câmara em Movimento, em Planaltina. Eles permitem à população quitar débitos em atraso com o GDF, com empresas públicas e com o Departamento de Trânsito (Detran). As novidades são o parcelamento de multas de trânsito — em até 12 vezes — e de contas de luz e de água em atraso. Com as medidas, também se estende o prazo para pagamentos em atraso com a Terracap. Os projetos seguem para a sanção do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Dos 19 parlamentares presentes, Wasny de Roure (PT) foi o único a votar contra as propostas. O petista já havia manifestado o descontentamento com os projetos após a reunião com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) na presidência da Câmara Legislativa, na terça-feira (15). “Uma política sem fundamento”, disse na ocasião. Agnelo aumentou o próprio salário, aponta o Ministério Público O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou ação de improbidade administrativa com pedido de liminar contra o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e a ex-secretária de Saúde Marília Coelho Cunha nesta terça-feira (15/9). O motivo é a duplicação da jornada de trabalho supostamente ilegal concedida para Agnelo em sua carreira efetiva de cirurgião torácico no apagar das luzes do período do petista à frente do Palácio do Buriti. A mudança teria rendido aumento de salário a Agnelo, com um acréscimo de mais de R$ 155 mil em 2015. De acordo com a ação, a ex-secretária expediu uma portaria sem número, processo administrativo ou requerimento prévio, em 29 de dezembro de 2014, passando a carga horária de Agnelo na Secretaria de Saúde de 20 para 40 horas semanais. Para o MP, a decisão atende “exclusivamente interesse privado, com viés eminentemente financeiro”. O Ministério Público enfatiza que Agnelo Queiroz entrou de férias e
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tirou duas licenças-prêmio entre janeiro e julho. Ou seja, não trabalhou apesar do aumento. Tudo isso sem o requerimento formal a ser analisado pela pasta. O pedido de liminar inclui devolução por parte do ex-governador de R$ 155.195,43 aos cofres públicos — valor referente à diferença salarial entre as duas jornadas de trabalho mais o retorno imediato às 20 horas. Recai sobre a ex-secretária a maior parte da ação: perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por oito anos, multa em duas vezes o valor do dano e proibição do recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por cinco anos, além do ressarcimento igual ao de Agnelo. Ao CB.Poder, Marília Coelho afirmou se tratar de “perseguição política”. Ela citou um decreto de 2006 que concede ao servidor público de carreira efetiva não perder a carga horária de 40 horas semanais após exoneração de cargo em comissão. O MP argumenta que Agnelo não foi exonerado, apenas findou o mandato, e que raras foram as vezes que o petista atuou de fato como cirurgião quando à frente do Buriti. Segundo o advogado do ex-governador, Paulo Guimarães, “tão logo (Agnelo) seja notificado, ele se manifestará no processo”.
JORNAL DE BRASÍLIA Do Alto da Torre Eduardo Britto Fogo amigo A insatisfação de alguns aliados com o governador chega ao âmago do próprio partido dele, o PSB. Pode ser que Rollemberg tenha que abrir mão de manter seus principais dirigentes - Marcos Dantas e Jaime Recena - no primeiro escalão do governo. O governador quer tirá-los para dar o exemplo, mas vai enfrentar a ira dos correligionários.
Ponto do Servidor Milena Lopes Duplicação “ilegal” da jornada de trabalho de Agnelo A ex-secretária de Saúde do DF, Marília Coelho Cunha, responderá a ação de improbidade administrativa, proposta pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Segundo os promotores, ela, no fim do ano passado, fez uma “duplicação ilegal” da jornada de trabalho do ex-governador Agnelo Queiroz. Durante o recesso administrativo do governo local, no dia 29 de dezembro de 2014, ela expediu uma portaria sem número, passando de 20 para 40 horas semanais a carga horária do petista, que é cirurgião torácico da Secretaria de Saúde do DF.
TRACKER CONSULTORIA Riscos e Tendências José Maurício dos Santos Desafio é não perder a legitimidade Rodrigo Rollemberg passa pelo pior momento de seu mandato em nove meses à frente do Palácio do Buriti. Erros sucessivos do primeiro semestre continuaram. A falta de diálogo com base governista somada a inabilidade da equipe econômica em encontrar uma saída para crise é o que mais pesa.
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Outros fatores como a alta rejeição e a baixa penetração social tanto dos partidos da base, quanto do próprio governador também são determinantes para não ter o amparo das ruas. A insistência em agir tardiamente diante dos problemas foram minando o prestígio do governador. Duas delas marcantes: primeiro a de deixar o então secretário da Casa Civil, Hélio Doyle, por longos seis meses à frente das principais decisões do governo a contragosto dos aliados; segundo, deixar para o final do ano a adoção de medidas amargas para conter a crise já conhecida por todos. O desgaste seria muito menor para Rollemberg se adotasse essas medidas antipopulares no início do mandato, com a popularidade em alta. Agora, terá que lidar com a insatisfação de todos os lados: da Igreja por vetar o Estatuto da Família que exclui os homossexuais; os LGBTs por não cumprir a promessa de campanha de criar uma secretaria exclusiva para o segmento; com os distritais por se indispor ao vetar projetos aprovados pela Casa; da base aliada em geral por reduzir secretarias e tomar decisões à revelia dos mesmos; e dos servidores por negar reajuste aprovado no governo passado. É impossível agradar a todos ainda mais com capital político escasso. O governador deve escolher um lado, nem que para isso ninguém precise ficar sabendo. Que tenha os erros desse ano como lição, haja vista não ter mais condições políticas de recuperá-lo. Além de começar a seguir duas máximas de Maquiavel: 1º) "Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, fazê-lo de uma vez só"; e 2º) manter e ampliar suas conquistas. Sem seguir o manual desde o início do governo sempre trazendo notícias ruins à população e perdendo grande parte do apoio e prestígio conquistado, o principal desafio de Rollemberg é não perder a legitimidade de governar.
ONs&OFFs Celson Bianchi Na bronca O Democratas, presidido no DF pelo deputado federal Fraga, divulgou nota repudiando as medidas previstas no pacote anunciado pelo GDF para amenizar a crise. No texto, Rollemberg é associado ao exgovernador Agnelo Queiroz e é criticado por manter em cargos estratégicos filiados ao Partido dos Trabalhadores. “Ao lado de tecnocratas e estrangeiros que não conhecem as cidades do DF, (o governador) preferiu o caminho fácil de extorquir cidadão e o setor produtivo, com aumento abusivo de impostos e taxas, e surrupiar os servidores públicos, retirando-lhes direitos concedidos por Lei, ao invés de cortar nas mordomias e nos contratos com amigos e financiadores de campanha”, completa a nota. Concurso No mesmo dia em que o governador Rollemberg anunciou a suspensão de novos concursos públicos, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) publicou no Diário Oficial extrato do contrato assinado com o Instituto Quadrix para realização de concurso público para preencher vagas na companhia. O governo ainda não decidiu se as novas regras se aplicarão a essa seleção. Exemplo O Aeroporto de Brasília vai receber um dos mais importantes eventos do setor no mundo: a Conferência Anual dos Aeroportos da América Latina e Caribe. A confirmação foi dada nesta semana. O evento será daqui a um ano e deve contar com a presença de 300 representantes de mais de 200 aeroportos. Brasília foi escolhida para sediar a conferência por causa do importante papel na aviação brasileira. Além disso, o Brasil representa 40% do tráfego aéreo da América Latina.
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Para finalizar A Câmara Legislativa realiza audiência nesta quinta-feira (17), às 19h, para discutir a acessibilidade no DF e políticas públicas para os deficientes. A proposta é de autoria do deputado Ricardo Vale (PT).
BLOG DO DONNY SILVA Apertem os cintos! O governador Rollemberg pirou… Após anunciar uma série de medidas ruins para a população, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) parece ter perdido totalmente a noção do real significado da palavra governar. Ele tinha o dever de saber do tamanho do abacaxi que teria nas mãos a partir do momento que montou sua equipe de transição de governo logo após a vitória no segundo turno das eleições de 2014. Ele montou uma equipe que fez uma varredura nas contas do governo anterior, logo, sabia sim do problema que teria pela frente, e deveria ter se preparado para isso. O último pacote de maldades contra a população anunciado por Rollemberg, revela o total descontrole, falta de liderança e principalmente a falta de governo de alguém que usou o programa eleitoral gratuito para combater a corrupção e principalmente a má gestão do governo petista de Agnelo Queiroz. Sem falar que anunciou que não aumentaria impostos nem a passagem de ônibus (seu adversário no segundo turno, Jofran Frejat (PR), defendia a passagem a R$1,00). Mais uma vez a população do DF foi enganada pelo discurso ‘ético’ de que quem agora mostra insensatez e imoralidade na apresentação de propostas absurdas no intuito de cobrir a incompetência de um governo que se elegeu com o discurso de que sabia “exatamente o que fazer”. O Distrito Federal perde com um governo tão ruim, despreparado e desmiolado, que só faz a alegria do PSB enquanto a população chora, lamenta e se revolta. Impeachment já, senhores deputados distritais, no governador Rodrigo Rollemberg, antes que o estrago se torne ainda maior.
BLOG DO CALLADO Crise econômica no Distrito Federal é pior que a nacional O Governo do Distrito Federal enfrenta a pior crise econômica de sua história. O Executivo está perto da falência. Os projetos para aumentar impostos e taxas, o corte de gastos e a mão pesada em cima do servidor público é comparada a uma concordata. Um estágio abaixo da falência. Mais suave. Se o Buriti não se recuperar, é Brasília que entra em estado falimentar. Vai sobrar para todo mundo. O problema econômico que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) enfrenta é, assustadoramente, muito pior que a encrenca da presidente Dilma Rousseff (PT). O governo federal ainda tem gordura para queimar. No plano nacional, junta-se a isso a crise política e a crise ética. O governo federal, os partidos da base e seus aliados abusaram de cometer erros. Se lambuzaram com o recurso público. E hoje perdeu o diálogo com o Senado e a Câmara dos Deputados. Além da Polícia Federal e o Ministério Público estarem ao encalço dos bandidos que meteram a mão no dinheiro do contribuinte. É uma questão de tempo para ruir de vez. Permanecendo ou não no poder. Rollemberg não enfrenta, por enquanto, uma crise política. Tem o apoio da presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT). Os deputados se mostram responsáveis em não deixar a cidade quebrar. Mas não irão dividir o desgaste enfrentado por Rollemberg. O governador não pode exigir da Câmara que penalize a população. Nem o governo tem esse direito.
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Rollemberg cometeu erros nos primeiros meses de governo. Ouviu conselhos errados. E também tomou decisões da própria cabeça levado pela empolgação, e não pela razão. A situação do governo já era conhecida desde o fim do ano passado. Não houve surpresa alguma. Tudo estava claro e programado, como os reajustes do servidos público. Rollemberg perdeu o time. Se tivesse se aproximado do Legislativo logo no início do ano e planejado um pacote de ajustes enquanto ainda estava em lua-de-mel com a população nada disso teria acontecido. Empurrou a situação com a barriga enquanto deu. E não deu certo. Sobrou o tudo ou nada. E, politicamente, tornou-se um suicida. O governador não tomou essas atitudes por dois motivos. O primeiro é que foi mal assessorado. Colocou ao seu lado pessoas que só enxergam o Executivo. O poder pleno. Uma democracia de uma esquerda ditatorial e atrasada. Pregam a nova política copiando o antigo modelo soviético. Legislativo e Judiciário são relegados a segundo plano. Se forem linhas auxiliares, palmas. Do contrário, o achincalhe. Só atrapalham. Isso na opinião dos falsos republicanos. O segundo motivo foi não querer se desgastar com o eleitor que havia acabado de lhe dar o cargo mais alto do DF. Tinha alcançado o sonho de ser governador. Estava em êxtase. Acabara de chegar ao poder. E achava que sua equipe técnica ia achar solução para tudo. Que seus meninos e meninas eram capazes. Até sambou com blocos carnavalescos em pleno salão do Palácio do Buriti, com direito a batucada. Nenhuma festa dura para sempre. Rollemberg é uma pessoa bem intencionada. Uma alma boa. A crise no GDF tirou o sorrisso e o sono do governador. E deu-lhe mais cabelos brancos e uma cara sisuda. Entre sua carreira política e o governo, escolheu salvar o segundo. E se afundar politicamente. Foi um gesto nobre. Mas, caso seu pacote de maldades consiga êxito, pode ressugir daqui a dois anos como o cara que salvou o Buriti do buraco. O tempo dirá. Brasília terá meses muito dificies daqui para frente. Junta-se a isso uma crise econômica no País. Rollemberg tem uma missão. E precisa saber o que fazer com ela. E escolher quem estará ao seu lado.
BLOG DO FRED LIMA O pacote fiscal do GDF é justo? Quatro distritais respondem Apelidado de “pacote da maldade”, o pacote fiscal do governo Rodrigo Rollemberg, criado com o propósito de sanear as contas públicas do DF, vem gerando controvérsias no meio político e jornalístico. Na Câmara Legislativa, quatro deputados distritais responderam ao blog se o pacote é justo ou não, uma vez que a população será penalizada com as medidas duras contidas nele. Vejam as respostas: Cristiano Araújo (PTB): “O país todo passa por uma crise nacional. Gastou-se mais do que se arrecadou, e aconteceu também em Brasília. A princípio sou contra qualquer aumento de imposto por causa da fase em que o país atravessa. Porém, cada caso é um caso e precisamos avaliar primeiro o pacote para dar uma resposta”. Reginaldo Veras (PDT): “Vamos ter que escolher entre dois vieses. O primeiro é aumentar os impostos para que os servidores públicos tenham aumento agora, e passarmos esse prejuízo para a população… Ou não aumentamos os impostos, não passamos o prejuízo para a população e os servidores públicos de algumas categorias só terão aumento no ano que vem. Vai ser necessária uma boa negociação na Casa para que a população seja minimamente impactada.” Ricardo Vale (PT): “O governo tem a receber de dívida ativa quase 17 bilhões. Se Rollemberg tivesse feito um esforço desde o início de sua gestão, teria arrecadado R$ 3 bi, e não estaria impondo esse pacote em cima da população.”
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Rodrigo Delmasso (PTN): “O Estado está doente. Vai ter que dar o remédio, mas precisa verificar qual a dose correta. Se der uma dose maior que o necessário, pode piorar a doença, ou seja, não resolver o problema. O pacote que o governo encaminhou vai precisar de uma ampla discussão com a sociedade, e o fruto dessa discussão deve ser desonerar a população do DF, isto é, aplicar o remédio certo, na quantidade certa e na hora certa”. Só quando houver convite Perguntado se vai ou não para o governo assumir a Secretaria de Habitação e Meio Ambiente, o deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN) sorriu e afirmou: “Só posso responder esta pergunta se por acaso houver um convite por parte do GDF”. E segue a indefinição… Ele tem a força Quem pensa que o ex-chefe da Casa Civil do Governo de Brasília, Hélio Doyle, tinha perdido força após sair do governo, está completamente enganado. O ex-supersecretário continua influenciando bastante a gestão de Rollemberg e sendo chamado até para convencer integrantes do governo. Dias atrás, Doyle foi acionado pelo governador para convencer a secretária de Esporte, Leila Barros, a aceitar ir ser suplente do líder do governo, deputado Julio César (PRB). O problema é que Julio está cotado para assumir a provável Secretaria de Educação e Esporte, após fusão, e Leila não quer de forma alguma assumir a suplência. As fusões de secretarias ainda vão dar muita dor de cabeça para Rollemberg. E Hélio pode dizer: eu tenho a força! PSB-DF insatisfeito com… Rollemberg Não bastasse a insatisfação de partidos da base aliada, como o PDT, PSDB e PSD, o PSB local anda insatisfeito com a reforma do secretariado promovida pelo governador Rodrigo Rollemberg, pois nomes da liderança do partido estão ameaçados de não continuarem participando do primeiro escalão do governo. Por este motivo, hoje à noite, uma reunião extraordinária da executiva da legenda vai defender que Marcos Dantas, Marcos Pacco e Jaime Recena sejam mantidos no primeiro escalão do governo, após o surgimento do rumor de que podem perder os seus cargos. Pelo visto a insatisfação chegou inclusive no ninho da pomba socialista.
BLOG DO ODIR RIBEIRO Quem será Ali Babá? O PSB chegou ao poder no DF, quando não imaginava ser possível. A candidatura de Rollemberg foi lançada, unicamente, para fazer palanque ao então candidato a Presidência da República em 2014, Eduardo Campos. Na época, o candidato pessebista, encarnava o número 40 do seu partido e patinava na terceira posição nas pesquisas de opinião,atrás de Agnelo e de Arruda, então líder isolado. Mas a precipitação do PT, traído que fora por Rollemberg, levou a impugnarem Arruda ainda no primeiro turno, o que se mostrou um erro estratégico crucial. Arruda fora, numa decisão inovadora do TSE, viu migrar seus votos para Rollemberg. Assim, Agnelo sobrou, pois Frejat assumiu a condição de adversário no segundo turno. Sem nem ter sonhado com a vitória, o 40 do PSB ganha a eleição e inicia uma transição pífia. Acirra a briga com o PT, e monta uma equipe fraca política e tecnicamente.
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Sem projeto e sem quadros se vê preso a ideologia de isolamento de Helio Doyle. HD dura pouco e com menos de seis meses completos deixa o governo. Foi dele o discurso do rombo e o embate suicida com os servidores, parcelando salários e prevendo demissão de efetivos. Sem falar na distância da Câmara Legislativa, um erro primário e até hoje não reparado. O rombo cresceu, entre a transição e o pacote de maldades, de tal forma, que só a incompetência na gestão pode explicar. Foram mais de 40 erros em 8 meses de governo, um recorde. Dos factoides de pedidos de ajuda ao governo federal, igualmente quebrado, passando pela péssima gestão em áreas cruciais como Saúde, Educação, Segurança e Transporte, até as derrubadas em Vicente Pires, Por do Sol e Lago Sul. Conseqüência, queda vertiginosa na aprovação popular, que amarga a rabeira entre todos os governadores do Brasil, como o segundo pior, perdendo apenas para o do Rio Grande do Sul. Mas o caldeirão de maldades não parou de trabalhar. Madame Mim, deixou os quadrinhos e se instalou na Secretaria de Planejamento e a Fazenda, descobriuse recentemente, era casa de passagem. Resultado: o 40 não pensou duas vezes em transferir a conta para a sociedade, sem dó nem piedade. Nem a diversão das crianças no Zoológico escapou da fome dos 40, que se fingindo de morto, aumentou também o preço do almoço, nos Restaurantes Comunitários. É o povo sob chibata do governante 40. Afinal, nesta história que não é da carochinha, ninguém esquece que Ali Babá tinha 40 ladrões no clássico da literatura. Já aqui na Capital a dúvida que fica é: quem será Ali Babá? Pois, 40 todos nós já sabemos.
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