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Carreira esportiva
Expediente
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Chegamos à edição de outubro da Transpire Overline Edition. Neste mês você acompanhará a continuação de nossa reportagem de capa da edição passada sobre parcerias transformadoras e o empreendedorismo dentro do esporte. O Triatleta e treinador Frank Silvestrin apresenta os cinco erros mais comuns na corrida. Tem também a cobertura fotográfica do coquetel de lançamento da DB Endurance Assessoria Esportiva, do Duathlon da Academia Centter e da POA Night Run, um resumo da Track & Field Run Series , o depoimento dos atletas gaúchos que representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Aquathlon e Triathlon, em Londres, e a estreia do nosso novo colunista, Márcio de Oliveira, falando sobre coaching. Boa leitura e até a próxima! Equipe Transpire
Diretor de Fotografia Guto Oliveira guto@transpire.com.br CONTATO contato@transpire.com.br (51) 3026-4037 www.transpire.com.br COMERCIAL comercial@transpire.com.br Curta nossa Fanpage
agenda
16.10 a 27.10
Mundial Master de Atletismo
19.10
Ocktober Marathon
20.10
Corrida da Longevidade
facebook.com/transpire.esporte
Porto Alegre/RS www.wma2013.com
Capa Largada da Corrida Sogipa Asics 2013 Foto Guto Oliveira
Igrejinha/RS www.audax4.com.br
Porto Alegre/RS www.corridadalongevidade.com.br
19.10 e 20.10 26.10
Sul-Brasileiro Master de Natação
27.10
Rústica HLar São Leopoldo
03.11
Duathlon Tarumã
A Transpire Overline Edition não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas não representam, necessariamente, os da revista.
Porto Alegre/RS Grêmio Náutico União
Corrida Rústica CPOR/PA Porto Alegre/RS www.corpa.esp.br
São Leopoldo/RS www.quadraeventos.com.br
Morro Reuter/RS www.xrun.com.br
www.mizunobr.com.br/10miles/porto-alegre/ curtas
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triathleta gaúcho Sandro Corrêa (foto) foi o melhor brasileiro na faixa etária 40-44 anos do Ironman do Hawai, prova válida como Campeonato Mundial da modalidade. Ele completou o percurso de 3.800m de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida em 10h36min36s. E o Brasil fez história em Kona este ano com Igor Amorelli que marcou o melhor tempo de um brasileiro na história da competição. Com 8h34min59s ele conquistou o 13º lugar entre os profissionais.
Guto Oliveira/Transpire
Viamão/RS www.fgtri.org.br
Trail Adventure 2013
Mizuno 10 Miles Series Porto Alegre/RS
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Editora e Jornalista Responsável Stéphanie Perrone - MTB 15.577 jornalismo@transpire.com.br
Novo Ironman Fortaleza
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Divulgação
A capital cearense foi oficializada como sede do segundo Ironman Brasil da temporada 2014. Além da tradicional etapa realizada em Florianópolis, Fortaleza ganhará espaço na modalidade. A prova já tem até data para acontecer: nove de novembro. Principal circuito de triathlon do mundo, o Ironman é uma competição que exige resistência, foco e muita determinação dos participantes. São 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida.
Marina Borges/CBDA
Brasil brilha na maratona aquática
Na foto: Poliana com o técnico Ricardo Cintra e Samuel com o técnico Kiko Klaser (à dir.)
A Mizuno lançou, recentemente, um novo desafio para os amantes dos 42.195m: a Uphill Marathon. Unindo as subidas mais difíceis em um lugar paradísiaco, a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, 50 atletas convidados pela marca tentarão superar essa que promete ser uma prova marcante. Serão 256 curvas até cruzar a linha de chegada à 1.418m acima do nível do mar. A competição será realizada no dia 1º de dezembro, com largada da praça central de Treviso e chegada em Bom Jardim da Serra. A escolha dos participantes foi feita com base nos melhores tempos de brasileiros em provas internacionais e a intendidade dos treinamentos.
Divulgação CPB
Uphill Marathon chega com percurso inédito
Os nadadores brasileiros brilharam na última etapa da Copa do Mundo Fina de Maratonas Aquáticas. A prova foi realizada, no dia 5 de outubro, na Baía Repulse, em Hong Kong. Poliana Okimoto conquistou o primeiro lugar nos 10Km, com o tempo de 2h02min48s, seguida da italiana Martina Grimaldi e da chinesa Lei Shan. Mas o grande destaque da competição foi Samuel de Bona que consquistou o ouro inédito para o Brasil. Pela primeira vez um brasileiro subiu ao lugar mais alto do pódio em etapas da Copa do Mundo. Com o tempo de 1h53min35, o atleta do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, chegou à frente do francês Roman Beraud e do australiano Simon Hultenga.
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duathlon
Duathlon Academia Centter
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o dia oito de setembro foi realizada mais uma etapa do Campeonato Estadual de Duathlon. A prova organizada pela Federação Gaúcha de Triathlon em parceria com a Academia Centter, teve como percurso a Avenida Diário de Notícias, na bela orla do Guaíba. O trajeto de cinco quilômetros de corrida, 20 quilômetros de ciclismo e 2.500m de corrida. Já os atletas das categorias iniciantes e infanto-juvenil percorreram 2.500m de corrida, 10 quilômetros de ciclismo e mais 2.500m de corrida. Na disputa por equipes, a Gush, de São Leopoldo, venceu com 645 pontos, seguida da Academia Centter e da RaiaSul, ambas de Porto Alegre. Confira os primeiros colocados: Elite Feminina Elite Masculina 1 - Carolina de Ávila Rodrigues 1 - Daniel Jonathas Almeida Cerda 2 - Fernanda Cardones 2 - Gustavo Moreira de Bitencourt 3 - Sílvia Paz de Oliveira 3 - Uilian Jonatan Correa 4 - Carolina Chevarria 4 - Clayton de Melo Rodrigues 5 - Débora Finger 5 - Leandro Castagna
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Texto e fotos: Transpire
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coaching por Márcio de Oliveira
Companhia de Vida chega à Transpire OE
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m abril de 2012 todos os atletas e pessoas que almejam conquistar objetivos ganharam mais um incentivo e parceiro: a empresa Companhia de Vida. Com capacitação em Life Coaching, eu - Márcio de Oliveira - apresento o meu trabalho de forma direcionada à realização dos sonhos de cada um. O processo de Coaching pode ser usado nas mais diversas áreas da vida: trabalho, bem-estar, relacionamentos, esporte, finanças, entre outros. A partir da edição de outubro estarei presente na revista Transpire, sempre com novidades e comentários sobre o mundo dos esportes, onde todos querem ter bons resultados e muita superação. Planejamento e força de vontade são capazes de determinar um estilo de vida. Atletas profissionais trabalham com metas a serem superadas a cada prova que participam. As rotinas intensas de treinamento podem acabar não apresentando resultados efetivos se o competidor não tiver a organização necessária. Porém, não só atletas em nível de competição podem ter o Coaching como ferramenta para alcançar novos índices, amadores e iniciantes, que utilizam o esporte como meio de melhorar a saúde e ter uma melhor qualidade de vida, também se enquadram nesse quesito. No caso de atletas, com o uso do Coaching, é possível, a partir da meta estabelecida pelo próprio competidor, estruturar uma nova agenda, onde todas as atividades realizadas terão espaço sem
Espaço ACCRS
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precisar abrir mão de um sonho. Felipão, técnico da Seleção Brasileira de futebol, por exemplo, utilizou estas técnicas para orientar os jogadores durante a última Copa das Confederações. Para o início do trabalho, é necessário que o Coachee (pessoa que recebe as orientações de um Coach) tenha em mente o que almeja para a sua vida esportiva. Pode ser até mesmo em um futuro não tão próximo. A Companhia de Vida mostra que a realização dos sonhos depende apenas de quem os busca e que é possível, por meio de organização pessoal, traçar metas diárias para se chegar a um grande resultado. Conquistar o sucesso no esporte requer muito treino e dedicação. Todos são capazes de atingir grandes metas, e falo por experiência própria, pois no final de 2009 estava beirando os 120kg e, com estratégia e disciplina, hoje estou com 93kg e sou triathleta. Portanto, conto com a sua companhia nos próximos meses. Assim será possível compartilharmos experiências de sucesso, tanto nas competições quanto na vida. Grande abraço e bom treino a todos!!!
Márcio de Oliveira Coach em Programação Neurolinguística (51) 8446-9969
A Iimportância da corrida e da atividade física orientada
raças ao progresso, a nossa vida passou a ter aliados em nossas tarefas diárias. Não andamos, dirigimos. Não subimos escadas, vamos de elevador. Não levantamos para trocar de canal, usamos o controle remoto. Não descascamos e esprememos frutas, compramos suco de caixinha. As crianças não sobem em árvores, não correm, não pulam, não brincam, jogam videogames e computadores. A vida moderna nos trouxe, além de todas as facilidades: Estresse; Doenças Cardiovasculares; Sedentarismo; Alimentação inadequada e uma péssima qualidade de vida. A atividade física orientada e/ou a corrida são o verdadeiro plano de saúde para todos os malefícios que enfrentamos nos dias de hoje. Seja qual for o exercício físico escolhido como, por exemplo, a corrida, é importante que você faça com regularidade: em média três vezes por semana é o recomendado para quem tem o objetivo de ser saudável. Não existe uma atividade única que seja totalmente completa. O ideal é a combinação de uma atividade aeróbia (corrida), com uma atividade de resistência muscular (musculação, treinamento funcional, ginástica localizada, etc.), além de exercícios de alongamento e correção postural. BENEFÍCIOS: A atividade física regular (corrida), faz bem não só para o corpo, mas também para a mente. Com ela você vive mais e melhor: Coração mais forte: diminuindo o risco de cardiopatias, aumentando a capacidade aeróbica e o condicionamento cardiovascular.
Ossos mais fortes: diminuindo o risco de osteoporose e doenças degenerativas. Músculos mais fortes: aumentando a resistência e a força muscular. Mais disposição: quem faz atividade física sente-se mais disposto e com menos cansaço. Melhora a auto-estima: mente sã e corpo são. Mais força de vontade: o estímulo de exercitar-se e superar-se faz com que as pessoas não desistam tão facilmente das coisas. Vida mais saudável: exercícios físicos, boa postura, alimentação adequada e a mente tranquila fazem a qualidade da vida. Melhora da postura: o fortalecimento dos músculos eretores da coluna, bem como o aumento da flexibilidade e a consciência corporal, fazem o indivíduo ter uma boa postura. Diminuição de dores generalizadas e do stress Aumento de bom humor Sono mais tranqüilo Melhora do condicionamento físico geral Viva bem, corra regularmente, com orientação de um Profissional de Educação Física registrado ao Conselho Regional de Educação Física (CREF2RS) e participante da Associação dos Grupos de Corrida do RS (AGCRS). Por Rogério Menegassi (Cref 2/RS 001080-G)
Presidente da ACAD/RS (Associação das Academias do RS); Ex-presidente da AGCRS (Associação do Grupos de Corrida do RS); Ex-conselheiro do CREF2RS; Proprietário da Athlética - Cia de Ginástica 7
triathlon
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Triathlon na Terra da Rainha
prova mais esperada da temporada 2013, a grande final do Mundial de Triathlon, em Londres, com os irmãos Brownlee correndo em casa, tinha tudo para ser uma repetição das Olímpiadas de 2012, mas o espanhol Javier Gomez desbancou o favoritismo inglês e venceu com um incrível sprint a 300m da linha de chegada. Jonathan Brownlee terminou na segunda colocação e o também espanhol, Mario Mola. Alistair Brownlee, atual campeão olímpico, sentiu uma lesão recorrente no calcanhar de aquiles e concluiu o percurso em 52º. Reinaldo Colucci, brasileiro melhor posicionado na elite masculina, terminou na nona colocação. Foi o melhor resultado do país em etapas da série mundial. No feminino, a britânica Non Stanford, campeã mundial sub-23 no ano passado, encerrou a temporada 2013 como a grande vencedora da elite. Ela foi a primeira atleta a conseguir ambos os títulos em anos consecutivos. Em segundo lugar chegou a irlandesa Alieen Reed e em terceiro a australiana Emma Moffat. Pâmella Olivera foi a melhor brasileira na prova, terminando no 26º lugar. A competição foi realizada no mesmo percurso das Olímpiadas de Londres, em um dos principais pontos turísticos da cidade, o Hyde Park. Participaram cerca de 8.500 atletas de 83 países, entre profissionais e amadores. Seis atletas do Rio Grande do Sul integraram a seleção brasileira por faixas etárias nas provas de aquathlon, triathlon sprint e triathlon olímpico: Jairson Lovato, Jorge Goebel, Márcio Scotti, Marcos Chevarria, Stéphanie Perrone e Emílio Kerber. Confira na página ao lado alguns depoimentos e mais fotos da viagem.
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Fotos: Guto Oliveira/Transpire e arquivo pessoal
“ Competir em Londres foi motivador. Fui a este mundial batalhando para crescer e aprimorar minha qualidade tanto como atleta como conhecedor do esporte. O número de pessoas trabalhando para dar tudo certo, a pontualidade respeitada, o respeito às regras, mais que o esporte, digno é o apreço à saúde do atleta. Fiz uma prova (aquathlon) com coragem e dedicação, Jorge Goebel cujo retorno é apenas satisfação pessoal. Admirável ainda foi a covivência entre brasileiros e estrangeiros, fazer novas amizades e fortalecer as antigas. Tudo isto contribuiu diretamente para o belo espetáculo desta modalidade que tanto gostamos. Vivemos dias com chuva, frio, cansaço e muita emoção. Que venha o ITU World Triathlon Grand Final Edmonton, no Canadá, em 2014!
”
“ Uma prova fora do país, final de mundial, é um ótimo termômetro para vermos, além de como estamos, como nosso país encara este tipo de esporte. Infelizmente, pensando por este último, a sensação é decepcionante e ainda mais se pensarmos que teremos uma Olimpíada pela frente! É uma pena ver uma equipe desarticulada, sem uniforme ou com um uniforme que não nos revele, sem estrutura para Márcio Scotti concentração, isto sem falar na falta de incentivos e apoios. E olha que estávamos com a maior delegação que o Brasil ja levou a um mundial, eram cerca de 165 pessoas! Brasil levou talvez não esteja correto dizer, o melhor seria: que competiram pelo país. A grande maioria vai por iniciativa própria, bancando todas as suas despesas e inscrição através de uma vaga consquitada no Campeonato Brasileiro. Mas brasileiro é assim! Vamos lá competir assim mesmo e felizes da vida! Da realização pessoal, é muto bom participar de uma prova como esta. A sensação é única! O nível é altíssimo! Se sente na pele que qualquer erro ou atitude tomada erroneamente custa segundos e com isto, várias posições! Aprendende-se muito. Torcemos pelos amigos e por nossos ídolos em ruas tomadas por um grande público participativo e incentivador. E vamos assim, construindo o que chamamos de triathlon Brasil!!! Vale a pena!!!
”
“ Representar o Brasil no Campeonato Mundial de Aquathlon, mesmo sendo no age group (para atletas amadores), foi uma experiência incrível. Ver pessoas do mundo inteiro que compartilham da mesma paixão que você e vivem o esporte com igual ou maior intensidade é inexplicável. O caminho até lá foi árduo, conciliar treinos, trabalho, vida pessoal, superar as dificuldades com o clima e até Stéphanie Perrone mesmo financeiras para “bancar” a viagem, mas percebe-se que todo o sacrifício vale a pena ao ouvir o primeiro soar da buzina de largada.
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capa
Corrida:
os 5 erros mais comuns Texto: Frank Silvestrin - Educador Físico e Triatleta
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esde o “boom” da maratona no início dos anos 1980, a alta quilometragem de treinamento tem sido um paradigma aceito entre os treinadores de média e longa distâncias. Tim Noakes, cujo livro “Lore of Running” continua a ser a bíblia da maioria dos treinadores, estabelece vários princípios básicos, um deles é sempre fazer o mínimo durante a preparação. O que ele quer dizer é: faça o mínimo para alcançar seu objetivo. Se você não atingir, você pode sempre fazer mais. A seguir, eu compartilho com vocês alguns equívocos que, por incrível que pareça, ainda são muito comuns. Atitudes que, na busca pelo sucesso na corrida, podem colocar em risco a saúde do praticante.
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Correr todos os dias
Nunca é demais repetir: nem sempre correr mais significa correr mais rápido. Troque uma ou duas corridas da semana por outra atividade de baixo impacto e que potencialize o seu condicionamento aeróbio. Uma boa sugestão é a natação e/ou ciclismo. Ao contrário da crença popular, o esforço constante durante a elevada quilometragem e os impactos repetitivos é que causam a maioria das lesões, e não a alta intensidade. Os problemas aparecem quando se aumenta o volume da preparação em um curto espaço de tempo. Além disso, seu corpo precisa de um descanso e de um “day off”, para se re-
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abastecer e renovar as energias para a sessão do dia seguinte. Não são poucos os atletas que ignoram isso mesmo na semana da prova. O que mais pesa nas últimas quatro semanas que antecedem uma competição não é a sobrecarga, mas sim a regeneração promovida após a aplicação dessa sobrecarga. Cada pessoa reage de forma diferente ao descanso, por isso é tão importante o papel de treinador especializado em corrida, elaborando um planejamento adequado de sobrecarga e descanso para os seus alunos.
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Não variar os pisos
Porto Alegre está cercada de praças e parques com pisos macios, como areia batida e grama. Superfícies macias reduzem o impacto da pisada e ajudam a aliviar e prevenir dores. Faça pelo menos um treino semanal em pisos desse tipo, independentemente da intensidade do esforço. A diferença de impacto é facilmente percebida pelo corredor.
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Sustentar um alto volume
Fico impressionado com a quantidade de pessoas que investem horas em treinamentos de longa distância em detrimento da qualidade. É comum observarmos corredores fazendo
quilometragens absurdas, tanto na preparação geral quanto no período específico, esquecendo-se de que, para se tornar rápido numa distância longa, é necessário ser o mais rápido que você pode nas distâncias curtas. Não pule etapas, comece pelas distâncias curtas, busque motivação e alternativas para melhorar suas marcas em provas de 5 e 10km. Depois que a performance estabilizar, então pode ser o momento de pensar numa meia maratona. Há muitos atletas de alto nível que se beneficiam da maior quilometragem e que toleram um alto volume durante semanas, mas é importante lembrar que demorou até chegarem a esse patamar. Fora que esses atletas estão acompanhados de perto por uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, médicos, massagista, osteopata, nutricionista, entre outros) cujo trabalho ameniza os riscos de lesão e acelera as recuperações. Porém, essa não é a realidade da maioria e é uma estupidez um atleta amador querer treinar com o mesmo volume de um atleta profissional. Você já perguntou para um maratonista de elite quantas maratonas ele corre por ano? Você vai ficar surpreso com a resposta. Na grande maioria, atletas profissionais de Ironman (triathlon de longa distância) também se preparam para apenas dois ironman por ano. O restante do calendário é recheado de provas intermediárias, incluindo provas curtas. Um princípio básico do treinamento diz que devemos “supercompensar”. Numa explicação simples e objetiva: você aplica no organismo uma carga um pouco acima do
que ele está habituado, quebrando o equilíbrio, depois repousa bem, se alimenta adequadamente e, em seguida, aplica uma nova carga. Com a aplicação sucessiva de cargas crescentes e a quebra constante do equilíbrio, aliados ao repouso e à alimentação adequados, há uma resposta positiva do organismo, fazendo com que sua forma física melhore em relação ao estado anterior. Se não houver repouso, recuperação, descanso e um equilíbrio entre treinar e recuperar, não haverá uma resposta positiva e dificilmente você irá atingir um novo patamar de condicionamento. Por exemplo: se você está treinando para uma maratona, o seu pico de volume (período com maior quilometragem) acontece na quarta ou quinta semana anterior à prova. Nas últimas quatro semanas você reduz o volume de treinos de forma gradual, respeitando o período de polimento sem perder o condicionamento adquirido. É preciso respeitar a individualidade de cada atleta, mas digamos que você vem correndo 50km por semana. Então, reduza para 35 a 40km na quarta semana. Se a sua progressão semanal é de 10%, lembre-se de descansar na quarta ou quinta semana, baixando a quilometragem em torno de 20%, o que favorece o efeito da “supercompensação”.
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Negligenciar a técnica
A corrida evoluiu muito nos últimos anos e é obvio que a forma como se corre influenciará a qualidade dos treinos. A técnica de correr também está diretamente relacionada às forças aplicadas ao solo, a uma maior proteção contra lesões, à menor agressão muscular e principalmente à performance. Além disso, quem não gosta de correr bonito, com um bom estilo e ainda gastar o mínimo de energia? Se você é iniciante, é importante aprender agora a postura ideal para não adquirir maus hábitos que podem comprometer o seu rendimento. Para a maioria dos corredores iniciantes a aptidão cardiovascular é o que mais importa, o
resto fica em terceiro plano. Isso pode ser um desperdício de tempo, pois o iniciante precisa dominar e desenvolver habilidades básicas como a técnica e a mecânica da corrida. Entender a posição ideal da pisada e do corpo inteiro (tronco, braços, pernas e cabeça) são fatores diretamente relacionados ao desempenho e à saúde. No treinamento de ciclismo, a cadência (rotações por minuto) é determinante na aplicação de força e no aumento de potência. Sabemos que a cadência mais eficiente está em torno de 90 e 100rpm. Na corrida, não é diferente: a cadência (frequência de passadas por minuto) também é uma variável da técnica que deve ser desenvolvida, podendo ajudá-lo a correr mais rápido e mais econômico.
Falta de reforço muscular
Fotos: Guto Oliveira/Transpire
Após 15 anos de triathlon, pude perceber a diferença que o treinamento compensatório fez nos meus resultados. Sempre me preocupei com a prevenção e nunca deixei de praticar algum exercício que pudesse compensar os esforços repetitivos do triathlon: musculação, pilates, yôga e treinamento funcional. Não consigo entender como seria possível atingir excelentes resultados se durante esta trajetória tivesse que conviver com lesões e ainda quebrar o ciclo da continuidade. Com o treinamento de força/preventivo, pude melhorar a minha estrutura musculoesquelética, os desequilíbrios de força, a mobilidade articular, tornando os movimentos mais fortes, eficientes e econômicos. Muitos atletas que começaram comigo abandonaram o esporte de alto nível devido à quantidade de lesões. E não pense que fico horas fazendo exercícios. São necessários 45 minutos, de duas a três vezes por semana.
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Fotos: Guto Oliveira/Transpire
blitz
“The dark side” Novamente os RUNNERS mostraram sua força nas corridas pelo Estado, a competição desta vez foi a POA Night Run, corrida noturna que agitou a capital no dia 28 de setembro. Destaque para o atleta Eduardo Barbosa (foto ao lado) que conquistou a terceira colocação nos três quilômetros. E em breve a equipe terá novidades. As novas camisetas já foram confeccionadas e serão lançadas no dia 21 de outubro durante evento na academia AeroStep.
Contato: (51) 9919-0730 - com Rita E-mail: ra.runners@ig.com.br
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Espaço Nutrinforma
por Renata Rudoi Schwartz
Esportes de endurance Os esportes de endurance são atividades que envolvem intensidade baixa a moderada por um longo tempo de duração. Exemplos desse tipo de exercício são: maratonas, provas de ciclismo, maratonas aquáticas, triathlon, Ironman. Fisiologicamente falando, esse tipo de atividade envolve um grande gasto dos estoques de carboidrato e de gordura corporal. Por isso, começar o exercício com os estoques de energia (principalmente de carboidrato/glicose) em alta é de extrema importância para o desempenho. Energeticamente falando, apesar da baixa a moderada intensidade, esses esportes envolvem um gasto de calorias altíssimo devido ao longo período em que são praticados. Por isso, nem sempre é atingido através da alimentação o mínimo necessário para fornecer ao indivíduo a energia da qual necessita. É nesse momento que entra o suplemento alimentar. Muito usado pelos praticantes dos esportes de endurance, os suplementos têm como função suprir as necessidades remanescentes da alimentação e, ainda mais importante, nutrir o esportista em momentos nos quais simplesmente não é possível realizar uma alimentação, como durante a prova por exemplo. Nesse caso, os tipos mais usados de suplementos são os repositores hidroglicoeletrolíticos (que repõem água, carboidrato e eletrólitos), os estimulantes (à base de cafeína) e os repositores energéticos à base de carboidrato e/ou proteína. Os repositores hidroglicoeletrolíticos servem para repor água e os sais minerais que foram perdidos através do suor e também para fornecer energia para a manutenção do exercício. São geralmente consumidos durante a atividade, em intervalos de 45 minutos. São importantíssimos para manutenção do desempenho evitando a desidratação, diminuindo a temperatura corporal e protelando a fadiga muscular. Os estimulantes à base de cafeína podem ser utilizados para promover aumento do nível de alerta, disposição e excitação. São consumidos preferencialmente meia hora antes do exercício e também possuem a capacidade de retardar a percepção de fadiga, ou seja, “enganar” o corpo aliviando as dores. Por fim, os repositores energéticos á base de carboidratos devem ser utilizados antes do exercício para aumentar a disponibilidade de carboidrato para as células, retardando a depleção dos estoques de carboidratos corporais. Após a atividade, o uso de repositores que contenham carboidratos e proteínas é ideal para recuperar as reservas de energia desgastadas durante o esforço e estimular a recuperação da musculatura, que também sofreu intensa degradação. O importante é saber adequar o nível do esporte às suas necessidades pessoais. Não existe uma “receita de bolo” pronta que funcione para todas as pessoas. Em virtude disso, o acompanhamento de profissionais capacitados como o educador físico (para o treinamento) e o nutricionista (para a alimentação) é essencial para o sucesso da prática de esportes.
O verão está chegando! Você está preparado?
Renata Rudoi Schwartz - Nutricionista, CRN 2/7396 Mestre em Metabolismo pela Universidade de Barcelona; Pós-graduada em Nutrição e Patologias; Proprietária da Clínica Nutriskin - Rua Mostardeiro, 5 / sala 810 e 812 - Fone: (51) 3314-8520 - www.nutriskin.com.br 13
corrida
Clima de balada Fotos: Guto Oliveira/Transpire
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Repetindo o sucesso da edição de março deste ano, a POA Night Run provou que o público gaúcho gosta de unir esporte e badalação. Em uma noite de clima agradável, mais de 3.000 atletas participaram da corrida noturna que agitou a capital e ofereceu opções de distâncias para todos os tipos de condicionamento físico: três, cinco e dez quilômetros. O público presente pode desfrutar também da arena com diversos serviços e atrações. Confira os vencedores: 3Km Masculino 1 - Ioran Fernandes Etchechury - 09min08s >> 2 - Jardelino dos Santos Flech - 09min17s >> 3 - Eduardo Barbosa - 09min52s
5Km Masculino 1 - Jurandir Pinto de Jesus - 15min20s >> 2 - Jeferson Lopes 15min33s >> 3 - Daniel da Silva - 15min47s
3Km Feminino 1 - Jocasta Oliboni da Luz - 12min00s >> 2 - Paula Aparecida Ody 12min08s >> 3 - Renata Pansera - 12min57s
10Km Feminino 1 - Maria Rosana Nunes - 37min07s >> 2 - Janete Tedesco - 38min47s >> 3 - Eloiza Testolin Rodrigues - 41min20s
5Km Feminino 1 - Ingrith do Nascimento - 18min28s >> 2 - Rosa Padilha - 19min51s >> 3 - Fernanda Cardones - 20min35s 10Km Masculino 1 - Rodinei Medeiros - 32min28s >> 2 - Claudir Rodrigues - 32min59s >> 3 - Cezar Machado Cabral - 33min31s
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carreira
É hora de pensar no futuro...
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carreira de um atleta não é eterna, pelo contrário, ela é extremamente fugaz, por isso um dos grandes desafios dos esportistas é: o que fazer após o final desse período. Existem atletas que conseguem superar a barreira do término e usar a experiência adquirida dentro do ambiente esportivo em outras áreas ou mesmo dentro do segmento. Na edição anterior, trouxemos o exemplo do ex-nadador, Gustavo Borges, que desde 2004 dedica-se à gestão da rede de academias que leva o seu nome e do triathleta gaúcho Frank Silvestrin que vem passando por este período de transição. Este mês, dando continuidade a matéria das Parcerias Transformadoras, vamos abordar as questões técnicas que envolvem o período de transição do atleta, profissional ou não, para a vida pós-aposentadoria e como é possível planejar este processo. Um dos pontos decisivos na carreira de qualquer profissional é estabelecer o momento certo de “pendurar as chuteiras”. A aposentadoria é um período inevitável e que requer planejamento e ajustes em todas as esferas da vida. No caso dos atletas, esta questão se torna mais urgente devido a brevidade do esporte de alto rendimento. É sabido que durante sua trajetória dentro do esporte, um atleta passa por diferentes transições, do início na escolinha ao aperfeiçoamento e posterior saída das competições, todas possuem exigências e características próprias. O termo “carreira esportiva” refere-se justamente a essa multiplicidade de atividades do indivíduo que pretende o desenvolvimento e reconhecimento no esporte. Pode-se dividir a carreira esportiva em períodos que compreendem: a iniciação; o desenvolvimento; a transição; e o término. A fase de transição é uma das mais importantes pois normalmente é marcada por um acontecimento ou processo que resulta na mudança de percepção do atleta sobre si mesmo e sobre o mundo, gerando a mudança necessária para a decisão de deixar a prática esportiva. Isto significa 16
que o atleta durante sua trajetória, e após ela, deverá passar por diversos estágios, cada um com exigências específicas e características próprias. Muitos fatores levam ao término da carreira esportiva, como idade, lesão, não alcance de índices de desempenho, escolha própria, desejo de mudança, falta de apoio financeiro, motivações pessoais, perda de motivação, etc. Segundo o Professor do curso de Administração do IPA, Félix João Rossato Neto, “a idade pode gerar fatores fisiológicos, psicológicos e sociais tanto em relação a queda no desempenho quanto a repensar os valores e os objetivos da sua vida enquanto atleta. Outro fator é a ocorrência de seguidas lesões que também pode levar os atletas ao fim da carreira. É importante que nesse momento seja uma decisão pensada e que possa ser planejada.” Seja qual for o motivo, é necessária a adaptação do atleta a esta nova fase da sua vida, caraterizada por novos vínculos sociais, novas perspectivas profissionais e muitas vezes a prática da atividade física de forma não competitiva.
Vida após a “aposentadoria” O período de transição dentro da carreira esportiva desperta diversos sentimentos e requer estratégias de enfrentamento. Essa fase exige a busca pela autonomia pessoal durante toda a carreira e a consciência sobre formas de investimento, reinvestimento e desligamento dentro e/ou fora da área esportiva. Muitos atletas negligenciam a importância desta preparação, principalmente os considerados “celebridades” dentro de suas modalidades pois acreditam que a notoriedade irá resolver todas as questões. O sucesso de um ex-atleta não está ligado somente ao seu desempenho no período competitivo, mas também ao modo como ele enfrenta o encerramento de sua carreira e ingressa em uma nova fase da vida, agora como gestor de sua própria marca, ou em um novo ramo profissional. O fato de muitos ex-atletas não
obterem sucesso pós-aposentadoria pode estar relacionado desde aos conflitos para a realização da prática até a falta de planejamento de suas carreiras. “O apoio da família, amigos e clubes é fundamental durante toda a trajetória esportiva, facilitando ou não o término da carreira. O sucesso na transição de carreira esportiva está relacionado a procura pela autonomia pessoal durante a carreira esportiva e a consciência sobre formas de investimento, renúncias e perdas dentro e/ou fora da área esportiva. Alguns atletas não percebem a importância desta preparação, pois pensam que o seu sucesso no esporte será automaticamente deslocado para outras atividades depois da ‘aposentadoria’ enquanto atleta”, destaca Félix. E para encerrar, o professor dá a dica para os que estão passando ou ainda irão passar pelo processo de transição: “o atleta pode buscar desenvolver atividades paralelas à prática esportiva, por se tratar de uma estratégia facilitadora para o término da carreira e adaptação a uma nova atividade não esportiva. Planejar essa transição é fundamental, seja buscando: retorno aos estudos, maior dedicação à família, inserção em outros grupos sociais, entre outros”. Colabou nesta matéria o professor do curso de Administração do Centro Univeresitário Metodista do IPA, Félix João Rossato Neto.
corrida
Confira os vencedores:
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etapa Porto Alegre da Track & Field Run Series reuniu, no dia 15 de setembro, cerca de 1.500 atletas. Os participantes se divertiram e participaram ativamente do evento antes, durante e após a corrida, podendo desfrutar de uma ampla infra-estrututra montada no pátio do Shopping Iguatemi.
10Km Masculino 1 - Dalvane dos Santos - 33min06s >> 2 - Gabriel Picarelli - 33min58s 3 - Clayton de Melo Rodrigues - 35min36s >> 4 - Marcelo do Canto Zysko - 36min45s >> 5 - André Senna Trindade - 37min12s
10Km Feminino 1 - Marizete da Veiga Medeiros - 40min04s >> 2 - Cínthia Paes 45min05s >> 3 - Tamara Aderneuer - 45min45s >> 4 - Noeli da Silva Favero - 46min33s >> 5 - Ângela Sturzrbecher - 46min56s
5Km Masculino 1 - Yuri Fajardo - 16min56s >> 2 - Bruno da Rocha Berger - 16min59s 3 - Tauro Susin Bonorino - 17min46s >> 4 - Felipe Garcez Costa 16min49s >> 5 - Marcos Amaral - 17min58s
5Km Feminino 1 - Ingrith Nascimento Barbosa - 18min36s >> 2 - Carla Eliete dos Santos - 20min54s >> 3 - Rita Abero - 21min25s >> 4 - Leda Sallete Ferri Nascimento - 21min45s >> 5 - Meri Cataneo - 22min37s
Fotos: Christiano Cardoso
Track & Field Run Series
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Nova Vida
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Você sabe como a cocaína/ crack agem no organismo?
lá, leitores da Transpire! Hoje vou explicar um pouco mais como o crack e a cocaína agem em no nosso corpo. Muita gente me pergunta como uma pessoa pode perder tanto o controle de sua vida por causa de uma substância tão pequena, do tamanho de uma pedrinha de cascalho, ou então um pó muito parecido com farinha. Falo, especificamente, do crack e de sua versão mais cara: a cocaína. Vale salientar que o crack é cocaína, porém o processo de fabricação e inalação são distintos, como veremos a seguir. Vou abordar essas duas drogas tendo em vista que são as com maior poder de dependência ao lado do álcool. Porém sobre o álcool vou tratar em outra oportunidade. A cocaína é uma substância extraída da América Latina, muito conhecida como coca. As plantações de coca surgiram na antiguidade e eram cultivadas por índios nativos que até hoje conservam os costumes e utilizam a folha de coca para uso medicinal e religioso. Em 1884 Freud publicou o livro Über Coca, no qual ele recomendava a cocaína para tratar diversas doenças, entre elas a depressão, nervosismo, dependência de morfina, alcoolismo e doenças digestivas Nesta mesma época, a cocaína era comercializada em forma de bebida pela Coca-Cola, que manteve a substância em sua fórmula até 1906. A década de 80 também foi responsável pelo surgimento de um subproduto da cocaína, que ficou conhecido como crack, atingindo um extrato social e uma faixa etária mais baixa. Sua utilização provoca efeitos devastadores no organismo, uma euforia de grande magnitude e curta duração, com intensa fissura e síndrome de urgência para repetir a dose. Pelo seu baixo preço, agregou facilmente novos consumidores. Além disso, o que facilita muito sua ampla comercialização é o fato dela poder ser consumida de diversas formas: a cocaína utilizada em pó tem uma ação lenta, pois a metabolização pelo trato digestivo tem o pico plasmático somente entre 15 minutos após o consumo. Pela via inalada (forma de crack), a atuação é devastadora pela via na qual ela chega à corrente sanguínea. 18
Texto : Cristiano Fetter Antunes - Educador Físico
Ao ser inalada, a fumaça e os vapores são compostos por diversas partículas de cocaína que chegam rapidamente aos alvéolos e tomam toda sua extensão, após isto ela entra em contato com a circulação pulmonar, vai para o ventrículo esquerdo e chega a cérebro através da circulação pulmonar. Toda esta troca demora em torno de 5 segundos. Logo após concluir seu caminho, a cocaína é rapidamente metabolizada, sento excretada em até 24 horas. Esta rápida e intensa duração da cocaína no organismo leva os usuários a se tornarem dependentes, seja qual for a forma na qual a cocaína é administrada. Isto é explicado pela maneira como esta droga age, pois ao agir no SNC ela acaba aumentando a recaptação de noradrenalina e seratonina, o que leva ao comportamento de “luta ou fuga”, onde o indivíduo fica com a pupila dilatada, há um aumento da pressão arterial e da sudorese, por isso ficam tão eufóricos e propensos a atitudes hostis. Nesta mesma linha, o indivíduo necessita, cada vez mais, aumentar a dose da droga para sentir os mesmos efeitos, isto é explicado pela adaptação do organismo aquele estímulo. Por isso, muitas vezes quando o sujei-
to quer largar o uso, ele sente o “craving” ou “fissura” devido ao seu organismo pedir mais da substância. Para se ter idéia do que isso significa, os cientistas apontam o orgasmo como maior forma de prazer do ser humano, onde são liberadas diversas substâncias que geram prazer, porém o que ocorre no organismo ao se utilizar o crack é aproximadamente nove vezes mais intenso do que o orgasmo, isso seria como dizer que o crack gera 900% de prazer, por isso basta apenas uma pedra para se tornar dependente. E o usuário fica tão refém da droga que faz qualquer coisa para ter mais dessa substância, por isso tantos roubam, matam, traficam, vendem os próprios filhos, se prostituem e por ai vai. Mas existe saída para quem entrou neste mundo? SIM!!! Na próxima edição falamos de como o exercicio pode beneficiar o dependente a levar uma vida sóbria, sem utilizar mais essas substâncias. Espero que tenham gostado. Até a próxima, bons treinos!!! Para saber mais sobre o Projeto Nova Vida e como ajudar na sua continuidade entre em contato com a Transpire através do e-mail contato@transpire.com.br
Garantia de sucesso!
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Fotos: Guto Oliveira/Transpire
rocurando alçar voos maiores em sua carreira, o Educador Físico, Especialista em Musculação e Treinamento de Força, Daniel Berton lançou no dia 17 de setembro a DB Endurance Assessoria Esportiva. Durante o coquetel realizado na loja Win Sports da Souza Reis foram apresentados aos alunos, apoiadores e convidados os novos uniformes da equipe. Quer saber mais sobre a DB Endurance acesse www.dbassessoriaesportiva.com.br ou entre em contato pelo e-mail contato@dbassessoriaesportiva.com.br
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