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Editorial

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Prémio

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Paulo Paiva

Presidente da Direção

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Em outubro vamos retomar o “normal” com a realização, a 29 e 30, do Congresso da APAT, com o tema: Disrupção do Sistema Logístico. “Normalmente” contamos com a presença de todos os associados, sem os quais o Congresso não faz sentido. Preparámos dois dias intensos, merecedores da vossa presença e participação.

Num primeiro debate, começaremos por abordar a resiliência da cadeia logística fomentando a discussão sobre os impactos da Covid, a escalada de preços no transporte, escassez de contentores, concorrência e sustentabilidade.

Prosseguiremos para uma conversa norteada pelo tema da relação entre logística e tecnologia, digitalização, informatização, crimes cibernéticos e e-commerce. E finalizaremos com a relação das Pessoas com a “Nova Logística”, com temas como o teletrabalho, motivação, formação, adaptação a nova realidade, gestão de equipas e novos negócios.

Sempre foi um objetivo da APAT possibilitar que todas as empresas associadas estejam informadas e atualizadas sobre matérias de todos os quadrantes do conhecimento. Queremos dotar os gestores dos Transitários de conhecimentos que lhes permitam tomar decisões ou ter um tempo de reação rápido devidamente suportado, para minimizar impactos na própria empresa. Por isso considero que o nosso/vosso congresso é o evento onde todos devem estar.

No panorama logístico nacional temos investimentos por iniciar e em curso. Há um investimento fundamental que tem de ser retirado de lume brando! Falo, claro, da infraestrutura para a carga aérea. Obviamente estreitamente ligada à modernização aeroportuária em Portugal.

Na APAT acreditamos que é preciso um novo aeroporto, e que a sua localização tem de ser adequada e ajustada a vários fatores, sendo a carga aérea um deles e porventura um dos mais importantes. Qualquer decisão que não considere a importância da carga aérea para a sustentabilidade do próprio aeroporto, é uma má decisão, ponto.

Quaisquer dúvidas sobre esta afirmação, poderão ser esclarecidas por quem atente ao suporte que o transporte aéreo tem dado ao comércio internacional, mantendo a funcionar milhares de empresas que sofreram impactos monstruosos provocados pela incapacidade de resposta do transporte marítimo.

Sim, é certo que é uma situação conjuntural, mas o facto é que os países que melhores políticas de investimento mantiveram, fomentando e incentivando o transporte aéreo, são também os que melhor conseguem recuperar da conjuntura degradada por dois anos de pandemia, porque integram cadeias globais de alto valor – GVC.

Atrevo-me a dizer que a principal função de um aeroporto é proporcionar conetividade. Existem estudos que demonstram que o incremento de conetividade na carga aérea está associado ao incremento do total de exportações e importações. Os países com melhor conetividade na carga aérea conseguem gerar mais transações comerciais em termos de valor.

O objetivo de alavancarmos cadeias de alto valor – GVC – em Portugal, assentes na criação de condições logísticas, tem de ser intrínseco a qualquer programa político que tenha ambição e demonstre capacidade para governar o país. Apesar do que se possa pensar, a crise espoletada pela pandemia quase não afetou as cadeias de alto valor (GVC) já existentes. É mais expectável que afete o design de novas GVC. E nós temos de estar preparados para conseguirmos a nossa quota- -parte de participação nessa riqueza gerada a nível global.

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