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JUNKSPACE COMO CONDIÇÃO
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Mecanismos Incorporadores Lanterna (auxiliares)
sociedade contemporânea; sociedade contemporânea; racionalidade tecnológica; racionalidade tecnológica; hipermodernidade. hipermodernidade. mecanismos incorporadores mecanismos incorporadores lanterna (auxiliadores) lanterna (auxiliadores)
JUNKSPACE COMO CONDIÇÃO JUNKSPACE COMO CONDIÇÃO
Um território perigoso mas, ao mesmo tempo, esclarecedor, esse fragmento está imerso em reflexão social, teoria crítica, desvios revolucionários, pessimismo e ironia contemporâneos. Perigoso, pois desvela um monstro, criado por nós mesmos, que insistimos em escamotear em baixo da cama; mas esclarecedor por justamente deixalo à mostra, à vista. Nossa criação mais artificial: a postura da racionalidade tecnológica perante o mundo e a vida. Esse ato de desvelamento é conduzido por um grupo de pensadores que acompanham a caminhada proposta nesta tese. Um entrelaçamento em uma contaminação de questões colocadas por cada um deles, em diferentes momentos e contextos históricos. Uma espécie de raio-X de um desenvolvimento histórico em andamento. Uma condição urbana contemporânea, onde se aproximam Herbert Marcuse (1964 nos Estados Unidos), Roland Corbisier (1966 no Brasil), Guy Debord (1967 na França), Rem Koolhaas (2001 no “mundo genérico”) e Gilles Lipovetsky (2004 na França). Uma condição urbana onde o Trapeiro estabelece seu território de uso e apropriação: o Junkspace é seu território; não por merecimento ou mérito, mas sim por reflexão e conscientização da condição social construída a sua volta. Uma condição que vem desde a apatia do Blasé simmeliano como proteção ao choque da modernidade do início do séc. XX; ao encontro de alguma humanidade, ainda assim alienadora, no trabalho e na unidimensionalidade de Marcuse; passando pela transformação e sacralização das representações imagéticas da espetacularização social e urbana vislumbrada por Debord nas vidas e desejos da sociedade do consumo; chegando até a consolidação e perpetuação dos espaços genéricos e “lixo” desenhados conceitualmente nos textos de Koolhaas, lançados em alta velocidade para dentro do séc. XXI, abrindo um fértil campo para a hipermodernidade de Lipovetsky. Com esse raio-X em mãos, a caminhada proposta ganha em qualidade reflexiva. Percorrer o território contemporâneo complexo da Cidade com o auxílio desse “mapa” crítico amplia no corpo a possibilidade de percepção desta realidade árida e dissimulada em que habitamos. Pois, se habitamos uma Cidade repleta de Junkspace, e, segundo Koolhaas, o Junkspace é a soma de todos os nossos êxitos com a modernização, nada mais “promissor” que assumir o Trapeiro e recolher todos eles e estabelecer suas resignificações. Já que o Junkspace é nossa condição, e essa é uma constituição que parece ser irreversível, não há razões para nega-la, melhor assumi-la e incorporar o Trapeiro. Mas volto a salientar, não é uma condição social e humana desejada subjetivamente. É uma condição perversa, opressiva e alienadora. A possibilidade é, enfim, subverte-la com a incorporação do Trapeiro. Até por isso, o mapa a seguir não é de fácil manuseio, é pouco “útil”. Desmancha com o uso. “A cidade moderna está morta, vítima da utilidade.” (Constant In. JACQUES, 2013, p. 11)
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A Cidade das racionalidades tecnológicas, da sociedade eficiente, da apologia à utilidade, das conquistas da razão e da objetividade sobre o corpo e a subjetividade dos indivíduos, do egocentrismo e individualismo impactante sobre a alteridade, a dialética, a co-existência. Cidade do urbanismo estratégico, das Smart Cities, da pacificação dos dissensos, da anestesia e homogeneização do sujeito, do aplanamento do viver no tempo irreversível, sempre à frente. Cidade dos espaços luminosos, estriados e determinados. Cidade-monstro criada por nós mesmos, desejadas por nossa objetividade, cientificidade, racionalidade, tecnicidade, artificialidade.
Como já tantas vezes dito, a modernização industrial da Cidade de Baudelaire passa e deixa rastros, abandona restos. A Cidade-monstro da hipermodernização tecnológica também deixa seus restos, seus trapos, seus dejetos: os Junkspaces. O Trapeiro moderno recolheu os trapos naquele momento e agora o Trapeiro contemporâneo também pode fazer o mesmo. Naquela ocasião o Trapeiro apropriou-se, como lanterna para percorrer os caminhos sombrios da modernização industrial, das letras da poesia de Baudelaire e da filosofia de Benjamin; no século XXI, o Trapeiro Contemporâneo apropria-se da lanterna-mapa com o reconhecimento das características distendidas no tempo do Junkspace, nossa condição contemporânea hipermoderna. SIMMEL, Georg. Die Großstädte und das Geistesleben. In. Jahrbuch der Gehe-Stiftung Dresden, HRSG. von Th. Petermann, v. 9, 1903, p. 185-206. MARCUSE, Herbert. One-dimensional man. Studies in the ideology of advanced industrial society. Boston: Beacon Press, 1964. CORBISIER, Roland. Introdução ao Metafilosofia. In. LEFEBVRE, Henri. Metafilosofia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967, p. 01-55. DEBORD, Guy. La société du spectacle. Paris: Buchet-Chastel, 1967. KOOLHAAS, Rem. Junkspace. In. AAVV. Harvard Design School Guide to Shopping. Colónia: Taschen, 2001, p. 408-422.
Capas das 1ª edições dos livros mencionados. Da esq. p/ dir. e de cima p/ baixo: SIMMEL, 1903; MARCUSE, 1964 e CORBISIER, 1967. DEBORD, 1967; KOOLHAAS, 2001 e LIPOVETSKY, 2004.
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LIPOVETSKY, Gilles. Les temps hypermodernes. Paris: Éditions Grasset, 2004.
“No ambiente tecnológico, a cultura, a política e a economia se fundem num sistema onipresente que engolfa ou rejeita todas as alternativas. O potencial de produtividade e crescimento desse “A sociedade se reproduz num crescente conjunto técnico de coisas e relações que inclui a sistema estabiliza a sociedade e contém o progresso técnico dentro da estrutura de dominação.” utilização técnica do homem – em outras palavras, a luta pela existência e a exploração do (MARCUSE, 1979, p. 19) homem e da natureza se tornaram cada vez mais científicas e racionais.” (MARCUSE, 1979, p. 143-4) “Uma falta de liberdade confortável, suave, razoável e democrática prevalece na civilização industrial desenvolvida, um testemunho de progresso técnico. De fato, o que poderia ser mais “Poder-se-á ainda insistir em que a maquinaria do universo tecnológico é, <como tal>, indiferente racional do que a supressão da individualidade na mecanização de desempenhos socialmente aos fins políticos. (...) quando a técnica se torna a forma universal de produção material, necessários, mas penosos?” (MARCUSE, 1979, p. 23) circunscreve toda uma cultura; projeta uma totalidade histórica – um <mundo>.” (MARCUSE, 1979, p. 150) “Substituir uma cultura material e intelectual por outra mais produtiva e racional.” (MARCUSE, 1979, p. 23) “A sociedade unidimensional em desenvolvimento altera a relação entre o racional e o irracional. Contrastado com os aspectos fantásticos e insanos de sua irracionalidade, o reino do irracional se torna o lar do realmente racional. Se a sociedade estabelecida controla toda comunicação “O aparato [a racionalidade tecnológica] impõe suas exigências econômicas e políticas para a normal, validando-a ou invalidando-a de conformidade com as exigências sociais, então os valores defesa e a expansão ao tempo de trabalho e ao tempo livre, à cultura material e intelectual. Em estranhos a essas exigências podem talvez não ter qualquer outro meio de comunicação a não ser virtude do modo pelo qual organizou a sua base tecnológica, a sociedade industrial contemporânea o meio anormal da ficção. A dimensão estética ainda conserva uma liberdade de expressão que tende a tornar-se totalitária.” (MARCUSE, 1979, p. 24) permite ao escritor e ao artista chamar os homens e as coisas por seus nomes – dar nomes ao que seria de outro modo inominável.” (MARCUSE, 1979, p. 227)
“Em todas as sociedades anteriores às nossas, técnica era um ingrediente, um elemento, “Aplanamento do contraste (ou conflito) entrea as necessidades dadas e as possíveis, entre de as um contexto em função de1979, valores não técnicos, religiosos, políticos, estéticos, satisfeitas e asestruturado insatisfeitas.” (MARCUSE, p. 29) militares, etc. Na sociedade contemporânea, ou melhor, nos países que estão na vanguarda do desenvolvimento, a técnica deixou de ser um conteúdo e passou a ser continente, a força configuradora da estruturacom social. a ciência quanto a arte, para falar naindustrial religião, “Defrontamos novamente umTanto dos aspectos mais perturbadores da não civilização estão dominadas pela técnica que, de identificar-se com a indústria ou29) a máquina, tende desenvolvida: o caráter racional de longe sua irracionalidade.” (MARCUSE, 1979, p. a invadir e a dominar todos os setores, todas as esferas da atividade humana.” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 30) “Há apenas uma dimensão, que está em toda parte e tem todas as formas.” (MARCUSE, 1979, p. 31) “Ora, que é a técnica? Uma exigência de racionalização, de perfeita adequação entre os meios e fins, um aperfeiçoamento crescente dos meios, dos instrumentos, dos métodos, dos processos, “A Consciência Feliz – a crença emMas, queserá o real seja racional e emouque sistemaenigmático, entrega as uma exigência de eficácia, portanto. a técnica apenas isso, um oprocesso mercadorias – reflete o novo conformismo, que é na uma faceta da ambíguo e contraditório que, embora consistindo exigência de racionalidade racionalização,tecnológica suscita as traduzida em comportamento social.” (MARCUSE, 1979, p. 92) (...) a técnica se tornou o <valor mais terríveis contradições e os mais estarrecedores absurdos? supremo>, escreve Lefebvre, e tudo o que não é técnico tende a ser reduzido à técnica, tecnificado.” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 30) “Se a racionalidade que progride na sociedade industrial desenvolvida tende a liquidar, como uma <pausa irracional>, os elementos perturbadores do Tempo e da Memória, tende também a liquidar a racionalidade perturbadora contida nessa pausa irracional.” (MARCUSE, 1979, p. 104)
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“Neste sentido, as necessidades humanas são necessidades históricas e, no quanto a sociedade exija o desenvolvimento repressivo do indivíduo, as próprias necessidades individuais e o direito “Ao reduzir e até cancelar o espaço romântico da imaginação, a sociedade forçou a imaginação a destas à satisfação ficam sujeitos a padrões críticos predominantes.” (MARCUSE, 1979, p. 26) se experimentar em novos terrenos, nos quais as imagens são traduzidas em aptidões e projetos históricos. A tradução será tão má e deformada quanto a sociedade que a empreende. Separada do reino mais da produção e das necessidades a imaginação é mero jogo. Inválida “Quanto racional,material produtiva, técnica e total se materiais, torna a administração repressiva da sociedade, no reino da necessidade e comprometida apenas com uma lógica e uma verdade fantástica.” tanto mais inimagináveis se tornam os modos e os meios pelos quais os indivíduos administrados (MARCUSE, 1979,sua p. 228-9) poderão romper servidão e conquistar sua própria libertação.” (MARCUSE, 1979, p. 28)
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Capas das 1ª edições dos livros mencionados. Da esq. p/ dir. e de cima p/ baixo: SIMMEL, 1903; MARCUSE, 1964 e CORBISIER, 1967. DEBORD, 1967; KOOLHAAS, 2001 e LIPOVETSKY, 2004.
edadeicLIPOVETSKY, os a otnauq Gilles. on ,e sLes acirtemps ótsih shypermodernes. edadissecen oãParis: s sanaÉditions muh sedGrasset, adissece2004. n sa ,oditnes etseN“ otierid o e siaudividni sedadissecen sairpórp sa ,oudívidni od ovisserper otnemivlovnesed o ajixe )62 .p ,9791 ,ESUCRAM( ”.setnanimoderp socitírc seõrdap a sotiejus macfi oãçafsitas à satsed ,edadeicos ad avisserper oãçartsinimda a anrot es latot e acincét ,avitudorp ,lanoicar siam otnauQ“ sodartsinimda soudívidni so siauq solep soiem so e sodom so manrot es sievánigamini siam otnat )82 .p ,9791 ,ESUCRAM( ”.oãçatrebil airpórp aus ratsiuqnoc e oãdivres aus repmor oãredop sa ertne ,sievíssop sa e sadad sedadissecen sa ertne )otiflnoc uo( etsartnoc od otnemanalpA“ )92 .p ,9791 ,ESUCRAM( ”.satiefsitasni sa e satiefsitas lairtsudni oãçazilivic ad serodabrutrep siam sotcepsa sod mu moc etnemavon somatnorfeD“ )92 .p ,9791 ,ESUCRAM( ”.edadilanoicarri aus ed lanoicar retárac o :adivlovnesed .p ,9791 ,ESUCRAM( ”.samrof sa sadot met e etrap adot me átse euq ,oãsnemid amu sanepa áH“ )13
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“O que há de novo e de decisivo nesse processo, parece-nos ser a universalidade e a irreversibilidade do fenômeno tecnológico. Universalidade em dois sentidos: o primeiro, já mencionado, consiste “A sociedade se reproduz num crescente conjunto técnico de coisas e relações que inclui a na tecnificação de todas as esferas da existência humana, economia, administração, política, utilização técnica do homem – em outras palavras, a luta pela existência e a exploração do educação, cultura, lazeres, esportes, etc.; o segundo, consiste no que se poderia chamar de homem e da natureza se tornaram cada vez mais científicas e racionais.” (MARCUSE, 1979, p. imperialismo tecnológico, isto é, a conquista do mundo tudo, de todos os seus continentes e 143-4) regiões, pelo mesmo processo, tal como se acha instaurado nos países altamente desenvolvidos. Irreversibilidade, quer dizer, impossibilidade de voltar atrás, ou sequer de deter o processo ou alterar a direção que lheem é própria. A técnicadoé universo indestrutível, a não é, ser<como pela própria técnica.” “Poder-se-á ainda insistir que a maquinaria tecnológico tal>, indiferente (Roland LEFEBVRE, p. 30) aos fins Corbisier políticos.In. (...) quando a1967, técnica se torna a forma universal de produção material, circunscreve toda uma cultura; projeta uma totalidade histórica – um <mundo>.” (MARCUSE, 1979, p. 150) “A técnica tende, como dissemos, a mundializar-se e a tornar-se totalidade. Ocorre que o mundo construído pela técnica é o mundo pletórico de utensílios, de objetos, de máquinas, de processos, de sociedade métodos, unidimensional de fórmulas, deem receitas, de meios, enfim. o mundo nooqual a visão dos fins é “A desenvolvimento altera aÉrelação entre racional e o irracional. bloqueada e com obscurecida pelafantásticos proliferação indefinida meios, o mundoono qualdo osirracional meios se Contrastado os aspectos e insanos de dos sua irracionalidade, reino tornam fins.” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 31) se torna o lar do realmente racional. Se a sociedade estabelecida controla toda comunicação normal, validando-a ou invalidando-a de conformidade com as exigências sociais, então os valores estranhos a essas exigências podem talvez não ter qualquer outro meio de comunicação a não ser “Algo no homem, porém, parece subsistir ou resistir, alguma coisa que não é totalmente o meio anormal da ficção. A dimensão estética ainda conserva uma liberdade de expressão que assimilada pela técnica, reduzida ou tecnificada. Que resite? A poesia, talvez, o sexo, o drama, a permite ao escritor e ao artista chamar os homens e as coisas por seus nomes – dar nomes ao que emoção, o olhar da criança, o gesto gratuito de entrega e de amor. Mas, parece também subsistir seria de outro modo inominável.” (MARCUSE, 1979, p. 227) e resistir o que temos chamado de espírito, que se recusa a coincidir, que se obstina em emergir, em transcender o dado, em negá-lo, no exercício da atividade que lhe é própria, a negatividade radical, infinita.” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 33) a sociedade forçou a imaginação a “Ao reduzir e até cancelar o espaço romântico da imaginação, se experimentar em novos terrenos, nos quais as imagens são traduzidas em aptidões e projetos históricos. A tradução será tão má e deformada quanto a sociedade que a empreende. Separada “Quanto mais a técnica nos envolve, nos oprime, nos sufoca, mais se aguça e intensifica em nós do reino da produção material e das necessidades materiais, a imaginação é mero jogo. Inválida essa necessidade de respirar além dos limites da técnica, dando vazão à angústia que a técnica no reino da necessidade e comprometida apenas com uma lógica e uma verdade fantástica.” suscita ou agrava, mas não é capaz de aplacar. Acuado, por todos os lados ameaçado, que pode (MARCUSE, 1979, p. 228-9) o homem fazer para libertar-se senão exercer a liberdade do espírito em função de um projeto do homem que o processo tecnológico parece ameaçar?” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 33)todas as sociedades anteriores às nossas, a técnica era um ingrediente, um elemento, de “Em um contexto estruturado em função de valores não técnicos, religiosos, políticos, estéticos, militares, etc. Na sociedade contemporânea, ou melhor, nos países que estão na vanguarda “Tal nos parece ser o sentido profundo do filosofar ou a exigência de que resulta. Sem dúvida, do desenvolvimento, a técnica deixou de ser um conteúdo e passou a ser continente, a força a liberdade não é uma coisa, mas um processo e, concretamente, uma luta, árdua e difícil. Há configuradora da estrutura social. Tanto a ciência quanto a arte, para não falar na religião, um libertar-se de e um libertar-se para. E, se queremos libertar o homem de tudo aquilo que o estão dominadas pela técnica que, longe de identificar-se com a indústria ou a máquina, tende oprime e aliena, para que o queremos libertar? Para libertá-lo, simplesmente. Para que, uma a invadir e a dominar todos os setores, todas as esferas da atividade humana.” (Roland Corbisier vez livre, use livremente da sua liberdade. Nesse sentido, há uma perenidade, não da filosofia, In. LEFEBVRE, 1967, p. 30) propriamente, mas do filosofar.” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 55)
como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação.” (DEBORD, 1997, p. 13)
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“Ora, que é a técnica? Uma exigência de racionalização, de perfeita adequação entre os meios e “Essa vontade de modernização e de unificação do espetáculo, ligada a todos os outros aspectos fins, um aperfeiçoamento crescente dos meios, dos instrumentos, dos métodos, dos processos, da simplificação da sociedade, levou em 1989 a burocracia russa a converter-se de repente, como uma exigência de eficácia, portanto. Mas, será a técnica apenas isso, ou um processo enigmático, um só homem, à presente ideologia da democracia: isto é, à liberdade ditatorial do mercado, ambíguo e contraditório que, embora consistindo na exigência de racionalização, suscita as temperado pelo reconhecimento dos direitos do homem espectador.” (DEBORD, 1997, p. 11) mais terríveis contradições e os mais estarrecedores absurdos? (...) a técnica se tornou o <valor supremo>, escreve Lefebvre, e tudo o que não é técnico tende a ser reduzido à técnica, tecnificado.” (Roland LEFEBVRE, 30) “1. Toda Corbisier a vida dasIn. sociedades nas1967, quaisp.reinam as modernas condições de produção se apresenta
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“O que há de novonão e deédecisivo nesse processo, parece-nos ser a universalidade e apessoas, irreversibilidade “4. O espetáculo um conjunto de imagens, mas uma relação social entre mediada do fenômeno Universalidade em dois sentidos: o primeiro, já mencionado, consiste por imagens.”tecnológico. (DEBORD, 1997, p. 14) na tecnificação de todas as esferas da existência humana, economia, administração, política, educação, cultura, lazeres, esportes, etc.; o segundo, consiste no que se poderia chamar de “10. O conceitotecnológico, de espetáculo unifica e explica uma grandetudo, diversidade de fenômenos aparentes. imperialismo isto é, a conquista do mundo de todos os seus continentes e Suas diversidades e contrastes são as aparências dessa aparência organizada socialmente, que regiões, pelo mesmo processo, tal como se acha instaurado nos países altamente desenvolvidos. deve ser reconhecida sua verdade geral. Considerado de acordo com seus próprios termos,ou o Irreversibilidade, querem dizer, impossibilidade de voltar atrás, ou sequer de deter o processo espetáculo é a afirmação a afirmação de toda vidaa humana – istoprópria é, socialtécnica.” – como alterar a direção que lheda é aparência própria. Aetécnica é indestrutível, não ser pela simples aparência.In. Mas a crítica que atinge (Roland Corbisier LEFEBVRE, 1967, p. 30)a verdade do espetáculo o descobre como a negação visível da vida; como negação da vida que se tornou visível.” (DEBORD, 1997, p. 16) “A técnica tende, como dissemos, a mundializar-se e a tornar-se totalidade. Ocorre que o mundo “12. O espetáculo se apresenta como uma enorme positividade, indiscutível e inacessível. Não construído pela técnica é o mundo pletórico de utensílios, de objetos, de máquinas, de processos, diz nada alémdedefórmulas, <o que aparece é bom, que é bom aparece>. A atitude queapor princípio de métodos, de receitas, deomeios, enfim. É o mundo no qual visão dos finsele é exige é a da aceitação passiva que, de fato, ele já obteve por seu modo de aparecer sem réplica, bloqueada e obscurecida pela proliferação indefinida dos meios, o mundo no qual os meios se por seu monólogo da aparência.” 1997, p. p. 16-7) tornam fins.” (Roland Corbisier In.(DEBORD, LEFEBVRE, 1967, 31) “19. espetáculo herdeiro de toda a fraqueza projetoalguma filosófico ocidental, queéfoitotalmente um modo “AlgoO no homem,é oporém, parece subsistir ou do resistir, coisa que não de compreender a atividade dominado pelas categorias do ver; da mesma forma, eleo se baseia assimilada pela técnica, reduzida ou tecnificada. Que resite? A poesia, talvez, o sexo, drama, a na incessante exibição da racionalidade técnica específica que decorreu desse pensamento. Ele emoção, o olhar da criança, o gesto gratuito de entrega e de amor. Mas, parece também subsistir não realiza a filosofia, filosofizade a realidade. A vida concreta de todosque se se degradou e resistir o que temos chamado espírito, que se recusa a coincidir, obstina em em universo emergir, especulativo.” (DEBORD, 1997, p. 19) no exercício da atividade que lhe é própria, a negatividade em transcender o dado, em negá-lo, radical, infinita.” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, p. 33) “24. O espetáculo é o discurso ininterrupto que a ordem atual faz a respeito de si mesma, seu monólogo laudatório. o auto retratonos do oprime, poder nanos época de sua gestão totalitária das condições “Quanto mais a técnicaÉ nos envolve, sufoca, mais se aguça e intensifica em nós de existência. (...)”(DEBORD, essa necessidade de respirar 1997, além p. dos20) limites da técnica, dando vazão à angústia que a técnica suscita ou agrava, mas não é capaz de aplacar. Acuado, por todos os lados ameaçado, que pode o homem fazer para libertar-se senão exercer a liberdade do espírito em função de um projeto “30. A alienação espectador em favor do objeto contemplado (o que resulta de sua própria do homem que o do processo tecnológico parece ameaçar?” (Roland Corbisier In. LEFEBVRE, 1967, atividade inconsciente) se expressa assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais p. 33) aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua própria existência e seu próprio desejo. Em relação ao homem que age, a exterioridade do espetáculo aparece fato ser de seus próprios gestos do já não serem mas de um outro que osSem representa “Tal nos no parece o sentido profundo filosofar ouseus, a exigência de que resulta. dúvida, por ele. É por isso que o espectador não se sente em casa em lugar algum, pois o espetáculo a liberdade não é uma coisa, mas um processo e, concretamente, uma luta, árdua e difícil.está Há em parte.”de (DEBORD, 1997, p. para. 24) E, se queremos libertar o homem de tudo aquilo que o um toda libertar-se e um libertar-se oprime e aliena, para que o queremos libertar? Para libertá-lo, simplesmente. Para que, uma vez livre, use livremente da sua liberdade. Nesse sentido, há uma perenidade, não da filosofia, “33. O homem separado de seu produto produz, cadaIn. vez mais e com maisp.força, propriamente, mas do filosofar.” (Roland Corbisier LEFEBVRE, 1967, 55) todos os detalhes de seu mundo. Assim, vê-se cada vez mais separado de seu mundo. Quanto mais sua vida se torna seu produto, tanto mais ele se separa da vida.” (DEBORD, 1997, p. 25) “Essa vontade de modernização e de unificação do espetáculo, ligada a todos os outros aspectos da simplificação levou em 1989 a burocracia russada a converter-se de <coisas repente,supracomo “36. O princípioda dosociedade, fetichismo da mercadoria, a dominação sociedade por um só homem, à presente ideologia da democracia: isto é, à liberdade ditatorial do mercado, sensíveis embora sensíveis>, se realiza completamente no espetáculo, no qual o mundo sensível temperado pelo direitos homem espectador.” (DEBORD, 1997, p. 11) é substituído porreconhecimento uma seleção de dos imagens quedoexiste acima dele, e que ao mesmo tempo se fez “1. Toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condições de produção se apresenta “42. espetáculo é o momento que a mercadoria totalmente a vida social. uma Não comoOuma imensa acumulação de em espetáculos. Tudo o queocupou era vivido diretamente tornou-se apenas a relação(DEBORD, com a mercadoria é visível, mas não se consegue ver nada além dela: o mundo representação.” 1997, p. 13) que se vê é o seu mundo. (...)” (DEBORD, 1997, p. 30)
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reconhecer como o sensível por excelência.” (DEBORD, 1997, p. 28)
edadilibisreverri a e edadilasrevinu a res son-ecerap ,ossecorp essen ovisiced ed e ovon ed áh euq O“ etsisnoc ,odanoicnem áj ,oriemirp o :soditnes siod me edadilasrevinU .ocigóloncet onemônef od a iulcni euq seõçaler e sasioc ed ocincét otnujnoc etnecserc mun zudorper es edadeicos A“ ,acitílop ,oãçartsinimda ,aimonoce ,anamuh aicnêtsixe ad sarefse sa sadot ed oãçacfiincet an od oãçarolpxe a e aicnêtsixe alep atul a ,sarvalap sartuo me – memoh od acincét oãçazilitu ed ramahc airedop es euq on etsisnoc ,odnuges o ;.cte ,setropse ,serezal ,arutluc ,oãçacude .p ,9791 ,ESUCRAM( ”.sianoicar e sacfiítneic siam zev adac maranrot es azerutan ad e memoh e setnenitnoc sues so sodot ed ,odut odnum od atsiuqnoc a ,é otsi ,ocigóloncet omsilairepmi )4-341 .sodivlovnesed etnematla sesíap son odaruatsni ahca es omoc lat ,ossecorp omsem olep ,seõiger uo ossecorp o reted ed reuqes uo ,sárta ratlov ed edadilibissopmi ,rezid reuq ,edadilibisreverrI ”e.tancein aiir,p leopc<re,és oocãingóalo,n lecveíttu nu i éodaaciirnacnéituA airapeóurq pm é eeh ãçneiariád-eas-rra recféitdn >ólartpoam orstrseevdin qa.m riltseiu snqi aod erdeotPla“ Eq FEL ,lairetam oãçudorp ed lasrevinu amrof a anrot e)s03ac.pin,c7é6t91a ,EoR dV nB au )....(nI.sroecisitiíblroopC sdnnfialo soRa( ,ESUCRAM( ”.>odnum< mu – acirótsih edadilatot amu atejorp ;arutluc amu adot evercsnucric )051 .p ,9791 odnum o euq errocO .edadilatot es-ranrot a e es-razilaidnum a ,somessid omoc ,ednet acincét A“ ,sossecorp ed ,saniuqám ed ,sotejbo ed ,soilísnetu ed ocirótelp odnum o é acincét alep odíurtsnoc é.lasnnofiicsaord ,seasteiedcm ereeld saisln um róidf iendu e ,sdoaddoetiécm ri ooãesilvanaoilcaaurqooenrto ndenouãm çaloerÉa .am refitn laeo,tsnoeiemmive lodvn an,o em os eAd“ elasnsooiiceam disnofineadsnnii oeãsçoacrietfsiálotn rp sbooc eodaadtaseau b rriso odlaounqieornoo,d en daudmilaon,osiociaerm ri saouds ead afasloetpceapdsicaesroucm rtqnoolC ) 1 3 . p , 7 6 9 1 , E R V B E F E L . n I r e i s i b r o C d n a l o R ( ” . s n fi m a n 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“54. espetáculo, como sociedadede moderna, mesmo tempo unido dividido.mediada Como a “4. OOespetáculo não é uma conjunto imagens,está masaouma relação social entree pessoas, por imagens.” 1997, p. 14)sobre o esfacelamento. Mas a contradição, quando emerge sociedade, ele (DEBORD, constrói sua unidade no espetáculo, é, por sua vez, desmentida por uma inversão de seu sentido; de modo que a divisão é mostrada unitária, ao passo que a unidade é mostrada dividida.” (DEBORD, 1997, p. 37) “10. O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes. Suas diversidades e contrastes são as aparências dessa aparência organizada socialmente, que deve ser reconhecida de em banalização sua verdade geral. de acordo comdo seus próprios termos, o “59. O movimento que, Considerado sob a diversão furta-cor espetáculo, domina espetáculo é a afirmação da aparência a afirmação de todaem vida humana isto que é, social – como mundialmente a sociedade moderna, edomina-a também cada ponto– em o consumo simples aparência. Mas a críticamultiplicou que atinge na a verdade do os espetáculo a negação desenvolvido das mercadorias aparência papéis e oosdescobre objetos acomo escolher. (...) à visível da dócil vida; como da vida que se atornou (DEBORD, 1997, p.isso 16)mostra que a aceitação do quenegação existe pode juntar-se revoltavisível.” puramente espetacular: própria insatisfação tornou-se mercadoria, a partir do momento em que a abundância econômica foi capaz de estender sua produção até o tratamento dessa matéria-prima.” (DEBORD, 1997, p. “12. O espetáculo se apresenta como uma enorme positividade, indiscutível e inacessível. Não 39-40) diz nada além de <o que aparece é bom, o que é bom aparece>. A atitude que por princípio ele exige é a da aceitação passiva que, de fato, ele já obteve por seu modo de aparecer sem réplica, por seu da aparência.” (DEBORD, p. 16-7) da sociedade tende a perder-se na “142. A monólogo história que está presente em toda1997, a profundeza superfície. O triunfo do tempo irreversível é também sua metamorfose em tempo das coisas, porque a arma da sua vitória foi precisamente a produção em série dos objetos, segundo as leis “19.mercadoria. O espetáculo(...) é ooherdeiro de todaanterior a fraqueza do projeto filosófico que foi de umtempo modo da tempo cíclico havia sustentado uma ocidental, parte crescente de compreender a atividade dominado categorias do ver; da mesma forma, ele se baseia histórico vivido por indivíduos e grupos;pelas agora, a dominação do tempo irreversível da produção na incessante exibiçãosocialmente da racionalidade técnica específica que decorreu vai tender a eliminar esse tempo vivido.” (DEBORD, 1997, p. desse 99) pensamento. Ele não realiza a filosofia, filosofiza a realidade. A vida concreta de todos se degradou em universo especulativo.” (DEBORD, 1997, p. 19) “147. O tempo da produção, o tempo-mercadoria, é uma acumulação infinita de intervalos equivalentes. É a abstração do tempo irreversível, e todos os segmentos devem provar pelo “24. O espetáculo é o igualdade discurso ininterrupto a ordem atual fazp.a103) respeito de si mesma, seu cronômetro sua mera quantitativa.que (...)”(DEBORD, 1997, monólogo laudatório. É o auto retrato do poder na época de sua gestão totalitária das condições de existência. (...)”(DEBORD, 1997, p. 20) “154. (...) o tempo da sobrevivência moderna deve, no espetáculo, tanto mais vangloriar-se quanto menor for seu valor de uso. A realidade do tempo foi substituída pela publicidade do tempo.” “30. A alienação do106) espectador em favor do objeto contemplado (o que resulta de sua própria (DEBORD, 1997, p. atividade inconsciente) se expressa assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua própria existência e seu próprio desejo. Emorelação ao homem queuma age,técnica a exterioridade do espetáculo “169. A sociedade que modela tudo que a cerca construiu especial para agir sobre aparece fato de seusa próprios gestoso já não serem seus, mas de um outro os representa o que dánosustentação essas tarefas: próprio território. O urbanismo é a que tomada de posse por ele. É por natural isso queeohumano espectador não se sente em casa lugar algum, o espetáculo está do ambiente pelo capitalismo que, aoem desenvolver suapois lógica de dominação em toda parte.” p. 24) absoluta, pode e(DEBORD, deve agora1997, refazer a totalidade do espaço como seu próprio cenário.” (DEBORD, 1997, p. 112) “33. O homem separado de seu produto produz, cada vez mais e com mais força, todos os detalhes de seuAmundo. Assim,capitalista vê-se cadasatisfeita vez mais pelo separado de seu mundo. Quanto mais suada vida se torna “170. necessidade urbanismo, como glaciação visível vida, pode seu produto, –tanto maisaele se separa da vida.” (DEBORD, p. 25) se expressar segundo terminologia hegeliana – como a1997, predominância absoluta da <pacífica coexistência do espaço> sobre <o inquieto devir na sucessão do tempo>.” (DEBORD, 1997, p. 113)
“O Junkspace é o resíduo que a humanidade deixa sobreocupou o planeta. O produto construído da “42. O espetáculo é o momento em que a mercadoria totalmente a vida social. Não modernização não é a aarquitetura Junkspace.”ver (KOOLHAAS, 69) apenas a relação com mercadoriamoderna, é visível, mas mas antes não seo consegue nada além 2010, dela: op.mundo que se vê é o seu mundo. (...)” (DEBORD, 1997, p. 30)
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“36. O princípio do fetichismo da mercadoria, a dominação da sociedade por <coisas suprasensíveis embora sensíveis>, se realiza completamente espetáculo, no qual o mundo sensível “Porque detestamos o utilitário, condenamo-nos a umano imersão por toda a vida no arbitrário...” é substituído por uma seleção de imagens que existe acima dele, e que ao mesmo tempo se fez (KOOLHAAS, 2010, p. 69) reconhecer como o sensível por excelência.” (DEBORD, 1997, p. 28)
eadad bis,rseavoesrsreipa eeretd soun-seacm er,aspn,eogsasm ecioerd p eostsneunjn oo vicsim ceudéed idileim naedlialiacsorsevoiãnçualaerreasm oãenovoolunceádteáphseuOq .O 4“ etsisnoc ,odanoicnem áj ,oriemirp o :soditnes siod me edadi)l4a1sr.epv,i7n9U91.o,cDigRóOloBnEcDe(t”o.snneem nei frod gaôm p ,acitílop ,oãçartsinimda ,aimonoce ,anamuh aicnêtsixe ad sarefse sa sadot ed oãçacfiincet an ed ramahc airedop es euq on etsisnoc ,odnuges o ;.cte ,setropse ,serezal ,arutluc ,oãçacude ereanpiatnsoocnesm ddeodtad isr,eovdiudteoddnnau rgmam pq xn e oecaacfi,iénu .0m 1“i e.sestentn ueôsnseof eso ed odu atcsiilu otosilu,coáctiegp ósloenecdetotoiemcn siolacirOep e u q , e t n e m l a i c o s a d a z i n a g r o a i c n ê r a p a a s s e d s a i c n ê r a p a s a o ã s s e t s a r t n o c e s e d a d i s r e v i d s a u .sodivlovnesed etnematla sesíap son odaruatsni ahca es omoc lat ,os ecorp omsem olep ,seõigeSr oo,sosm evi ,aru ocileib r irserseveevrerdI u serceot rspoiorpróertp edsueeds rm euoqceosduroc,asáerdtaod ratrleodvisendoC ed.aladrieligbiesdsaod prm ezs im d ereaudqic,eehdn ad – arn ateAai.canirêpró ap mqrfi ”o.m acoincc–étlaaiciropsó,répotasliep esam oãunh a d,ilvevaíd tuortteseddonãiçéam acrfi inacé rpa aédeohãlçeau oaãçaeréidolu a cráatreeptslae oãçagen a omoc erbocsed o olucátepse od edadrev a)0e3gn i t a e u q a c i t í r c a s a M . a i c n ê r a p a senlaplm .p ,7691 ,ERVBEFEL .nI reisibroC d oRis( )61 .p ,7991 ,DROBED( ”.levísiv uonrot es euq adiv ad oãçagen omoc ;adiv ad levísiv odnum o euq errocO .edadilatot es-ranrot a e es-razilaidnum a ,somessid omoc ,ednet acincét A“ ssed ca,n tuecsdid,snoite,ejbdoadeidvi,tsiosiolípsneem c nautn ,osãoN sse.lceovríp sai neiuleqváím turoendeoacm iróuteolm p od mesoeérpaacienscéotluacleápteopdsíeurOts.n2o1c“ cn a fi mnoeb ,ésoeiu q oe,dm,o ladaod n zeid éelesnofiipsío diropãsriovpaeluaquqedountitoadA nu.> mecoerÉap.m em sabtiéeceecrereadpa,seau luqmor<ófededm,éso téam ,eascsilopiéermmseos lraeucqeroanpaoden d uom 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“O é o quecomo restaadepois da modernização o seu tempo curso, ou mais concretamente “54.Junkspace O espetáculo, sociedade moderna, estáseguir ao mesmo unido e dividido. Como o a sociedade, ele constrói sua unidade sobreestá o esfacelamento. contradição, quando 2010, emerge que se coagula enquanto a modernização em marcha, oMas seu aresíduo.” (KOOLHAAS, p. no espetáculo, é, por sua vez, desmentida por uma inversão de seu sentido; de modo que a 69) divisão é mostrada unitária, ao passo que a unidade é mostrada dividida.” (DEBORD, 1997, p. 37) “A modernização tinha um programa racional: partilhar as bênçãos da ciência, universalmente. “59. O movimento de banalização que, sob a diversão furta-cor O Junkspace é a sua apoteose ou a sua fusão.” (KOOLHAAS, 2010, p. 69-70)do espetáculo, domina mundialmente a sociedade moderna, domina-a também em cada ponto em que o consumo desenvolvido das mercadorias multiplicou na aparência os papéis e os objetos a escolher. (...) à “O Junkspace parece uma aberração, mas é a essência, principal...” (KOOLHAAS, 2010, p. 70) aceitação dócil do que existe pode juntar-se a revolta opuramente espetacular: isso mostra que a própria insatisfação tornou-se mercadoria, a partir do momento em que a abundância econômica foi capaz de estender sua produção até o tratamento dessa matéria-prima.” (DEBORD, 1997, p. “Os arquitetos nunca conseguiram explicar o espaço; o Junkspace é o nosso castigo pelas suas 39-40) mistificações.” (KOOLHAAS, 2010, p. 72) “142. A história que está presente em toda a profundeza da sociedade tende a perder-se na “Junkspace desnutrido, colossal “securit blanket”, monopólio sedução, superfície. =Odemasiado triunfo do maduro, tempo irreversível é também sua metamorfose em tempodedas coisas, emaranhado confuso que funde elevado e mesquinho, público e privado, direito e porque a arma da sua vitória foi precisamente a produção em série dos objetos, segundotorcido, as leis saciado e esfomeado. 2010, p.havia 72) sustentado uma parte crescente de tempo da mercadoria. (...) o (...).”(KOOLHAAS, tempo cíclico anterior histórico vivido por indivíduos e grupos; agora, a dominação do tempo irreversível da produção vai tender a eliminar socialmente esse tempo vivido.” (DEBORD, 1997, p. 99) “Efeito de sua riqueza é uma vacuidade terminal (...).”(KOOLHAAS, 2010, p. 73) “147. O tempo da produção, o tempo-mercadoria, é uma acumulação infinita de intervalos “É um domínio ordem fingida e simulada, um reino de os transformação morfológica. O equivalentes. É adeabstração do tempo irreversível, e todos segmentos devem provar(...) pelo Junkspace não pretende criar perfeição, só interesse.” (KOOLHAAS, 2010, p. 74) cronômetro sua mera igualdade quantitativa. (...)”(DEBORD, 1997, p. 103) “A regurgitação a nova criatividade, em vez de criação, veneramos, apreciamos e adotamos a “154. (...) o tempoé da sobrevivência moderna deve, no espetáculo, tanto mais vangloriar-se quanto manipulação...” (KOOLHAAS, 2010, p. 76) menor for seu valor de uso. A realidade do tempo foi substituída pela publicidade do tempo.” (DEBORD, 1997, p. 106) “O Junkspace despoja-se da arquitetura tal como um réptil muda de pele, e renasce todas as segundas-feiras deque manhã.” (KOOLHAAS, p. construiu 77) “169. A sociedade modela tudo o que2010, a cerca uma técnica especial para agir sobre o que dá sustentação a essas tarefas: o próprio território. O urbanismo é a tomada de posse do ambiente natural e humano pelo capitalismo que, ao desenvolver sua lógica de dominação “Todas as superfícies são arqueológicas, sobreposições de diferentes <períodos>.” (KOOLHAAS, absoluta, pode e deve agora refazer a totalidade do espaço como seu próprio cenário.” (DEBORD, 2010, p. 80) 1997, p. 112) “O Junkspace conhece todas as nossas emoções, todos os nossos desejos.” (KOOLHAAS, 2010, p. 92) “170. A necessidade capitalista satisfeita pelo urbanismo, como glaciação visível da vida, pode se expressar – segundo a terminologia hegeliana – como a predominância absoluta da <pacífica coexistência espaço>unificar sobre <omas inquieto devir na sucessão do tempo>.” (DEBORD, p. 113) “O Junkspace do pretende na realidade divide. Cria comunidades não 1997, a partir de
“Devido à sua débil viabilidade, o Junkspace tem que engolir cada vez mais programas para sobreviver; em breve poderemos fazer qualquer coisa em qualquer lugar, teremos conquistado o “O Junkspace é o resíduo que a humanidade deixa sobre o planeta. O produto construído da lugar.” (KOOLHAAS, 2010, p. 95) modernização não é a arquitetura moderna, mas antes o Junkspace.” (KOOLHAAS, 2010, p. 69)
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interesses comuns ou da livre associação, mas sim de uma estatística idêntica e de uma demografia inevitável, uma teia oportunista de interesses instalados.” (KOOLHAAS, 2010, p. 93) “Porque detestamos o utilitário, condenamo-nos a uma imersão por toda a vida no arbitrário...” (KOOLHAAS, 2010, p. 69)
adoam dienluaioco psmoeãtçoam tse,s,naengraem doim idoeC m.o,sdaiodsisveid p e rotn lerseam muoasaám edeodtanduejincosc amouméoocã,noloulcuáctáetpespeseOO.4.5 4“ egreme odnauq ,oãçidartnoc a saM .otnemalecafse o erbos)4 e1 da.p di,n7u99a1us,DiR órOtB snEoDc( e”.lsen,eegdaam dei ircoops a euq odom ed ;oditnes ues ed oãsrevni amu rop aditnemsed ,zev aus rop ,é ,olucátepse on )73 .p ,7991 ,DROBED( ”.adidivid adartsom é edadinu a euq ossap oa ,airátinu adartsom é oãsivid .setnerapa sonemônef ed edadisrevid ednarg amu acilpxe e acfiinu olucátepse ed otiecnoc O .01“ euq ,etnemlaicos adazinagro aicnêrapa assed saicnêrapa sa oãs setsartnoc e sedadisrevid sauS an,sim odret,oslouircp átóerppsseueosdmroocc-oadtru s .l,e azreilvanaaubs m ee d ao o om ocf a oeãdsroedvairdedaisnbooC au reqg eodãaçd dtin ceehmniovcoem r reOs e.v9e5d“ ucsn–olcaiocoesu,éq om ad moaãt ça-m anrifim a aeatnéeomlulaciádtn omo tsei –oatnoap mu haacdim v eadm otéb ed a oade ,aincrneêdroam pa eadaodãeçiaco msrfi eu psm e à 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é levísreverri opmet od ofnuirt O .eicífrepus siel sa odnuges ,sotejbo sod eirés me oãçudorp a etnemasicerp iof airótiv aus ad amra a euqrop do cfiuósoodlafitn oetetsjourspaoid iem dreethoo )é...o( l.uaciráotedpascereOm.9a1d“ op mm etmeud io etfneeucqse,lractneetd raicpo aom vaahzeruoqiraertfnaaad oo citlceídc oorp aiãeçsuadboersp ealde l,eavm em ;rdevoãoçdan saim iroogdeata,carsoagleap;soodpaunrigmeosdouedíavdiidvnitiaroapreodn d o ísrroefvearm riso pmaedt o iveievropcm iroóctseih elE .otnemasnep ess)9e9d .upe,r7r9o9c1ed,DeRuO qBaEcD fi(íc”e.opdseiva c i n c é t e d a d i l a n o i c a r a d o ã ç i b i x e e t n a s s e c n i a n iv opmet esse etnemlaicos ranimil a rednet iav osrevinu me uodarged es sodot ed atercnoc adiv A .edadilaer a azfiosolfi ,afiosolfi a azilaer oãn )91 .p ,7991 ,DROBED( ”.ovitalucepse solavretni ed atinfini oãçalumuca amu é ,airodacrem-opmet o ,oãçudorp ad opmet O .741“ olep ravorp meved sotnemges so sodot e ,levísreverri opmet od oãçartsba a É .setnelaviuqe 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que édepois urbano urbanidade...seguir Em vez de vida pública, Espaço Público®: o “O Junkspace éreduz o queo resta dana modernização o seu curso, ou mais concretamente que se enquanto em marcha,(KOOLHAAS, o seu resíduo.” (KOOLHAAS, 2010, p. ficacoagula da cidade depois ademodernização se eliminar o está imprevisível...” 2010, p. 96) 69) “Relexe-se, desfrute-se, sinta-se bem. Estamos unidos na anestesia... Porque não podemos tolerar sensações mais fortes? A dissonância? A incomodidade? O bênçãos gênio? AdaAnarquia?...” (KOOLHAAS, “A modernização tinha um programa racional: partilhar as ciência, universalmente. O Junkspace 2010, p. 98)é a sua apoteose ou a sua fusão.” (KOOLHAAS, 2010, p. 69-70) “Tempo contra Tempo, a sociedade hipermoderna.” 2004) “O Junkspace parece umaou aberração, mas é a essência, o (LIPOVETSKY, principal...” (KOOLHAAS, 2010, p. 70) “Rápida expansão do conseguiram consumo e das comunicações massa; enfraquecimento normas “Os arquitetos nunca explicar o espaço;de o Junkspace é o nosso castigodas pelas suas autoritárias e (KOOLHAAS, disciplinares;2010, surto de individualização; consagração do hedonismo e do mistificações.” p. 72) psicologismo; perda da fé no futuro revolucionário; descontentamento com as paixões políticas e as militâncias – era mesmo preciso dar um nome à enorme transformação que se desenrolava “Junkspace = demasiado desnutrido, blanket”, de primeira sedução, no palco das sociedadesmaduro, abastadas, livres do colossal peso das“securit grandes utopiasmonopólio futuristas da emaranhado confuso que funde elevado e mesquinho, público e privado, direito e torcido, modernidade.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 52) saciado e esfomeado. (...).”(KOOLHAAS, 2010, p. 72) “Era evidentemente uma modernidade de novo gênero a que tomava corpo, e não uma simples “Efeito de sua riqueza é uma (LIPOVETSKY, vacuidade terminal 2010, p. 73) superação daquela anterior.” 2004, (...).”(KOOLHAAS, p. 52) “É um domínio de ordem fingida e hiperpotência, simulada, um reino de transformação morfológica. (...) O “Hipercapitalismo, hiperclasse, hiperterrorismo, hiperindividualismo, Junkspace não pretende criar perfeição, só interesse.” (KOOLHAAS, 2010, p. 74) hipermercado, hipertexto – o que mais não é hiper? O que mais não expõe uma modernidade elevada à potência superlativa?” (LIPOVETSKY, 2004, p. 53) “A regurgitação é a nova criatividade, em vez de criação, veneramos, apreciamos e adotamos a manipulação...” (KOOLHAAS,(...) 2010, p. 76) “Modernidade desenfreada Mercantilização proliferativa (...) Desregulamentação econômica (...) Ímpeto técnico-científico (...)” (LIPOVETSKY, 2004) “O Junkspace despoja-se da arquitetura tal como um réptil muda de pele, e renasce todas as segundas-feiras manhã.” (KOOLHAAS, (...) 2010, p. 77) “Eleva-se uma de segunda modernidade alicerçando-se essencialmente em três axiomas constitutivos da própria modernidade anterior: o mercado, a eficiência técnica, o indivíduo. Tínhamos uma modernidade limitada; agora, é chegado o tempo da modernidade consumada.” “Todas as superfícies (LIPOVETSKY, 2004, p.são 54) arqueológicas, sobreposições de diferentes <períodos>.” (KOOLHAAS, 2010, p. 80) “Por meio de suas operações de normatização técnica (...) a era hipermoderna produz num só “O Junkspace conhece as nossas aemoções, todos ose nossos desejos.” (KOOLHAAS, 2010, p. 92) movimento a ordem todas e a desordem, independência dependência subjetiva, a moderação ea imoderação.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 56)
“Na hipermodernidade, não há escolha, não há alternativa, senão evoluir, acelerar para não ser “Devido à suapela débil viabilidade, o Junkspace tem que engolir vez mais programas para ultrapassado <evolução>: o culto da modernização técnicacada prevaleceu sobre a glorificação sobreviver; em breve poderemos fazer qualquer coisa em qualquer lugar, teremos conquistado o dos fins e dos ideais.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 57) lugar.” (KOOLHAAS, 2010, p. 95)
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“O Junkspace pretende unificar mas na realidade divide. Cria comunidades não a partir de interesses comuns ou da livre associação, mas sim de uma2004) estatística idêntica e de uma demografia “(...) Modernizar a própria modernidade.” (LIPOVETSKY, inevitável, uma teia oportunista de interesses instalados.” (KOOLHAAS, 2010, p. 93)
a oo etm no eC ma.otd eridcn ivoid c seiaom din uu oo ,opsm ruect uoem s soem riuogaesátosãeça,azninrereddoommeaddadseioicpoesdaao tsm eroe c u,o qlu océáteecp apseskO nu.J4O 5“ e .pgr,0e1 m0e2 o,SdAnA au HqLO,oOãK çi(d”a.ortundoíscear u saeM s o.o,atn hecm raamlem caefsáetsoeeorãbçoasziendraeddio nm u aauostinóarutsqnnoecaelluega,eodcaedseiecuoqs a euq odom ed ;oditnes ues ed oãsrevni amu rop aditnemsed ,zev aus rop ,é ,olucátepse )o9n 6 )73 .p ,7991 ,DROBED( ”.adidivid adartsom é edadinu a euq ossap oa ,airátinu adartsom é oãsivid .etnemlasrevinu ,aicnêic ad soãçnêb sa rahlitrap :lanoicar amargorp mu ahnit oãçazinredom A“ animod ,olucátepse od)07ro -9c6-a.tpru,0f 10o2ãs,rSeAvA idHLaOO bK os( ”.,oeãusqufoaãuçsazaiu laoneasboeetdopo atanuesmaivéoem capO sknu .9J5O“ omusnoc o euq me otnop adac me mébmat a-animod ,anredom edadeicos a etnemlaidnum à )...( .rehlocse a sotejbo so e siépap so aicnêrapa an uocilpitlum sairodacrem sad odivlovnesed 07ar.pts,o0m 10o2s,sSiA:rAaH caopãskçnautiJeO a eu)q luLcOaO teKp(s”e..e.ltanpeicmnairp upo a,atliocn veêrssae eas-érastanm uj,oeãdçoaprreetbsiaxaem euqecoedralipcóed ca“ acimônoce aicnâdnuba a euq me otnemom od ritrap a ,airodacrem es-uonrot oãçafsitasni airpórp .p ,7991 ,DROBED( ”.amirp-airétam assed otnematart o éta oãçudorp aus rednetse ed zapac iof saus salep ogitsac osson o é ecapsknuJ o ;oçapse o racilpxe mariugesnoc acnun sotetiuqr)a04s-O 93“ )27 .p ,0102 ,SAAHLOOK( ”.seõçacfiitsim an es-redrep a ednet edadeicos ad azednuforp a adot me etneserp átse euq airótsih A .241“ ,,o ilóept om noemeso ,”ftreokm naalbtetm iruaceuss“ m laéssbom loact ,éod rtíu miretdO= .eecicaípfsrkenpuuJ“s saãsçiuodcessadedopom leiv srnesveedrr,iooru pd maem t ooddaoifsnau ,soiedlicsraoot denuogtieesri,sdot,eojdbaovisropd eeiroécsilm búepoã ,oçhun i u q s e m e o d a v e l e e d n u f e u q o s u f n e dorp a etnemasicerp iof airótiv aus adocamordaah a neaurqarm op ) 2 7 . p , 0 1 0 2 , S A A H L O O K ( ” . ) . . . ( . o d a e m o f s e e o d a i c a opmet ed etnecserc etrap amu odatnetsus aivah roiretna ocilcíc opmet o )...( .airodacrem ads oãçudorp ad levísreverri opmet od oãçanimod a ,aroga ;sopurg e soudívidni rop odiviv ocirótsih )99 .p ,7991 ,DROBED( ”.odiviv opmet esse etnemlaicos ranimile a rednet iav )37 .p ,0102 ,SAAHLOOK(”.)...( lanimret edadiucav amu é azeuqir aus ed otiefE“ solavretni ed atinfini oãçalumuca amu é ,airodacrem-opmet o ,oãçudorp ad opmet O .741“ Ole)p ...(r.aavcoigrp ólomfreovm rogfsen ispm e eatdiogd nfioãm Ée“ o ed osãoçtanm em s asrot esd odoont ieer ,lm evuís,raedvaelrurm i o çaerdtrsobaeda oÉin.sím eto ndelamvu iuq )47 .p)3,00110.p2 ,,7S9A9A1H,D LO O K ( ” . e s s e r e t n i ó s , o ã ç i e f r e p r a i r c e d n e t e r p o ã n e c a p s k n ROBED(”)...( .avitatitnauq edadlaugi arem aus ortemônorucJ a icseirapm ao ,stonm irnc ,eedvezdevanm daadiicvnitêaviirvcearb vo ãçeattiog)r.u otsnoam uqateosd-raaieroso lgm naav ata,roeln uecvát,eopãsçeao reed,oem on s aad éopom ..(g.e4r5A 1““ ) 6 7 . p , 0 1 0 2 , S A A H L O O K ( ” . . . o ã ç a l u p i n a ”.opmet od edadicilbup alep adíutitsbus iof opmet od edadilaer A .osu ed rolav ues rof ronem m )601 .p ,7991 ,DROBED( sa sadot ecsaner e ,elep ed adum litpér mu omoc lat arutetiuqra ad es-ajopsed ecapsknuJ O“ SA dn.9 u6g1e“s erbos riga arap laicepse acincét amu uiurtsn)7o7c .apc,r0e1c0a2e,u q AoHoLdOuO tK al(e”d.ãoh mnaem uqeeddsaadreiiecfo-ssaA essop ed adamot a é omsinabru O .oirótirret oirpórp o :saferat sasse a oãçatnetsus ád euq o oãçanimod ed acigól aus revlovnesed oa ,euq omsilatipac olep onamuh e larutan etneibma od ,SAAHLOOK( ”.>sodoírep< setnerefid ed seõçisoperbos ,sacigóloeuqra oãs seicífrepus sa sadoT“ ,DROBED( ”.oiránec oirpórp ues omoc oçapse od edadilatot a rezafer aroga eved e edop ,atulosba )08 .p ,0102 )211 .p ,7991 )29 .p ,0102 ,SAAHLOOK( ”.sojesed sosson so sodot ,seõçome sasson sa sadot ecehnoc ecapsknuJ O“ edop ,adiv ad levísiv oãçaicalg omoc ,omsinabru olep atiefsitas atsilatipac edadissecen A .071“ acfiícap< ad atulosba aicnânimoderp a omoc – anailegeh aigolonimret a odnuges – rasserpxe es )e3d11ri.tpra,7p99a1 o,D ROsBeE t iordC o.ãesdsievciu i o< eropd eaciacpnsêktnsuixJ eO oc“ ãn dD ad( i”n.> uompomcea ds eadnardiivlead erotaeniuq sanm raecrfibionsu>eodçanpeste afiargomed amu ed e acitnêdi acitsítatse amu ed mis sam ,oãçaicossa ervil ad uo snumoc sesseretni )39 .p ,0102 ,SAAHLOOK( ”.sodalatsni sesseretni ed atsinutropo aiet amu ,levátiveni ”...oirártibra on adiv a adot rop oãsremi amu a son-omanednoc ,oirátilitu o somatseted euqroP“ )96 .p ,0102 ,SAAHLOOK(
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“O Junkspace reduz o que é urbano na urbanidade... Em vez de vida pública, Espaço Público®: o quemodernidade fica da cidadeda depois se eliminar o imprevisível...” 2010, p. 96) “A qual de estamos saindo era negadora; (KOOLHAAS, a supermodernidade é integradora.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 57) “Relexe-se, desfrute-se, sinta-se bem. Estamos unidos na anestesia... Porque não podemos tolerar sensações maispós-moderna, fortes? A dissonância? A incomodidade? gênio? A Anarquia?...” (KOOLHAAS, “A época dita definida pelo esgotamento O das doutrinas emancipatórias e pela 2010, p. 98) ascensão de um tipo de legitimação centrada na eficácia, faz-se acompanhar do predomínio do aqui-agora.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 59) “Tempo contra Tempo, ou a sociedade hipermoderna.” (LIPOVETSKY, 2004) “A <ausência de futuro>, ou o estreitamento do horizonte temporal que subjaz à sociedade hipermoderna, deve ser considerada uma laicização das representações modernas do tempo, “Rápida expansão do consumo e ou dasmodernização comunicações massa; enfraquecimento normas um processo de desencantamento dade própria consciência temporaldas moderna.” autoritárias e2004, disciplinares; surto de individualização; consagração do hedonismo e do (LIPOVETSKY, p. 67) psicologismo; perda da fé no futuro revolucionário; descontentamento com as paixões políticas e as militâncias – era mesmo preciso dar um nome à enorme transformação que se desenrolava no palco sociedades livres do peso dastempo, grandes utopias futuristas da primeira “Não maisdas classe contra abastadas, classe, e sim tempo contra futuro contra presente, presente modernidade.” (LIPOVETSKY, p. 52)presente contra passado.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 76) contra futuro, presente contra2004, presente, “Era são evidentemente uma modernidade de novo gênero “(...) tempos singularizados (...)”(LIPOVETSKY, 2004) a que tomava corpo, e não uma simples superação daquela anterior.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 52) “Atormentada por normas antinômicas, a sociedade ultramoderna não é unidimensional: “Hipercapitalismo, hiperclasse, hiperpotência, hiperterrorismo, hiperindividualismo, assemelha-se a um caos paradoxal, uma desordem organizada.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 83) hipermercado, hipertexto – o que mais não é hiper? O que mais não expõe uma modernidade elevada à potência superlativa?” (LIPOVETSKY, 2004, p. 53) “O indivíduo se mostra cada vez mais aberto e cambiante, fluido e socialmente independente. Mas essa volatilidade significa muito mais a desestabilização do eu do que a afirmação triunfante “Modernidade desenfreada (...) de Mercantilização proliferativa2004, (...) Desregulamentação econômica de um indivíduo que é senhor si mesmo.” (LIPOVETSKY, p. 83) (...) Ímpeto técnico-científico (...)” (LIPOVETSKY, 2004) “Na sociedade hiperindividualista, investimos emocionalmente naquilo que nos é mais próximo, “Eleva-se uma segunda modernidade (...)e aalicerçando-se essencialmente em 2004, três axiomas nos vínculos fundados sobre a semelhança origem em comum.” (LIPOVETSKY, p. 96) constitutivos da própria modernidade anterior: o mercado, a eficiência técnica, o indivíduo. Tínhamos uma modernidade limitada; agora, é chegado o tempo da modernidade consumada.” “A era presentista tudo menos fechada, encerrada em si mesma, dedicada a um niilismo (LIPOVETSKY, 2004,está p. 54) exponencial. (...) a hipermodernidade democrática e mercantil ainda não deu seu canto do cisne – ela está apenas no começo de sua aventura histórica.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 100) “Por meio de suas operações de normatização técnica (...) a era hipermoderna produz num só movimento a ordem e a desordem, a independência e dependência subjetiva, a moderação e a imoderação.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 56) “(...) Modernizar a própria modernidade.” (LIPOVETSKY, 2004)
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“Na hipermodernidade, não há escolha, não há alternativa, senão evoluir, acelerar para não ser ultrapassado pela <evolução>: o culto da modernização técnica prevaleceu sobre a glorificação dos fins e dos ideais.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 57)
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“A modernidade da qual estamos saindo era negadora; a supermodernidade é integradora.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 57) “A época dita pós-moderna, definida pelo esgotamento das doutrinas emancipatórias e pela ascensão de um tipo de legitimação centrada na eficácia, faz-se acompanhar do predomínio do aqui-agora.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 59) “A <ausência de futuro>, ou o estreitamento do horizonte temporal que subjaz à sociedade hipermoderna, deve ser considerada uma laicização das representações modernas do tempo, um processo de desencantamento ou modernização da própria consciência temporal moderna.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 67) “Não mais classe contra classe, e sim tempo contra tempo, futuro contra presente, presente contra futuro, presente contra presente, presente contra passado.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 76) “(...) são tempos singularizados (...)”(LIPOVETSKY, 2004) “Atormentada por normas antinômicas, a sociedade ultramoderna não é unidimensional: assemelha-se a um caos paradoxal, uma desordem organizada.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 83) “O indivíduo se mostra cada vez mais aberto e cambiante, fluido e socialmente independente. Mas essa volatilidade significa muito mais a desestabilização do eu do que a afirmação triunfante de um indivíduo que é senhor de si mesmo.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 83) “Na sociedade hiperindividualista, investimos emocionalmente naquilo que nos é mais próximo, nos vínculos fundados sobre a semelhança e a origem em comum.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 96)
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“A era presentista está tudo menos fechada, encerrada em si mesma, dedicada a um niilismo exponencial. (...) a hipermodernidade democrática e mercantil ainda não deu seu canto do cisne – ela está apenas no começo de sua aventura histórica.” (LIPOVETSKY, 2004, p. 100)
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