CLIMA e CULTURA ORGANIZACIONAL Qualidade de Vida no T rabalho
Bia Simonassi 2017
Esta car(lha faz parte do material didá(co da palestra “Clima e Cultura Organizacional: Qualidade de Vida no Trabalho”, promovida pela Faculdade Laboro para o Hospital Anna Nery, em Brasília, no dia 28 de setembro de 2017, durante a II SIPAT “Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho”. Professora Bia Simonassi
Até os anos 30, os Recursos Humanos não eram considerados estratégicos.
O paradigma da máquina dominava desde a Revolução Industrial.
Tudo comeรงou com o Experimento de Hawthorne, realizado em Chicago.
Elton Mayo provou a inuência dos fatores sociais na produ(vidade.
EFEITO HAWTHORNE Efeito posi(vo do tratamento da administração sobre o desempenho humano
LEALDADE AO GRUPO
Acordos tácitos ou explícitos entre grupos que neutralizam o Efeito Hawthorne
FONTE: Adaptado de MAXIMIANO & CHIAVENATO
CONCEITO DE AUTORIDADE A autoridade deve ser baseada na sedução e recompensa e não pela coerção
ESFORÇO COLETIVO
Os indivíduos fazem parte de grupos que influenciam seu comportamento e seu desempenho
Suas principais conclusões, depois de 20 anos de experiência e observação.
No Brasil, o modelo gerencial taylorista teve que mudar durante a Era Vargas.
As palavras “emoção” e “mo(vação” possuem a mesma raiz: movimento.
Mo(vação é uma força que move o ser humano.
A mo(vação é orientada (também) pelas necessidades humanas.
Maslow estudou a mo(vação e formulou uma famosa teoria.
5 AUTORREALIZAÇÃO UFlizar o potencial de apFdões e habilidades, auto desenvolvimento e realização pessoal...
4
ESTIMA
PresTgio, poder e senFmento de realização...
3
SOCIAIS
Amizade, laços familiares, aceitação e integração social...
2
SEGURANÇA
Proteção, defesa, tranquilidade, estabilidade, despreocupação...
1
FISIOLÓGICAS
O2, H2O, alimento, higiene, homeostase, repouso, aFvidade Isica, sexo, etc... FONTE: Adaptado de MAXIMIANO
Ele hierarquizou as necessidades humanas em 5 (pos.
Dinheiro ĂŠ bom mas nĂŁo mo(va todo mundo o tempo todo.
A relação entre mo(vação e clima organizacional é inegável!
CAPACIDADE PRODUTIVA
60%
8%
FUNCIONÁRIO DESMOTIVADO
FUNCIONÁRIO MOTIVADO
FONTE: Adaptado de KAHALE, Flávia. A Pesquisa de Clima Organizacional. Ins(tuto MVC. 2004
Funcionário desmo(vado usa apenas 8% da sua capacidade produ(va!
O clima organizacional reete o estado de espĂrito predominante.
Iden(ďŹ car o clima organizacional ajuda a aumentar a produ(vidade.
ROTATIVIDADE
PROGRAMAS DE
ABSENTEÍSMO
SUGESTÕES
DEPREDAÇÃO DO
AVALIAÇÃO DE
PATRIMÔNIO
DESEMPENHO
GREVES
CONFIANÇA
CONFLITOS
CREDIBILIDADE
DESPERDÍCIO
RESPEITO
QUEIXAS NO
IMPARCIALIDADE
SERVIÇO MÉDICO
PRODUTIVIDADE
…
…
FONTE: Adaptado de FERREIRA
O clima organizacional pode ser medido por indicadores específicos.
QUAL DELAS MUDA MAIS?
CULTURA
ORGANIZACIONAL
CLIMA
ORGANIZACIONAL
A cultura organizacional é a personalidade. O clima é o humor.
A cultura organizacional ĂŠ um sistema de valores que dĂĄ iden(dade.
ASPECTOS PATENTES
ESTRUTURA, EQUIPAMENTOS, OBJETIVOS, ORGANOGRAMA, COMPETÊNCIAS, POLÍTICAS E DIRETRIZES, TECNOLOGIAS, RECURSOS, PROCEDIMENTOS, NORMAS FORMALIZADAS, PRODUTOS E SERVIÇOS…
ASPECTOS LATENTES VALORES, CRENÇAS, GRUPOS INFORMAIS, PERCEPÇÕES, ATITUDES, SENTIMENTOS, RITUAIS, NORMAS IMPLÍCITAS, ÍDOLOS, MITOS, LENDAS, PARADIGMAS, MANIAS, VÍCIOS E VIRTUDES…
FONTE: Adaptado de MAXIMIANO
A cultura é como um iceberg porque parte de seus elementos não é visível.
A cultura organizacional ĂŠ como uma cebola cheia de camadas.
LINGUAGEM HÁBITOS ARTEFATOS SÍMBOLOS
HISTÓRIAS MITOS HERÓIS RITUAIS CERIMÔNIAS
VALORES CRENÇAS PRECONCEITOS JULGAMENTOS ATITUDES FONTE: Adaptado de MAXIMIANO
Aspectos latentes são mais divceis de mudar do que aspectos patentes.
Valores compar(lhados compĂľem o cerne da cultura organizacional.
Valores podem ser traduzidos em cĂłdigos de ĂŠ(ca.
Compar(lhar valores contribui para a formação do “espírito de grupo”.
Valores pra(cados formam a cultura organizacional.
Valores divulgados e nĂŁo pra(cados geram esquizofrenia empresarial.
VALORES ORGANIZACIONAIS
Hones(dade, Verdade, Integridade, Diligência, Jus(ça, Altruísmo, Autonomia, Profissionalismo e Trabalho em Equipe PRECEITOS JUDAICOS Boas Ações, Saúde, Educação e Jus(ça Social (Mitzvá, Refuá, Chinuch e Tsedaká) Publicado em: 10/12/2015 Revisado em: 06/02/2017
FONTE: site do hospital
Acolhimento e Respeito, Qualidade e Segurança, Comprome(mento e Efe(vidade, Entusiasmo e Espírito de Equipe, Valorização e Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo
FONTE: site do hospital
Clima e cultura afetam a Qualidade de Vida no Trabalho.
CLIMA ORGANIZACIONAL
CULTURA ORGANIZACIONAL
OBTENÇÃO DO APOIO FORMAL DA ALTA DIREÇÃO
DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS
DEFINIÇÃO DA AMOSTRA
ELABORAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS
SELEÇÃO DOS INDIVÍDUOS
COLETA DE DADOS (APLICAÇÃO) TABULAÇÃO DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DEFINIÇÃO DO PLANO DE AÇÃO FONTE: Adaptado de FERREIRA & RUSSO
Há modelos de pesquisa para clima e cultura organizacional.
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CONDIÇÕES DE TRABALHO: jornada de trabalho adequada, ambiente vsico seguro e adequado, ausência de insalubridade.
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OPORTUNIDADES PARA DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES: autonomia, uso de múl(plas capacidades e habilidades, informações sobre o processo total de trabalho, significado da tarefa, iden(dade da tarefa, feedback.
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OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E DE SEGURANÇA: oportunidade de carreira, crescimento pessoal, perspec(va de avanço salarial, segurança no emprego.
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INTEGRAÇÃO SOCIAL NA ORGANIZAÇÃO: ausência de preconceitos, igualdade de oportunidades, mobilidade funcional, relacionamento interpessoal, senso comunitário e clima no ambiente de trabalho.
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CONSTITUCIONALISMO NA ORGANIZAÇÃO: direitos trabalhistas, direitos de proteção do trabalhador, privacidade pessoal, liberdade de expressão, tratamento impessoal e igualitário.
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TRABALHO E ESPAÇO NA VIDA DO TRABALHADOR: balanceamento da jornada de trabalho, estabilidade de horários, exigências da carreira, convívio familiar e lazer, viagens e poucas mudanças geográficas. RELEVÂNCIA SOCIAL DO TRABALHO: imagem da organização, responsabilidade social, responsabilidade pelos produtos e serviços oferecidos, prá(cas de recursos humanos, gestão eficiente, valorização do trabalho e da organização.
FONTE: Adaptado de CHAMON
COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA: remuneração adequada, equidade interna e externa, jus(ça na compensação, par(lha de ganhos de produ(vidade e proporcionalidade de salários.
O modelo Walton de QVT abrange 8 critérios a serem inves(gados.
Liderar Ê a capacidade de inuenciar e(camente o comportamento alheio.
Todo líder possui 3 caracterís(cas: comunicação, empa(a e delegação .
LIDERANÇA + COMUNICAÇÃO =
RELACIONAMENTO
PERCEPÇÃO DO FUNCIONÁRIO SOBRE
QVT
FONTE: Adaptado de CHAMON
Liderança e comunicação eficazes contribuem para aumentar a QVT.
“PAGAMENTO”
“MÃO DE OBRA”
QVT é a avaliação do relacionamento entre as pessoas e a organização.
QVT é um esforço de humanização (oposto de maquinização) do trabalho.
INSATISFEITO
SATISFEITO
MUITO SATISFEITO
A Qualidade de Vida no Trabalho é medida pela sa(sfação do funcionário.
Onde há interação entre indivíduo e ambiente pode surgir algum estresse.
O estresse é uma reação psicofisiológica para a qual...
...o organismo apela a fim de lidar com algo que ameaça seu equilíbrio.
CURVA DO ESTRESSE SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO (SAG)
FONTE: Adaptado de CHAMON
PRODUTIVIDADE
ESTRESSE FASE DE ALERTA
FASE DE RESISTÊNCIA
FASE DE EXAUSTÃO
O estresse, por definição, não é ruim, já que propicia adaptação do organismo.
FASE DE ALERTA
Ocorre quando a pessoa se depara com o agente estressor (perigo, ameaça). É uma fase rápida de orientação e iden(ficação da ameaça, com muitos sintomas vsicos e psicológicos, que preparam o organismo para a próxima fase.
FASE DE RESISTÊNCIA
É uma tenta(va de recuperar a homeostase (equilíbrio) perdida na fase anterior. É a maneira pela qual o organismo tenta se adequar à nova situação, podendo ocorrer aceitação (modo sintóxico) ou não (modo catóxico). Caso o equilíbrio não seja reestabelecido, o estresse pode evoluir para a terceira fase.
FASE DE QUASE EXAUSTÃO
Ocorre quando a pessoa não consegue mais resis(r, nem se adaptar ao estressor, o que propicia o aparecimento de patologias, devido ao enfraquecimento do organismo. A produ(vidade cai. Não tanto quanto na próxima fase, mas o indivíduo, visivelmente, não produz mais como antes.
FASE DE EXAUSTÃO
Fase patológica que ocorre quando o estresse não conseguiu ser solucionado, manifestando-se como depressão, ansiedade, hipertensão, úlcera, gastrite, fadiga crônica, alteração do sono, etc, podendo ocorrer, inclusive, burnout. FONTE: Adaptado de SEYLE apud CHAMON
Os cien(stas descobriram que o estresse é um processo de 4 fases.
AMBIENTE INTERNO
AMBIENTE EXTERNO
Estresse visto como RESPOSTA
Estresse visto como ESTÍMULO
(AGENTES ESTRESSORES) Cognições da pessoa, sua maneira de interagir com o mundo, valores, crenças, ideais, caracterís(cas pessoais, padrão de comportamento, sen(mentos em geral, carências, frustrações, (des)mo(vação, etc
(AGENTES ESTRESSORES) Fatores ambientais, condições vsicas e familiares, dificuldades financeiras, acidentes, mortes, doenças, conflitos, questões polí(cas e econômicas, trajetória profissional, (des)emprego, problemas de relacionamento, escolha e local de trabalho, tarefas, ro(na, etc
ESTRESSE
As causas do estresse podem vir tanto do ambiente externo quanto interno.
CASA
TRABALHO
Os problemas do trabalho afetam mais as famĂlias do que vice-versa.
O estresse pode ocorrer tanto no setor pĂşblico, quanto no privado.
TEMPERATURA AMBIENTE
FOME e SEDE
DOR
Hรก 3 coisas consideradas intrinsicamente estressantes.
Quanto mais contato com gente, maior a possibilidade de estresse.
Quanto mais pressĂŁo, mais emergĂŞncia e mais riscos, maior o estresse.
Quanto mais horas de trabalho ininterrupto e prazos, mais estresse.
Quanto mais estresse, mais erros e mais acidentes de trabalho.
Média Nacional
ESTRESSE TOTAL
Manifestações simultâneas de estresse vsico, psicológico, psicofisiológico e de temporalidade.
77%
ESTRESSE PSICOLÓGICO
Apa(a, desânimo, depressão, sensação de desalento, ansiedade, tensão, angús(a, alienação, dúvidas e preocupação excessiva, falta de concentração, dificuldade para relaxar, ira, hipersensibilidade, solidão, sen(mento de isolamento, incompreensão, cansaço mental, sen(mento de impotência, surtos psicó(cos, etc…
27%
ESTRESSE FÍSICO
Sudorese, tensão muscular, taquicardia, hipertensão, insônia, hiperacidez gástrica, bruxismo, inapetência, cefaleia, náuseas, dores de barriga, tremores, problemas intes(nais, choro sem mo(vo, boca seca, dificuldade de respirar, etc…
ESTRESSE DE TEMPORALIDADE
23%
Esquecimento em geral, dificuldade para se organizar ou planejar, principalmente o próprio tempo.
14%
Psicossoma(zação: transferência dos sintomas da mente ao vsico.
13%
ESTRESSE PSICOFISIOLÓGICO FONTE: Adaptado de STEPHENSON apud CHAMON
O estresse pode se manifestar de várias formas no organismo.
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
63%
CONTROLE ( + ) média nacional = 63%
A pessoa procura manter o controle, não toma decisões apressadas, procura refle(r, assimilar a situação e as circunstâncias, buscando informações que permitam compreender o contexto e alcançar fórmulas de solução para o problema.
RECUSA ( - ) média nacional = 39%
A pessoa usa subterfúgios como distração, ignorando o problema (criação de tabus). Muitas vezes, a pessoa recorre a tá(cas de compensação (alimento em demasia, consumo de drogas, trabalho em excesso, etc).
APOIO SOCIAL ( + ) média nacional = 38%
A pessoa solicita ajuda, que pode vir em forma de conselhos, informações, apoio moral, emocional, vsico e financeiro, diálogos e tratamentos médicos.
ISOLAMENTO ( - ) média nacional = 31%
A pessoa foge da situação (isolamento social e comportamental), podendo até refugiar-se em uma realidade ar(ficial (sonhos e fantasias), criando inclusive isolamento mental. Muitas vezes, a pessoa recorre a tá(cas de compensação (alimento em demasia, consumo de drogas, trabalho em excesso, etc). FONTE: Adaptado de STEPHENSON apud CHAMON
Cada um enfrenta o estresse do jeito que dá, naquela situação.
INDIVIDUAIS
ENTREGA DE BAIXA QUALIDADE BAIXO NÍVEL DE ENGAJAMENTO E MOTIVAÇÃO QUEDA DE EFICIÊNCIA AUSÊNCIAS REPETIDAS INSEGURANÇA NAS DECISÕES ADIAMENTO DE DECISÕES SOBRECARGA VOLUNTÁRIA DE TABALHO USO ABUSIVO DE MEDICAMENTOS IRRITABILIDADE CONSTANTE EXPLOSÃO EMOCIONAL FÁCIL GRANDE NÍVEL DE TENSÃO FRUSTRAÇÃO AMPLIFICADA ONIPOTÊNCIA AMPLIFICADA DESCONFIANÇA GERAL ECLOSÃO E AGRAVAMENTO DE DOENÇAS
COLETIVOS
ENTREGA DE BAIXA QUALIDADE COMPETIÇÃO POLITICAGEM COMPORTAMENTO HOSTIL DISCUSSÕES INÚTEIS PERDA DE TEMPO RETRABALHO MUITO TRABALHO ISOLADO POUCO TRABALHO EM GRUPO PROBLEMAS COMUNS NÃO COMPARTILHADOS ALTO NÍVEL DE INSEGURANÇA DEPENDÊNCIA DO LÍDER LIDERANÇA INEFICIENTE CLIMA DESFAVORÁVEL PANELINHAS E FEUDOS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAIS DESEMPENHO DECADENTE PRODUTOS DE BAIXA QUALIDADE MUITAS GREVES ATRASOS CONSTANTES NOS PRAZOS ALTOS ÍNDICES DE RECLAMAÇÕES E ACIDENTES DE TRABALHO OCIOSIDADE SABOTAGEM ABSENTEÍSMO ALTA ROTATIVIDADE GRANDE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS BAIXA PERCEPÇÃO DA QVT VÍNCULOS FRÁGEIS DESRESPEITO DESQUALIFICAÇÃO VALORES NÃO PRATICADOS IMAGEM NEGATIVA
FONTE: Adaptado de CHAMON
É preciso acompanhar os indicadores de estresse e agir de acordo.
SAÚDE ESTRESSE DOENÇA
O estresse é um estado intermediário entre a saúde e a doença.
Saúde é bem-estar vsico, mental e social. Não é “ausência de doença”.
Ar(go 196: “Saúde é direito de todos e dever do Estado”.
Nos anos 90, a medicina reconheceu o valor da a(vidade vsica para a saĂşde.
“Eu juro, por Apolo,
médico, por Esculápio, Higia e Panacea e por todos os deuses e deusas, a quem conclamo como minhas testemunhas, juro cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: …”
Pai da Medicina
Mas Hipócrates (460-377aC) já dizia que saúde = nutrição + a(vidade vsica.
SEDENTARISMO TABAGISMO DIETA INADEQUADA ESTILO DE VIDA
O es(lo de vida estressa mais que fatores ambientais e gené(cos.
Lembre-se: o es(lo de vida ĂŠ uma escolha pessoal e intransferĂvel.
OBRIGADA!
bia.simonassi@gmail.com hĹ p://issuu.com/treebookgallery/docs
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BIBLIOGRAFIA