Pierre Jambé * rodil Ferrugem * rodrigo gerdal * lagwagon * rotting out
red bull Skate generation O tirO certeirO legado da CoPa MineirãO é O picO da vez
XgameS Foz do iguaçu BOrrifOs BrasileirOs entreviStaS prO: Muller rafael aMadOr: BrunO KBelO
Bruno kbelo, ollie to crooked ano 22 • 2013 • # 211 • R$ 8,90
www.triboskate.com.br
índice //
maio 2013 // edição 211
eSpeciaiS> 38. mineirão o NasCimENto dE um piCo 44. red Bull Skate Generation o tiro CErtEiro do rtmf 52. entreviSta pro mullEr rafaEl 62. XGameS Foz do iGuaçu o CENÁrio pErfEito 72. entreviSta am BruNo kBElo SeçõeS> Editorial ...............................................................12 Zap ............................................................................16 Casa Nova .............................................................82 Hot stuff...............................................................88 Áudio i (rottiNg out) ....................................... 90 Áudio ii (lagwagoN) ..........................................92 Brasil skatE Camp .............................................94 maNoBra do BEm................................................96 skatEBoardiNg militaNt ................................98
Capa: Uberlândia é a terra em que vive o bom amigo e parceiro da Nata Skates, Ricardo porva. Os picos da cidade foram explorados em uma de suas visitas com o auxílio luxuoso do fotógrafo René Junior. Bruno Kbelo e seu monstro ollie to crooked. Foto: René Junior ÍNdiCe: a tradução literal do nome da manobra combina muito com a rápida ascensão deste skatista de Curitiba: Yuri Facchini. Fs hurricane, man, é furacão e o garoto tá representando em alto nível. Foto: pablo Vaz
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editorial //
Em primEiro lugar Por Cesar Gyrão // Foto Fellipe FranCisCo
T
á cansando um pouco esta ladainha de falar que o skate é o segundo esporte mais praticado no Brasil, no mundo, no sistema solar, no universo. Tudo bem, quer falar quanto é legal, quanto você gosta, quanto ele transforma vidas, pode falar (porque é isso mesmo). Mas, que fique bem claro que esta informação de que estamos na segunda posição entre as modalidades esportivas mais praticadas, é uma balela. O exagero vem de longe, da época em que a prefeita de São Paulo era a Marta Suplicy. Uma pesquisa de uma de suas secretarias, apontou o esporte como segundo esporte no desejo dos estudantes das escolas públicas. E, por derivação, fomos nos “transformando” no segundo esporte mais praticado em São Paulo, no estado, no país e agora tem gente até falando que no mundo! Sim, o skate brasileiro pode ser apontado, informalmente, mas com uma boa base de coerência, como a segunda potência mundial, em termos esportivos e mercadológicos. Afinal, temos uma indústria sólida, temos inúmeros campeões mundiais, temos revistas, uma vasta rede de lojas especializadas, temos programas de TV, milhares de pistas e um número aferido por pesquisa de instituição séria (Datafolha, 2009) de cerca de 4.000.000 de praticantes em nosso território. Mas, ainda não somos o segundo esporte mais praticado no país! É bom que seja assim, não importa se somos maiores que o judô ou a ginástica artística! Um levantamento sério para quantificar as modalidades está no Atlas do Esporte, produzido por mais de 400 colaboradores, 17 editores e quase mil páginas. Nele são considerados os praticantes federados, competitivos e aqueles ocasionais, grande maioria de qualquer esporte. Muitas outras modalidades têm números maiores que os do skate, mas isso não tira qualquer brilho do que somos e o que representamos hoje para a sociedade. Na mesma época em que a revista IstoÉ teve a infelicidade de publicar uma capa com o tema do momento, a diminuição da maioridade penal – devido ao acachapante aumento da violência por menores de idade, com a figura de um skatista com uma arma na mão, tivemos grandes eventos em nosso país, que exaltaram a arte do skate, a boa convivência entre as pessoas, valores de camaradagem no esporte e tanta coisa positiva. As línguas afiadas nas redes sociais inundaram fóruns repudiando a infeliz associação do skate ao crime, muitas delas batendo na tecla do “segundo esporte”. Para nós que representamos o universo do skate em seus princípios mais caros (sua essência), o skate estará sempre em primeiro lugar. Não precisamos e nem queremos que seja o mais praticado, o mais enquadrado em regras e regulamentos. Queremos sim, compartilhar os momentos de enorme prazer com os amigos, sempre evidenciando que skate é bom mesmo, mas sabendo que a massificação pode ser uma tremenda armadilha.
Na solidão de uma parede vazia, encontra-se o poder de dominar o carrinho. Uma situação que Ricardo “Dexter” Fernandes sabe controlar, sem se importar se o skate é o esporte mais popular do Brasil. Bs wallride.
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Cauã Csik
ANO 22 • MAIO DE 2013 • NÚMERO 211
Editores: Cesar Gyrão, Fabio “Bolota” Britto Araujo Conselho Editorial: Gyrão, Bolota, Jorge Kuge Arte: Edilson Kato Redação: Chefe de redação: Junior Lemos Marcelo Mug, Guto Jimenez Fotografia: Marcelo Mug, Junior Lemos Colaboradores: Texto: Sandro Testinha, Helinho Suzuki, Diogo Groselha, César Carpanez Fotografia: Bruno Park, Cid Sakamoto, Diogo Groselha, Fellipe Francisco, Filipe Soares, Flavio Gomes, Francisco Chavez, Helge Tscharn, João Brinhosa, Kris Alan Carter, Lauro Casachi, Pablo Vaz, Pedro Macedo, René Junior, Robson Sakamoto
JB Pátria Editora Ltda Presidente: Jaime Benutte Diretor: Iberê Benutte Administrativo/Financeiro: Gabriela S. Nascimento Circulação/Comercial: Patrícia Elize Della Torre Comercial: Daniela Ribeiro (daniela@patriaeditora.com.br) Eduardo Câmara (eduardo@patriaeditora.com.br) Cibele Alves (cibele@patriaeditora.com.br) Fone: 55 (11) 2365-4123 www.patriaeditora.com.br www.facebook.com/PatriaEditora Empresa filiada à Associação Nacional dos Editores de Publicações - Anatec
Impressão: Gráfica Oceano Bancas: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Rua Teodoro da Silva, 907, Grajaú Rio de Janeiro/RJ - 20563-900
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Deus é grande!
Próxima edição 212
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A Revista Tribo Skate é uma publicação da JB Pátria Editora. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam as da revista.
Bs ollie fakie pivot.
Dúvidas ou sugestões: triboskate@patriaeditora.com.br
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Pierre Jambé Uma alegria incontida transpirava no semblante do belga pierre Jambé, ao encontrá-lo depois de qUase 20 anos no red bUll skate generation em Floripa. barba espessa pontilhada de Fios brancos, ócUlos compondo com Uma boa cabeleira, o sorriso marcante abraçava os amigos de longa data. é, o skate tem esta propriedade de congelar as amizades, mesmo tanto tempo depois. no último campeonato brasileiro de gUaratingUetá dos anos 80, mais precisamente em 1987, pierre Foi o campeão amador em street e no banks! isso mesmo, Um eUropeU Foi declarado campeão brasileiro, em nossa terra! e ningUém armoU Uma gUerra por esta caUsa! ao contrário: em algUmas das trips de brasileiros para a eUropa no começo dos anos 90, pierre acaboU nos recebendo em sUa casa, em ottignies, ali pertinho de brUxelas. o tempo vooU e pierre se mUdoU para o perU, país qUe está se transFormando no novo paraíso dos skateparks, ainda mais depois de sUa chegada. com boa experiência de constrUção de pistas na eUropa, o belga troUxe sUa expertise e aplicoU em obras como a de ayacUcho, cidade qUe escolheU para viver e crioU raízes, com sUa esposa rUth e o Filho qori. em 2013, pierre Foi convidado a participar da constrUção do bowlzinho da vila cosmos, no rio de Janeiro, pelo sylvio e o brUno da rio ramp design, motivo sUFiciente para esticar sUa temporada até o evento de Floripa. esperamos qUe a partir de agora, este intercâmbio seJa regado com mUito carinho e qUe o pierre não FiqUe mais tanto tempo sem aparecer na área. // Por cesar gyrão Pierre, por que você ficou tanto tempo sem dar as caras no Brasil? Olha, voltar no Brasil foi como cumprir um sonho enterrado fazia muito tempo no meu inconsciente. Acho que deixei esse sonho ocultado muito profundamente, porque precisava percorrer um longo caminho de história pessoal que me desse a força de poder hoje voltar e gozar desse Brasil que marcou tanto a minha vida e que eu amo tanto! Quando você começou a Doctor Skatepark? Quais foram as primeiras experiências em construção de pistas? Tenho experiências de construção de pistas desde os anos 80, depois de morar no Brasil e conhecer o skatecamp de Bourges, na França, mas comecei a construir como profissional nos anos 90, com uma minirrampa na minha cidade. Fiz meus primeiros passos no concreto com o “Collectif BRUSK”, um grupo de skaters/ativistas que nasceu em 94, e a ideia da Doctor Skatepark nasceu com a construção do skatepark de Ayacucho, em 2011. Nos anos 80, você morou um pouco em São Paulo, no Rio e no Sul. Na contracapa da primeira Tribo Skate você aparece dando um fs smith no bowl do Anchieta, em Belo Horizonte, no anúncio da Urgh. Quais são as melhores lembranças destes tempos? Cara, são muitas! Tem tantas histórias para contar... Eu era local no QG. Tive a sorte de conhecer toda a galera de SP, gente como Thronn, Porque?, Daniel Bourqui, Jorge Kuge, você... Vi as demos do Hosoi no Rio e em SP, corri em Guará, fiz sessões na Ultra, naquele bowl do Ueda (Polato), conheci tantas pistas incríveis... Tive momentos fora do comum como as sessões no Barramares com a galera do Rio; no Arpoador com os gêmeos (Osmar e Oscar) e Come Rato; no bowl que fica ao lado do snakerun do Marinha, em Porto Alegre, com o (Tomás) Tomate. Acho que a sessão em Curitiba, com o Kosake e o Catarina foi uma das melhores que tive na minha vida! Antes de vencer duas modalidades no Brasileiro de Guará, você tinha experiência em campeonatos na Bélgica? Na Bélgica eu era um moleque que nem corria muitos campeonatos; morar no Brasil e andar tanto de skate foi o maior impulso para mim. Quando voltei, o pessoal não acreditou! Eu estava entre os três melhores do país... Como foi sua mudança para o Peru? Você apontou um lugar no mapa e falou “é aqui que eu vou morar?”
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Tive a sorte de ser convidado para construir uma pistinha tipo “diy” (do it yourself – faça você mesmo). Naquela época, eu incentivei muitos projetos de construção participativos: a nossa gente, da BRUSK, vinha como especialista e quem construíam eram os jovens do lugar, como voluntários. Isso permitiu criar vários skateparks que tinham orçamentos muito baixos. Fiquei umas semanas em Ayacucho, até me encontrar com a Ruth. O resto é coisa de coração! O skatepark de Ayacucho é a sua principal obra? Que outras você tem orgulho de assinar? O desenho do Converse Skatepark em San Borja, Lima, também é seu? Sinto muito orgulho de ter participado na realização do “Square des Ursulines”, uma praça pública mista com elementos de skate no centro de Bruxelas; na construção do skatepark da cidade de Namur, a primeira realização profissional da BRUSK, e até hoje uma referência; e na elaboração do projeto “OTRO”, uma obra de arte construída num museu “da arte monumental e da paisagem”, no centro da França. Esses foram principalmente trabalhos coletivos ao contrário dos skateparks que eu desenhei aqui no Peru. Eu não considero uma obra como “principal”. Acho que a minha principal é de criar as condições para que seja possível construir skateparks de qualidade com gente que anda de skate. Lembro muito daquela sessão que fizemos nos bowlzinhos públicos de Bruxelas em 93, ao lado da estação de trem, acho que eu, você e o Digo (Menezes). Aquela pista foi importante para a Bélgica. Por quê? Desenhei aquela pista me inspirando nos banks que conheci no Brasil! Foi importante porque permitiu criar uma galera de bowl e fazer viver aquele espírito do “bowl riding”. Na hora que o município encheu aqueles bowls de terra para depois destruí-los, a gente organizou o “enterro” oficial e crítico deles, chamando a imprensa. Depois passamos noites inteiras desenterrando os bowls de forma totalmente clandestina! Esses eventos foram fundadores do “Collectif BRUSK” e da dinâmica de construção que nasceu na Bélgica e deram base aos projetos que citei antes e muitos mais. Você tem uma filha com a idade da revista. Como está a Marie? Marie é uma mulherzinha incrível, que está trabalhando como fotógrafa de animais. É uma pessoa muito generosa, muito inteligente. Adoro ela, penso nela todos os dias. Obrigado pela pergunta!
Você resolveu fincar raízes no Peru, criando uma nova família com sua mulher e filho. É uma imersão total numa cultura completamente diferente da sua origem. Como foi esta adaptação? Antes de viajar no Peru, eu morei 10 anos numa comunidade libertária, num terreno ocupado com gente que construía as suas próprias casas e define suas regras em grupo. Dediquei muito tempo a me construir como pessoa em relação aos outros. Acho que isso me ajudou muito e me deu muita força de vontade para me localizar e me desenvolver num outro mundo enraizado em culturas nativas, como a Quechua. Mas tem que dizer a verdade: Ruth é uma pessoa incrível, e tem muito que ver com tudo isso também! O skate no Peru tá bombando, com muitos novos picos, skatistas, três revistas (Slide, Grind e Confusion), vídeos, skateparks, visitas de gringos. A que se deve esta explosão? Sem dúvida a melhora da economia do país tem muito que ver com isso, mas acho que também o lugar e a importância do Brasil no skate mundial é um incentivo para um país como o Peru, que é a segunda economia mais dinâmica do subcontinente e que olha muitas vezes na direção do Brasil. Em Floripa você estava com dois amigos europeus que também constroem pistas. Você está sempre fazendo intercâmbio de tecnologias e especializações? Fazemos intercâmbios de amizades! Se não fosse uma coisa de amizade, eu não estaria construindo pistas hoje! Arne (Fiehl, da revista Boardstein) veio para conhecer o trabalho de pistas no Peru e porque tinha gostado duma experiência de trabalho voluntário num projeto na Costa Rica, e terminou me acompanhando no Rio de Janeiro; e Mike (Van der Ouderaa, da Concrete Flow) veio para compartilhar com os amigos. Pode parecer louco, mas é a pura verdade: é coisa de amizade, antes que tudo! Na obra do Cosmic Bowl, Sylvio e Bruno foram testemunhas e integrantes a 100% dessa amizade. A gente concluiu a pista viajando juntos para Floripa e com muita emoção! Você também desenvolveu um coping block para melhor acabamento nas suas pistas? Você usa concreto projetado? Já usou acabamento em granilite? A minha experiência é com puro concreto! Desenvolvi o coping block na construção de San Borja. Tinha muita vontade de colocar pool coping na minha pista; é um elemento importan-
Francisco chavez
// zap
te nas pistas de hoje. É também uma parte da pista que é muito artesanal, “feita à mão”. Isso foi possível graças às amizades, outra vez. Trabalhei com os bons conselhos de outro amigo alemão, Pudi, que faz coping blocks artesanais. O concreto projetado é o aspecto mais importante que eu quero desenvolver nas minhas construções. Com o concreto projetado, você pode trabalhar de maneira muito mais livre, nas formas, nos tamanhos. Construir skatepark sem concreto projetado é um pouco como fazer suco sem liquidificador. A Doctor Skatepark ainda recebe encomendas de pistas em madeira? Fazer pistas de madeira é um problema no Peru. Não sei como é a situação no Brasil, mas aqui não tem compensado de qualidade, e o skatelite é muito caro. Também a madeira tem que ser coberta, senão fica ruim muito rápido. Foi emocionante correr com você entre os pro legends no RTMF. O que representou este evento para você? Curtiu a pista? Tenho um gosto pelas pistas um pouco difíceis de andar e adorei o bowl do RTMF! Com a idade avançada, é mais fácil para mim entrar num campeonato sem muito stress, relaxado, tranquilo. Acho muito mais legal que quando entrava para ter resultado! O conceito do Skate Generation é
helge Tscharn
Ao ver uma transição, Pierre se transforma numa criança. Fs crail tail tap, Peru.
muito bom. Se desenvolve um ambiente de respeito, de sorrisos, de encontros que eu adorei. Sempre que tive a oportunidade de organizar campeonatos, procurei uma forma de criar um ambiente desse jeito. Gostaria ver mais eventos assim! E meus parabéns para o André Barros e a galera do Rio Tavares! Muito legal ver que seu português ainda está vivo. Além de suas línguas nativas da Bélgica (francês e alemão), você está falando espanhol e quechua. Como se faz para acumular tanta cultura? Combinando estudos, amores, amizades e skateboard! // Pierre Jambé 45 anos, 34 de skate Formado em: estudos de linguística e literatura Francesa e espanhola; prática na construção de skateparks Função (na doctor skatepark): gerente, designer, construtor cidade onde nasceu: Bruxelas, Bélgica cidade onde mora: ayacucho, peru casado com: ruth gonzales arango pai de: marie (21), Qori (3) patrôs: Vox peru, hoax
Pierre e Qori.
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reProdução Flavio gomes
Pablo vaz
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reProdução
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cid sakamoTo
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[02] insTagram
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2013: a Blind aproveitou as atenções voltadas para o evento e anunciou o brasileiro como o mais novo profissional da marca, lançando três modelos diferentes de shapes com a assinatura do skatista. Yuri Facchini também recebe o suporte da Blind, que no final de maio lança o ‘Damn...’ seu mais novo vídeo; certamente um peso pesado das telinhas! • [02] Outro brasileiro que foi destaque recente nos EUA foi o curitibano Adriano Lachovski. Ele venceu a disputa do 12º Phoenix Am, evento anual que acontece por lá e tem tradição entre os campeonatos amadores norte-americanos. • [03] Desembarcando no Brasil com distribuição da Big Brands (Globe, Ogio e etc), a marca Almost chega por aqui já patrocinando o vertical rider Rony Gomes. • Guega Cervone também está de patrô novo: o skatista da Baixada Santista teve vídeo de boas vindas lançado pela Emerica Brasil. • Stanley Inácio, entrevista de nossa última edição, coloca agora shapes da Nineclouds pra estralar. A marca deve lançar em breve o pro-model de maple do profissional. • E o vencedor do Tampa Pro 2013 foi o brasileiro Luan de Oliveira, que acumula três grandes conquistas em suas últimas competições: Maloof Money Cup, Matriz Pro e o evento da Flórida. • Depois de muitos estudos, o profissional Zezinho Martins finalmente pode dizer que seu modelo de tênis pela Hocks já está à venda nas melhores lojas. • [04] Outro que também caminha pro lançamento de pro-model de tênis é o hexacampeão mundial Sandro Dias junto à Fredom Fog. • [05] Carlinhos Zodi, um dos caras do trio Pela Rua, destaque de nossa edição 209, é também músico e seu último cd ‘Kingston Bossa’, o terceiro de sua carreira, está bem style. Pra quem curte boa música, acesse, escute e baixe o cd: carlinhoszodi.com • Desde que a És encerrou as atividades ele passou a usar Adidas e agora finalmente oficializa o patrocínio participando oficialmente de uma tour com a equipe principal da marca alemã. Rodrigo TX esteve na Espanha na companhia de ninguém menos que Mark Gonzales... • [06] Bob Burnquist também anunciou via Instagram seus novos patrocínios: TNT Energy Drink e Globe Shoes. • Depois de ser um dos principais patrocinadores dos XGames no Brasil, a GoPro incorpora ao time Pedro Barros, Marcelo Bastos e Leticia Bufoni. • Lembrandro que Pedro Barros também fechou patrô com a Ford Motors. • A Everlong, além de contar com material de primeira em seus rolamentos, está com uma equipe pesada: Ítalo Romano, Kelvin Hoefler, Daniel Vieira e Danilo do Rosário. • A Liga Trucks lança modelos de eixos 139mm dos skatistas Gui Zolin e Rafael Russo. Este último tem seu primeiro model e Zolin, vai pra sua segunda assinatura de trucks pela marca. • [07] E a Liga anuncia reforço de peso no time de profissionais! Ninguém menos que Biano Bianchin. • [08] A Mad Bull acaba de lançar nova série de tênis intitulada King Bull e apresenta o seu time para 2013: o profissional Binho Sakamoto e o amador Renato Praxedes, além da parceria com a banda de hardcore da Baixada Santista, a Black Jaw. Confira no facebook.com/MadBullShoes • Hood Distribuidora é o nome da nova empreitada do profissional Danilo Dandi, que passa a representar no Brasil as marcas Baker, Deathwish, Heroin, Shake Junt e Brigada Eyewear. • [09] Kohe (leia-se corre) é a mais nova marca de rodas do mercado nacional, com iniciativa do Fabio Cristiano e Jorge Kuge. • Leandro Franco “Moska”, skatista e fotógrafo, abriu sua loja de skate em Campo Limpo Paulista chamada C-Vida. • The King Skateboard é o nome da nova marca que chega pra somar ao mercado nacional, mas com o diferencial de trazer em suas peças o conceito cristão. João Gabriel é um dos skatistas que vestem esta camiseta. • [10] André Genovesi, Gian Naccarato e JP Dantas assinam as novas rodas da Son.
reProdução
[01] Filipe Ortiz teve uma surpresa e tanto durante o Tampa Pro
FoTos Junior lemos
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Ragueb.
Zodi.
Gian Machado e Pablo Groll.
Xaparral.
Sleiman, feeble.
Zikk, Sagaz e Gian.
Thiago Lobo e Dudu Tuma.
Sleiman e Groll.
Finha.
a boardsports Fair Marcando presença na Adventure Sports Fair, que ocupou o pavilhão da Bienal no Ibirapuera (SP) no começo de maio, o skate recebeu atenção especial na feira. Uma pista de street e uma microrrampa fizeram a alegria da garotada e dos marmanjos. Além disso, rolaram sessões de autógrafos no estande da Tribo Skate, além de distribuição de edições variadas. E como nosso carrinho está em alta, o que mais se via nos corredores era os vários tipos de skate circulando de um lado pro outro! A nova ala da Adventure, a Boardsporst Fair, tem tudo pra crescer nas próximas edições, pois os esportes de ação estavam mesmo precisando de um evento nestes moldes.
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FoTos Junior lemos
divulgação
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Marcos Gabriel, stalefish.
maia na orangatang Não contente em ser o representante brasileiro da IGSA, ser consultor de eventos de downhill em todas suas vertentes, ser skatista profissional ativo e overall, Alexandre Maia acaba de fechar uma parceria com a cobiçadíssima Orangatang. O paulista radicado em Floripa, atua como embaixador da marca em sua região através de vídeos, fotos e aparições em eventos. O cara não poderia estar mais motivado, e agora vai focar também nos eventos da categoria master que estão ganhando cada dia mais força também no downhill
FoTos Junior lemos
Marquinhos, Gyrão e Pilão.
Skate para os olhos
camilo neres
A convite da Mormaii, fomos até a maior exposição do mercado de ótica da América Latina (11ª Abióptica) andar um pouco na minirrampa do estande e também comemorar com o Marcos Gabriel a capa da 209.
Não caia da cama Pular do telhado, manobrar no cachorro e usar carro como obstáculo. Essas são apenas algumas das insanidades que estão no primeiro vídeo da Deathwish, o ‘The Deathwish Video’, produção que foi apresentada aos brasileiros com exclusividade pela Hood Distribuidora. As seções aconteceram em SP, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro e Goiânia. Fotos da que rolou na Matilha Cultural, na capital paulista.
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erramos Já arrancamos o dedo do responsável por trocar a letra b pela f na legenda da foto acima, publicada na edição 210, páginas 48 e 49. O Patrick Vidal está mandando um backside 180 fakie nosegrind, como é fácil de ver.
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Skate Seguro. Ande sempre com equipamento de segurança.
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Não tente isso em casa! Usando a grade de segurança como borda, Wil Souza manda esse respeitável switch crooked.
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Gabriel Fortunato representa o skate sorridente: ollie crailgrab.
Um, dois, testando! // Por JUnior lemos O novo Koston 2 é realmente de outro planeta, assim como é o skatista profissional que inspira o modelo! O tênis se ajusta muito bem ao pé, não deixa aquela folga que geralmente causa torção do tornozelo. O sistema de amortecimento é pura tecnologia, você sente o chão macio quando caminha e no rolê de skate o impacto é zero. Sem falar no grip que o solado oferece, facilitando bastante o giro das manobras. E essas impressões que tive do calçado saíram do rolê que fiz em uma terça-feira, quando a Nike apresentou o Koston 2 a um grupo de convidados em visita ao Brasil Skate Camp. E além de poder andar de skate ao lado dos skatistas que usam Nike e representam a equipe brasileira (Gordo, Gerdal, Fabio Cristiano e Luan), pude livrar um dia da pressão do trabalho na redação e ainda perceber o azul diferente que tem o céu do interior paulista.
Flavio gomes
No feriado de 1º de Maio muitos skatistas trabalharam bastante suas manobras na pista pública de Indaiatuba/SP, durante o 2º Urgh Street Amador. A marca esteve em peso na área com a equipe de skatistas (pros e amadores), marketing, representantes comerciais e até o legend Jorge Kuge colou pra dar um rolê. Quem conhece Indaiatuba sabe que a cidade tem sempre aquele sol estralando lá em cima e a pista é bem completa, contando com uma área ampla de street e também obstáculos de vertical, além de um half pipe, o que quer dizer que foi um dia de muito skate, solzão e arquibancadas sempre cheias de gente de olho no que acontecia na pista. E em meio aos mais de 100 competidores, Giovanni Galera (Santo André/SP) e João Gabriel (São Bernardo/SP) foram os campeões iniciante a amador, respectivamente.
Junior lemos
Junior lemos
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Rafael Sevilha, one foot.
26 | TRIBO SKATE maio/2013
rampa também é rua Antigamente a galera precisava ‘pegar emprestadas’ as madeiras para construir as rampas. Hoje a parada é oficial e rola até competição específica como o tradicional Jump Ramp Barueri, que teve sua 4ª edição realizada em abril passado. A disputa rolou no ginásio de esportes da cidade em conjunto com o 1º evento de slalom local. E na finaleira, um carro velho foi ‘sacrificado’ a manobradas, em homenagem aos ancestrais que ganharam a vida se arriscando pelo skate. Pro 1º Raul Roger / 2º Dan Cezar / 3º Paulo Barata Amador 1º Bruno Vinicius / 2º Renato Sales / 3º Caique Rodrigo do Carmo Mirim 1º Matheus Matsumoto / 2º Guilherme Rodrigues / 3º Paulo Ricardo Oliveira ‘Cara Quebrada’
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instagram é compromisso. diFUndido entre os skatistas, o instagram revela cada vez mais o kit qUe vai pro rolê, o monta e desmonta de skate e até aqUela nave Usada no manobrar diário. intencional oU não, isso é positivo porqUe Facilita pros patrocinadores no monitoramento pra ver se o skatista está oU não Fazendo o trampo certinho. por isso o talkshow deste mês Facilita pra eles e traz algUns instas qUe vão neste sentido.
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F a. @jncharles: kit pronto - vamos andar em #salvador. b. @bobburnquist: hora de fazer as malas de novo. e a ogio facilitando minha vida como sempre! lá vamos eu. C. @enxaquecaxv: @santacruzskateboards. D. @rudycwb: Workstation @ posiblementeskate. e. @fabriziosantos: thanks @splitclothing. F. @ronygomes: dia de apresentação no ct! G. @hienavegetal: alexandre grecco promodel na loja Colex! H. @vitalfelipe: obrigado @starterbrasil.
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28 | TRIBO SKATE maio/2013
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FelliPe Francisco
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rodrigo gerdal O som que sai do player de Rodrigo Gerdal é tão pesado quanto o cotidiano do seu skate manobrando nas ruas! E nada como revelar as mais tocadas nos ouvidos do profissional para conhecer um pouco mais de onde o cara tira inspiração pro rolê. Algumas são facilmente vistas em trilha sonora de vídeos de skate, outras são tão exclusivas que é preciso conhecer o caminho para ouví-las na internet. Dr. Caligari e Ogi, Nossa Hora Vai Chegar Rodrigo Ogi, Crônicas da Cidade Cinza (álbum) UpGround Beats, mixtape Rimando Sete Jamés Ventura, Fogo Criolo Doido, Grajaúex Contra Fluxo, Superação DJ Caique, Nairobi e Hurakan, Zero Grau Kamau, Entre (álbum) Mentkpta e Nairobi, Porque Quando Zero Grau Kingz, Situação de Risco Savave, Versão Extendida (álbum) Parteum, Bagunça das Gavetas Cabes e Thiago Ramalho, A Cidade Doncesão e Pizzol, Um Dois (álbum) Síntese, 4/20 Henrique Fuentes, Meu Dito Meu Feito (álbum) Gangstar, Full Clip Joey Bada$$ e Lord Finess, Funk Ho’$ Souls of Mischief, 93 ‘Til Infinity Antônio Carlos e Jocafi, Kabaluerê Rodrigo Petersen Gerdal (Nike SB, Boulevard Skateboards, LRG, Gold Wheels, Swiis Bones Bearings, Diamond Hardware e Venture Trucks)
Rodrigo Petersen, 360 flip.
com o mUndo todo dentro da internet, Fica cada vez mais Fácil revelar sUas habilidades artístiscas oU aqUela movimentação contra algUma atitUde ‘atrasa lado’ dos governantes. por isso a aUdiência deste mês mostra Um termômetro desses acontecimentos, se liga! E se você quer mostrar algo para o universo do skate, o lugar certo é no: facebook.com/triboskate
30 | TRIBO SKATE maio/2013
Italo Jorge, de Aracaju, compartilhou este desenho em nosso perfil e nós trazemos para nossos leitores conferirem.
Romeu Lins, de Campos dos Goytacazes/RJ, lançou a foto em nossa página e nos conta a história por trás da imagem: “Estão querendo afastar o skate da praça central da minha cidade, apelidada de SS Plaza. Estamos lutando para a sua utilização ordenada, assim como acontece na Roosevelt (em São Paulo) e na XV (no Rio de Janeiro). Enquanto não há uma definição, a incerteza toma conta do pensamento de todos. Não queremos perder este pico clássico local, que é feito de granilite, mármore e ocupa uma área equivalente ao tamanho de um campo de futebol. Na foto estão Rafael Eaquef (sem camiseta) e Diego Leite.”
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rodil FerrUgem o cUrrícUlo de competições do rodil é lotado de títUlos. tantos qUe Fica Fácil perder-se a conta. Já na primeira edição da tribo skate, em 1991, apareceU como Um prodígio dos campeonatos, com direito a Foto em londrina. Um garoto cabelUdinho qUe tinha o dom de Fazer boas linhas de competição. tempos depois, ao se tornar proFissional e começar a papar vários eventos e liderar o ranking por anos segUidos, teve até títUlo de matéria mencionando “a era FerrUgem”. esta seqUência de títUlos Foi qUebrada mUito tempo depois, mas nada qUe não o mantivesse sempre bem no game (Jogo). rodil JUnior continUa na ativa como skatista e agora divide seU tempo entre sUa Fábrica de shapes, as marcas, os negócios e a Família. (Gyrão) • Você começou cedo e logo se revelou nos campeonatos amadores. Quando você percebeu sua veia de competição? (Sandra Braga Leão, Recife/PE) – Nunca imaginei que me tornaria um campeão no street, só andava por andar, passar tempo depois da escola, como qualquer guri faz com 10 anos de idade, mas percebi que tinha muita facilidade em andar e segui em frente. Iniciei no vertical e logo no primeiro campeonato me destaquei ganhando o evento. Depois disso comecei a andar no street. Assistia muitos vídeos e percebi que a molecada dava as manobras e levava muito tempo pensando no que iriam fazer em seguida… aí pensei: “Por quê não ter todas as manobras na cabeça e seguir dando elas uma após outra sem parar?” Fiz isso, e no primeiro evento de street, ganhei também! Assim fui percebendo que tinha descoberto um ‘macete’ para me dar bem nas competições. Com o tempo desenvolvi isso e me dediquei cada vez mais com manobras técnicas para continuar ganhando.
Angeles. Que ano foi isso? (Renato Silveira, Belo Horizonte/MG) – Foi no ano de 1995… Isso realmente aconteceu! Logo que cheguei em Los Angeles, fui andar em uma pista e acabei torcendo feio o pé direito. Três dias antes do evento nem caminhava direito. Tentei cuidar, mas não adiantava. Logicamente quis desistir. No dia do evento, meu pai que estava comigo me incentivou e disse: “Cara, você anda de skate todos os dias, sabe o que fazer. Você só precisa aquecer e na hora vai acertar tudo!” Mas - acreditem - nesse aquecimento eu torci o outro pé! Na hora eu pensei comigo: “Vim até aqui e vou desistir?” Viajar naquela época para os EUA não era tão fácil e acessível como hoje… Enfim, não desisti: emprestei uma tornozeleira do Ricardo Carvalho e entrei na pista determinado. Não sei como deu certo, mas ganhei o evento. Aliás, eu sei: foi God (Deus)! São situações que vivi que me fazem relembrar o quanto eu sou apaixonado e amo esse esporte. Sempre recebi críticas por gostar tanto de competir e não me dedicar em outras áreas, como andar na rua. Mas você tem que fazer o que te faz feliz! Eu prefiro andar em pistas simples assim!
• Foi mesmo no skate, ou foi em outra coisa? (Sandra Braga Leão, Recife/PE) – Foi mesmo no skate, desde o início. • Você lembra mais ou menos quantos eventos ganhou como amador e depois como pro? (Sandra Braga Leão, Recife/PE) – Olha, eu corria todo tipo de evento que existia no Brasil. Sempre tive meus pais que me levavam e me incentivavam. Não lembro quantos foram, mas procurei sempre ser campeão estadual de cada categoria: desta forma me sentia aprovado para passar para uma categoria acima.
// roDil rubens De arauJo Junior 35 anos, 25 de skate 12 Vezes campeão Brasileiro de street pro 2 títulos de campeão mundial street pro Wcs patrô: Ferrugem skateBoard, Qix e gustaVo Borges curitiBa, pr
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FiliPe soares
• Qual é o segredo de correr com o pé contundido e ainda assim ganhar um grande campeonato? Poucos sabem esta história, mas acho que foi num dos XGames de Los
• Por muito tempo você corria os campeonatos com música gospel, o que causava um certo estranhamento para quem estava assistindo. Quanto tempo você foi “atleta de Cristo”? Que mensagens você gostava de pas passar para o público? (Onair Ribeiro da Costa, Joinville/SC) – Desde 1995 sou cristão. No meu DVD da Qix, “Cham “Champion”, o Sergio Yuppie disse: “Se ele não fosse cristão, che chegaria onde chegou?” Eu respondo: não chegaria, porque eu teria desistido. A pressão e a crítica sempre foram muito pesadas. A música gospel me trazia paz. O que eu fazia era colocar todo o fardo desta ‘perseguição’ nas costas de Cristo… Acredito, sim, que fiz diferença no skate, por isto e por não me deixar levar pelas coisas que não concordava no meio deste esporte, que por muitos anos foi marginalizado. Me dediquei nas competições; fiz isso por mim, pelo que eu acreditava; porque era meu sonho! A mensagem que eu queria passar era que, colocar Deus no seu dia a dia, não te limita em nada, pelo contrário, só complementa!
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rodil FerrUgem
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a pressão e a crítica sempre foram muito pesadas. a música gospel me trazia paz.
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• Uma das cenas mais chocantes que vi nos campeonatos brasileiros de skate foi quando você quebrou o braço no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Era um switch bs lipslide, se não me engano, e saiu num vídeo da época. Que ano foi aquilo? Como foi a experiência? (Marcos Bienvenutti, São Paulo/SP) – Foi essa manobra mesmo. Não lembro o ano, mas foi em uma etapa do profissional. A experiência foi terrível! Não gosto de lembrar daquilo (risos)… • Rodil, você é um colecionador de troféus e já tem 12 de campeão brasileiro profissional de street. Você ainda tem motivação para competir? (Carlos Tirol Issa, Guarulhos/SP) – Sim, a minha própria história me motiva. Toda vez que eu tiver a disponibilidade de competir, eu irei. Ainda que hoje tenha outros compromissos como empresário. • Uma vez usaram um shape da sua marca em uma revista erótica masculina. Como você administrou esse fato negativo? Tomou alguma providência jurídica contra a revista? Um abraço, curto muito seu rolê. (Jorge Santos, Jacareí/SP) – Não aprovei o uso. Na verdade, nem fui consultado! Jamais poderia vincular o meu esporte e o meu nome a coisas que não condizem com a minha conduta, com meu modo de viver. As providências foram tomadas. • Na sua época de maior sucesso, algumas pessoas o chamavam de robozinho, pelo fato de você nunca errar a linha. Qual era o segredo para isso, muito treino? E qual skatista na atualidade você considera ter o mesmo perfil que você? (David Fugazza, São Carlos/SP) – Não discordo do termo ‘robozinho’, afinal a minha estratégia sempre foi planejar, programar e executar. Na maioria das vezes dava certo (risos)! Especificamente, neste ponto, lembro do Nyjah Huston - por planejar sempre as manobras que irá executar nos eventos. • O que acontece com o skate nacional atualmente? Onde estão os campeonatos profissionais de São Paulo? O skate não está se transformando em uma apresentação ao invés de ser cada vez mais um esporte? (David Fugazza, São Carlos/SP) – Também me questiono sobre isto, afinal, como um esporte tão popular tem tão poucos eventos profissionais? Sempre cobro da confederação pra que possamos alavancar mais incentivos, patrocínios… • Muito legal a sua marca, a Ferrugem Skates. Ela é uma marca nacional, ou apenas da sua região? Atualmente você tem algum outro patrocínio? (Felipe Tiago, Mogi/SP) – A Ferrugem Skateboard é uma marca nacional e estamos pouco a pouco entrando em todos os estados do Brasil. Hoje ando pela minha indústria, a Ferrugem Skateboard, Qix e academia Gustavo Borges.
próximo enFocado: lP alaDin enVie suas perguntas para triboskate@triboskate.Com.br com o tema linHa VermelHa – lP alaDin. coloQue nome completo, cidade e estado para concorrer ao produto oFerecido pelo proFissional.
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• Em 2012 você disse em uma etapa do brasileiro que iria gravar uma parte de vídeo apenas andando nas ruas. Como está o andamento deste projeto? E onde estão sendo gravadas as imagens? (Israel Martins Trentin, Curitiba/PR) – Sim, disse mesmo. Devido a novos rumos profissionais que tive nesses dois últimos anos, eu não me dediquei a esse objetivo no skate. Fiz pouca coisa; filmei algumas manobras somente; mas com a estabilidade dos meus negócios, creio que será possível logo mais. Na verdade, já tenho os primeiros teasers... • Por alguns anos o Marcio Murinho foi seu parceiro nas viagens, servindo como uma espécie de agente de sua carreira profissional. Como foi esta época? Foi quando você morou nos Estados Unidos? (Guilherme Silva e Silva, São Paulo/SP) – Foi um tempo bom. Infelizmente não temos mais contato. • No início o seu pai sempre o acompanhava nos eventos, sempre apoiando e inclusive dando força para outros skatistas. Como está o Rodilzão? Ele ainda participa de algumas sessions suas? (Norberto Machado, Rio de Janeiro/RJ) – Meu pai sempre está comigo. Sempre me ajudando e dando suas opiniões em tudo, nos negócios e no skate… Hoje está aposentado curtindo um pouco a vida… Ele merece (risos)! • O que você acha da seleção dos skatistas de eventos como os XGames? Você foi campeão em algumas versões do street nos XGames nos EUA, depois não o chamaram mais. Como foi isso pra você? (Sergio A. Battista, São Paulo/SP) – Queria muito ter participado. Certamente fiquei chateado, pois em minhas veias corre a emoção da competição. Mas não somos donos da ‘regras’, então o que me resta hoje é fazer os meus “XGames”, dando a oportunidade para todos os skatistas profissionais participarem, um evento aberto, onde os atletas não necessitem se degladiar por uma única vaguinha! E com premiação tão alta quanto esta! Who knows? Fé eu tenho de sobra!!! • Quando você montou a fábrica de shapes? (Sergio A. Battista, São Paulo/SP) – Montei há 2 anos. • E o skatepark de Matinhos, quando sai? (Alexandre Oliveira, Paranaguá/PR) – Em breve. Em dois meses ficará pronto. Será algo fantástico. O skatepark será coberto com obstáculos modernos e utilizado nos eventos internacionais. Procurei fazer um ‘Berrics’… Nessa pista teremos o Instituto Rodil Ferrugem, que irá cuidar de 560 criancas em contraturno escolar, tirando as crianças das ruas e dando a elas a opção de praticar o skate. Teremos ortodontia, pedadoga à disposição da molecada… Tudo isso para contribuir na formação e desenvolvimento das crianças do município.
acredito, sim, que fiz ‘‘diferença no skate, por não me deixar levar pelas coisas que não concordava no meio deste esporte, que por muitos anos foi marginalizado.
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FiliPe soares
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A Avenida Batel ĂŠ foco do street em Curitiba. Fs noseblunt slide.
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legado da copa // mg
Mineirão:
o nascimento de um pico
// TexTo e foTos Diogo groselha
A
Copa do Mundo de Futebol tem transformado as capitais que irão receber os jogos em 2014. E quem também ganha com isso é o skate! Belo Horizonte tem recebido diversas mudanças em sua infraestrutura, com reformas de praças, ruas, acessos e etc. Mas o foco principal de todas as mudanças foi o estádio Mineirão, que está de cara nova, assim como a esplanada em seu entorno. E é aí que está o que interessa a nós, skaters: uma área de 80 mil metros quadrados de chão liso, com bancos e bordas à vontade. Dá pra fazer linhas gigantescas até cansar as pernas. Pra quem curte, ainda rolam escadarias do tamanho que escolher e também corrimãos cabreiros que compensam se jogar pro registro. Além disso, a área é liberada pro skate, sendo que o local conta com bebedouros e banheiros públicos! É só questão de tempo até que skatistas de todo Brasil venham conhecer este novo pico, que é o quintal do skatista profissional Jay Alves. Se quiser saber se está chovendo, se está tendo algum evento que impeça de andar, é só dar um toque no cara: ele já virou zelador do Mineirão. Não é pra menos, com um quintal desse nenhum skater iria sair de casa!
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Assim como dezenas delas ainda sรฃo, Gustavo Carneiro estoura o cabaรงo da borda alta com este fs board arrancando.
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Thiago Lima faz parecer fácil esse nollie backside tailslide. É muito estilo envolvido.
Melhor presente que ganhei foi essa reforma! BH agora tem um pico cabreiro pra andar e evoluir, e fica a 10 minutos da minha casa: posso ir de bike. Fico feliz de ser o primeiro a velar várias das bordas. Ter um pico bom de skate do lado de casa no Brasil é um privilégio! (Jay Alves) 40 | TRIBO SKATE maio/2013
Arthur Zóio ignora de flip um dos incontáveis bancos do novo Mineirão.
mg // legado da copa
Jay Alves mostra quem canta de Galo no quintal de casa: frontside noseblunt to switch backside lipslide, pra fechar a partida.
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Arquivo pessoAl
rogerio lAlAu
Arquivo pessoAl
Luis Roberto Formiga, bs air, RTMF.
Felipe e Tiago Rodrigues no Woodward Camp.
Arquivo pessoAl
Flávio Ascânio, sweeper drop.
rogerio lAlAu
petrônio vilelA
Gustavo Castro, fs grind no Sítio Sumaré.
Arquivo pessoAl
Josil, drop no Félix, em Ubatuba. Arquivo pessoAl
Mauricio Chileno, fs wallride, SBC.
Henrique Zampieri, clif drop.
Rogerio Lalau, campeão Six Speed 2012.
red bull skate generation // rtmf
O tirO
certeiro A sequênciA de câmerAs dA foto AcimA permAneceu por AlgumAs horAs durAnte um diA dA versão 2013 do skAte generAtion, pArA criAr imAgens no estilo mAtrix (o filme), pArA o site dA red Bull. estA foi ApenAs umA dAs grAndes novidAdes de um dos eventos mAis desejAdos do mundo do BoArd. este Ano A festA foi AindA mAis incrível com A inclusão de um sexto time nA grAnde finAl, quAndo As gerAções do skAte AndAm juntAs e sincronizAdAs e todos se esBAAAAldAm com As linhAs e mAnoBrAs de todos os tempos. em seu terceiro Ano, o generAtion é A provA de umA fórmulA que vingou – um tiro certeiro. por cesAr gyrão // fotos: mArcelo mug
A
invasão de grandes e novos nomes do bowlriding de todos os quadrantes do planeta foi ainda maior este ano. Com a recente reforma do RTMF Bowl, as linhas ficaram mais fluidas, não apenas para os skatistas locais, que logicamente se mostravam mais à vontade, mas também para os marinheiros de primeira viagem. Eddie Elguera e Steve Alba estrearam em competições no Brasil cada um com seu meio século de vida, isso mesmo, 50 anos de idade e andaram muito! Na outra ponta, da geração que está entrando em cena com vontade, nomes como Tristan Rennie, Augusto Japinha e Mateus Guerreiro, entre os mais novos. // Fome de skate Todas as categorias foram muito disputadas. A exemplo dos outros anos, o resultado das eliminatórias para os pros seria válido para o ranking WCS, com mais uma vitória para Pedro Barros, no caminho para o quarto título de campeão mundial. Conquistar uma vaga para correr este evento foi uma novela. Com limites de inscrições para as quatro categorias, os skatistas tiveram que fazer reservas por email pela CBSk. Os critérios para as categorias pro master e pro legends foram rigorosos. Skatistas antigos que não chegaram a correr como profissionais em suas épocas, foram barrados. Outros engoliram a condição e correram como amadores, mesmo com muita experiência nas costas. Regras do jogo. Entre inscritos e não inscritos, não houve um minuto de sossego no RTMF, a não ser quando choveu. // Pro Uma verdadeira batalha por uma das seis vagas na final. Uma prova de fogo, uma luta de superação pessoal, de ficar em cima dos eixos e encaixar as melhores manobras em todos os cantinhos do bowl.
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O skate genético de Vi Kakinho. Bio lien air.
Feliz por voltar ao Brasil depois de muitos anos, o animador de eventos de vertical se dedicou a fazer seu melhor skate no RTMF. Sergie Ventura, bs air jogando bem o tail ao anoitecer.
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Por mais que Augusto Akio dos Santos seja bem conhecido no universo do skate amador brasileiro, foi no Generation que ele soltou as suas asas. Do inĂcio ao fim, tudo com muita leveza e estilo. Augusto Japinha, transfer slob contorcidaço.
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rtmf // red bull skate generation Não foi fácil. É difícil escapar dos clichês para se expressar a intensidade da competição, mas realmente os juízes tiveram muito trabalho para ordenar do primeiro ao último colocados. Até o Pedrinho não poderia vacilar em casa! Isto porque o Felipe Foguinho tava na febre e chegou junto, com “apenas” 2,33 pontos de diferença. Sandro Dias invocou suas bases de curvas e concreto para ficar entre os três melhores, superando de leve um invocado e criativo Murilo Peres. Murilinho retornava de um longo período de recuperação de uma cirurgia e estreou como profissional no Generation. Omar Hassan tem idade pra correr entre os pro masters, mas encarou em alto nível a categoria mais disputada e andou muito. Muito mais que nas duas versões anteriores. Outro que conquistou espaço na final foi o “invertebrado” Joshua Rodriguez, um maluco que mescla velharias com manobras técnicas no gás e volta de algumas manobras se contorcendo todo no flat pra ficar em cima do carrinho. Flagra só os nomes que bateram na trave e não passaram, na ordem entre o sétimo e décimo-quinto colocados, pra entender melhor o nível cabeludo de competitividade: Rune Glifberg, Marcos Gabriel, Nathan Beck, Alex Sorgento, Raul Roger, Josh Mattson, Josh Borden, Kevin Kowalski, Nilo Peçanha. Tenho que recorrer a outro clichezão pra ressaltar a habilidade dos outros 20 skatistas que fizeram parte das baterias: alguns deles têm skate para estar entre estes 15, mas não era o dia deles. Nomes como Allan Mesquita, Mizael Simão, Raven Tershy, Alex Perelson e Otavio Neto. Destaque pra única mulher na competição, Lizzie Armanto, 17ª colocada entre os pros. // am A localidade de Vi Kakinho imperou entre os amadores. O filho do Leo estava voando alto, trabalhando as bordas com maestria e costurando o bowl inteiro. Fabinho Junqueira salgava suas linhas também com altura e distância, com pouco menos combinações back to back. Tristan demonstra mais experiência que seus 14 anos de idade quando faz seus rolês, explorando todos os fundamentos do skate vertical, com liptricks, airs e um hip ollie one foot bonito de se ver. Incrível como os outros três classificados amadores para a final são estilosos: Caique Silva, Augusto Japinha e Alan Resende. Caique mais pra praia das bordas, Japinha com todos os airs contorcidos, Allan com um vasto arsenal de truques. Em sua grande maioria, os amadores estavam representando mesmo o papel de renovação da cena, mas alguns skatistas mais da antiga, enquadrados naquela questão dos critérios para a distinção das categorias, estavam firmes e também andaram muito. Destaque total para o Fernando Gomes, com seus 39 anos e muito skate no pé.
Criador e criatura: Eddie Elguera e frontside rock’n’roll. Aos 50 anos, a lenda está andando como um moleque.
// Pro master Natural que o localismo dominasse a categoria dos pros entre os 38 e 44 anos, no entanto, Duzinho Braz, de Santo André, se sobrepôs ao do homem da área: o mestre Leo Kakinho. Questionável ou não, os cinco juízes viram desta forma e assim, neste ano, Leo deixa escapar a liderança pro master pela primeira vez. Marco Cruz, paulista
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red bull skate generation // rtmf Com a reforma do bowl, novas linhas surgiram em 2013. Christian Hosoi alongou as suas com bs airs como este.
Mudar pra Floripa e andar direto no RTMF burilou mais o skate do Marco Cruz. Fs air.
radicado em Floripa, andou bem pra chegar na frente do Mauro Mureta, aquele monstro que venceu o primeiro evento da história do bowl. Depois de muitos anos sem aparecer no Brasil e completamente amarradão por ter voltado, Sergie Ventura passou pra final, assim como outro local: Miguel Catarina. // Pro legend Domínio absoluto dos gringos. Christian Hosoi folgou, sempre interagindo com o público. Voltas épicas, ainda melhores que as de 2012. Eddie Elguera se puxou ao máximo, sem cansar, com manobras técnicas como seu mayday ou o fakie noseblunt. O piscineiro mais
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As manobras mais anos 80 estavam nas mãos e nos pés de Steve Alba. Bs handplant.
Pontilhar suas voltas com as manobras mais escancaradas era sua missão. Mas, Pedro Barros é sempre o tudo ou tudo. Flip indy onde só ele chega.
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Tristan Rennie, fs feeble naquela parte mais chata.
O retorno do Murilo Peres ao skate foi com muita, muita garra. Bio bs stale fish.
considerado de todos os tempos, Steve Alba, entrou com seu ritual de alongamentos e clássicas manobras. James Bigo, Luis Roberto Formiga e Marco Aurélio Jeff também fizeram um trabalho melhor que o do ano anterior e se garantiram na final. // Cartas embaralhadas A gran finale do Generation é sempre sublime. Junte todas as categorias nos seis times e os coloque pra andar. Duas baterias com três times cada.
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A experiência somada à muita vontade de andar, colocaram Sandro Mineirinho numa confortável posição no Generation deste ano. Fs smith grind.
Animal! Pura vibração positiva! E, ainda, uma grande oportunidade para cada um se superar, sincronizado com os demais parceiros de time. Com Pedro, Vi, Hosoi e Duzinho, o time 1 se garantiu lindamente, puxados pelo Pedro e o Vi. Diziam na hora que o time 2 era da galera de Guaratinguetá, com Foguinho, Leo, Fabinho e o Elguera – que tem Guará (guera) em seu nome. Brincadeiras à parte, a química entre eles funcionou muito bem. O time 3 segurou a onda principalmente pelas performances do Sandro e do Tristan. O improvável aconteceu com o time 4, que mesmo com Murilo garantindo a
rtmf // red bull skate generation
quarta colocação individual no geral, acabou na sexta posição. Mauro Mureta havia passado em quarto na pro master, mas como não apareceu para a final, abriu sua vaga para o Mauricio Chileno que já estava desencanado de andar de skate. Os times foram recompostos e Chileno entrou no time 6, que chegou em quinto puxado pelo Josh Rodriguez. É, as cartas estavam bem embaralhadas e o jogo foi impressionante. Red Bull Skate Generation: uma fórmula única, um tiro certeiro.
Resultado (pro, am, pro master, pro legend): 1º Time 1 – Pedro Barros, Vi Kakinho, Duzinho Braz, Christian Hosoi 2º Time 2 – Felipe Foguinho, Fabio Junqueira, Leo Kakinho, Eddie Elguera 3º Time 3 – Sandro Dias, Tristan Rennie, Marco Cruz, Steve Alba 4º Time 5 – Omar Hassan, Augusto Akio, Miguel Catarina, Luis R. Formiga 5º Time 6 – Josh Rodriguez, Alan Resende, Mauricio Chileno, Marco A. Jeff 6º Time 4 – Murilo Peres, Caique Silva, Sergie Ventura, James Bigo
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No pouco tempo que ficou no Rio, Muller confere a vista da pedra do Arpoador.
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muller rafael // entrevista pro
Degrau por Degrau Estágio na vida Em quE todos passamos, passarEmos, ou não. FasE quE inFElizmEntE poucos skatistas brasilEiros consEguEm alcançar! mullEr raFaEl Encara Em 2013 uma das mais importantEs EvoluçõEs Em sua vida: dará as boas vindas ao sEu primEiro Filho E acaba dE sE proFissionalizar no skatE. natural dE birigui, intErior paulista, o skatista tEm no valE do anhangabaú Em são paulo uma dE suas Escolas, E ninguém mEnos quE marcElo Formiga como ‘oriEntador’. por Essas E outras trazEmos nas páginas a sEguir um pouco da história dEstE novo pro quE vEm conquistando sEu Espaço subindo um dEgrau por vEz! por Junior Lemos // Fotos PeDro maceDo
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O Engenhão também é um excelente pico carioca de skate: bluntslide pra dentro, correndo a borda. É a prática da escola do Vale do Anhangabaú!
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uita gente confunde o seu nome. É Muller Rafael ou Rafael Muller? Se te chamarem de Muller ou de Rafael, você atende do mesmo jeito? Então, meu nome mesmo é Muller Rafael. Mas tem muita gente que pensa que é o contrário (risos)! Atendo sim, do mesmo jeito; pra mim não tem problema algum: Muller ou Rafael. Acho que, no momento, só tem um Muller Rafael nesses corres. Hahaha. Teve uma vez que o (Maurício) Nava pensou que era Rafael Muller, achou que Muller era apelido, ou tipo um naipe. Você passa por uma fase importante em sua vida pessoal e profissional: vai ser pai e tem a responsa do profissionalismo no skate. Como você encara tudo isso acontecendo ao mesmo tempo?
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A Cedae de Copacabana é visada pelos gapeiros: fs ollie pra cima da grade.
Estou muito feliz, está tudo tranquilo! Estou me posicionando bem, minha família está feliz e por isso (com a profissionalização) estou andando de skate em dobro. Realizei o sonho de ser profissional e sei que preciso me puxar cada vez mais! Agora tô realizando também o sonho de ser pai; pra mim está tudo perfeito e jamais isso vai me atrasar, pois tenho uma família muito boa e que apóia muito meu skateboard. Pra quando é o nascimento da criança? Já definiram o nome? Pode nos contar como está a preparação pra ser pai? O nascimento está marcado pra acontecer no começo de julho e o nome vai ser Luiz Henrique: Luiz do meu pai e Henrique do meu sobrinho (risos.) Até o momento, graças a Deus, está tudo perfeito. Todos felizes, vamos espe-
muller rafael // entrevista pro
rar com fé porque estamos ansiosos na espera dessa criança. E o corre pra conseguir passar pra pro, como foi todo o processo para que isso acontecesse? Pra passar pra profissional foi o seguinte: estava nos corres do skate há algum tempo, viajando, correndo os eventos amadores, sempre fazendo certinho os trabalhos de fotos, anúncios e vídeos. Aí chegamos à conclusão, eu e meus patrocinadores, que poderiam me passar para profissional, pois Mad Rats e Zion sempre me deram suporte de vida para que eu continue trabalhando certo com o skate aqui no Brasil. Pensei em passar no final de 2011 quando cheguei da Europa; lá renderam bons trampos de fotos e filmagens. Aí sim, me senti ainda mais fortalecido. Fiz o trampo durante 2012 e realizei em 2013!
Apesar de ser hoje skatista profissional você ainda não consta na lista da Confederação Brasileira (CBSk). Não deu tempo de entrar com a papelada pra oficializar a categoria? A gente estava no corre de louco, tanto da minha parte quanto da parte dos meus patrocinadores, mas nós fizemos o pedido depois do prazo. Agora estamos atentos pra fazer na data certa! Acredito que a confederação conhece meu trabalho e vai me ajudar em mais essa conquista. Você sabe que não vai poder competir os eventos profissionais da CBSk enquanto não for confederado? Sei sim, mas os confederados, na real, são poucos no Brasil! Acredito que vou perder uns dois eventos esse ano, mas meu plano é ir de novo correr os
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muller rafael // entrevista pro
Isso me ajudou “ muito: ter saído do
interior e vir pra são paulo buscar e não ficar esperando cair do céu!
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Nollie bs heel flip no chafariz em Botafogo, pico que raramente está apto pra receber o skate porque é sanitário de mendigo e direto fica cheio de água.
mundiais na Itália e também em Praga, na República Tcheca. Vou com meu brother Elton Melônio, que tambem não é confederado mas é, na minha opinião, um dos maiores profissionais que ando junto de skate; tenho o máximo respeito por ele e pelas missões que faz no skate, mesmo não tendo a carteirinha da CBSk. Na época de amador, o que você fez para colocar seu nome em evidência? Quando eu era amador, corria vários eventos! Sempre gostei e até consegui me dar bem em alguns deles, mas o que me ajudou mesmo foi a vinda pra SP e ter conhecido o fotógrafo Atilla Chopa, que sempre acreditou na minha pessoa e no meu skate. Isso me ajudou muito: ter saído do interior e vindo pra São Paulo buscar e não ficar esperando cair do céu! Fazer o corre sendo do interior do estado é bem mais complicado, mas tem o lado bom que é estar sempre viajando. Tem noção de quantas cidades brasileiras já visitou? E viagens internacionais, quais foram? É um corre e dos grandes, cara! Birigui fica 600 km distante da capital. Mas hoje que consegui, pra mim tá sendo ótimo, porque levo meu skate pro interior com maior facilidade e até nisso vejo que meu trabalho fortalece de alguma maneira a cena da galera da região. Skateboard tem em todo lugar (risos)! As viagens pelo Brasil já perdi as contas. Fora dele, fui pra Europa em 2011 e conheci quatro países. Suas fotos foram feitas todas no Rio. Quanto tempo demorou pra conseguir produzir o material? Não sabia que poderia conseguir tudo isso em tão pouco tempo. Foi um esforço que veio do fato de eu ter passado para profissional; sabia que era importante viajar para o Rio e produzir coisas boas. Meu corpo ficou de tal forma que não me aguentava mais; foi muito cansativo e o que ajudou a tudo dar certo foi ter a companhia dos meus amigos William Damascena, (Antonio) Juneka, (Guilherme) Guillis e até mesmo do (Thiago) Picomano. Todos rendendo juntos na mesma trip. Deu tempo até de filmar para o vídeo DO RIO e o Sem Parar #9. Pedro Macedo nos fez fazer um vídeo fantasiados! Hahahaha, bem engraçado! A gente conferiu o Sem Parar #9 e o funk que toca no vídeo deu um certo burburinho. O que você achar deste estilo musical em vídeos de skate? Pô, ficou maneiro! A ideia do vídeo era essa: ficar diferente tanto na edição, quanto na música 2013/maio TRIBO SKATE | 57
entrevista pro // muller rafael
e nas fantasias. Achei que ficou muito boa a ideia do Pedro Orelha. Sobre o funk, também achei que ficou style. Me lembro até da parte monstra do (Rodrigo) TX e do (Fabio Cristiano) Chupeta no Duotone, filme feito pelo Fernando Granja. Além das fotos, o que conseguiu fazer durante sua estada no Rio? Consegui ficar 11 dias, mas também tive o azar de pegar uma frente fria com muita chuva. Nunca achei que chovesse no Rio (risos)! Deu para curtir bastante o Parque Madureira, tomar minhas brejas no quiosque em frente; conheci muita gente firmeza ficando só por ali. Queria ter tido mais tempo para andar na rua. Conseguimos aproveitar apenas cinco dias de skate/trabalho, mas acho que foi o suficiente para nos divertir e produzir algumas imagens. Você tem participação em projetos de vídeo da galera do interior e capital paulista. Quais suas principais aparições em vídeos nacionais? Já tive uma parte no vídeo da galera de Franca, o Coletividade. Espero agora ter imagens novamente no vídeo que os caras vão lançar. O Formiga já me deu um salve pra gente trabalhar um vídeo pro Eqto Isso... e o Gian Naccarato já abriu as portas e fiz parte do vídeo Underground Style. Quais os próximos planos do Muller? Pode nos adiantar algo? Meus próximos planos são fazer o ‘Olho de Peixe’ de profissional com meu brother de Campo Grande Rafael. E depois que meu filho nascer, quero muito ir até Israel fechar novos projetos com a Zion, além de continuar fazendo os trampos de vídeo e foto. E o que eu puder correr de eventos, vou fazer! O corre é o mesmo, só que agora tenho uma postura a manter e muita satisfação a dar (risos.) Mas eu curto essa vida! Pra quem vai aquele agradecimento especial, pra gente finalizar nossa conversa! Agradeço primeiramente a Deus, por me dar saúde pra estar na correria do skate, meus pais por me ajudarem e por acreditarem no meu sonho, Pedro Macedo por estar na missão comigo e pra todos que acreditam no meu corre: Mad Rats, Solon e Arakin; e Zion: Gadi Naor e Homero Otero Telles. Pra todos vocês, meu muito obrigado!
De passagem, viram o pico e não demorou pro Muller lançar esse varial heel into bank.
realizei o sonho de ser profissional “ e sei que preciso me puxar cada vez // Muller rafael aparecido dos santos liMa 25 anos, 14 de skate Patrô: Mad rats e Zion skateboards são Paulo/sP
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mais! Agora tô realizando também o sonho de ser pai.
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Bs heel no mais novo pico da Lapa, centr達o do Rio, voltando na pedra portuguesa molhada.
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entrevista pro // muller rafael
Pico que fica na Princesa Isabel em Copacabana. Nada ruim pra finalizar a entrevista com chave de ouro: bs lipslide arrancando no meio.
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borrifos brasileiros
A expAnsão dos x GAmes em versão GlobAl pArA outros pAíses fez bem pArA o brAsil. por mAis que se desconfiAsse dA escolhA dA sede, deslocAdA dos GrAndes centros, A locAção não poderiA ser melhor: foz do iGuAçu, cidAde turísticA que AbriGA umA dAs sete mArAvilhAs do mundo, com As fAmosAs cAtArAtAs. o volume de áGuA que AlimentA Aquele luGAr incrível espAlhA-se no Ambiente como vApor, numA sensAção indescritível dA forçA dA nAturezA. A produção visuAl dAs pistAs e rAmpAs pArA As competições, remetiA às cAtArAtAs, com suA correntezA, pedrAs e florestA estAmpAdos e os brAsileiros do skAte entrArAm nA climA: com verdAdeiros borrifos por todos os lAdos. por Cesar Gyrão // fotos Pablo Vaz
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foz do iguaรงu // x games
Bob B.
Leticia B.
Luan O.
Pedro B.
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Na hora “h” ele voltou um destes 360 indy de 6,10 m de altura! Bob Burnquist mais dourado.
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foz do iguaçu // x games
// O Mr. Big air O primeiro borrifo foi no Big Air. Bob Burnquist entrou com sua experiência e uma inédita para se manter na cabeça mais uma vez. Para definir o jogo, entrou com a nova e impressionante lien 720 rodeo (na descrição do Tony Hawk) no gap e 360 indy de 6,10 m. Isso porque Jake Brown registrou o primeiro ollie 720 no gap da história, com seu shape em homenagem ao Chorão do Charlie Brown Jr. e Elliot Sloan também finalizou um 720 no gap, só que tail grab. Outra trick nova estava no pé do Mitchie Brusco, um 900 varial! Entre estas e outras, a primeira prova de skate em Foz foi uma entrada triunfal. Isso sem falar das belas apresentações do Edgar Vovô e Rony Gomes, outros brasucas selecionados na peneira cruel dos X Games.
Mestre dos mestres na área: Tony Hawk. Fs blunt.
// NO ceNáriO das cataratas Uma falha desta versão dos X Games em Foz, que espera-se que não seja repetida nas próximas edições, foi a programação da prova de half pipe com pouca diferença de horário com a final da Street League. Perdemos uma boa parte do street no trajeto de cerca de 20 km entre o Parque Nacional de Foz do Iguaçu, onde ficam as cataratas e o Parque Infraero, onde estavam todas as demais modalidades. O half não poderia estar em lugar mais lindo. Com as cataratas ao fundo, os caras enchiam o pulmão de ar para andar no limite. O skatista mais antigo na área detonou em todos os quesitos: Bucky Lasek, mais uma medalha de ouro pra coleção. Sandro Dias e Marcelo Bastos, estavam ali, pau a pau, somando pontos e subiram ao pódio. Bob não curtiu o formato e abandonou a prova na metade. Mas, nem por isso deixou de valorizar a belíssima “vaporização” brasileira no ambiente de cartão postal.
Na linha da Leticia tinha este fs tailslide reverse.
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O skate doidão de Ben Raybourn. Egg plant.
Jéssica Florência é bronze! Bs boardslide.
Xapa, Felipe, Kelvin, Rosário, Cerezini, Gugu.
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Este ângulo merece ser visto impresso no papel. Sandro Dias, Christ air.
foz do iguaรงu // x games
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x games // foz do iguaçu // a estreia da street league Uma das maiores discussões sobre o acesso à lista de convidados dos X Games vigorou por meses antes da data do evento. Todos sabem que os critérios para se fazer parte da Street League são muito rigorosos e que numa situação como sua administração da modalidade nos X Games, não seria diferente. Ainda assim, o efeito da choradeira para que mais brasileiros pudessem representar o país, além do Luan de Oliveira, rendeu a abertura de uma seletiva com 10 caras, entre eles Felipe Gustavo, Rodolfo Ramos, Lucas Xaparral, Kelvin Hoefler e Danilo Cerezini. Mas, ironia do destino, quem acabou ganhando o direito de correr a SLS foi o porto-riquenho Manny Santiago. #Vailuan se tornou uma espécie de hino da prova com maior premiação entre todas as modalidades do skate, de acordo com os padrões da liga. A torcida para Luan foi algo impressionante! Carisma puro, a cada chamada, a cada manobra, a cada linha matadora. O gaúcho estava em casa e fez juz à toda força. Devolveu cada manifestação de apoio com muita base. Isso tendo que enfrentar o impecável Nyjah Huston, o maior vencedor dos campeonatos da Street League. Com as regras do jogo divididas entre as seções da área (flow, control e impact) e as voltas completas, Luan chegou a dominar a final por alguns instantes e as lotadas arquibancadas tremiam de alegria. No entanto, naquela passada final da área grande (impact), das cinco manobras, Luan errou três vezes. Nyjah, ao contrário, buscou com pedradas como seu flip bs boardslide ou bs 270 boardslide. Além dos dois, a final foi composta por Mike Taylor, Chaz Ortiz, Tom Asta, Nyjah Huston, Sean Malto, Shane O’Neill e Torey Pudwill, ou seja, um alto nível de street skate.
// a vOlta pOr ciMa Faltava ainda para Leticia Bufoni uma medalha de ouro nos X Games. Ela sempre bateu na trave, mas desta vez foi bem diferente. Fazia poucos dias que ela voltara a andar de skate, depois de grave lesão no tornozelo. Tarefa difícil derrubar a técnica de Lacey Baker, enquanto a última campeã dos X Games – Alexis Sablone não estava num bom dia. Lacey estava liderando, com linhas com noseslide 270 out, 360 flip, mas na última volta Leticia fez uma apresentação perfeita, com manobras por toda a área, feeble no quarter, crooked no hubba menor, fs tailslide to fakie e finalizando com um poderoso fs lipslide no corrimãozão. Outra superação brasileira no street feminino foi com a Jéssica Florêncio, que emplacou o terceiro lugar depois de finalizar sua volta com um bom bs boardslide no corrimão maior. A prova de street feminino contou um bom número de brasileiras. Além da Leticia e Jéssica, participaram Eliana Sosco e Pamela Rosa.
Rodolfo Ramos nas select series, hardflip.
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Todo mundo com o Luan. Com a camiseta da seleção brasileira de futebol, é carismático ao máximo e vai de bs smith.
Enquanto Marcelo Bastos manda um fs nose bone, Rony e Sandro mandam no Instagram.
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foz do iguaçu // x games
Ricardo Dexter, no stand da Ford. Fs disaster.
Sean Malto, fs noseblunt slide poderoso. Bucky Lasek em pleno domínio do invert smith.
Este voo direto para a transição do bowl mais fundo arrancou suspiros da galera. Valeu ouro o ollie in do Pedro Barros.
// gO pedrO gO! Dizem que ele é o cara a ser batido, mas essa responsabilidade não parece pesar sobre seus ombros. Pedrinho bomba seu skate com muita velocidade, o que sempre amplia a extensão de suas manobras. Esta foi sua terceira vitória nos X Games, numa área que era a sua cara. Rune Glifberg e Ben Hatchel também andaram redondo, com linhas impressionantes para encher os olhos da grande plateia. Outra torcida pesada para um brasileiro, que finalizou sua participação com um ollie in amedontrador para o bowl maior do skatepark, depois de triturar a área. Com a bandeira brasileira nos ombros e um bom grito, comemorou com os amigos e dividiu com o público de casa.
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entrevista am // bruno kbelo
A guerreirAgem de
bruno
Kbelo
Enquanto muitos vivEm dE naipE E Estilo, Bruninho ataca com a guErrEiragEm. É do tipo dE skatista quE simplEsmEntE não dEsistE por nada, É daquElE quE EsprEmE atÉ a última gota dE EnErgia para acErtar uma manoBra. no alto do sEu 1,50 mEtro, ElE sE jogou Em Bordas gigantEscas E outros picos pEsados para produzir Essa EntrEvista quE dEmorou mais dE um ano dE sEssions para chEgar atÉ as suas mãos. // TexTo e foTos Marcelo Mug
É
difícil não te ver sorrindo, de bem com a vida. Você se considera uma pessoa feliz? Sou feliz, tenho saúde, amigos e família sempre junto. Problemas e dificuldades todos nós temos, mas não podemos nos martirizar. Felicidade é você quem faz, se a pessoa colocar na mente que a felicidade é ter dinheiro, fartura, vai ser isso que vai fazer ela feliz. Mas se colocar na mente que só precisa de saúde, família e um prato de comida no dia-a-dia pode ter certeza que é isso que vai fazê-la feliz para o resto de sua vida. Não precisamos de muito nessa vida, estamos de passagem, temos que passar coisas boas e claro que sempre vamos fazer o possível para conquistar nossos objetivos e sermos felizes. Conta um pouco sobre o lugar que você mora e como rolou o projeto da pistinha perto da sua casa. Moro na Vila Verde, em Curitiba. Curto muito morar aqui mas é um lugar onde ou você anda na linha, ou são só lamentos. Uma vez veio um amigo de Uberlândia (MG) passar um final de semana, o Luiz Loirinho. Levei ele pra da um rolê na vila e ele ficou em choque. Falou: “Bruninho só os ma-
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Pablo Vaz
Bruninho encara o v達o, a mureta e o despenco de nollie shovit.
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entrevista am // bruno kbelo lucos bolados e as minas curtindo te chamando pra ir almoçar ou algum amigo te chamando pra fazer alguma, daqui você não sai porque a galera te considera”. O projeto da pistinha estava com obstáculos mal feitos, como de costume. A prefeitura coloca empreiteiras que não entendem nada de skate e sim de plantas e construção. Essa pista seria revitalizada em uma determinada data e os responsáveis não foram no local. Aí resolvemos juntar uns skatistas e metemos a marreta nos obstáculos que seriam reformados. Isso me deu um B.O.: no dia seguinte recebi ligação falando que a Secretaria do Meio Ambiente e Guarda Municipal queriam entrar com um processo por destruição de patrimônio público e vandalismo, e eu aprendi que precisamos de autorização para tudo, mas isso não me abalou. Estive em reunião com a Secretaria do Meio Ambiente e o engenheiro responsável pela obra, quando eu soube explicar tudo sobre um obstáculo bom e um ruim, ou o mal posicionamento de obstáculo e aproveitamento de espaço, e eles gostaram das explicações. Falaram até pra eu fazer uma faculdade para projetar pra prefeitura, pois “você é skatista e não leigo como a gente”. Nisso a pista que só seria revitalizada com remendo em buracos acabou ganhando uma revitalizada geral onde foi totalmente destruída e ganhou obstáculos. Desenvolvi o projeto com dicas dos skatistas locais onde cada um falou um gosto de obstáculo. Ficou do nosso gosto, mas isso porque ficamos do começo da obra até o fim puxando terra, passando medida certa e presentes na hora de cada obstáculo. O pedreiro fazia um obstáculo errado, o servente Alyson Amaral (skatista que trabalhou pelo skate) pegava e me ligava, aí eu chegava e falava “tá errado” e ele ficava puto, mandava eu ligar para o dono da empreiteira onde ele teria que pedir autorização para o engenheiro que falaria: “faz o que o Kbelo falar, pois ele desenvolveu o projeto”. Foram uns meses de dor de cabeça que valeram a pena, pois teve muita gente envolvida. Alexandre Sal, Cristiano Araújo, entre outros, deram uma força; os skatistas em geral da Vila Verde meteram a mão na massa fazendo de coração. Até os pedreiros começaram a ver que tudo que estava rolando era por amor ao skate e pararam de achar ruim eu estar lá todo dia enchendo o saco. Fiz isso pelo skate da minha área. Moro em vila e sei que se eles não tiverem algum lugar bom pra praticar o skate vão entrar em coisas erradas onde já sei o destino de quem entra. Já perdi muitos amigos de infância por não estarem no caminho certo e sei que o skate tira das coisas erradas. Eu pensava: tenho patrocínio bom que me dá suporte pra sair e treinar fora da vila, mas muitos aqui não têm a mesma estrutura e vou lutar não por mim, mas pra todos da área. No fim de tudo organizei um campeonato da Nata e Qix onde consegui premiar todos, trazer profissionais para julgar, um campeonato de verdade. Finalizei 2012 com chave de ouro! Eu nunca vou esquecer a noite em que você acertou o heelflip sobre o corrimão do Itaú, depois de três horas de tentativas, e sentou no chão e começou a chorar. Qual era a importância daquele acerto naquele momento? Deus faz as coisas acontecerem na hora certa, como essa entrevista. Lendo isso vejo o porque da demora da entrevista e de cada manobra feita. Na vida temos fases como no skate, e nesse dia eu estava em um momento da vida que meu único refúgio era o skate e amigos. Foi um dia que eu coloquei na cabeça que iria lutar pela vida até minhas últimas forças e que passaria essa mensagem pra muitas pessoas. Coisas boas e ruins vêm para nosso bem, pois Deus coloca em nosso caminho para aprendermos a valorizar tudo, seja perdas ou problemas de saúde, bens materiais, etc. Às vezes uma manobra de 3 horas envolve uma vida inteira e isso não tem uma explicação concreta, mas o Porva, Thyago Ribeiro e Fabio Sleiman foram pessoas que pude contar nesses momentos. Nessa vida já vivi um pouco de tudo, e 2012 foi um ano de vitórias, onde descobri que o tempo é a melhor lição de vida. Aprendi que em um minuto damos muitas mano-
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foi um dia que eu coloquei na cabeça que iria lutar pela vida até minhas últimas forças e que passaria essa mensagem pra muitas pessoas.
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Podem riscar o frontside noseblunt da lista de inéditas no clássico tobogã do Pacaembu.
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entrevista am // bruno kbelo
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Tenho um estilo agressivo e, como às vezes ando em picos difíceis, acabo demorando um mês pra achar um local que vai aparecer alguns segundos no vídeo.
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bras em um campeonato, mas que podemos levar dias para acertar uma manobra na rua, de apenas alguns segundos. Aprendi que levei um ano inteiro pra conquistar uma filmadora trabalhando muito, e perdi em questão de 2 minutos, sem ver quem roubou. Tive um tempo para trabalhar, juntar e comprar outra! Nisso abri mão do dinheiro que eu ia pra a gringa, que era meu foco, para comprar outra filmadora; era porque não era o tempo certo. A importância daquele momento era isso: chorar de felicidade, pois tudo na vida tem uma saída e basta você acreditar e lutar até suas últimas forças, pois nosso tempo aqui nesse mundo vale mais que qualquer coisa e precisamos dar valor. Só tenho a agradecer a você Marcelo Mug e Ricardo Porva por aquele dia! É verdade que você curte invadir o Facebook dos outros? Alguém já conseguiu dar o troco em você? Hahaha, seu pederasta! Skatista é skatista, sempre tem que dar uma dessas né? Já fiz isso com amigo sim, mas não costumo fazer e ainda tô em dúvida se foi você, Mug, ou o Ragueb que andaram zoando no meu Face aquela vez em São Paulo. Umas vezes já entrei em MSN de amigo para zoar ou no de amigas se passando por elas, fazendo os caras darem brechas… Aí ligava a cam e estava eu e a mina rachando o bico, hahaha. Mas uso muito o Facebook não só pra zoar, mas para mostrar o que estou fazendo no skate, postando fotos, vídeos e divulgando sobre viagens e tudo que envolve o skate. Hoje em dia, skatista tem que estar atualizado nas redes sociais e mostrar trabalho também. Fale um skatista gringo e um brasuca que são fortes influências para você. Bastien Salabanzi é um dos que sempre me inspirei pelo estilo dele andar e picos que anda, mas aí o Jamie Thomas comentou em um video promo meu falando do corrimão verde do Couto e fiquei surpreso, pois nunca esperava a lenda dos corrimãos falar bem de um que eu desci! “Jamie Thomas: That last rail was gnarly; never seen anyone layback grind on a rail! Sick part dude!” Skatista brasuca, Rafael Rodrigo “Pingo”. Quando comecei a andar de skate aqui no C.I.C, bairro onde moro, ele foi um dos skatistas que vi como influência por ser o único profissional que eu conhecia aqui na região. Às vezes buscamos os sonhos através das outras pessoas, assim como eu já me inspirei nele pra andar de skate, sei que quando eu passar para profissional vou ser influência também para muitos que têm um sonho de um dia se tornar um profissional. Também o Pingo tem um estilo único, técnico, com pop e desce corrimão grande, se precisar. Skatista de verdade anda em tudo e isso eu sei que ele anda, pelo convívio, e sei que o skate está nas veias. Como está o ritmo de filmagens para o novo vídeo da Nata? Quer adiantar alguma coisa sobre a sua parte? O primeiro Nata “Vamo Andá”, onde tive minha primeira parte, demorou uns 5 anos, e esse está em um ritmo legal, mas vou te falar: é demorado, já faz mais de um ano e a previsão é andar muito em 2013. Skate é imprevisível: não se sabe se você vai ter verba pra fazer uma viagem longa pra fora, ou se você vai estar machucado por um tempo; tem o lance de filmar com quem sabe e selecionar lugares legais para andar de skate. Tenho um estilo agressivo e, como às vezes ando em picos difíceis, acabo demorando um mês pra achar um pico que vai aparecer alguns segundos no vídeo. Um exemplo é a borda amarela do frontside rockslide: já fui duas vezes nela, onde fiquei horas para acertar a manobra e talvez ainda tenha que voltar pra São Paulo para refazer a imagem. São detalhes que contam em um vídeo para fazê-lo ser bom. Tô com um grande foco na minha parte, sempre viajando pra Sampa ou Minas colado no Porva e buscando ser o mais
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Pablo Vaz
Qualquer semelhança entre Bruninho e o piloto Felipe Massa é mera coincidência. Ou mera zoação dos seus amigos. Frontside smith cravado pra acabar com a brincadeira.
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Kbelo é guerreiro, e as centenas de tentativas não foram em vão: heelflip over the rail no corrimão da Consolação, em São Paulo.
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bruno kbelo // entrevista am
Uma fila de torcedores da Gaviões da Fiel secando, a pressão da última tentativa, o maldito bloco de concreto no final, nada tirou o foco de Kbelo na hora de voltar esse monstruoso backside fifty na frente do Estádio do Pacaembu.
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entrevista am // bruno kbelo
A borda extensa e o tranco no final fazem desse frontside boardslide um verdadeiro pesadelo.
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Com o Porva e a Nata aprendi muito e sabemos que essa parceria já está no sangue; nos tornamos uma família de verdade.
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profissional possível nessa parte. Adiantar? Nem: minha parte quero deixa no sigilo até lançar... Surpresa: praticamente tudo que está na entrevista vai sair no vídeo. Nossa meta é fazer algo pra ficar na história da Nata Family e do skate nacional. Aqui no Brasil temos potencial para fazer um bom vídeo, basta saber fazer e buscar ser profissional na produção e ser bem detalhista. Sei que vou ter parte e também o Carlos Dudu, de Cuiabá, o Ricardo Porva, de Uberlândia, e acredito que uma parte de amigos. Um vídeo curto com muito skate! Conta um pouco sobre a sua parceria com o Porva. Qual a importância dele na sua vida? A primeira impressão foi eu vê-lo no Drop Dead Skatepark jogando um skate de um cara gralha que o atrapalhou. Eu pensei: “Esse Porva é um folgado”. Ele nunca admite essa história, e fala que é caô meu, mas eu vi ao vivo! Hahaha. Mas o mundo é pequeno e algum tempo depois conheci o Ítalo Romano, quando comecei a levá-lo nas primeiras sessões de skate onde ele ganhou um apoio da Nata. Nisso, quem fui conhecer? Ele, o Ricardo “Pavio Curto” Porva! Hahaha. Conheci através do Ítalo Romano, que era da Nata em 2004 e sempre esteve comigo. Um dia ele me apresentou ao Porva, quando pedi um apoio. Nesse dia vi que não podemos julgar as pessoas pela primeira impressão; vi que o Porva tinha um bom coração e ele me deu o apoio, mesmo sem condições para isso. Quando viu que eu era Nata, me passou para patrocínio e falou: “Bruninho, vou fazer um vídeo da marca, vamos fazer uma parte sua e conseguir um patrocínio bom de verdade para você”. Desde então me envolvi com a família Nata, Aline (esposa do Porva) e a pequena Íris, que sempre me deu a maior força não apenas no skate, mas em tudo relacionado a minha vida, família, estudos. Filmamos durante um tempo focados no vídeo, até o dia que em que a Qix lançou o “Qix AM Sponsor Me”, que foi um concurso inédito de parte individual de vídeo realizado em 2007, que teve 125 vídeos inscritos vindos de todos os cantos do país valendo uma vaga na Qix Internacional. Depois disso minha vida mudou no skate, com mais estrutura, graças a minha dedicação e meus patrocinadores, e vi a importância do Porva, que abriu mão da minha parte no vídeo da Nata, que era o sonho dele para eu conseguir um bom patrocínio. Hoje em dia não o trato mais só como patrocinador, mas sim como um irmão, onde converso sobres coisas pessoais e sobre o mercado do skate, desde filmagens, investimentos e ideias ligadas à Nata. Com ele e a Nata aprendi muito e sabemos que essa parceria já está no sangue, nos tornamos uma família de verdade. Deus colocou essa família no meu caminho onde estou construindo uma história para o skate brasileiro. Ricardo Oliveira Assis é um dos skatistas mais guerreiros e humildes que já tive o prazer de andar junto! Agradecimentos: Deus, revista Tribo Skate pelo espaço, pois foi a primeira revista que publicou minhas fotos, a minha mãe Lenir, irmãos Pablo e Pedro, família que amo muito e é por eles que faço tudo isso, e também ao meu padrasto, que me apoia com simples palavras. A toda equipe da Qix e da Nata Family que tenho contato, e todos videomakers e fotógrafos com quem já estive em sessões. Lanhouse V8 e todos do Brasil Skate Camp, onde tive um grande aprendizado, e o mais importante: meus amigos da Vila Verde. Um grande abraço aos verdadeiros(as) que estão sempre do meu lado e que curtem minha correria no skate. Agradeço a todos que fazem algo pelo skate, desde mídias, revistas que já saí e marcas que valorizam tudo isso, pois só quem tem no sangue sabe o quanto tudo isso vale! Elpillo films e Nata films represents. Íris: inspiração eterna. Paz! // Bruno Felipe “KBelo” 25 anos, 12 de skate Patrocínios: Qix e nata curitiba/Pr 2013/maio TRIBO SKATE | 81
casa nova //
Cesar Placeres // Fotos Bruno Park Ser skatista: É evoluir a cada dia, tanto no esporte quanto na vida. Quando não está andando de skate: Trabalho e faculdade. O porquê do apelido: Desde a infância sempre fui o mais baixo em relação à altura. Maior dificuldade em ser skatista na sua cidade: A falta de investimentos do governo em locais apropriados para a prática do esporte e nos praticantes. Skatista profissional que se espelha: JP Dantas. Skate atual: Shape Vegetal 7.75, trucks Thunder 129mm, rodas Ricta e rolamentos Red Bones. Marca fora do skate que gostaria de ter patrô: Gol Linhas Aéreas. Som pra ouvir na sessão: Rap nacional e internacional. Parceiros de rolê de skate: Todos que colam junto na sessão! Melhor viagem: Campinas/SP com Eduardo Lobo, Leo Spanghero e Rafael Kamada, apesar da chuva, constaram algumas marretinhas! Melhor pico de rua: Praça Roosevelt. Melhor pista: Mogi Skate Park. Sonha alcançar com o skate: Fazer do skate a minha profissão! Aquele salve: Salve para minha família e para todos que colam junto e fortalecem, não só no skate, mas também no dia a dia! // Cesar augusto PlaCeres santos oliveira - Cesinha 18 anos, 6 de skate são Paulo/sP PatroCínio: salvatore urban aPoio: old Masters
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Switch hard flip na Roosevelt.
todo dia vem sendo uma batalha, ‘‘mas uma vitória também! ’’
casa nova //
Noseslide.
Clériston Queno // Fotos João Brinhosa Ser skatista: É ter um estilo de vida onde a superação e a evolução são constantes. Quando não está andando de skate: Trabalhando, curtindo a família e os amigos. O porquê do apelido: Veio da música “Dia de visita” do grupo de rap Realidade Cruel; um excunhado que colocou o apelido. Maior dificuldade em ser skatista na sua cidade: Falta de pistas e falta de investimento do poder público. Skatista profissional que se espelha: Alex Carolino, Cezar Gordo, Rodrigo TX, André Genovesi e Daniel Crazy. Skate atual: Shape Jah Ligth 8”, rodas Diet 52mm, rolamentos Red Bones, trucks com traves Royal 139 e bases Agacê. Marca fora do skate que gostaria de ter patrô: Heineken, New Era, Hering Store e TAM. Som pra ouvir na sessão: Sabotagem, Kamau,
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Wu Tang Clan, Moob Deep, Craig Mack e etc. Parceiros de rolê de skate: Victtor Afonso, João Felipe, Jean Goulart, Marcelo Teixeira, Trinda Times, PC3 Skate Máfia e quem quiser colar junto na sessão será bem recebido. Melhor viagem: Porto Alegre/RS e São Paulo/SP. Melhor pico de rua: Borda do Besc e terminal antigo no centro de Florianópolis. Melhor pista: IAPI. Sonha alcançar com o skate: Model de shape, andar de skate em Barça e na Califa, e ter meu próprio negócio. Aquele salve: Pra todos os verdadeiros que estão comigo desde o início, para João Brinhosa pelo moment da foto e pra galera da Tribo Skate pela oportunidade. // Clériston Duarte teixeira 24 anos, 13 de skate nasCeu eM são leoPoldo/rs, Mora eM são José/sC PatroCínio: toka skate shoP aPoio: strange Crew/FilMs
na vida existem ‘‘vários obstáculos. Com skate pulo todos.
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casa nova //
Switch bigspin tailslide 180 out.
wilton will // Fotos roBson sakamoto Quando não está andando de skate: Fico chilling. Skatista profissional que se espelha: Rafael Gomes. Marca fora do skate que gostaria de ter patrô: Gatorade. Som pra ouvir na sessão: Notorious Big. Parceiros de rolê de skate: Rafael Gomes, Pedro Biagio, Tiago Lemos, Felipe de Carvalho,
Eduardo Gomes e Wilian Truta. Melhor viagem: São Paulo/SP. Melhor pico de rua: Vila Olímpica em Maringá/PR. Sonha alcançar com o skate: Ajudar minha família. Aquele salve: Agradeço a todos que me apoiam. Wilton souza 19 anos, 4 de skate nasCeu eM aruJá/sP, Mora eM Maringá/Pr PatroCínio: rettaskateshoP.CoM.br aPoio: vibe shoes e urgh
‘‘Faça pelo amor e não pelo dinheiro.’’ 86 | TRIBO SKATE maio/2013
hot stuff // maio
// GoPro A nova versão da câmera mais versátil do mundo, a GoPro HD Hero3 está 30% menor e 25% mais leve que a versão anterior, com wifi embutido nas três versões: White, Silver e Black Edition, recurso que permite que a câmera seja operada em até 250 metros de distância (via controle remoto) e com visualização em tempo real (via celular). Sua abertura de até 170° permite captar imagens de ângulos nunca antes alcançados! (11) 3951-4571 / brasil@brasilracing.com.br
// Different SkateboarDS A Different Skateboards, criada e desenvolvida com a finalidade de fortalecer o skate brasileiro, vem com uma identidade e ideias diferentes. Uma prova disso são os shapes assinados pelo profissional Rogério Febem, este com estampa do Fusca é feito em marfim com lâminas tingidas. Different - (14) 3316 5242 / differentskateboards.com.br
// MetalluM truckS Fruto do trabalho árduo do profissional André Hiena, a cada dia que passa a MetalluM ganha o reconhecimento entre os skatistas brasileiros, oferecendo produtos com qualidade e ótimo custo benefício. Agora, Hiena assina o primeiro pro model da marca, disponível nos tamanhos 139mm ‘All White’ e 129mm ‘Silver’. Os modelos vêm com o gráfico de Hamsá, símbolo que Hiena possui cravado em sua pele. MetalluM - (11) 9 9782 3189 / metallumtrucks.com
// narina Inverno 2013 chegando e nada mais adequado do que bonés estilosos para usar na estação. É por isso que os caps da Narina são indicados pra galera que enfrenta o frio nas ruas, seja andando de skate ou naquela social. (11) 9 9978 3159 / facebook.com/narinaskate
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// thunDer Novidades também na parte debaixo do skate! A Thunder acaba de lançar dois modelos de eixos 151 mm, ideais pra quem usa shape acima do 8.5. E também chegam ao mercado brasileiro três versões do kit que renova aqueles eixos que já estão baleados, kit contendo: jogos de amortecedores, chupetas, porcas e roscas. (11) 3251 0633 / edgar@plimax.com
// SPitfire Três modelos de lixa e uma chave multifuncional feita de aço, a mais barata do mercado. São esses os mais novos ítens da Spitfire que a Plimax acaba de receber e que estão te esperando nas melhores lojas de skate do Brasil. (11) 3251 0633 / edgar@plimax.com
// oakley A linha de tênis Culture, mistura do trabalho de designers brasileiros e americanos inspirados pelo lifestyle da Califórnia, apresenta ao mercado 14 versões diferentes, que vão desde o preto tradicional aos coloridos despojados. E, como em todos os produtos da marca, os calçados também apresentam tecnologias diferenciadas. Oakley - (11) 4003 8225 / oakley.com
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Kris AlAn CArter
áudio //
rotting out Emoção E agrEssão Muitas bandas falaM que veM de los angeles, Mas poucas representaM a cidade coMo o rotting out. descendentes de latinos, os MeMbros da banda nasceraM e foraM criados nos huMildes “projects” (equivalente as nossas cohabs) de san pedro, o “cu de south bay”, onde o gueto encontra o Mar, diz o vocalista Walter delgado. por lá tiveraM uMa educação digna de filMes coMo “colors” e “aMerican Me”, convivendo diariaMente coM corpos estirados, brigas de gangs e tiroteios. “Minha situação faMiliar não era ideal para MiM. eu nunca senti que eu poderia ser eu MesMo ao seu redor. então, eu passei Muito teMpo quando era joveM nas ruas curtindo e bebendo coM Meus aMigos. finalMente eu coMecei a ir a shoWs de hardcore e encontrei algo eM que eu Me encaixava.” // Por HelinHo Suzuki
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pesar de pouco tempo de estrada, a banda foi formada em 2007. Em 2011 lançaram seu primeiro álbum, Street Prowl. “A banda está por aí faz alguns anos; nosso vocalista original deixou o grupo porque não estava conseguindo conciliar a música com seu trabalho. Depois de conversar com os caras, nós todos decidimos que eu ia cantar. No começo eu não queria isso, mas acabei me acostumando e está funcionando.” Além de assumir a bronca de cantar, Delgado já tocou guitarra e baixo na banda. Eles acabaram conquistando logo de cara uma legião de fãs com seu hardcore/punk que carrega o espírito caótico e cru de precursoras como Black Flag e Suicidal Tendencies. E não é só o hardcore dos anos 80 que influencia a banda, o skate também está em evidência, tanto no som quanto no visual. Grande parte das estampas de suas camisetas tem referências da Santa Cruz e Thrasher, além do barulho do carrinho ser a introdução da música “The Wrong Way”. Após excursionar pelo mundo nos últimos anos ao lado de bandas como Terror, Cruel Hand e Bane, eles se preparam para lançar o novo álbum, “The Wrong Way” produzido por Nick Jett (Terror) e masterizado por Matt Hyde, que já trabalhou com o Slayer e Hatebreed. E para os fãs brasileiros que pediram, em junho eles aterrisam na América do Sul para lançar o disco novo, que terá sua prensagem brasileira lançada pelo selo Seven Eight Life Recordings. Hardcore é mais do que apenas um gênero: é um estilo de vida. É um conjunto de experiências que constrói a personalidade de uma pessoa, e essas experiências, novas visões de mundo, perspectivas políticas abrem os olhos para causas sociais que acompanham a cena hc e sua irmandade. Este novo disco do Rotting Out traz todas essas experiências coletadas de suas vidas, aliadas à emoção e agressão! http://www.rottingout.com/
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Lagwagon um prato cheio
Divulgação
áudio //
Em junho dE 2013 os californianos do lag wagon voltam ao Brasil pEla tErcEira vEz. originário da cidadE dE golEta, suBúrBio dE santa BárBara, o grupo é um vElho conhEci do dos BrasilEiros [ondE possui uma dEvota da lEgião dE fãs] E intEgra o timE dE Bandas clássicas do sElo indEpEndEntE fat wrEck chords ao lado dE nomEs como nofX, strung out, no usE for a namE E good riddancE. // Por césar carpanEz
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popularidade do quinteto liderado pelo carismático vocalista Joey Cape explodiu na cena punk melódica durante o início da década de 1990, época em que lançou dois grandes clássicos do estilo [“Duh” de 1992 e “Thrashed” de 1994], ao mesmo tempo em que bandas como Green Day, The Offspring, Bad Religion, NOFX, Rancid e Pennywise tomavam o mundo de assalto. A primeira passagem pelo Brasil aconteceu em 1998, no auge de sua popularidade, na turnê promovida pela extinta gravadora e produtora mineira Motor Music. Um dos destaques da turnê foi a vinda do guitarrista Chris Shiflett, [ex-No Use For A Name] no lugar do guitarrista original Chris Flippin que ficou impossibilitado de viajar devido a uma briga com sua namorada que acabou virando caso de polícia. Pouco depois, Shiflett viria a integrar o poderoso Foo Fighters como guitarrista permanente. Em 2001, o Lagwagon retornaria à América do Sul ao lado dos argentinos do Fun People na turnê batizada como “Let’s Talk About Feelings and The Art[e] Of Romance”, uma junção dos títulos dos álbuns mais recentes lançados pelos dois grupos na época. Shows lotados e caóticos, equipamentos avariados, viagens desgastantes, poucas horas de sono e até uma épica briga entre alguns membros do Lagwagon e Fun People dentro do ônibus da turnê marcaram a passagem dos grupos pelo país. Um fato bastante curioso a respeito da formação do Lagwagon é que com o passar dos anos, a medida que seus membros originais iam deixando a banda, eles iam sendo substituídos por membros do extinto e lendário RKL [Rich Kids On LSD] – uma das primeiras bandas americanas a promover uma sonoridade punk mais técnica, veloz e elaborada. O RKL sempre foi nomeado como uma das principais influências de grupos como NOFX e o próprio Lagwagon. Nos primeiros álbuns do Lagwagon é possível identificar nítidos traços destas influências e o primeiro ex-membro do RKL a integrar o grupo foi o baterista e colecionador de cachaças brasileiras Dave Raun. Logo em seguida o guitarrista Chris Rest seguiu os passos de David e por volta de 2008 Joey Raposo viria a assumir a função de baixista deixada por Jesse Buglione. A formação atual inclui os três ex-membros do RKL citados acima e os dois membros fundadores Joey Cape [vocais] e Chris Flippin [guitarra]. Outra curiosidade sobre a banda é a de que a partir do momento que o grupo passou a ter a sua cozinha formada principalmente por membros de uma das bandas mais técnicas, agressivas e velozes do punk rock americano, o Lagwagon passou a priorizar melodias mais assobiáveis e batidas cadenciadas em suas composições, influenciado principalmente
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por grupos como Jawbreaker e Jets To Brazil, grupos com sonoridades opostas ao RKL. Atualmente o Lagwagon possui uma respeitável discografia composta por oito álbuns de estúdio, um álbum ao vivo, uma coletânea de lados B e singles além de diversas participações em coletâneas por todo mundo. Muitos destes lançamentos ganharam reedições caprichadas em vinil duplo e CDs em embalagens digipack trazendo incontáveis faixas bônus e artes expandidas. Um prato cheio para velhos e novos fãs. O quinteto sempre se manteve leal à sua gravadora Fat Wreck Chords, recusando inúmeras propostas de grandes gravadoras. Fato notável considerando que a grande maioria dos grupos com os quais o Lagwagon conviveu ao longo de toda sua carreira não pensou duas vezes em assinar o primeiro contrato de uma grande gravadora que aparecesse em sua frente. Este é sem sombra de dúvidas um dos grupos mais importantes e influentes da cena punk melódica americana e quem tiver a oportunidade de conferir a terceira e única apresentação do quinteto em São Paulo no dia 08 de junho de 2013 no Carioca Club, com abertura dos santistas do Blackjaw, não deverá se decepcionar.
desjejum // happy hour
André Hiena lança o flip no sol do meio dia. Trocou o almoço pela trick.
Old SChOOl Street nO BraSil Skate Camp
Uma semana de descanso
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onvidar profissionais e amadores old school para um dia inteiro de muito skate na plaza do Brasil Skate Camp, debaixo de um sol escaldante, foi apenas mais uma demonstração de que não existe ex-skatista. Rubens Sunab, Adriano Mi, Marcos Vinicius Kamau, Felipe Nagano, Cris Fernandes, Thiago Garcia, André Hiena, Sergio Span, Fabio Schumacher, Humberto Beto, Rogerio Lemos, Marcelo Alves e muitos outros nomes; eram para eles que os olhos e lentes estavam direcionados nesse dia. E na verdade o campeonato era apenas o motivo para reunir essa galera, já que eles estavam preocupados mesmo era em andar de skate pra se divertir! A única diferença de antigamente é que agora a família acompanha as sessões, e, certamente, também rola um descanso de alguns belos dias após a sessão pra recuperar o desgate de ficar manobrando no sol do interior paulista e ainda finalizar o dia no mega jump. Amador 1º Thiago Arruda 2º Emerson Lobão 3º Luis Felipe Tico
Profissional 1º Cris Fernandes 2º Edison Gibi 3º Humberto Beto
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Mera formalidade, o pódio da categoria profissional.
Best Trick Mega Jump Edison Gibi, benihana Span e Kamau no mic.
A plaza é apenas uma das várias áreas de skate do acampamento.
manobra do bem // por sandro soares “testinha”*
Muito além daqueles lustres
* Sandro Soares “Testinha” é o cabeça da ONG Manobra do Bem, em Poá, SP.
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fotos Arquivo PessoAl
N
o já distante ano de 1989, eu tinha 11 anos de idade e tinha o “privilégio” de brincar com meus skates Bandeirantes na calçada de minha casa. Na esquina dessa calçada tinha uma banca de jornal e revistas onde comprei uma edição da extinta revista de skate chamada Overall. Na edição daquele mês, a principal matéria da revista era o inédito quarto lugar do então garoto com apenas 14 anos e competidor de skate vertical Lincoln Ueda. Como disse, naquela época o skate para mim era apenas uma brincadeira, porém eu adorava acompanhar as notícias de pessoas que tinham o skate como profissão. Nesta matéria, o que mais me chamou a atenção foram as fotos do ginásio em Münster na Alemanha, que ao invés dos tradicionais refletores de luzes brancas tinham lustres enormes, iluminando tudo com suas lâmpadas e conferindo um ar de sala de casa ou de algum grande salão de festas. Esse evento era realizado pelo empresário de skate alemão Titus Dittmann e durante tempos foi considerado o campeonato mundial de skate. Nos anos seguintes, tanto eu quanto Titus, tocamos nossas vidas sempre próximos ou dentro do mundo do skate; confesso que durante anos nem ouvi mais falar de Titus e sua empresa. Porém, no século em que vivemos, nossos caminhos iriam se cruzar novamente, pois a partir de 2011 fundei junto da pedagoga Leila Vieira a Ong Social Skate e o projeto Manobra do Bem, com o intuito de juntar atividades sociais e o skate como caráter educativo e preventivo para crianças de nossa comunidade em situação de risco. Basicamente com ações auto-sustentáveis e ajuda de skatistas e empresários amigos, conseguimos ótimos resultados durante o biênio de 2011 e 2012. Foi quando no início de 2013 uma amiga da Ong residente na Alemanha mostrou nosso trabalho para uma fundação alemã que colaborava com ações humanitárias para crianças e jovens em países carentes (Moçambique, Afeganistão, Uganda, Quênia, Vietnã etc). A fundação se chama Skate-aid e seu presidente é ninguém mais ninguém menos do que Titus Dittmann. Quando soube disso me lembrei dos eventos em Münster, dos lustres no teto e pensei: “Nossa que mundo pequeno.” Os contatos entre nós e eles se estreitaram, e no começo de 2013 nos chegou a primeira ajuda da Skate-aid para o Social Skate. Foram 20 shapes de excelente qualidade entregues para nossos mais dedicados membros, que com certeza além de ficarem muito felizes estão tendo a oportunidade de experimentar um produto que faz diferença na hora de executarem suas manobras no skate. Os produtos foram repassados para nossos skatistas em um evento especial de Páscoa, durante um almoço que realizamos em nossa sede, mostrando mais uma vez para todos a importância de realizarmos com amor, dedicação, seriedade e alegria nossa missão. Além de reforçar a certeza de que estamos no caminho certo e, nos dias de hoje, sendo inclusive observados pelo mundo todo, reforçamos a tese de que o skateboard pode ser uma grande ferramenta para a construção de um mundo melhor.
Gloriosos momentos da chegada do material da Skate-Aid.
APOIO CULTURAL
Fotos Heverton ribeiro/Coldskateboard.Com
// + zap
Chico, Pudwill, Shier, Tolentino e Daewon.
DVS Brazil Tour 2013 Depois da distante última visita da equipe gringa da DVS ao Brasil, em 2007, três cidades foram visitadas no final de abril: Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Pela primeira vez a lenda Daewon Song aterissa em terras brasileiras, acompanhado de Torey Pudwill, Chico Brenes, Paul Shier e Luis Tolentino. A DVS está sob nova direção em nosso país e esperamos mais novidades a partir desta largada.
Daewon Song considerou a pista do Parque Madureira, no Rio. Fs air.
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skateboarding militant // por guto jimenez*
As lições do skate Lauro CasaChi
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uitas vezes, quem anda de skate tem uma tendência a se julgar um pouco melhor do que o restante das pessoas. Veja bem, não se trata de olhar com desprezo ou algo assim, fato que até hoje ocorre em sentido contrário – sabe-se lá porquê tem gente que nos acha “inferior”... Mal sabem eles o quanto estão enganados! Na minha opinião, isso não tem a ver com a habilidade que mostramos sobre nossos skates, até porque até o mais famoso e talentoso skatista do mundo também já passou pela fase de iniciante. Se você pensar bem, os humanos andam e correm pra frente, enquanto que nós nos deslocamos meio de lado. Quando uma diferença marcante dessas é encontrada logo no fundamento, imagine: o que mais o skate pode fazer por você? Valorizamos os feitos dos outros que também andam de skate, mesmo quando rolam competições. Tudo bem que, nos dias de hoje, não é tão comum vermos competidores genuinamente felizes quando um oponente acerta uma manobra indescritível ou uma linha matadora. Mas é nas sessões com amigos que vemos essa satisfação pela conquista alheia com mais frequência, algo quase inimaginável em outros esportes individuais. Não é só o fato de uma pessoa ser campeã que nos atrai a ela enquanto skatistas, mas sim o fato de vermos algo de comum com o mais popular e vitorioso competidor que possa existir. Talvez isso explique o fato de muitos skatistas icônicos serem extremamente simples e modestos, pois eles sabem que podem ser virtuoses mas que, ainda assim, são skatistas como o resto de nós. Outra coisa: será que o skate seria tão fascinante se fosse algo tão natural como andar e correr? Duvido muito! É exatamente a habilidade que adquirimos após anos de prática – e tombos, ralados e lesões que pintam no caminho – que nos diferencia, principalmente aqueles que resolvem explorar novas possibilidades sobre o skate depois de uma determinada idade. É essa habilidade que nos faz enxergar um verdadeiro playground em cada obstáculo, transição ou ladeira que encontremos pela frente, enquanto todos os outros só conseguem mesmo ver o óbvio, aquilo que está à sua frente. Bem, até agora vimos que realmente somos um bocado fora dos ditos “padrões” da sociedade, independente do skate ser cada vez mais aceito por aí. “Andamos de lado” sim, e também nos tornamos seres mais generosos ao vibrarmos com as conquistas alheias. Ficamos sempre antenados ao mundo que nos cerca, onde esbarramos com picos atrás de picos simplesmente ao sairmos às ruas. Como se não bastasse, desenvolvemos nossa concentração e o conhecimento de nosso corpo comparável a apenas alguns poucos artistas marciais; vai andar de skate pensando noutra coisa pra ver se você não irá beijar o chão debaixo de suas rodas! O mais importante de tudo reside naquilo que é a força motriz por trás de cada skatista, tenha a idade, o sexo e a experiência que for. Nós fazemos tudo isso, e ainda nos divertimos muito! Num planeta superlotado de gente estressada, mal resolvida e sem o menor senso de humor, é quase uma bênção fazer algo que te traga tanta satisfação quanto te reverte benefícios. Portanto, nós somos sim muito privilegiados de fazermos algo que nos traz tanto, e que pede tão pouco; você há de concordar que um ralado de vez em quando é um preço bem razoável a se pagar quando se dá um rolê, não é verdade? Melhores? Nem tanto. Diferentes? Com certeza. Somos skatistas!
Zezinho Martins, switch noseblunt em Rio Preto/SP.
APOIO CULTURAL * Guto Jimenez está no planeta desde 1962, sobre o skate desde 1975.
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