The Tugabikers Magazine - Volume 01 - Numero 06

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editorial Director GERAL Miguel Flores [miflores@iol.pt] Director GRÁFICO bruno Brito [brunorider@iol.pt] REDACÇÃO tiago Lopes [maxispeedrt@hotmail.com] colaboradores permanentes César Coriolano Mafalda Magalhães correspondente Internacional Renato (Macau) Publicado Por www.tugabikers.com Edição Miguel Flores / Bruno Brito Redacção www.tugabikers.com

movidos pela paixão

Textos (excepto onde indicado) Miguel Flores / Bruno Brito / Tiago Lopes Créditos das fotos Miguel Flores

Miguel Flores - O Editor

E-mail geral www.tugabikers.com@gmail.com

ei que é um sonho de qualquer apaixonado por motas, andamos anos e anos a fazer contas e nunca vamos atla famosa corrida TT Isle of Man no decorrer no ano passado e com a participação do Luis Carreira decidi é no proximo ano que vou, e assim foi na proxima terça feira dia 01 de Junho, arranco para disfrutar deste sonho de criança. Espero conseguir transmitir tudo o que vou passar seja por fotos ou pequenos videos, levo todos voçes comigo... Este número traz uma novidade em termos de edição da revista, FotoReportagem é assim que designamos as reportagens das SBK 2010 em Portimão e a 1ª prova do Campeonato Nacional de Velocidade. Como se costuma dizer 1 foto vale mais do que mil palavras, espero que gostem deste novo tipo de abordagem. Em nome do tugabikers um agradecimento a todos por acreditarem na revista. Conto connvosco no próximo número

propriedade www.tugabikers.com by Miguel Flores Anúncios e publicidade www.tugabikers.com@gmail.com “The tugabikers Magazine”, é uma revista digital criada por amantes de duas rodas e/ou para amantes de duas rodas. © 2009-2010 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial fotográfica ou escrita, incluídos neste número, sem a autorização expressa por escrito do Director.

parcerias

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S

Miguel Flores


INDICE indice

#04 - Estoril I

#44 - Pedro Monteiro

#12 - Joca

#32 - Superbikes

#18 - Joaquim Gil

N#

02

Editorial

26 Poster

03

Indice

28 Entrevista

04

Velocidade – Estoril I

32 SBK 2010

12

Entrevista Joca

38 Entrevista

16

Sniper Shots (Estoril I)

42 Sniper Shots Special SBK

18

Entrevista Joaquim Gil

44 Entrevista

22

Grande Premio Macau

48 Contracapa

com

Nuno Caetano

com

Soundwave

com

06

- 2010

Pedro Monteiro

tugabikers magazine / PĂĄgina 03


M

Pรกgina 04 / tugabikers magazine


ESTORIL I

24-25 Abril 2010 Fotos: Miguel Flores

Realizou-se nos dias 24 e 25 de abril a 1ª ronda do Motosport vodafone Campeonato Open de Velocidade no Circuito do Estoril, denominada: Estoril 1, com a organização do Motor Clube do Estoril. na classe stocksport 1000, Luis carreira alcança o 1ºlugar do pódio nas duas mangas. Mais uma vez o ambiente foi de festa.

Miguel Oliveira

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Tiago MagalhĂŁes

Nuno Cachada

Luis Carreira

StockSport 1000

Bruno Nunes Paulo Vicente David Domingues

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Carlos Ferreira


Daniel Lopes

Amarilio

Miguel Vagos

StockSport 600 José Monteiro

André Carvalho Jorge Santos

Afonso Vaz

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Miguel Moreira

Sandro Carvalho

Mรกrio Alves

Promomoto 1000

Pedro Flores Luis Franco Paulo Brandรฃo

Pรกgina 08 / tugabikers magazine

Nuno Nogueira


Ruben Nogueira

Ricardo Santiago

Ricardo Lourenรงo

Promomoto 600 Luis Tuning

Manuel Almeida

Miguel Vilares

Ricardo Borges tugabikers magazine / Pรกgina 09


OS Comissarios

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O Paddock

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JOSÉ CARLOS Mergulho ou motociclismo Amante de motociclismo, mergulho e btt, José Carlos com 53 anos, é Gestor Comercial e residente na area metropolitana de Lisboa vê hoje um sonho concretizado. Hoje já não se imagina sem a sua mota. O tugabikers foi à descoberta de “Joca” para os amigos e saber o que o levou aos circuitos e a sua primeira participação numa prova de resistência... Texto: Bruno Brito

T

Fotos: Miguel Flores

ugabikers: Olá Joca, Como é surgiu a tua paixão pelas motas? Joca: Não sei explicar! Desde a minha adolescência, que sinto fascínio pelas motas, mas nunca

consegui ter uma. Por variadíssimas razões só aos 50 anos finalmente consegui tirar a carta e comprar a mota com que sempre sonhei…uma desportiva! Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a tua primeira moto? Joca: A primeira e única moto que tive até hoje foi a Suzuki

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GSXR 750 K7 Tugabikers: Como foi a primeira aventura em pista? Joca: A minha primeira aventura em pista, foi num TD da Drag Racing em Novembro de 2007, e não correu lá muito bem, calhou num dia chuvoso e quando me comecei a equipar, dei de conta de que me tinha esquecido do capacete, voltei a casa á pressa para o ir buscar e quando chego ao Autódromo já tinha começado a minha sessão, entro para a pista começa a chover, lá vou conseguindo controlar a moto, mas cada vez que reduzia ou travava a mota escorregava toda, nunca tinha andado de mota naquelas condições, mas a vontade era tanta que nada me fazia desistir, até que no final da última sessão, á saída da curva 1 dou inclino demasiado a mota e vou ao chão, mas não


numa moto com estas características, principalmente quando se tratava de curvar e para remediar a coisa, pensei que o melhor sítio para praticar com relativa segurança seria no Autódromo, então procurei cursos de condução, mas nesse ano me aleijei nem a mota ficou muito estragada, e assim foi tam-

já não havia mais nenhum, então a única hipótese que havia

bém o meu baptismo de alcatrão!

para praticar na pista foi o tal TD que Novembro de que falei anteriormente.

Tugabikers: O que te levou a fazer um Track day? Joca: Em 2007,após ter comprado a GSXR, comecei a perce-

Tugabikers: Achas que são seguros?

ber-me que não estava minimamente preparado para andar

Joca: Sem dúvida que são muito mais seguros do que “prati-

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Aconselho qualquer pilot queira iniciar numa pista participando num curso co car” na estrada! Principalmente aqueles que são organizados

dução e um Track Day qual é que preferes?

especificamente para motos, onde existem vários níveis de ex-

Joca: Têm para mim objectivos diferentes, mas sem dúvida

periência.

que prefiro a estrutura de um curso.

Tugabikers: O que achas do ambiente que se vive num track

Tugabikers: Temos muitos jovens que depois de rodarem

day?

em pista nunca mais querem andar na “estrada”, é o teu

Joca: Acho excelente, aprendo muito observando e conversan-

caso?

do com outros Pilotos, nos últimos anos tenho feito muitas am-

Joca: Também partilho um pouco esse sentimento, desde

izades e conhecido pessoas muito interessantes.

que comecei a rodar na pista fui perdendo o “apetite” em andar na estrada, mas de vez em quando gosto de dar umas

Tugabikers: Já participaste em algum Curso de Condução?

voltinhas com os amigos.

Joca: Em 2008 e 2009, fiz todos os cursos da ActionTeam e em 2010 pretendo continuar a fazer

Tugabikers: Depois de muitos Track Days fizeste a Prova

todos os cursos organizado

de Resistência Vodafone 500kms, o que te levou a par-

por eles.

ticipar numa prova destas?

Joca: Já andava com a ideia na cabeça faz algum tempo,

Tugabikers: En-

andei durante 2009 a treinar com esse objectivo de forma a

tre um Curso

conseguir pelo menos tempo de qualificação, mas ainda não

de

me sentia suficientemente confiante para entrar numa prova

Con-

oficial, mas o Mário Sobral incentivou-me bastante e por ocasião do Moto GP deste ano no Estoril, quando comentei em tom de brincadeira com o Hugo Pinto (patrão da HM Motos) que gostava de fazer a prova de resistência e se ele não estaria por acaso interessado em patrocinar uma equipa, não sei se a sério se a brincar ele disse logo que sim, com a condição de os pilotos serem todos clientes da HM. Segui em frente com o projecto e a HM foi extraordinária, disponibilizou Pneus, mecânicos parte da logística, preparou-nos as 3 motas e ainda cedeu o grande Ricardo Valadão para nosso director de equipa, tudo isso me motivou bastante e me fez ganhar confiança para entrar na prova. Tugabikers: Podes dar uma ideia de como é participar numa prova destas em que fazes equipa com mais pilotos e andas bastante tempo e rodar em pista? Joca: A Resistência é uma prova muito interessante, onde a organização, estratégia, regularidade e um bom trabalho de equipa, são factores importantes para se vencer esta prova. O ambiente é mais descontraído o torna-se mais divertido do que uma prova de velocidade onde anda quase tudo de “faca nos dentes”

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i

to que se a fazê lo ondução Gostava bastante que houvesse durante a época, mais provas de resistência. Tugabikers: Vais repetir ou mesmo até fazer uma prova do Nacional de Velocidade? Joca: Sem dúvida que pretendo repetir novamente a experiência da resistência este ano, quanto a fazer algumas provas no NV, para já, vou fazer mais uns cursos e TD, e ver se consigo tempos competitivos, se alcançar esse objectivo sou capaz de participar nas provas do Estoril e Portimão na classe Promo. Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou? Joca: Não tenho assim nenhum piloto em especial, acho que todos os que fui conhecendo, de uma forma ou de outra foram influenciando e enriquecendo a minha experiência, por exemplo, lembro-me do Massa Melo, que apesar da sua estatura não deixa de ser elegante na pista, o Luís Carreira que apesar de ser um grande piloto e campeão Nacional, não deixa de ser uma pessoa simpática e sociável, O Miguel Flores que apesar de andar de TDM não deixa de se divertir na pista, são apenas alguns exemplos Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Joca: Só conheço o Estoril e Portimão, apesar de terem características diferentes acho ambos de muito bom nível e com óptimas condições. Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições? Joca: 1-Isentava o valor da inscrição na provas, a todos os participantes que entrasse pela 1ª vez nas competições 2-Isenção do IVA na aquisição da moto e equipamento para competição 3-Contratava Umbrela Girls para todas as prova Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre o Nacional de Velocidade? Joca: Vai-se andando! Muito é custa da paixão e da carolice de que lá anda, desde os putos das Metrakit até aos velhotes que andam lá nas Clássicas! Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar? Joca: Apenas agradecer à Tugabiker a entrevista, o empenho e todo o trabalho que tem vindo a desenvolver em prol desta modalidade.

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by Mafalda

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A ENTREVISTA VIVENDO O SONHO... Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

jOAQUIM JOSÉ DIAS DOMINGUES DA GAMA GIL, com 37 anos, DEDICA O SEU TEMPO LIVRE ÀS MOTAS. eSTE EMPRESÁRIO E RESIDENTE EM LISBOA, VIVE O SONHO COMO PILOTO DO CAMPEONATO NACIONAL NA CLASSE DE PROMOMOTO 1000. O TUGABIKERS FOI À CONVERSA COM GIL E FEZ ALGUMAS PERGUNTAS AO PILOTO.

T

ugabikers: Olá Joaquim Gil, Como é que surgiu a

nome 1º raid EcoMoto com uma kdx 125.

tua paixão pelas motas? Joaquim Gil: Quando tinha 12 anos e começaram

Tugabekers: Como foi a tua 1ª corrida?

aparecer as primeiras motos lá na rua.

Joaquim Gil: Muito engraçada.

Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Joaquim

Tugabikers: Nas corridas como é? Muita pressão?

Gil?

Stress?

Joaquim Gil: Uma vida normal de trabalho muito trabalho e

Joaquim Gil: Sim na primeira corrida a sério foi um bocado

stress.

stressante, mas logo me apercebi que não valia a pena pois estava a li para me divertir ao máximo e sem pressão de

Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a

miguem e desde ai as coisas tem sido muito divertidas.

primeira moto que tiveste? Joaquim Gil: Uma M.V.M Sachs.

Tugabikers: Que preparativos costumas fazer antes de entrar numa competição?

Tugabikers: Qual foi a primeira prova em que partici-

Joaquim Gil: Tenho algum cuidado com a logística para não

paste?

faltar nada durante o fim-de-semana, em relação a mim con-

Joaquim Gil: Já foi há muito tempo, um raid que tinha por

tinuo com a vida normal

JOAQUIM GIL Página 18 / tugabikers magazine


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A ENTREVISTA VIVENDO O SONHO Tugabikers: Qual é a prova que te falta fazer? E com que objectivos? Joaquim Gil: A resistência. De acabar e divertir me com os meus amigos de costume. Tugabikers: Qual foi o teu melhor resultado como piloto? Joaquim Gil: No Enduro fim uma vez 3º lugar, na Velocidade foi um maravilhoso 14º lugar. Tugabikers: Que balanço fazes da temporada 2009? Joaquim Gil: Não foi muito boa pois já comecei a meio do campeonato, Portimão acabei, Estoril tive um problema com a moto fiz meia corrida e em Braga consegui ir ate a grelha de partida, mas mais uma vez a moto pregou-me uma partida e não alinhei. Tugabikers: Quais os objectivos para este ano, em que classe irás correr, com que mota, inserido em alguma equipa? Joaquim Gil: Tentar fazer o máximo de corridas possíveis e divertir-me ao máximo vou fazer a promomoto com a minha Kawasaki zx 10 r, com a minha equipa privada (que é a melhor do mundo)

Tugabikers: Quem foi o piloto que mais te ajudou neste teu sonho? Joaquim Gil: foi o Adriano da Moto Acelera. Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Joaquim Gil: Para mim temos dois circuito Portimão e Estoril, Braga não o consigo descrever mas é o que temos já e bom pois lembro me de só haver o Estoril. Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições? Joaquim Gil: Talvez fazer uma classe de motos completamente de origem, incentivar os importadores a fazer troféu mono marcas, incentivando os concessionários a participar com boas condições como fazem no motocross. Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar na velocidade? Joaquim Gil: Neste momento não existem muitas alternativas mas talvez começar com uma 600 fazendo uns track days e ir evoluindo a moto com a evolução dele para diminuir os custos.

Tugabikers: Como defines numa palavra a tua experiência como piloto? Joaquim Gil: Sonho

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou? Joaquim Gil: foi um SR piloto Manuel João.

Tugabikers: Atendendo à muita dificuldade que existe em arranjar patrocínios, podemos saber se tens e quais são os que te apoiam? Joaquim Gil: Sim tenho a Riser Persur , Bell, Agip, Aposta-facil, e algumas marcas que o meu amigo António José representa e um pequeno apoio na compra das peças da Moto Acelera e Moto Gaidão. Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar? Joaquim Gil: Quero agradecer a toda a equipa no tugabikers pela forma como se dedica a nós pilotos e como divulga a modalidade também a todos os que nos proporcionam estes momentos fantásticos. Obrigado tugabikers…

JOAQUIM GIL Página 20 / tugabikers magazine


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43º Grande Pré de

MACAU O outro lado....

Tecto: Renato Marques

Fotos: Renato Marques

O Grande Prémio de Macau e nomeadamente no que toca ao Grande Prémio de Motos é uma prova de grande cartaz não só na Ásia como mundialmente. Apesar de não ter um prémio extraordinário o Grande Prémio de Motos de Macau é visto como uma das duas provas míticas do motociclismo ainda existentes. A par com a prova da Ilha de Man é a única prova que mobiliza tanto rookies como “grandes senhores” do motociclismo internacional que todos os anos (e quase religiosamente) marcam presença nesta difícil prova.

P

ara quem não conhece basta uma pequena volta de apresentação pelo circuito para se aperceber do espírito urbano do grande prémio, ao contrário da Ilha de Man onde os pilotos correm nas normais estradas da ilha, em Macau corre-se na

cidade e numa cidade antiga ao estilo colonial português passando o grande prémio mesmo por ruas que, no dia-a-dia são vias de sentido único, ladeadas de muros e prédios de habitação. Mas melhor do que eu para definir e transmitir as emoções do que é o GP na pista aqui fica uma descrição do mesmo nas palavras de um desses “grande senhores” do motociclismo, Michael Rutter, seis vezes vencedor da prova da Guia em entrevista ao jornalista Chris Carter. “Entramos a raspar, em terceira, na concha à esquerda do reservatório, a cerca de 150kmh, sempre a acelerar e, rapidamente, já estamos em sexta, a 220kmh. Aqui, as rotações começam a subir, mas chegamos

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ĂŠmio

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à curva do

Mandarim

Oriental. Nesta altura, a 270kmh, apenas vemos o que parece ser a parede à nossa frente. Algumas pessoas reduzem duas velocidades, dependendo do equipamento da moto, mas eu apenas reduzo uma e continuo o percurso em baixa rotação. Penso que, nesta fase do percurso, se alguém disser que não tem medo está a mentir! É muito importante controlar a velocidade na saída do Mandarim porque, à entrada no Lisboa, não queremos que ninguém trave antes de nós, já que este é o ponto ideal para o fazer. Um simples erro pode pôr tudo a perder. Na recta do Mandarim para o Lisboa está-se no ponto alto da corrida, o mais rápido do percurso. No Lisboa, em primeira, faz-se a curva a 80-100kmh, no clímax. Passo imediatamente para segunda e entro pela direita, no início da subida de São Francisco. E, já estamos noutra parte fantástica do circuito pois, apesar de irmos a subir, vamos puxar a caixa de velocidades ao máximo até alcançarmos a quinta o mais rápido possível. A máquina prossegue sempre a alta rotação e a pista, daí em diante, parece cada vez mais estreita, com uma enorme parede sempre ao nosso lado. Travamos a moto ao mesmo tempo que nos aproximamos do muro a 225kmh. E, aproxima-se outra parte empolgante do traçado, com uma curva atrás de outra, reduzimos para segunda, virando à esquerda e à direita. A fase seguinte tem tudo a ver com uma mudança de direcção, na mesma velocidade, em terceira, conduzindo a máquina através de uma série de curvas e contracurvas, sem qualquer possibilidade de ultrapassagem, a não ser que se vá mesmo muito devagar, nem mesmo os mais atrasados, a menos que circulem a baixa velocidade ou se afastem para deixar passar! De repente estamos na curva D. Maria, com uma condução mais dura, em terceira, a torcer com a roda traseira e a sentir a estrada a fugir. De seguida é a descida para a curva Melco e damos tudo por tudo para reduzir a velocidade, com o pneu da frente a puxar como se fosse saltar, até estarmos em primeira. De alta velocidade passamos a uma redução drástica, ao ponto de ser ter a sensação de que se vai muito devagar, de facto a 25kmh, e se pode cair a qualquer momento! Mas, já estamos a contornar o gancho e é difícil acelerar sem antes

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puxarmos a segunda, a caminho da curva à esquerda. É a terceira e depois a quarta, rapidamente em direcção à curva dos Pescadores, onde temos a certeza que vamos raspar o ombro nas barreiras metálicas. Daí para a frente podemos correr, sem grandes problemas, em quinta, até à curva R., outro ponto relevante da corrida, se tivermos a coragem de entrar por dentro já em terceira. Depois acelera-se mais uma vez ao máximo até cruzar a linha de chegada a caminho de uma volta rápida. Atingimos a quinta e voltamos para a quarta, à medida que nos aproximamos do reservatório, uma curva muito rápida. Se tudo correr bem estamos muito, muito perto da barreira, a andar para o outro lado da pista, de forma a não batermos. Não é tão assustador como o Mandarim, mas anda lá perto!” Quanto aos nossos bravos pilotos portaram-se bastante bem com uma boa adaptação ao circuito, Luís Carreira é já uma presença habitual e este ano conseguiu a sua melhor volta em 2.28.129 um tempo que apesar de estar a cerca de 3 segundos do melhor tempo de Easton neste ano ainda há muito pouco tempo daria quase para Record do Circuito o que prova como se andou neste ano.

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entrevista com nuno c

Nuno Cateano residente em Londres, pa sua paixão pelo moticislimo. Este Gesto 32 anos, partilha o seu tempo livre entr wakeboard, golf. O Tugabikers foi à d Caetano... Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

Tugabikers: Olá Caetano, Como é surgiu a tua paixão pelas motas? Caetano: Desde pequenino que sempre tive o bichinho das duas rodas. Infelizmente em casa essa nao era uma actividade particularmente encorajada. Assim sendo foi sempre atraves de amigos que consegui matar o vicio, ate que finalmente com 16 anos consegui juntar dinheiro para comprar a minha primeira mota. A partir dai foi sempre a andar. Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Caetano? Caetano: Vivo e trabalho em Londres ha 7 anos, os 3 ultimos a fazer gestao de fundos. O dia normalmente comeca cedo. Estou no escritorio por volta das 8 da manha para dar uma olhadela aos mercados – e ao Tugabikers e preparar o dia. Senao tiver de viajar normalmente acabo por volta das 19.00. Tempo de dar uma saltada ao ginasio, ou mais frequentemente a um dos Pub’s locais. Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste? Caetano:Uma fulgurante Yamaha DT50LC! Boas memórias. Tugabikers: Como foi a primeira aventura em pista? Caetano:A primeira vez que estive em pista foi num curso da Motociclismo no Estoril em Maio de 2008 se nao estou em erro. Tinha acabado de comprar a GSXR1000 (com a qual ainda ando) e o Jose Clemente da Motociclismo desafiou-me para participar num evento deles. Adorei. Tugabikers: O que te levou a ir fazer um Track day? Caetano: Resposta longa ... sempre achei a velocidade fascinante e fui grande apreciaor de motociclismo na sua vertente ludica e desportiva. Resposta curta . queria meter o joelho no chao! Tugabikers: Achas que são seguros? Caetano:

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Penso


a caetano

artilha com todos a or de Fundos com re Karts, surf, descoberta de

e m termos de disciplinar comportamentos e assegurar q u e sim. A qualidade

que todos os participantes conseguem extrair o melhor dos dias que decidem passar em pista.

das nossas pistas é suficiente para assegurar um bom nivel de seguranca estrutural aos participantes.

Tugabikers: O que achas do ambiente que se vive num track

Mas obviamente isso nao é tudo. O motociclismo eh uma ac-

day?

tividade inerentemente perigosa e que tem de ser levada com

Caetano: É um ambiente relaxado e desempoeirado. Fazem-se

cuidado. Tanto ou mais importante do que o circuito em si é a

bons amigos e há sempre alguem pronto a ajudar.

organização. Uma boa organização traz muito para o evento

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Tugabikers: Já participaste em algum Curso de Condução? Caetano: Sim. Comecei por ai mesmo. Hoje em dia continuo a ser um avido participante em cursos. Gosto particularmente dos da California Superbike School. Tugabikers: Entre um Curso de Condução e um Track Day qual é que preferes? Caetano: Penso que ambos sao importantes para diferentes objectivos e em diferentes alturas. Os cursos sao muito bons para sistematizar os primeiros conceitos de como andar de moto em pista, aprender trajectorias, treinar posicionamento de corpo, etc. Depois e necessario batalhar em pista para interiorizar bem toda essa amalgama de informacao e criar rotinas pessoais (fisicas e mentais). O caminho dai para a frente eh da escolha de cada um. Track days, mais e mais avancados cursos, competicao, etc. Tugabikers: Temos muitos jovens que depois de rodarem em pista nunca mais querem andar na “estrada”, é o teu caso? Caetano: Nao diria que nao quero andar na estrada mas antes que sou muito mais cuidadoso hoje em dia quando o faco. Com uma visao de pista há um conjunto de coisas na estrada que comecam a meter um bocadinho mais confusao. Rails tao perto? Carros no sentido contrário? Tugabikers: Depois de muitos Track Days fizeste a Prova de Resistência Vodafone 500kms, o que te levou a participar numa prova destas? Caetano: Foi o passo natural a seguir a todos os Cursos e Track Days em que participei e mais que isso a realização de um sonho de pequeno. Tinha jurado a mim mesmo que um dia haveria de correr de mota. E assim foi. Depois de algumas (mini) corridas dentro do ambito de Track Days / Cursos de Conducao escolhi a Resistencia Vodafone 500 kms para fazer a minha iniciacao em competicao. Penso que eh o evento ideal para quem quer dar esse passo. Organizei uma equipa (KBS) com dois outros membros do Tugabikers (Ricardo Borges & Hugo Castanheira) e avancamos. Tugabikers: Podes dar uma ideia de como é participar numa prova destas em que fazes equipa com mais pilotos e andas bastante tempo e rodar em pista? Caetano: A experiência foi optima. Hah um saudavel espirito competitivo mas e tambem oportunidade de convivio. Em termos de pista o timo e mais vivo do que normalmente nos TDs e eh dado mais tempo em pista a cada piloto o que acaba por ajudar muito a ganhar andamento e ah vontade em pista. Sem duvida uma experiencia que aconselho (e que vou sem duvida repetir). Tugabikers: Vais repetir ou mesmo até fazer uma prova do Nacional de Velocidade? Caetano: A minha intencao é fazer o campeonato inteiro se

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conseguir arranjar tempo e orcamento para isso. Tenho o apoio da HM Motos que me tem ajudado bastante nestes ultimos 2 anos (e a quem desde ja agradeco) e continuo fortemente motivado pelo projecto KBS. A Resistencia vai ser sempre para fazer. Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou? Caetano: Internacionalmente o Troy Bayliss, o Randy de Puniet e o Miguel Praia. A nivel nacional o Luis Carreira. Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Caetano: Penso que temos bons circuitos em Portugal mas poucos. Estoril e um classico e nao eh por acaso que continua a receber o MotoGp. Portimao e um circuito pouco convencional e muito fluido. Muito interessante. Infelizmente ainda nao rodei em Braga. Diz quem sabe que quem consegue andar la depressa consegue ser rapido em todo o lado. Vou ter de lah ir muito brevemente. Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições? Caetano: Acho que precisamos de atacar o problema essencialmente de duas maneiras: aumentar a exposicao e diminuir custos. A maneira mais obvia de conseguir as duas serao talvez trofeus monomarca (ah semelhanca do que se faz lah fora com a Ninja Cup, ACU GSX-R Trophy, KTM RC8 Cup) e/ou trofeus com custos controlados (tipo No Budget Cup). Em termos de exposicao penso que ajudaria muito se houvesse alguem a nivel central a gerir um bocado a imagem do motociclismo, procurar exposicao mediatica mais intensa. Faria o trabalho de arranjar patrocinios muito mais facil para todos. Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre o Nacional de Velocidade? Caetano:Acho que é o campeonato possivel. Bem organizdo mas pecando um pouco por pouca diversidade de circuitos. Nao compreendo como é que um circuito como Portimao nao está ainda confirmado para o calendario. Nao deviamos ter medo de ir a Espanha fazer uma corrida ou duas. Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar numa pista? Caetano: Que o faca em condicoes controladas e que tenha a curiosidade e paciencia para aprender e praticar. Cursos de condução sao uma boa ajuda para as primeiras experiências em pista. Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar? Caetano: Queria agradecer aos laranjinhas, ao Brunorider e sobretudo ao Miguel Flores por manterem o esptirito bem vivo aqui no mundo cibernetico. Palavra de apreço tambem a todas a s pessoas com me cruzei e continuarei a cruzar nos paddocks deste pais e a todos os que partilham o vicio das motas.

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PORTIMテグ Fotos: Miguel Flores

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SBK 2010

tugabikers magazine / Pรกgina 33


Tiago Dias Pรกgina 34 / tugabikers magazine


andre carvalho tugabikers magazine / Pรกgina 35


PADDOCK PADDOCK

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PADDOCK PADDOCK

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ENTREVISTA C

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COM SOUNDAwE Tiago ferreira, com 27 anos e residente na area metropolitana de lisboa, divide o seu tempo entre o trabalho como técnico de ar condicionado e com as corridas em online. Este piloto dos track days, acredita que o ano de 2010 será um ano de grandes supresas, tendo em conta que irá participar no campeonato nacional de velocidade. O tugabikers foi à conversa com tiago e tentar descobrir um pouco mais deste piloto dos track days. Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

Tugabikers: Achas que são seguros? Tiago: Pelo menos mais seguros que andar na estrada sem

T

ugabikers: Olá Tiago, Como é que surgiu a tua

dúvida. Agora também depende quem os organiza e como são

paixão pelas motas?

organizados.

Tiago: Tenho que culpar o meu pai, quando aos

16 anos me deu para as mãos um catálogo de 50cc.

Tugabikers: O que achas do ambiente que se vive num track day?

Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Tiago? Tiago: Igual à da maioria da população. Acordar, trabalhar,

Tiago: Um ESPECTÁCULO !!!! Para mim, melhor do que qualquer passeio ou concentração.

casa. Jantar, estar um bocado com aqueles que gostamos e por fim dormir que no dia seguinte a missa é a mes-

Tugabikers: Já participaste em algum Curso de Condução?

ma…

Tiago: Sim, já.

Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste? Tiago: Aprilia Rs 50. Foi a vencedora das que estavam no catálogo.

Tugabikers: Entre um Curso de Condução e um Track Day qual é que preferes? Tiago: Honestamente prefiro o trackday. Andar atrás de um monitor durante muito tempo baralha-me um bocado e começa a sair tudo mal.

Tugabikers: Como foi a primeira aventura em pista? Tiago: Correu às mil maravilhas. Um amigo meu não queria fazer o último turno dele e conseguiu convencer-me a ir na vez dele. Lá me fiz à pista e a partir daí o bicho nunca mais me largou. Tugabikers: O que te levou a ir fazer um Track day? Tiago: Sítio certo à hora certa e, claro, desde puto sempre tive uma vontade enorme de andar em pista.

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ENTREVISTA C Tugabikers: Temos muitos jovens que depois de rodarem em pista nunca mais querem andar na “estrada”, é o teu caso? Tiago: Sim, sem dúvida. Estava com esperança que não acontecesse, mas foi inevitável… lol Tugabikers: Já te passou pela cabeça fazer uma prova do Nacional? Tiago: Sim e ainda não me passou a ideia. Este ano tenho como objectivo fazer a prova de Resistência com a Tânia aka Eletrica (minha querida namorada, lol) e talvez para o ano que vem fazer algumas provas do Campeonato. Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou? Tiago: Não houve nenhum em particular que me tenha influenciado. Gosto de ver e aprender com todos. Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Tiago: Cada vez melhores ! Eu só conhecia o Estoril mas depois de conhecer o de Portimão vejo uma melhoria considerável.

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COM SOUNDAwE

Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições? Piloto: Apoios dos importadores das marcas, divulgação das provas nos canais nacionais de desporto e redução de preços de participação no COV. Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre o Nacional de Velocidade? Tiago: Honestamente não tenho nenhuma opinião formada sobre o Nacional de Velocidade mas pelo aquilo que vejo e ouço podia estar melhor organizado de maneira a ajudar os participantes e chamar mais público. Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar numa pista? Tiago: Fazer imensos cursos de condução e trackdays. Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar? Tiago: O Tugabikers que continue como está com o excelente trabalho de todos os envolvidos !!!

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by Miguel Flores

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O T I U C R I C NO

E T N O M [PEDRO Pรกgina 45 / tugabikers magazine


Pedro Miguel Saragoça Monteiro, com 33 anos divide o seu tempo entre a profissão como Técnico de Informática e nos tempos livres entre Motos, Karting e Fotografia. Residente em Loures, Pedro Monteiro participou pela primeira vez na prova de resistência en 2008. O tugabikers foi à descoberta deste piloto ... Texto: Bruno Brito Fotos: Miguel Flores

T

ugabikers: Olá Pedro Monteiro, Como é que surgiu a tua paixão pelas motas? Pedro: É uma paixão de criança... começou pela versão sem motor, as bicicletas. Desde criança que sou fascinado pelas duas rodas e tudo o que tiver motores á mistura. Infelizmente só já muito tarde é que tive oportunidade de ter uma mota. Agora é recuperar todos

os anos perdidos... Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Pedro Monteiro? Pedro: Bem, não deverá ser diferente do típico Português... o despertar ás 7:30, correria e transito habitual para chegar ás 9:00 ao emprego... tomar um cafezinho rápido com os colegas, Ginásio á hora de almoço se a agenda permitir... a hora de saída é geralmente uma incógnita... mas tento que seja ás 18:00 para poder ter ainda umas horas para estar com a família e amigos. Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste? Pedro: Foi uma Honda CBR 600RR... todos os meus amigos me chamaram de maluco. Tugabikers: Qual foi a primeira prova em que participaste? Pedro: De Resistência foi os 500Km Vodafone no Estoril em 2008. Corrida sprint, foi na estreia do nosso COV em Portimão em Agosto de 2009. Tugabikers: Como foi a tua 1ª corrida?

COM

EIRO]

Pedro: Foi bastante divertido... mesmo! Juntámo-nos 3 amigos (O Luís e o Sérgio) que iam participar pela primeira vez numa competição oficial e o nosso objectivo era chegarmos ao fim da corrida, principalmente sem quedas! E assim foi, levando tudo no devido desportivismo divertimo-nos imenso e ainda fomos presenteados com o 4º lugar da Classe Open, o que foi deveras inesperado. Tugabikers: Nas corridas como é? Muita pressão? Stress? Pedro: Não. Sou uma pessoa calma e descontraída e nestas alturas tento afastar a pressão da competição porque sei assim as coisas correm melhor. O stress costuma acontecer todo nos dias que antecedem as corridas. O habitual frenesim para preparar a mota, o equipamento, transporte, etc... mas quando chega o dia “D”, isso já está esquecido e foco-me nos objectivos que tenho

traçados para a corrida.

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Tugabikers: Que preparativos costumas fazer antes de

mos de resultados. Adicionando a isto conseguir um pódio na

entrar numa competição?

Resistência com a equipe TKU Racing... só posso estar satis-

Pedro: Começa pela preparação física. Um cuidado extra com

feito.

a alimentação e um treino de resistência (cardio) para estar no meu pico de energia no dia da corrida. Temos também a mota:

Tugabikers: Quais os objectivos para este ano, em que

á que verificar tudo o que é mecânica e estética antes de uma

classe irás correr, com que mota, inserido em alguma eq-

corrida. Como até agora não existe a possibilidade de ter um

uipa?

mecânico, faço eu praticamente tudo. Verificar apertos, níveis

Pedro: Os objectivos para 2010 são ambiciosos... não tanto a

dos líquidos, pneus, pastilhas, e por aí fora. Adicionalmente é

nível de resultados mas mais a nível de estrutura para poder

preparar todo o material auxiliar necessário para quando

participar em todas as provas do campeonato com condições

chegarmos ao circuito não faltar nada: ferramenta, gasolinas, a

mínimas que me permitam concentrar mais na “pilotagem”. A

cadeirinha, a mesinha, e o combustível para o piloto e staff (...o

equipa será a G2R Ace team que surgirá em 2010 com um maior

farnel!).

numero de pilotos e com o apoio de mais parceiros, tais como

MJPavia / Yamaha e Plastikrepair.

Tugabikers: Qual é a prova que te falta fazer? E com que

A mota será a excelente Yamaha R1

objectivos? Pedro: Gostava de a médio prazo fazer uma prova de resistência internacional e a prova de Macau. O objectivo seria chegar

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou?

ao fim e desfrutar da competição.

Pedro: Internacional, não tenho nenhum piloto “ídolo”... acho que todos eles merecem o meu “louvor”, mas se tiver destacar

Tugabikers: Qual foi o teu melhor resultado como piloto?

um deles, gosto muito do estilo do Marco Mellandri. Nacional

Pedro: FFoi sem duvida o 3º Lugar alcançado na Resistência

(que também temos cá pilotos de grande valor!), escolheria o

500Km Vodafone de 2009 na Classe Open. Um pódio é sempre

“grande” Luís Carreira não só pelo seu talento de pilotagem

inesquecível. Em participação a “solo” foi o 7º Lugar conquista-

como pela simpatia e simplicidade que tem dentro e fora das

do no Estoril I de 2010.

corridas!

Tugabikers: Que balanço fazes da temporada 2009?

Tugabikers: Quem foi o piloto que mais te ajudou neste teu

Pedro: Para mim foi excelente... iniciei-me nas provas de Sprint

sonho?

e as minhas expectativas foram largamente superadas em ter-

Pedro: Não seria justo falar em “nomes”... prefiro antes referir

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que a primeira vez que andei em pista fui apenas com a minha mulher (que sempre me apoiou!) e não conhecia ninguém. A partir daí comecei a criar grandes amizades com muitos “agora” pilotos e é a eles que devo também parte da realização deste sonho. No paddock encontra-se sempre alguém capaz e disposto a nos ajudar. Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Pedro: Parecem-me bons... se compararmos com alguns que vemos em competições nacionais de outros países, não nos podemos queixar. Portimão: um circuito fantástico e muito emocionante e com todas as condições dentro e fora de pista. Estoril: igualmente; Braga: é talvez o único que nos podemos “queixar” do asfalto e do paddok algo reduzido. Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições? Pedro: Mais divulgação nos media do Campeonato e seus participantes por forma a podermos dar “visibilidade” aos patrocinadores. Trazia certamente também mais publico para as bancadas pois julgo que muita gente não faz a mínima ideia que existe um campeonato (já estamos melhor este ano... há progresso). Depois temos também a questão do preço dos pneus... são bastante caros e são o que segura a mota ao chão... não se pode poupar aqui. No final de um orçamento facilmente verificamos que é uma das grandes fatias...

Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar na velocidade? Pedro: Não tenham medo! Tracem objectivos acessíveis e acima de tudo... divirtam-se em segurança e vivam o momento da “competição”. Não é necessário ter a melhor mota e melhor estrutura para nos iniciarmos... temos é que começar! Depois disso o “bixinho” já não deixa parar . Tugabikers: Como defines numa palavra a tua experiência como piloto? Pedro: “Rokkie” Tugabikers: Atendendo a muita dificuldade que existe em arranjar patrocínios, podemos saber se tens e quais são os que te apoiam? Pedro: Nunca tive apoios no passado, mas para 2010 estarei integrado na equipa G2R Ace Team e teremos o apoio da empresa que dá nome á equipa, a G2R (www. g2r.pt), Yamaha/MJPaiva (Stand oficial Yamaha) e a Plastikrepair (www.plastikrepair.com). A procura por mais apoios continua naturalmente… nunca são demais! Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar? Pedro: Quero deixar um Muito Obrigado ao Tugabikers pelas vossas iniciativas que tanto e tão bem divulgam o nosso campeonato e os nossos pilotos. É sem duvida um exemplo a seguir, e espero que “incomodem” a concorrência com esta fantástica Revista para que se possa elevar a divulgação do Campeonato para outro nível! Espero que em 2010 todos os pilotos possam dar espectáculo para termos imagens e reportagens de um nível ainda superior

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