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MAIO
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MAIO
2018 HENRIQUE FERNANDES DIRETOR-GERAL DA AD LOGISTICS
“CLIENTE É O NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO”
profissional
REPORTAGEM COMO A 5.ª EDIÇÃO DO EXPOMECÂNICA REPRESENTOU UM ELEVAR DA FASQUIA ESPECIALISTA PRO4MATIC ALARGA NEGÓCIO DAS SUSPENSÕES PNEUMÁTICAS REPARAÇÃO A INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE AJUDAS À CONDUÇÃO NA REPARAÇÃO DE VEÍCULOS
DOSSIÊ
LUBRIFICANTES
SETOR DINÂMICO! PRINCIPAIS ATORES ESGRIMEM ARGUMENTOS O AVANÇO DOS ÓLEOS SINTÉTICOS OS NOVOS DESAFIOS
SUMÁRIO
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MAIO 2018 ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES CHAMPION CAPA FALSA PETRONAS VERSO DE CAPA JAPANPARTS PÁG.5 TRW PÁG.11 ZF PÁG.13 NGK PÁG.15 PADOR PÁG.23 BORG PÁG.29 SHELL PÁG.33 FUCHS PÁG.35 AB LUBS PÁG.37 CENTRO ZARAGOZA PÁG.45 CARF PÁG.49 CESVIMAP VERSO CONTRACAPA EUROREPAR CONTRACAPA MARCAS NESTA EDIÇÃO 3K 16 AB LUBS 30 AD PORTUGAL 6, 21 AD LOGISTICS 6, 21 AD PARTS 6 AD PARTS INTERGROUP 6 ALVES BANDEIRA 30 AMAZON 9 AMK 29 ANECRA 13 ARNOTT 29 AUDI 28 AUTO DELTA 14 AUTOEUROPA 22 AUTOZITÂNIA 22 AXALTA 42 AZ AUTO 16 BASF 50 BENTLEY 28 BILSTEIN 29 BMW 21 BOMBÓLEO 25 BORGWARNER 16 BOSCH 12, 21, 50, 56 BOSCH ELECTRONIC SERVICE 21 BREDA LORETT 22 BRIDGESTONE 53 CHAMPION 40, 48 CHECKSTAR 25 CLEAN FILTERS 22 CONTINENTAL 16, 46 DELPHI TECHNOLOGIES 30 DOMINGOS & MORGADO 24 DUNLOP 53 ELF 32 ESCAPE FORTE 26 EXPOMECÂNICA 20 FAG 28 FEDERAL MOGUL 48 FENNER PLC 52 FONSECA, MATOS & FERREIRA 32 FTE 22 GALP 30 GENERAL MOTORS 53 GMD 25 GOETZE 48 GOODYEAR 53 GOOGLE 10 GRUP EINA DIGITAL 7 HELLA GUTMANN 66 INA 28 INTERFIL 48 ISTOBAL 47 JAGUAR 28 KAVO 47 KIKAI EVENTOS 21 KRAUTLI PORTUGAL 34 LUK 28 MAGNETTI MARELLI 25 MAN 54 MANN+HUMMEL 48 MÉGUIN 30 MERCEDES-BENZ 9, 28 METZER 16 MEYLE 14 MEYLE-HD 14 MEYLE-ORIGINAL 14 MEYLE-PD 14 MF PINTO 16 MICHELIN 52 MILLERS OILS 32, 48 MORGADO & AMADO 42 NORTON SAINT-GOBAIN 14 OCAP 22 PADOR 25, 30 PANASONIC 6 PORSCHE 53 PRO4MATIC 28 R-M 50 REPEXPERT 27 RES AFTERMARKET SOLUTIONS 22 RODAPEÇAS 25, 30 RUVILLE 28 SCHAEFFLER IBÉRIA 21, 28 SCHWITZER 16 SGS 13 SOCIEDADE COMERCIAL C. SANTOS 13 SPIES HECKER 42 SPINERG 13 SUMITOMO 52 TELEFÓNICA 6 TENNECO 48 TESLA 39 TEXA IBÉRICA 66 TOTAL 32 TURBOCLINIC 27 UFI FILTERS 48 VALVOLINE 32 VOLKSWAGEN 54 VULCO 53 WABCO 29 WHAT'SAPP 10
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REPORTAGEM Exemplo prático de como a gestão oficinal para a repintura da Axalta/ /Spies Hecker melhorou a produção
TÉCNICA Engenheiros da Bosch arranjaram forma de os baixar muito as emissões de NOx dos diesel
DESTAQUE
ESPECIALISTA
06 AD Logistics
28 Pro4matic
NOTÍCIAS
DOSSIÊ
12 As novidades do setor 46 Notícias internacionais 52 Notícias pneus
30 Lubrificantes RAIO X
54 Comercial do mês
OPINIÃO
18 Bases de dados REPORTAGEM
20 Expomecânica 2018
REPARAÇÃO
58 Formação 62 Influência das ajudas à condução
nas reparações dos veículos
MAIO 2018 TURBO OFICINA
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EDITORIAL
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS
ANDA OTIMISMO NO AR!
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Bastou, aliás, visitar o salão expoMecânica, olhar com atenção para a qualidade da exposição nortenha e falar com alguns dos atores do mercado do “aftermarket” para perceber que algo está a ocorrer e que é algo de muito positivo
espira-se bem no atual momento do “aftermarket” nacional! Genericamente falando, vemos empresas a crescer a dois dígitos, a apostarem em novos investimentos, modernização ou até construção de novas instalações, a arriscarem a internacionalização, como se as fronteiras do nosso país já fossem um espartilho demasiado apertado para as suas ambições e para o seu potencial. Numa altura em que o mercado nacional está razoavelmente saudável, essa internacionalização não é forçada, pelo desespero de não encontrar meios de subsistência intramuros, é mesmo por genuína vontade de expansão e de conquistar novos mundos! Bastou, aliás, visitar o salão expoMecânica, olhar com atenção para a qualidade da exposição nortenha e falar com alguns dos atores do mercado do “aftermarket” para perceber que algo está a ocorrer e que é algo de muito positivo. Se a isso juntarmos a aposta cada vez maior de muitas empresas na oferta de formação… mas também a procura crescente por parte de quem está a jusante de toda a cadeia do “aftermarket” por essa mesma formação, encontraremos aí a explicação para esta espécie de “bola de neve de otimismo” que parece estar a contagiar todo este setor. Chegamos, assim, à conjugação perfeita para o passo em frente em termos qualitativos que encontrámos no certame do Porto, onde se viram “stands” com nível muito mais elevado que em anos anteriores, opinião unânime de visitantes e expositores. Empresas a fazer mais negócios, logo com maior capacidade financeira, mas também com maior formação, a dar mais atenção à importância da comunicação e da força da mensagem para se destacarem num mundo tão concorrencial. Como em tanta coisa na vida, também aqui anda tudo interligado e, afinal, o nível mais elevado que se notou no salão expoMecânica não foi mais que o espelho da realidade de um setor que elevou também o seu funcionamento e “know-how”, pelos níveis superiores de formação. E assim se atingiu esta dinâmica de otimismo e crescimento. Que não deve ser um ponto de chegada, antes mais um patamar ou, se se preferir, um apoio onde colocar o pé para subir ao nível superior!
SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL oficina@turbo.pt DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE SÉRGIO VEIGA sergioveiga@turbo.pt REDAÇÃO CARLOS MOURA PEDRO carlosmoura@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt COORDENADOR COMERCIAL GONÇALO ROSA goncalorosa@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777
SÉRGIO VEIGA EDITOR CHEFE
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INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
DESTAQUE
AD PORTUGAL
HENRIQUE FERNANDES DIRETOR-GERAL DA AD LOGISTICS
NÃO VENDEMOS PEÇAS FORNECEMOS SERVIÇOS! O foco sempre no cliente e nas suas necessidades, proporcionando-lhe o máximo de apoio. Se esta sempre foi a “cultura de empresa” da AD Portugal, uma das líderes do aftermarket no nosso país, Henrique Fernandes, o novo diretor-geral, quer elevar a fasquia para estar ainda mais próximo do consumidor. Eis a sua visão TEXTO SÉRGIO VEIGA FOTOS CARLOS PEDROSA
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iz não ser um especialista de peças, mas acaba de assumir o cargo de diretor-geral da AD Portugal, uma das maiores empresas de distribuição de peças para o aftermarket! Pretende deixar uma marca diferenciadora durante a sua gestão, fruto dos conhecimentos que traz de experiências em setores tão diversos como o das telecomunicações (Telefónica),
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eletrónica de consumo e equipamentos profissionais (Panasonic) e até… dos produtos alimentares frescos e perecíveis! Até ou… principalmente! “Essa experiência acabou por me dar valências que me permitem lidar com os produtos e a gestão de “stocks” de forma diferenciada. Tudo se passa a uma velocidade brutal, pois é um tipo de produto que não se compadece com longos períodos nas prateleiras ou morosidade nas respostas”. Henrique Fernandes é o novo diretor-geral da AD Logistics – que integra a AD PARTS e,
agora o novo gigante AD PARTS Intergroup – e quer que o seu cunho pessoal na empresa seja a diferenciação, embora mantendo e até melhorando aquilo que considera ser o valor inalienável da empresa: o serviço prestado e a proximidade aos clientes. Mas as valências com que está apetrechado permitem-lhe olhar para esses valores com outra… dinâmica: “Em boa verdade, este mercado precisa de outro “push”, de outra dinâmica. Há necessidade de evolução, de chegar de outra forma, quer ao consumidor quer aos clientes”.
as frustrações. E isso foi uma mais-valia ao assumir esta função, pois deu-me uma ligação muito mais direta, quer com o cliente ao balcão, quer com o cliente-oficina. Encontra pontos neste mercado em que as suas experiências nos outros lhe seja útil? Seguramente que sim. O facto de ter valências noutros mercados permite-me trazer algumas boas práticas para este. Costumo dizer que, não sendo especialista em peças – e, muito honestamente, nem é esse o objetivo da minha função –, o que eu tenho é de ter uma visão holística da organização, uma visão mais pragmática do mercado e uma visão, diria, mais evolutiva do que são as novas tendências do mercado. Mas existem coisas que acontecem neste mercado que não conseguiremos nem pretendemos mudar que é a nossa forma de estar junto ao cliente e ao nosso principal foco que são as oficinas. E nós temos de estar ao ritmo da oficina e não ao nosso. Senão estaremos como o ciclista que foge do pelotão e, de repente, olha para trás e vê que o pelotão virou na rua anterior e ele continuou em frente… Nós temos um cliente que tem uma forma de trabalhar muito distinta e que, por sua vez, carece de um acompanhamento muito distinto. E é nessa perspetiva que temos de ter o foco, não na nossa dinâmica natural. Se o nosso cliente tiver um grande ‘boom’ tecnológico nós estaremos lá para o servir.
"QUEM CONHECE BEM O MERCADO SÃO OS “PLAYERS” DO AFTERMARKET, NÃO AS MARCAS [DE AUTOMÓVEIS]"
Já estava na empresa antes de assumir o cargo de diretor-geral? Sim, o meu primeiro desafio foi supervisionar algumas das nossas lojas. Isso foi já este ano e, no fundo, tive um tirocínio nas lojas para poder ver o seu “modus operandi” e, posteriormente, fui convidado para assumir a função de diretor-geral. A grande vantagem é que este tirocínio acabou por me enquadrar no que é o dia-a-dia de uma loja, como é que funciona, os detalhes da loja, a relação com o cliente, o frente-a-frente, as negociações, as rejeições,
Isso implica já introduzir uma nova abordagem ou até uma nova estratégia no funcionamento da empresa? A AD Logistics tem o foco no cliente. Na sequência da aquisição de capital do Grup Eina Digital pela Ad Parts, entidade focada na formação, evidencia a nossa estratégia e o nosso posicionamento no mercado. A relação com o nosso cliente é o nosso fator diferenciador. E os nossos clientes são, maioritariamente, as oficinas a quem queremos levar um acompanhamento muito mais próximo, mais técnico e alicerçado numa relação de parceria eficaz. Nomeadamente muita formação técnica, muita formação associada a técnicas de receção do cliente na oficina, técnicas de vendas, técnicas de gestão comercial ou gestão contabilísticas, assessoria na área financeira. Estamos a falar numa abordagem que acaba por suprir algumas lacunas dos nossos clientes e é uma das mais-valias que trazemos ao mercado. Está traçado um objetivo concreto para a AD Portugal, para o mercado português? O nosso trabalho cá em Portugal já começou há muitos anos, o programa Millenium já tem mais de vinte anos. Estamos a falar de dar continuidade ao que já existe de uma forma mais fortalecida. Dentro do nosso programa Millenium temos o apoio às oficinas, o posicionamento da própria loja online de oficina, temos “call cen-
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DESTAQUE
AD PORTUGAL
ter” dedicado em que qualquer oficina pode ligar para ter acompanhamento técnico, como fazer passo-a-passo. No fundo estamos a falar de algo que já existe, mas de uma forma mais orientada para o cliente, estreitar cada vez mais essa relação. Vender peças, toda a gente vende peças. Nós não vendemos peças, nós acima de tudo fornecemos serviços aos nossos clientes. E isto, parecendo que não, é muito mais que um conceito “box moving”, é muito mais abrangente. Isso faz sentido mas, no final do dia, o que conta é o dinheiro entrado em caixa pela venda das peças… Naturalmente… Mas toda esta estratégia vai permitir, fundamentalmente, pôr as empresas no seu “core” que é trazer mais proveitos para dentro da organização e, mais uma vez, reinvestir e torná-la cada vez mais sólida. No fundo é gerar riqueza e gerir o mercado nesse sentido. Qual é a situação atual da AD Portugal enquanto empresa? Nós podemos dizer, com muito orgulho, que estamos no “top 5” do ranking dos “players” do mercado. O nosso objetivo é colocarmo-nos numa posição cada vez mais favorável, através de um conjunto de ações que estamos a desenvolver, com forte foco na parte da formação e do acompanhamento técnico que nos permitirá posicionar-nos como um dos principais “players” do mercado. Ao referir os desafios por que o mercado do aftermarket passa, inclui a entrada das marcas de automóveis que começam a “invadir” um espaço que, tradicionalmente, nunca foi delas? O aftermarket acaba por ser o principal interveniente no mercado das peças. Porque nós é que conhecemos efetivamente o mercado. As marcas dedicam-se à sua marca, nós dedicamo-nos a todas as marcas do mercado. Portanto quem conhece bem o mercado são os “players” do aftermarket, não as marcas. Claro que as marcas têm indicadores, estudos de mercado que lhes dão orientações, mas o aftermarket vivencia isso diariamente no contacto direto com o mercado. Diria até que, cada vez mais, as marcas procuram aliados no aftermarket para fazerem relançamento ou para se manterem no mercado. Tendo em conta que, hoje em dia, a qualidade do aftermarket atingiu quase o seu expoente máximo, as próprias marcas não conseguem ser tão abrangentes como o próprio aftermarket. Portanto, nós não lidamos com a marca A, B ou C, lidamos com marcas de A a Z. O esforço das marcas para fidelizar os clientes às suas oficinas, com maiores períodos de garantia e de intervalos de manutenção, não é também uma forma de confronto com a indústria do aftermarket? Não me parece que seja. Acho que essa argumentação servirá mais para a venda do auto-
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móvel do que propriamente para a promoção do após-venda. Acredito, sim, que os fabricantes do aftermarket, estão atentos a esse fenómeno e tenho exemplos práticos. Tenho casos em que vou comprar uma peça de origem e demoro três dias para a receber, o aftermarket não se compadece com este tempo de espera, nós temos de entregar em horas. Há muitos anos havia a questão qualitativa que hoje já não se coloca, já há peças de aftermarket com a mesma qualidade das de origem. Por isso vejo no futuro as marcas a ter de fazer uma abordagem junto do aftermarket para complementar as suas próprias necessidades. De que “armas”, do ponto de vista logístico, necessita o aftermarket para se tornar ainda mais rápido a satisfazer as necessidades dos seus clientes? O processo logístico, para além da questão dos “stocks”, é um dos fatores críticos de sucesso. Nós não vendemos peças, fornecemos serviços, como já disse. Portanto, se tivermos em conta que o nosso cliente quer é soluções rápidas, temos de olhar para o processo logístico com muita atenção. Além da gestão de “stocks” que é uma grande prioridade, o processo logístico acaba por ser uma das preocupações porque o nosso cliente o que quer é que a peça lhe seja entregue de acordo com a expetativa que ele tem. E não se importa de pagar mais um pouco por esse serviço. Estamos a trabalhar arduamente nesse sentido. Temos frotas automóveis próprias, 12 lojas espalhadas pelo País, com pretensões de expandir para áreas em que não estamos presentes – no “top 10” das localizações estamos em cinco e queremos expandir para as dez – a nossa frota é enorme e vamos arrancar com uma plataforma de gestão de rotas, dentro de um mês, que será o grande passo tecnológico
para a indústria. Desde a planificação de rotas estar interligada com a plataforma Google, sabendo que se há um congestionamento deverá utilizar uma rota alternativa, esta tecnologia vai arrancar dentro de um mês. Se um cliente não está disponível automaticamente o distribuidor mete essa informação num “tablet”, nós recebemos no “back office” essa informação e o nosso “call center” consegue interagir com o cliente para reagendar o horário de entrega. Desde comprovativos de entrega com assinaturas digitais, tudo isto já é presente dentro
EM CARNAXIDE FICA O PRINCIPAL DOS VÁRIOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DA AD PORTUGAL, UM ESPAÇO DE 5000 M2
da nossa organização, sempre com o foco no cliente que é o nosso principal objetivo.
produtos rotativos, de classe A, B e C, porque há um princípio lógico de que uns arrastam outros, temos de os ter todos. Temos de ter a peça certa à hora certa no conjunto certo. Por exemplo, na inspeção do seu carro dizem-lhe que tem de mudar dois amortecedores, não vai comprar quatro, compra só dois. Mas nós temos de ter os quatro, portanto assim que lhe vendermos aqueles dois temos de garantir que o conjunto de quatro volta a estar lá para quando for preciso. Ou se der um toque lateral num passeio, só vai precisar de uma peça, mas fica desirmanada da outra e temos de repor o “stock”. O que quer dizer que a visão nos “stocks” é das coisas mais objetivas ou preocupantes que temos de ter para saber por que motivo determinada peça não roda. Será o preço mal posicionado? Está desirmanada? Não é um artigo de rotação elevada? Aí contamos também com uma relação muito estreia com o próprio fornecedor que tem os seus rankings de peças e as suas análises.
Para a rentabilidade da vossa empresa a vossa “stockagem” também é importante. Como gerem esta situação? Temos uma equipa de gestores de produto que olham diariamente para um ranking de automóveis que são introduzidos no mercado – marca, modelo, motorização – e quando há um veículo novo automaticamente a base de dados é registada de forma a que as peças necessárias para o parque automóvel comecem a ser calendarizadas, de acordo com o “timing” previsto do pós-garantias e intervenções necessárias. O que quer dizer que essa equipa tem um foco muito grande na gestão de “stocks” garantindo que o “stock” parado não seja uma dor de cabeça. É fundamental a tal experiência que trago de outras áreas de ter o foco no “stock”, tendo em conta que há necessidade de ter
Como vê a entrada dos novos “players” virtuais, com vendas “online”, mas que têm a capacidade de vender tanto a oficinas como de entregar em casa de um cliente final? O nosso foco, como disse, está muito na oficina, é aí que temos uma relação muito estreita. Não é só vender a peça que é importante, o saber colocar a peça, fazer os respetivos ajustes, ter alguém que apoie quando há dificuldade, é esse o nosso modelo de negócio e sempre será. O que quer dizer que nós estamos num patamar diferente, defendemos que a nossa relação com o nosso cliente, neste caso a oficina, não pode ser uma relação fria, é uma relação humana, de transmissão de conhecimentos. Nós temos no programa Millenium o “call center” em que recebemos diariamente centenas de chamadas. Nós temos também uma plataforma de apoio
online, mas o contato telefónico continua a ser o preferido porque é muito mais fácil pois permite ter ali alguém que consegue prestar um auxílio passo-a-passo. No nosso “call center” temos técnicos que, pela junção de base de dados que temos a nível europeu, consegue aferir rapidamente o problema para marca, modelo, avaria e qual é o resultado. Esta é a nossa forma de estar no mercado. Ao mesmo tempo ministramos cursos de formação técnica, periodicamente temos um veículo – um Mercedes Classe A que esteve em exposição no expoMecânica – que foi transformado pelo Grupo Eina para ser uma “fábrica” de formação. Foi todo descarnado, os fios todos trocados, foi instalado equipamento para simulação de avarias no ato da formação para que os mecânicos sejam confrontados com problemas distintos. Por mais vídeos que ponham online, por mais “Q&A’s” que tenha uma plataforma digital nunca terá este tipo de apoio e esta é a nossa aposta, a proximidade junto ao nosso cliente, é por aí que nos diferenciamos. E o fator preço não poderá ter influência? Em todos os mercados existe este fenómeno do “online”. É recente no mercado das peças auto mas nos outros mercados já é uma realidade com vários anos. É natural que acabe por ter alguma influência nos preços. Mas acreditamos que, com o que acrescentamos ao processo, o valor acaba por ser secundário. O nosso cliente não fala em preço. Obviamente que há os que olham para o preço, claro. Mas para os que se apercebem das mais-valias que o nosso serviço representa, o preço acaba por ser secundário. Porque se somarmos todas as valências que transmitirmos, as quantificarmos e dividirmos pelo volume de peças que vendemos a esse cliente, o saldo ficará a nosso favor. Pensa o mesmo em relação a uma plataforma de distribuição como a Amazon? A Amazon opera em vários países europeus e a nível mundial, mas vamos falar do mercado português. A Amazon em Portugal não me incomoda porque é mais um canal de venda, mas é mais uma plataforma digital, mais uma “webstore”. E já lhe dei resposta para isso: o nosso foco está no cliente, a nossa abordagem é diferente, por isso a Amazon não nos incomoda porque nós jogamos numa liga diferente. A nossa abordagem ao cliente não é digital ou binária, é uma abordagem emocional. Nós não estamos nessa liga, a nossa liga é de proximidade, humanizada, de acompanhamento, de estar lá para ajudar quando há dificuldades. Qual a estratégia da AD na Europa? Cada vez mais a intenção é estar próximo do nosso cliente com as valências que lhe podemos dar. Queremos ser os principais “players” do mercado e, obviamente, consolidar isto tudo
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DESTAQUE
AD PORTUGAL
maioria destas fusões são complementares e não concorrenciais. Está a dizer que com menos “players” há mais concorrência? Não, estou a dizer que com menos “players” o consumidor terá um melhor serviço. Enquanto houver menos “players” menor será o índice de concorrência, estatisticamente falando. Porque permitirá a entrada de novos “players” com novas tecnologias e soluções. Não deverá ser visto como uma monopolização do mercado mas como a abertura de outras oportunidades para o mercado. Cada vez mais falamos do advento de veículos elétricos, com outras tecnologias, o que quer dizer que existem oportunidades para empresas que tradicionalmente não estão no mercado das peças entrarem com outras soluções. Circuitos eletrónicos, navegações, chips, já começamos a falar de outro segmento que não são apenas peças. Estas fusões vão permitir abrir a porta a novos “players” em áreas em que aquelas fusões provocaram alguma lacuna. De toda esta concorrência que existe no aftermarket, em que é que o cliente final é verdadeiramente beneficiado? Já falou no serviço, mas é beneficiado também no preço? O mercado de aftermarket sempre foi visto como o rebelde do mercado das peças! Porque o aftermarket apareceu para dar ao consumidor acesso a peças a preços mais atrativos. O consumidor beneficia de várias vantagens, primeiro ter várias marcas para a mesma viatura, depois preços atrativos, a seguir serviços associados – quantas marcas dão formação técnica a oficinas?... À partida devemos ser um dos mercados mais democráticos que existe!
com esta estratégia de que tenho estado a falar. Não é nossa política a guerra de preços, não é nossa política canibalizar o mercado para ser o melhor mas perder dinheiro… Porque não é por aí que nós nos viramos. Temos um foco e uma estratégia muito claros, é uma orientação internacional. Temos assistido a várias compras e fusões neste setor. Nesta era global não será paradoxal esta concentração do negócio das peças em menos grupos e cada vez maiores? Não acho porque, mais uma vez, o que constatamos é que, cada vez mais, o consumidor necessita de mais apoio, de melhor serviço e acompanhamento. Estas fusões não fazem mais do que trazer essas valências para
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o consumidor, garantindo que as empresas que se fundem conseguem complementar-se. Não estão a fazer “takeovers” hostis para eliminar a concorrência mas, fundamentalmente, para complementar de acordo com a necessidade que têm. A Google comprou o Whats’App, evitando criar algo concorrente, além de aproveitar uma carteira de clientes existente e atingir mais rapidamente os objetivos, garantindo uma solução mais completa para o cliente. No nosso caso o fenómeno é igual, estas fusões vão permitir que o nosso cliente tenha maior diversidade de soluções partindo de um tronco comum. E isso será uma grande vantagem porque, cada vez mais, existe um foco no cliente. Nisto tudo o cliente será o maior beneficiado porque a
Que marca quer deixar na AD Portugal? O simples facto de conseguir transportar para este mercado algumas valências de outros mercados, para mim seria o objetivo cumprido. O que eu trago a esta organização é a capacidade de gestão, de visão estratégica, de conciliar ou juntar os pontos. Não serei nenhum messias, porque não sou e acredito que neste mercado ainda está para aparecer o verdadeiro messias. Mas acredito que os que já cá estão, os que começaram este mercado, já se diferenciaram e muito. O meu desafio será subir a fasquia, torná-la mais competitiva, mais pragmática, mais abrangente. Se conseguir cumprir esse objetivo sim, deixei o meu cunho pessoal, o meu perfil assim o determina. Sou uma pessoa muito virada para as tecnologias de informação e que acumulou valências em várias áreas de negócio e o que estou a fazer é trazer o melhor desses mundos para cá. O tempo dirá se deixei o meu cunho ou não e se houve, não digo evolução que isso implica progressão, mas antes diferenciação que são conceitos diferentes. /
NOTÍCIAS
NACIONAIS
BOSCH
GAMA DE FILTROS DE HABITÁCULO
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ara assegurar que os ocupantes dos veículos automóveis possam respirar um ar isento de poeiras, fumos, pólen, cinzas ou outras substâncias nocivas, a Bosch disponibiliza uma gama completa de produtos, que inclui filtros de habitáculo – presentes em 95% dos novos veículos vendidos na Europa – e unidades de ar condicionado. A marca alemã refere ter desenvolvido uma solução adequada para cada tipo de condutor ou veículo, desde filtros de habitáculo padrão económicos, filtros ativos de carbono eficientes, até ao inovador FILTER + para uma qualidade maximizada do ar dentro do veículo. O objetivo consiste em manter o interior sempre em boas condições, uma vez que proporcionará ar limpo e saudável. Além disso, o filtro protege o sistema de ventilação – ar condicionado, calefação e climatização – e proporciona um maior conforto e segurança, evitando o embaciamento das janelas durante a condução garantindo, assim, uma melhor visibilidade e maior nível de concentração do condutor.
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A Bosch recomenda a substituição de todos os filtros de interior a cada 15.000 quilómetros e, ao menos, uma vez por ano. Além disso, a humidade gerada nas épocas de maior pluviosidade pode causar, no circuito de ar condicionado, a incubação de fungos e bactérias, pelo que, com a revisão do sistema de climatização e da carga do ar condicionado, deve também alterar-se o filtro. A pensar nas pessoas mais sensíveis a alergias, a Bosch recomenda o FILTER+. Trata-se de um filtro especial anti pólen, já que as suas diversas camadas de material de filtragem permitem a retenção das microbactérias, separando permanentemente os alérgenos e tornando-os inofensivos. Ao prevenir a redução de reações alérgicas como os espirros, o FILTER + minimiza as distrações do condutor, melhorando, assim, também, a segurança na condução. UNIDADES DE AR CONDICIONADO A Bosch acaba de lançar uma nova gama de unidades de serviço de ar condicionado que
engloba os modelos ACS 863, ACS 763 e ACS 753. As operações de manutenção dos sistemas de ar condicionado R-13 4a e R-123 4yf são, nesse sentido, fáceis e eficientes. As novas unidades ACS integram todas as funcionalidades de manutenção, tanto as rotineiras como as extraordinárias. Estas são controladas e geridas facilmente pelo operador graças ao inovador interface gráfico do usuário (monitor a cores de 7 polegadas), colocado sobre uma consola com controlo rotativo e uma aplicação de smartphone que permite ao usuário verificar o estado do equipamento ACS em tempo real. A Bosch recomenda uma a revisão do sistema de ar condicionado com a chegada da primavera, uma vez que a condução sem refrigeração, com a temperatura cima dos 30ºC, pode ser perigosa, levando a perda de 20% da capacidade percetiva. Acima dos 35ºC, os efeitos causados no condutor são similares aos efeitos causados pelo álcool a partir das 0,5 gramas por litro de sangue. /
ANECRA
PARCERIA COM SGS
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ANECRA e a SGS Portugal acabam de celebrar um protocolo de colaboração, que teve origem na sua relação institucional e em projetos relacionados com a certificação de oficinas, auditorias, peritagens e no novo regime de proteção de dados. Para Alexandre Ferreira, presidente da direção da ANECRA, este protocolo visa prestar “mais e melhor serviço de qualidade aos seus associados”, até porque a SGS, continua, “possui um conhecimento acentuado do setor automóvel”. “Tudo o que sair desta parceria será por certo uma mais-valia para o setor e empresários. Com a SGS obteremos qualidade e diferenciação”. Já João Marques, presidente do conselho de administração da SGS Portugal, destacou a “capacidade da parceria em criar valor acentuado a todos os associados da ANECRA, independentemente da sua localização geográfica”. Além disso, aquele responsável destaca ainda “a importância de marcar uma presen-
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SPINERG APOSTA NA FORMAÇÃO DOS PARCEIROS
ça diferenciadora numa indústria de volume como a automóvel”. Para além de Alexandre Ferreira e João Marques, estiveram ainda presentes na assinatura do protocolo, Pedro Coelho (Business Manager SGS), Jorge Marchante (Business Developer SGS), Joaquim Alves Pereira (Secretário-Geral Adjunto ANECRA), Isabel Figueira (Consultora Jurídica ANECRA) e José Luís Veríssimo (Diretor/Tesoureiro ANECRA).
A Academia Spinerg tem vindo a dar formação aos seus parceiros sobre lubrificantes e lubrificação, não só com o objetivo de os capacitar com conhecimentos nesta matéria, mas também sobre temas relevantes à atividade e operação dos seus clientes. A ação de formação mais recente decorreu nas instalações da Sociedade Comercial C. Santos, distribuidor da Spinerg para o Grande Porto.
NOTÍCIAS
NACIONAIS
NORTON PAINT SYSTEM
NOVOS COPOS DE MISTURA
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Norton Saint-Gobain lançou no mercado os novos copos de mistura do sistema de pintura Norton Paint System. Descartáveis em plástico, têm escalas de medição idênticas, de forma a facilitar a escolha do volume adequado ao trabalho a executar, apresentando-se em quatro novos tamanhos (400 ml, 650 ml, 1300 ml, 2240 ml). Ao serem impressos com várias escalas de medição mistas, permitem alcançar medições exatas e oferecem flexibilidade na ofici-
na. Incluem um fundo recolhido de proteção contra o frio durante a mistura, garantindo o melhor acabamento. Os copos de mistura fazem parte do Norton Paint System (NPS), uma solução especialmente indicada para a preparação, mistura e pulverização de pintura. Rápido e limpo, permitem uma economia de tempo, já que não há necessidade de limpeza ou uso de solventes. É ainda possível armazenar e reutilizar a tinta, evitando desperdícios e economizando custos. Consegue pintar-se em todas as dire-
ções, sem qualquer risco de a tinta escorrer, garantindo também um padrão consistente de pulverização. O sistema de fácil montagem garante um padrão consistente de pulverização, o armazenamento conveniente da pintura e grande facilidade de disposição e limpeza de toda a estação de trabalho. Uma gama completa de produtos e acessórios também está disponível, incluindo kits, filtros de papel, espátulas de mistura, escovas de limpeza, fatos, dispensadores e adaptadores. /
MEYLE
FABRICANTE DO MÊS DE MAIO NA AUTO DELTA
P
ara o mês de maio, a Auto Delta selecionou a Meyle para a sua ação de promoção e divulgação “O seu Fabricante, mais Perto”. Aquela marca alemã tem sido o exemplo de como a qualidade pode ser o pilar fundamental para o crescimento num negócio tão competitivo como é o aftermarket. A Meyle fornece mais de 23 mil peças para automóveis das gamas com gamas MEYLEORIGINAL, MEYLE-HD e MEYLE-PD, incluindo componentes de direção e suspensão, travões, filtros, peças do circuito de refrige-
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ração, peças de borracha-metal, fluídos, eletrónica, sensores, motor e componentes da transmissão para veículos ligeiros, comerciais e camiões. Os produtos MEYLE-HD são tecnicamente mais evoluídos e equivalem a produtos OE e, por terem esta qualidade e serem reconhecidos desta forma pelo mercado, oferecem uma garantia de quatro anos. A partir do slogan “Driver´s best friend”, esta marca tem como objetivo mostrar que qualquer consumidor poderá contar com produtos de alta qualidade a preços sustentáveis,
mostrando que os padrões de satisfação de condutores e montadores são os mesmos pelo qual a marca se rege. Durante este mês de maio, a Auto Delta e a Meyle andarão pelo país, promovendo mais uma edição de “O seu Fabricante, mais Perto”, cimentando uma parceria que tem sido frutuosa tanto para as entidades envolvidas como para o mercado nacional. Desta forma, o contacto entre os consumidores e montadores com a marca será ainda mais fácil e direto, quebrando barreiras e comprovando-o que a Meyle é mesmo um dos melhores amigos dos condutores.
NOTÍCIAS
NACIONAIS
MF PINTO DISTRIBUI BORGWARNER A MF Pinto passou a ser distribuidora oficial para Portugal da Borgwarner Turbo Systems que fabrica as marcas de turbocompressores 3K e Schwitzer. Marcas de primeiro equipamento disponibilizam turbocompressores novos reconstruídos e turbocompressores novos originais para algumas aplicações de viaturas ligeiras. A MF Pinto, que distribui os produtos da Borgwarner Turbo Systems desde o início de maio, efetuou um investimento significativo em stock, quer em Lisboa quer na Maia, para garantir um serviço de excelência, assegurando a disponibilidade imediata do produto.
AZ AUTO LANÇA COMPONENTES METZER A AZ Auto lançou cinco novas marcas desde o início deste ano, sendo a última novidade a Metzger, uma marca alemã que disponibiliza componentes de equipamento original, com certificação de qualidade ISO. A Metzger aposta num rigoroso sistema de gestão de qualidade e avaliações periódicas e sistemáticas, nomeadamente à qualidade dos produtos comercializados e aos níveis de satisfação dos clientes, garantindo desta forma a qualidade das peças comercializadas.
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CONTINENTAL
FORMAÇÃO EM TRANSMISSÃO
A
Continental aumentou a oferta do seu programa de cursos de formação centrados na tecnologia motriz e de transmissão por correia para oficinas e pessoal especializado do pós-venda e peças de substituição, que passou de três para oito módulos. “Com a crescente complexidade dos produtos, torna-se cada vez mais importante oferecer serviços adequados e transmitir conhecimentos técnicos”, explica Rolf Sudmann, chefe de mercado pós-venda de transmissões por correia. A oferta atual de cursos de formação comercial, bem como os cursos de formação técnica, teóricos e práticos, foi reforçada com módulos de garantia, formação teórica e prática de formadores e um clube para formadores e mecânicos. A finalidade dos clubes é informar periodicamente os membros sobre novidades e oferecer-lhes uma plataforma de troca de experiências transversal. Contextualizando o novo curso de formação relativo às garantias: “As reclamações são cada vez mais complexas e específicas – e nem toda a suposta falha de uma correia de distribuição está coberta pela garantia. É por isso que explicamos os regulamentos legais com muitos casos práticos”, diz Stefan Meyer, formador técnico da Continental. A Continental aposta no caráter prático de toda a sua oferta. “Em vez de ouvirem longas palestras, os participantes nos nossos cursos de for-
mação técnica podem praticar a mudança da correia com as próprias mãos utilizando motores especiais para formação”, explica Meyer. A partir desta primavera, o formador e os seus nove colegas em todo o Mundo começarão a oferecer os novos cursos de formação. Existe uma grande procura de cursos formação da Continental. Só na Alemanha, realiza-se uma média de 100 cursos por ano, com cerca de 1700 participantes. Os cursos de produtos e de vendas, bem como o módulo de garantia, são gratuitos, enquanto os cursos técnicos, os cursos de formação técnica e de formadores têm um custo de participação. A Continental organiza a oferta de formação juntamente com os distribuidores. As oficinas podem inscrever-se nos cursos através do seu distribuidor. Além dos cursos de formação, a Continental também oferece às oficinas registadas uma garantia de 5 anos para componentes de transmissão, conselhos técnicos de montagem, instruções de montagem e vídeo tutoriais gratuitos. Desde há um ano que a série Watch & Work, disponível em 16 idiomas, se tem vindo a tornar muito popular. “Mostramos todos os truques e conselhos sobre a mudança de correias de distribuição e outras, nos motores mais comuns, respondendo também aos pedidos dos clientes. O elevado número de visualizações mostra que estamos a corresponder corretamente às necessidades das oficinas”, refere Meyer. /
08 outubro 2018
2ª CONFERÊNCIA
CENTRO DE CONGRESSOS ESTORIL
RESTRIÇÕES AO DIESEL CONSEQUÊNCIAS PARA AS EMPRESAS E PARA AS FROTAS. QUAL O CAMINHO?
DE ONDE VIMOS – PARA ONDE VAMOS. O NOVO SISTEMA DE HOMOLOGAÇÃO DE CONSUMOS WLPT. PORQUÊ? QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?
DO DIESEL PARA A GASOLINA
MERCADO DE USADOS E VALORES RESIDUAIS COMO VÃO EVOLUIR? QUAL O PAPEL DAS GESTORAS DE FROTAS?
FROTA ECOLÓGICA
TENDÊNCIA OU DECISÃO DE GESTÃO?
GARANTA A SUA PRESENÇA.
INSCREVA-SE JÁ INSCRIÇÃO INDIVIDUAL 40€ PACK DE 5 INSCRIÇÕES 175€ PACK DE 10 INSCRIÇÕES 325€ Limitado a 200 participantes Peça o formulário de inscrição: turbo@turbo.pt
OPINIÃO
BASES DE DADOS
PRAZO VAI ESGOTAR-SE!
REGULAMENTO GERAL SOBRE A PROTECÇÃO DE DADOS – EM CONTRA RELÓGIO? As organizações só poderão recolher os dados estritamente necessários às finalidades do seu tratamento, ou seja, os dados necessários para a execução de um determinado contrato TEXTO TÂNIA SOFIA MOTA*
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o dia 24 de Maio, termina o prazo para o tecido empresarial se adaptar às regras do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados, doravante RGPD. Significa isso, que no dia 25 de Maio, as empresas deverão estar preparadas e a cumprir essas regras e, bem assim, cumprir-lhes-á evidenciar que as cumprem [não bastará cumprir, terão de demonstrar que cumprem]. Lamentavelmente, vamo-nos apercebendo de que nem todas as empresas ou empresários em nome individual, por diferentes motivos, puderam preparar-se plenamente para as alterações impostas pelo Regulamento. Atenta a essa circunstância, propomo-nos, através deste artigo, deixar algumas linhas de orientação aos profissionais cuja organização interna não está ainda preparada [no todo ou em parte] para no dia 25 de Maio fazer face à realidade do Regulamento. Será, pois, relevante, dar um primeiro passo na análise ou diagnóstico da informação recolhida e tratada pelas empresas, bem como perceber, se essa recolha e tratamento são lícitos [ou seja, se derivam da execução de um determinado contrato ou de diligências pré-contratuais/negociais, se derivam do cumprimento de alguma obrigação legal ou se houve consentimento, quando ele seja necessário, entre outros]. Assim, será essencial dar resposta a algumas
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questões: que tipo de informação ou dados são recolhidos/tratados na minha organização? Esses dados dizem respeito a pessoas singulares [particulares] ou a pessoas colectivas [empresas]? A generalidade das empresas que se dedicam às diferentes actividades do sector automóvel, estão abertas ao público e vendem bens ou prestam serviços a pessoas singulares [particulares], embora, o seu core business não se esgote nesses destinatários, na medida em que são vendidos bens ou prestados serviços também a outras empresas. Em presença da resposta a estas questões iniciais, será essencial não perder de vista que as organizações apenas poderão recolher os dados estritamente necessários às finalidades do seu tratamento, ou seja, os dados necessários para dar execução a um determinado contrato, ou para dar cumprimento a uma determinada obrigação legal (…). Será também necessário avaliar se a organização necessitará de um Encarregado de Protecção de Dados [esta é uma das matérias que carecerá de concretização no âmbito da regulamentação nacional que ainda se encontra em falta], sendo que em caso afirmativo, terá de o nomear. Quando as empresas não necessitem de nomear o encarregado de protecção de dados, devem designar alguém responsável pelo tratamento de dados da organização. Aqui chegados, será essencial perceber se a recolha/tratamento são legítimos ou lícitos [permitidos]. Ora, a título de exemplo, a recolha e tratamento serão legítimos sempre que as organizações
estejam em presença ou no âmbito da execução de um determinado contrato, ou não existindo ainda o contrato se esteja numa fase anterior, a da negociação prévia à celebração dos contratos, o que é muito comum por exemplo, na compra e venda de veículos automóveis, novos ou usados. Sempre que as empresas ajam no desenvolvimento dos contratos que celebram com os seus clientes [contratos esses que em muitos casos são verbais e podem sê-lo], a recolha e tratamento dos dados é lícita, ou seja, permitida, não sendo necessário recolher o consentimento dos titulares dos dados. No entanto, a recolha dos dados pessoais apenas será lícita na estrita medida do necessário para dar execução a esses contratos ou a essas negociações pré-contratuais. Quando o não seja, então será necessário o consentimento do titular dos dados [cliente]. Poderemos dar o exemplo do contacto de telemóvel ou do endereço pessoal de email, quando a recolha desses dados não seja essencial à execução do contrato em cuja presença se estiver, mas seja pretendida seja para finalidades de marketing ou publicidade, para divulgação da existência e serviços de uma determinada organização. Na verdade, é comum as empresas que se dedicam à manutenção e reparação de automóveis, quando são requisitadas pelos seus clientes para prestar serviços associados à necessidade de os veículos serem sujeitos à inspecção periódica obrigatória, nos anos seguintes e com antecedência face ao prazo para a sua realização, enviarem mensagens de texto através do telemóvel, email ou até postais com lembrete do prazo para a ins-
pecção, fazendo-se a divulgação desse serviço da empresa. Ora, é essencial que para este efeito, ou seja para as finalidades associadas ao marketing, publicidade, apresentação de ofertas promocionais ou de serviços, entre outros, seja recolhido o consentimento do titular dos dados, na medida em que, sem esse consentimento a recolha/tratamento de dados não é lícita e, por consequências, esses dados não poderão ser utilizados. Para a recolha de consentimento terá de ser preparado um formulário próprio para esse efeito, com linguagem simples, clara e onde constem as finalidades autonomizadas para que é solicitado o consentimento. Entretanto, avaliada que esteja a legitimidade na recolha e tratamento de dados pessoais, as empresas terão de perceber se aquando dessa recolha foi cumprido o direito à informação aos titulares dos dados. Se não tiver sido, deverão as organizações apresentar comunicações escritas aos titulares de dados pessoais no sentido de cumprir essa obrigação. E, de futuro terão de dar sempre cumprimento a essa obrigação, sendo essencial a criação de formulários aptos para esse efeito. A titulo de exemplo, aos contratos de trabalho existentes, será essencial fazer um aditamento para dar cumprimento a este dever de obrigação de informação por parte das empresas, ou pelo menos um documento em que conste toda a informação exigível que seja entregue aos trabalhadores, ficando as empresas na posse de um exemplar devidamente assinado pelos trabalhadores titulares dos dados.
Na prática, como poderão as empresas de forma ágil garantir o cumprimento das regras do RGPD? As políticas de privacidade da organização, assumem grande relevância, na medida em que conferem transparência e constituem um meio de dar publicidade aos procedimentos definidos pelas empresas no âmbito do RGPD e poderão, ser afixados ou publicitados nos locais habituais físicos ou digitais das empresas. São essenciais os formulários, simples, com linguagem clara e acessível, para como se disse acima, proceder à recolha de consentimento do titular dos dados quando seja necessário, e para dar cumprimento ao dever de informação aos titulares dos dados. É também essencial a definição de procedimentos internos para que os titulares dos dados possam exercitar o conjunto de direitos que lhes são garantidos ao abrigo do regulamento. Quer isto dizer que, caso um determinado cliente pretenda aceder aos seus dados pessoais, terá de existir um procedimento criado para esse efeito [a título de exemplo, o procedimento ou mecanismo adoptado poderá ser o envio do pedido de acesso aos dados pessoais por banda do particular através de um endereço de email da organização, já existente ou criado para esse efeito específico, sendo que, se puder ser um endereço criado para o tratamento das questões da privacidade, será aconselhável]. Estes procedimentos são essenciais não só para permitir o direito de acesso, mas também o direito à rectificação, o direito ao apagamento ou esquecimento, o direito a solicitar a limitação do tratamento ou a oposição ao tratamento, bem
como, para permitir que o titular dos dados pessoais possa retirar o consentimento que em dado momento haja dado para o tratamento dos seus dados pessoais. Por princípio isso já sucede nas organizações, no entanto, relevante é recordar que a informação que contenha dados pessoais, apenas poderá ser acessível a determinada ou determinadas pessoas da equipa das empresas e não a todas, ou seja, trata-se da definição de política de permissões de acesso aos dados, devendo ainda ser implementadas medidas de segurança para que possam ser detectadas eventuais acessos indevidos. No plano físico, os armários devem ser fechados nos gabinetes e a chave estar entregue apenas a quem possa aceder à informação, e na informação tratada digitalmente, deverão ser criadas barreiras ao acesso à informação, bem como, deve ser possível a detecção de eventuais tentativas de acessos ou de acessos indevidos consumados. No fundo, estas são as medidas que consideramos urgentes e prioritárias a adoptar, sem prejuízo de as empresas deverem acautelar todas as regras previstas no Regulamento. Entretanto, brevemente [embora muito tardiamente], será o tecido empresarial confrontado com a publicação de regulamentação nacional destinada a assegurar a boa aplicação do RGPD em Portugal. Ontem, já era tarde! / (Escrito de acordo com a antiga ortografia) * Advogada & Departamento Jurídico da ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel
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REPORTAGEM
EXPOMECÂNICA-2018
SUBIDA DE DIVISÃO! Saldou-se por um megassucesso a 5.ª edição do expoMecânica, não só pelos números recorde de expositores e de visitantes mas, acima de tudo, pelo salto qualitativo que se notou no certame do Porto. A presença de fornecedores deu um outro peso à feira realizada na Exponor, a que corresponderam as empresas nacionais com “stands” de elevada qualidade TEXTO SÉRGIO VEIGA
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balanço não podia ser melhor mas, por outro lado, deixa já a fasquia muito elevada para a edição de 2019! Mas enquanto não é anunciada a data da 6.ª edição do expoMecânica, o tempo é ainda de balanço do certame de 2018, o de todos os recordes. Que já tinha começado com o aumento do espaço disponível em 42%, continuando com a adesão massiva de agentes dos setores de equipamentos, serviços e peças automóveis – 225 agentes, num aumento de 37%! – e terminou talvez com o recorde mais importante de todos: 17.109 visitantes nos três dias que durou o certame da Exponor, ou seja, um incremento de 48,3%, face à edição de 2017! Não se podia, pois, levar a mal que José Manuel Costa, diretor do evento organizado pela Kikai Eventos, considerasse que a expressão “feira mais memorável do aftermarket português” fosse “uma etiqueta que assenta como uma luva ao expoMecânica 2018”. “Fomos batendo todas as metas organizativas até alcançarmos o pleno e passámos largamente as expetativas dos visitantes. Mais importante, sentimos que os expositores ficaram satisfeitos e orgulhosos com o elevado nível da feira, com a sua evolução, com ‘stands’ apelativos, muito cuidados e repletos de visitantes. O tecido empresarial quer continuar a fazer parte do expoMecânica, encarando-o como uma referência em Portugal”. Não era preciso o responsável pela organização dizê-lo, fomo-lo ouvindo ao longo da nossa passagem pelos dois pavilhões da Exponor: este ano, o expoMecânica subiu, de facto, de… «divisão». Até pela presença estrangeira que quadriplicou, com 45 empresas, das quais 26 espanholas. A mais visível era, obviamente, a Schaeffler Iberia, com um espaço bastante grande dedicado à sua área de “aftermarket”, inclusive com um pequeno anfiteatro para interessantes “workshops”. A sua responsável de “marketing” e comunicação, Marta Alejos – que entrevistamos mais à frente – estava encantada com uma “feira que cresceu em tamanho e, sobretudo, na qualidade, com ‘stands’ muito apelativos”. No espaço da Bosch Electronic Service, por exemplo, dava nas vistas um BMW camuflado que anda em testes nas suas instalações de Braga para desenvolvimento de capacidade de condução autónoma. Para já ainda com um condutor aos comandos, mas espera-se que, em breve, possa começar os ensaios explorando a autonomia do sistema instalado. Uma exibição do que a marca alemã está a fa-
zer no campo da condução autónoma, se bem que a presença da Bosch no expoMecânica tivesse uma finalidade bem diferente. “Esta feira serve para termos um contacto direto com as oficinas com quem trabalhamos no dia-a-dia, porque se torna mais fácil falarmos cara a cara para melhorarmos o nosso serviço”, explicou-nos Miguel Viana, gestor de departamento. “O Bosch Electronic Service é fornecedor das oficinas Bosch Car Service que vêm ter connosco para fazermos as reparações e substituição dos produtos. Claro que temos negócios diretamente com os fabricantes, construindo produtos, mas esta feira não é para esse negócio. É para as várias oficinas Bosch Car Service que diariamente falam connosco e para a reparação dos seus produtos, mas também outras oficinas em Portugal que podem aproveitar para falar connosco. Seremos uma espécie de central de reparações dos produtos que as oficinas têm”, esclareceu Miguel Viana. MELHORIA DA EXPOSIÇÃO ESPELHA A EVOLUÇÃO DO SETOR Num espaço importante, a AD Portugal apresentava diversos produtos do seu imenso catálogo, embora uma das principais novidades fosse a estreia de Henrique Fernandes no cargo de Director-Geral da AD Logistics. Pôde ler numa entrevista detalhada, logo no início desta edição, as suas ideias para o desenvolvimento da AD Logistics e acerca das profundas alterações que se preveem para este mercado. Mas não quisemos deixar de perceber a importância de um certame como o expoMecânica para um gigante da distribuição como a AD… ou o peso que a presença da AD pode ter para o sucesso da feira da Exponor. “Obviamente que para este certame é fundamental ter a AD, nós somos um dos ‘players’ do mercado. E tratando-se de um dos poucos eventos que existem no País, se não estivermos presentes naturalmente que não estamos a contribuir para a melhoria do mercado”, disse-nos Henrique Fernandes. “Temos dois grandes eventos, este e outro em Lisboa, e são estratégicos porque estamos distribuídos pelo País, de Norte a Sul. E sendo um dos principais ‘players’ do mercado não estar presente seria uma distração muito grande”. O novo líder da AD Logistics não tem dúvidas da evolução notória do expoMecânica, na sua edição de 2018: “Foi notória a melhoria qualitativa que se notou nos expositores. O mercado das peças tende a ser tradicional, não se preocupa com a imagem e com a comunicação, mas o certame deste ano revelou precisamente o contrário. Os principais ‘players’ preocuparam-se com a imagem que passam para o mercado.
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REPORTAGEM
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No primeiro dia recebemos escolas, entre elas escolas técnico-profissionais, futuros profissionais, e já lhes passámos a mensagem onde podem ir encontrar a sua função”. Uma evolução que Henrique Fernandes atribuiu, acima de tudo, ao salto qualitativo que as empresas têm dado na forma como trabalham. “Diria que o mercado reagiu da melhor forma a este certame, os ‘players’ encararam de uma forma mais profissional a presença nesta feira. E isso está intimamente ligado à forma como as empresas querem estar no mercado, já trabalham de outra maneira. O consumidor cada vez está mais informado, cada vez há mais lojas B2C a vender peças, cada mais existe a necessidade de sair do modelo tradicional da venda de peças para um modelo mais evolutivo, mais dinâmico, mais qualitativo”. Mas este é um certame que também serve para dar a conhecer empresas que ainda não atingiram o grau de notoriedade que desejam. Por exemplo, a Autozitânia estreou-se este ano no expoMecânica, depois de uma primeira participação no certame lisboeta ter tido resultados considerados positivos. Flávio Menino, do “marketing” da empresa, explicou-nos a ideia desta “première” no certame da Exponor: “A experiência muito bem-sucedida na primeira edição em que participámos, na Mecânica, em
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novembro do ano passado, e o facto de querermos aumentar a nossa notoriedade na região Norte, uma zona em que ainda não temos a cobertura que pretendemos. Este é um primeiro passo da nossa estratégia para nos alargarmos geograficamente”. Esta segunda experiência em feiras para a Autozitânia já tem o suporte de resultados obtidos com a presença no certame de Lisboa: “Tanto em dados que não são palpáveis, como a notoriedade, sentimos esse ‘feedback’ por pessoas que não nos conheciam e passaram a conhecer, ou pessoas que conheciam a Autozitânia, mas não tinham bem a noção do que fazíamos e a que nos dedicávamos. E a nível de contactos feitos nessa feira demos seguimento a alguns que estão a dar resultados, ou seja, em termos de negócio. Portanto, o investimento compensou!”.
OS 'PLAYERS" ENCARARAM DE UMA FORMA MAIS PROFISSIONAL A SUA PRESENÇA NESTA EDIÇÃO DO EXPOMECÂNICA
BREDA LORETT, CLEAN FILTERS, FTE E OCAP EM ESTREIA De destacar ainda a presença direta de quatro fornecedores, embora reunidos num mesmo “stand”, organizado pela RES Aftermarket Solutions que representa aquelas quatro marcas entre nós. Carlos Costa explicou-nos as presenças da Breda Lorett, Clean Filters, FTE e OCAP: “Foram quatro fornecedores que criaram um ‘stand’ comum, numa lógica de sinergia. São fornecedores que, no fundo se complementam: a Clean Filter oferece uma gama de filtros para ligeiros, pesados e para a área agrícola; a OCAP tem tudo o que é material de suspensão e direção para ligeiros, pesados e agrícolas; a FTE é tudo o que tem a ver com travagem e hidráulica de embraiagem em que são líderes mundiais; e a Breda Lorett oferece ao mercado tudo o que tem a ver com a distribuição, tensores, polis de alternador, polis de motores de arranque. E como se complementam conseguiram criar esta sinergia para estarem no expoMecânica”. Razão fundamental para esta aposta no certame do Porto? Segundo Carlos Costa, “este evento começa a fazer a diferença e as marcas percebem que, cada vez mais, têm de dar atenção aos mercados, fazer parte do processo e ajudar quem desenvolve”. E explicou-nos mais em concreto: “A vinda à
feira é apoiar a distribuição de cada uma das marcas, dando-lhes mais visibilidade e fazendo chegar a mensagem às próprias oficinas independentes, de forma a que entendam que qualquer destas marcas tem relação com o primeiro equipamento, mas que são marcas que lhes dão garantias de qualidade. Por outro lado, aos distribuidores dá-lhes a confiança de saberem que há alguém que faz todo o trabalho de comunicação e de relações públicas em nome das próprias marcas. Vimos aqui mais para uma ação de relações públicas e de apresentação das marcas a este mercado do ‘aftermarket’. Se bem que comece a ser difícil saber bem do que estamos a falar quando os intervenientes do primeiro mercado também já atuam no ‘aftermarket’, no fundo estamos a falar de um mercado único de peças…”. É, contudo, curioso ver que a dinâmica do meio empresarial português se move nos dois sentidos, atraindo novas marcas e investimentos para o nosso país, mas também avançando a grande velocidade para lá das nossas fronteiras e com casos de assinalável sucesso. Um deles, verdadeiramente fulgurante, é o da Turboclinic, empresa criada em 2012 e que vem criando bancadas completas que permitem rápidas afinações e reparações de turbocompressores de geometria variável.
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Segundo nos revelou Nuno Lopes, um dos responsáveis da Turboclinic, a tecnologia desenvolvida pela empresa de Coimbra tem tido um sucesso verdadeiramente estrondoso, permitindo-lhe um crescimento vertiginoso nesta meia-dúzia de anos. Ao ponto de os seus inovadores produtos já estarem presentes… em mais de setenta países dos cinco continentes! A vida corre a velocidades supersónicas aos responsáveis da Turboclinic que, mal tinha terminado o certame do Porto tiveram positivamente de ir a voar para nova exposição, no Dubai. Eis um caso de sucesso que não conhece fronteiras! O 20.º ANIVERSÁRIO DA DOMINGOS & MORGADO No expoMecânica deste ano houve também lugar a celebrações de grande significado! Para a Domingos & Morgado, o certame nortenho foi, antes de mais um local de comemoração do seu 20.º aniversário enquanto empresa especializada no fornecimento de máquinas e equipamentos para oficinas… e não só. “A
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nossa firma está muito bem colocada e é muito reconhecida, ao ponto de ter a notoriedade suficiente para, há cerca de dois anos, o centro de controlo de qualidade da Autoeuropa na área do alinhamento para toda a linha de montagem ser feita por uma máquina nossa e sermos nós a darmos apoio na Autoeuropa”, explicou-nos com visível e justificado orgulho o Diretor-Geral, José Morgado. Foi também nessa área que a Domingos & Morgado levou a sua principal novidade para o ExpoMecânica, com uma máquina de alinhamento de entrada de gama que funciona para ligeiros e pesados. Explicou-nos Domingos Morgado: “A máxima tecnologia atual é 3D que, no fundo, é um prisma ótico que avalia um conjunto de medidas que nos dá a posição do carro. Sendo tridimensional, as medições são feitas por câmaras fotográficas com um processamento muito rápido de megapixéis que já existem noutros sistemas, mas em que as máquinas têm de dizer onde precisam de parar para fazer a foto. Nesta não, a máquina
anda para a frente e para trás de modo contínuo porque, em vez de ter câmaras fotográficas tem câmaras de filmar de alta resolução. Portanto, captam precisamente o que o operador fez, se andou para a frente, para trás ou para o meio. O espaço que tiver o prato é o espaço que roda o carro, fazendo todas as medidas. Ou seja, é de uma rapidez impressionante”. Mas as novidades não se ficaram por aqui, alargando-se ainda à desmontagem dos pneus das jantes. Ou não tivesse sido pela importação e distribuição de jantes que a história desta empresa da Maia começou… “Embora já não seja
A MAGNETTI MARELLI E A BOMBÓLEO JUNTARAM-SE PARA REFORÇAR REDE CHECKSTAR EM PORTUGAL
AUTOITALIA COM OITO EMPRESAS Oito empresas italianas fornecedoras de componentes para o “aftermarket” automóvel marcaram presença no expoMecânica, graças a uma iniciativa da “Camera di Comercio Italiana per il Portogallo”. “Fomos contactados para sabermos se estaríamos interessados em expor os nosso produtos e serviços na feira do Porto e obviamente que aceitámos de imediato, pois vimos em Portugal um mercado muito interessante e vibrante”,
uma novidade mundial, mas é para nós, apresentámos também uma máquina de desmontar o pneu da jante na vertical, sem usar ‘unhas’. Porque é uma máquina que é quase de entrada de gama neste mercado – não é propriamente uma convencional que anda na ordem dos três mil euros, esta custa muito mais –, mas dentro do conceito das máquinas de montar pneus robotizadas, sem ‘unha’ e tudo o mais, esta tem um preço bastante interessante: temos aqui máquinas dessas para 15.000 € e esta não chega aos 8000 € e faz isso tudo”. Se a Diogo & Morgado é totalista das cinco edições do expoMecânica, a Rodapeças é apenas falhou a segunda edição. A presença da empresa de Pombal tem sempre um fito muito particular: “Nós, enquanto empresa do Centro do País e de cariz mais regional, quando vimos para o Porto não é para abrir oficinas ou para arranjar clientes aqui no Porto, é mais pela presença, pela conquista de notoriedade e pela divulgação da nossa marca própria, a Pador”, explicou-nos Manuel Vicente, responsável da
Rodapeças, que não teve dúvidas em afirmar: “Notei uma evolução significativa da feira este ano, para começar em termos de dimensão, pois tivemos mais um pavilhão, mas também a qualidade dos expositores com uma preocupação com a qualidade dos ‘stands’ e a própria organização que foi muito bem conseguida”. O responsável da Rodapeças não tem dúvidas de que o aumento qualitativo dos expositores é um espelho da evolução da forma como o mercado está a trabalhar: “Nitidamente começa a haver um posicionamento das empresas que aqui estão e que querem mostrar a evolução que têm vindo a fazer. Acho que estamos, de facto, num ponto em que as empresas atuais estão a este nível, ao que se viu aqui, a fasquia está mais elevada”. BOMBÓLEO VAI ALARGAR REDE DE OFICINAS CHECKSTAR Presente no grande espaço bem identificado com o símbolo da Magnetti Marelli, a Bombóleo tinha como uma das principais missões da sua
referiu-nos a responsável da GMD, empresa com largas tradições na venda e reparação de motores diesel novos e recondicionados, com especial “know-how” no campo dos veículos pesados. E, meio a brincar, adiantou-nos: “Somos oito empresas mas cada uma do seu ramo, não há aqui concorrência somos todos… amigos”. Esta não foi, contudo, a maior delegação estrangeira já que, só de Espanha, estiveram na Exponor 26 empresas!
presença no expoMecânica – além de mostrar o novo sistema Connected Repair (CORE) desenvolvido pela Bosch – celebrar a nova parceria com a marca italiana para o alargamento da rede de oficinas Ckeckstar. “Iniciámos este ano a parceria com a Magnetti Marelli e aproveitámos a feira para dar a conhecer ao mercado esta relação”, explicou-nos Juan Santos, gestor de negócios da Bombóleo. “Pretendemos desenvolver quer o conceito oficinal Checkstar, quer a disponibilidade de todo o produto oficinal de ‘aftermarket’ da Magnetti Marelli”. A rede atual da Checkstar está nas 65 oficinas mas, com esta parceria, a Bombóleo esse número irá crescer: “A ideia agora é contribuirmos para aumentar o número de oficinas por todo o País e estamos a dar esses passos para conseguirmos uma rede oficinal que consiga a cobertura de todo o território nacional, uma vez que grande parte dessa oficinas estão localizadas no Centro, Norte e Litoral. É aí que estarão cerca de 90% destas oficinas da rede, pelo que temos muito espaço onde não existem
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REPORTAGEM
EXPOMECÂNICA-2018
oficinas Checkstar e uma vez que a empresa está presente a nível nacional a ideia será ajudar a encontrar novos parceiros para alargar a nossa presença em regiões como Alentejo, Algarve, Interior, Trás-os-Montes e nas ilhas. O objetivo é procurar locais onde há, inclusive, a necessidade da presença da própria marca. E uma vez que vamos a esses locais todos poderemos encontrar alguns potenciais clientes”. A Bombóleo servirá, assim, de veículo entre a grande casa italiana e as oficinas que servirão, depois, os clientes finais. “A Magnetti Marelli não comercializa os produtos diretamente, passa tudo através do distribuidor e a Bombóleo posiciona-se nesse patamar. Há uma ligação estreita entre o fabricante e nós que, depois, desenvolvemos tudo o que respeita ao conceito junto do cliente, sendo nós o fornecedor dos produtos e do equipamento. E, juntamente com a Marelli, a parte técnica e de assistência. Porque este parece-nos ser um conceito muito interessante para uma oficina que esteja independente e que se queira juntar a uma marca. Porque a Magnetti Marelli, a seguir a outros conceitos oficinais que também desenvolvemos, é um conceito com ligação a um fabricante. E isso só existem três no mer-
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cado, o que pode ser uma mais-valia para uma oficina ainda independente”. A PROCURA DE FILTROS DE PARTÍCULAS E RESPETIVOS SERVIÇOS Outra tendência notória no expoMecânica 2018 foi a maior atenção notada pelas empresas especializadas em sistemas de escapes e filtros de partículas por parte dos seus clientes. A entrada em vigor das normas Euro 6 vieram tornar os controlos de emissões muito mais rígidos, justificando a procura de produtos e serviços. A Interescape, líder na produção, reparação e importação de sistemas de escapes, catalisadores e filtros de partículas, apostou forte nesta edição do expoMecânica, num ano particularmente importante por ter sido recentemente galardoada com o prémio PME Excelência 2017 do IAPMEI, depois de ter sido PME Líder por
APÓS A PARTICIPAÇÃO NO EXPOMECÂNICA, A EQUIPA DA TURBOCLINIC PARTIU PARA O DUBAI PARA OUTRA EXPOSIÇÃO!
cinco vezes consecutivas. Daí ter alargado o seu espaço de 27 para 42 m2 , até para arranjar forma de expor o carro de competição com que está envolvida na Velocidade nacional. “Este é um certame muito importante para passarmos a mensagem de que temos as nossas marcas próprias, havendo uma necessidade de segmentar os produtos para o ‘aftermarket’”, disse-nos Inês Paiva, responsável de “marketing” da Interescape. A empresa de Vila do Conde aproveitou o certame da Exponor para fazer uma forte divulgação do seu serviço de limpeza de filtros de partículas “que é dos mais procurados”. “Por ser o único certificado e com capacidade de entrega no próprio dia, tanto em Lisboa como no Porto”, referiu-nos Inês Paiva. Já a Escape Forte apresentava também os seus serviços relativamente aos filtros de partículas. “As atenções estão sempre viradas para os filtros de partículas e a nossa novidade, este ano, foi o apoio à melhoria do apoio à parte do Euro 6”, disse-nos Rui Lopes, o CEO da Escape Forte. “Já começa a surgir uma grande procura no serviço, quer para a reparação que já fazemos há mais de dois anos (reparação, limpeza e recondicionamento), quer para a reconstrução porque já temos soluções para isso. Ou seja, como estamos a falar sobretudo de veículos pesados, para evitar a paragem da viatura ou reduzir ao máximo esse tempo”. Rui Lopes mostrou-se otimista para os resultados deste ano: “O mercado está a mexer e a evoluir de forma positiva; por isso, a feira justificou o investimento. Já 2017 foi um ano muito bom e esperamos que 2018 seja, pelo menos, igual. O primeiro trimestre foi melhor que o de 2017, se continuar assim vai ser um bom ano”. Se se confirmar, e com a vontade com que todos os expositores ficaram de fazer ainda melhor, a edição de 2019 do expoMecânica será fenomenal! Porque, depois deste ano, a fasquia ficou de facto muito mais alta. /
SCHAEFFLER FOI ESTRELA Contar com a presença oficial de um fabricante da dimensão da Schaeffler foi um chamariz para elevar o nível do expoMecânica. As razões para esta aposta da Schaeffler Iberia estão, sobretudo, na formação
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ra, incontornavelmente, uma das atrações da 5.ª edição do expoMecânica, o espaço da Schaeffler Iberia, mais concretamente da sua divisão Automotive Aftermarket. “Stand” de 100 m2 com uma pequena exposição dos componentes das marcas LuK (transmissão), INA (motor), FAG (chassis) e da gama Ruville, mas virado para a formação, com um pequeno auditório onde decorreram inúmeras e muito concorridas ações. “Já colaborávamos com os organizadores da feira nos espaços para formação para as oficinas, com demonstrações ao vivo nas últimas três edições”, explicou-nos Marta Alejos, responsável de “marketing” e comunicação da divisão Automotive Aftermarket da Scaeffler Iberia. “Atendendo ao retorno que tivemos e à quantidade de pessoas que vinham ver as nossas demonstrações, este ano decidimos vir com o nosso próprio ‘stand’. Porque esta feira tem vindo a crescer e pode ser um bom escaparate”. Segundo Marta Alejos, para a Schaeffler Iberia não existe mercado português e mercado espanhol. “Não, somos Iberia. Claro que, embora sejamos vizinhos, cada mercado tem as suas peculiaridades, as estruturas são diferentes, em Espanha é muito mais atomizado. Embora tenhamos uma estratégia de marca comum, desenvolvemos ações diferentes para cada um dos mercados”. E resume-nos a estrutura da Schaeffler Iberia: “Temos 85 pessoas, os escritórios centrais são em Madrid e, em Portugal, temos uma equipa de cinco pessoas, nas vendas e assistência técnica. Os serviços de ‘marketing’, comunicação, produto e logística são geridos a partir de Madrid”. A razão maior da presença no Porto foi, pois, a mostra das capacidades de formação e da sua… quinta marca, a REPXPERT. “Temos o produto, temos as ferramentas, mas na oficina continuam a ficar muitas dúvidas e essas são esclarecidas por uma equipa técnica e pela plataforma que lançámos em Portugal em 2007, renovada em 2015, a REPXPERT. Plataforma online em que as oficinas se registam gratuitamente e recebem as informações de que necessitam. As oficinas podem ainda recorrer à assistência técnica por uma chamada telefó-
“DECIDIMOS VIR COM O NOSSO PRÓPRIO ‘STAND’ PORQUE ESTA FEIRA TEM VINDO A CRESCER E TORNOU-SE UM BOM ESCAPARATE”
nica gratuita. Por fim, a Schaeffler desenvolve também as ferramentas corretas para proceder às referidas reparações e manutenções”, diz Marta Alejos que recusa a hipótese de a marca avançar com uma rede própria de oficinas: “Não, não pensamos nisso. O nosso modelo de negócio foi e será manter e apoiar a nossa rede de distribuição”. No certame nortenho, foi o “braço” do “aftermarket” da Schaeffler que esteve representado, mas aquela empresa é muito mais que isso e é daí que vem a sua grande força. Explica Marta Alejos: “A Schaeffler tem três divisões: Automotive, Automotive Aftermarket e Industria. O ponto de partida da Schaeffler é a tecnologia que fornecemos, primeiro como equipamento de origem [Automotive], antes de cobrirmos o mercado paralelo de ‘aftermarket’”. O que leva à vantagem da divisão Automotive Aftermarket: “O nosso ponto forte é que, como trabalhamos desde cima, desde os equipamentos de origem para as marcas de automóveis, podemos preparar-nos com grande antecedência e conhecimentos para quando necessitarmos que o mercado dos reparadores independentes esteja preparado. E esse é o compromisso que a Schaeffler tem com os mercados português e espanhol”. /
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ESPECIALISTA
PRO4MATIC
A CRESCER E COM CASA NOVA! Já próxima de comemorar o seu décimo aniversário, a Pro4Matic vai de vento em popa! Crescimento de 25%, forte presença no mercado espanhol e com novas instalações, onde poderá iniciar as tão desejadas ações de formação em suspensões pneumáticas
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TEXTO SÉRGIO VEIGA
mbora o projeto tenha germinado há dez anos, só em 2019 a Pro4Matic comemorará o 10.º aniversário. A especialista em suspensões pneumática e hidropneumáticas irá fazê-lo já nas novas, amplas e modernas instalações, praticamente prontas, com inauguração agendada para este verão, no Parque de Negócios de Montemor-o-Velho, não muito longe das atuais. É o corolário do crescimento da empresa fundada por Nuno Durão, seu diretor-geral. “Em 2017 crescemos entre 15 e 20% e, este ano, estamos a crescer 25%”, diz-nos, referindo que as novas instalações permitirão a aposta na formação prática de que sentia falta para o serviço de qualidade que quer oferecer aos seus clientes, 95% dos quais são profissionais (oficinas ou distribuidores). “Esta formação não pode ser feita com as pessoas numa sala, duas horas a olhar para um ecrã ou a ouvir uma palestra. Tem de ser uma formação teórica e logo com uma componente prática para visualizar no imediato, há que desmistificar a coisa porque estamos a lidar com peças caras. E tem havido alguns dissabores porque as pessoas não sabem e querem fazer… Nas novas instalações poderemos, finalmente, organizar essa formação”. Antes, porém, Nuno Durão revela que há já um grande cuidado de informação no momento da venda das peças, procurando evitar situações de erro com custos elevados. “Quando a oficina nos liga a pedir um pneumático X perguntamos porque é que precisa e se é mesmo essa peça que está danificada, para pormos a pessoa, do outro lado, a pensar e isso tem dado resultado. É essa microformação que fazemos em contacto telefónico. Diria que 90% das nossas encomendas é por telefone, o que nos dá maior conforto, criando-se uma proximidade, pois as pessoas acabam por nos conhecer e sabem que está ali alguém para ajudar”. Afinal, estamos a falar, na maior parte das vezes, de suspensões pneumáticas para “tudo o que é marcas ‘premium’, como a Audi, Jaguar, Bentley, Mercedes, marcas com que trabalhamos muito bem”.
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"TRABALHAMOS COM CARROS DE GAMA ALTA E OS CLIENTES PROCURAM UMA PEÇA MAIS EM CONTA EM RELAÇÃO À DE ORIGEM, MAS CONTINUAM A QUERER QUALIDADE E SERVIÇO. E É PARA ISSO QUE CÁ ESTAMOS!”
FORTE PRESENÇA EM ESPANHA Atendendo ao tipo de automóveis com que trabalha, a Pro4Matic faz questão de aparecer com grande visibilidade nos certames de “aftermarket”, como foi o caso do expoMecânica, “para se perceber que trabalhamos com qualidade, seriedade e que damos a cara, que não é uma coisa virtual”. “Somos uma empresa de material de ‘aftermarket’, estamos cada vez mais em cima para colmatar qualquer problema e temos a vantagem do preço face à origem”. Neste ponto, a diferença é verdadeiramente… gritante! “Pode variar entre os 50% e às vezes os 100%. Em números redondos, um amortecedor pneumático pode custar na origem 1200
€ e aqui custa 600 €. E isso vezes quatro! Mas há situações mais extremas…”. As suspensões pneumáticas oferecem um conforto muito superior, mas obrigam a cuidados e atenções especiais. “Pode não ser tão durável como uma suspensão convencional de mola helicoidal, porque estamos a falar de uma borracha que é um produto natural e ela própria tem um desgaste natural… A partir dos cinco anos convém ficar atento às condições da suspensão”, aconselha Nuno Durão, consciente da pressão a que a sua empresa está sujeita pelo tipo de clientela: “Quem tem este tipo de veículos costuma estar bem informado porque são carros de gama alta, são pessoas que têm uma perceção diferente do carro. Querem uma peça mais em conta em relação à de origem, mas continuam a querer qualidade e serviço e é para isso que cá estamos”. Para isso trabalham, desde 2014, com a norte-americana Arnott, além de também trabalharem com a Wabco, AMK e Bilstein. “Fomos nós que trouxemos a Arnott para Portugal e Espanha. No ano passado fomos os terceiros maiores distribuidores Arnott na Europa! E, para Espanha, compramos mais material à Arnott que os espanhóis todos juntos”. Aliás, a Pro4Matic já tem uma presença importante no mercado vizinho, para onde se expandiu, abrindo um escritório em Madrid. “Sairmos daqui e ir para Espanha – e sei do que falo que vivi lá quatro anos – onde são muito patriotistas, mais conservadores que nós e têm um mercado muito maior, estarmos a entrar assim deixa-me muito contente. A mensagem que passa é muito boa para nós, agora há que saber aproveitar!” Trabalhando num mercado de topos de gama, a Pro4Matic desde há oito anos que desenvolveu uma marca própria de suspensões pneumáticas, igualmente competentes, mas de preço mais acessível: «É uma gama mais baixa porque nos interessa, temos de perceber que estamos em Portugal em que os salários são baixos. Mas há muita gente com carros destes, em segunda, terceira mão, porque são carros acessíveis por terem uma desvalorização muito grande, mas depois não têm dinheiro para a sua manutenção, até porque por vezes não sabem o que lá está. Temos de nos adaptar à realidade que temos!”, conclui Nuno Durão. /
DOSSIÊ
LUBRIFICANTES
MAIS RIGOR E EXIGÊNCIA NA PRODUÇÃO, AUMENTAR INTERVALOS DE MANUTENÇÃO
SETOR COMPETITIVO… MAS EXPECTANTE Mercado experiente e exigente, os lubrificantes estão intimamente ligados às recomendações da indústria automóvel, assistindo-se cada vez mais ao desenvolvimento de produtos tecnologicamente avançados. Por outro lado, é um setor um pouco expectante, pelas alterações que os veículos híbridos e elétricos poderão implicar TEXTO DAVID ESPANCA
O
s lubrificantes sempre foram um componente fundamental para o bom funcionamento do automóvel, pelo seu objetivo de prolongar a vida útil dos equipamentos e ter uma elevada capacidade de resposta. O mercado é dominado pelas marcas tradicionais de forte imagem, a par de outras mais pequenas com menor notoriedade junto do grande público e ainda umas mais especializadas. A oferta é abrangente e há preços para todas os carteiras e necessidades. “O mercado português está paulatinamente a recuperar de um período de crise em que o fator preço do produto era o preponderante, abdicando muitas vezes da qualidade e performance associadas”, explica Jorge Antunes, diretor de lubrificantes ibérico da Galp. Esse fator, prossegue, “proporcionou a entrada no mercado português de marcas cujo enfoque não é o cumprimento das especificações e performance exigidas pelos fabricantes. A Galp aposta na qualidade, desenvolvimento e inovação dos seus produtos e colocará sempre no mercado produtos que cumpram os requisitos anunciados e exigidos pelos fabricantes”. Também a Delphi Technologies teve sempre o objetivo de “proporcionar aos seus clientes a melhor qualidade” e são eles que também procuram “esses altos padrões”. No geral, “as ofici-
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nas independentes continuam a ser os principais centros que inspiram confiança para este tipo de manutenção”. Opinião idêntica tem Ricardo Fernandes, gestor de produto da Pador, marca própria do grupo Rodapeças: “Marcas com menor notoriedade como a nossa, mas que conseguem oferecer um produto de qualidade e com preço adequado, têm espaço no mercado. Claro que a proximidade e a forte relação com a oficina são fatores críticos de sucesso. “ “Historicamente as marcas de lubrificantes mais fortes estavam ligadas às empresas com maior presença nos combustíveis, mas com a diminuição dos operadores esse leque diminuiu”, começou por recordar José António Monjardino, administrador da AB Lubs que também nasceu assim, a partir da empresa de combustíveis Alves Bandeira. “Em 2014, fruto da fusão de três operadores de combustíveis, o objetivo da marca AB Lubs mudou, alargando a sua gama de produtos à área 'heavy dutty' e indústria”. Sendo o mercado de lubrificantes bastante competitivo, José Pereira, “commercial manager iberia” da Méguin, encara isso como “um desafio diário para o qual olhamos com naturalidade, porque todos os dias trabalhamos de perto com os construtores automóveis para ter todas as aprovações nos nossos óleos e, quase sempre, com características que ultrapassam os requisitos dos fabricantes. A exigência em relação aos lubrificantes é cada vez maior e isso faz com que empresas como a nossa tenham vantagem”.
"O MERCADO ESTÁ A RECUPERAR DE UM PERÍODO DE CRISE EM QUE O FATOR PREÇO DO PRODUTO ERA PREPONDERANTE"
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LUBRIFICANTES
Mais moderado no tom, Stephen Ainslie, do departamento técnico da Fonseca, Matos & Ferreira, importadores da Millers Oils, explica que “é um mercado relativamente fácil de se abrir no que respeitA a custos e existe muita procura para óleos baratos”. Daí que as marcas menos conhecidas “estão cada vez mais em maior número. Num mercado livre, faz sentido ter estas marcas. Os consumidores ficam com uma escolha muito mais alargada”, remata. ASSEGURAR MÁXIMA QUALIDADE A proliferação de lubrificantes banais é uma preocupação para Pedro Abecasis, diretor-geral da Total Portugal Petróleos (Total e ELF): “Colocar no mercado lubrificantes banais não é complicado, pelo que se torna um negócio apelativo para diversas entidades. Dispor de lubrificantes de qualidade é que já é um assunto bem mais complexo e não são muitas as que o fazem.”
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EM BUSCA DA QUALIDADE Disponibilizar um lubrificante a baixo preço é algo relativamente fácil. Muito mais difícil e a exigir avultados investimentos em pesquisa e desenvolvimento é conseguir um produto com os mais elevados índices de qualidade
E Paulo Santos, “brand manager” da Valvoline, também pensa que “não faz sentido nem é vantajoso para o mercado de retalho e cliente final, uma vez que a pressão da oferta alargada tende a baixar a rentabilidade do negócio e a pequena escala do importador leva a que a oferta de produtos e soluções não seja ajustada às necessidades do cliente final. Pode, no entanto, ser mais vantajoso para o mercado instalador, já que beneficia de uma oferta alargada e com isso tentará comprar os produtos que realmente lhe interessa”. No que diz respeito ao mercado, o posicionamento das empresas está bem definido e adequado ao seu “target”. A Delphi Technologies fornece os 25 principais fabricantes de veículos mundiais e conta com mais de 80 anos de experiência em motores e sistemas de tratamento de combustível. “Graças a essa experiência, ao nível de equipamentos originais e ao trabalho
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LUBRIFICANTES desenvolvido ao lado de fabricantes globais, a Delphi é capaz de estender esse conhecimento a todos os seus produtos no mercado de reposição”, esclarece a empresa. Para Jorge Antunes, “a Galp apresenta-se como uma marca de lubrificantes tecnologicamente avançada, abrangente e que cobre inúmeros tipos de aplicações, desde o ramo automóvel à indústria e marinha. Os produtos apresentam níveis de qualidade de excelência, sendo reconhecidos e aprovados pelas principais marcas de construtores de viaturas e equipamentos industriais”. Fundada em 1847, a Méguin é uma das marcas mais antigas no setor dos lubrificantes, que tem vindo a pesquisar, testar, desenvolver e produzir os seus lubrificantes. “O posicionamento ‘premium’ é facilmente conferido através das fichas técnicas de produto, das aprovações dos construtores automóveis, da inovação e também do investimento feito nos últimos anos em infraestruturas, na ordem dos 20 milhões de euros”, explica José Pereira. A posição da Millers Oils “sempre foi e continua a ser, de uma marca especialista”, refere Stephen Ainslie. Idêntica posição tem Ricardo Fernandes, dado que “a Pador é uma marca de qualidade a preço competitivo. A evolução dos lubrificantes tem estado acima das nossas melhores expetativas”. A Valvoline é representada em exclusividade pela Krautli Portugal, posicionando-se como uma marca de “primeira linha em termos de qualidade dos produtos e soluções disponibilizados”, refere Paulo Santos. Com mais de 450 referências diferentes, prossegue, “o nosso objetivo passa sempre pela aplicação do produto adequado a cada necessidade de lubrificação”. José António Monjardino, administrador da AB Lubs, revela que “a marca se posiciona no âmbito das recomendações genéricas dos construtores com qualidade equiparável às marcas principais, mas com preço mais económico. A sua progressão vai estar muito dependente da escala que só a internacionalização o permitirá, pois o mercado nacional é demasiadamente exíguo”. “QUESTÃO COMERCIAL E NÃO TECNOLÓGICA” Atualmente, as exigências de desempenho dos lubrificantes no mercado europeu são elevadas, pois cada vez mais têm de proporcionar uma maior proteção contra o desgaste, a temperaturas mais elevadas, com baixo consumo de lubrificante e intervalos de mudança mais alargados. Depois, há ainda a questão do elevado grau de desenvolvimento da indústria automóvel mundial, que requer normas e padrões internacionais para a avaliação, certificação e homologação dos lubrificantes. Estas normas internacionais avaliam a qualidade da proteção fornecida pelo lubrificante ao equipamento que está a ser lubrificado.
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CORRIDA AO DESENVOLVIMENTO Se as bases se mantêm mais ou menos estáveis, há uma autêntica competição por novos aditivos que melhorem a capacidade lubrificante
“É por isso fundamental uma proximidade entre os construtores de equipamentos e os produtores de lubrificantes, pois só assim se consegue desenvolver um lubrificante adequado”, destaca o responsável da Galp. Esta é também a opinião da Delphi, acrescentando ainda que “os motores de hoje são projetados para alcançar um equilíbrio ideal entre potência, economia de combustível e emissões”. Mas há aqui uma questão que se coloca, frisa o “commercial manager iberia” da Méguin: “Existe uma diferença grande entre recomendações e aprovações. Os fabricantes de automóveis fazem uma recomendação de uma determinada marca de óleo por uma questão comercial e estratégica. Várias marcas de lubrificantes cumprem as especificações impostas por cada uma das marcas, garantido as aprovações, como acontece com a Méguin”. Também o administrador da AB Lubs, José António Monjardino, considera que “o processo de aprovações dos fabricantes de automóveis está transformado num negócio”. “Hoje em dia, o desenvolvimento tecnológico de um lubrificante e de um motor está nas mãos das empresas de aditivos e dos especialistas subcontratados pelas indústrias automóveis para
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fazerem as partes mais críticas dos automóveis”. Trata-se, assim, de uma “questão comercial e não tecnológica”. As normas e especificações estabelecidas pelos construtores de automóveis, para a certificação dos lubrificantes, refletem os avanços tecnológicos e as especificidades dos seus equipamentos e têm igualmente em conta a legislação referente ao impacto ambiental das emissões de gases de escape. Essa preocupação está presente em Stephen Ainslie, da Miller Oils: “Os motores modernos são desenhados em conjunto com novas especificações de óleos, derivado das pressões enormes para cumprir as metas de redução de partículas e gases de escape, através da redução dos consumos”. CAMINHAR PARA OS SINTÉTICOS As principais tendências que irão nortear a evolução dos lubrificantes sintéticos e semi-sintéticos, “têm mais a ver com a componente ambiental do que tecnológica dos motores”, explica José António Monjardino, da AB Lubs. Já no que diz respeito às transmissões, continua aquela responsável, “existe uma evolução tecnológica relacionada com as caixas manuais e automáticas”. “No que toca às bases, as mine-
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LUBRIFICANTES
rais vão continuar a ter interesse mas maioritariamente em produtos de natureza industrial de grande consumo, enquanto as sintéticas e semi-sintéticas serão mais utilizadas em produtos de valor acrescentado e de baixo volume”. Jorge Antunes, da Galp, entende que “é expectável assistirmos ao crescimento deste tipo de lubrificantes sintéticos ou semi-sintéticos, em detrimento dos minerais”. O grande desafio no setor dos lubrificantes passa por “conseguir acompanhar todas estas evoluções e desenvolver tecnologias adaptadas a cada uma das situações, garantindo sempre e em qualquer momento uma proteção efetiva do equipamento”, esclarece o interlocutor.
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“É EXPECTÁVEL ASSISTIRMOS AO CRESCIMENTO DOS LUBRIFICANTES SINTÉTICOS OU SEMI-SINTÉTICOS, EM DETRIMENTO DOS MINERAIS”
E parece que o caminho passa mesmo pelos óleos sintéticos, no entender da Méguin, como também da Miller Oils e da Pador, enquanto o diretor-geral da Total entende que “os lubrificantes de topo vão ser produzidos com maior rigor e exigência, pois a sua qualidade tem a ver com exigências de performance, mas também ambientais e económicas”. O “brand manager” da Valvoline é mais claro e crê que “o futuro passa por lubrificantes cada vez mais evoluídos e resistentes, o que limitará muito a utilização de produtos de baixa qualidade, que se podem associar à terminologia semi-sintética”. A tendência do mercado, diz, “vai no sentido de baixar os níveis de viscosidade e aumentar os intervalos de manutenção”.
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Sendo os óleos lubrificantes misturas bastante variáveis de bases e aditivos, cada um desempenhando o seu papel, têm-se registado alterações importantes ao longo dos tempos. “A grande evolução tem surgido do lado dos aditivos com o aparecimento de tecnologias mais evoluídas e com o desenvolvimento de compostos alternativos que garantem a adequabilidade e proteção efetiva por parte dos lubrificantes aos novos equipamentos”, garante o diretor de lubrificantes ibérico da Galp. Esta posição é também defendida por Ricardo Fernandes, da Pador – “a maior evolução está do lado dos aditivos, que estão sempre a progredir” – por Stephen Ainslie, da Miller Oils, e por José António Monjardino, da AB Lubs, que aponta como principal razão o facto de “as características adicionais da lubrificação se terem tornado mais exigentes e com maior relevância (dispersantes, limpeza, térmicas, emissões)”. Opinião diferente tem José Pereira, da Méguin: “A grande alteração que está a acontecer é nas bases, que são cada vez melhores e mais aplicadas ao setor automóvel. Estão a produzir-se lubrificantes com melhores bases e, por exemplo, hoje temos já motores que usam óleos 0W20 e aí tem de ser usada uma base Grupo 4, para que seja um óleo muito fluido, rápido a lubrificar, que proteja o motor e garanta consumos baixos.” “A tendência será para alargar os intervalos de manutenção, recorrendo às mesmas bases, enquanto os aditivos terão de se alavancar fortemente nessa equação e assumirem um papel decisivo”, revela Paulo Santos. Já Pedro Abecasis, é mais abrangente, adiantando que “evoluir um lubrificante tem de passar imperativamente por três fatores: bases, aditivos e suas formulações”. A verdade é que a procura de motores e transmissões “exige que a maioria dos óleos lubrificantes seja produzida com aditivos químicos, que melhoram as propriedades do óleo base ou
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compensam as suas deficiências. Para óleos de motor de veículos de passageiros, o óleo de base representa entre 70 a 80% do produto final; enquanto os aditivos compreendem os outros 20 a 30%”, explica a Delphi Technologies. Jorge Antunes, da Galp, Ricardo Fernandes, da Pador, e Paulo Santos, da Valvoline, acreditam que o mercado irá crescer ligeiramente. Já José António Monjardino, da AB Lubs, é mais comedida e revela: “Temos uma expectativa de crescimento zero ou ligeiramente positiva do mercado, tendo em conta o aumento da atividade económica que atualmente se verificou”. O mercado de lubrificantes, segundo a Delphi, “terá de fornecer óleos para responder à procura do setor automóvel e estamos comprometidos em introduzir mais óleos sintéticos”. Finalmente, Stephen Ainslie, da Miller Oils, está bastante otimista: “O mercado nacional vai continuar a aumentar e, este ano, pode ser muito importante em volume.” Resta esperar por novos desenvolvimentos, sendo certo que o mercado continuará a ser bastante concorrido, com as marcas a apostarem em novas tecnologias e produtos direcionados para os seus clientes. /
A ELETRIFICAÇÃO DO SETOR AUTOMÓVEL E O IMPACTO NOS LUBRIFICANTES Uma das principais tendências a que o setor assiste, com alguma cautela e muita atenção, será a progressiva eletrificação do mercado automóvel. Isto terá impacto nas empresas que se dedicam à comercialização de lubrificantes para automóveis que, no futuro, terãomenos peças a lubrificar... “É expectável que, a longo, prazo o mercado de lubrificantes seja afetado”, refere Jorge Antunes, da Galp, “embora não se saiba ainda em que dimensão. O futuro é incerto quanto às tecnologias que vão ser mais preponderantes. No caso da escolha de um maior grupo de construtores recair na hibridização, mantém-se a necessidade de lubrificantes para o motor”. Já a Delphi Technologies pensa que “o setor do aftermarket necessita de ser cuidadoso nos próximos anos, no seguimento das novas legislações que vierem a ser adotadas, de forma a obter uma imagem mais clara das respetivas tendências. É muito provável que o mercado mude e os lubrificantes façam parte dessa mudança”. Se é um facto que as viaturas híbridas continuarão a usar lubrificantes, assim como as transmissões, “quem sabe se as viaturas elétricas não virão a usar lubrificantes para dispersão de calor. Até que estas viaturas venham a ter expressão no parque automóvel português, ainda vai demorar alguns anos”, declara Ricardo Fernandes, da Pador. Apesar dos efeitos da eletrificação do mercado ainda não serem totalmente previsíveis, Stephen Ainslie, da Miller Oils, adianta que “todos os motores precisam de algum tipo de lubrificação e as caixas e diferenciais ainda são mecânicos, precisando de lubrificação.
Isto poderá fazer com que exista uma diminuição dos volumes, mas com um aumento substancial na qualidade”. A eletrificação do setor auto “vai alterar de forma expressiva a área dos lubrificantes, no entanto existem sempre alguns componentes com necessidades especificas
de lubrificação, como o caso do circuito de refrigeração das baterias da Tesla. Nos próximos anos, essa tendência irá seguramente intensificar-se e não tardará muito para que tudo se torne mais claro”, entende Paulo Santos, da Valvoline. Finalmente, José António Monjardino, da AB Lubs, é da opinião que o mercado
de automóveis ligeiros vai sofrer transformações por via da eletrificação. No entanto, “não nos podemos esquecer que o mercado tem a área do ‘heavy dutty’, indústria, marinha e aviação, onde estão os grandes volumes. Diria que o risco, a médio prazo, é a alteração de certos lubrificantes, mas não do seu negócio como um todo”.
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REPORTAGEM
AXALTA
MORGADO & AMADO
OFICINA MODELO DE REPINTURA A Morgado & Amado foi a primeira oficina a adotar o novo modelo de gestão otimizado da Spies Hecker, com uma reformulação de processos e uma seleção de produtos que melhor respondem ao seu perfil de atividade TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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roduzir mais num período de tempo mais reduzido é o objetivo do novo modelo de gestão oficinal otimizado para a repintura automóvel desenvolvido pela Axalta/ /Spies Hecker. A Morgado & Amado, de Almada, foi uma das primeiras oficinas no nosso país a implementar este modelo e com sucesso, uma vez que, com os mesmos meios, conseguiu diminuir o tempo de ocupação da cabina por veículo e aumentar o número de viaturas pintadas por dia. O projeto começou a ser trabalhado no início de outubro, com o levantamento das necessidades pelos técnicos da Axalta/Spies Hecker, seguindo-se depois a sua implementação em novembro, com base num plano de trabalho em conjunto com os funcionários da Morgado & Amado. Mês após mês foram sendo recolhidos dados e identificadas as melhorias. “A base deste projeto é simples: uma oficina, como uma empresa, tem de dar lucros em todas as vertentes”, refere João Ralha, responsável da Academia Axalta. “As oficinas têm de olhar para a pintura como um negócio e geri-lo dessa forma. O nosso desafio foi melhorar algumas dessas vertentes que contribuem para o lucro da oficina”, acrescenta. Os técnicos da Axalta/Spies Hecker detetaram quatro pilares fundamentais para o aumento da rendibilidade de uma oficina: clientes, venda de serviços, organização da execução dos serviços e gestão da atividade. “Como fornecedores de tintas, atuamos sobre esses quatro pilares e em particular na parte da organização e da gestão”. O responsável da Academia Axalta adianta que onde existe muitas vezes o afunilamento na atividade da oficina é na
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zona de pintura porque é aquela que concentra a maior parte do trabalho de reparação, sendo também aquela que exige áreas maiores, não só para preparação das viaturas para a pintura, mas também as próprias cabinas. “A gestão desses espaços torna-se, por vezes, complicada e acaba por diminuir o ritmo de trabalho da oficina, com consequências ao nível da produtividade. O nosso desafio foi estudar os meios existentes na oficina, otimizá-los e aumentar a produtividade. Se conseguirmos colocar mais carros na rua, graças a uma maior fluidez na secção de pintura, então a oficina consegue ganhar mais dinheiro porque também vende mais peças para as reparações, mão-de-obra e, naturalmente, materiais de pintura”. DIMINUIÇÃO DA IMOBILIZAÇÃO As etapas deste projeto foram baseadas em vários princípios: definição de objetivos, nomeadamente da maior transparência na venda; poupança energética; redução do tempo de ciclo, isto é, da pintura e da reparação, e com isso permitir mais reparações. “Quando se fala na redução do tempo e no maior número de reparações, isto não se traduz apenas no aumento de carro reparados. Há que referir que muitos dos grandes clientes das oficinas são as companhias de seguros, que têm de lidar com tempos de imobilização associados”, afirma João Ralha. “Se reduzirmos o tempo de permanência na oficina, diminui-se a imobilização e o custo com viaturas de substituição, assegurando-se a prestação de um melhor serviço ao proprietário da viatura”. Após a fase de definição dos objetivos, a equipa da Axalta/Spies Hecker procurou recolher informações junto da oficina Morgado & Amado para analisar os seus processos de trabalho, os produtos utilizados e a própria organização.
MAIOR PRODUTIVIDADE Para o responsável de após-venda da Morgado & Amado, José Castro, a parceria com a Spies Hecker traduziu-se num aumento de 10% da produtividade na secção de pintura
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REPORTAGEM
AXALTA
TRABALHO DE EQUIPA A Axalta/Spies Hecker e a Morgado & Amado implementaram o novo modelo de gestão otimizado, que permite melhorar a ocupação da cabina de repintura por veículo em 30% e reduzir os custos
“Na sequência da análise desses dados, apresentámos ideias de melhoria”, explica João Ralha, adiantando que da parte da Morgado & Amado houve sempre total abertura para a implementação das propostas e, assim, otimizar o nível de serviço. “Como é lógico fomos acompanhando os resultados”. O responsável técnico da Academia Axalta alerta que alguns dos processos aplicados na Morgado & Amado poderiam não resultar noutra oficina. “É muito importante adaptar os processos, as iniciativas, as alterações e os produtos a cada oficina em particular”. Na Morgado & Amado, que é concessionária em Almada de duas marcas de automóveis, foram redefinidos alguns processos de trabalho e redesenhado o “layout” em termos de organização da oficina. A nível administrativo, o software de gestão de cor Phoenix da Spies Hecker foi implementado na sua totalidade e com todas as suas funcionalidades, que vão desde a mistura das tintas, passando pela gestão de stocks, a abertura de folhas de obra até à disponibilização de indicadores de atividade da oficina, que dão uma perceção da sua evolução ao longo dos tempos. O programa Phoenix
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está ligado à Cloud, o que possibilita à equipa de gestão acompanhar à distância o trabalho que está a ser realizado na secção de pintura, assim como o nível de stocks. Quando é atingido um limite mínimo, o próprio software emite uma encomenda online, o que alivia a carga administrativa numa área onde existem muitas referências de cor. “Como fornecedor adaptamos os produtos de pintura à oficina em função do tipo e volume de trabalho, assim como dos meios disponíveis”, afirma João Ralha. “Isto é um trabalho que também tem de ser feito porque a nossa gama tem vários tipos de produtos – vernizes, aparelhos, bases. Neste caso, os principais produtos introduzidos contam com a mais recente tecnologia de secagem ao ar disponibilizada pela marca Spies Hecker, nomeadamente o aparelho 5500, acompanhados dos toalhetes primários anti-corrosivos e o verniz de secagem ao ar 8800. Se o tipo de trabalho desta oficina fosse diferente, provavelmente os produtos seriam outros. Tudo isto é ajustável”, esclarece o responsável da Academia Axalta. “Além disso, também introduzimos mais alguns indicadores para medir a eficácia,
como o consumo de combustível da cabina, o tempo de ocupação da cabina por veículo, as horas disponíveis pela oficina por veículo e as horas trabalhadas por veículo”. AUMENTO DE 30% NAS ENTRADAS Para José Castro, gerente da Morgado & Amado, o balanço deste projeto com a Axalta/Spies é bastante favorável, confessando que se não tivesse acontecido teria encerrado a área de repintura automóvel. “Anteriormente nunca conseguíamos ter uma utilização tão otimizada da cabina de pintura porque a utilizávamos durante muito tempo, o que depois se refletia no consumo de combustível (gás natural). O produto demorava mais tempo a secar. Após a implementação deste projeto, o consumo de combustível diminuiu em cerca de 50% e a produtividade aumentou cerca de 10%. No que se refere ao número de entrada de veículos nos primeiros quatro meses do projeto e em comparação com períodos homólogos de anos anteriores verificou-se um aumento de 30%. A explicação reside nos produtos utilizados da Spies Hecker que nos permite fazer mais carros no mesmo período de tempo”. /
NOTÍCIAS
INTERNACIONAIS CONTINENTAL
ASSISTÊNCIA À DETEÇÃO DE AQUAPLANAGEM
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Continental anunciou que está a desenvolver um sistema abrangente de alerta automático de risco de aquaplanagem, que compreende pneus, sensores de pneus, câmaras, algoritmos, atuação do travão e interface homem-máquina. Para detetar situações de aquaplanagem, são analisadas imagens das câmaras com visão surround instaladas nos espelhos laterais, na grelha e na traseira. “Quando existe muita água na estrada, as imagens da câmara mostram um padrão específico de salpicos e de jatos de água que pode ser detetado como a fase inicial de um lençol de água”, explica Bernd Hartmann, director de Enhanced ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) & Tire Interactions no departamento de Tecnologia Avançada da Divisão Chassis & Segurança. Por exemplo, o deslocamento excessivo de água em todas as direções debaixo do pneu é uma das características mais comuns. Durante a primeira fase de testes da nova solução, os algoritmos de reconhecimento de humidade conseguiram uma alta taxa de acerto na previsão de condições potenciais de aquaplanagem. Para além da informação dada pelas imagens, a Continental usa informação dos pneus para detectar o risco de aquaplanagem. Os sinais dados pelos sensores eTIS, instalados no forro no interior do pneu, são avaliados. “Usamos o sinal do acelerómetro do Sistema Electrónico de Informação sobre Pneus para procurar um determinado padrão de sinais”, disse Andreas Wolf, Director da Unidade de Negócio Body & Security da Continental. Um modelo de pneu processa a aceleração radial da parte do pneu que está em contacto com a estrada. Para pisos molhados, – quando a água que é transportada para fora do pneu é suficiente para garantir a aderência adequada – o sinal mostra um padrão distinto. Assim que uma cunha de água começa a formar-se à frente do pneu e há excesso de água na estrada, o sinal de aceleração começa a oscilar de uma determinada forma, indicando o risco de aquaplanagem. Dado que o sensor eTIS também pode detetar a profundidade restante do piso do pneu, pode ser calculada e comunicada ao condutor uma velocidade segura para circular numa estrada com aquelas condições. Os testes mostraram que a futura assistência em aquaplanagem também terá potencial para intervir numa situação real de aquapla-
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ISTOBAL
NOVIDADES REVELADAS NA UNITI EXPO 2018
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grupo espanhol Istobal vai apresentar, no decorrer da Uniti Expo 2018, as últimas novidades no domínio dos equipamentos de lavagem automóvel. O pórtico de lavagem M’NEX32 passará a incluir no seu terminal de pagamento de um novo Smartdrive, um sistema que permite ao utilizador selecionar o programa base de lavagem e adicionar diferentes extras. Uma outra inovação é o novo Xtract Dosing System, um sistema de dosificação do produto químico ISTOBAL esens, que gera menos resíduos ao utilizar um produto químico puro. Com uma garrafa de 2 litros pode realizar o mesmo número de lavagens do que com uma garrafa tradicional de 20 ou 25 litros. O pórtico M’NEX32 apresenta ainda guias de iluminação para uma correta centragem do automóvel ou o borrifador químico de espuma para jantes que, combinado com os sistemas lava rodas, consegue eliminar a sujidade mais difícil das jantes. A área de centros de lavagem estará representada pelo Istobal n’joyavant de duas pistas, instaladas num armário que inclui caldeira, sistema de recirculação de água para prevenir o gelo e todos os dispositivos de tratamento e desinfeção de água. Em destaque estarão
os novos sistemas de fragrâncias na pista e a iluminação especial para a lavagem noturna. Os visitantes do certame terão ainda a possibilidade de conhecer o novo sistema de reciclagem físico avançado que melhora a qualidade da água reciclada, devido a um maior rendimento de filtração. Além disso, conta com o sistema opcional de desinfeção que dosifica o agente desinfetante no depósito de água reciclada e previne o crescimento de micro-organismos como a legionela.
KAVO nagem, aplicando os travões traseiros de uma forma controlada para estabelecer um grau de “vectorização de torque” que mantenha a capacidade de manobra do veículo dentro de limites físicos. Os lençóis de água não são só um desafio para os condutores. Também é difícil avaliar quantos acidentes urbanos e em autoestradas são causados pela aquaplanagem. “Este é um dos últimos espaços em branco num mapa estratégico que tem como objetivo mais segurança rodoviária”, disse Bernd Hartmann. Mas os condutores devem continuar a ter em conta uma regra geral: ajustar a sua velocidade para pisos molhados e estar atentos à profundidade do piso do pneu. Isto porque uma diminuição da profundidade do piso indica que o pneu não tem capacidade para drenar uma quantidade adequada de água, aumentando assim o risco de aquaplanagem. /
NOVA EQUIPA DE GESTÃO
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diretor administrativo da Kavo, André van Leeuwen, vai retirar-se da vida profissional. Ao longo dos últimos 32 anos, aquele responsável construiu e desenvolveu um negócio de sucesso, tornando a empresa Kavo num dos principais fornecedores de peças asiáticas no mundo, sendo os seus produtos vendidos sob a marca Kavo Parts e Filtros AMC. Foi em 1986 que Van Leeuwen iniciou a empresa, com uma máquina de escrever e um armazém do tamanho de uma pequena garagem, começando a importar filtros de óleo para carros asiáticos do Japão. Hoje é um importante “player” internacional no sector asiático do “aftermarket”, contando com
uma gama de produtos superior a 23 mil referências. No início de maio Leeuwen passou o testemunho a uma nova geração, ficando a gestão a cargo de Herald Nijenhuis, como diretor de operações, e Peter Bloemberg, como diretor de marketing.
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NOTÍCIAS
INTERNACIONAIS
UFI FILTERS INVESTE EM FILTROS DE HABITÁCULO A empresa UFI Filters inaugurou em Itália duas novas linhas automáticas para a produção de filtros de habitáculo, dirigidas ao mercado EMEA. O objetivo é o fabrico de filtros tanto em meia filtrante sintética como combinada com carvão ativo. Para tal, foi desenvolvido um novo projeto baseado na nanotecnologia que permitirá a produção de uma meia filtrante inovadora especifíca para a filtração do habitáculo do futuro, contribuindo assim para um aumento de 15% na faturação total prevista para o Aftermarket Europa. O Grupo lançou nos últimos anos 110 novas referências para cada marca, a que se somarão outras 50 no decorrer deste ano, o que permitirá uma cobertura do parque circulante em cerca de 98,5%.
MILLERS OILS RENOVA GAMA TRIDENT A Millers Oils acaba de renovar a sua gama de óleos Trident, especialmente concebida para oficinas, de forma a poder abranger quase todas as viaturas fora de garantia, com a quantidade mínima de óleos. Os óleos Trident são misturados com óleos de alta qualidade com aditivos especializados para melhorar os consumos de combustível, reduzir emissões e proteger contra o desgaste, de forma a obter um maior tempo de vida do motor.
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MANN+HUMMEL
CRESCIMENTO 11,8% EM 2017
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Mann+Hummel divulgou recentemente os resultados de 2017, tendo crescido 11,8% face ao ano anterior, atingindo um volume de vendas de 3900 milhões de euros. O nível do EBIT situou-se nos 185,1 milhões de euros, quando em 2016 tinha sido de 115,7 milhões de euros, sendo a margem de 4,8%. A CFO, Emese Weissenbacher, considera que a empresa está bem preparada para enfrentar o futuro: “A Mann+Hummel é sólida a nível financeiro e tem uma posição tecnológica forte. Estamos centrados numa estratégia clara e perseguimo-la”. Kai Knickmann, diretor-geral de equipamento original, explica que “desenvolvemos e fabricamos produtos com tecnologia inovadora para a saúde e a mobilidade das pessoas. Neste processo, o foco está claramente na experiên-
cia fundamental da empresa, a filtragem. Esta separa o útil do prejudicial e é uma tecnologia chave. É usada em inúmeras aplicações industriais e técnicas e também para limpar o ar e a água”. A investigação e o desenvolvimento é uma aposta , tendo investido nesta área cerca de 133 milhões de euros em 2017. Segundo Knickmann, “a digitalização da cadeia de valor e as alterações para impulsionar sistemas estão a empurrar para um desenvolvimento emocionante. Como resultado, há novas e interessantes áreas de negócio para a nossa empresa”. Mas para um avanço, é fundamental haver um salto na tecnologia das baterias. Com base na frota total de veículos, em dez anos é provável que a quota de mercado dos veículos elétricos esteja abaixo de 5 %. “Todas as tecnologias de motores necessitam de filtragem”, explica Knickmann.
TENNECO
FEDERAL-MOGUL COMPRADA
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Tenneco anunciou a intenção de adquirir a Federal-Mogul à Icahn Enterprises por 5,4 mil milhões de dólares (4,36 mil milhões de euros), no âmbito de uma estratégia delineada para conquistar quota de mercado nos mercados asiáticos, que estão a registar um crescimento assinalável. Após a conclusão do negócio, que está prevista para o segundo semestre deste ano, a Tenneco irá separar as suas áreas negócio combinadas em duas empresas independentes no segundo semestre de 2019. A aquisição será financiada com uma combi-
nação de 800 milhões de dólares em numerário (646,5 milhões de euros), 5,7 milhões de ações Classe A da Tenneco, 23,8 milhões de ações Classe B (sem direito de votos) e dívida. Com sede em Detroit, a Federal-Mogul é uma fornecedora de componentes para a indústria automóvel que comercializa os seus produtos sob diversas marcas, incluindo a Champion, Interfil e Goetze. A Icahn Enterprises adquiriu a maioria do capital da Federal-Mogul em 2008. A Tenneco, sediada em Lake Forest (Illinois), produz produtos como conversores catalíticos, filtros de partículas diesel e amortecedores.
NOTÍCIAS
INTERNACIONAIS R-M
NOVA LINHA DE PRODUTOS ESENSE
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R-M introduziu a nova linha eSense, permitindo às oficinas optar, pela primeira vez na Europa, por produtos selecionados que são fabricados de acordo com a abordagem de equilíbrio de biomassa certificada pela BASF, contribuindo assim para a redução das emissões de CO2 . O portefólio eSense contempla primários aparelhos, endurecedores, betumes, vernizes e aditivos que podem ser usados, por exemplo, na reparação de para-choques ou na eliminação de danos menores e moderados. As oficinas de pintura que trabalham com esses produtos têm demonstrado o seu compromisso ativo no que respeita à proteção ambiental e climática, porque o processo de fabrico reduz o uso de matérias-primas fósseis e emissões de CO2. Além disso, os produtos cumprem os requisitos de alta qualidade e desempenho da marca “premium” R-M. A marca “premium” da BASF refere que ainda não é possível fabricar produtos de tinta exclusivamente a partir de matérias-primas renováveis, mas para preservar os recursos do planeta usa uma proporção de matérias-primas renováveis, como bio-nafta ou bio-
gás, no fabrico dos seus produtos. Estes são extraídos de resíduos orgânicos. Na abordagem de equilíbrio de biomassa, a proporção de matérias-primas renováveis é então atribuída matematicamente aos produtos da linha eSense. O método utilizado para calcular esta proporção foi certificado pela TÜV SÜD. Desta forma – ao utilizar o mode-
lo matemático – 100% das matérias-primas fósseis em produtos eSense podem ser substituídas por matérias-primas renováveis. O conceito de abordagem do equilíbrio de biomassa funciona, de forma semelhante à eletricidade verde. Também a eletricidade fornecida não deriva unicamente de energia renovável. O fator decisivo é que a proporção de matérias-primas renováveis em todo o sistema seja correta e atribuída matematicamente aos produtos certificados. À medida que a procura aumenta, essa quantidade aumenta proporcionalmente. As oficinas podem agora tomar a decisão consciente de ter produtos sustentáveis R-M usados para a reparação dos veículos, contribuindo assim para economizar o uso de recursos valiosos. Ao oferecer produtos com certificação eSense, as oficinas têm a oportunidade de se destacar da concorrência e assumir a responsabilidade conjunta com os seus clientes para um futuro sustentável. O novo produto é acompanhado por um pacote de informações abrangente, para exibição na área de receção da oficina, explicando aos clientes os benefícios de uma repintura automóvel ecologicamente eficiente.
BOSCH
CAMPANHA SOFTWARE CONNECTED REPAIR
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partir de agora, os mecânicos podem ter acesso a todas as informações do veículo em que estão a trabalhar, bastando para isso um clique. A campanha “Reparação Conectada”, é um serviço lançado pela Bosch, no âmbito da Internet das Coisas (IoT). Até ao próximo dia 31 de julho, todas as oficinas que aderirem ao software Bosch Connected Repair poderão beneficiar do serviço de forma gratuita até ao final do ano. A ferramenta visa uma maior eficiência em todo o processo de reparação de um veículo, logo uma
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maior produtividade e controlo dos trabalhos realizados. O Bosch Connected Repair permite conectar os equipamentos de diagnóstico da Bosch, bem como os de outros fabricantes, colocando todos os dados do veículo à disposição dos técnicos. Para tal é apenas necessário introduzir a matrícula e o número de chassis, a informação fica disponível de imediato e a qualquer altura da intervenção ao veículo. Caso se trate de um veículo que já tenha sido alvo de uma reparação, o processo é ainda mais simples, pois apresenta logo um historial com-
pleto, incluindo os resultados dos diagnósticos realizados em qualquer oficina e em qualquer momento. Outra das funcionalidades deste software é a possibilidade de complementar manualmente parâmetros sobre o veículo, o que faz com que a informação apresentada em futuras intervenções seja cada vez mais completa e detalhada. É ainda possível documentar o estado do veículo, com recurso a fotografia, através de um protocolo standard que pode ser impresso, permitindo informar os clientes sobre reparações necessárias.
NOTÍCIAS
PNEUS
MICHELIN
CRESCIMENTO EM 2018
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Grupo Michelin registou um volume de negócios de 5200 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, o que representa um crescimento de 1,4% a taxas de câmbio constantes. No segmento de pneus de turismo/comerciais ligeiros e camião verificou-se uma ligeira descida que se deve à diminuição da procura de equipamento de origem nos mercados chinês e norte-americano, assim como uma diminuição da procura de pneus de substituição relativamente ao ano a anterior devido às antecipações de compras. Comportamento oposto teve o segmento de pneus de especialidades (mineração, engenharia civil, construção, agrícola, duas rodas, avião e materiais de alta tecnologia) que alcançou um crescimento de 5,5%. O Grupo Michelin destaca ainda o efeito preço-
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-mix favorável no primeiro trimestre (1,1%), resultante de uma rigorosa gestão de preços, e o efeito de paridade fortemente desfavorável como consequência do fortalecimento do euro. O Grupo Michelin anunciou o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição amigável sobre a Fenner PLC e a criação de uma joint-venture com a Sumitomo Corporation of Americas, em linha com a estratégia do Grupo. Relativamente ao ano de 2018, as perspetivas da Michelin apontam para um ligeiro crescimento do mercado de pneus de turismo/comerciais ligeiros e uma estabilidade no mercado de camião. O mercado de pneus de mineração deverá manter um crescimento significativo. Os efeitos cambiais continuarão a ser fortemente desfavoráveis ao longo de todo o ano, com um impacto estimado de -350 milhões de euros no
resultado operacional de atividades correntes (-250 milhões de euros no primeiro semestre). Durante o resto do ano, os volumes do Grupo serão impulsionados por uma nova organização mais próxima do cliente, com inúmeros lançamentos de produto que beneficiarão de bases comparativas mais favoráveis. O Grupo continuará a gerir os preços, com o objetivo de garantir as margens das suas unidades de negócio em mercados cada vez mais competitivos. A Michelin confirma os seus objetivos de crescimento em volume para o ano de 2018, em linha com a evolução mundial dos mercados, de um resultado operacional de atividades correntes superior ao de 2017, excluindo os efeitos das taxas de câmbio, e a geração de um cash-flow livre estrutural superior a 1100 milhões de euros. /
BRIDGESTONE
NOVO TURANZA T005 NA EUROPA
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Bridgestone introduziu no mercado o novo pneu “premium” Turanza T005, que estará disponível em mais de 140 medidas. Desenvolvido e produzido na Europa, proporciona um desempenho em piso molhado superior e uma maior poupança de combustível, além de elevada quilometragem, permitindo o controlo total da condução nas situações mais difíceis do dia-a-dia, especialmente em dias de chuva. O Bridgestone Turanza T005 está disponível no mercado europeu de pneus de substituição, numa gama variada, substituindo o T001 EVO. A gama irá assegurar a cobertura de quase todas as medidas de pneus até 2019, com mais de 140 medidas para jantes de 14’’ até 21’’. Paralelamente, a Bridgestone vai simplificar a sua gama de pneus, com o Turanza T005 e o DriveGuard a abranger na totalidade o segmento de pneus de turismo. O Bridgestone Turanza T005 já foi escolhido como o pneu oficial de série de diversas marcas de automóveis de topo e estará presente nas estradas já nos próximos meses. “O novo pneu premium Turanza T005 é um
produto essencial no portefólio da Bridgestone com uma procura significativa”, afirma Jakob Rønsholt, Managing Director, Products and Solutions Strategy na Bridgestone EMEA. “Não deixámos nada ao acaso no seu desenvolvimento: analisámos com atenção as tendências dos consumidores e depois produzimos um pneu que corresponde totalmente às suas expetativas. O Bridgestone Turanza T005 dá o poder ao condutor, especialmente em piso molhado”.
A Vulco desenvolveu uma nova cobertura válida na compra de pneus das marcas Goodyear ou Dunlop, cobrindo os riscos relativos à utilização normal do veículo, como sejam os furos acidentais e rebentamentos devidos a impacto contra pedras, passeios ou um qualquer objeto; assim como qualquer ato de vandalismo que os pneus possam sofrer. Face a estes danos não reparáveis, a Vulco compromete-se a substituir o pneu danificado por um igual ao que tinha montado, fazendo ainda face aos custos derivados da mão-de-obra necessários.
GENERAL MOTORS DISTINGUE GOODYEAR
DUNLOP
PORSCHE APROVA SPORT MAXX RACE 2
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novo pneu Sport Maxx Race 2 da Dunlop foi aprovado pela Porsche como equipamento de origem para o novo 911 GT3 RS, nas medidas 265/35ZR20 (99Y) XL e 325/30ZR21 (108Y) XL. Ambos os pneus estão marcados como N1, indicando que a marca alemã de automóveis desportivos homologou estes pneus para o seu modelo. O sucessor do Sport Maxx Race foi desenvolvido em conjunto com a Porsche para cumprir os excecionais requisitos de performance para o seu novo 911 GT3 RS: excelente desempenho em piso seco e garantia do melhor tempo por volta em circuito aos pilotos profissionais. Para oferecer estes atributos, os engenheiros da Dunlop trabalharam numa evolução tanto do design como do composto, para proporcionar uma aderência e uma performance extra. Com os pneus Sport Maxx Race 2 já aprovados para os novos 911 GT3 e 911 GT2 RS, a Dunlop continua a oferecer pneus especializados para automóveis desportivos da Porsche. “O Sport Maxx Race 2 é uma excelente com-
VULCO LANÇA P-PROTECT
binação para o nosso 911 GT3 RS, em termos de performance em piso seco, aderência e precisão de direção. A qualidade demonstrada da Dunlop e a sua capacidade para compreender e implementar os nossos requisitos são a chave para o sucesso”, afirmou Jan Frank, Engenheiro de Desenvolvimento Chefe da Porsche Motorsport.
A Goodyear Tire & Rubber Company foi nomeada Fornecedor do Ano GM pela General Motors no decurso da sua 26.ª cerimónia anual de entrega dos prémios Fornecedor do Ano, realizada em Orlando, na Florida (EUA). O construtor automóvel norte-americano distinguiu 132 dos seus melhores fornecedores de 17 países, os quais excederam de forma consistente as suas expetativas, criando valor excecional ou trazendo novas inovações para a empresa. O anúncio constituiu o maior número de fornecedores reconhecidos pela GM desde a estreia do evento Fornecedor do Ano, em 1992.
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RAIO-X
COMERCIAL DO MÊS
QUALIDADE E EQUIPAMENTO A MAN entra no segmento dos comerciais com um produto de qualidade e elevado equipamento
ENTRADA DE LEÃO Com o início da comercialização da TGE, a MAN entrou no segmento dos comerciais ligeiros, reforçando a sua oferta de soluções de transporte TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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artilhando a mesma plataforma e os principais componentes mecânicos com a Volkswagen Crafter, a MAN TGE representa a entrada da marca de Munique no segmento dos veículos comerciais com pesos brutos entre as 3,0 e as 5,5 toneladas de peso bruto. Com este produto, a MAN concretiza uma antiga aspiração de se tornar no fornecedor de uma gama completa e abrangente de soluções de transporte. Em termos de imagem, a MAN TGE procura fazer a diferença através da grelha dianteira escura, com o logotipo ao centro e o leão cromado na parte superior, assim como os faróis com luzes de circulação diurna em LED. Uma
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das versões disponíveis consiste no furgão de mercadorias com paredes laterais em chapa, chassis médio e teto alto (L3H3). Isto traduz-se num veículo com um comprimento exterior de 5,98 metros, uma largura de 2,04 metros (2,42 metros com espelhos) e uma distância entre-eixos de 3,66 metros. A combinação de um comprimento interno do compartimento de carga de 3,45 metros, uma largura de 1,83 metros – sendo de 1,38 metros entre as cavas das rodas – e uma altura de 1,96 metros, permite assegurar um volume útil de carga de 11,3 m3 , assim como o transporte de quatro europaletes. O compartimento de carga possui olhais para fixação da mercadoria e piso em chapa. A carga útil da unidade ensaiada, homologada com um peso bruto de 3500 quilos, é de 1265 quilos.
A cabina foi concebida para proporcionar um ambiente confortável para os utilizadores que têm de passar muitas horas por dia a bordo. Os materiais são de qualidade e o rigor na montagem irrepreensível. O desenho do painel de bordo apresenta um design horizontal, estando dividido em três zonas funcionais: compartimento fechado no lado do passageiro, consola central e posto de condução. O banco do condutor, que na unidade ensaiada é pneumático, pode ser ajustável em altura, inclinação e profundidade. O volante também é regulável em altura e inclinação, além de dispor de comandos para o cruise control, limitador de velocidade, rádio e telefone. A alavanca da caixa de velocidades está localizada na consola central, libertando espaço no meio da cabina. O banco do acompanhante é duplo e possibilita
a criação de um espaço adicional, levantando os assentos ou inclinando o encosto dos bancos dos passageiros. A TGE tem disponível, em opção, um sistema de infotainament, que pode ser utilizado através de comandos de voz e um ecrã tátil de oito polegadas. Este pode ser conectado a qualquer dispositivo SD/USB e ligado a um smartphone. Este sistema permite aceder aos dados do veículo, ao rádio e à navegação, entre outros. Em termos de equipamento, a dotação de série inclui fecho central de portas, ar condicionado Climatic, assistente de arranque em subida, assistência à travagem de emergência. Entre as opções destaque para dispositivos de apoio à condução como o assistente de estacionamento atrás e à frente, com câmara traseira e sensores, alerta de ângulo morto ou o assistente de faixa de rodagem. No capítulo mecânico, uma das opções é a motorização 2.0 TDI de 177 cv, que não só oferece um elevado binário a baixos regimes contribuindo para a agradabilidade de condução, mas também pelos consumos surpreendentes para um veículo que pesa em vazio mais de 2,2 toneladas. O computador de bordo indicou valores entre os 7,5 e os 7,9 litros por cada cem quilómetros. A MAN TGE Furgão Standard 3.180 está disponível a partir de 33.412 euros (com IVA incluído). O acesso a uma versão mais bem equipada, designadamente em dispositivos de apoio à condução, como da unidade ensaiada, pode representar um acréscimo superior a cinco mil euros. /
MAN TGE FURGÃO STANDARD 3.180
PREÇO 38.022€ (IVA incluído, unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1968 CC; 177 CV; 3.600 RPM // BINÁRIO 410 NM // TRANSMISSÃO DIANTEIRA, 6 VEL. Man // PESO 2.235 KG // COMP./LARG./ALT 5,98/2,04/2,59 M // CONSUMO 7,0 (7,9*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 184 G/KM // IUC 53,00€ *As nossas medições
MOTOR CONSUMOS
OPCIONAIS PREÇO
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TÉCNICA
BOSCH
DIESEL AINDA TEM FUTURO Os engenheiros da Bosch criaram uma nova tecnologia diesel que permite cumprir os limites da legislação europeia de emissões de NOx, a maior dificuldade daqueles propulsores... Os valores ficam bastante abaixo dos mínimos legais TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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Boschdesenvolveuuma nova tecnologia diesel que permite resolver os problemas das emissões de óxidos de azoto (NOx) e cumprir os limites programados para entrarem em vigor em 2020. Segundo afirmou o CEO da Bosch, Volkmar Denner, a diminuição das emissões foi alcançada com o refinamento das tecnologias já existentes, não havendo necessidade da instalação de componentes adicionais, que só aumentaria os custos. “Os veículos diesel equipados com a tecnologia da Bosch serão classificados como veículos de baixas emissões e o custo continuará competitivo”, afirmou o
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responsável máximo da multinacional alemã, que apelou a uma maior transparência em relação às emissões de dióxido de carbono causadas pelo tráfego rodoviário. E pediu que, no futuro, as emissões sejam medidas em condições reais na estrada. “O diesel vai continuar a ser uma opção no tráfego urbano, seja para veículos de passageiros ou comerciais”, adiantou Volkmar Denner. A solução desenvolvida pelos engenheiros da Bosch para limitar as emissões de NOx combina uma tecnologia avançada de injeção de combustível, um sistema de gestão do ar recentemente desenvolvido e uma gestão inteligente da temperatura. A Bosch reivindica que a sua tecnologia consegue cumprir os limites atuais e futuros da legislação europeia
relativos a esta matéria. De referir que, desde 2017, os novos modelos de passageiros testados segundo o ciclo RDE (Emissões Reais de Condução), que inclui uma combinação de ciclos urbanos, extraurbanos e autoestradas, não podem emitir mais de 168 miligramas de NOx por quilómetro, e a partir de 2020 este valor será reduzido para 120 miligramas. A Bosch garante que os veículos equipados com a sua tecnologia diesel podem atingir os 13 miligramas de NOx nos ciclos RDE standard, em conformidade com a legislação, o que representa cerca de um décimo do limite obrigatório em 2020. Em condições de tráfego urbana, que são mais exigentes e onde os parâmetros de teste estão acima dos requisitos legais, as emissões médias dos veículos de ensaio da Bosch são de
CUMPRIR LEGISLAÇÃO Bosch desenvolveu solução que permite aos motores diesel respeitar as emissões de NOx
disponível para os consumidores e pode ser incorporado em projetos em produção. Por outro lado, como esta tecnologia não exige nenhum componente adicional de hardware, o motor diesel não sofre um agravamento no custo de produção e, por isso, a redução das emissões não vai tornar os veículos equipados com estas motorizações menos acessíveis. “O objetivo dos nossos engenheiros é claro: reduzir as emissões de NOx e, ao mesmo tempo, manter a vantagem comparativa do diesel em termos de emissões de CO2”, esclarece a Bosch, adiantando que o “diesel vai permanecer, assim, como uma opção amiga do ambiente”.
apenas 40 miligramas por quilómetro. Como consequência, as emissões de NOx podem permanecer abaixo do nível legal permitido em todas as situações de tráfego, independentemente de o veículo ser conduzido de forma dinâmica ou lenta, em condições de baixas ou altas temperaturas, na autoestrada ou em tráfego congestionado na cidade. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO A solução tecnológica desenvolvida pela Bosch levou em conta dois fatores que, até agora, impediram a redução das emissões de NOx nos veículos a gasóleo: o estilo de condução e a baixa temperatura. Para ultrapassar essa limitação, os engenheiros da marca alemã conceberam um sistema de gestão de fluxo de ar de resposta rápida para o motor que oferece uma maior flexibilidade. Um estilo de condução mais dinâmico exige uma recirculação igualmente dinâmica no que se refere aos gases de escape e isso pode ser alcançado com a utilização de um turbocompressor RDE otimizado, que reage mais rapidamente que os turbocompresso-
res convencionais. Graças a uma combinação de recirculação dos gases de escape de alta e baixa pressão, o sistema de gestão de fluxo do ar torna-se mais flexível. Segundo a Bosch, isto permite aos condutores iniciarem a marcha em velocidades mais elevadas sem um aumento nas emissões. No que se refere à temperatura, e para garantir a conversão ideal de NOx, os gases de escape devem estar a mais de 200 graus Celsius. Todavia, em condução urbana dificilmente se atinge uma temperatura tão elevada. Por isso, a Bosch optou por um sistema de gestão térmica sofisticado para o motor diesel, que regula ativamente a temperatura dos gases de escape, garantindo assim que o sistema de escape permaneça quente o suficiente para funcionar dentro de uma faixa de temperatura estável, fazendo com que as emissões permaneçam num nível baixo. A Bosch salienta que o seu novo sistema diesel é baseado em componentes que já existem no mercado, não exigindo, por exemplo, um sistema elétrico adicional de 48V, encontrando-se já
DIESEL ESTÁ LONGE DO FIM Mesmo com este avanço tecnológico, a Bosch não acredita que o motor diesel tenha atingido o seu potencial máximo de desenvolvimento. A multinacional adianta que irá recorrer à inteligência artificial para potenciar as mais recentes inovações. O objetivo último consiste na criação de um motor de combustão que, à exceção do CO2, não tenha impacto na atmosfera. “Acreditamos que o motor a gasóleo vai continuar a desempenhar um papel importante nas opções de mobilidade no futuro. Até a eletromobilidade chegar ao mercado de massas, continuaremos a precisar destes motores de combustão altamente eficientes”, afirma Volkmar Denner. A sua ambição para os engenheiros da Bosch é desenvolver uma nova geração de motores diesel e gasolina que não produzam emissões significativas de NOx. Mesmo no Neckartor, em Estugarda, onde há uma notória mancha negra de poluição, o CEO da Bosch pretende que os futuros motores de combustão não sejam responsáveis por mais de um micrograma de NOx por metro cúbico do ar – equivalente a um quadragésimo, ou 2,5 por cento, do limite atual de 40 microgramas por metro cúbico. /
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FORMAÇÃO
INOVAÇÃO: ALTERAÇÕES METODOLÓGICAS NA FORMA DE MINISTRAR FORMAÇÃO Integrar os avanços tecnológicos com as alterações sociais para elaborar ações formativas mais atrativas e significativas
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mercado laboral evolui constantemente e, com ele, as aptidões, competências e qualificações necessárias para desenvolver a atividade profissional, pelo que, a necessidade de formação é uma constante ao longo da vida. O ser humano precisa de atualizar, renovar ou obter novos conhecimentos para poder ser e estar ativo profissionalmente. Além disso, como se prevê que os trabalhadores venham a permanecer ativos laboralmente com cada vez mais idade, torna-se mais necessária a exigência de adaptar as competências profissionais às exigências da sociedade do conhecimento que é impulsionada pelo avanço científico e pelos interesses económicos e culturais globais existentes na sociedade atual.
INOVAÇÃO A forma como era tradicionalmente entendida a educação sofreu uma alteração substancial nos últimos anos devido a um excesso de estimulação exercida através da Internet, que está a condicionar o modo como as novas gerações de seres humanos aprendem. As aulas devem dar lugar a metodologias, técnicas e recursos inovadores. A informação flui através de todos os âmbitos sociais das pessoas. A Internet e os dispositivos móveis tornaram-se fontes imediatas de conhecimentos que se vão integrando na memória e sensibilidade dos alunos. Neste contexto torna-se necessário introduzir novas metodologias e estratégias de aprendizagem que nos ajudem a melhorar a qualidade do processo formativo. A aplicação das TIC no âmbito formativo e educativo implica novas competências tanto para os formadores como para os alunos.
PIRÂMIDE DE APRENDIZAGEM Mas, para além de se ter em conta as novas tecnologias como suporte metodológico para formar as pessoas, deveremos ter em conta como aprendemos, antes de começar a programar ações formativas. A autêntica aprendizagem é a aprendizagem significativa, onde os conhecimentos se relacionam com os anteriores e a relação entre o que já sabemos e o que aprendemos se torna na base a partir da qual a aprendizagem constrói o novo nível de conhecimento. Segundo explica William Glasser, psiquiatra americano (1925-2013), conhecido por ter desenvolvido uma teoria de causa e efeito para explicar o comportamento humano, não se deve optar pela memorização, visto que o aluno acaba por esquecer os conceitos após o exame. Ao invés, o psiquiatra aposta na realização por parte dos alunos de trabalhos úteis com os quais aprendam fazendo. Glasser propõe um esquema que nos ajuda a compreender como os alunos aprendem. Na pirâmide de aprendizagem, Glasser expõe em termos breves e facilmente verificáveis através da experiência quais são as vias mais eficazes para que um estudante assimile os conhecimentos que recebe seja na escola, em casa ou diante de um computador, tablet ou telemóvel. Os estímulos visuais, auditivos e emocionais complementam-se para potenciar a aprendizagem. Isolados são úteis, mas combinados garantem o sucesso. 95% do que ensinamos a outros: Quando aprendemos algo e depois tratamos de o transmitir a outras pessoas, o nosso cérebro classifica, ordena dados, elabora conceitos, estrutura definições que posteriormente deverão ser resumidas e explicadas da melhor forma possível. Todo este processo é fundamental para que esse conhecimento adquirido jamais nos abandone. 80% do que fazemos: Tudo o que fazem os alunos são ações que ficarão guardadas para sempre como conhecimento e, à medida que repetirem essas ações, as mesmas irão tornar-se numa parte da sua personalidade. 70% do que discutimos com outros: A conversação, o intercâmbio de ideias, a reflexão sobre o que se viveu, ouviu ou leu... tudo isto é uma das melhores ferramentas para assimilar o conhecimento. 50% do que vemos e ouvimos: Vivemos na era das imagens que se vão incorporando no nosso cérebro, mas são de natureza efémera, pelo que podem ser facilmente esquecidas. 30% do que vemos: Apoiar a aprendizagem apenas em imagens será insuficiente. Sem um
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FORMAÇÃO
COMO APRENDEMOS?
reforço adequado, os estímulos visuais permanecem pouco tempo na lembrança.
Aprendemos 10% do que lemos ...20% do que ouvimos ...30% do que vemos ...50% do que vemos e ouvimos ...70% do que discutimos com os outros ...80% do que fazemos
20% do que ouvimos: Tal como acontece com aquilo que vemos, caso não seja acompanhado de emoção e experiência, o seu efeito, como ferramenta pedagógica, perde-se. 10% do que lemos: A leitura é o ponto de partida. Mas não se deve isolar das outras formas de estímulo para aprender, visto que se corre o risco de que os respetivos conteúdos sejam esquecidos. Como vemos, esta pirâmide procura congregar a capacidade humana para que se recebam informações a partir de diversas fontes, uti-
...95% do que ensinamos a outros
IMIGRANTES DIGITAIS VS NATIVOS DIGITAIS Imigrantes digitais
Nativos digitais
Eles são lápis e papel (rascunhos)
Dificuldade em aprender novas tecnologias
Consultam várias fontes de informação
Não necessitam de instruções
Gosta de trabalhar com abstrações
Preferem a abordagem linear
Trabalham com tarefas abstratas
Selecionam ao acaso fontes de informação
Concentram-se numa tarefa
Não compartilham as informações
Gostam das redes sociais
Recebem informação de diversas fontes
Não gostam da informação linear
Sua aprendizagem é instantânea
Gostam de aprender com a ordem
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lizando ao máximo todos os sentidos. A isso junta-se a intenção de Glasser de fortalecer os aspetos vivenciais e emocionais que permitem relacionar cada estímulo recebido com a nossa própria vida, com a nossa experiência. Desta forma, consegue-se uma enorme potencialidade para aprender e que essa aprendizagem nos sirva de forma permanente e não circunstancial. A formação permanente ou formação ao longo da vida deve ser entendida como um processo, no qual uma série de ações dão como resultado a formação e no qual ocorre uma transmissão de conhecimentos teóricos, práticos e relacionados com a atitude. As empresas e profissionais que se dedicam ao desenvolvimento de formação encontram-se perante o desafio de formar adultos com uma série de motivações e interesses, capacidades ou experiências prévias que há que ter em conta no momento de programar ações formativas para que a aprendizagem seja significativa. A isto junta-se a convivência entre pessoas que nasceram antes de 1995, os denominados imigrantes digitais, com as novas gerações que nasceram posteriormente a esta data, os denominados nativos digitais, sendo que cada grupo acede à informação e ao conhecimento de uma forma diferente. A programação, elaboração e lecionamento de ações formativas em formato e-learning deve ter em conta todos estes fatores, para que todas as pessoas participantes se encontrem confortáveis com uma metodologia e tecnologia que as estimule e as incentive a continuar o processo de aprendizagem num contexto multicanal. Este tipo de formato requer o lecionamento por parte de um ou vários docentes. O nível e tipo de lecionamento serão definidos de acordo com os objetivos da ação formativa. A formação e-learning está em contínua evolução. Neste momento podemos identificar novos processos de ensino através das diferentes modalidades que as TIC proporcionam: Mobile learning ou aprendizagem móvel é o processo de ensino que se realiza através de dispositivos móveis (telefones inteligentes ou tablets) ligados a uma rede sem fios, permitindo assim uma interação mais imediata entre professor e aluno. Segundo o Informe Mobile (Ditrendia)2, a Espanha é o país que lidera o ranking mundial de penetração na utilização de telemóveis, com 88% de utilizadores únicos. Microlearning ou microaprendizagem Refere-se às metodologias de ensino e aprendizagem nas quais se distribuem os conteúdos em pequenos pacotes que se denominam pílulas formativas. Tem como características:
RECONSTRUÇÃO ACIDENTES
BIOMECÃNICA DA "CHICOTADA" CERVICAL
VEÍCULOS ELÉTRICOS HÍBRIDOS
• A brevidade. A duração ideal deste tipo de conteúdos é de 15 minutos. • Aprendizagem informal. Centra a atenção no trabalho colaborativo e na aprendizagem baseada no intercâmbio de ideias. • Responsividade. Conteúdo adaptado para ser visto corretamente em diferentes dispositivos móveis. • Interatividade. Os conteúdos interativos ajudam à resolução de problemas de uma forma amena e eficaz. Trata-se de aumentar o interesse do aluno pela aprendizagem através de jogos, testes, etc. • Capacidade de reutilização. Trata-se de conteúdos flexíveis orientados para a aprendizagem dentro de múltiplas plataformas. A microaprendizagem está ligada ao mobile learning, onde o vídeo é a peça angular da aprendizagem.
Video learning que deriva do anterior. O vídeo é o formato com mais visionamento na Internet. Em 2017, segundo o Índice da Economia e das Sociedades Digitais (DESI), 76% dos espanhóis estão em linha, sendo as principais utilizações a execução ou descarga de música, vídeos ou jogos (83%). CONCLUSÃO O Centro Zaragoza está consciente do avanço vertiginoso das TIC e das necessidades que o mercado de trabalho exige nas áreas de atividade em que labora: setor de peritagens e reparador. Assim, adapta-se às exigências de formação resultantes das alterações nos contextos digitais sem esquecer premissas básicas e objetivas como são o perfil do aluno, as suas capacidades e as competências que vai desenvolver no seu contexto laboral. /
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REPARAÇÃO
AJUDAS À CONDUÇÃO
INFLUÊNCIA DOS EQUIPAMENTOS "ADAS" NA REPARAÇÃO DE VEÍCULOS A implementação da tecnologia nos veículos é paralela à generalização dos sistemas avançados de ajuda à condução (ADAS, Advanced Driver Assistance Systems). A condução tornou-se uma experiência totalmente diferente, mais segura e confortável, na qual o automóvel assume o comando nos casos em que o controlo é comprometido por diferentes circunstâncias TEXTO FEDERICO CARRERA SALVADOR
O
s sistemas ADAS são compostos por diferentes sensores eletrónicos instalados no veículo, de tal forma que todo o seu perímetro é controlado para evitar sinistros contra objetos, outros veículos, peões, ciclistas, animais, etc.; também detetam sinais de trânsito, cumprindo funções que, em última análise, conduzem ao veículo autónomo. Destacam-se os seguintes: • Sensores de estacionamento e medição de distância. • Sistema de proteção de peões. • Radares dianteiros ou traseiros. • Câmaras. Estão ligados entre si e interagem constantemente, de tal forma que qualquer dano provocado por uma avaria ou reparação pode ter influência nos restantes se as operações não forem realizadas de forma adequada. Esta realidade afeta diretamente as oficinas reparadoras, que têm de adaptar-se às mudanças e adquirir a tecnologia e formação necessárias para levar a cabo estas reparações. Por exem-
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plo, em intervenções em vidros para-brisas, na substituição completa dos para-choques e na pintura dos mesmos ou na reparação de peças de chapa ou de plástico. SENSORES DE ESTACIONAMENTO Os sensores de estacionamento estão instalados nos para-choques, numa série de orifícios equidistantes uns dos outros - no traseiro são instalados quatro e no dianteiro normalmente dois. Ao substituir o para-choques por um novo, a peça de substituição é fornecida sem orifícios para os sensores de estacionamento, o que implica a realização desta operação na oficina; para o efeito é necessário utilizar ferramentas especiais com diferentes diâmetros para realizar os orifícios correspondentes a cada tipo de sensor. Os pequenos danos, como riscos, deformações, fissuras, etc., devem ser tratados com especial precaução, uma vez que a reparação do para-choques pode afetar o funcionamento dos sensores. Para a operação de pintura dos para-choques, os manuais dos fabricantes do veículo indicam que o sensor não deve ser pintado; nesta operação, os sensores devem ser desmontados
para que não recebam camadas adicionais de tinta. Ao substituir um dos sensores por danos ou mau funcionamento é necessário pintá-lo aplicando o mesmo processo utilizado no para-choques. Os testes realizados na CESVIMAP indicam que não inexiste qualquer tipo de anomalia no funcionamento resultante da reparação dos para-choques nem devido a excesso de camadas de tinta nos sensores e não são necessários ajustes prévios. Uma vez montados todos os elementos do sistema, não é necessário realizar operações de colocação em funcionamento, visto que são reconhecidos diretamente pelo calculador do sistema de estacionamento. SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PEÕES A Diretiva 2003/102/CE estabelece os requisitos básicos de homologação comunitária dos veículos motorizados, respeitando a prote-
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AJUDAS À CONDUÇÃO
ção dos peões e, desde 1 de setembro de 2015, proíbe a matriculação, a venda e a circulação de veículos novos nos Estados Membros que não possuam um certificado de conformidade, tornando-se obrigatória a sua instalação em todos os automóveis comercializados desde janeiro de 2016. Estes sistemas são elementos de segurança passiva; são compostos por um sensor montado sobre o absorvedor do para-choques e por um sistema ativo para proteger o peão, ou minimizar lesões, montado sobre o capô do veículo, ativando as suas articulações por meios mecânicos ou pirotécnicos perante um atropelamento. Desta forma, o capô é elevado ligeiramente e, em alguns casos, é acionado um airbag entre o capô e o para-brisas. Perante um sinistro em que o sistema seja afetado, ou se devido a qualquer circunstância, estes sistemas forem ativados, há que referir que não têm reparação e devem ser substituídos, uma vez que o tubo, ou a fita de pressão, e os dois sensores das extremidades são fornecidos pré-montados. Os sistemas mecânicos de ativação do capô, em determinados casos, podem ser rearmados sem problemas. No que respeita aos pirotécnicos, é necessário trocar todos os elementos afetados indicados pelo fabricante do veículo. Os pequenos danos, como deformações, fissuras, riscos, etc., que implicam a reparação e a pintura do para-choques, não afetam diretamente o funcionamento do sistema. RADARES DIANTEIROS E TRASEIROS O radar é um sistema utilizado para detetar a distância existente entre o veículo que emite o sinal e um objeto. Através da análise do sinal refletido no objeto consegue calcular a distân-
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APÓS A CORRETA REPARAÇÃO DOS PARA-CHOQUES NÃO SURGEM ANOMALIAS NO FUNCIONAMENTO DOS SENSORES DE ESTACIONAMENTO
CALIBRAÇÃO COM CÂMARA A substituição do vidro com câmara é uma operação cada vez mais habitual; a calibração dinâmica de câmaras é realizada com máquina de diagnóstico, através de ajuste prévio
cia, permitindo a deteção de obstáculos e a tomada de decisões a altas velocidades em sistemas de condução assistida. São instalados na parte dianteira e traseira do veículo, fixados à carroçaria, ocultados atrás dos para-choques ou no próprio para-choques. Em sinistros de menor dimensão, os danos sofridos pelo radar implicam a substituição completa, devido à ocorrência de danos nos sistemas de fixação. Como são muito frágeis não são fornecidas peças de substituição. Na maioria dos casos de substituição dos para-choques não é necessário desmontar os radares e, por conseguinte, não é necessária qualquer ação complementar. Alguns fabricantes de veículos dispõem nos seus manuais de trabalho de processos específicos para a pintura dos para-choques. Recomendam a eliminação da totalidade da pintura antiga na zona que delimita o radar e a aplicação de uma única camada, sem tinta de base e sem exceder os 150 mícrones de espessura. A reparação de pequenas fissuras ou perfurações não é permitida por alguns fabricantes nos para-choques, pelo que recomendam a substituição completa; outros delimitam a reparação a uma periferia de 25 cm do radar. A reparação de danos na parte traseira ou dianteira, sobre elementos da carroçaria, requer, normalmente, a desmontagem do radar. Ao montar novamente o radar dianteiro será necessário realizar uma calibração; o traseiro, somente quando indicado pelo fabricante. O radar Lidar instalado no para-brisas não necessita de calibração. CÂMARAS Estas câmaras podem ser montadas em diferentes partes do veículo. Por um lado, existem
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as que permitem ver todo o ambiente perimetral, instaladas nos espelhos retrovisores, e as de assistência nas operações de marcha atrás e estacionamento, montadas na porta da bagageira ou capô traseiro (a manipulação desta câmara não requer qualquer ajuste). Por outro lado, existem as câmaras de alta resolução, que simplificam a entrada de dados em algoritmos sobre os quais se baseiam os sistemas de visão para detetar peões, veículos, sinais e outros obstáculos. Estas englobam-se no sistema AEB (Travagem de emergência autónoma). Estes sistemas de segurança são compostos pela câmara e por um calculador, que interpreta os dados, e são instalados no vidro do para-brisas. Visto serem precisas, estas câmaras estão calibradas eletronicamente para que não existam erros de funcionamento. Após qualquer manipulação que requeira a sua desmontagem e montagem é necessário efetuar uma calibração, que pode ser dinâmica ou estática. A substituição do vidro com câmara é uma operação cada vez mais habitual; é necessário desmontar a câmara do seu alojamento, pelo que esta perde o ângulo de captura e posteriormente requer ajuste e calibração. • A calibração dinâmica de câmaras é realizada com a máquina de diagnóstico, através de um ajuste prévio e, seguidamente, uma autocalibração em estrada, que dependerá das condições desta e da meteorologia, visto que em caso de chuva, neve ou nevoeiro, a calibração não será concluída ou será impossível. • As câmaras e radares com calibração estática requerem um equipamento específico. A Hella Gutmann e a Texa Ibérica são fabricantes de ferramentas de calibração de sistemas de assistência à condução, que permitem a calibração das câmaras e dos radares instalados nos veículos. • As novas tecnologias forçam constantemente as oficinas de reparação a estarem atualizadas com novos equipamentos, e com funcionários informados e formados para superarem os desafios que estes avanços impõem diariamente. Nota: Nos testes desenvolvidos pela CESVIMAP para a avaliação dinâmica de equipamentos ADAS concluímos que a pintura dos sensores e para-choques não afeta o funcionamento do sistema.
NOVO CURSO SOBRE SUBSTITUIÇÃO E CALIBRAÇÃO DE VIDROS COM SISTEMAS ADAS (DESMONTAGEM) A CESVIMAP formou profissionais do pós-venda de veículos na substituição e calibração de vidros que integram sistemas ADAS através de um curso inovador que teve muita procura. Num único dia foi lecionado o conteúdo teó-
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PARA SUBSTITUIR UM VIDRO COM CÂMARA É NECESSÁRIO DESMONTAR A CÂMARA DO SEU ALOJAMENTO; REQUER AJUSTE E CALIBRAÇÃO rico necessário sobre estes sistemas – funcionamento, tipos de sensores, aplicações, etc. – para posteriormente enfrentar a tarefa de substituição e calibração de todos os elementos, câmaras e radares. São os próprios alunos que realizam esta tarefa, à qual são destinados cerca de 80% do total do curso. A CESVIMAP complementa este curso com uma demostração de funcionamento do sistema de travagem de emergência autónoma. Brevemente serão desenvolvidas novas edições. /
PARA SABER MAIS Área de Carroçaria carroceria@cesvimap.com Reparação de carroçarias de automóveis. CESVIMAP, 2009. @revistacesvimap www.revistacesvimap.com Hella Gutmann http://spain.hella-gutmann.com/ Texa Ibérica https://www.texaiberica.com/