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N.º 1 | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013 | WWW.OFICINA.TURBO.PT | 2,2€

geolocalização tenha o seu negócio sempre sob controlo PÁG. 46

continental nova estratégia para OS PNEUS NAS frotas de pesados PÁG. 71

SEGUIR EM FRENTE! o setor olha com otimismo para o futuro. falámos com várias empresas que garantem que não vale a pena ficar preso à crise. é no sentido de dar a volta por cima, que tem lugar o 13º congresso da antram

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Auto Sueco FORTE APOSTA NO PÓS-VENDA E NAS PEÇAS

man MOBILIDADE ELÉTRICA AINDA NÃO É VIÁVEL

ANTRAM Presidente Fernando Torres em entrevista

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sumário PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt DIRETOR ADJUNTO ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt EDITOR-CHEFE CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt REDAÇÃO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt CONSULTOR EDITORIAL JOÃO ALMEIDA COLABORADORES FERNANDO CARVALHO GUILLERMO DE LLERA PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 5000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

N.º 1 | novembro/dezembro 2013

Editorial.............................................................................................. P.4 Grande Entrevista Fernando Torres. Presidente da ANTRAM.......................................P.6

Notícias............................................................................................... P.10 Empresa Diesel Tecnhic ......................................................................................... P.18 TRW .............................................................................................................. P.22 Valvoline .................................................................................................... P.24 Reta .............................................................................................................. P.26 Fiamm .......................................................................................................... P.29 Liqui Moly .................................................................................................. P.30 Tips4Y ........................................................................................................... P.32 NORS .............................................................................................................. P.34 MAN .............................................................................................................. P.52

Frotas Grupo Paulo Duarte................................................................................ P.35

Pós-venda Auto Sueco ................................................................................................. P.38 Scania ........................................................................................................... P.42

Empresa em destaque RF Auto ......................................................................................................... P.44

Especial Geolocalização ......................................................................................... P.46

Novidades Novos camiões, autocarros e VCL ................................................. P.56

Técnica ABS nos pesados .................................................................................... P.64 Resgate e reboque de pesados ...................................................... P.66

Pneus Continental ............................................................................................... P.71 Tiresur ......................................................................................................... P.74

Internacional .......................................................................... P.78 Lesgislação ................................................................................. P.80 NOVEMBRO/dezembro 2013

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editorial

Parceiros de negócio

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título que vê na nossa capa – “Seguir em frente” – não foi escolhido por acaso. É verdade que o negócio não está como todos desejariam e muitos operadores e empresas têm fechado nos últimos anos. A crise não deixa margem para grandes crescimentos das empresas, mesmo quando estão hoje mais preparadas, mais profissionais e com estratégias bem definidas. Apesar dessa crua realidade, acreditamos que o mercado de pós-venda e aftermarket de pesados em Portugal tem muito para crescer e que se trabalha muito melhor hoje do que se trabalhava há uma década. É assente nessa certeza e seguindo uma linha de otimismo que nasce a TURBO OFICINA PESADOS, um meio de divulgação e de ligação entre os vários parceiros do setor. A prova dessa postura é que planeámos o lançamento do número 1 da revista (esta que tem na mão) durante o 13º Congresso da ANTRAM, a principal associação do setor que, para nossa satisfação, nos aceitou como media partners do encontro. É também um sinal que há espaço para uma revista independente que se dedique em exclusivo ao pós-venda e aftermarket de pesados. Temos também a responsabilidade de traçar esse caminho por desbravar em Portugal.

Vamos dar voz a todos os players do mercado, dos mais pequenos aos maiores com o objetivo de ser a fonte de informação independente mais forte do mercado de pesados em Portugal. Contamos consigo!

Para dar início às grandes entrevistas que queremos fazer aos protagonistas do setor foi importante ter connosco o presidente da direção da ANTRAM, Fernando Torres, que nos antecipou os temas e as preocupações do setor. É em benefício do mercado que queremos trabalhar e o percurso feito há mais de um ano e meio na TURBO OFICINA (para o aftermarket de ligeiros) prova a forma como estamos no mercado. Vamos dar voz a todos os players do mercado, dos mais pequenos aos maiores, às estratégias, novidades do mercado mas também aos novos camiões, autocarros e ligeiros comerciais, às tecnologias e com um enfoque especial nos custos de operação, frotas e pneus. Queremos estar perto das oficinas de pesados e é também para elas que teremos artigos técnicos com vários parceiros na área da formação. Mas queremos também manter o contacto permanente consigo, que nos lê. Por isso, não hesite em usar o meu e-mail (claudiodelicado@turbo.pt) para qualquer sugestão, crítica ou divulgação de informação do setor. Não deixe de passar também por www.oficina.turbo.pt, onde temos uma secção dedicada aos pesados. Faça esta viagem connosco!

Cláudio Delicado Editor-CHEFE claudiodelicado@turbo.pt

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grande entrevista

Fernando Torres. “As oportunidades existem sempre” Por ocasião do 13º Congresso da ANTRAM, o presidente Fernando Torres concedeu uma entrevista à TURBO OFICINA PESADOS, onde aborda o tema dos transportadores e dos desafios que enfrentam, sem esquecer o pós-venda. TEXTO Paulo Homem

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s anos que leva de serviço em prol dos seus associados, garantem à ANTRAM uma posição privilegiada entre os transportadores nacionais. O setor volta a reunir-se no âmbito do 13º Congresso da ANTRAM, sendo um momento importante de discussão e debate sobre o setor e especialmente sobre o seu futuro. Para além de uma análise fria e muito realista do setor dos transportes, Fernando Torres, Presidente da Direção da ANTRAM, fala nesta entrevista dos desafios e das oportunidades que existem para este setor, mas também de alguns temas como a redução de custos e o pós-venda de pesados, que serão temas fortes para a TURBO OFICNA PESADOS. Como tem evoluído a representatividade da ANTRAM, nomeadamente nos últimos anos com a crise (o número de associados tem diminuído ou aumentando)? A generalidade das associações empresariais tem conhecido uma evolução do número de associados, correspondente à evolução económica: aumento em períodos de expansão; diminuição em períodos de recessão. O que julgamos importante destacar é que a ANTRAM foi, é e, estamos empenhados nisso, continuará a ser a Associação verdadeiramente representativa da globalidade do setor dos Transportes Rodoviários de Mercadorias. Quais são atualmente as principais “batalhas” da ANTRAM?

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É difícil elencá-las, pois são muitas e variadas. As principais serão as relativas às ajudas de custo (simplificação da apresentação do itinerário de viagem), inclusão, no Observatório dos Transportes, de um indicador sobre o crescimento dos custos dos fatores de produção, alterações à legislação de acesso, exercício e condições de exploração da atividade, eliminação da obrigação de pagamento de caução e imobilização do veículo em alegadas infrações, gasóleo verde em motores de refrigeração autónomos instalados em veículos pesados de transporte de bens perecíveis, a indexação do preço do transporte ao preço do combustível e a majoração dos custos de combustível. Uma nota também, em matéria de qualificação de recursos humanos para o setor: apresentámos uma proposta visando qualificar desempregados para o setor, nomeadamente motoristas. Pensamos tratar-se de uma iniciativa muito útil, para o setor e para o país. Fala-se que muitos pequenos transportadores desapareceram do mercado. Qual tem sido a evolução do mercado dos transportadores? Existe uma maior clivagem entre os pequenos e os grandes? Se analisarmos os dados estatísticos disponíveis no site do IMT, vemos que, em 2010, das cerca de 8.800 empresas que constituíam o setor, cerca de 86% tinham menos de 10 veículos e que só menos de 1% eram empresas com mais de 100 veículos! Uma década antes, em 2000, as empresas com menos de 10 veículos representavam, sensivelmente, a mesma percentagem. Não temos dados dos últimos anos, período em que a atual crise mais se fez sentir. É por isso, natural que muitas pequenas empresas, com menos capacidade de resistir aos novos desafios, possam ter fechado portas. Mas o problema não deixou também de afetar as maiores. “Quanto maior a nau, maior a tormenta...”. Julgo que não faz sentido falar em clivagem mas antes em competição. Aliás, quer em relação a grandes e pequenos, quer entre grandes e entre pequenos. O desafio, para cada empresa de TRM, foi, é e será ser, cada

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vez mais, competitiva. Cada um no contexto do negócio em que se insere e podendo e devendo cooperar com outros operadores, de igual ou diferente dimensão. A legislação que incide sobre o setor continua a causar muitas barreiras à vossa atividade como transportadores? Não me parece que nos devamos “desculpar” com a legislação. Mas é inegável que existem problemas com medidas injustas, desproporcionadas e fora de contexto: a já referida obrigação de pagamento de caução e imobilização do veículo em alegadas infrações e o regime das contraordenações laborais que não leva em conta as especificidades do trabalho móvel e penaliza desproporcionadamente as grandes empresas são disso dois exemplos. Qual o tipo de serviços na área dos transportes que têm resistido á crise? E quais os mais afetados? Não se pode dizer que haja um serviço, especificamente, que tenha resistido melhor do que os outros à crise. Naturalmente que o transporte internacional, apesar das dificuldades com os retornos, tem acompanhado o ligeiro crescimento das exportações... Estou-me também a lembrar dos transportes de indivisíveis, muito ligados à construção e obras públicas, e dos transportes de automóveis que, naturalmente, têm-se ressentido das significativas quebras das atividades que servem... Reduzir custos é um tema que está na ordem do dia? Onde se pode reduzir custos? Está sempre na ordem do dia e, naturalmente, agora, ainda mais. Quando é cada vez mais difícil fazer repercutir no cliente o agravamento dos custos temos que concentrar muitas energias na sua redução. Já não haverá uma margem muito elevada de progressão mas, em termos gerais, a redução dos custos passa

“como empresário, procuro sempre a melhor relação qualidade-preço, uma equação que pode não ser evidente mas que é a melhor política pois o barato pode sair caro” novembro/dezembro 2013

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A realidade da ANTRAM A ANTRAM – Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias é, pelo seu histórico e pela sua representatividade, a maior associação deste setor. O seu âmbito de ação é muito lato, pois vai muito para além da “normal” defesa do associado. A sua representatividade interna e externa é grande, e os serviços que disponibiliza ao seus associados são uma mais-valia, pois incluem formação, informação, consultoria, assistência jurídica, documental e ambiental. Os diversos protocolos e parcerias comerciais, o serviço de comunicação e a escola de negócios, entre muitas outras facilidades concedidas aos associados, permitem que a ANTRAM esteja muito próxima dos seus associados, até pelo facto de ter uma forte presença regional, através das suas quatro delegações. Mais informações em www.antram.pt.

pela melhoria global da gestão, sobretudo da gestão da informação, nomeadamente através da otimização da integração dos sistemas de informação que melhor nos habilitam a tomar as mais adequadas decisões. Mas eu gostaria aqui de, para além disso, valorizar também a importância da gestão dos recursos humanos, a qual é imprescindível para que as organizações sejam constituídas por pessoas com capacidade de discernir e decidir. Ainda existem oportunidades a explorar na área dos transportadores? As oportunidades existem sempre. Não será possível indicar quais pois isso é, essencialmente, uma questão de oportunidade de negócio, dependente do contexto em que cada empresa se insere. Mas as oportunidades serão sempre fruto das capacidades das lideranças e das suas organizações. Quais são os cinco principais (e por ordem) centros de custos que uma frota tem? Em primeiro lugar, temos o gasóleo, que

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representará um terço. Depois, quase ao mesmo nível, as amortizações dos elevados investimentos que temos que realizar, nomeadamente nas frotas, e os salários. Seguem-se a manutenção e, finalmente, as despesas administrativas ou os seguros. Os custos de manutenção (mecânica) de uma frota são sempre elevados. Como é que os transportadores, na generalidade, têm abordado a questão da manutenção / reparação dos veículos de frota? Estes custos são importantes mas a verdade é que não são os mais problemáticos. As soluções são variadas, dependendo da realidade do operador, desde a auto-manutenção , ao serviço externo, nomeadamente o prestado pela marca vendedora, sem esquecer as soluções de leasing que incluem essa vertente. A tendência tem sido os transportadores recorrerem a manutenção própria (com oficinas próprias) ou à manutenção externa (marcas e oficinas independentes)?

Depende da dimensão da empresa. As empresas tendem a externalizar a manutenção mantendo apenas os serviços básicos. Que conselhos daria aos seus associados, relativamente ao tema da manutenção da frota, atendendo a que muitos têm recorrido a peças de baixa qualidade e pneus chineses com pouca qualidade? Longe de mim querer dar conselhos! Como empresário, eu procuro sempre a melhor relação qualidade-preço, uma equação que pode não ser sempre evidente mas que é a melhor política pois o mais barato pode sair caro... Que votos de esperança e de motivação deixaria aos associados da ANTRAM e demais transportadores, para o futuro? Votos de sucessos empresariais, os quais são consequência da boa gestão. Que sejam otimistas mas realistas. E que trabalhem muito e bem, em prol do sucesso das suas empresas, dos seus colaboradores e do país.

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notícias Alltrucks. Nova rede da Bosch, Knorr-Bremse e ZF

MasterGás. Sistema Dual-Fuel para motores a gasóleo A MasterGás vai apresentar na Exposalão na Batalha, no decorrer da Expotransporte (7 e 10 de novembro) os sistemas de GPL para motores a gasóleo da reconhecida marca Eurogas e AG.

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stes sistemas são adaptados para motores a gasóleo e permitem uma redução no consumo que pode variar ente os 10% e os 15%. Esta tecnologia ao contrário da sua congénere de gasolina que é substituída pelo GPL e com isso consegue reduções no consumo de 50%, acrescenta GPL ao gasóleo e com isso apenas consegue reduzir cerca de 10% ao consumo da viatura. Estes dados são bastante fiáveis, no entanto o tipo de percurso e condução podem ainda permitir maiores poupanças, podendo mesmo chegar aos 15% e em casos esporádicos até aos 20% de redução nos custos com combustível. Os sistemas de GPL para motores a gasóleo, ao inverso dos sistemas para motores a gasolina, proporcionam um aumento bastante considerativo de potência, rondando sempre um aumento entre os 10% e os 20%. O depósito de GPL costuma levar 80 litros e é colocado em local a designar, variando de local devido às características da viatura, mas normalmente existe sempre um espaço mais do que suficiente para este componente. É costume fazer cerca de 500 km com um depósito de GPL. “Estes sistemas são completamente eficientes e seguros, no entanto deverão apenas ser instalados por pessoal qualificado credenciado, como são os nossos técnicos”, refere Pedro Paiva, responsável da MasterGás. As revisões aos camiões continuarão a ser efetuadas da mesma forma, no entanto a cada 50.000 km aconselha a empresa uma verificação técnica do sistema de GPL (substituição do filtro do GPL e verificações

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técnicas de rotina). Esta intervenção tem sempre custos muito reduzidos, não ultrapassando em média os 50 euros. Os sistemas dual-fuel poderão da mesma forma ser utilizados por GPL, bem como por Gás Natural, no entanto a capacidade de armazenamento de Gás Natural, bem como a fraca rede de postos de abastecimento, inviabilizam a maior parte das potenciais conversões para este tipo de combustível. No entanto a Master Gás está também preparada e formada para este tipo de conversões, tanto para ligeiros, como para viaturas pesadas. São inúmeras as vantagens ambientais deste tipo de sistema, deve-se ter em consideração que por cada viatura e em média por ano, serão emitidas menos 7.500 kg de CO2. Quanto às emissões de gases poluentes, a opacidade (fumo) e as partículas diminuem drasticamente (pode chegar aos 80%) e os NOX (30%) também tem diminuições significativas. Com vantagens ambientais e económicas, são seguramente estes equipamentos uma solução para o problema do preço do gasóleo e dos prejuízos ambientais resultantes do seu uso excessivo. Estas soluções já estão fortemente implementadas em países como a Austrália, o Reino Unido, a França, Holanda, Suécia, Alemanha e estão neste momento em franca expansão em praticamente todos os países do Leste da Europa. São já também algumas marcas de fabricantes que apostam na alternativa de Dual-Fuel de fábrica, como por exemplo a MAN e a Volvo que já tem inclusivamente um departamento próprio para conversões de viaturas.

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Robert Bosch GmbH (Divisão Automotive Aftermarket), a KnorrBremse Systeme für Nutzfahrzeuge GmbH e a ZF Friedrichshafen AG (unidade de negócio ZF Services), três dos maiores fornecedores automóveis e de veículos elétricos no mundo, formaram recentemente uma joint venture. Denominada Alltrucks GmbH & Co. KG, esta joint venture irá operar como centro de sistemas que disponibiliza um novo franchising de oficinas para veículos comerciais. Sedeada em Munique, Alemanha, o novo sistema de franchising já conta com 10 colaboradores, estando a adotar uma estratégia de expansão gradual. Até ao final do ano, todas as oficinas na Alemanha poderão integrar o novo sistema, seguindose de países como Áustria, Suiça, Polónia e Itália. De acordo com a empresa, os restantes países europeus serão integrados na segunda fase de expansão do conceito. Ao aderirem à Alltrucks GmbH & Co. KG as oficinas terão acesso a uma gama completa de serviços de manutenção de marcas de veículos todo-o-terreno e serviços de reparação de veículos comerciais, incluindo Hotline Técnica, Formação técnica, Gestão de informação e de qualidade, Sistemas de diagnóstico e Equipamentos oficinais.

BPN. Extensão da gama Truckparts

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BPN, empresa especialista em peças para veículos pesados, acaba de reforçar a gama de peças da sua representada Truckparts. Lançada em 2005, esta gama incluía apenas os calços de travões, sendo agora lançadas duas novas gamas: pastilhas e discos de travões. A BPN passa assim a ter uma gama completa de travagem na Truckparts que se pode aplicar tanto em tratores como em reboques.

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Motorbus. Distribuidora oficial Wabco

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Motorcheckup. Análise ao motor em poucos segundos

Motorbus – Bus & Truck, empresa especializada em peças para pesados, é, desde o passado dia 15 de outubro, distribuidora oficial da marca Wabco, líder em tecnologia global para veículos pesados. Com uma vasta gama de produtos, a Wabco tem como objetivo fornecer aos clientes, produtos, serviços e soluções que reflitam os

seus valores e atendam às suas necessidades, ajudando a responder às necessidades globais crescentes do nosso setor. Com esta nova parceria, a Motorbus – Bus & Truck, amplia o seu já vasto portfólio de marcas de primeira qualidade, disponibilizando aos seus clientes uma maior variedade de produtos e soluções.

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MBML Solutions / MOTORcheckUP Portugal acaba de lançar no nosso país um novo sistema que permite saber o estado geral de um motor. Este produto, desenvolvido tanto para particulares como para profissionais (frotistas ou não), permite que através da utilização de apenas uma gota de óleo do motor se tenha imediatamente uma análise do estado geral do mesmo, seja ele um motor a 4 tempos de um carro, camião, máquina industrial, agrícola, gerador ou outro. O teste da MOTORcheckUP deve ser utilizado com alguma regularidade, pois permite reconhecer antecipadamente possíveis avarias e defeitos do motor a custos bastante reduzidos, podendo assim economizar nas reparações, prolongar a saúde do motor e melhorar a performance do veículo.

Domingos & Morgado. Apresenta Perfect Equipment

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specialista em equipamentos e consumíveis para casas de pneus e oficinas, a Domingos & Morgado caba de apresentar uma nova representação para o mercado português. Lançada no Salão de Bolonha (Autopromotec), a Wegmann Automotive – líder mundial do mercado de pesos de equilíbrio – introduziu no mercado, pela primeira vez, a sua marca Perfect Equipment. Para o mercado Europeu, a Perfect Equipment está representada num catálogo de produtos adaptados para o mercado e oferece uma garantia de qualidade para a obtenção dos melhores resultados. A Perfect Equipment é uma marca com mais de 75 anos de experiência no mercado americano e é reconhecida como o mais importante fabricante mundial de pesos de equilibragem.

Além dos pesos de equilibragem, o catálogo Europeu também inclui válvulas, ferramentas e outros acessórios do mundo do pneu. “Com a introdução de novas marcas e novos produtos, esforçamo-nos constantemente para criar uma mais-valia para as oficinas”, comenta Thorsten Thom, Diretor Geral da Wegmann automotive, acrescentando que “para tal, foi importante para nós poder oferecer exclusivamente a marca Perfect Equipment com pesos de equilíbrio universais para a maior parte das jantes e poder cobrir todas as necessidades dos nossos clientes”. A Wegmann Automotive (com uma produção anual de mais de mil milhões de pesos de equilibragem) é membro do Grupo Wegmann, que inclui a Kraus-Maffei Wegmann & Schleifring. O Grupo, com sede em Munique, tem 5.000 empregados. NOVEMBRO/dezembro 2013

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notícias

FOI NOTÍCIA... … a SKF deu início a uma promoção, até dia 30 de novembro, de tensores automáticos e polias auxiliares para veículos industriais. Esta promoção consiste num desconto de 5% na aquisição de 5 ou mais unidades por linha de pedido do tensores automáticos e/ou polias auxiliares. … pode aceder por meio do telemóvel ou tablet à página Web m.dt-spareparts.com e encontrar rápida e conveniente a peça sobressalente correta entre milhões de referências da marca DT Spare Parts. Para além da procura de peças, o site da Web móvel oferece um resumo das inovações de produtos de peças de reposição da marca DT e introduz a gama de peças para camiões, atrelados e autocarros, bem como os diferentes catálogos DT.

Festool. Novas turbinas de aspiração central para oficinas

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… a Iveco Daily elétrica, devido à tecnologia verde da Fiamm e das suas baterias da gama SONICK (Sódio/ Niquel), voltou a ganhar prémios de inovação. As baterias inovadoras Sódio/Niquel Fiamm Sonick tornaram possível para a Iveco Daily Elétrico ganhar o primeiro prémio na categoria de “Inovação em veículos alternativos” , após alguns testes realizados em utilização comercial, serviço expresso e em veículos de entrega. A Fiamm é comercializada em Portugal pela Polibaterias.

Festool, especialista em equipamentos para oficinas de chapa e pintura, acaba de apresentar a sua nova gama de turbinas de aspiração centralizada, com a designação Turbo II, onde sobressai a otimização energética. Enquadrada na “Profit Zone” da Festool, o que mais se destaca na novas turbinas de aspiração Turbo II é avançada tecnologia de controlo de aspiração DC-TEC (Dynamic

Control Technology). Este sistema controla a relação entre a potência de aspiração de ar e a energia mínima necessária para garantir um rendimento de aspiração a 100%. Com esta tecnologia uma oficina pode poder até 80% de energia relativamente a gerações mais antigas de turbinas, já que com a nova tecnologia apenas é utiliza a potência de aspiração necessária a cada momento.

… a Facom acabou de apresentar a nova gama de chaves de impacto pneumáticas, equipamento essencial para qualquer oficina e casas de pneus. Agrupadas em quatro categorias baseadas no tamanho da chave: 3/8”, 1/2”, 3/4” e 1”, as novas chaves de impacto encontram-se disponíveis numa série de especificações que combinam diferentes pesos, níveis de potência e funções.

RPL Clima. Novos websites

negócio em que a RPL Clima já está presente mas que pretende autonomizá-lo, através da comercialização de peças (compressores, filtros, etc) para quem repara camiões frigoríficos. Um outro website que a RPL Clima vai lançar, é o de “avariasar condicionadoauto.com”. A RPL Clima possui muita informação técnica que está dispersa, em papel, pdf e videos, que irá estar disponível neste website totalmente em português. O derradeiro website que a empresa de Vilamoura está a desenvolver é o “rplclimanews.com”, que como o próprio nome indica, permite que a empresa dinamize informação, campanhas, promoções, newsletter, vídeos, entre outras, ao nível do sector da climatização e ar condicionado.

… a 3M renovou a aposta na reparação de plásticos com o Autokit, uma solução rápida para reparar as fendas e furos nos pára-brisas de plástico, sem a necessidade de substituir a peça original. … a Scania Portugal entregou uma viatura da gama de construção e estaleiro G 400 4x4 EGR Euro 5 à empresa VAC – Minerais, SA, equipada com o motor Scania de 13 litros e 6 cilindros, na motorização de 400 cv de potência, e com cabina da série G. Esta é quinta viatura da Scania a operar na frota da VAC- Minerais, SA, uma conceituada empresa sedeada em Rio Maior, que desenvolve as atividades de extração de calcário e dolomites e de transformação industrial destes produtos, bem como o respectivo transporte da matéria prima em bruto entre a pedreira da Serra dos Candeeiros e as instalações da fábrica, e dos produtos transformados para os seus clientes. … a Luís Simões acaba de celebrar um acordo com o Grupo Portmann, uma das principais empresas de transporte e logística no mercado francês, com o objetivo de reforçar as operações no país e impulsionar a angariação de potenciais serviços operacionais, em França. Uma parceria que se enquadra na estratégia de negócio do operador ibérico. … Martin Lundstedt, Presidente e CEO da Scania, aproveitando a sua recente visita às sedes da Scania na Península Ibérica, presidiu acompanhado por Mathias Carlbaum, Diretor General da Scania Ibérica, ao ato de entrega de 50 camiões Scania V8 R 500 à empresa Primafrio.

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specializada em climatização auto, a RPL Clima acaba de apresentar uma série de novos sites, de modo a dinamizar outros negócios da empresa. Um deles é o “friodetransporte.com” um

SKF. Lubrificador automático para cabinas DAF

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A SKF tem disponível um lubrificador específico para as basculantes das cabinas dos camiões DAF. Cerca de 60.000 camiões DAF estão equipados com este sistema, dois por camião, e devem ser substituídos a cada 7-9 meses, altura em que o lubrificador fica vazio. A referência SKF VSM deste produto para o mercado de veículos industriais é 1690642/1 e são fornecidos em embalagens de 10 unidades.

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Altaroda. Apresenta equilibradora manual móvel para camiões

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Altaroda passou a ter disponível para os seus clientes a Gaither GT12EU, uma equilibradora manual móvel que foi especificamente construída para camiões, podendo no entanto ser utilizada em autocarros, veículos comerciais e veículos de passageiros. A boa relação preço/qualidade e as dimensões reduzidas tornam a Gaither GT12 uma excelente opção para os clientes

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que procuram um sistema móvel e flexível. O operador poderá deslocar a máquina até ao veículo, eliminando o tempo e desgaste causado pela deslocação das rodas para uma máquina convencional. Este equipamento vem com todos os acessórios incluídos, inclusive o conjunto de 5 cones desenvolvido para o Mercado Europeu.

Motor Service. Novo website com muitos conteúdos para o aftermarket

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MS Motor Service acaba de apresentar o seu novo website, que incorpora um conjunto de novidades úteis, com muita informação técnica e muita documentação, tendo sido desenhado para oficinas e para os revendedores. Para além de uma apresentação otimizada e mais funcional (seja em PC, tablet ou smartphone), este novo website destaca-se pelos conteúdos técnicos, em diferentes plataformas multimédia. “Technical podcasts”, “Products in Focus”, plataforma de downloads para diversa documentação técnica, mas também de produto e serviço, incluindo catálogos, e o acesso “Repair Portal Shop”, que também ele dará acesso a boletins de informação técnica e instruções de instalação (especialmente concebido para oficinas) são algumas funcionalidades que poderá consultar em http://www.ms-motorservice.com/en/.

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Fuchs. Tecnologia XTL também nos pesados

J Covind. EXTENSA oferta para pesados

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Covind é uma empresa italiana com mais de 35 anos de experiência no desenho e produção de peças de carroçaria e componentes para camiões e veículos comerciais. Uma das novidades da empresa italiana, que está presente comercialmente em mais de 70 países em todo o mundo, é o constante alargamento da sua gama de produtos que já ultrapassa os mais de 7.000 itens para marcas como a DAF, Fiat, Ford, Iveco, MAN, Mercedes, Renault, Scania e Volvo. Ao todo a Covind disponibiliza 47 grupos de produtos (7.435 itens), 127 linhas de produto, oferta multimarca, controlo de qualidade (empresa certificada), qualidade equivalente OEM e uma constante procura de desenvolvimento de novos produtos. A representante em Portugal da Covind é a José G. Neto, Lda..

Póvoa Hidráulica. Apresenta novidade Bezares

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Póvoa Hidráulica é uma empresa que teve o seu início em 1995 e que pertence à área das carroçarias e basculantes. Seguindo uma política de melhoria contínua dos seus produtos, através da sua representada Bezares apresentou o seu novo depósito de óleo para montagem posterior em 115 litros (90 PR 11x). Realizado em polietileno linear de alta qualidade, este produto respeita também o meio ambiente, já que a sua construção é sustentada pela utilização de materiais recicláveis.

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á está disponível para motores de veículos pesados a nova e exclusiva tecnologia XTL (Xtreme Temperature Lubrication) da Fuchs. Este lubrificante permite uma redução efetiva no consumo de combustível, um menor envelhecimento do óleo, melhor arranque a frio, maior vida útil do turbocompressor e baixo consumo de óleo. Estes são alguns dos vários benefícios desta inovadora tecnologia XTL de qualquer utilizador de um veículo pesado pode vir a beneficiar com a utilização regular dos óleos de motor - TITAN CARGO MAXX SAE 10W40 e TITAN CARGO MAXX SAE 5W-30. Os valores do consumo de combustível, do arranque a frio, da protecção do motor e do consumo de óleo, foram medidos e comparados com os óleos convencionais de viscosidades equivalentes.

Os testes mostraram que a tecnologia XTL proporciona uma real economia de combustível que se mantém ao longo de todo o intervalo de mudança de óleo, resultando num potencial de poupança considerável no que diz respeito ao consumo de combustível, que pode chegar a 0,5%.

DT Spare Parts. Programa ampliado de produto para autocarros

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om os dois novos catálogos de peças de reposição para autocarros da Mercedes Benz e Setra a oferta da marca DT Spare Parts para autocarros foi ampliada ainda mais. O programa de produtos para autocarros da Mercedes-Benz e Setra está dividido em dois novos catálogos. O catálogo com peças de reposição apropriadas para a MercedesBenz da série-O 500 e Setra séries-S 400-/500 contém mais de 2.200 produtos da marca DT Spare Parts, para cerca de 4.000 referências, por exemplo, para os modelos de veículos CapaCity, Citaro, Conecto, Travego, Integro, Intouro, Tourino, Tourismo e Travego. O segundo catálogo contém mais de 3.700 peças de reposição apropriadas para mais de 7.400 referências para autocarros da MercedesBenz séries-O 300/O 400 e da Setra séries-S 200/300. Com base nas tabelas

de referências cruzadas na introdução do catálogo podem ser encontradas as peças de reposição-DT adequadas para os números de referência dos fabricantes de veículos. Ao lado das ilustrações e informações de produtos em sete idiomas, os catálogos contém também códigos QR para entrar numa busca rápida Online. Os distribuidores podem ter acesso direto a partir do catálogo no sistema de informação de produtos, por exemplo, para encomendar artigos. Além dos novos catálogos para autocarros da Mercedes-Benz e Setra estão à disposição atualmente outros três catálogos de peças de reposição-DT especiais para autocarros. Os catálogos contêm produtos da marca DT Spare Parts para utilização em autocarros da MAN/Neoplan e Volvo. Os catálogos de peças de reposição da marca DT Spare Parts podem ser encomendados pela página de Internet www. dieseltechnic.com ou com os distribuidores.

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Top Truck. Nova designação para a rede On Truck

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ara um maior alinhamento estratégico ao nível da comunicação e notoriedade da marca nos mercados onde esta atua, a rede de oficinas On Truck alterou a sua designação, passando assim a utilizar precisamente a mesma que é utilizada no resto do mundo – Top Truck. Desde o seu lançamento, a marca On Truck sempre esteve associada à rede Top Truck, apenas com uma diferente designação. Com esta alteração, a marca Top Truck passa assim a marcar presença em Portugal, em 12 pontos estratégicos do país e junto das principais via, e com mais de 700 oficinas em todo o mundo, das quais mais de 550 situadas na Europa. A Top Truck é a rede de oficinas multimarca para pesados, especialista em manutenção e reparação de veículos pesados, como Camiões, Autocarros, Semi-Reboques e Comerciais Ligeiros, entre outros. A Civiparts é o representante exclusivo para Portugal da marca Top Truck, que está presente em Monção, Braga, Barcelos, Maia, Lamego, Aveiro, Alenquer, Mafra, Loures, Évora.

Volvo. FH é o camião do Ano 2014

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m ano, quase no mesmo dia, após o seu lançamento, o novo Volvo FH foi eleito Camião Internacional do Ano 2014 pelos principais jornalistas de veículos comerciais, representando 25 revistas em toda a Europa. O galardão foi recebido por Claes Nilsson, presidente da Volvo Trucks, numa cerimónia que teve lugar na exposição Comtrans, em Moscovo. Esta é a terceira vez que a Volvo FH é eleito Camião Internacional do Ano, tendo-o conseguido em 1994 e 2000. “Estamos honrados e felizes. Quando lançámos o novo FH, em Setembro de 2012, sabíamos que estavamos a oferecer ao mercado exatamente o que um camião premium pode oferecer. O prémio de Camião Internacional do Ano confirma que o Volvo FH cumpre com essa promessa”, afirma Claes Nilsson, presidente da Volvo Trucks.

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MAN. Volta a estar em destaque em relatório do TÜV de 2013

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um relatório sobre veículos comerciais publicado pelo organismo de inspecção técnica alemão TÜV, a MAN volta a ser ter um destaque especial por apresentar a percentagem mais elevada de veículos aprovados na inspeção técnica anual sem problemas, posicionando-se acima da concorrência em todas as categorias etárias. Este resultado, segundo a marca, fortalece a posição de liderança da MAN: 82% dos camiões com um ano não apresentaram quaisquer anomalias (78% em 2012). Um número acima da média de veículos mais antigos também obteve aprovação na inspeção de carácter geral sem quaisquer anomalias. De acordo com o Relatório do TÜV, este desempenho deve-se à tecnologia comprovada da MAN. O relatório refere que “os motores, eixos e chassis são sólidos e bem construídos.” No conjunto de todas as categorias etárias, 65 por cento dos camiões obtiveram aprovação na inspeção de carácter geral

sem quaisquer anomalias. Este resultado confere à MAN uma vantagem de cerca de 3,5 pontos percentuais relativamente a todas as restantes marcas. 95 por cento dos camiões MAN com um ano obtêm aprovação na inspeção obrigatória sem avarias relevantes. Entre os camiões com cinco anos, a quota é de 82 por cento. A marca MAN obteve resultados consistentemente melhores do que a concorrência nesta área.

Scania. Poupar combustível através da gravidade

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a Europa, os clientes que encomendarem um camião dotado do sistema Scania Opticruise com Active Prediction a partir do outono de 2013 poderão economizar combustível e dinheiro, a partir do 1º trimestre de 2014, utilizando uma nova funcionalidade, o Scania Eco-roll. O sistema calcula o que é mais eficiente: fazer as descidas com a transmissão em ponto-morto e o motor ao ralenti ou utilizar o travão do motor com o fornecimento de combustível desligado. Decidir o que é mais eficiente em termos de consumo de combustível – descer um declive em ponto-morto ou utilizando o efeito de travagem do motor. O Scania Active Prediction faz o cálculo automaticamente. Se o sistema optar pelo Eco-roll, para aproveitar a energia

cinética, o objetivo é descer com a alavanca da caixa de velocidades em ponto-morto durante pelo menos dez segundos, uma vez que durações mais curtas seriam menos úteis. Ao mesmo tempo, a velocidade não deve ser elevada ao ponto de engatar a travagem do motor, sob pena de afetar negativamente a energia do combustível já transferida para o motor. O Scania Active Prediction utiliza o GPS (para o posicionamento) e mapas topográficos para controlar a velocidade. Dependendo do modo de desempenho que os condutores selecionem, o camião utiliza várias estratégias para consumir o mínimo de combustível possível ou otimizar uma velocidade média elevada. Se estiverem disponíveis dados de mapas topográficos, o Scania Eco-roll vem instalado de série nos camiões de longo curso, desde que o camião esteja equipado com o Scania Opticruise e o Active Prediction, um sistema de dois pedais e um motor Euro 6. Um outro desenvolvimento do Scania Active Prediction torna o sistema ainda mais eficaz na otimização das estratégias de mudança de velocidades. Analisando o gradiente residual da subida, permite evitar mudanças de velocidade desnecessárias, aproveitando a vantagem do elevado binário a baixas rotações dos motores Scania.

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Eurocofema. Comercializa marca Sice em Portugal

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Eurocofema tem disponível para o mercado português a marca Sice, que já foi comercializada em Portugal há muitos anos no nosso país pela Costa & Garcia. A Sice é um fabricante de máquinas de calibrar, desmontar pneus e alinhadoras de direção, sendo detentora de várias patentes de máquinas e acessórios. Este facto confere aos equipamentos da Sice características únicas em termos de desempenho, com os evidentes ganhos de operacionalidade para o mecânico.. Na gama Sice existe uma gama de equipamentos específicos para veículos comerciais e pesados, com destaque para a nova desmontadora S 55 – S55A.

Kenotek. Sucesso da linha Cargo

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Kenotek criou a linha Cargo com um objetivo bastante claro: oferecer uma linha de soluções de lavagem em detergentes e desinfetantes específicos para veículos comerciais, pesados e industriais, camiões e cisternas de forma a lavar eficazmente veículos e equipamentos, de forma segura, mais fácil e prática, com um reduzido custo de operação/lavagem e tempo desperdiçado. O Kenotek Cargo 3700 veio revolucionar o mercado das lavagens de pesados com a poupança que permitiu redefinir os custos de lavagem de pesados, que ]e um aspecto crucial para muitos transportadores. Refira-se que a Kenotek passará também a distribuir os seus produtos no arquipélago da Madeira, à semelhança do que já faz em Portugal continental e nos Açores.

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Diesel Technic Iberia S.L. À conquista do mercado português Especializada em peças para veículos pesados desde 1972, a empresa alemã tem uma filial ibérica, inaugurada em 2005, que atua também em Portugal. Os seus catálogos de peças são hoje uma referência no setor dos veículos pesados. TEXTO Paulo Homem

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Diesel Technic é uma empresa de origem alemã que tem lá a sede de um grupo de empresas em constante crescimento com filiais na Europa e noutros mercados mundiais. A filial espanhola Diesel Technic Iberia S.L., que foi fundada em 2005, mudou-se no início de 2013 para novas instalações em Alcalá de Henares, apoiando daí os seus clientes em Espanha e Portugal. Para nos falar da estratégia da empresa para o mercado português, a TURBO OFICINA PESADOS entrevistou Martin Ratón, Diretor Geral da Diesel Technic Iberia S.L.. Como é que a Diesel Technic trabalha o mercado português? O canal de distribuição da Diesel Technic está focado exclusivamente nos nossos parceiros grossistas. São eles que fazem chegar a marca e as peças DT Spare Parts aos seus clientes. A vossa gama de produtos é comercializada unicamente com o nome DT Spare Parts? Comercializam produtos com outra marca ou existe alguma linha de produtos mais económica? Estamos concentrados unicamente na comercialização da marca DT Spare Parts como “Premium Aftermarket brand”. A DT Spare Parts é a solução perfeita para atender à necessidade de peças de reposição de qualidade garantida. Qual é a extensão da gama DT Spare parts? A gama completa contém mais de 30.000 peças de reposição para camiões e autocarros dos construtores europeus. A gama cobre todo os grupos de produtos e quase todas as aplicações

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para veículos pesados. Além disso, a marca DT Spare Parts oferece as peças correspondentes para milhões de referências. Graças a esta vasta gama, podemos oferecer todas as peças de reposição necessárias de pronto e com qualidade garantida. Qual é a vossa política de lançamento de novos produtos? Têm vindo a lançar muitas novidades de produto? Mensalmente, mais de 100 novos produtos são lançados. Quais são as duas ou três mais recentes novidades de produto? Devido ao grande número de novos produtos é bastante mais fácil introduzir os mais recentes programas de produto. Muito importante é a extensão da gama no que diz respeito aos Mercedes-Benz Actros, Antos e Axor, e o novo catálogo para as séries P-/G-/R-/ T da Scania. Já mais recentemente, na EquipAuto apresentamos os novos catálogos para autocarros Mercedes-Benz e Setra. Qual o posicionamento de preço da marca DT Spare Parts? Como disse antes, a DT Spare Parts é uma “premium Aftermarket brand” que inclui produtos de alta qualidade e um nível de serviço excelente. A marca cobre todas as necessidades de peças de substituição confiáveis e de alta qualidade como alternativa mais económica face às peças originais. Acredita que pode uma marca que se está a lançar em Portugal fazer a diferença noutros aspetos que não no preço? Sim, existe uma procura crescente por peças mais económicas para veículos comerciais mas com garantia de qualidade, possuindo

a DT Spare Parts uma excelente cobertura. Para os proprietários de camiões e de frotas é importante para manter os veículos em movimento. Isso significa que eles precisam de peças de reposição nas quais podem confiar. A DT Spare Parts oferece qualidade genuína e é a solução perfeita, em termos económicos e de confiança, para manter os veículos a circular. Qual o vosso posicionamento em termos de qualidade do produto? A garantia de qualidade tornou a DT Spare Parts como marca líder no Aftermarket para veículos comerciais. Na marca DT Spare Parts, processos fundamentais, tais como o desenvolvimento de produto, design de produto e de gestão da qualidade, são conscientemente realizados na Alemanha. Aqui, os técnicos e engenheiros altamente qualificados estabelecem a base para uma qualidade premium, que é assegurada pelo uso da mais recente tecnologia em sistemas CAD e CAQ, bem como a tecnologia de medição e testes mais precisos. Nós oferecemos uma garantia de 24 meses em peças de reposição na marca DT Spare Parts. Logisticamente como são feitas as entregas de produto ao cliente? Vão do armazém em Espanha para os clientes finais? O processo logístico da Diesel Technic foi otimizado em termos de distribuição para os nossos parceiros diretamente do armazém. Nós podemos fornecer os nossos parceiros na distribuição com qualquer pedido de peças durante a noite. As equipas dos nossos parceiros conhecem os seus clientes podendo-lhes oferecer suporte direto bem como um serviço de excelência para satisfazer as suas necessidades. Qual é a capacidade do vosso armazém que

“Os nosso paceiros da distribuição podem beneficiar de uma “one-stop-shopping” abastece Portugal? No nosso novo armazém em Alcalá de Henares, na Espanha, temos mais de 1.900 m2 de área de armazenamento. Este espaço tem capacidade para mais de 760 paletes e mais de 6.000 metros de prateleiras. Graças à maior capacidade de armazenamento e com processos logísticos otimizados, os parceiros de distribuição na Península Ibérica acabam por beneficiar com uma ainda melhor disponibilidade do produto. Além disso, podemos aceder a outras peças do armazém central na Alemanha num curto espaço de tempo. Qual o acompanhamento técnico que dão aos clientes, quer retalhistas quer clientes finais? Nós ajudamos muitos os nossos clientes na identificação e pedido correto das peças oferecendo-lhes ferramentas como o nosso sistema de informação de produto. Nós ajudamos os nossos clientes em todas as questões que existem em torno da DT Spare Parts. Que plataformas (internet, etc) e meios (humanos e materiais) utilizam para dar esse acompanhamento técnico aos clientes? Em primeiro lugar, a nossa equipa garante todo o apoio pessoalmente. Adicionalmente nós oferecemos, aos nossos parceiros distribuidores, serviços online como o sistema de informação de produto.

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Através de uma pesquisa em www.dtspareparts.com, qualquer pessoa pode identificar e procurar a DT Spare Part correspondente através da referência. O site também está disponível em versão móvel, o que faz com que seja fácil de encontrar as peças necessárias por smartphone ou tablet PC. Com os nossos catálogos oferecemos ainda uma grande enciclopédia com informações sobre o produto para camião, reboque e autocarro. Com que regularidade fazem ações de formação técnica? Nós ofereceremos ativamente à nossa rede de grossistas a possibilidade de realizar atividades em conjunto para promover a marca DT Spare Parts e formar os seus clientes. Esta é uma ferramenta muito eficaz de comunicação e suporte de vendas para os nossos parceiros. Como estão a promover a vossa marca em Portugal? Que ações comerciais e de marketing fazem habitualmente? Nós mantemos um contato pessoal com o nosso parceiro de distribuição e ajudamo-los a explicar

a gama de peças da dt spare parts abrange todos os camiões reboques e autocarros europeus, estando em constante desenvolviMEnto

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as vantagens da nossa marca aos seus clientes. Apoiamos também os nossos parceiros na suas atividade de marketing, de modo a fortalecer o reconhecimento da marca com campanhas publicitárias e através da participação em feiras e exposições como foi o casa da Motortec e da EquipAuto. Estamos de momento a estudar a possibilidade de estender a nossa presença em evento locais, de modo a estarmos presentes neles no futuro. São muito agressivos comercialmente com a marca DT Spare Parts? Estamos convencidos da nossa própria qualidade. A marca não se promove de forma comercialmente agressiva, mas através da autoconfiança. A completa gama e a garantia de 24 meses torna a DT Spare Parts única no mercado de reposição de peças para veículos comerciais. Têm alguma equipa comercial a trabalhar exclusivamente o mercado português? Desde o início que estamos conscientes da vantagem de sermos capazes de dar suporte no idioma local, embora pensamos que isso não é estritamente obrigatório, devido à semelhança de ambas as línguas. Esta é a razão pela qual contratamos uma pessoa de vendas nativa para apoiar os nossos novos clientes em Portugal. Liliana Baptista está em Madrid, mas também visita os nossos clientes portugueses para para conhecer as suas solicitações. Qual tem sido a evolução das vendas da Diesel Technic no mercado Português?

Estamos muito felizes com o volume de negócios que temos em Portugal. Isso mostra que a nossa oferta e o nosso serviço vai de encontro ás necessidades dos clientes em Portugal. De que modo as recentes instalações de Alcalá de Henares podem influenciar positivamente as vendas em Portugal? Com esta nova localização, estamos preparados para crescer oferecendo aos nossos parceiros de distribuição um serviço ainda melhor. A nova área logística coloca-nos numa posição ideal para termos neste armazém todos os produtos de maior rotação e, portanto, a lidar com as solicitações do mercado ainda melhor. Os clientes em Portugal beneficiam de horários alargados, entregas mais rápidas e suporte em Português. Quais são as vossas previsões de crescimento para o mercado português a curto, médio e longo prazo? Com as nossas novas instalações, estamos preparados para crescer ainda mais, o que naturalmente inclui o mercado português. O nosso objetivo é fortalecer o reconhecimento da marca e crescer junto com nossos parceiros de distribuição portugueses. Qual a análise que fazem do aftermarket português ao nível das peças para veículos pesados, autocarros e reboques? Não podemos ignorar a situação atual muito complicada dos clientes dos nossos parceiros, bem como para toda a cadeia de distribuição. No entanto ainda há uma grande necessidade de transporte de bens e pessoas e nós, como alternativa económica às peças OE, podemos ajudar a reduzir o impacto económico do custo de manutenção com produtos de qualidade premium. Quais são as mais-valias que os clientes têm em trabalhar com a Diesel Technic? Os nossos parceiros da distribuição podem beneficiar de uma “one-stop-shopping”. Todas as peças de reposição necessárias são oferecidas sob uma marca e de uma única fonte. Com peças DT Spare Parts o parceiro de distribuição pode oferecer uma gama completa de peças de reposição de qualidade garantida para todos os camiões, reboques e autocarros. Além disso, eles ainda beneficiam de um apoio abrangente, com grande disponibilidade e com uma logística de futuro. Queremos crescer juntamente com os nossos parceiros de distribuição. Isso significa que também iremos apoiar as suas atividades de marketing com ferramentas de marketing profissionais.

contactos Diretor Geral: Martin Ratón Telefone: 0034.902.007.211 E-mail: martin.raton@dieseltechnic.com Internet: www.dieseltechnic.es

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TRW Proequip. Orientação para os pesados Em setembro de 2008, aproveitando a Automechanika, a TRW Automotive Aftermarket apresentou o seu programa europeu de peças para veículos pesados, que designou por TRW Proequip. Desde então esta gama de produto não mais tem parado de crescer. TEXTO Paulo Homem

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á desde meados da década passada que a TRW tinha para o setor do aftermarket de pesados programas de peças nas áreas de direção, suspensão e pastilhas de travão. A importância deste setor e a necessidade de comunicar com o mesmo levou a TRW a desenvolver um nome que identificasse de pronto esta gama de peças de pesados. Foi assim que nasceu o TRW Proequip, tendo como objetivo desenvolver um programa com produtos de qualidade OE (Original Equipment) destinado a profissionais (Pro),

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mostrando que a TRW é especialista no mercado de veículos pesados devido ao seu conhecimento e experiência nesta área. Depois de apresentar uma embalagem específica para os produtos TRW Proequip, ainda em 2009 a TRW lançou mais uma linha de produto, neste caso os amortecedores para veículos pesados, tendo no final desse ano introduzido as caixas de direção. Um dos produtos que mais destaque teve em toda a gama Proequip foi o XCap (ver caixa), que permitiu que a TRW tivesse ainda uma penetração mais forte no primeiro

equipamento e no aftermarket. Neste momento a gama TRW Proequip é constituída por cinco gamas de produtos, tendo todos os anos acrescentado exponencialmente o número de referências, sendo por isso gamas muito completas em termos de cobertura do mercado. Catálogo 2014 Recentemente a TRW deu a conhecer o seu mais recente catálogo para 2013/14 para os programas de pastilhas de travão e cabos avisadores para veículos comerciais pesados da marca TRW Proequip. O novo catálogo (com a referência XHD100B), inclui 69 referências para pastilhas de travão e 27 cabos avisadores e abrange as marcas e modelos mais conhecidos que constituem uma grande percentagem do parque europeu de veículos pesados, como são os casos da Bova, DAF, Iveco MAN, MB, Neoplan, Renault Trucks, Scania e Volvo. Também estão incluídos neste catálogo fabricantes de eixos de veículos, tais como BPW, MB, Meritor, SAF e SMB, bem como muitas aplicações de reboque. Crescimento constante Desde que lançou o seu programa Proequip, já lá vão mais de cinco anos, a TRW não tem parado de fazer crescer a oferta, tanto em valor de vendas como no conteúdo do programa. Dennis Christ, responsável pela área de marketing do programa europeu para veículos

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pesados da TRW Automotive Aftermarket afirma que “o programa TRW Proequip está cada vez mais robusto. Só a gama de direção e suspensão para veículos pesados cresceu 20 por cento em 2012. O programa é equilibrado e conceituado e baseia-se na nossa política de melhoria contínua, oferecemos algumas das gamas mais abrangentes da Europa. De facto, a nossa gama de direção e suspensão totaliza agora mais de 1000 peças para veículos comerciais pesados.” Uma das principais apostas da TRW tem sido o lançamento de novas referências no mercado de pós-venda, já que “no setor dos veículos pesados, a disponibilidade e a durabilidade da peça são críticas, dado que o tempo de inatividade para reparação dos veículos significa, geralmente, uma perda financeira”, refere o mesmo responsável. Com mais de 100 anos de experiência no negócio da direção para o Equipamento Original nos veículos comerciais pesados, a estratégia da divisão de aftermarket da TRW é colocar essa experiência na sua oferta “Corner Module” de peças e sistemas de travagem, direção e suspensão. “Apresentado em 2011, o conceito Corner Module descreve como as capacidades chave da TRW residem no “canto” (ou esquina) do veículo. Para veículos ligeiros de passageiros, a TRW possui uma oferta completa. A nossa intenção é desenvolver ainda mais os nossos programas para veículos comerciais pesados, de forma a fornecermos o Corner Module completo para este segmento”, concluiu Dennis Christ.

Manual de instruções

Inovação com o Xcap

A TRW Automotive Aftermarket inclui, nas embalagens das caixas de direcção TRW Proequip, um CD-ROM com informações sobre a manutenção, reparação e procedimentos para devolução dos “cores”. Este guia de fácil utilização inclui tudo o que um mecânico precisa saber sobre a montagem, cuidados gerais e manutenção de caixas da direção reconstruídas pela TRW. Os temas abordados no CD vão desde as características e benefícios do design das caixas, informações sobre o funcionamento e aplicações, diagramas técnicos e fotografias pormenorizadas a cores, até aos factos sobre válvulas, fluxo do óleo, a ponteira de engrenagem cónica, medições de binários e ainda advertências e dicas de manutenção – tornando este guia numa fonte inestimável de informação para o técnico de manutenção de veículos pesados. Estas informações estão disponíveis para download em www.trwaftermarket.com/trwproequip.

Sob a marca TRW Proequip, a TRW apresentou em 2010 o Xcap – um terminal de direção com um design inovador. Oferecendo um desempenho excecional ao sistema de direção e suspensão (patenteado por 20 anos), o Xcap engloba a mais recente tecnologia para sistemas de direção e é o mais pequeno e leve componente deste tipo no mercado, tornando-se na referência global e na peça de seleção para um cada vez maior número de clientes. “Lançámos o Xcap no mercado de pósvenda europeu há exatamente três anos. Um produto mais pequeno, mais forte e mais duradouro, com um novo design do guarda-pó para uma melhor proteção dos componentes, combinado com um binário reduzido para maior conforto da direção, excedeu as exigências de um mercado focado na diminuição do peso dos componentes e na limitação das emissões dos veículos”. O programa engloba mais de 150 referências que correspondem às exigências dos clientes em termos de posição de montagem e características de carga.

Contactos Diretor Comercial: Pedro Díaz Telefone: 214228300 E.mail: marketing.portugal@trw.com Website: www.trwaftermarket.com

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Valvoline. Primeiro lubrificante com 50% de óleos reciclados A nova gama chama-se NextGen e aproveita o que até aqui era desperdiçado. A qualidade destes óleos está provada e aprovada e o ambiente agradece. As vendas arrancam em janeiro e há uma referência para os pesados: 15W40. TEXTO Cláudio Delicado

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om mais de mil milhões de veículos a circular nas estradas de todo o mundo, são toneladas de óleo de motor usado que são desperdiçados todos os anos. Ou eram, porque a Valvoline desenvolveu um processo inovador em que incorpora 50% de óleos reciclados na sua nova gama ecológica NextGen. O maior inimigo é a desconfiança e a falta de informação no mercado, porque estes óleos têm a mesma qualidade dos óleos novos, e isso prova-se pelas aprovações que esta nova gama de óleos tem de todos os construtores, depois de quatro anos de testes. Como se contorna então a questão da imagem? “Os maiores operadores são empresas petrolíferas e o crude é uma fonte de riqueza para eles. Por isso, muitas vezes, tentam denegrir os lubrificantes reciclados, mas hoje em dia isso já nem faz sentido porque as normas obrigam a que todas as marcas integrem 20% de óleos reciclados. Porém, normalmente uma parte desses óleos vai para o hidráulico. Esta associação coloca os óleos reciclados numa perspetiva de baixa qualidade e baixo preço. Mas isso não é verdade e a Valvoline está a prová-lo”, explica Paulo Santos, da Krautli Portugal, importador da Valvoline. Apesar de haver também uma referência para os ligeiros, no mercado dos pesados a as coisas são mais complexas, com uma distribuição mais vertical. “São clientes com consumos maiores, mas que têm o consumo de lubrificantes muitas vezes associados aos de combustível e fazem a venda total ou cruzada e aí é mais difícil chegar, especialmente nas frotas maiores. Tem que ser trabalhado de forma mais direta. O distribuidor tem um papel mais difícil. É mais difícil concorrer com as

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grandes petrolíferas”, analisa Paulo Santos. A Krautli Portugal tem um grande conhecimento na área dos pesados, também graças à VDO e isso é uma vantagem. Por isso, a Valvoline vai estar cada vez mais perto dos clientes. “Não podemos trabalhar com o cliente e visitá-lo uma ou duas vezes por mês”, explica Paulo Santos, que acrescenta: “É difícil chegar aos veículos de longo curso e frotas modernas. Existem frotas mais pequenas que têm consumos maiores e veículos mais antigos, mas também veículos que trabalham em off-road. É um negócio virado para frotas de pequena e média dimensão mas com veículos propriedade das empresas”. A Valvoline espera com o novo produto NextGen chegar mais facilmente a estes clientes e Paulo Santos defende ainda que estas frotas que usam óleos mais ecológicos deveriam ter alguns benefícios fiscais. Caso aconteça a Valvoline está na linha da frente. Os óleos são recolhidos por entidades credenciadas em cada país (como a Ecolub em Portugal) e, neste momento, os óleos são comprados a países onde a recolha é mais seletiva (diferenciação entre óleos de motor e de caixa, por exemplo), mas também onde os óleos sintéticos têm mais força, o que permite melhor qualidade do produto final. Depois da recolha, “os óleos são analisados e quando estão dentro dos parâmetros são usados. A refinação de um óleo sintético é grande e o que faz a maior diferença nos preços entre marcas está nos aditivos”, explica Paulo Santos, da Krautli Portugal. Por isso, acrescenta, “o processo de refinação é mais dispendioso mas a matéria-prima é mais barata. Por isso, o preço para os clientes vai ser o mesmo de um óleo novo”.

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Comparado com o óleo convencional a gama NextGen significa uma redução de 48% no uso de combustíveis fóssies durante o processo de refinação do óleo

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Comparado com o óleo convencional escolher NextGen significa uma redução de 40% de emissões nocivas

Comparado com o óleo convencional o NextGen significa uma redução de 20% no impacto de aquecimento global

Contactos Responsável: Paulo Santos Telefone: 219535656 E.mail: p.santos@krautli.pt Website: www.krautli.pt

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Reta. Crescer em serviços O ano de 2013 tem sido para a Reta próspero em novidades, não apenas pela via do reforço dos serviços já existentes, mas também pelo alargamento a outras áreas de negócio. TEXTO Paulo Homem

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istoricamente a Reta é uma empresa que tem a sua génese na manutenção, reparação, venda e aluguer de semirreboques, desenvolvendo também o serviço de aluguer de curta duração de tratores. Porém, novas áreas de negócio foram lançadas nos últimos meses, a começar pelos serviços de reparação e manutenção mecânica a tratores e camiões. Esta nova oferta surge da necessidade de oferecer um serviço ainda mais completo ao setor dos transportes e, dessa forma, reforçar o posicionamento de parceiro preferencial de manutenção e reparação mecânica. A criação deste novo serviço implicou melhorias nos Centros de Assistência Técnica, bem como o recrutamento de profissionais mecânicos especializados e formação aos operacionais Reta. Quase em simultâneo a Reta iniciou a prestação de serviços enquanto service partner da reconhecida marca de veículos pesados DAF, no centro da assistência técnica

do Carregado. Para cumprir os requisitos de exigência da DAF Service Partner, a Reta procedeu a um conjunto de remodelações nas oficinas, que dispõem atualmente de uma área dedicada à intervenção de viaturas da marca, permitindo o atendimento e assistência técnica de 15 viaturas em simultâneo. Também o armazém de peças sofreu alterações, tendo agora uma área útil de 300m2 e dois pisos de exposição. Por essa via, a Reta iniciou a comercialização de peças e acessórios das marcas DAF, DAF Aftermarket (multimarca) e TRP, nos Centros de Assistência técnica do Carregado, Perafita e Vila Nova de Gaia. A empresa colocou à disposição dos clientes milhares de referências de peças para todas as marcas de tratores e semirreboques, e ainda num prazo de um dia útil todas as referências de peças DAF e TRP. Para além desta oferta a Reta colocou ainda ao dispor dos clientes os eixos da marca VALX, do grupo alemão MCB, assegurando a

comercialização de eixos e peças da marca nos centros de assistência, bem como o serviço de manutenção, reparação e assistência 24 horas. No plano da tecnologia, a Reta passou a ser Service Partner WABCO, fornecedor de sistemas de controlo de segurança e eficiência de veículos comerciais, através de uma parceria de serviços que garante a certificação de serviços de diagnóstico e reparação do sistema da marca que engloba travões e suspensão (apenas disponível no Carregado). Esta certificação de parceira de serviços inclui ainda um plano de formação para os colaboradores, ministrado de forma regular, com o objetivo de desenvolver áreas de conhecimento específicas, por exemplo, utilização de novos softwares e sistemas WABCO. Esta empresa foi ainda mais além do serviço técnico, das peças e da tecnologia, mas não foi só na área do serviço, da tecnologia e das peças que a Reta investiu, os pneus também foram alvo de um investimento. Através de novembro/dezembro 2013

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Paulo Caires Diretor Comercial e de Marketing da Reta

“Não queremos defraudar as expectativas”

a Reta iniciou a comercialização de peças e acessórios das marcas DAF, DAF Aftermarket (multimarca) e TRP, nos Centros de Assistência técnica do Carregado, Perafita e Vila Nova de Gaia.

uma parceria recentemente celebrada, a Reta disponibiliza uma gama de pneus novos e recauchutados, de diversas marcas, desde as mais acessíveis até às marcas premium de pneus. Este serviço de pneus não se esgota na venda e engloba também um conjunto de serviços associados, que permitem aos clientes Reta terem os pneus nas condições ideais e com as exigências necessárias ao desenvolvimento do respetivo negócio. Este serviço permite ainda aos clientes Reta alinharem a direção das viaturas, minimizando o gasto dos pneus e problemas mecânicos associados. “Nos tempos conturbados que vivemos, é importante que as empresas saibam acrescentar valor nas suas ofertas e saber responder às necessidades dos seus clientes. Este reforço dos serviços reflete a preocupação da empresa em dar resposta às exigências do mercado e oferecer um serviço verdadeiramente global para o setor mecânico de tratores, camiões e semirreboques”, explica Paulo Caires, Diretor Comercial e de Marketing da Reta. Refira-se que, para prestar os seus serviços de assistência técnica, a Reta dispõe de instalações em Vila Nova de gaia, Perafita e Carregado.

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A Reta tem entrado em novas áreas de negócio, como é o caso das peças DAF. Qual a razão dessa estratégia? Está bem patente no ADN da Reta e dos seus elementos a procura constante de novas oportunidades e soluções, não necessariamente por esta ordem. Nesta casa, mantemos uma saudável insatisfação pelo que conseguimos alcançar e desta forma o foco está no futuro mantendo a tónica em processos inovadores que acrescentam valor aos nossos clientes. Na venda de peças DAF e manutenção de tractores DAF aproveitamos as oportunidades que o mercado nos oferece e partir desta base procuramos expandir os nossos serviços em conjunto com o portfólio que já estava em vigor e desta forma os nossos clientes obtêm poupanças de escala. Numa oficina encontram tudo o que necessitam para o seu trator e semireboque, literalmente. A diversificação de serviços também tem sido uma aposta da Reta. Qual a importância desses novos serviços para a atividade da empresa? Trazer novos clientes ou faturar mais com os mesmos clientes? Ambos. Nenhuma organização consegue viver sem acrescentar novos clientes aos já existentes. Para a Reta, o nosso maior motivo de orgulho é a fidelização dos nossos clientes, mesmo em períodos de conjuntura adversa, mantivemos a confiança e a preferência dos clientes. Com a diversificação dos nossos serviços fomos ao encontro das suas necessidades, investimos significativamente em novas instalações da secção de fibra (melhoramos as condições de trabalho e capacidade de resposta ao mercado). Somos representantes “Service Partner” da marca de tratores DAF e temos os melhores profissionais neste segmento no mercado. Ampliamos um armazém de venda de peças DAF e TRP com mais de 300.000 referências. A par destas novidades, temos ganho a gestão profissional de frota do mercado “privado”, isto é, empresas com marcas próprias e com critérios de exigência elevados que reconheceram na Reta o parceiro ideal para enfrentar os actuais e futuros desafios. Em detalhe gerimos a manutenção completa dessas frotas com poupanças significativas para os nossos clientes. Até ao momento o feedback obtido tem sido excelente e são os próprios clientes que afirmam que “finalmente se podem dedicar à sua atividade principal” deixando a frota para um especialista. No aluguer, lançamos este ano o renting de semirreboques. Nos tratores e nos ligeiros é um conceito bastante enraizado, todavia nos semirreboques foi uma novidade que a Reta lançou e

estamos a atingir metas muito interessantes, se bem que estamos ainda na juventude do conceito ao nível dos semirreboques, mas a aposta é para continuar. Com este leque de novidades, a consequência lógica é a entrada de novos clientes que procuram um parceiro que ofereça um conjunto alargado de soluções profissionais num único local. Em suma, 2013 tem sido para a Reta um ano extremamente exigente mas simultaneamente reconfortante no sentido em que os clientes nos têm valorizado. Esta estratégia de novos serviços e produtos é para continuar em 2014? Como já transmitimos, nunca estamos satisfeitos com o que alcançamos e portanto mantemos a mesma ambição para 2014, isto é, apostar na inovação, romper com o estabelecido, e apostar em novos mercados. Não há volta a dar, é isto que o mercado espera da Reta e não queremos defraudar as expectativas. A Reta está a equacionar a abertura de novas oficinas? Neste momento, o nosso plano estratégico prevê replicarmos o modelo que temos no Carregado, oportunamente divulgaremos os detalhes desta estratégia. Por último, que análise faz da evolução do negócio da Reta em função da evolução do mercado dos transportes? O mercado de transportes tem sofrido uma forte sangria (para utilizar um eufemismo) a que não é alheia a conjuntura económica que vivemos e que infelizmente tem sido estrutural. Neste contexto, aqueles que se preparam melhor, aqueles cujos critérios de gestão foram mais rigorosos acabam por ultrapassar esta fase difícil. O mercado, mais cedo ou mais tarde, faz a seleção natural das melhores empresas e estou convicto que assistimos a um momento de viragem em que a atividade transportadora está a ser ou tem que ser valorizada, pois é parte indispensável na atividade económica. Assim, as empresas deste ramo de atividade que sobreviveram adotaram práticas de gestão que não se coadunam com o passado recente, pois a realidade mudou e estão melhor preparadas. Neste âmbito, a Reta como empresa fornecedora de serviços para pesados, estruturou-se ao longo dos últimos anos para esta transformação que estamos a assistir. Dito de outro modo, os atuais clientes também elevaram os seus critérios de exigência e pretendem mais e melhor serviço se possível por menos preço. É com base nesta realidade que nos preparamos também, formamos os nossos colaboradores, obtivemos certificação em qualidade e ambiente, acrescentamos secções, representamos novas marcas e serviços, entramos em novos segmentos de

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Fiamm. A Especialista em buzinas quer crescer em Portugal A empresa italiana tem uma grande experiência em primeiro equipamento que transporta depois para o aftermarket. Com uma gama completa, quer reforçar a distribuição no nosso país. TEXTO Cláudio Delicado

Fiamm é uma das principais marcas no que diz respeito ao fornecimento de buzinas a veículos novos, num trabalho fundamental no primeiro equipamento que, depois, dá origem ao outro negócio da empresa: o aftermarket de pesados. É neste que a marca aplica todos os seus conhecimentos num componente presente em qualquer veículo e que é fundamental para a segurança. “A buzina é um componente de segurança para ligeiros e pesados e o seu correto funcionamento é obrigatório por lei em todo o mundo. A buzina é um dos primeiros itens de segurança na história da mobilidade”, recorda Elena Tregnaghi, gestora da área de negócio das buzinas da Fiamm. E é um componente que raramente se vê (a não ser em alguns camiões), mas que tem que estar sempre em boas condições de utilização. No mercado global de pesados a Fiamm tem uma quota de 30%, com especial destaque para o fornecimento do primeiro equipamento de marcas francesas e alemãs. A empresa tem fábricas na Europa, no Brasil, nos Estados Unidos e na China. Em Portugal, no aftermarket, a marca italiana tem como principal distribuidor a empresa Vieira&Freitas. O objetivo da marca em Portugal passa agora por “melhorar a nossa rede no apósvenda” e, para isso, estão em contactos com novos distribuidores para aumentar a presença no mercado, explica Elena Tregnaghi à TURBO OFICINA. “Neste momento os nossos números em Portugal não são altos mas acreditamos que é possível aumentar o negócio com uma rede de distribuição maior”, explica a responsável.

QUANDO MUDAR a buzina? Os sintomas são muito fáceis de diagnosticar. Uma buzina tem que ser substituída sempre que não se oiça. As razões mais comuns passam pela entrada de água e de lama dentro da corneta, uma vez que, de facto, a buzina é montada na parte da frente do carro, podendo ser atingido pela água de lavagem e a lama da estrada. Outra das causas principais passa pelo uso longo e frequente da buzina, o que acontece especialmente em cidades e zonas com muito trânsito. “Como a buzina tem normalmente um valor baixo, é preferível substitui-la e nos mercados europeus as buzinas não podem ser reparadas, são sempre trocadas”, explica a responsável da Fiamm. Nos pesados existem algumas diferenças face aos ligeiros, até por uma questão de espaço para montar as buzinas, com cornetas de grandes dimensões. Os camiões podem ainda montar buzinas pneumáticas uma vez que têm sistemas de pressão de ar a bordo. Os camiões não usam apenas as buzinas normais de trânsito, por isso o portefólio de produtos é grande. A Fiamm oferece vários tipos de buzinas normais, eletro pneumáticas (Ultimate Blast), cornetas de grandes dimensões em inox TIR; Jericho e os alarmes de segurança BA87. A Fiamm tem também disponível uma gama completa de sirenes de emergência para ambulâncias, bombeiros e polícia.

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Liqui Moly. Entrar N em força no setor dos pesados A especialista alemã em óleos para motores coloca no mercado uma linha própria para veículos pesados, além de uma vasta gama de aditivos que podem ajudar a poupar dinheiro. TEXTO Cláudio Delicado

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os ligeiros os alemães elegeram a Liqui Moly como a sua marca de óleos preferida. Nos pesados, a marca alemã tem uma linha de produtos forte, além de vários aditivos e agora, toda essa gama passa a estar disponível em Portugal. “O principal objetivo, a curto prazo, será implementar uma estratégia que está a ser delineada neste momento. Poder apresentar um parceiro e distribuidor forte e ver o mercado a responder é, sem dúvida, um dos nossos principais objetivos”, explica Sadhna Monteiro, diretora de marketing da Liqui Moly Portugal, que pretende replicar em Portugal a estratégia adotada com sucesso já em vários países do mundo. No caso dos veículos comerciais e pesados a linha Top Tec Truck conta atualmente com quatro óleos. Estes são oficialmente autorizados pela Mercedes (228.51 e 228.31), MAN (M3477, M3575), Renault Trucks (RXD, RGD, RLD-2, RLD-3), Volvo (VDS 3, CNG, VDS IV), Mack

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(EO-N, EO-O Premium Plus) e Deutz (DQC III-10 LA). Além disso, são adequados para veículos que requerem óleo com as seguintes especificações: MAN (M3271-1), Mack (EO-M Plus, EO-N Plus), Cummins (CES 20076/20077, CES 20081), Caterpillar (ECF-1-a, ECF 2, ECF 3), MTU (tipo 2, tipo 3.1), DAF (HP-2), Deutz (DQC IV-10 LA), Renault Trucks (RLD), Scania Low Ash, DDC 93K218 e Global DHD-1. Como tal, a gama oferecida é muito vasta. Além de ser lançada em Portugal todo o catálogo de produtos para pesados, a marca promete novos produtos para os próximos meses. Devido às elevadas quilometragens, o óleo de motor utilizado na frota de pesados não é um fator a subestimar. A começar pelo facto de a utilização de um óleo incorreto estar associada a custos elevados e períodos de paragem. Por exemplo, se o veículo possuir um filtro de partículas diesel e for utilizado o óleo errado, o filtro fica rapidamente obstruído, obrigando à sua

substituição. “Para evitar este tipo de situações, a Liqui Moly disponibiliza um guia de óleos online gratuito em www.liqui-moly.pt. Basta inserir o tipo do veículo, o fabricante, o modelo e a motorização para obter uma lista de óleos adequados. Esta lista pode ser completada com o nome e a matrícula para posterior impressão”, explica Sadhna Monteiro. No entanto, existem diferenças mesmo entre os óleos adequados. Os sofisticados óleos de baixa viscosidade reduzem o consumo de combustível. Neste contexto, a Liqui Moly realizou um longo ensaio com um trator para semirreboque no sentido de testar o efeito dos óleos para motor e aditivos no tráfego de longo curso. O resultado: aos 100 quilómetros, o veículo testado consumiu menos 1,1 litros de combustível. Tendo em conta um preço de 1,40 euros por litro e uma quilometragem de 200.000 km, seria possível poupar mais de 3000 euros por ano. Mesmo descontando os custos associados aos óleos de baixa viscosidade e aditivos diesel, a poupança seria de 2200 euros por veículo. As contas são apresentadas pela Liqui Moly. Uma outra vantagem dos óleos de alto rendimento da Liqui Moly são os intervalos de mudança de óleo mais longos. “Dependendo das especificações do fabricante do veículo, são possíveis intervalos até 150.000 km. Dessa forma, reduzem-se os tempos de paragem e poupa-se dinheiro, visto ser necessário comprar menos óleo. Além disso, os óleos da marca alemã proporcionam uma proteção acrescida. O desgaste é menor, a fiabilidade do motor aumenta e os custos de reparação são reduzidos”, acrescenta a responsável de marketing. “Ter um produto de excelência é fundamental, mas torna-se insuficiente se não existir um bom suporte técnico que no apoio a eventuais parceiros quer às oficinas de pesados. Divulgar a inovação, formar e demonstrar na prática as diversas aplicações são pontos-chave na nossa estratégia”, sublinha Sadhna Monteiro. A Liqui Moly disponibiliza também, além dos óleos, uma oferta de mais de doze óleos para caixas de velocidades e vários aditivos, por exemplo, para a limpeza do motor durante a mudança de óleo protegendo-o contra o desgaste. A marca destaca o aditivo Super Diesel: uma vez introduzido no depósito de combustível, remove os sedimentos existentes no sistema de injeção. Desse modo, a combustão é mais limpa, reduzindo o consumo de combustível. A eficácia do aditivo Super Diesel foi comprovada em laboratórios independentes, bancos de ensaio de motores e ensaios de campo. Para as empresas com tanque de combustível próprio, este produto está disponível a granel, o que o torna especialmente mais económico.

Contactos Responsável: Sadhna Monteiro Telefone: 219250732 E.mail: sadhna.monteiro@liqui-moly.pt Website: www.liqui-moly.pt

Sadhna Monteiro Diretora de marketing da Liqui Moly Portugal

aliamos qualidade e redução de custos Como vai ser montada a distribuição no setor dos pesados? Estamos neste momento a reunir no intuito de iniciar parcerias de forma a termos acesso à grande distribuição deste setor. Temos uma estrutura muito virada para fornecer grandes distribuidores ficando a nosso cargo direto as formações técnicas e todo o apoio de marketing. A Liqui Moly vai apostar nas grandes frotas ou tentar entrar pelas pequenas/médias frotas? Esperamos abarcar todo o tipo de frotas independentemente do seu tamanho. A questão prende-se sempre em assegurar o fornecimento através de um parceiro válido e experiente, ficando a Liqui Moly com a responsabilidade de encontrar as melhores soluções profissionais para cada cliente. É, de facto, um mercado mais exigente mas temos a mais-valia de sermos uma marca profissional com experiência em outros mercados e com produtos para o profissional. Quais as vantagens dos lubrificantes Liqui Moly para os pesados? Tendo em conta as necessidades muito específicas dos pesados e as condições adversas a que estão sujeitos (como o calor, atrito e sujidade), desenvolvemos uma gama que assegura o bom funcionamento do veículo, a sua resistência e claro a redução de emissões de CO2 no meio ambiente. Para além destes fatores sabemos que a grande preocupação deste setor se prende com a diminuição de consumos de combustível e óleo aliados a uma excelente performance. Os nossos óleos permitem atingir excelentes resultados face a estes consumos com a maior rentabilidade e o menor desgaste possível. Se aos lubrificantes ainda forem adicionados os aditivos teremos uma manutenção de excelência o que evita custos elevados a posteriori. Para além destes produtos não nos podemos esquecer que a Liqui Moly é extremamente abrangente no que diz respeito à sua gama oferecendo soluções para problemas dispendiosos como o filtro de partículas diesel. Fazer uma manutenção que assegure o bom funcionamento de um filtro é poupança assegurada a longo prazo. Em termos de negócio o que esperam desta aposta nos pesados? Na verdade será uma surpresa. Sabemos que os pesados movimentam volumes grandes pese embora a exigência deste mercado no contexto atual da economia portuguesa, mas queremos manter a nossa linha de grande crescimento, agora também nos pesados. novembro/dezembro 2013

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empresa

TIPS 4Y. O Informação técnica para veículos pesados A TIPS 4Y é uma empresa que se dedica em exclusivo ao negócio dos sistemas de informação, representante de importantes marcas de relevo no setor, como é o caso do TecDoc. Conheça um pouco da sua oferta para pesados. TEXTO Paulo Homem

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s sistemas de informação são cada vez mais importantes e imprescindíveis no setor auto a diferentes níveis. Representando marcas como a TecDoc, TecCom, TecRMI, ALLDATA e HaynesPro (Vivid) para Portugal, a Tips 4Y assume natural relevo no mercado quer de ligeiros quer de pesados, ao disponibilizar todos estes sistemas de informação eminentemente técnicos. Os diversos produtos e soluções que a Tips 4Y comercializa englobam sistemas de identificação de peças, informação técnica sobre manutenção e reparação, oferecendo também a possibilidade de integrar os seus sistemas com outras plataformas ou desenvolver soluções à medida, como plataformas de comércio eletrónico, com a inclusão da base de dados da TecDoc. O objetivo é simples, acrescentar valor ao negócio dos diversos operadores do pós-venda automóvel, oferecendo ferramentas que potenciam a qualidade do serviço nas empresas e o grau de satisfação dos seus clientes. “A oferta de soluções na área dos sistemas de informação é tão vasta e interessante quanto a dinâmica, curiosidade, empreendedorismo e criatividade dos gestores das empresas”, afirma

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O que é a Tips 4Y? A empresa Tips 4Y (Tips For You) é um projeto lançado no mercado em meados de 2012, que se dedica exclusivamente às soluções de informação para o setor auto (incluindo ligeiros e pesados), tendo desde o início da sua atividade representado as marcas TecDoc e Vivid. Os responsáveis por este projeto são Pedro Barros e Susana Barros que, após 24 anos na empresa AZ Auto (os últimos dos quais numa parceria com o Grupo MCoutinho), decidiram dedicar todo o seu know-how ao longo das últimas duas décadas a este novo projeto, fruto da sua visão empreendedora e face à premente necessidade de especialização ao nível das tecnologias de informação. Atualmente a Tips 4Y representa as marcas TecDoc, TecCom, TecRMI, ALLDATA e HaynesPro (Vivid) para Portugal, apostando ainda na dinamização de outros projetos B2C e B2B, na sua área de negócio.

contactos Diretor Geral: Pedro Barros Telefone: 216 057 190 E-mail: info@tips4y.pt Internet: www.tips4y.pt

o Diretor Geral da Tips 4Y, Pedro Barros. Desde a sua fundação que a Tips 4y tem revelado uma extraordinária dinâmica ao nível da oferta de soluções para os seus clientes, o que leva o mesmo responsável a comentar que “nós próprios enquanto gestores pretendemos inovar e adicionar valor na nossa oferta de produtos, investindo em novas categorias de informação como a pesquisa por matrícula e os preços OE no Catálogo TecDoc. E ainda este ano faremos chegar ao mercado soluções inovadoras e com enorme potencial para o mercado do pós-venda”. TecDoc com informação de pesados O catálogo de identificação de peças TecDoc para pesados está incluído no catálogo de ligeiros, estando disponível tanto na versão online como na versão em DVD. Este catálogo inclui os construtores de pesados de mercadorias que circulam na Europa e os principais construtores de autocarros de passageiros. Para uma maior facilidade de consulta, a pesquisa no catálogo pode ser efetuada de diferentes formas. Por marca/modelo de pesado, por eixo e por código de motor, sendo

que a partir de dezembro estará disponível a funcionalidade de poder ser feita por matrícula. Neste catálogo de identificação de peças TecDoc para pesados, a família de produtos disponíveis está bastante alargada para este tipo de veículos. Destaque ainda para a possibilidade de se poder pesquisar para eixos de galeras as peças indicadas para o sistema de travagem e suspensão. Como se referiu antes a grande novidade de 2013 é a pesquisa por matrícula (que já está disponível para veículos ligeiros), opção que agora estará também disponível para os veículos pesados a partir de 1 Dezembro 2013. O catálogo TecDoc é a mais alargada base de informação, disponibilizando mais de 3.622.000 peças e de 2.121.000 imagens. Dados Técnicos Para Pesados A Tips 4Y oferece ainda um produto exclusivamente dedicado à informação técnica sobre camiões e reboques, incluindo instruções de manutenção e reparação, bem como dados relacionados com a eletrónica. Desigando por HaynesPro TruckData, este produto permite realizar a revisão de camiões e

atrelados, contendo instruções de manutenção e reparação em conformidade com os dados originais do construtor. Tal como o nome indica, TruckData é uma base de dados totalmente funcional em que o cliente acede online e encontra uma estrutura bem organizada por categorias de informação: manutenção, motor, transmissão, direção, travões, electrónica, etc. Em cada categoria acede à informação detalhada, como os dados de ajustamento, desenhos técnicos, manuais e tempos de reparação, bem como informações sobre intervalos de serviço e lubrificantes. Salienta-se ainda a possibilidade de o utilizador poder pesquisar componentes específicos através do motor de busca simples que se encontra integrado. A HaynesPro é o primeiro fornecedor de dados na Europa a disponibilizar dados do ABS e diagramas de ligações da gestão do motor para camiões. A base de dados inclui informações detalhadas sobre os 8 principais fabricantes de camiões na Europa: DAF, Iveco, MAN, Mercedes Benz, Nissan, Renault, Renault, Scania e Volvo. novembro/dezembro 2013

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EMPRESA

Empresas do Grupo Nors não sofrem alterações e tudo se mantém igual. O que mudou foi o “guarda-chuva”

Grupo Auto Sueco. Agora chama-se Nors Na sequência do forte processo de expansão, o novo nome quer ajudar a tornar o grupo um player cada vez mais internacional. A estrutura e o funcionamento das empresas de aftermarket mantém-se sem alterações. TEXTOS Cláudio Delicado

N

o ano em que assinala a passagem dos 80 anos de atividade, iniciada com a representação da marca Volvo no ano de 1933, o Grupo Auto Sueco muda a sua denominação para Grupo Nors e assume a visão de ser um dos líderes mundiais em soluções de transporte e equipamentos de construção. Nas empresas do aftermarket Civiparts (que inclui a OnTruck), a AS Parts, a ONEDRIVE (que inclui a rede de oficinas TopCar) e a Express Glass – mantém-se exatamente a mesma estrutura, as mesmas pessoas e o mesmo funcionamento. “Um elevado crescimento histórico – ancorado numa forte internacionalização – e a expansão das suas atividades para novas áreas de negócio com características distintas da atividade tradicional do Grupo levaram à necessidade de criar uma nova marca corporativa, abrangente e agregadora, capaz de sustentar a ambição de crescimento do Grupo e

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de traduzir a sua diversidade”, explica a empresa em comunicado. Para Tomás Jervell, CEO do Grupo Nors “era tempo de dar ao Grupo uma nova identidade capaz de transmitir, interna e externamente, a nossa diversidade e dimensão; tempo de assumir a responsabilidade de apresentar a nossa realidade atual à luz de uma nova marca corporativa que transmita, de forma fiel, a dimensão e diversidade de atividades do Grupo, a sua vocação multinacional e a sua estratégia de crescimento. É visão do Grupo Nors ser um

dos líderes mundiais em soluções de transportes e equipamentos de construção, assente numa estratégia de princípios e políticas transversais e por uma cultura de grupo global, mas que salvaguarde as diferenças dos mercados onde operamos.” O Grupo Nors congrega um vasto conjunto de empresas a operar em 15 países - Portugal, Espanha, Brasil, Turquia, Marrocos, Cabo Verde, Angola, Botswana, Namíbia, Quénia, Tanzânia, Uganda, Cuba, México e Estados Unidos da América - distribuídos por 4 continentes, com cerca de 4.300 colaboradores e um volume de negócios superior a 1,1 mil milhões de euros. Na génese do Grupo Nors estão 80 anos de história e atividade em Portugal, iniciada com a representação da marca Volvo em 1933. Historicamente associado à sua liderança no setor automóvel, o Grupo Nors é hoje uma multinacional com um âmbito de atuação alargado, que desenvolve as suas atividades em quatro grandes áreas de negócio – Original Equipment Solutions, que inclui a venda e após venda de camiões, autocarros, máquinas de construção, automóveis, motores marítimos e industriais e geradores; Integrated Aftermarket Solutions, que reúne o conjunto de empresas da estrutura de após venda e inclui a importação e distribuição de equipamento oficinal e peças OEM multimarca para camiões, autocarros e automóveis, e vidro automóvel; Recycling Solutions, uma área de importância crescente para o Grupo, focada no fornecimento de soluções e equipamentos de reciclagem, que desenvolve atividades na área de reciclagem de pneus, fabrico de equipamentos de recolha e tratamento de resíduos urbanos e soluções para deposição temporária de resíduos sólidos urbanos; e SafekeepingSolutions, que abrange as atividades Seguradora e Centros de Inspeção Automóvel.

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frotas

Paulo Duarte. D Resultados surpreendentes na manutenção Motivada por uma lógica de redução de custos e de um maior controlo operacional da frota, o Grupo Paulo Duarte investiu muito nas oficinas próprias e teve resultados surpreendentes. TEXTO Paulo Homem

ispondo de quase 700 viaturas, a grande maioria veículos pesados, o Grupo Paulo Duarte acabou de abrir a sua quarta oficina, desta feita na Azambuja. Possui a oficina principal em Torres Vedras, tendo ainda estruturas oficinais em Lamego e no Porto. “Se vendêssemos serviços externos de oficina, éramos seguramente a maior oficina de pesados em Portugal”, começa por afirmar Gustavo Paulo Duarte, diretor comercial do Grupo Paulo Duarte. Desta forma não é de estranhar que toda a manutenção da frota do Grupo seja feita internamente, quer ao nível da mecânica ligeira quer da mecânica mais pesada. “Recorremos às marcas sempre que precisamos, por alguma questão técnica ou porque o veículo está em garantia, mas a partir daí toda a manutenção e reparação é feita por nós”, explica o mesmo responsável. Nas instalações de Torres Vedras dispõe de 12 mecânicos, que fazem serviços acrescidos de mecânica, bate-chapa, pintura, eletricidade e pneus (entre outros), enquanto nas restantes estruturas tem apenas serviços normais de manutenção, visto que em Lamego tem novembro/dezembro 2013

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frotas

Pneus com contrato A única área onde existem contratos de manutenção acordados com fornecedores externos é nos pneus, mesmo dispondo o Grupo Paulo Duarte de uma representação própria de pneus. “A maioria dos pneus da nossa frota são geridos pela Michelin, pagando o Grupo Paulo Duarte um valor por quilómetro percorrido”, revela Gustavo Paulo Duarte, explicando que esta política é seguida para a frota de estrada, que transporta matérias perigosas ou que faz longo curso, pois a Michelin garante com mais rapidez a manutenção e troca dos pneus. Para casos muitos específicos de utilização de determinado tipo de frota, com outro tipo de exigência em matéria de pneus, a empresa utiliza uma marca de pneus da qual é representante em Portugal. “Estes pneus têm um custo muito inferior, que equipam uma frota de 30 unidades que pela natureza dos serviço que fazem servem as nossas exigências”, explica o diretor comercial deste Grupo.

Histórico rentabiliza serviço

apenas um mecânico, dois no Porto e dois na Azambuja. Software Dispondo de uma equipa interna de IT (informática), o Grupo Paulo Duarte desenvolveu recentemente para a manutenção e reparação das suas viaturas, um software específico que monitoriza toda esta atividade. É preciso explicar primeiro, que o Grupo Paulo Duarte “faz uma gestão da oficina bem diferente do que se fosse uma oficina com serviço externos” afirma Gustavo Paulo Duarte que explica que são os gestores de tráfego que gerem todos os camiões e que por sua vez informam a oficina, via software interno, que que existem viaturas que precisam de manutenção. Estes pedidos de agendamento são tratados e analisados por um responsável, que aós falar com o motorista e com o gestor de tráfego, não irá permitir que a viatura pare para manutenção sem antes aprovisionar as peças

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necessárias para a efetuar. “Com uma faturação média de 400 euros/dia por camião, sempre que a mesma está parada para manutenção, representa que esse valor já não se consegue recuperar”, explica o mesmo responsável, argumentando dessa forma o quão é importante efetuar a manutenção preventiva. Se antes existia dificuldade em saber o custo indireto da paralisação de um camião, hoje em dia com o software interno que foi desenvolvido no Grupo Paulo Duarte, no momento em que é fechada a folha de obra de uma viatura é conhecido de pronto o custo total da sua imobilização. Este software interage com diversos outros softwares (gestão oficinal, gestão de frota e gestão da contabilidade), analisando-se assim todo o tipo de custos (imobilização da viatura, peças, mão-de-obra, etc), o que permite saber tal o custo total de imobilização. Este custo é também refletido nos mapas de

Desde que uma nova viatura entra para o Grupo Paulo Duarte, até ela ser vendida, a empresa possui um histórico detalhado do custo da mesma. Simultaneamente, outras informações como o histórico de manutenção, as peças consumidas por viatura, entre muitas outras, permitem que os responsáveis da empresa decidam a compra de novas viaturas para frota com base nessas informações. Com a gestão da manutenção a ser feita a este nível na empresa, tal acaba por trazer sinergias a todas as outras áreas da empresa. “Permite saber de forma mais apurada, que tipo de viatura é que coloco em determinado serviço de determinado cliente”, refere o diretor comercial da empresa.

Contactos Diretor comercial: Gustavo Paulo Duarte Telefone: 261 910 500 E.mail: geral@tpduarte.pt Website: www.transportespauloduarte.pt

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Serviço externo Tendo as oficinas próprias totalmente equipadas e dotadas de todos os meios para efetuar qualquer operação de manutenção ou reparação, será possível pensar em abrir as oficinas a clientes externos? “Estamos cada vez mais habilitados para fazer tudo dentro de casa”, começa por referir Gustavo Paulo Duarte, que acrescentada que “essa ideia de fazer serviços oficinais para clientes externos já foi tido em consideração”. Porém, apesar de ser uma situação que está em estudo “este não é o momento ideal. Não só porque não temos capacidade de replicação para abrir muitas casas, como é um negócio que tem que dar muito lucro. Por isso de momento não iremos avançar” explica Gustavo Paulo Duarte.

o desenvolvimento de um software interno permitiu controlar ao detalhe o custo de cada veículo da frota da empresa análise de rentabilidade de viatura no final de cada mês. “Cada reparação que seja corretiva e não preventiva, leva a um aumento de custos e isso tem um impacto brutal e influencia os objetivos mensais dos gestores de tráfego. Isso leva-os a programar melhor a manutenção, que em média será de um dia por mês por camião”, refere Gustavo Paulo Duarte. Este software, que está em funcionamento desde meados de 2013, trouxe enormes melhorias internas no sentido em que passou a existir uma preocupação de todos os que têm intervenção no processo em trabalhar bem com o software ao nível dos tempos de manutenção e na optimização do fluxo da viatura em geral. “Conseguimos reduzir efetivamente os custos de manutenção e de reparação bem como os custos de paralisação” esclarece Gustavo Paulo Duarte. O custo total contabilístico, incluindo peças, recursos humanos, equipamentos, eletricidade e custos da manutenção, dividido por camião e por hora é de 25% do custo / hora de um reparador autorizado (pós-venda oficial da marca). Segundo os dados avançados por Gustavo Paulo Duarte, o custo por camião e por hora é de 24 euros, ao nível da manutenção. “A diferença dos custos de manutenção entre o que era há um ano e o que é agora é abismal. Estamos a falar numa redução de 25%” explica o mesmo responsável.

sempre um imprevisto com alguma viatura. Por essa razão é que Gustavo Paulo Duarte diz que é muito interessante gerir uma empresa de transportes, porque “não há dois dias iguais”. Para socorrer a qualquer imprevisto, reduzindo até custos de trazer o pesado às oficinas, o grupo Paulo Duarte possui quatro carrinhas de serviço rápido, que permitem assistir na hora qualquer imprevisto que possa ser reparado no local. Peças Com um enorme volume de serviço ao nível da manutenção, o consumo de peças é também algo decisivo nesta operação, recorrendo a empresa a grossistas especializados. “Apostamos por norma em peças de qualidade equivalente. A escolha de peças originais dependente muito do tipo de serviço que a viatura faz”, revela Gustavo Paulo Duarte. Refira-se que, por mês, a empresa tem um custo superior a 200 mil euros em manutenção, que não é só de peças, mas que permite ter uma noção da importância que este operador tem no negócio oficinal. Como não reduziu efetivos por causa da crise económica e como não baixou salários aos seus efetivos, a redução de custos de operação (neste caso ao nível da manutenção das viaturas) e com a frota acabou por ter efeitos muito positivos na atividade da empresa.

O Grupo Paulo Duarte Com instalações em Torres Vedras, Setúbal, Matosinhos, Azambuja e Lamego, o Grupo Paulo Duarte (onde estão incluídas diversas empresas de transporte) possui quase 700 viaturas, 560 reboques e conta com cerca de 800 colaboradores (quer na área dos transportes quer na área da agricultura), tendo já iniciado a expansão internacional, com presença em Espanha (Huelva e Almendralejo). Em atividade desde 1946, possui atualmente várias certificações. Em 2012, faturou 57,2 milhões de euros A Transportes Paulo Duarte, Lda., maior empresa do Grupo Paulo Duarte, é uma companhia de prestação de serviços de transporte rodoviário nacional e internacional, cuja área de atuação se estende à logística da distribuição, assegurando aos clientes um serviço eficaz e completo na distribuição dos seus produtos. A empresa é, atualmente, uma referência a nível ibérico nos transportes de líquidos alimentares e mercadorias perigosas a granel. Nestlé, Repsol, Cepsa, Galp, Prio, Sovena, Continente e Unicer são alguns dos seus principais clientes.

Serviço na estrada Com uma frota tão grande e tão diversificada, operando 24 sobre 24 horas, todos os dias existe

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Auto Sueco. A Disponibilizar uma oferta global Fazer todo o tipo de serviços no pós-venda e peças é hoje um desígnio de qualquer importador de veículos pesados. A Auto Sueco não foge a essa regra e conta-nos o nível de desenvolvimento que existe nestas áreas. TEXTO Paulo Homem

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Auto Sueco Portugal é importador e distribuidor das marcas Volvo Trucks, Volvo Bus e Volvo Penta (motores marítimos e grupos geradores). A Rede nacional de assistência Volvo é constituída por dezoito concessionários, sendo que a Auto Sueco detém a sua maioria com nove unidades de pós-venda, a Ascendum (participada em 50% pela Auto Sueco, mas com gestão autónoma) com cinco oficinas, existindo ainda quatro estruturas independentes. Das três direções da empresa, a de peças é gerida por Paulo Taborda e a de pós-venda tem como responsável José Bruno Osório, que têm dupla responsabilidade, ao nível do importador e ao nível do retalho, neste caso nas unidades Auto Sueco. “Independentemente desta organização, as regras estão muito bem definidas para toda a rede que assiste veículos Volvo em Portugal. Aliás, um dos nossos pontos fortes é mesmo

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Novo projecto focado no cliente Um dos grandes projetos internos que decorre na Auto Sueco chama-se “Connect”. Este projeto procura harmonizar a visão que a organização detém sobre cada um dos clientes, espelhando o seu relacionamento nas áreas comercial, peças e pós venda. Tendo como ponto de partida esta visão única e abrangente sobre cada um dos clientes, o projeto Connect tem como objetivo tornar mais clara e mais justa a oferta Volvo para cada um destes, maximizando os seus benefícios. Trata-se de um projeto que arrancou em 2012, na altura tendo como âmbito apenas a atividade de peças e que se estendeu no primeiro trimestre de 2013 a todo o negócio de pesados Volvo em Portugal, compreendendo um conjunto importante de alterações ao nível da política comercial nas três áreas do negócio e que tem tido, segundo os responsáveis, “uma aceitação muito positiva por parte dos clientes até ao momento”.

a grande estabilidade da rede, existindo concessionários com quem trabalhamos há mais de 20 anos”, refere José Bruno Osório, adiantando que a política comercial é transversal a toda rede seja nas peças seja no pós-venda. “A forma como segmentamos os clientes é uniforme em toda a rede, a política de descontos é de acordo com esta segmentação, a estrutura de “pricing” que é definido pelo importador é seguida escrupulosamente por todos, enfim, existe apenas uma velocidade na em toda a rede”, afirma Paulo Taborda. Peças Considerado como fundamental para o desenvolvimento da empresa, a faturação a cliente final da rede de concessionários, ao nível das peças, foi de 30 milhões de euros. “Sempre demos muita importância ao negócio de peças, quer ao nível de vendas e marketing

quer na gestão de stocks, sendo esta uma área fulcral, pois não interessa só vender bem é preciso comprar bem”, assegura Paulo Taborda. Nos últimos quatro anos o negócio de peças tem vindo a decrescer em termos de volume, mas tem vindo a crescer gradualmente nos últimos 10 anos (à exceção de 2012) em termos de rácio faturação / parque circulante, o que significa “que estamos a ganhar quota de mercado” afirma o responsável de peças. Cerca de 56% do volume de faturação nas peças é feita nas oficinas Volvo, sendo o restante vendas externas (em balcão e força de vendas) para oficinas independentes e frotas. As peças para camiões representam 90% do negócio total de peças Volvo, enquanto as peças para autocarros apenas contribuem com 5%. Diga-se ainda que são 15 os vendedores de peças Volvo em Portugal, que dinamizam este negócio junto de clientes externos.

Marca Volvo A política de produto ao nível das peças originais Volvo, está muito bem definida na marca, não existindo nenhuma segunda linha de peças. “Não queremos que exista uma segunda linha de peças”, diz Paulo Taborda, argumentando que “se perdemos o foco nas peças originais, perdemos a nossa orientação estratégica nesta área. A marca sempre soube trabalhar as peças originais e é aí que vamos continuar a apostar”. O responsável de peças da Auto Sueco diz que a empresa tem argumentos muito importantes, para além da qualidade inerente às peças originais. O grau de serviço anda na ordem dos 98%, isto é, “raramente não temos a peça no momento em que o cliente a solicita”, afirma Paulo Taborda, enunciando de pronto outros fatores de competitividade como a dispersão geográfica da rede de 18 concessionários (cobertura total do país), os 4,23 milhões de

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A Volvo possui uma das maiores redes de assistência de marca que existe em Portugal

A área das peças e do serviço pós venda interagem cada vez mais com a área comercial no sentido de oferecer mais vantagens aos clientes

euros investidos em stock, mais de 40.000 referências ativas, o “Know-How” de toda a equipa que trabalha às peças, entre outros. “Sempre primamos por uma gestão de stock eficaz, eficiente e sempre com o foco no cliente e isso não é para alterar” revela Paulo Taborda. Eventos para clientes nos concessionários, visitas às instalações dos clientes com formadores próprios em peças, prospeção e telemarketing (acompanhar o cliente), são ainda outras ações que a divisão de peças tem vindo a fazer. Para 2013 a Auto Sueco tem como objetivo crescer 3% no rácio vendas / parque circulante. Para o atingir estão a ser desenvolvidas campanhas promocionais (mensais e com produtos específicos), a grande maioria estão associadas ao pós-venda oficial onde existem objetivos comuns. Pós-venda Com uma rede de 18 oficinas oficiais, bastante estável e dedicada, o pós-venda Volvo em

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Portugal está num estágio de evolução e maturidade que provavelmente nenhuma outra rede tem. “Uma decisão do Importador é incorporada facilmente em todo o pós-venda, sem que existam reservas quanto ao seu efeito, o que demonstra que existe uma família Volvo que está perfeitamente ciente do trabalho que todos estamos a desenvolver em conjunto”, refere José Bruno Osório. Face à redução acentuada que o parque circulante de camiões e autocarros Volvo tem vindo a sofrer nos últimos 5 anos, existe alguma apreensão no pós-venda, pois isso representa menos serviço. Essa situação levou a direção de pós-venda a tomar algumas medidas no sentido revitalizar o serviço oficinal, como seja o projeto “Connect” (ver caixa). Contratos de assistência (de manutenção ou de manutenção/reparação), Volvo Action Service (assistência na estrada e assistência disponível nos 1.100 pontos da rede em toda

a Europa), Volvo Express Service (serviços rápidos), venda e montagem de pneus, colisão, assistência a superestruturas (camião e reboque), substituição e reparação de vidros, entre outros, são alguns dos serviços associados ao pós-venda que estão disponíveis em praticamente toda a rede de assistência Volvo. “Com a crise que está instalada no mercado, os clientes tornaram-se cada vez mais exigentes. Pensamos que estamos a fazer o trabalho necessário para que não sobre espaço ao cliente, isto é, que ele tenha na nossa organização tudo o que precisa para a assistência ao seu camião e à sua frota da forma mais eficiente possível”, afirma José Bruno Osório, concluindo que “o cliente é visto por nós de uma forma integrada e isso tem sido uma mais valia, quer interna, quer para os próprios clientes”.

Contactos Diretor Peças / Pós-venda: Paulo Taborda / José Bruno Osório Telefone: 226 150 300 E.mail: dsoares@autosueco.pt Website: www.autosueco.pt

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Scania Portugal. O Tempo de preparar o futuro Num espaço de apenas 15 dias a Scania inaugurou as duas novas sucursais que detém em Portugal, funcionando na delegação sul as também novas instalações oficiais da marca no nosso país. É tempo de olhar para o futuro. TEXTO Paulo Homem

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passado já lá vai. Nos últimos seis anos a Scania viveu uma nova fase da sua vida em Portugal como se prova pela recente dupla inauguração das instalações em Portugal, em Mangualde e Vialonga, que projetam a empresa para o futuro. No dia 14 de setembro a empresa teve 200 convidados na inauguração das instalações de Mangualde, situadas junto à A25 (uma das principais via de entrada e saída do país), que ocupam uma área de 6.600 m2 entre escritórios, pós-venda (oficina e peças) e parque exterior. Apesar de já estarem a funcionar deste finais de abril, as novas instalações da Scania Portugal em Vialonga e do concessionário da região sul (ao lado da A1 próximo das portagens de Alverca) foram apenas inauguradas no dia 29 de setembro, no qual estiveram presentes muito clientes da marca. A área total das instalações é de 20.000 m2, sendo que perto de 3.000 m2 são dedicados aos escritórios do distribuidor e do concessionário, área de formação de motoristas, serviços financeiros, oficina e peças.

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Mathias Carlbaum Diretor Geral da Scania Ibérica

“É uma nova fase da vida da Scania” O que representam estes dois novos investimentos da Scania, em Mangualde e Vialonga? É, sem dúvida, uma nova fase da vida da Scania. Os últimos três anos, que coincidem com a minha presença na Scania Ibérica, têm sido muito difíceis quanto à economia de Portugal, onde não é possível prever o que vai acontecer, mas temos fé que tudo vai melhor. Este é o momento para construir a base para o futuro. Vamos aproveitar para crescer com o mercado, pois temos objetivos ambiciosos em recuperar a nossa presença em quota de mercado e em serviço pós-venda. Obviamente que as instalações são muito importantes nesta estratégia, mas o mais importante são mesmo as pessoas, nas quais estamos a investir muito ao nível da formação, para se sintam como fazendo parte da família Scania e assim possam prestar ao cliente o melhor serviço de atendimento. Com estas duas novas instalações, o processo de reestruturação da rede fica concluído? Grande parte desse processo está feito. Contudo, estamos a estudar novas instalações para as operações que já temos, mas este é um processo contínuo e que não tem fim. Para nós é muito

Contactos Responsáveis (Sul / Norte): Francisco Rezio / Paulo Duarte Telefone: 244 848 750 / 229 577 602 Website: www.scania.pt

Estrutura Dependente da Scania Ibérica, que tem Mathias Carlbaum como Diretor Geral, a Scania Portugal está estruturalmente organizada em duas zonas distintas, Norte e Sul, representadas por estas novas instalações, tendo cada uma o seu responsável, Francisco Rezio (Sul) e Paulo Duarte (Norte). A Scania Portugal – Região Sul (Vialonga, Coimbra e Leiria) passa a ser a responsável por todo o negócio da marca de Leiria até ao Algarve (incluindo as ilhas), enquanto a Scania Portugal – Região Norte responde pelo negócio de Leiria para Norte, tendo dois pontos de serviço no Porto e Mangualde. Nestas duas novas instalações “oficiais”, a Scania continuará a oferecer assessoria especializada na venda de camiões e autocarros, tanto novos como usados, motores marítimos e industriais, e uma assistência financeira sólida e completa. Entre os serviços pós-venda e peças, estes dois concessionários têm uma oferta que vai desde a reparação de camiões, autocarros e semirreboques, até contratos de reparação

importante ter melhores instalações que ofereçam boas condições de trabalho aos nossos recursos humanos, onde possamos trabalhar bem em termos de formação, sem esquecer de ter as melhores condições possíveis para atender o cliente seja na venda seja na oficina ou nas peças. Penso que estas instalações estão até acima do que já é o elevado padrão da Scania. Vai existir uma maior agressividade comercial ao nível do pós-venda e peças? Já durante o último ano fizemos mais campanhas do que alguma vez tínhamos feito no pós-venda. Também aqui temos que ver as necessidades dos clientes, pois não existem dois clientes iguais. Temos que trabalhar muito para lhes prestar o melhor serviço quer interna quer externamente. Estas novas instalações são também uma importante melhoria na qualidade do serviço pósvenda e nas peças. Qual o futuro da renovada Scania em Portugal? Fazemos muitos estudos de satisfação com os nossos clientes. Já vimos tendências de melhoria, mas sabemos que temos que fazer ainda mais. Logicamente que queremos também crescer em todos os indicadores de mercado, mas para isso temos que estar cada vez mais próximos dos nossos clientes.

e manutenção personalizados, pacotes de serviços, aferição de tacógrafos, alinhamento de direções de pesados, peças e acessórios oficiais. “Um dos nossos objetivos passa pela modernização da rede. Depois de Vialonga e Mangualde, vamos também investir no Porto e Coimbra, que vão ter instalações modernizadas, pelo que só depois pensaremos em fazer crescer a rede, apesar de que, com a atual estrutura, já conseguirmos ter uma boa cobertura do país”, refere Francisco Rezio, Diretor Regional Sul da Scania. Sobre o serviço pós-venda e peças, o mesmo responsável fez questão de referir que “com estas instalações pretendemos consolidar a qualidade dos serviços prestados e criar serviços complementares tais como, o serviço de reparação e manutenção de semi-reboques Scania Trailer Services, o serviço de gestão de frotas Scania FMS, a formação de motoristas Scania Driver Training e os habituais contratos de reparação e manutenção. Alguns destes serviços são apostas muito fortes da Scania, em função das necessidades que sentimos dos clientes”. novembro/dezembro 2013

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empresa em destaque

RF Auto. Especialização assumida

Diversificar serviços e adaptar-se cada vez mais às necessidades dos clientes, foram alguns dos desafios recentes da RF Auto, uma oficina de pesados independente, especializada na área da repintura de veículos pesados. TEXTO Paulo Homem

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s quase 10 anos de existência da RF Auto têm sido marcados pela visão empresarial do seu dono. Ricardo Ferreira passou toda a sua vida profissional ligado às tintas e à repintura mas, em 2003, decidiu fazê-lo por sua conta e risco. Tinha ideias bem claras do que devia ser um negócio oficinal especializado na repintura de pesados, pelo que em 2008 não só fez crescer as instalações para o dobro, como em 2010 voltou a integrar um novo espaço, especificamente dedicado à reparação de chapa, que pela natureza do serviço (que faz mais lixo) está mais resguardada mantendo assim as restantes instalações limpas e agradáveis à vista. Neste percurso investiu sempre muito e apostou na diferenciação para a concorrência, tendo, por exemplo, uma das maiores estufas de pintura que existe em Portugal (com 20 metros de comprimento) que serve especificamente para o serviço de autocarros, galeras e

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veículos especiais, não esquecendo que ainda dispõe de uma outra estufa com 9 metros de comprimento. “Fomos sempre investindo muito no negócio, mas nos últimos três anos o mercado mudou muito, devido à crise, o que nos levou a reorganizar a atividade, adaptando espaços, dinamizando novos projetos, reduzindo custos, angariando novos clientes e, portanto, tudo isso levou-nos a ser ainda mais profissionais naquilo que sabemos fazer bem como na gestão da oficina”, revela Ricardo Ferreira, gerente da empresa, que diz que o pior já terá passado e que os últimos seis meses já deram frutos após a reorganização das empresa. Especialização Um dos fatores diferenciadores que a RF Auto tem face a outras oficinas para veículos pesados é a sua especialização em colisão. Diz o seu responsável que a empresa até já foi “convidada”

a entrar nos serviços de mecânica, incentivada mesmo por alguns clientes. “Mas considero que não iriamos marcar pela diferença, como o fazemos na área da colisão. A especialização é muito importante para nós, como para o tipo de clientes com quem trabalhamos, que se revê em nós como um parceiro especializado nesta área”. São diversos os clientes da RF Auto, com destaque para empresas de transportes, frotas de pesados, veículos do aeroporto mas também para concessionários oficiais de marca, tendo ainda a empresa outras parcerias, onde sobressai o acordo com uma empresa belga para a qual é feita a preparação de veículos transformados para transporte de cavalos”. “Estamos preparados para dar respostas a qualquer tipo de veículo pesado multimarca, seja ele autocarro, camião ou veículo comercial. Estamos preparados tecnicamente e temos todas as condições ao nível de equipamentos e infraestruturas para efetuar um serviço de colisão completo. Assumimos mesmo a nossa especialização nesta área”, refere Ricardo Ferreira. Parceiros fortes Para se ter sucesso neste negócio, Ricardo Ferreira diz que é preciso ter uma equipa muito responsável e concentrada naquilo que faz, sem esquecer a formação, mas também ter parceiros fortes e duradouros, como é o caso da Standox, que “não só é nosso parceiro desde o

Contactos Responsável: Rui Ferreira Telefone: 263 299 704 E.mail: r.f.auto@sapo.pt Website: n.d.

início, como tem acompanhado tecnicamente e em termos qualitativos as nossas exigências, ajudando-nos muito na qualidade do serviço que damos aos nossos clientes”. Fazendo a RF Auto mecânica de colisão, a política da empresa passa sempre por ter parceiros que lhe garantam a incorporação de peças de qualidade nos veículos dos seus clientes. “O pior que podia acontecer era o cliente voltar passado pouco tempo com um problema numa peça. Não podemos arriscar situações dessas, por isso não incorporamos peças de pouca qualidade”, assegura o responsável da RF Auto. O investimento em software dedicado à colisão (gestão, orçamentação, etc), permite também controlar melhor todos os processos operacionais, rentabilizando ao máximo a atividade da empresa, por via também de uma redução de custos e da rentabilização dos tempos. “O investimento nestas ferramentas é muito compensador a todos os níveis, mas também por via da relação que temos com os gabinetes de peritagem. Isto ajuda-nos também a justificar os valores que praticamos, mas existe um enorme know-how que, muitas vezes, é mais útil que qualquer software de orçamentação”, revela Ricardo Ferreira. Numa altura em que o argumento preço é primordial neste mercado, Ricardo Ferreira não esquece que a qualidade de serviço e cumprir prazos de entrega são fatores importantes e que fazem parte do ADN da empresa. Por isso, o futuro seguirá sempre, no entender deste responsável, estas linhas orientadoras, procurando sempre “incrementar a nossa especialização na colisão, melhorando processos e servindo cada vez mais com qualidade o nosso cliente”. Refira-se que a equipa da RF Auto são 16 pessoas, e que, neste momento, o volume de trabalho é superior à mão-de-obra disponível… o que não acontecia no início do ano.

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Geolocalização. Rentabilizar o seu negócio Acompanhar os movimentos dos seus colaboradores, definir rotas mais eficientes, controlar custos e garantir que o seu negócio anda sempre ao ritmo certo, tudo à distância de um clique. Estas são apenas algumas das vantagens dos sistemas de geolocalização de frotas, um mercado cada vez mais abrangente e repleto de soluções. TEXTOS André Bettencourt Rodrigues

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eduzir custos está na ordem do dia e não há dúvida de que esta é uma preocupação transversal a todas as áreas de negócio. No entanto, a aplicação de medidas de racionalização eficazes é particularmente importante no setor dos transportes e da distribuição, com os agentes que operam nestes mercados a pagarem um preço particularmente elevado de cada vez que existem variações, ainda que mínimas, no preço da gasolina ou no consumo registado. Estas preocupações assumem um cariz especialmente importante se pensarmos que mais um litro por cada cem quilómetros pode representar uma diferença de milhares de euros quando chega a altura de fazer contas. E que o mesmo se aplica em componentes de desgaste como os pneus ou em quaisquer outros que possam ter um impacto no custo de imobilização de cada veículo. Os tempos podem ser outros, mas a verdade é que há uma regra que não muda: continua a ser dinheiro. Uma forma de limitar estes danos está na adoção de uma postura preventiva na gestão de custos e recursos, muitas vezes aplicável através do acompanhamento diário da evolução da balança de pagamentos e da tabela de gastos, em vez de a remeter mais lá para o final do mês. Outra é contratar um serviço que lhe permita controlar vários aspetos da sua frota, desde a velocidade e consumo médios, aos quilómetros percorridos, ao número de vezes em que o veículo esteve imobilizado e às rotas escolhidas – um conjunto de informação com a qual poderá tomar a decisão certa à hora certa e adaptar o fluxo empresarial às suas necessidades. Nesse sentido, a TURBO OFICINA PESADOS contactou mais de dez empresas que comercializam serviços e equipamentos de geolocalização, sistemas que controlam o seu veículo graças ao recurso à tecnologia de satélite e cuja importância é cada vez maior no quadro da poupança. Desses,

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cinco responderam com precisão a tudo o que lhes pedimos, incluindo dois dos principais operadores do mercado, a Inosat e a Cartrack. As perguntas eram simples e tinha como objetivo dar a estes operadores a possibilidade de demonstrar as suas valências às empresas que habitualmente lidam com frotas de pesados: 1) Que soluções de geolocalização disponibilizam para frotas de pesados; 2) De que maneira estas contribuem para a redução de custos da frota; 3) Em que direção aponta o mercado e qual o futuro deste tipo de soluções. O resultado, esse, é o que pode ler de seguida.

CARTRACK www.cartrack.pt Eng. João Fonseca, Sales Management

1. Temos dois tipos de serviço para localização de frotas. O safe fleet Management, um instrumento que permite uma gestão eficiente das frotas, enquanto garante uma forte componente de segurança em todas as viaturas, é o produto mais indicado para as empresas que querem ter um controlo rigoroso dos seus custos, garantindo ao mesmo tempo, a segurança dos seus trabalhadores e bens. Este produto dá a possibilidade ao cliente de gerir a sua frota através da plataforma online, onde pode ter acesso em tempo real a todos os seus veículos, bem como a funcionalidade de extração de relatórios de quilometragem, viagens e percursos, entrada e saída de zonas de interesse bem como o perfil de condução dos veículos da frota. Fleet – gestão de frota: baseada numa tecnologia de localização por GPS E GPRS, o cartrack fleet dá ao cliente a possibilidade de gerir a frota através da Plataforma online, onde consegue ter acesso à posição de cada veículo em tempo real, bem como a funcionalidade de extracção de relatórios de quilometragem, viagens e percursos, e do prefil de condução

praticado nos veículos da sua frota. É deste modo, a ferramenta essencial para a gestão eficiente de frotas. É de utilização simples, eficaz e trará ganhos significativos de produtividade e rentabilidade. Além destas soluções temos disponíveis, serviços adicionais para viaturas pesadas, como a leitura de combustível, roubo de combustível e sensor de portas.

2. Através da poupança ao nível do combustível (-5 km por dia equivale a uma poupança de 8.47€/mês), da manutenção da viatura (-5 km por dia equivale a uma poupança de 20.00€/ mês em manutenção) e das comunicações (-10 minutos por dia equivale a uma poupança de 17.60€/mês). As nossas soluções traduzem-se ainda numa maior produtividade e segurança, com proteção acrescida e auxílio aos condutores, numa condução mais segura e na recuperação da viatura em caso de roubo. Além das poupanças que apresentamos os nossos produtos permitem: localização em tempo real,

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acompanhamento da carga minuto a minuto, registo de horas de condução, registo de chegada e de saída de pontos de distribuição, identificação do veículo mais próximo a um ponto, informação precisa para o cliente final sobre a sua mercadoria, controlo do tempo de improdutividade, alarmes de excesso de velocidade, registo de chegada e saída de pontos de recolha ou entrega da mercadoria.

3. O mercado há muito que já não procura apenas uma solução de localização e cada vez mais o nível de serviço é um fator determinante. A nossa oferta vai nesse sentido, proporcionar ao cliente uma clara mais-valia a nível do serviço prestado. Não nos queremos posicionar como um fornecedor mas sim como um parceiro do cliente no ato de gerir a respetiva frota, tanto a nível de solução apresentada como no acompanhamento que é essencial. Dando exemplos concretos, a Cartrack oferece para o mercado de

Pesados uma solução que permite a leitura não só do nível da boia, como também dos litros consumidos. No mercado de ligeiros, oferecemos uma solução que permite às empresas gerir as viaturas e aos colaboradores sentirem-se confortáveis com um acompanhamento de uma sala de controlo 24h/ dia para o caso de necessidade. Como apoio ao cliente na área de análise financeira, a Cartrack disponibiliza, sem qualquer custo adicional, um apoio que estuda o impacto financeiro da nossa solução em cada frota. Acreditamos que este é o caminho a seguir e o único possível para este tipo de soluções no futuro.

INOSAT www.inosat.pt Jorge Carrilho, CEO

1. A solução Inofrota tem uma base comum a empresas de qualquer segmento de atividade, o que significa que requisitos como localização

em tempo real, monitorização de rotas, relatórios de atividade, controlo de horários de colaboradores e acompanhamento de visitas efetuadas são transversais a qualquer segmento e a qualquer tipo de frota, seja ela de pesados ou de ligeiros. Existem, no entanto, segmentos de mercado específicos, como as frotas de pesados, que têm em comum necessidades decorrentes da sua própria atividade e para os quais a Inosat desenvolve soluções adequadas. Existem várias preocupações comuns às empresas com frotas de pesados: se, por um lado, os custos operacionais continuam a subir drasticamente, sobretudo influenciados pelos custos com combustíveis, por outro existe uma cada vez maior exigência por parte do cliente final em termos de qualidade de serviço. Adicionalmente, a segurança rodoviária tem assumido uma relevância cada vez maior neste setor. Para todas estas preocupações a Inosat tem ofertas específicas, que permitem ao cliente garantir a rentabilidade da frota. novembro/dezembro 2013

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2. A solução Inofrota tem como principal vantagem o aumento dos níveis de produtividade das empresas e a redução de custos. Esta rentabilização é conseguida através da implementação de mecanismos e processos de trabalho que assegurem níveis de produtividade elevados, nomeadamente reduzindo horas de trabalho improdutivas, desvios à rota injustificados e utilização dos recursos da empresa de forma indevida. A solução permite, por exemplo, reduzir o número de quilómetros percorridos com base na optimização de rotas, aumentar o número de visitas efetuadas, conhecer e reduzir tempos de espera para descarga. A oferta descrita atrás permite atuar na redução de custos em vários níveis: custos com combustível, manutenção e comunicações. Ao nível dos custos com comunicações temos uma oferta muito competitiva no que diz respeito às comunicações em roaming, um custo extremamente elevado para as empresas a operar na área dos transportes internacionais. Ao nível da redução de custos com combustíveis, o InoXpert permite obter informações do CanBus da viatura, analisando o consumo real de combustível e os abastecimentos efetuados, permitindo ao gestor de frota identificar rápida e facilmente situações anómalas, como por exemplo roubos. Adicionalmente a monitorização do estilo de condução dos motoristas e o consequente incentivo de comportamentos menos agressivos permite reduzir os custos com o consumo de combustível o que se traduz na obtenção de uma poupança significativa que varia entre os 8% e 15% nos custos mensais. Além do mais, estilos de condução menos agressivos têm influência no desgaste das viaturas, permitindo a redução de custos associados à manutenção das viaturas. O controlo da carga transportada e a prevenção

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e identificação de roubos são essenciais para algumas destas empresas, sendo que a Inosat dispõe de uma série de soluções para controlar abertura e fecho de portas. Algumas delas mais tradicionais e outras mais ajustadas às necessidades específicas de cada cliente.

3. Tendencialmente o futuro aponta para um crescimento na penetração de mercado, que está ainda longe de estar saturado. Quanto a novas soluções e desenvolvimentos de produto, a expansão internacional da Inosat tem-nos permitido absorver necessidades externas. Em Angola, por exemplo, foi-nos solicitada a integração de um alcoolímetro nas viaturas pesadas, impedindo que estas se desloquem caso o condutor acuse álcool no sangue. Alertas sonoros para comportamentos agressivos ao volante estão também a ser implementados. A tendência passa sobretudo por soluções com maior enfoque na gestão dos recursos móveis em detrimento da simples localização das viaturas. O aumento da segurança continua a ser uma questão essencial para estas empresas.

Portugal Telecom www.ptnegocios.pt / www.masternaut.pt Fonte: PT

1. A garantia de qualidade e segurança da mercadoria transportada, bem como a redução ao máximo dos tempo de imobilização das viaturas, leva-nos a apresentar soluções em portefólio, para complemento à geolocalização pura de frota. Destacamos 5 importantes ofertas: Geonav, Leitura e descarga de tacógrafo, Ecocan, Mastercold e Tailor Made Solutions. A Geonav assenta numa solução de geolocalização que inclui ecrãs de bordo nos quais é possível receber mensagens com tarefas georreferenciadas que,

quando aceites, permitem automaticamente despoletar o mapa de navegação para o local. Esta solução possibilita ainda a utilização da funcionalidade de kit mãos livres de modo a tornar a comunicação na viatura mais segura e o acionar do botão de pânico em situações de perigo (furtos, sinistros, entre outros). A solução da Portugal Telecom para Tacógrafos de Pesados, para lá da leitura e transmissão em tempo real da informação do Tacógrafo, permite também a descarga remota dos dados legais do tacógrafo (no caso de tacógrafos digitais). Esta solução assegura que se cumpra uma obrigação legal sem necessidades de deslocação da viatura a um ponto de descarga ou sem necessidade de fazer deslocar um recurso com equipamento para efetuar a descarga do ficheiro legal. Outra das soluções possíveis passa por estabelecer uma ligação não intrusiva entre o equipamento de geolocalização e as linhas CAN das viaturas – ECOCAN (solução patenteada, única no mercado, o que nos deferência de toda a concorrência). Estas linhas funcionam como um sistema informático central de qualquer viatura onde circula toda a informação telemática recolhida por vários sensores, nomeadamente consumos reais da viatura, quilómetros reais da viatura, indicadores de avaria (indicador de nível de óleo, temperatura de motor, ABS etc..) e indicadores de condução. Deste modo, a empresa saberá em tempo real sempre que uma viatura tem um aviso de avaria, uma necessidade de manutenção atempada, saberá qual o consumo real por trajeto, e qual(ais) o(s) condutor(es) com condução mais/menos segura e económica. Indicadores como acelerações bruscas, consumo de combustível real / fábrica, condução com velocidade constante, excesso de velocidade, tempo de ralenti, travagens bruscas, são processados, compilados e sujeitos a ponderadores de importância. Com

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base no resultado, será possível planear ações de redução de consumos de combustível e práticas de condução mais segura. No que concerne à qualidade dos bens transportados, em particular, dos refrigerados, a solução Mastercold é uma garantia de qualidade e segurança, no transporte e entrega da mercadoria. Com opção de ligação a termógrafo existente ou instalação de sondas (certificadas), o Mastercold permite em tempo real saber qual a temperatura do compartimento e ser alertado sobre alterações de temperaturas. O alerta gerado tem em conta a abertura de porta (alteração súbita de temperatura), de modo a evitar falsos positivos.

2. Os impactos na estrutura de custos de uma empresa são imediatos e diretos. Diminuir os tempos de paragens e evitar deslocações desnecessárias, tendo em conta o custo de km por viatura pesada e perda de janela de oportunidade de possível frete, são ganhos imediatos via descarga Remota de Tacógrafo. Os relatórios à medida do ecrã de bordo permitem também garantir a eliminação de papel que seria necessária preencher, diminuindo estes custos operacionais bem como tornando

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estes processos mais automáticos e eficientes. Quando temos presentes os dados CAN de uma viatura em tempo real, detetar uma necessidade de manutenção atempadamente ou receber um aviso remoto evitará uma reparação de elevado custo e tempo de paragem em oficina. Por outro lado, todo o planeamento de manutenções de uma viatura terá o dado mais importante em tempo real – quilómetros de odómetro. Ao ter presente uma classificação sobre o tipo de condução dos condutores da empresa e encetando ações pedagógicas junto dos seus condutores com base em dados reais, irá reduzir consideravelmente os encargos em combustível. Com a solução Ecocan, o custo de combustível de cada trajeto torna-se um dado na negociação de uma carga. O transportador tem à sua disposição a informação em histórico do consumo em litros de cada trajeto. A automatização de troca de dados entre sistemas embarcados e locais, permitem uma redução no tempo de resposta ao cliente e exatidão na troca de informação. A nível interno, vertente por vezes descurada, agiliza os processos internos de suporte à atividade, com elevado impacto na produtividade de uma organização. Nesse sentido, soluções à medida

contribuem fortemente para o decréscimo de custos, libertando recursos internos para outras atividades de igual ou superior valor acrescentado.

3. Será de extrema importância a difusão de dados e informação recolhidos pelas viaturas e todos os seus trajetos para outras aplicações e serviços, onde estes sejam relevantes. Em sentido inverso, a evolução aponta para que as soluções de Geolocalização recebam também inputs de outras áreas operacionais, tais como aprovisionamento e financeira, automatizando a operação e acrescentado valor a todo o processo produtivo. Equipamento embarcado, software de gestão interno e equipamentos móveis, juntos farão uma combinação que permitirá uma maior celeridade na resposta aos clientes, garantia de qualidade de serviço e diminuição de custos, posicionado solidamente uma organização num mercado competitivo.

QUATENUS Portugal www.quatenus.pt Vasco Silva, Business Manager

1. As soluções Quatenus aplicam-se não só

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especial

a geolocalização de frotas de pesados, mas também às frotas de semi-reboques. As nossas soluções não realizam apenas a geolocalização, como também disponibilizam funcionalidades de gestão para que os gestores de frotas, gestores operacionais e inclusivamente gestores de tráfego tenham uma ferramenta de suporte às suas decisões operacionais no dia-a-dia. Além disso, disponibilizamos a possibilidade de integração dos nossos localizadores com sensores e centralinas permitindo assim, também, obter informações telemáticas, que poderão facilitar o planeamento de manutenção das frotas dos nossos clientes.

2. A implementação das soluções Quatenus pode contribuir na redução de custos de uma frota, nomeadamente no que toca a dois itens: redução de consumo de combustível e redução dos gastos com manutenção. A forma como o fazemos depende muito dos clientes e dos condutores, pois são os intervenientes mais importantes na definição de estratégia de redução de custos. A estratégia pode estar relacionada com a consciencialização dos condutores, através de notificação da sua própria forma de condução – prevenindo, assim, a condução agressiva – ou através de planeamento de manutenção preventiva, com uso de variáveis telemáticas que permitem aos gestores diminuir o desgaste excessivo de determinados componentes das suas frotas.

3. O mercado está cada vez mais maduro, e com necessidades cada vez mais complexas, nomeadamente no que diz respeito à gestão operacional das viaturas. Sendo portanto evidenciada a direção de necessidades relacionadas com a telemática e leitura de informações de tacógrafos em tempo real, como as principais necessidades para os gestores de frota. No entanto, se falarmos com

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gestores operacionais ou gestores de trafego, embora considerem algumas informações importantes, como as dos tacógrafos, para além disso precisam de informações relacionadas com a gestão de tempos e distâncias cada vez mais pormenorizadas. Assim o mercado tende a querer ter ao seu dispor ferramentas de suporte à decisão com informação em tempo real, que nós procuramos disponibilizar, não só com informações dos veículos pesados, como também através de aplicações que os próprios condutores usam para mais rapidamente informar e reportar as atividades que estão a realizar.

2btrack www.2btrack.com Rui Alves, Administrador

1. Encontramo-nos numa fase de reestruturação da nossa gama de produtos e por esse motivo estamos apenas focados em duas soluções neste preciso momento: a) monitorização e controlo; b)controlo e gestão de frota desenvolvida à medida de cada cliente. O produto de monitorização e controlo é uma solução que permite a o controlo das viaturas por grupos, tanto com alertas, como relatórios e variadas vistas, de modo a fornecer ao cliente informação em tempo real e um histórico. Em relação ao produto de controlo e gestão de frota avançada, trata-se de uma solução que abrange todas as necessidades do cliente, incluindo consultoria e análise de toda a operação da frota. Neste caso é desenvolvida, em conjunto com o cliente, uma plataforma online customizada ao máximo pormenor, a começar pela divisão de relatórios de necessidades por grupos de administração e finalizando na criação de alarmes individuais por viatura/condutor ou grupo de viaturas,

com a possibilidade de gestão de logística, acessos para clientes externos e integração com sistemas de gestão. Em ambas as soluções dispomos de relatórios de condução ECO e ligação ao Can-Bus das viaturas, de modo a controlar combustíveis em tempo real.

2. As soluções de gestão e controlo de frotas por GPS são apenas um meio para um fim. Desenvolvemos a solução à medida das necessidades do cliente de modo a que este possa ter toda a informação necessária da sua frota numa ferramenta online. Existem vários pontos fulcrais que apresentamos sempre aos nossos clientes, a começar pela possibilidade de otimização de trajetos através do nosso software, o que dá ao gestor a possibilidade de analisar quais os melhores trajetos para cada dia/mês de cada viatura e efetuar uma redução de 15 a 25 por cento dos quilómetros mensais. Esta solução inclui ainda dados acerca do tempo excessivo ao ralenti das viaturas, muitas vezes provocado por desleixo dos motoristas, o controlo da velocidade e combustível em tempo real. A soma destas políticas de gestão de frota equivalem a uma redução no desgaste da viatura, em revisões, pneus, impacto ambiental e consumo de combustível, ajudando também no aumento da produtividade. Temos também a possibilidade de instalar um GPS com sensor de aceleração, travagem e viragem brusca, que apresenta os níveis de condução e abusos de cada condutor, permitindo assim um maior controlo sobre o seu comportamento. 3. Existem várias ideias sobre o futuro deste tipo de soluções, ainda mais numa fase em que cada vez mais existe maior competitividade neste ramo de tecnologia. Tudo aponta para que sejam criados sistemas cada vez mais completos e inovadores de modo a centralizar toda a necessidade numa só plataforma online.

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ESTRATÉGIA

Transportes. Mobilidade elétrica ainda não é viável Franz Redwitz, Chefe de Produto e Marketing da MAN Truck & Bus, defende as motorizações híbridas como a solução mais ecológica para o ramo dos transportes. Conheça a visão de sustentabilidade do dirigente da companhia. TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES

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edidas mais rigorosas sobre a emissão de gases de escape, legislação mais apertada e um incremento da responsabilidade sobre o ambiente estão a alimentar o desenvolvimento de sistemas alternativos de propulsão. Franz Redwitz, Chefe de Produto e Marketing da MAN Truck & Bus, fala sobre o desenvolvimento destas fontes de energia por ocasião do Busworld 2013, apontando o facto de a mobilidade elétrica não se traduzir automaticamente numa solução mais ecológica, De que forma olham para a mobilidade elétrica na MAN Truck & Bus? A mobilidade elétrica é obviamente uma prioridade na agenda da MAN, como acontece com a restante indústria automóvel. Mas é preciso ter em conta que a produção em série de autocarros totalmente elétricos não é, no presente, uma solução viável em termos económicos. Há um número de razões para isso: por um lado, operacionalizar veículos elétricos de forma eficiente requer um grande investimento em infra-estruturas. Por outro, há ainda o custo operacional na segurança, preço e ciclo de vida das baterias. As baterias disponíveis no momento são muito dispendiosas e necessitam de ser substituídas a cada cinco-seis anos. É ainda preciso mencionar o peso elevado destas baterias e salientar que mesmo a próxima geração não irá ser capaz de proporcionar a mesma densidade energética do Diesel ou gasolina. A densidade energética máxima de uma bateria elétrica moderna é de cerca de 150 watts por quilograma. Um litro de gasóleo, por outro lado, dá-nos cerca de 11,800 watts por quilograma. Como vê, as baterias ainda necessitam de um longo caminho se quisermos produzir um autocarro totalmente elétrico que consiga aguentar um dia inteiro de serviço sem quaisquer interrupções. A alternativa provocaria ou um peso muito elevado no veículo ou um processo especial e complexo em termos estruturais de forma a conseguir o seu reabastecimento ou, neste caso, recarregamento. Ainda assim, diria que o maior desafio da mobilidade elétrica está relacionado com a sua segurança. As baterias consistem

Assim que se atinja a viabilidade económica dos autocarros elétricos e que haja procura correspondente, a MAN será capaz de os entregar no mercado. em células individuais que necessitam de ser combinadas em pacotes. O conjunto precisa de ser absolutamente seguro, uma vez que não podemos comercializar um autocarro elétrico que seja, em alguma medida, menos seguro do que um movido a Diesel ou gasolina. As baterias precisam de ser instaladas e protegidas nos veículos de maneira a prevenir que explodam ou que emitam substâncias perigosas para o ambiente em caso de acidente. Isso significa outro aumento no peso do veículo. Há uma procura crescente por zonas não-poluídas dentro das cidades. Será que a eletrificação não é uma alternativa ecológica para os transportes públicos? Existem diferentes pontos a considerar nesse tipo de argumento. Os factos dizem-nos que um veículo elétrico não é automaticamente eficiente, nem amigo do ambiente. Na Europa, a energia é gerada a partir de diversas fontes que depois são misturadas. Se a energia proveniente das eólicas é misturada com a que é extraída das centrais movidas a carvão, por exemplo, isso também aumenta as emissões de dióxido de carbono. O que significa que os veículos elétricos não são a melhor forma de reduzir o efeito de estufa. Um estudo recente da DENA - Agência Alemã de Energia – descobriu que o biogás e a energia elétrica têm uma pegada de carbono muito idêntica, se tivermos em conta a cadeia completa que é de cerca de cinco gramas por quilómetro. Mas isso apenas se aplica a dois fatores: o biogás tem de ser produzido inteiramente de estrume, resíduos biogénicos e águas residuais, e a eletricidade deve apenas provir de fontes regenerativas. O estudo assume isto e que as emissões de todos os outros tipos de combustível são entre 15 a 30 por cento mais elevadas. Isto

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estratégia

Novidades MAN no Busworld 2013

não é particularmente surpreendente para os modos convencionais de obter energia, mas muitas vezes não nos apercebemos de que combustíveis supostamente limpos, como o etanol e o biodiesel, podem resultar em emissões substanciais de dióxido de carbono. Uma solução híbrida é então a alternativa? Sim, sem dúvida. No Man Lion City Hybrid temos um modelo comprovadamente económico e temos também outras tecnologias futuras a serem testadas neste momento. Desta forma estamos constantemente a ganhar experiência no que é decisivo para tornar a mobilidade elétrica eficiente: a gestão da energia do motor de um autocarro citadino. Com o seu sistema híbrido, o MAN Lion City Hyrbrid consegue poupar cerca de 30 por cento no consumo de Diesel e nas respetivas emissões de CO2. Enquanto os autocarros convencionais convertem a energia da travagem em calor, o Man Lion City Hybrid poupa essa energia e transforma-a de forma a alimentar os seus dois motores elétricos. Outra vantagem dos autocarros híbridos está na redução do ruído. Basicamente já estamos a oferecer um veículo elétrico capaz de operar sem um motor de combustão interna se, num próximo passo, decidirmos substituir o motor Diesel por baterias e outra fonte energética. É um veículo que também apresenta uma vantagem na recarga durante as operações e a maneira que encontrámos para conjugar o melhor de dois mundos. A experiência tem sido, até agora,muito positiva, já que mais de 200 autocarros híbridos da MAN têm operado com sucesso nas cidades europeias. Qual é o papel do gás natural e do biogás

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como fontes de energia alternativas? Nos transportes públicos assistimos a um número cada vez maior de autocarros movidos a gás natural. São vistos como um investimento no futuro, como uma alternativa económica e amiga do ambiente face ao Diesel. Comparado com outros combustíveis fósseis, o gás natural evidencia em particular uma grande eficiência no que ao CO2 diz respeito. O gás natural também queima de uma forma muito limpa e daí os motores emitirem baixos níveis de poluentes como o monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos nitrosos para a atmosfera. O preço do gás natural é normalmente mais barato do que o Diesel e os operadores com autocarros alimentados por este tipo de energia beneficiam frequentemente de incentivos do estado. São também particularmente silenciosos devido ao seu sistema de combustão. Quando acha que iremos ver autocarros totalmente elétricos nos transportes públicos? A procura por este tipo de veículos irá crescer. Por isso não há forma de evitar este movimento. A longo prazo, será algo absolutamente determinante para todos os produtos europeus de autocarros. Assim que se atinja a viabilidade económica dos autocarros elétricos e que haja procura correspondente, a MAN será capaz de os entregar no mercado. No entanto, quero realçar que com o Lion City Hybrid e uma gama variada de autocarros movidos a gás-natural, a MAN oferece soluções eficientes quanto à emissão de gases poluentes e alternativas viáveis para o futuro do transporte público nas cidades.

A MAN quis comprovar a eficiência dos seus modelos com uma viagem de longadistância. E a verdade é que o conseguiu! Num percurso de 1320 km, um Neoplan Cityliner equipado com o motor D6 de seis cilindros e 440 CV de potência quebrou a barreira dos 20 l/100 km, garantindo o seu lugar como uma das estrelas da marca no Busworld 2013. O percurso foi dividido por seções que incluíram zonas de trajeto em auto-estrada, estradas secundárias e estradas urbanas. Com base no número de assentos, o veículo foi então carregado com o máximo de peso permitido pelas suas dimensões e entregue a um condutor profissional que o conduziu durante dois dias. Os dados recolhidos permitiram aferir um consumo médio de 19,8 l/100 km, dando provas das capacidades deste veículo. Além do Neoplan Cityliner, a empresa trouxe ainda um conjunto de novidades que evidenciam o seu dinamismo. Em primeiro lugar, a estreia mundial do Neoplan Jetliner, com um novo motor D20 de seis cilindros e 360 CV capaz de cumprir a norma Euro 6, graças também à caixa automática de doze velocidades e dupla embraiagem MAN Tipmatic. Mas também novos interiores, ainda mais confortáveis, que reduzem o peso bruto dos seus veículos. 0 fabricante decidiu também incorporar o seu sistema de travagem de emergência nas linhas Starliner e Cityliner, e levar um inovador sistema de trânsito que se distingue pela sua eficiência, o MAN Bus Rapid Transit Systems, determinado a ajudar as empresas a chegar sempre à hora certa ao destino previsto. Como o meio ambiente está na ordem do dia, a companhia levou alguns autocarros movidos a gás-natural e um conjunto de esboços do que pode vir a ser o autocarro do futuro. Pode acompanhar todas estas novidades em www.mantruckandbus.com.

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Renault Trucks. Renovação completa de gama Da gama de distribuição até ao longo curso, há um camião novo para cada necessidade. Maior qualidade, design renovado e tudo preparado para baixar custos de operação. TEXTOS Cláudio Delicado

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Renault Trucks renovou toda a sua gama de veículos pesados de uma assentada e os bem reconhecidos Magnum ou Premium passaram à história. Depois de sete anos de desenvolvimento e de vários milhões de euros investidos, meio milhar de protótipos construídos e mais de dez milhões de quilómetros de testes nas estradas e condições mais adversas, chega assim a nova gama, toda equipada com motores Euro 6. Todas as gamas foram rebatizadas com novos nomes. No longo curso a Renault Trucks uniformizou a gama, que passa a chamar--se gama T e substitui os modelos Magnum e Premium. Um dos grandes objetivos foi melhorar a vida de quem segue a bordo, com especial incidência no motorista, mas também poupar combustível e baixar os custos de operação. Para além do novo design o párabrisas foi inclinado 12º, algo que permitiu melhorar o coeficiente aerodinâmico em 12%. Esta nova cabina é comum às gamas de longo curso e de distribuição, retomando algo que era usado no Magnum, com a cabina a estar

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Cabinas de luxo A renovação da gama total inclui também a cabina, ainda mais orientada para o condutor. O novo tablier de linhas planas, com poucos comandos para que não existam distrações para o condutor, graças a um grande investimento na ergonomia para que o condutor tenha tudo o que precisa à mão. Os bancos também foram totalmente revistos, agora com melhor aspeto, mas também um conforto acima da média e maior durabilidade, graças a uma parceira com a conhecida marca Recaro. Também a iluminação foi pensada de raiz, em especial para as cabinas com zona de descanso, com luzes à medida de cada situação: ora para descansar, ora para trabalhar. Apesar de todas as alterações, a cabina do novo modelo T não perdeu espaço em relação ao Magnum, ganhando em tecnologia, em espaço e também nos materiais usados.

colocada sobre uma plataforma técnica, em forma de trapézio e 30 cm mais comprida na zona traseira para favorecer a penetração de ar. Entre as novidades, o condutor pode ativar no painel de instrumentos o botão “24/7” para solicitar o serviço de assistência na estrada da Renault Trucks. Este serviço pode localizar o veículo em apenas alguns segundos e compilar os dados técnicos, o que reduz os tempos de intervenção e a duração do período de imobilização. A nível de pacotes de manutenção e reparação, a marca francesa propõe a gama T com o contrato Start & Drive, especialmente destinado aos clientes que desejam ter um controlo completo dos custos de manutenção e reparação. No setor da construção e estaleiro a Renault Trucks propõe duas novas gamas distintas: a gama de construção C e a gama de construção pesada K, em substituição do Premium Lander e da mítica gama Kerax. Ambas as gamas trazem novas cabinas, uma cadeia cinemática totalmente nova e motores Euro 6, a partir dos novos blocos DCI 11 e DCI 13. A Renault, com

esta gama de obras, consegue o melhor ângulo de ataque do mercado (32º). Já para o setor da distribuição o construtor francês propõe a nova gama D, com três modelos distintos para cobrir as necessidades dos clientes, em substituição do Premium Distribuição e do Midlum. A Renault Trucks disponibiliza a gama D para o segmento entre as 10 e as 18 toneladas, a par com o D Wide, um modelo das 16 às 26 toneladas, e com o D Acess, um modelo de cabina rebaixada das 18 às 26 toneladas. A gama D recebe os novos blocos Euro 6 DTI 5 e DTI 8, uma nova geração de motores que melhoram os níveis de eficiência e de fiabilidade. A oferta de novos camiões para uso urbano é ainda reforçada com uma versão D mais ligeira com cabina de 2 metros, desenvolvida em parceria com a Nissan, disponível das 3,5 às 7,5 toneladas, em variantes chassis-cabina, furgão, caixa aberta e caixa de frio, equipada com o novo motor Euro 6 DTI 3. Motores para todos os gostos Nos motores, as opções são várias. Para a gama de longo curso a marca francesa aposta no bloco DTi 11 e 13 e, consoante o modelo, a potência pode ir dos 380 aos 460 CV na primeira variante e dos 440 aos 520 CV na segunda. Mas existem também potências de 430 e 480 CV. Na Série K (o substituto do Kerax), a escolha de motores faz-se entre os mesmos dois motores, com níveis de potência semelhantes aos da Série T. Ainda na gama obras e construção a Série C inclui is mesmos motores, mas a gama é complementada por uma cabina C mais pequena equipada com motor DTi , com três níveis de potência: 250, 280 e 320 CV. Na gama distribuição (cabinas D e D Wide), os motores são o DTi 5 e DTi 8 com níveis de potência entre 210 e 280 CV. As novas gamas foram desenvolvidas com a colaboração de 50 grandes transportadores internacionais para que o produto final respondesse às necessidades dos clientes.

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Scania. Os segredos da poupança de combustível Scania Streamline é sinónimo de poupança de combustível até 8% nas Séries G e R. Acrescenta-se um novo visual, novos carenados e defletores aerodinâmicos. TEXTOS Cláudio Delicado

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Scania não para de acelerar rumo à diminuição de custos operacionais e aumento do desempenho e produtividade dos veículos. E o melhor: sem abrir mão do conforto e segurança típicos da marca. O legado do Scania Streamline remonta a 1991 e constitui uma história de aliança entre tradição e inovação. Através dos esforços da marca para melhorar todos os detalhes distintivos possíveis da Scania como a excepcional economia de combustível, o tempo operacional, a performance e o conforto do motorista estão a ser aperfeiçoados de acordo com padrões elevados. Agora, o novo Scania Streamline eleva a economia de combustível a níveis incomparáveis através da aerodinâmica aperfeiçoada e dos modos de performance melhorados do Scania Opticruise. E com uma eficiência superior do motor, com a mais ampla gama de soluções de motores Euro 6 disponíveis. O Scania Opticruise é um sistema de troca de relações computadorizado de utilização muito fácil. Opera mudanças de relações automática ou manualmente em caixas de velocidades mecânicas, contribuindo para a economia de combustível e a redução do desgaste dos componentes do sistema de transmissão.

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Mas além de um produto com todas as tecnologias disponíveis e uma mecânica comprovadamente eficiente, a Scania tem-se preocupado em desenvolver novos serviços para ajudar os motoristas e os operadores de frota no seu dia-a-dia e na interação com a oficina Scania. O resultado? Incrementar o tempo operacional e diminuir o tempo necessário de permanência na oficina. Agora, os especialistas da Scania podem agora aceder remotamente às viaturas para obter os dados necessários para o diagnóstico e preparar as intervenções posteriores, ganhando-se muito tempo nesta operação. Foram incorporadas na cadeia cinemática, de série, com a Scania Opticruise, inúmeras novas funcionalidades. No intuito de maximizar a economia de combustível, o novo modo Economia vem integrado de série com o Scania Active Prediction. Agora é possível uma poupança potencial de até 8% em combustível com a nova geração de motores Euro 6, a segunda geração, mais eficiente ainda do que a primeira. A diminuição relativa para Euro 3/4/5 chega a 5%. O modo Económico vem afinado para obter a máxima economia de combustível em operações de longo curso. O Scania Opticruise, o Sistema de Antecipação Ativa da Scania

e o novo modo económico permitem, em combinação, uma economia de combustível que pode atingir 4-5%. Poupanças mais significativas poderão ser obtidas com as melhorias aerodinâmicas apresentadas com o Scania Streamline, caixas de velocidades de atrito reduzido e os motores Euro 6 de segunda geração de 450 e 490 CV. O Scania Active Prediction é um sistema de antecipação ativa que utiliza o GPS e um mapa de dados topográficos para regular, de forma precisa, a velocidade de cruzeiro. Vem incorporado de série com as novas funcionalidades, utilizando diferentes estratégias de economia de combustível nos diferentes modos de performance. Os novos modos de performance permitem configurar as características do veículos para cada cliente, para responder melhor às funcionalidades próprias de cada operação de transporte, bem como às preferências individuais de cada motorista. Todas estas funcionalidades podem, ainda, ser modificadas o ajustadas para uma melhor adaptação numa oficina Scania. Novos motores Euro 6 O famoso V8 da Scania dá o passo seguinte para cumprir as exigências em termos dos níveis de emissões sem sacrificar a potência lendária do V8 da Scania, que dá acesso às lendárias forças de binário elevado e baixas rotações do V8, mantendo as emissões no verde. A Scania introduz agora a segunda geração da sua famosa gama de motores Euro 6. Com os novos motores Euro 6 de 9, 13 e 16 litros, existem onze níveis diferentes de potência Euro 6 entre 250 e 580 CV à escolha, incluindo dois V8 Euro 6. Para além disso, oferece uma vasta gama de motores Euro 5/EEV. Para uma flexibilidade ainda maior, a Scania está a introduzir uma nova gama de depósitos de

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AdBlue para proporcionar a solução ideal para o seu motor e capacidade de depósitos. Ligação à oficina O Scania Communicator vem incorporado de série e proporciona acesso aos dados do veículo aos proprietários e às oficinas Scania.

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Proporciona, também, dados para sistemas de suporte de bordo, como o Scania Active Prediction. São já mais de 30.000 viaturas conectadas ao Scania FMS através do Scania Communicator. Este proporciona uma ligação crucial entre a oficina e o veículo. Desde modo é possível beneficiar de uma maior

operacionalidade graças às vantagens dos novos serviços de diagnóstico remoto. O diagnóstico remoto permite à oficina e à Scania Assistance elaborar diagnósticos à distância e preparar a intervenção necessária para o veículo quer na estrada ou na própria oficina, reduzindo assim, o tempo de paragem para o cliente.

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Mercedes. Sprinter renova-se e recebe motores Euro 6 O furgão multifacetado da marca alemã foi renovado, já cumpre a norma Euro 6 e está mais económico e mais tecnológico. TEXTOS Cláudio Delicado

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Mercedes-Benz renovou a gama de veículos comerciais Sprinter, que recebe motores Euro 6, uma atualização na imagem e mais equipamentos de segurança, designadamente o Crosswind Assist (assistência contra ventos laterais), Collision Prevention Assist (assistência contra colisão), Blind Spot Assist (assistência contra ângulo morto), Lane Keeeping Assist (assistência para manutenção na faixa de rodagem) e Highbeam Assist (assistência de luzes máximas). Para permitir uma maior entrada de ar para os novos motores Euro 6, a parte frontal do Sprinter foi sujeita a uma intervenção estética, que seguiu a mesma tendência aplicada em outros modelos da marca alemã, designadamente nos camiões das gamas Actros, Antos, Arocs, Atego e no comercial ligeiro Citan. O Mercedes-Benz Sprinter é o primeiro veículo comercial ligeiro a cumprir a norma de emissões Euro 6. A marca alemã introduziu

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dois motores OM 651 de quatro cilindros e 2,15 litros, que está disponível em níveis de potência de 95, 129 e 163 CV, e o V6 OM 642 de 3,0 litros que desenvolve 190 CV. Os limites de emissões são atingidos graças à tecnologia BlueTec, que consiste numa combinação da tecnologia SCR (redução catalítica seletiva), EGR (recirculação dos gases de escape) e filtro de partículas. A tecnologia BlueTec reduz o óxido de azoto após a combustão no gás de escape em mais de 80 por cento através de uma solução líquida à base de ureia – AdBlue (saiba mais na pág. 80) O novo Mercedes-Benz Sprinter estreia um conjunto de sistemas de segurança e à condução. Um deles, que faz parte do equipamento de série, consiste no Crosswind Assist (assistência contra ventos laterais), que em conjugação com o ESP (programa eletrónico de estabilidade) ajuda a manter o veículo na sua trajetória quando o vento é muito forte. Outro sistema muito útil para

o dia a dia é o Blind Spot Assist, que alerta o condutor para a presença de outros veículos quando pretende mudar de faixa de rodagem. Ativo a partir de 30 km/h recorre a radares localizados nos pára-choques e nos painéis laterais (à frente e atrás) para detetarem outros veículos, surgindo uma luz de aviso vermelha no espelho retrovisor caso exista algum veículo no ângulo-morto. Por sua vez, o Collision Prevention Assist tem como função avisar o condutor caso o veículo se aproxime muito dos outros veículos em movimento em andamento ou no final de uma fila de trânsito. O sistema compreende a função de aviso de proximidade, graças a um radar instalado no pára-choques, e da assistência à travagem de emergência adaptativa. O sensor no radar avalia sempre a distância para o veículo da frente na mesma faixa e a distância relativa entre os veículos. O assistente do aviso de proximidade calcula a distância de segurança necessária com base nesta informação. O Collision Prevention Assist está operacional a partir dos 30 km/h. O Lane Keeping Assist recorre a uma câmara por detrás do pára-brisas para filmar a faixa de rodagem à sua frente. A câmara está ligada a uma unidade de controlo eletrónico que compara continuamente os dados gravados para identificar a faixa e as marcações da estrada para avaliar se o veículo se mantém dentro da faixa de rodagem (o sistema não é ativado caso a manobra seja sinalizada pelo condutor com o indicador de mudança de direção).

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Nissan aposta em furgão elétrico em 2014

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Nissan vai introduzir no próximo ano o furgão compacto e-NV200, que será o segundo veículo Zero Emissões da marca japonesa a ser produzido em série. A nova proposta irá proporcionar todo o espaço versatilidade e caráter prático do veículo no qual se baseia – o furgão NV 200 – a que se junta o desempenho do grupo propulsor no automóvel elétrico Nissan Leaf, com uma autonomia de cerca de 160 km. Este veículo comercial 100% elétrico possui um grande potencial de apoio aos negócios, graças, nomeadamente, a um sistema avançado de telemática e uma tomada de potência no compartimento de carga, mas acima de tudo pelo seu invejável custo de operação - uma prioridade para a maioria das empresas - altamente apelativo quando comparado com o dos tradicionais veículos comerciais a operar no mercado.

Além do e-NV200, a Nissan também está a desenvolver um veículo elétrico chassis-cabina baseado no modelo Cabstar, estando a ser estudados planos de produção para disponibilizar este veículo comercial cem por cento elétrico de

emissões zero. Denominado e-NT400 poderá entrar em zonas urbanas de emissões zero e o seu funcionamento quase silencioso permite a sua utilização durante todo o dia, uma vez que não levanta problemas relacionados com o ruído.

Iveco Daily para todas as necessidades

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o combinar uma elevada capacidade de transporte e máxima produtividade, o robusto mas ágil, potente mas económico Novo Daily furgão tem a resposta para todos os problemas de transporte. O Novo Daily furgão é fácil de manobrar no trânsito citadino e garante velocidades comerciais rápidas em longas

distâncias. Tudo isto se traduz num nível elevado de produtividade. O Novo Daily furgão está equipado para enfrentar todas as estradas e serviços de uma forma ecológica e económica – com 9 versões de motores (de 106 a 205 CV), a gama mais abrangente de pesos brutos de veículos (de 3,3 a

7 toneladas) e uma capacidade de carga de até 4,3 toneladas (a mais elevada na sua classe). As três alturas do interior, as três distâncias entre eixos e os quatro comprimentos dão origem a não menos do que oito volumes de carga diferentes, de 7 a 17 metros cúbicos. Com tantas opções de configuração é possível criar um veículo à medida de cada negócio. O Novo Daily furgão possui uma gama completa com a solução certa para todas as necessidades de transporte: é possível carregar até seis europaletes de 1,2 metros e, com as suas grandes portas laterais deslizantes (disponíveis no lado direito, no lado esquerdo e em ambos os lados), é possível carregar mesmo a partir da lateral. As duas portas traseiras podem abrir até aproximadamente 270 graus nos lados do veículo para aumentar a área de circulação e facilitar as operações de carga e descarga, particularmente em espaços apertados.

Ford Transit Connect é “Comercial do Ano 2014”

A

nova Ford Transit Connect, que só será comercializada no final do ano, conquistou o título de “Comercial Internacional do ano 2014”, que foi atribuído por painel de jurados constituído por 24 jornalistas da imprensa especializada europeia. A nova Ford Transit Connect obteve um total de 130 pontos, de um máximo de 163 possíveis, classificando-se à frente do MercedesBenz Sprinter (123) e do Renault Kangoo (25). Numa altura em que a Ford, ao longo de um período de dois anos, tem estado a redesenhar a totalidade da sua gama de veículos comerciais, a nova Transit Connect junta-se à robusta gama Transit, que integra quatro propostas, à Transit Custom e às aguardadas variantes de 2 toneladas, para além da Transit Courier, a ser lançada em 2014. Disponível nas variantes Van,

Van de Cabine Dupla e Kombi, a nova Transit Connect garante, igualmente, uma área de carga espaçosa e prática, com volumes totais de 2,9 m3

e 3,6 m3, com antepara integral; a carga máxima ascende aos 1.000 kg, equivalendo-se ao melhor da classe. novembro/dezembro 2013

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novidades

Mercedes. Novo Tourismo K substitui Tourino

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Daimler Buses vai introduzir no mercado o modelo Mercedes Tourismo K, com 10,32 metros de comprimento, que vem substituir o conhecido MercedesBenz Tourino, produzido na CaetanoBus. A distância entre-eixos foi encurtada para 4,98 metros, mas a altura de 3,37 metros permite enquadrar este modelo na categoria de autocarros de turismo de piso elevado. O Mercedes-Benz Tourismo K foi projetado para preencher uma faixa entre os miniautocarros os autocarros de turismo, estando vocacionado para pequenos grupos, rotas mais exigentes e sinuosas, como veículo VIP com uma configuração interior mais premium. Em termos de design mantém as mesmas caraterísticas da família Tourismo, o mesmo acontecendo com a sua construção que se baseia no sistema modular da MercedesBenz. Isso aplica-se à carroçaria, eixos, rodas e pneus. O motor e a transmissão também estão montados na mesma localização dos autocarros maiores. A altura ao solo de 1,06 metros permite oferecer uma bagageira com um volume útil de 4,2 m3 que pode ser acedida através de duas tampas localizadas

em cada um dos lados do veículo. Por sua vez, o modelo standar tem uma lotação de 41 pessoas. Como opções de bancos estão disponíveis os modelos Travel Star Eco ou Luxline, sendo que esta última dispõe de apoios de braços amovíveis, ajustamento lateral do assento da coxia, costas reclináveis e apoios de pés. No que diz respeito à mecânica, a marca alemã disponibiliza o motor de seis cilindros em linha Mercedes-Benz OM 936, de 7,1 litros,que cumpre a norma Euro 6 graças à tecnologia BlueEfficiency Power e disponibiliza uma

potência de 354 CV e um binário de 1.400 Nm. A transmissão fica cargo de uma caixa manual de seis velocidades acionada por ‘joystick’ ou pela caixa robotizada de oito relações Mercedes GO 250-8 PowerShift. O autocarro de turismo compacto comercializado pela marca alemã e fabricado em Vila Nova de Gaia irá ser descontinuado não só porque terminou o contrato entre a Daimler Buses e a CaetanoBus mas também porque o projeto do Tourino não está preparado para receber os componentes para a tecnologia de emissões Euro 6.

Setra. ComfortClass 500 vence “Autocarro do Ano 2014”

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Setra ComfortClass 500 venceu o prestigiado prémio de “Autocarro de Turismo Internacional do Ano 2014”. Os membros do júri do prémio atribuíram o título ao modelo S 515 HD, após um programa de testes comparativos. Ao todo são 19 os jornalistas que votam neste prémio, depois de vários testes. De acordo com declarações do presidente do júri, os jurados ficaram convencidos pelo conceito de design da nova geração de autocarros de turismo da Setra, que foi apresentada no outono de 2012. Os membros do júri efetuaram medições do nível de ruído dentro do autocarro e avaliaram a capacidade de travagem, os dispositivos de segurança, comportamento, ergonomia, agradabilidade para o passageiro e eficiência económica. A Setra lançou este modelo em 2012 como o primeiro autocarro de turismo desenvolvido de raiz para cumprir os requisitos da norma Euro 6.

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MERCADO

Novos. Vendas continuam em pára-arranca Vendas de pesados Quando as vendas de veículos de trabalho estão neste patamar é fácil perceber o estado da economia nacional. Ganha o mercado (mercadorias e passageiros) Janeiro a Setembro 2013 (EM UNIDADES) de usados e aumentam os custos de manutenção. TEXTO Cláudio Delicado

O

mercado continua a não mostrar os sinais de vitalidade que seriam desejáveis. Com os primeiros nove meses do ano fechados, as vendas de pesados (de mercadorias e passageiros) situaram-se nas 1.437 unidades, o que representou um decréscimo de 5,5 por cento relativamente ao período homólogo do ano anterior. E aqui são os pesados de mercadorias que têm a maior fatia (1300 unidades de Janeiro a Setembro). Nos três primeiros lugares das vendas estão a Renault (286 unidades), a Volvo (259 matrículas) e a Mercedes (212 camiões). No que diz respeito aos pesados de passageiros o mercado está cada vez mais pequeno, no que diz respeito a veículo novos, ao contrário do mercado de usados, que é muito forte neste segmento. Basta vermos a renovação das frotas de grandes empresas de transportes, com veículos comprados noutros países ou deslocalizados de outras empresas destes grupos noutros países europeus. Nos primeiros nove meses do ano foram vendidos apenas 137 autocarros novos, o que dá uma média de apenas

RENAULT 287

15 por mês. Os três primeiros classificados neste segmento são a Mercedes (55 unidades), a MAN (26) e a Volvo (24). Em relação aos comerciais ligeiros, nos primeiros nove meses do ano de 2013, o mercado atingiu 10.962 unidades, tendo-se registado um aumento de 1 por cento face ao período homólogo do ano anterior. Nos primeiros três lugares do pódio temos uma tripla francesa: Renault (2082 unidades), Citroën (1586) e Peugeot (1532). Está a ser complicado ver a luz ao fundo do túnel nos próximos meses. As notícias não são animadoras e o que se prevê para o próximo Orçamento de Estado não ajuda a que chegue a tão aguardada retoma. E se há sinal que mostra o estado débil da economia são as vendas de carros de trabalho, como são os ligeiros e pesados de mercadorias. Entretanto, também o ambiente sofre, com a idade média das frotas a ficar cada vez mais velha sem que muitas empresas consigam fazer a renovação desejada, até para a redução dos custos de operação e de manutenção.

VOLVO

283

MERCEDES-BENZ

267

MAN

212

SCANIA

124

IVECO

116

MITSUBISHI

59

TOYOTA

40

DAF

15

CAETANO

12

ISUZU

12

FIAT

5

OPEL

3

CITROEN

1

VOLKSWAGEN

1

Total

1437

Fonte: ACAP

Vendas de comerciais ligeiros Janeiro a Setembro 2013 RENAULT

2082

CITROËN

1586

PEUGEOT

1532

FIAT

1129

VOLKSWAGEN

1039

OPEL

728

TOYOTA

653

MERCEDES-BENZ

584

FORD

467

MITSUBISHI

392

NISSAN

223

IVECO

215

ISUZU

98

SEAT

59

DACIA

55

JEEP

43

KIA

43

LAND ROVER

27

MAZDA

3

SKODA

3

HYUNDAI

1

Total

10962

Fonte: ACAP

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técnica

Travagem. Mecânica e eletrónica O sistema de regulação automática da força de travagem em função da carga regula a distribuição da força de travagem pelos diversos eixos do veículo (EBD). Nos casos em que a travagem do veículo é excedida, o sistema pode não evitar o bloqueio das rodas. Essa é a tarefa do sistema antibloqueio (ABS), que realiza o controlo da travagem em relação ao deslizamento. TEXTO ÓSCAR ZAPATERIA PARCERIA

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O

EBD e o ABS são sistemas que se complementam, obtendo uma travagem ótima.Quando o veículo se encontra vazio ou parcialmente carregado o EBD reduz a pressão de travagem no eixo traseiro, contribuindo para uma melhor travagem em pisos secos. Ao realizar uma travagem excessiva, as rodas tendem a bloquear, pelo que o ABS entra em ação, evitando o bloqueio das mesmas.

ABS – SISTEMAS DE TRAVAGEM DE VEÍCULOS INDUSTRIAIS A incorporação do sistema antibloqueio de travagem nos veículos industriais produz uma travagem muito mais segura neste tipo de veículos. O ABS evita que as rodas bloqueiem no caso de uma travagem excessiva tanto em pisos normais como em pisos escorregadios ou de aderência assimétrica, ou seja, situações em que as rodas da esquerda e da direita rodem em pavimentos totalmente diferentes, como por exemplo em gelo e água. Descrevemos de seguida os elementos que compõem o ABS nos veículos pesados.

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ABS evita que as rodas se bloqueiem em caso de travagem forte

SENSOR DE ROTAÇÕES Com o objetivo de obter a velocidade das rodas, existe um sensor de rotações e um anel de impulsos em cada uma das rodas controladas. Este anel gira solidário com a roda e, ao girar, produz uma variação de campo magnético no sensor de rotações, criando uma corrente alterna. A frequência desta tensão é proporcional às rotações da roda. O anel de impulsos dispõe de 100 dentes e foi desenhado para ser utilizado nos pneus de tamanho mais comum em autocarros e camiões de mais de 10 toneladas de carga útil e em reboques com sistema de travagem pneumática. UNIDADE DE CONTROLO ELETRÓNICO (UCE) A unidade de controlo eletrónico está encarregue de gerir o sistema antibloqueio, realizando essa missão da seguinte forma: Examina constantemente o correto funcionamento do sistema. Quando deteta uma falha desliga o ABS e indica uma avaria através de uma luz avisadora na instrumentação. Amplifica o sinal dos sensores de rotação; Processa os sinais de regulação da pressão; Ativa as válvulas reguladoras de pressão. A unidade de controlo eletrónico obtém a velocidade de rotação de referência através de sinais das rodas diagonalmente opostas. Este sinal de referência é constantemente comparado com a velocidade de cada uma das rodas controladas. Mediante esta comparação, é obtida a desaceleração, a aceleração e o escorregamento das rodas controladas. Estes

UM VEÍCULO COMBINADO DISPÕE DE TANTOS SISTEMAS DE ABS QUANTOS OS VEÍCULOS QUE COMPÕEM A COMBINAÇÃO.

são os dados utilizados pela unidade para calcular os sinais de regulação e ativar as electroválvulas da válvula reguladora de pressão, através das quais é regulada a pressão em cada um dos cilindros de roda e com ele a travagem do veículo. Um veículo articulado formado por dois veículos disporá de duas unidades de controlo. A unidade de controlo dispõe de vários elementos e programas destinados à deteção de falhas no sistema antibloqueio, como por exemplo as falhas do sensor de rotações, unidade de controlo, válvulas reguladoras de pressão e cablagem. Ao detetar uma anomalia a UCE desliga o sistema antibloqueio e, perante um código de avaria, guarda na memória do sistema a falha registada. Por outro lado, o sistema de travagem de serviço continua a funcionar normalmente, embora sem o controlo do ABS. A função de autodiagnóstico permite ler a memória de avarias e conhecer o código armazenado. Este código é conhecido através de luz avisadora ou diretamente através da máquina de diagnóstico, dependendo da UCE incorporada no sistema. As unidades de ABS incorporam um sistema de controlo de tração (ASR) e, em certos casos, um limitador de velocidade do veículo. A unidade de controlo optará, automaticamente, por um ou outro sistema, consoante a situação em que o veículo se encontre. VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO Todas as rodas controladas dispõem de uma válvula de pressão, composta por duas válvulas: uma de retenção e outra de descarga. Estas são geridas pela unidade de controlo através de electroválvulas. Ao realizar uma travagem normal o ar comprimido circula livremente até aos tambores do sistema de travagem montado

nas rodas, passando pelas válvulas reguladoras de pressão. Quando uma roda se bloqueia, a unidade do ABS comanda as electroválvulas com o objetivo de reduzir a pressão no tambor de travão correspondente. Continuando o processo de regulação da travagem, chega-se à fase de retenção de pressão, na qual se excita brevemente a válvula de retenção. A pressão aumentará sempre que as electroválvulas deixem de receber tensão. EQUIPAMENTO ELETRÓNICO DE MANOBRA PARA DETEÇÃO DE REBOQUE Um veículo combinado dispõe de tantos sistemas de ABS quantos os veículos que compõem a combinação. Através de luzes avisadoras e de informação na instrumentação do veículo trator, o equipamento eletrónico de manobra para deteção do reboque informa o condutor sobre o ABS existente no reboque da seguinte forma: Acendimento da luz de informação sempre que exista um reboque sem ABS. Acendimento das duas luzes caso exista avaria no ABS do reboque, desligando-se então o sistema. Também existem outros avisos luminosos no veículo trator para indicar possíveis falhas do ABS sendo, neste caso, independentes os avisos do trator e o do reboque. CONECTOR DE ACOPLAMENTO DO ABS AO REBOQUE A ligação elétrica entre os dois veículos combinados realiza-se por intermédio de um conector de acoplamento que dispõe de cinco terminais. Quando se une um trator a um reboque os terminais ficam entre o reboque e a base do veículo trator, enquanto nos veículos articulados estes terminais permanecem no trator e na base do reboque.

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técnica

Resgate N e reboque de um veículo pesado Para levar a cabo um resgate ou reboque de um camião, o pessoal tem deve estar devidamente qualificado, fruto das dificuldades que acarreta este procedimento, uma vez que são veículos de uma massa considerável. A experiência e a prática são elementos essenciais para que o processo de reboque seja satisfatório e se realize com êxito. São necessários também equipamentos e ferramentas de ajuda.

PARCERIA TEXTOS José Ignacio Jiménez Lopes

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o resgate de um veículo pesado é necessário ter a máxima atenção e considerar certos aspetos fundamentais: sinalizar a zona do acidente, para a segurança dos trabalhadores do resgate e a dos outros usuários da estrada; observar o terreno ou a envolvência (espaço, firmeza do terreno, etc); os possíveis obstáculos (cabos, postes, árvores); evitar a pressa e ter bem definido o procedimento a adotar. Desta forma, antes de abordar uma operação deste género, é necessário assegurar-se de que dispomos de um equipamento com a potência suficiente para o que vamos necessitar. Nunca se deve trabalhar no limite. Por vezes, são necessárias duas ou mais gruas, dependendo do tipo de sinistro.

DISPOSIÇÃO DAS FERRAMENTAS Quando procedemos ao resgate de veículos pesados, é fundamental escolher corretamente as ferramentas com as quais vamos trabalhar. Em primeiro lugar, o rebocador ou autogrua, que pode ser de dois, três ou quatro eixos. Em segundo lugar, a grua automotriz, também dependendo do peso a levantar; há de dois, três, quatro, seis e oito eixos. Utilizam-se para elevar as cargas. E, por último, as gruas de

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carregamento ou “penas”, acessórios que se montam em camiões e servem para carregar e descarregar mercadorias. O rebocador ou autogrua destina-se ao reboque de veículos, pelo que dispõe de um braço telescópico e elevável na zona traseira. Tem também dois guinchos para recuperar o veículo. Na parte traseira, o veículo pode prender-se ao próprio eixo, com instrumentos adequados, ou às rodas, com um sistema chamado de “colher”. Alguns reboques têm gruas de carregamento automático. As gruas automotrizes, pela sua configuração, apenas levantam a carga, mas não podem transportá-la. Na hora de escolher um grua, pode optar-se por três tipos, dependendo do momento da elevação, que é a capacidade de carga pelo alcance: pequena, média ou grande. Outro dado importante é a altura da elevação. As gruas devem contemplar as seguintes ferramentas: Ganchos: fabricados com aços especiais, forjados ou submetidos a tratamentos térmicos. Servem para a união da carga aos slings, a correntes e a cabos. Há diferentes tipos de ganchos. Cruzetas de reboque: têm uma barra em duas secções para ajustar com maior facilidade à largura dos veículos.

Elementos de elevação: São as ferramentas específicas que servem para a amarração direta do veículo ao gancho. São também as ferramentas que adaptamos às rodas. No veículo rebocador há uns armários onde são colocados os utensílios pequenos, como mangueiras, ferramentas específicas para eixos, extintor, lixadora radial, papel, acoplador de quinta roda, luzes, polias, correias e cabos. O guincho pode ir na vertical e na horizontal e há diferentes potências, que vão desde os 10.000 até aos 50.000 kg de capacidade de tração direta. Com o guincho fazemos recuperações e encaminhamentos. Outro aspeto importante é a manutenção de todos os elementos do rebocador, que será realizado realizada periodicamente pelo operador especialista neste tipo de trabalhos. Processo de resgate Antes de elevar a carga devemos sinalizar a zona de trabalho. É muito importante destacar a nossa presença na via ou na zona do sinistro, tanto na zona dianteira como na traseira, e mais ainda se houver pouca visibilidade. Utilizaremos toda a sinalização de perigo disponível (rotativos, cones, fitas, triângulos…).

Quanto mais longe melhor para alertar os condutores e para que estes tenham espaço e tempo para travar com a necessária antecipação. Posteriormente, colocamos a grua, garantindo uma boa base de sustentação para que não existam desestabilizações durante o processo. O passo seguinte é avaliar a carga; ou seja, calcular ou estimar o peso da carga a elevar. Outra questão importante é calcular o centro de gravidade da dita carga, para evitar que se desloque de forma descontrolada. O objetivo é trabalhar com o menor torque de tração possível, em benefício do resgate e da própria grua. No resgate, se a carga é muito pesada, devemos tê-la o mais próximo possível da grua. Não devemos elevar várias cargas de uma só vez, mas fazê-lo de forma separada, mesmo que o peso total esteja dentro da tolerância. É importante definir bem os pontos de ancoragem com base em critérios anteriores de avaliação e de

É fundamentAL DEFINIR O PROCEDIMENTODE RESGATE DO VEÍCULO SINISTRADO. novembro/dezembro 2013

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técnica

A CAPACIDADE DO REBOCADOR TEM QUE CORRESPONDER À CARGA A REBOCAR PARA EVITAR ACIDENTES. posicionamento da carga, de forma a que se cause o menor dano possível à carga e se garanta a sua estabilidade durante o deslocamento. Para a amarração é obrigatório que se usem luvas específicas. Todas as correntes e cintas devem ajudar na distribuição da carga. É também necessário ter em atenção a possibilidade de deslizamentos de carga e proteger as cintas, correntes e cabos dos perfis que, potencialmente, podem cortar a carga. Ao elevar a carga, nunca se devem ultrapassar os limites da carga definidos pelo construtor. A elevação deve fazer-se de forma lenta e progressiva e nunca de forma brusca. É muito importante elevar a carga verticalmente e nunca deve ser arrastada. Deve ter-se em conta também a orientação da carga. Não deve içar-se por cima de pessoas, uma vez que qualquer descontrolo no processo pode tornar-se perigoso, ao autocentrar-se no momento em que a própria massa suspensa procure o seu ponto de equilíbrio. A carga tem que ser

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conduzida por amarras. Por vezes, os resgates realizam-se em locais de difícil acesso, sem que o operador da grua e o seu ajudante tenham visão direta entre si. Nestas ocasiões aplica-se um protocolo de sinais que servirá para que se entendam durante a operação. Uma vez recuperado o veículo, é preparado para o seu transporte para a oficina. A ligação à grua é feita tanto na parte dianteira como na traseira. Na zona dianteira estará seguro pelo gancho de reboque e na traseira também ao gancho de reboque e, se não o tem, ao próprio chassis. As rodas também têm que ser imobilizadas, para que se diminua drasticamente o risco de deslocamentos indesejados. Quando se transporta um veículo numa plataforma de piso baixo, é preciso ter em conta não ultrapassar a altura admissível do veículo. Será necessário circular com precaução e ter em atenção as variações de nível da estrada, como pontes ou túneis. Caso contrário, pode originarse um acidente. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO DE REBOQUE Todos os fabricantes de veículos pesados têm um protocolo de atuação para o processo de reboque. Alguns, na documentação que

entregam com o veículo, enquanto outros têm disponível em formato PDF. Quando rebocamos um veículo, o primeiro a fazer é descarregá-lo. Todos os veículos têm ganchos ou anéis para reboque que fazem parte do jogo de ferramentas a bordo. Nestes anéis pode aplicar-se a barra de tração. Se o motor não está ligado não gera ar para os sistemas de travões e de suspensão, sendo necessário fazer esse fornecimento através do reboque; a bomba de direção não atua fazendo com que a direção fique mais pesada e difícil de manobrar. Quando rebocamos um veículo pesado é necessário ter em conta as distâncias e as manobras. Em veículos com sistemas ASR/ESP/ABA, quando são rebocados, é possível que o veículo trave de forma descontrolada; como tal, é necessário desconectar estes sistemas. É necessário também assegurar que a capacidade para rebocar o veículo corresponde à carga a rebocar. Quanto maior e mais pesada é a carga maior distância é necessária para travar. É importante familiarizar-se com a capacidade de travagem do conjunto antes de ter que realizar uma travagem de emergência; uma travagem repentina pode parar bruscamente o veículo rebocador, mas não o veículo rebocado e originar um efeito de tesoura.

FORMAS DE REBOCAR 1 Suspendendo o veículo pelas rodas dianteiras: pode fazer-se diretamente nas rodas por meio de uma colher ou diretamente com ferramentas adequadas. Nos dois casos, é preciso desconectar a árvore de transmissão e desbloquear o travão de estacionamento. 2 Pela parte traseira: também com o sistema de colher ou diretamente ao eixo. Neste caso, bloqueamos a direção usando o próprio bloqueio do veículo e umas cintas, amarrando o volante aos suportes adequados do interior. 3 Por meio de uma lança ou barra de reboque: este método usa-se para distâncias curtas e, dependendo da avaria, desmonta-se, ou não, a transmissão. Se o motor está a funcionar não é necessário desmontá-la nem desbloquear o travão; se o motor não funciona, então aí é necessário desbloquear a transmissão, porque não funciona a bomba de lubrificação na caixa e pode provocar uma avaria. Ao não funcionar o motor, nem sequer gera ar e os travões ficam bloqueados; também a direção fica mais pesada. Como tal, é necessário fazer mais força para conduzir o veículo. Por último, é importante destacar algo muito importante, a compenetração do condutor do reboque e do condutor do veículo rebocado, devendo ambos formar uma equipa.

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feira

ExpoTransporte. Puxar pelos negócios Já na sua 5ª edição, a Expotransporte reúne mais uma vez nos pavilhões da ExpoSalão algumas empresas que operam na área dos veículos pesados. É o momento puxar pelos negócios.

ficha técnica DATA 7 a 10 de Novembro 2013 HORÁRIO Dias 7 e 8 de Novembro ( 5.ª e 6.ª feira): 10h-20h Dia 9 de Novembro (Sábado): 14h-23h Dia 10 de Novembro (Domingo): 14h-20h LOCAL EXPOSALÃO - Centro de Exposições, S.A. Batalha - Portugal Telefone: 244 769 480 E.mail: info@exposalao.pt Homepage: www.exposalao.pt

TEXTO Paulo Homem

ÁREA DE OCUPAÇÃO 16.000 m2

C

ontinua a ser difícil aos responsáveis da ExpoSalão convencer os seus clientes expositores das vantagens de estarem presentes numa feira como a Expotransporte. O setor dos veículos pesados e dos transportes atravessam um momento muito complicado pela redução da atividade económica e isso reflete-se nos investimentos das mesmas, que optam por não considerar a presença na Expotransporte como estratégico para a sua atividade. ”O principal objetivo deste evento é aproximar a oferta da procura empresarial e dos profissionais deste mercado, com vista à concretização de bons negócios para expositores e visitantes. Por isso, vão estar em exposição não apenas produtos e serviços de transporte, como também de logística - tudo para que os negócios das empresas decorram sobre rodas”, refere fonte da Exposalão. Fabricantes, importadores, distribuidores e representantes de marcas de produtos

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e serviços de transporte e logística, transportadoras e agentes de seguros são o perfil do expositor do 5º Salão Nacional de Veículos Pesados e Ligeiros de Mercadorias e de Logística (ExpoTransporte), que irão ter em exposição veículos pesados de mercadorias, reboques, semi-reboques, equipamento oficinal, acessórios e pneus, combustíveis e lubrificantes, comunicações móveis, gestão de frotas, seguros e todo o tipo de serviços de transporte e logísitica, equipamentos de movimentação e manipulação, unidades de carga e materiais para transporte combinado, paletes, rolos, contentores, caixas móveis, equipamento de manutenção, portões, acessórios e software de gestão de stocks. Refira-se que em paralelo com a ExpoTransporte realiza-se a 3.ª edição da Mecânica – Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Mecânica, Componentes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados, existindo por isso uma relação muito grande, em alguns sectores, entre estes dos certames.

EVENTOS PARALELOS 9 de Novembro (Sábado) Auditório Exposalão 18h30 - SEEPMODE - “Como reduzir em 80% as infracções cometidas” 10 de Novembro // Domingo Auditório Exposalão 10h00 – 13h00 - “Como rentabilizar a sua empresa” – ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel

Nota: A organização da Exposalão não facultou à Turbo Oficina Pesados qualquer informação (apesar de várias solicitações) sobre as empresas que terão stands de exposição neste certame e isso, infelizmente, lesou os interesses da nossa publicação e das entidades presentes.

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pneus

Continental. P Lança programa abrangente para frotas A divisão de pneus para pesados da Continental apresentou, a um conjunto de operadores selecionados, um projeto designado Conti 360º, que é uma abordagem totalmente nova e diferenciada às frotas orientada para a redução de custos e no aumento do valor acrescentado dos seus produtos. TEXTO PAULO HOMEM

oderá parecer apenas mais um programa direcionado às frotas. Mas pelo que irá ler de seguida vai perceber o empenho que a Continental está a colocar no Conti 360º, já que o mesmo é uma revolução na forma de pensar e sobretudo de agir ao nível da gestão de frotas associada aos pneus dos veículos pesados. O crescimento de frotas pan-europeias e o aumento do tráfego entre fronteiras, a subcontração de serviços como resultado da pressão na redução de custos e no aumento da procura e o aumento geral dos custos das empresas que não conseguem ser transmitidos na sua totalidade ao cliente, são tendências que marcarão o futuro das frotas de pesados. A resposta da Continental a estas tendências incide em níveis de serviços standard e estruturas de preços harmonizadas, bem como em serviços a frotas comercialmente atrativos e que evidenciem vantagens para as próprias frotas. É neste contexto que nasce o programa Conti 360º Fleet Services, que implica uma relação novembro/dezembro 2013

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TECNOLOGIA

Novos pneus especificamente para Autocarro Ao nível de produto a principal novidade da Continental é a Geração 3 de pneus para autocarros. Aliás, este lançamento é o primeiro de uma série de lançamentos que a Continental irá fazer muito brevemente também para mercadorias e para o setor da construção. Tendo em conta que 70% do transporte de pessoas (em veículos pesados) é feito com pneus desenhados para camiões e adaptados para os autocarros, a Continental foi o primeiro fabricante de pneus a desenvolver uma gama de produtos específicos para autocarro, cobrindo todos os segmentos. Ao todo foram apresentadas três gamas diferentes (longo curso, inter-cidades e urbano), otimizados para o transporte de passageiros e especificamente adaptados aos autocarros, mais leves e mais à imagem de um pneu ligeiro, apresentando classificação A ao nível da travagem. ContiCoach HA3 (longo curso), ContiUrban HA3 (urbano) e Conti City Plus HA3 (inter-cidades) são as designações dos novos pneus de autocarros da Continental, sendo que este último é uma novidade absoluta, já que não existia oferta para este segmento. Qualquer destes três foi desenhado para aumentar a capacidade de travagem, melhorar a poupança de combustível (10% face à geração anterior) e aumentar a quilometragem.

tripartida entre a Continental, as frotas e os agentes (retalhistas), que proporcionam parcerias rentáveis entre todas as partes envolvidas. Apesar de ser uma novidade que está a ser introduzida em Portugal, o Conti 360º é um programa europeu, que já está associado a mais de 2.500 retalhistas pela Europa (selecionados), com presença nos oito principais mercados e dinamizado junto a clusters de transportadores, bem como dos principais eixos rodoviários de fluxo de mercadorias.

O Conti 360º é um abrangente programa de gestão de pneus que envolve a marca continental mas também os seus parceiros

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Pack de serviços O Conti 360º Fleet Services, sendo um programa virado para o serviço a ser prestado pelos retalhistas selecionados para o desenvolver, consiste num conjunto de cinco pack´s de serviços: ContiFitmentService, ContiFleetCheck, ContiBreakdownService, ContiCasingManagment e ContiFleet Reporting. O ContiFitmentService é o serviço que incide no aconselhamento especializado às frotas na escolha do pneu correto (novo ou recauchutado) e no consequente serviço de montagem, podendo o mesmo ser prestado nas instalações do retalhista ou do cliente frotista. No caso do ContiFleetCheck é analisada a otimização de custos com os pneus, sendo os mesmos monitorizados em termos de pressões, profundidade do piso, quilometragens, danos e padrões de desgaste. Esta monitorização é feita com recurso a ferramentas informáticas e a medição digital, evitando-se erros. Neste pack é feito um relatório exaustivo à frota, com análise da percentagem de pressões

erradas, projeções de performance, estimativas de custos futuros e estimativas de poupanças. O serviço 24 horas, conhecido por ContiBreakdownService, permite que os tempos de imobilização da frota, após um furo num pneu, sejam controlados (máximo de 3 horas de imobilização em função da região da Europa). O programa prevê também o ContiCasingManagment que mais não é do que um programa de gestão da carcaça de A a Z. Desde a recolha de pneus usados, à inspeção e avaliação das carcaças de acordo com a sua recauchutabilidade, passando por uma base de dados de carcaças informatizadas com rastreio total da mesma (garantia de utilização da mesma carcaça em todo o processo de vida do pneu), este pack inclui ainda a aquisição de carcaças que se possam utilizar na produção segundo os critérios da Continental (ContiRe e Contitread). Por fim, existe o ContiFleet Reporting que mais não é do a análise detalhada de todos os serviços prestados e dados relativos a todos

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os pneus da frota. Neste pack é analisada a quantidade de pneus fornecidos e montados, quantos ContiBreakdownService foram prestados, quantos ContiFleetCheck foram efetuados, como também todos os custos associados ao fornecimento de produtos e serviços. A grande vantagem é que todos terão acesso online a toda esta informação em qualquer momento. Cesar O “Cesar” é o cérebro de todo o programa Conti 360º. Trata-se de um suporte administrativo online, que está disponível para o retalhista, para o frotista e para a Continental, onde são parametrizados todos os dados sobre os pneus de uma frota (matrícula, pneus que estão a ser usados, preços contratados de pneus, registo de pressões, profundidade de piso, serviços contratados, gestão de carcaças, etc). Assim que o veículo é assistido num ou por um retalhista (em qualquer país onde o Conti 360º esteja a funcionar) os dados ficam de pronto registados no “Cesar” e todos os intervenientes ficam com acesso à informação, bem como ficam registadas todas as análises feita aos pneus. Esta ferramenta permite acelerar e simplificar processos, já que muitas das operações são auto-autorizadas e auto-faturadas, com todas as vantagens que isso acarreta em termos administrativos para todos os intervenientes. Desta forma consegue-se ainda obter um volume de informação enorme sobre cada pneu ao longo das diferentes vidas do mesmo. Marketing O projeto não é só o programa Conti 360º, mas sim uma série de outras iniciativas que passam por uma comunicação orientada para frotistas, com campanhas específicas, formação e programas de fidelização específicos. Para além da venda, existirá por isso um grande suporte de marketing e de informação, que permitirá envolver o cliente frotista o máximo possível dentro desta nova forma de trabalhar os pneus. Desta forma a Continental está a apostar muito forte na área dos pneus de pesados, com uma dinâmica que abarca todas as fases do pneu (mesmo antes da produção), não sendo de estranhar que os objetivos da empresa a nível mundial passam por duplicar vendas.

Contactos Marketing & Sales Manager: Carlos Oliveira Telefone: 252 499 234 E.mail: carlos.goncalves.oliveira@conti.de Website: www.continental.pt

Carlos Oliveira CVT Marketing & Sales Manager

“De fornecedor de produtos a fornecedor de soluções” O que é o Conti 360º? É um programa pan-europeu para a gestão dos pneus das frotas de pesados, sustentado na prestação de serviços especializados através de uma rede selecionada de retalhistas, que estarão aptos a desenvolver um conjunto de soluções direccionadas para as frotas ao nível dos pneus. A forma como o programa está desenvolvido trará rentabilidade para as frotas, na medida em que o maior controlo de todo o ciclo de via do pneu irá permitir uma efetiva redução de custos de operação com a frota. Este programa é a profissionalização do negócio de gestão de frotas associado aos pneus de pesados? A Continental tem uma estratégia clara até 2025. Queremos aumentar de uma forma significativa o conhecimento relativamente à utilização dos pneus nos frotistas e consequentemente acrescentar valor ao negócio. Por isso é que é um projeto global que envolve muita informação detalhada e objetiva sobre a utilização dos pneus. O foco está na utilização do pneu e na passagem do fornecimento de produtos a fornecimento de soluções. Que meios é que dinamizaram para a implementação do Conti 360º? Para além da equipa comercial que já existia, temos um gestor de frota a liderar o projeto e uma outra está responsável pela monotorização das frotas, para além da especialização de todo um back-office de suporte. Tudo isto assente num conjunto selecionado de parceiros retalhistas, os Conti360º Partners. Este programa funciona com outras marcas de pneus? Claro que sim, pois são poucas no nosso país as frotas que utilizam exclusivamente uma única marca de pneus. A gestão de pneus da frota não é só feita para a marca Continental, mas sim para todas as marcas de pneus que a frota utilize nas suas viaturas. O que o difere o Conti 360º do tradicional programa de “contratos quilométricos”? Este programa pouco tem a ver com os tradicionais

“contratos quilométricos”. Neste tipo de gestão o pneu pertence à marca, pagando o frotista um valor fixo por cada quilómetro percorrido, introduzindo um factor de variabilidade com a utilização. No conceito Conti 360º o pneu é do frotista, ao qual estão associados um conjunto de serviços de suporte que o ajudará a manter o pneu por mais tempo e sempre nas melhores condições de uso, obtendo mais valias por via da redução de custos. Procura-se obter o menor custo por quilómetro percorrido para a frota, o que não acontece necessariamente no âmbito dos contratos quilométricos. É portanto uma nova lógica de negócio? Claramente que sim. Antes o foco estava no produto e na sua comercialização, agora o foco está no fornecimento de soluções onde o pneu é apenas uma componente. Nesta fase de lançamento vamos trabalhar com cerca de 10 retalhistas selecionados, que cobrem numa primeira fase as nossas necessidades no território nacional, juntando-se aos mais de 2.500 que já trabalham neste programa por essa Europa fora. Quais as vantagens do Conti 360º para os frotistas? Em primeiro lugar, é absolutamente visível a redução de custos que os frotistas conseguem obter com esta nova abordagem aos pneus para frotas. Só o facto de eles poderem ter um controlo e informação total sobre os pneus e sobre o seu uso traz-lhes enormes vantagens. Para além disso a transparência em todo o processo, os preços competitivos e uniformizados, a qualidade do serviço, a assistência técnica personalizada e o facto de estar disponível em toda a Europa são também importantes vantagens. Não menos importante é que esta abordagem dá à Continental um conhecimento do produto como nunca tivemos, o que nos permite oferecer cada vez melhores pneus aos nossos clientes. Como corolário desta abordagem temos a nossa nova Geração3 de pneus, completamente orientada para as necessidades específicas dos nossos clientes.

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PNEUS

Tiresur. Tudo pelo serviço É um dos operadores mais recentes do mercado de pneus em Portugal mas que possui uma longa experiência no setor, nomeadamente em Espanha. O serviço é uma das suas principais apostas, bem como a marca Ovation para veículos pesados. TEXTO Paulo Homem

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om quase 80 anos de atividade, a Tiresur está presente em três continentes e opera em nove países. Pertencente ao Grupo AM, a Tiresur tem como atividade principal a distribuição de pneus. Apesar de já ter clientes no nosso país, em Fevereiro entrou em Portugal com uma estrutura própria e dedicada aos pneus e com uma sólida oferta para veículos comerciais ligeiros e pesados. O responsável pelo desenvolvimento da estratégia da empresa no terreno é Aldo Machado, Country Manager para Portugal da Tiresur, que falou para a TURBO OFCINA PESADOS sobre a empresa. Qual a oferta da Tiresur para o setor dos pesados e dos veículos comerciais? A Tiresur oferece aos seus clientes a gama comercial, em regime de exclusividade, das marcas GT Radial e Ovation. Esta última marca disponibiliza uma gama de pneus pesados em fase de crescimento, estando garantido um stock permanente das medidas mais correntes. Também disponibilizamos aos nossos clientes uma oferta diversa em marcas “premium”. Qual o posicionamento em termos de produto e de qualidade / preço dessa oferta? A marca Ovation é reconhecida como uma marca budget de qualidade elevada dentro do seu segmento, equipando atualmente algumas frotas interessantes por todo o país. Quanto à GT Radial, esta é uma marca de posicionamento quality, apresentando um excelente preço e uma qualidade de nível superior. O modelo de distribuição é semelhante ao modelo usado para os veículos ligeiros? Na fase de lançamento da empresa apostamos inicialmente no mercado da grande Lisboa, onde conseguimos de pronto apresentar um serviço de distribuição excelente, com entregas bidiárias desde as Caldas da Rainha até Setúbal e onde, atualmente para a área da Grande Lisboa, é possível efetuar envios 4 vezes por dia. Para o restante país distribuímos em 24 horas. Por isso, nos pneus para comerciais ligeiros a distribuição é semelhante, existindo apenas limitações em relação às entregas bidiárias e quadridiárias que, devido às suas características,

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tornam impossível a garantia de eficácia no que se refere aos pneus pesados. Como funcionam em termos logísticos? Temos o nosso armazém em Alverca, mas não temos distribuição própria, apesar da nossa aposta ser claramente na rapidez e na qualidade do serviço. Para a garantir, nomeadamente na região da grande Lisboa, recorremos aos serviços da CARF que apresenta índices de serviço excelentes. Por outro lado este serviço permitiu entrar em diversos grupos e potenciar o negócio, bem como dinamizar a distribuição urgente que nos possibilita quatro entregas ao dia, mas com custos muito aceitáveis. O crescimento da CARF para Leiria possibilitou o nosso crescimento com este tipo de serviço para outras regiões do país. Quantos pneus têm em stock para pesados e comerciais? No nosso armazém de Lisboa o stock ronda os 500 pneus pesados e cerca de 2.500 pneus comerciais. Na nossa sede, e disponível para Portugal entre 24 e 48 horas, o stock de ambos ronda os 30.000 pneus. Quais são os principais alvos da Tiresur em termos de mercado nos pneus pesados e nos pneus para comerciais? A Tiresur é um distribuidor grossista puro, nunca entrando no mercado de retalho. No entanto, a rede Center’s Auto (uma rede de oficinas associadas dinamizada pela Tiresur em parceria com a GT Radial) encontra-se numa fase ativa de procura de frotistas interessados na montagem de pneus GT Radial e Ovation nas suas viaturas. Qual é a estratégia da Tiresur para estes mercados a médio prazo? A Tiresur está em Portugal desde o passado mês de Fevereiro, encontrando-se naturalmente numa fase de divulgação e crescimento promovendo a sua gama atual. Numa fase posterior, a Tiresur apostará na diversificação da sua oferta, quer por via da ampliação da oferta nos atuais segmentos ou ainda por introdução de novos produtos. As vendas online (B2B) são também representativas para o negócio dos pneus de pesados e de comerciais? Sem dúvida que representam uma fasquia muito

importante das nossas vendas, mas o nosso enfoque está centrado no apoio dos nossos gestores de conta que cobrem todo o país. O que é que a Tiresur trouxe de novidade para este negócio da distribuição de pneus em Portugal? Trouxemos acima de tudo um enfoque muito grande na qualidade de serviço, na proximidade

contactos Country Manager: Aldo Machado Telefone: 219 938 120 E.mail: amachado@tiresur.com Website: www.tiresur.com

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e na relação pessoal com o cliente. Para além disso, existem as marcas que também trazemos em exclusivo, como é o caso da GT Radial e da Ovation, qualquer delas bastante conceituada nos segmentos Quality e Budget. Trouxemos também um call-center dedicado, com um horário de atendimento bastante alargado, entre as 9 e as 19 horas, e com três profissionais. Outra aposta foi numa experiente equipa comercial com três pessoas, que nos permitem uma grande proximidade com o cliente pois privilegiamos muito esse contacto, sendo uma das bases da nossa estratégia. Não é comum uma start-up que chega a Portugal colocar de pronto três comerciais a servir o cliente.

Não é só pesados... Como qualquer grossita dos pneus, também a Tiresur faz o seu volume de vendas nos pneus para ligeiros. A esse respeito, Aldo Machado diz que “trabalhamos uma gama muito alargada onde fornecemos quase todas as marcas Premium, mas a nossa aposta tem sido na exclusividade das marcas GT Radial em ligeiros e Ovation em ligeiros e pesados. Com estas duas marcas temos uma enorme amplitude de gama que nos permitem cobrir praticamente todas as necessidades em veículos de turismo, 4x4, comerciais, altas

prestações e pesados. São marcas que pelos volumes que atingiram na Europa e em Espanha, nos dão totais garantias de fiabilidade e qualidade e que nos permitem olhar para o mercado português com muita confiança. Na marca Ovation achamos que temos um produto que apesar de Budget tem qualidade e bom rendimento quilométrico, não é dos mais baratos e nem sequer é uma marca própria da Tiresur, mas sim um produto que é vendido em todo o mundo do qual nós temos o exclusivo para Espanha e Portugal”.

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Gripen Wheels. Aumenta gama de pneus OTR Dynamaxx

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o sentido de consolidar a sua posição de maior operador Europeu no mercado dos pneus OTR, a Gripen Wheels acaba de anunciar a extensão da gama de produtos da sua marca privada Dynamaxx. A marca de pneus OTR-Engenharia Civil Dynamaxx, desenvolvida e fabricada por fabricante europeu, consegue conciliar de forma perfeita o que a Engenharia Europeia tem de bom, com os custos de produção imbatíveis das fábricas de última geração da PRC. Em resumo, qualidade superior com preços Low-Cost. À gama inicial de produto, constituída pelo desenho de piso ALL GRIP nas medidas 17.5R25, 20.5R25, 23.5R25, 26.5R25 e 29.5R25 (sempre em 2 estrelas E3/L3), a Dynamxx vê agora alargada a sua gama com dois novos produtos, o Dynamxx Dumper Grip (2 estrela E3.5/L3.5) e o Dynamxx Hauler Grip (2 estrelas E4/L4). Disponível nas medidas 23.5R25, 26.5R25 e 29.5R25, o Dynamxx Dumper Grip distinguese pelo seu desenho do piso agressivo e com grande capacidade de auto-limpeza, garantindo níveis de tração e flutuação de excelência, quer em Dumpers/Camiões Articulados, quer em Pás Carregadoras de Rodas. O Dynamxx Hauler Grip está disponível nas medidas 23.5R25, 26.5R25 e 29.5R25, distinguindo-se pelo seu desenho do piso agressivo e com grande capacidade de autolimpeza para um piso E4/L4, garantindo níveis de tração e durabilidade de excelência em aplicações exigentes.

Goodyear. Kmax e Fuelmax reduzem custos de frotas

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max e Fuelmax são duas novas linhas de produto que a Goddyear acaba de anunciar para o mercado dos veículos pesados. Estes pneus vão ajudar as frotas a reduzir os custos operacionais graças à quilometragem prolongada e à baixa resistência ao rolamento que oferecem. A linha Kmax é composta pelos pneus de direção Kmax S, os pneus de tracção Kmax D e os pneus de reboque Kmax T. Em comparação com os pneus RHS II e RHD II+ da Goodyear (agora substituídos), os pneus Kmax podem oferecer até 35% mais de quilometragem. Os testes demonstram que, em comparação com os pneus de direcção RHS II, os pneus Kmax atingem uma melhor quilometragem de até 30% e em comparação com os pneus de tracção RHD II+, os pneus Kmax D promovem uma melhoria de consumo de combustível até 35%. O Fuelmax é a gama de pneus eficientes

em consumo de combustível, que oferece a melhor resistência ao rolamento, entre qualquer pneu da Goodyear, para aplicações rodoviárias com um equilibrado desempenho global. A linha é composta pelos pneus de direção Fuelmax S, os pneus de tração Fuelmax D e os pneus de reboque Fuelmax T. Ao registarem uma melhoria até 10% em resistência ao rolamento poupam dinheiro em combustível e reduzem as emissões de CO2. Além disso, também potenciam a quilometragem até 15% ao mesmo tempo que garantem maior versatilidade e melhor tração. Em comparação com os pneus anteriores LHS II e LHD II da Goodyear os pneus Fuelmax S e Fuelmax D demonstram uma melhor quilometragem de 15% e 10%, respetivamente. Comparando os pneus Fuelmax S e Fuelmax D com os pneus LHS II+ e LHD II+ em termos de resistência ao rolamento, os novos pneus oferecem uma melhoria de 6% e 10%, respetivamente.

S. José. Renova aposta em pneus Goodride

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S. José – Logística de Pneus, conhecida empresa de distribuição de pneus de Cantanhede, dinamizou a comercialização de pneus Goodride, marca de que é importadora exclusiva para Portugal. Com uma gama que vai dos pneus de Turismo, 4x4 e SUV, até aos Comerciais

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e Camião, o stock de pneus disponível tem vindo a aumentar, fruto de um maior investimento na marca por parte da S.José, que passou a contar com mais um armazém para esta marca, a somar à capacidade de armazenamento que a empresa já dispunha. Refira-se que a marca Goodride pertence ao maior fabricante de pneus da China.

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Michelin. Novo pneu até 16 toneladas

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Michelin acaba de apresentar o Michelin X Multi D para jante de 17.5 polegadas destinado a camiões de menos de 16 toneladas. Este pneu foi desenvolvido e fabricado para oferecer ainda mais segurança e mobilidade aos utilizadores. Deste tipo de veículos, 75% são utilizados por pequenas empresas autónomas e percorrem menos de 100.000 km por ano. Estes utilizadores procuram antes de tudo um pneu eficaz que lhes permita concentrarse prioritariamente no seu trabalho, sem renunciar às melhores performances em segurança, duração e consumo. Os principais destaques do Michelin X Multi D resumem-se a uma quilometragem 18% superior, óptimas performances durante todo o ano (marcação 3PMSF para circular em neve), redução do consumo de combustível e menor emissão de ruído de rolamento (um avanço tecnológico para veículos que circulam muito em zonas urbanas).

Bridgestone. R168PLUS novo pneu para reboque

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Bridgestone marca um novo limiar de eficiência, performance e longevidade dos pneus para reboque com o R168PLUS, agora com maior resistência a arrancamentos e baixa resistência ao rolamento. A necessidade de ter sempre o melhor custo por quilómetro levou os engenheiros da Bridgestone a desenvolver um pneu altamente durável, graças ao composto de

alta performance e à construção robusta da carcaça. A mais recente combinação tecnológica foi integrada no novo R168PLUS, proporcionando melhor desempenho e melhor resistência a arrancamentos. Um bloco de telas estabilizadoras mais largo permite uma melhor proteção contra penetrações, enquanto que o desenho do piso ajuda a evitar a retenção de pedras e confere uma maior resistência contra os arrancamentos. O R168PLUS apresenta as características de uma estrutura robusta, tornando-o ideal para uso no âmbito do conceito de “múltiplas vidas” – o Total Tyre Life da Bridgestone – com o Bandag R168. A linha Bandag premium não é apenas parecida com o novo pneu, oferece igualmente níveis excecionais de desempenho, qualidade, fiabilidade e quilometragem, semelhante aos Bridgestone originais. O R168PLUS na medida 385/65R22.5 está disponível nos mercados de substituição e equipamento de origem desde o passado mês de Outubro.

Riken. Com nova oferta para camião e autocarro

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marca Riken, distribuída na Península Ibérica pelo Grupo Andrés, apresentou uma renovação do seu pneu Extengo, com a denominação Extengo 2, para utilização na estrada equipando os eixos de direção e motriz dos principais camiões e autocarros. A renovada oferta da Rinken (marca do Grupo Michelin) centra se em quatro referências nas dimensões 295/80 R 22.5 e 315 R 22.5, com os modelos Extengo 2F, para o eixo de direção, e Extengo 2D, para o eixo motriz. Cabe destacar como melhoramento significativo, a nova conceção das esculturas, que adota uma imagem mais em conformidade com as tendências atuais e sempre sem perder de vista o aperfeiçoamento das principais performances, como a otimização da forma de desgaste para aproveitar todo o potencial de borracha disponível ou as suas qualidades de reesculturado e recauchutagem.

Infinity. Nova gama disponível para comerciais ligeiros

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epois de dar a conhecer os modelos Ecomax (pneu UHP) e Ecosis (pneu HP), que traduzem o topo da tecnologia da Infinity Tyres, chega agora ao mercado a renovada gama de pneus de turismo Ecopioneer, Enviro e Ecovantage. O destaque vai para o Ecovantage, um pneu que servirá o mercado dos furgões e dos comerciais ligeiros, possuindo como características o reforço da sua estrutura de modo a suportar maiores cargas. A Infinity é uma marca de pneus comercializada em Portugal pela Eurotyre (eurotyre.pt). novembro/dezembro 2013

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INTERNAcIONAL

Mercadorias. Novos corredores europeus O objetivo é reforçar a rede principal da RTE-T e o comércio entre todos os Estados-membros da União Europeia. TEXTO Cláudio Delicado

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Comissão Europeia (CE) apresentou a nova política de infraestruturas de transportes para o período 2014-2020. De acordo com o documento, a Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) será composta por nove corredores principais, com especial predominância nas ligações este-oeste e beneficiando a ligação entre todos modos de transportes, quer sejam estradas, linhas férreas, aeroportos ou canais navegáveis. Para o efeito, a CE decidiu triplicar o financiamento da União Europeia destinado às infraestruturas de transporte no período 2014-2020, elevando-se a 26 mil milhões de euros. A nova rede principal da RTE-T vai apoiar-se numa rede global de vias que alimentarão a rede principal a nível regional e nacional. O objetivo consiste em assegurar que, gradualmente e até 2050, a grande maioria dos cidadãos e empresas europeus estejam, no máximo, a trinta minutos de viagem desta rede global. Por outro lado, a CE aposta nos transportes como fator essencial para promover a eficiência da economia europeia. Prevê-se que,

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até 2050, o transporte de mercadorias cresça 80% e o de passageiros mais de 50%. Para a Comissão Europeia “o crescimento exige comércio e o comércio exige transportes. As zonas da Europa que não disponham de boas ligações não irão prosperar”. Portugal está incluído Uma grande inovação nas novas orientações para a RTE-T é a criação de nove corredores essenciais na rede principal. Esses corredores vão ajudar a desenvolver essa rede. Cada corredor tem de incluir três modos de transporte, três Estados-Membros e dois troços transfronteiras. Portugal está inserido no Corredor Atlântico, que liga a parte ocidental da Península Ibérica e os portos de Havre e Ruão a Paris e a Mannheim/Estrasburgo, com linhas ferroviárias de alta velocidade e, em paralelo, linhas convencionais, incluindo também o Sena como via fluvial. A vertente marítima tem um papel fundamental neste corredor, refere a CE, no entanto este também inclui a ligação

ferroviária entre Sines e a fronteira espanhola, assim como a ligação Aveiro/Porto com Valladolid. Os outros corredores da rede principal são: o Corredor Báltico—Adriático; o Corredor Mar do Norte—Báltico; o Corredor Mediterrânico; o Corredor Oriente/Mediterrâneo Oriental; o Corredor Escandinavo—Mediterrânico; o Corredor Mar do Norte-Mediterrâneo; o Corredor Reno-Alpes; e o Corredor Reno— Danúbio. A rede principal irá ainda compreender ligações por caminho-de-ferro e estrada a 94 grandes portos europeus; ligações por caminho-de-ferro de 38 aeroportos essenciais a grandes cidades; 15 000 quilómetros de linhas férreas adaptadas à alta velocidade; 35 projetos transfronteiras para reduzir os estrangulamentos. Serão também criadas comissões que vão reunir as partes e os Estados-Membros interessados. Esta é uma estrutura de governação que definirá e executará “planos de desenvolvimento” para que as obras ao longo do corredor, em diferentes Estados-Membros e em diferentes estados de avanço, possam ligar-se de modo eficaz, sem burocracias nem complicações. Cada corredor principal será presidido por coordenadores europeus.

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legislação

Euro 6. Emissões A bem controladas A norma europeia entrou em vigor e isso obrigou a que os fabricantes de camiões tivessem que apostar forte em tecnologia. Nunca os pesados foram tão “verdes”.. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

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s normas sobre as emissões do Euro 6 entraram em vigor na União Europeia a 1 de janeiro de 2014 para todos os novos veículos vendidos. São aplicados níveis de emissões limite de 0,4 g/kWh de Óxidos de azoto (2 g/kWh para o Euro 5), 0,01 g/kWh de teor de partículas: (0,02/0,03 conforme o ciclo de testes para o Euro 5), contagem de partículas: 6,00 x 1011 partículas/kWh (ciclo de testes transitórios). 8,00 x 1011 partículas/kWh (ciclo de testes fixos). O total é de 600 ou 800 mil milhões de partículas por kWh. Um kWh corresponde à energia consumida durante cerca de 30 segundos de condução de um conjunto articulado de 40 toneladas, à velocidade de 90km/h. A redução do número de partículas deverá rondar os 99%. Em comparação com o Euro 5, o motor Euro 6 representa uma descida significativa na escala dos níveis de emissões. De facto, as emissões de óxidos de azoto e de partículas do motor Euro 6 são cerca de um quinto das dos motores

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Comunicação obrigatória das emissões de CO2 em França A Associação de Transportadores Rodoviários de Mercadorias Francesa fez saber que, desde o dia 1 de outubro, os transportadores se encontram obrigados a comunicar aos seus clientes a quantidade de emissões de CO2 associadas ao transporte realizado. Esta nova obrigação aplica-se a todos os transportes com origem ou destino no território francês, incluindo as operações de cabotagem. Encontra--se isento desta obrigação, o transporte internacional com travessia do território francês. Segundo consta no diploma francês, os transportadores terão até dois meses após a conclusão do serviço, para comunicar aos seus clientes as emissões de CO2 associadas ao transporte realizado. A comunicação destes dados deverá ser feita com a emissão da fatura do serviço prestado. Quanto à forma de cálculo destas emissões, os transportadores poderão, nesta fase, utilizar a “fórmula de nível 1” que possui valores padrão estabelecidos pela lei. Esta fórmula pode ser usada pelas empresas até julho de 2016. A partir desta data, apenas as empresas com menos de 50 trabalhadores poderão continuar a utilizar a “fórmula de nível 1”. No seguinte link: http:// www.aftri.com/documents-a-telecharger/ guide-methodologique-co2/view, encontrase um guia metodológico relativo a este tema, onde é possível encontrar a fórmula de cálculo das emissões de CO2. Para consulta rápida, já que este guia inclui os diversos modos de transporte, o transporte rodoviário encontra-se a partir da página 76.

Euro 5. Um novo elemento nos testes de emissões é o facto de ser necessária a contagem das partículas, o que, na prática, significa que as emissões reais de partículas serão de aproximadamente um sexto das do Euro 5. Como tal, os veículos com motores Euro 6 começam a generalizar-se no mercado. Entre os dados mais relevantes das tecnologias desenvolvidas pelos construtores, as opções passam pela combinação dos sistemas de recirculação de gases de escape (EGR) com o de redução catalítica selectiva (SCR), ou nalguns casos, pela utilização exclusiva do sistema SCR. Para todos os efeitos, quer isto dizer que, no futuro, todos os camiões irão recorrer à solução de ureia AdBlue integrada nos respetivos processos de pós-tratamento de gases de escape. Refira-se, no entanto, que o consumo de AdBlue variará entre os 5 e os 6% do consumo de combustível nos sistemas exclusivos SCR e entre 3 e 4% nos sistemas combinados EGR/

SCR. Outro dado a ter em conta é que todos os sistemas Euro 6 irão integrar filtros de partículas diesel, catalisadores adicionais e silenciadores. A Scania, por exemplo, para além da combinação dos sistemas EGR e SCR, recorre também a um turbo de geometria variável (VGT) que combina com o EGR, com arrefecimento numa só fase, melhorando assim a resposta do motor, e ao sistema common-rail de injeção direta de combustível sob alta pressão (XPI). O sistema de tratamento posterior integra um sensor de NOx, um catalisador de oxidação diesel (DOC), e um filtro de partículas de fluxo total (DPF). Quanto à solução SCR é composta por dois catalisadores gémeos paralelos, associados a um catalisador compacto com revestimento de amónio, onde é removido qualquer resíduo de amónio que tenha sobrevivido no fluxo de escape. Na prática, cerca de 50% das emissões NOx são eliminadas na origem pelo sistema EGR e 95% pelos catalisadores SCR, enquanto o

filtro de partículas reduz este tipo de emissões em cerca de 99%. A solução da Iveco diferencia-se, do ponto de vista tecnológico, por ter optado pela eleição exclusiva do sistema SCR, a que chama “SCR Only”. Para aumentar os níveis de eficiência do SCR desenvolveu um novo sistema de gestão, no qual a dose do AdBlue e as propriedades técnicas do sistema de pós-tratamento de gases de escape passam a ser controladas de modo ainda mais meticuloso e preciso. Para aumentar a otimização da eficiência do processo de combustão, joga com uma pressão média elevada na câmara de combustão e uma alta pressão de injeção. Para alcançar esses objetivos foi necessário modificar o cárter e a culatra. Incorporam também um catalisador de oxidação diesel (DOC), um filtro de partículas diesel (DPF) e um catalisador de limpeza (CUC), todos eles patenteados pela FPT Industrial. Fontes: Comissão Europeia e Coperol novembro/dezembro 2013

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opinião

Empresários e gestores de qualidade

João Almeida

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sta é a primeira vez que escrevo para uma audiência tão vasta e especializada e faço-o porque acredito que a minha experiência na direção de uma das marcas representadas no sector dos veículos pesados poderá ser enriquecedora para os propósitos da Turbo Oficina Pesados e para aqueles que trabalham nos diferentes setores ligados ao imenso mundo do transporte rodoviário. Durante vários anos tive, na verdade, o privilégio de trabalhar muito próximo de todos: fabricantes dos veículos, desde a engenharia de produto, aos seus fornecedores de serviços associados, governantes e legisladores, incluindo os responsáveis pelas apertadas normas europeias. Mas, também, os importadores e as suas estruturas de Distribuição e Assistência, bem como todos os outros agentes económicos que, de alguma forma, agregam valor aos veículos pesados, sejam fornecedores de carroçarias, fabricantes de pneus ou de peças de substituição/reparação. E há, ainda, um vastíssimo conjunto de agentes cujo contributo não pode ser esquecido ou subalternizado. É o caso dos fornecedores de sistemas informáticos de gestão e controlo de tráfego, das plataformas logísticas, dos combustíveis, das seguradoras, dos produtores e alugadores de reboques. E, claro, também, tudo e todos os que estão ligados ao transporte de passageiros: dos autocarros urbanos e de turismo, aos pesados de obra (estrada ou estaleiro), transporte de mercadorias (nacional ou internacional). Faço notar que toda esta divisão foi muito “São poucas as Associações [ANTRAM] que conseguem simplista, tal a diversidade de aplicações dos de forma tão continuada manter nos seus Orgãos veículos pesados, porque transportar galinhas não tem rigorosamente nada a ver com Sociais, os principais representantes dos maiores transportar gás líquido, como todos sabemos. transportadores do País, granjeando uma enorme Porém, de entre todos os protagonistas destes setores, destaco os empresários que, sem dúvida, legitimidade na defesa dos interesses do setor, têm um papel central na economia do País e em nomeadamente junto do poder político.” particular no patamar de excelência que o setor do transporte de mercadorias já alcançou em Portugal, mesmo quando comparado com aqueles que são tidos como as referências internacionais. O nível de conhecimentos e a motivação para as melhores práticas é, na verdade, um dos denominadores comuns a praticamente todos os que operam nos diferentes setores e em especial no transporte de mercadorias. É para estes que dirijo as minhas últimas palavras nesta minha primeira prosa pública. As minhas participações nos congressos da ANTRAM, a que tive o privilégio de assistir, foram altamente enriquecedoras, reflexo do elevado profissionalismo que esta associação possui. E não admira, porque são poucas as Associações que conseguem de forma tão continuada manter nos seus Orgãos Sociais, os principais representantes dos maiores transportadores do País, granjeando, por isso, uma enorme legitimidade na defesa dos interesses do setor, nomeadamente junto do poder político. É por isso um enorme prazer ter este espaço para poder expressar os meus parabéns pela realização do 13º Congresso da Antram e desejar a todos os seus associados um enorme sucesso pessoal e profissional. Pela minha parte voltarei no próximo número para tentar aprofundar alguns dos aspetos mais marcantes do setor dos pesados e dos seus protagonistas.

Nota da Direção João Almeida foi durante vários anos Diretor Geral para Portugal de uma das principais marcas de veículos comerciais (ligeiros e pesados). Na Turbo Oficina Pesados acreditamos que a sua vasta experiência será altamente enriquecedora para este projeto e para aqueles que operam nestes setores. João Almeida assinará um artigo todas as edições e terá as funções de Consultor Editorial, participando, portanto, ativamente, na elaboração desta revista.

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