N.º 8 | JANEIRO/FEVEREIRO 2015 | WWW.OFICINA.TURBO.PT | 2,2€
E S P E C I A L.
Cada camião ou autocarro que está parado é dinheiro perdido pelas empresas. As marcas apetrecharam-se com redes e gamas de serviço capazes de dar resposta às necessidades de assistência das frotas. Conheça a oferta de cada uma
REDES E SERVIÇOS OFICIAIS ROSETE AJUDAR OS FROTISTAS A REDUZIR CUSTOS ATRAVÉS DA INFORMAÇÃO DOS TACÓGRAFOS
RELATÓRIO POR QUE CHUMBAM OS CAMIÕES, AUTOCARROS E SEMIRREBOQUES NAS INSPEÇÕES PERIÓDICAS?
IVECO DESMONTÁMOS E ANALISÁMOS AO PORMENOR UM STRALIS HI-WAY
sumário PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt REDAÇÃO PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt JOÃO CERQUEIRA ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt
Editorial.............................................................................................. P.4 Grande Reportagem Manhã do Gás Natural .......................................................................... P.6 Notícias............................................................................................... P.10 Rosete .......................................................................................................... P.16 Valvoline .................................................................................................... P.20 Ecopartes .................................................................................................. P.22 PLA Peças .................................................................................................. P.24 Top Driving Solutions........................................................................... P.26 Euromaster ............................................................................................... P.22
Empresa em destaque
Roques ......................................................................................................... P.30
Relatório
Inspeções Periódicas ........................................................................ P.34
Especial
PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt
Frotas
SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt CONSULTOR EDITORIAL JOÃO ALMEIDA COLABORADORES PEDRO MONTENEGRO PARCERIAS APVGN CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 5000 EXEMPLARES Isenta de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 Art.o 12º nº 1 A. INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
Empresa
EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt
FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt
N.º 8 | JANEIRO/FEVEREIRO 2015
redes oficiais de serviços e pós-venda ..................................... P.38 Transportes Três Mosqueteiros..................................................... P.46
Camiões
Scania .......................................................................................................... P.50
Autocarros
AGT Bus........................................................................................................ P.54 Setra ............................................................................................................. P.58
Técnica
Iveco Stralis Hi-Way ............................................................................ P.62 Volvo I-Shift ............................................................................................. P.66 Passo a passo: desalinhamento de chassis .......................... P.68 A sinistralidade e a condução ....................................................... P.70
Legislação
Novas regras para transportadores na Alemanha ............ P.72
Pneus
Sópneus ..................................................................................................... P.74 Kumho ...................................................................................................... P.78
Ambiente
Opinião APVGN ........................................................................................ P.80 Opinião João Almeida.................................................................. P.82 JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
3
editorial
O fator tempo
H
oje vivemos numa azáfama, tanto na vida pessoal como na profissional. Mas vivemos também numa época de controlo em que já conseguimos saber informação em tempo real do que se passa com os colaboradores, as vendas, as entregas de mercadoria, a posição exata de um veículo ou a temperatura da carga dentro de um camião. Sabemos tudo isto e queremos saber muito mais. Porquê? Porque já se percebeu que as poupanças conseguidas com o bom uso desta informação são enormes. Em tempo, em dinheiro e em recursos. O mercado foi-se ajustando, umas empresas melhor, outras pior, mas atingimos um ponto sem retorno. E as marcas – e principalmente as suas redes de assistência e reparação – perceberam que o modelo de negócio mudou radicalmente. Hoje, ter um camião ou um autocarro parado na estrada provoca um prejuízo enorme que pode por em causa contratos que são negociados ao cêntimo. As reduções de stocks por parte das empresas fazem com que o papel dos transportadores seja hoje também mais importante para que uma AS MARCAS ESTÃO CADA VEZ MAIS APETRECHADAS E linha de produção, por exemplo, não se veja obrigada a parar por falta de matéria-prima. Se as empresas de CONSEGUEM FAZER CADA VEZ MAIS SERVIÇOS NO LOCAL, transporte têm que perceber que fazer a manutenção DE FORMA MAIS RÁPIDA E EFICAZ. SÓ ASSIM SE CONSEGUE preventiva dos seus veículos – seja em oficina própria, na rede oficial ou multimarca -, as marcas têm que GANHAR A CONFIANÇA DE UM CLIENTE QUE, QUE SERÁ TÃO MAIS perceber que a resposta a uma avaria na estrada tem DURADOURA QUANTO A QUALIDADE DO SERVIÇO QUE RECEBER. que ser imediata. Os clientes que têm frotas todos os dias nas estradas são cada vez menos condescendentes com más (ou demoradas) assistências na estrada. Nesta edição pode ver um trabalho completo sobre a rede oficial das marcas atualmente ativa no nosso país e um mapa muito útil para ver a distribuição ao longo do território. As marcas estão cada vez mais apetrechadas e conseguem fazer cada vez mais serviços no local, de forma mais rápida e eficaz. Só assim se consegue ganhar a confiança de um cliente que, mais do que comprar um camião (ou uma frota), compra uma relação que será tão mais duradoura quanto a qualidade do serviço que receber. O fator tempo é hoje um ponto de decisão de um negócio e quem não perceber isto corre sérios riscos de ficar à margem de um mercado cada vez mais competitivo e que é cada vez mais avesso a erros e faltas de profissionalismo.
Cláudio Delicado DIRETOR claudiodelicado@turbo.pt
4
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
grande reportagem
Gás Natural. “O combustível do Século XXI” A Conferência “Manhã Sobre GNL e GNV”, organizada pela TML – Transportes os Três Mosqueteiros, reuniu algumas das empresas e organismos de maior relevo a nível nacional no setor do gás natural, dando mais um contributo para o desenvolvimento da utilização deste combustível no setor do transporte profissional. TEXTO JOÃO CERQUEIRA
O
s trabalhos decorreram no Auditório da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), na cidade portuária de Sines, com a presença de cerca de centena e meia de participantes, com oradores de peso, logo na sessão de abertura. São exemplos disso os presidentes da Câmara Municipal de Sines e da APS, Nuno Mascarenhas e João Franco, respetivamente, e do administrador da TML, Belarmino Hilário, que sublinhou a determinação e o empenho da sua equipa de mais de 120 colaboradores na defesa do meio ambiente e na procura de soluções de transporte mais ecológicas e económicas, como é o caso das viaturas a gás natural e de última geração Euro 6. O evento serviu também de palco para a viagem inaugural do primeiro camião cisterna a GNC da TML e o primeiro do país movido com este combustível afeto exclusivamente ao serviço de transporte de gás natural. No parque de exposições junto ao auditório, a TML expôs vários equipamentos dedicados ao transporte de gás natural a prestar serviço em algumas empresas de referência do setor, a nível nacional e internacional.
EM 20,6 MILHÕES DE VGNS APENAS 600 CIRCULAM EM PORTUGAL Jorge Figueiredo, Vice-Presidente da Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (APVGN), foi um dos principais protagonistas do evento, ao afirmar peremptoriamente que “o século XXI será o século do gás natural”. Infelizmente, a realidade portuguesa ainda está muito longe desse pressuposto, com “apenas 600 veículos a gás natural” a circular nas nossas estradas, num planeta onde já existem 20,6 milhões de VGNs, 4 milhões dos quais no Irão, 2,8 milhões no Paquistão e 1,8 milhões no Brasil. O ranking
6
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
europeu é liderado pela Itália, com 823.000 veículos a gás natural. A nível mundial, “as taxas de crescimento anual do número de veículos a gás natural já andam entre os 10 e os 12%”, garante este responsável. “Num planeta em que os recursos do petróleo são finitos e os transportes dependem ainda fundamentalmente do petróleo, o único combustível que pode substituir os derivados do petróleo no setor dos transportes, no imediato e maciçamente, é o gás natural”, defende Jorge Figueiredo. Até porque “existem reservas para muitos séculos.” Por outro lado, o campo de aplicação deste combustível nos VGNs é muito vasto, podendo ser utilizado como fonte de energia “tanto em veículos ligeiros como pesados” e, neste último caso, tanto em autocarros como em camiões de distribuição e de longo curso. Outra das vantagens da utilização do gás natural é que se trata de um tipo de combustível extremamente seguro, e “o GNL é tão ou mais seguro do que o GNC.” Jorge Figueiredo falou também dos 4 grandes projetos de “Corredores Azuis” aprovados pela UE, cobrindo na totalidade o continente europeu com uma rede de 45 postos de abastecimento de GNL, distando entre si num máximo de 400 km, o que irá permitir implementar este tipo de combustível alternativo nos transportes profissionais. “Portugal está a dar os primeiros passos” e nos dois últimos anos foram inaugurados postos públicos de abastecimento em Mirandela, Carregado, Azambuja e Matosinhos, seguindo-se proximamente novas aberturas no Porto e em Loures, aproveitando Jorge Figueiredo para lançar também um repto nesse sentido ao Presidente da Câmara Municipal de Sines: “esperamos que em breve haja aqui um em Sines.”
Do ponto de vista económico, “a generalização dos VGNs em Portugal dará uma contribuição poderosa para a melhoria da balança de pagamentos”, até porque “o gás natural poderia ser uma tecnologia endógena em Portugal”, apesar de “hoje ainda não se produzir um único metro cúbico de biometano” no nosso país. Outro dado a reter: “entre 2000 e 2014 o preço do petróleo aumentou 249%,” enquanto o do gás natural, nesse mesmo período, se ficou “por um aumento de 126%.” GNL NÃO É CORROSIVO E LUBRIFICA OS MOTORES Segundo Paulo Mestre, da REN, “o GNL é o combustível fóssil com a queima mais limpa, é incolor e inodoro, não é tóxico, à temperatura ambiente é menos denso do que o ar, não é corrosivo e constitui um bom lubrificante para os motores.” Nos últimos anos têm sido descobertas reservas muito interessantes de gás natural e continuam a descobrir-se, perspetivando-se que estas dariam para fornecer gás natural aos VGNs durante cerca de dois séculos e meio. Uma das principais entradas de GNL no país é o terminal da REN Atlântico em Sines, equipado com 3 tanques de armazenamento, cais de acostagem para navios metaneiros e “capacidade para abastecer todas as necessidades energéticas deste combustível no país.” Este terminal encontra-se ligado ao gasoduto que serve a rede de distribuição nacional de gás natural, tanto para uso doméstico como industrial. Tem também capacidade para encher 4.500 camiões cisterna por ano, “tendo carregado já mais de 20.000 camiões cisterna”, um meio de transporte muito utilizado no abastecimento das chamadas Unidades Autónomas de Gás (UAG), localizadas em pontos do país onde o gasoduto não chega. Desde o lançamento da “primeira pedra” já foram investidos no terminal de GNL da REN em Sines cerca de 500 milhões de euros, primeiro na sua fase de construção e, mais recentemente, na sua ampliação, o que irá permitir que “em 2025 Portugal possa cumprir a diretiva europeia para a diversificação de combustíveis.” 2.450 TRANSPORTES EM CAMIÕES CISTERNA REALIZADOS ESTE ANO PARA A TRANSGÁS Gonçalo Monteiro, da Transgás, uma empresa da Galp Energia, concessionária do aprovisionamento e transporte de gás natural e responsável pela construção e operação do gasoduto em alta pressão e pela gestão logística integrada das Unidades Autónomas de GNL (UAG), desenvolveu sobretudo temáticas relacionadas com o transporte para estas Unidades em camiões cisterna. Em Portugal Continental existem 31 UAG públicas e 15 privadas.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
7
grande reportagem a esses mesmos clientes e, nalguns casos, também pela manutenção dessas infra-estruturas. GÁSLINK DESENVOLVEU PRIMEIRO GASODUTO VIRTUAL DO MUNDO Pedro Frazão, da Gáslink, uma empresa do Grupo Sousa, explicou como a empresa desenvolveu o primeiro gasoduto virtual do mundo, para abastecer a Ilha da Madeira com gás natural “de forma permanente e sem interrupções”. A operação começa no terminal de GNL de Sines, seguindo-se o transporte rodoviário em cerca de 150 km até ao Porto de Lisboa, assegurado pela TML. O transporte marítimo deste GNL para a Ilha da Madeira é assegurado pelo Grupo Sousa, tal como os últimos 40 km por via terrestre, a cargo da transportadora rodoviária Opertrans, tendo por destino final a UAG local, a maior do país, com 3 reservatórios com capacidade para 600 m3 . O responsável sublinha que este pipeline virtual veio “ajudar a diversificar a matriz energética da Ilha da Madeira.”
A Transgás tem contrato com 3 empresas para o serviço de transporte de GNL e “a TML é uma delas. Tentamos ter sempre as melhores práticas dos nossos transportadores, certificamos os processos de qualidade, segurança, a monotorização e a otimização do serviço.” Em 2014 foram realizados 2.450 serviços de transporte em camiões cisterna para a Transgás. Ao nível das características dos veículos são exigidas especificações técnicas como a luz de travagem auxiliar nas cisternas, sistema de alerta de falta de acionamento de travão de mão, trator e reboque equipados com sistema
DO PONTO DE VISTA ECONÓMICO, A GENERALIZAÇÃO DOS VGNS EM PORTUGAL DARÁ UMA CONTRIBUIÇÃO PODEROSA PARA A MELHORIA DA BALANÇA DE PAGAMENTOS
8
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
antiderrapagem, extintores portáteis no trator e na cisterna e válvulas identificadoras conforme diagrama. Acresce ainda um plano de emergência dos transportadores e equipamentos obrigatórios de geolocalização por GPS das viaturas. MOLGÁS JÁ OPERA 17 CAMIÕES CISTERNA A GÁS NATURAL Artur Batista, da Molgás Energia, uma empresa que fornece soluções integrais de gás natural transportado aos seus clientes, referiu que a companhia “tem mais de 20 anos de experiência no GNL,” detendo, no nosso país, uma delegação em Sines e um centro operacional em Leiria. A Molgás integra a Transmol, um grupo empresarial espanhol com um volume de negócios de 58,61 milhões de euros em 2013. Opera uma frota de 231 cisternas, 17 das quais são movidas a gás natural, transportando cerca de 350.000 toneladas de GNL por ano. Paralelamente, já construiu mais de 200 UAG na Europa em instalações de clientes seus, ficando responsável pela logística de fornecimento
IVECO COM GAMA COMPLETA DE VEÍCULOS A GNL E GNC A última intervenção esteve a cargo do Diretor Comercial da Iveco Portugal, David Carlos, que fez questão de referir que a marca italiana já comercializou cerca de 12.000 veículos a GNL e GNC. A Iveco acredita que os motores convencionais a gasóleo, uma vez chegados ao patamar do Euro 6, já não há muito a evoluir em matéria de redução de gases poluentes, sendo “no gás natural que poderão ser atingidos resultados substancialmente inferiores ao Euro 6.” A Iveco também é líder de mercado no nosso país em veículos comerciais a gás natural, tendo vendido até hoje cerca de 135 unidades, com a garantia também de “uma elevada experiência em serviços pós-venda a este tipo de viaturas.” Relativamente à oferta de veículos Iveco a gás natural, esta abrange presentemente toda a gama, começando pela Daily GNC em modelo furgão, disponível com pesos brutos de 2,5, 3,2 e 4,2 toneladas e modelo chassis cabina, com 3,5, 4,2, 6,2, 6,5 e 7 toneladas, todas alimentadas por um motor GNC de 136 CV, complementado por um pequeno depósito com capacidade para 14 litros de gasolina. A gama de distribuição Eurocargo GNC disponibiliza versões de 12, 15 e 16 toneladas de peso bruto, alimentadas por um motor de 200 CV. Finalmente, o Stralis GNC encontra-se disponível com modelos rígidos de 18, 24 e 32 toneladas, bem como tratores de 40 toneladas, enquanto o Stralis GNL só é fornecido como trator de 40 toneladas. A gama Stralis é alimentada pelo motor Cursor 8, com níveis de potência de 270, 300 e 330 CV nos rígidos GNC, e de 330 cv nos tractores (GNC e GNL).
notícias
Scania. Nova oficina de pintura na Suécia A
Scania investiu cerca de 400 milhões de coroas suecas na nova oficina de pintura a seco da fábrica de cabinas de Oskarshamn, na Suécia, uma unidade que permitirá à marca aumentar a sua produção anual de cabinas de camião das atuais 60.000 para 80.000 unidades. O sistema de pintura a seco com revestimento de pó é um método com muito baixo impacto ambiental, uma vez que não são utilizados solventes. Na fábrica de Oskarshamn este método foi introduzido há cerca de 20 anos e tem sido desenvolvido e aperfeiçoado continuamente desde então. Este sistema tem a vantagem adicional de ser desperdiçado apenas 2% do pó utilizado. A nova oficina de pintura ocupa um edifício de 5 andares e tem uma área total de 5.000 m2. As cabinas recebem um pré-tratamento de desengorduramento alcalino e lavagem, e depois fosfatação, lavagem e secagem, antes da aplicação do primário em forma de pó e a seco. A construção da nova oficina de pintura teve início em Agosto de 2012. As cabinas produzidas em Oskarshamn destinam-se a três fábricas de montagem de camiões
da Scania na suécia, França e Holanda. São enviadas em kits para serem montadas nestas unidades. Oskarshamn emprega cerca de 2.000
FROMM. NOVA GERAÇÃO DE BOLSAS PARA PROTECÇÃO DE CARGAS
A
Fromm Embalagem acaba de lançar a sua segunda geração de bolsas de ar insufláveis para acondicionamento e travagem de cargas. Trata-se de um sistema de fácil aplicação com resistência até 40 toneladas que permite tanto a protecção de cargas marítimas como terrestres. Disponível em ráfia e em papel com o mesmo tipo de válvula de enchimento, as bolsas de ar existem com várias medidas e utilizam-se em todo o tipo de cargas, constituindo uma solução económica que evita perdas geradas por danos verificados durante a operação de transporte. Segundo Paulo Lima, diretor-geral da Fromm Embalagem, “as bolsas de ar insufláveis são uma vantagem competitiva para as empresas, uma vez que protegem a mercadoria durante a fase do transporte, permitindo que chegue ao destino sem danos e reclamações. Temos disponíveis mais de 50 mil bolsas de ar em stock que se destinam a todas as empresas que necessitem ou se dediquem à exportação de materiais por via marítima ou terrestre.”
10
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
funcionários, e as instalações contam com 5 oficinas diferentes para estampagem de chapa, construção, escorvamento, pintura e montagem final.
FACOM. NOVOS WEBSITES MAIS INTUITIVOS
A
Facom renovou os seus sites, seguindo a estratégia recente de renovação da marca. Este projeto engloba não só o site corporativo global, www.facom.com, mas também o portal de acesso a 15 websites de diferentes países. Todos os usuários vão beneficiar da mesma interface e os clientes, funcionários, licenciados e jornalistas vão poder descobrir o novo mundo da Facom. O novo site da marca reforça a sua estratégia e o seu compromisso: “O Depois é Agora” e servirá de base para a progressão da sua estratégia digital. Os novos websites da Facom oferecem uma série de recursos avançados, com destaque para os conteúdos multimédia enriquecidos.
DOMINGOS&MORGADO. NOVA JANTE SPEEDLINE TRUCK
A
Speedline Truck, do Grupo Ronal, ampliou a sua gama de produtos apresentando novas soluções específicas para os clientes do setor do transporte. Para os transportadores que trabalham com camiões de transporte a granel ou cisternas, o fator peso é crucial. A Speedline Truck lançou a nova jante forjada SLT 2899 (22.5 x 11.75) com ET 0. Trata-se de um enorme contributo para a redução de peso que aflige este segmento. Esta jante pesa somente 21.8Kg e tem uma carga útil de 4.500Kg. Devido a esta característica, permite obter uma efetiva redução de peso de 1.8Kg, comparando com os modelos anteriores. Este facto repercute-se numa diminuição de quase 11kg no peso do semirreboque, o que permite um aumento equivalente da sua capacidade de carga. Assim, a eficiência dos meios de transporte dispara, gerando maiores lucros para as frotas e consumidores finais. A jante ostenta a homologação TÜV e ABE, para o mercado de substituição alemão. Está disponível com acabamento diamantado e em acabamento espelhado.
DELPHI. LANÇADO NOVO SITE GLOBAL
A
Delphi Product & Service Solutions (DPSS) anunciou o lançamento do seu novo website global, delphiautoparts.com. O novo site foi projetado para fornecer aos clientes DPSS e seus clientes uma solução abrangente, um recurso digital único para encontrarem o serviço técnico e informações de reparação de que precisam para um serviço e reparações ao veículo mais eficientes. O delphiautoparts.com utiliza um design intuitivo, que se ajusta para caber em qualquer écrã, garantindo a navegação e funcionalidade ideal. O site também oferece aos visitantes a “minha caixa de ferramentas”, biblioteca personalizável que os usuários podem configurar, personalizar, armazenar e organizar o conteúdo que consideram úteis. Visite o site em www.delphiautoparts.com.
notícias
FOI NOTÍCIA QUE... … a TIP Trailer Services alargou o seu contrato de pneus com a Goodyear até ao final de 2016, altura em que se irá celebrar 10 anos de colaboração entre as duas companhias. A TIP Trailer Services, que conta com uma frota de mais de 50.000 veículos, é um dos fornecedores de equipamento líder na Europa, especializados em aluguer e arrendamento de reboques, camiões cisterna e outros equipamentos. … a DT Spare Parts esteve presente no Rali Dakar. A marca apoiou o representante holandês da Groupauto G-Truck e Top Truck, Wijlhuizen B.V., e o seu Rallyetruck-DAF CF patrocinado pela equipa Schoonesdakar. … a PRIO Energy, S.A. passou a integrar o conjunto das companhias associadas globais da APETRO – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas. … a PHC Software e a MAEIL, Information Systems Engineering anunciaram uma parceria tecnológica para Portugal e PALOP, para o mercado vertical dos Transportes e Logística entre as linhas de produto PHC CS e MAEIL Transporter, oferecendo assim uma solução de gestão para transitários, linhas e agentes de navegação, parques e terminais de contentores e operadores logísticos. … a Gates anunciou o lançamento de uma plataforma com o objetivo de garantir maior sucesso das oficinas no uso dos produtos da marca, que está disponível em www.gatestechzone.com. ... a A.Nascimento tem novas representações em peças e motores. Para além do vasto portfólio de marcas que representa, a A. Nascimento acaba de introduzir novas representadas, que passam a estar disponíveis no mercado português. Uma delas é a Craft Bearings. Esta marca da Lituânia, fabrica rolamentos para veículos pesados (camiões e autocarros). Mais informações em www.craft-bearings.lv. ... a FleetFirst da Goodyear conta com mais de 70 novas frotas. Em 2014 foram incorporados mais de 30.000 veículos no programa de gestão de pneu. Durante o ano passado, a Goodyear registou um crescimento constante do número de frotas europeias que têm aderido ao programa FleetFirst. Foram 75 as frotas de nove países diferentes, que operam com 30.000 veículos, que se associaram ao programa desde o início de 2014. ... a Speedline Truck está a ampliar a sua gama de produtos com o lançamento da nova jante SLT 2899 (tamanho 22,5x11,5”) com peso otimizado para camiões cisterna, um tipo de operação de transporte onde o peso é fundamental. Com apenas 21,8 kg, a SLT 2899 apresenta uma capacidade de carga de 4.500 kg. Os ganhos de peso útil por cada semirreboque cisterna ou silos é de 11 kg, comparativamente com o modelo anterior da Speedline Truck. A nova jante ostenta homologação TÜV e ABE para o mercado de pósvenda alemão.
12
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
Póvoa Hidráulica. Diversas novidades para 2015
A
Bezares, marca representada da Póvoa Hidráulica, acaba de anunciar o novo guincho compacto e ligeiro até 3,5 toneladas. O seu desenho simplificado é o resultado da experiência da Bezares que combina o perfecionismo e a tecnologia utilizada para guinchos. O seu fabrico compacto permite uma maior eficácia, o peso é reduzido sem sacrificar o rendimento. Testado para obter os maiores resultados nas condições mais reduzidas. A Bezares desenvolveu também novas tomadas de força para as posições de montagem 2 e 4 para o lado direito e esquerdo com engrenagem de entrada no lado contrário. Baseado num desenho compacto e robusto dos outros produtos da série de tomadas de força 4100, a sua durabilidade e resistência foi comparada em aplicações de máxima exigência, fazendo as novas tomadas de força
da série 4100 uma escolha segura para os sistemas hidráulicos de altas exigências de binário e potência. Combina-se com diferentes relações internas (57%, 70%, 86% ou 115%) e diferentes tipos de saída (bombas ISO, veio de transmissão, etc…). É uma série adaptável aos mais diversos sistemas e aplicações fazendo que seja a mais requisitada em todos os mercados.
LUÍS SIMÕES. OITO MEGACAMIÕES AO SERVIÇO DA ALTRI
A
Luís Simões vai colocar ao serviço da Altri oito veículos de 25,25 metros, em conjuntos articulados compostos por camião de três eixos acoplado a um dolly. Esta combinação permite circular com um peso bruto até 60 toneladas e cumpre os requisitos legais relativos ao raio de viragem. Trata-se de megacamiões de 8 eixos, apresentando pesos por eixo inferiores aos máximos permitidos por lei. Estes megacamiões irão fazer o transporte de pasta de papel entre a unidade da Altri na Leirosa (Celbi) e o Porto Marítimo da Figueira da Foz. Com estes conjuntos, a Luís Simões estima uma redução de cerca de 30% de
impacto no desgaste nas vias rodoviárias, comparativamente com aquele que é provocado pelos veículos convencionais de 5 eixos. Terá igualmente impacto na redução de 33% do número de camiões a circular entre a unidade da Altri (Celbi) e o Porto da Figueira da Foz, e de 15% no consumo de combustível por tonelada/km. Os processos de estiva, amarração, descarga, movimentação e acessos no interior da unidade industrial da Altri e no Porto da Figueira da Foz foram alvo de redesenho e objecto de avultados investimentos, com o propósito de aumentar a eficiência global da operação.
Fuchs. Apresenta Cargo EU6 SAE 5W-30
A
introdução da nova norma Europeia, EURO 6, relativa à emissão de gases de escape e com a sua extensão a todos os fabricantes de motores, levou a Fuchs a responder com o moderno e eficiente produto Titan Cargo EU6 SAE 5W-30, especialmente desenvolvido para motores de modernos veículos pesados. O Titan Cargo EU6 SAE 5W-30 é um óleo de motor com baixo teor de cinzas, que oferece elevada proteção aos modernos sistemas de tratamento de gases de escape, tais como filtros de partículas Diesel, sistemas de recirculação de gases de escape e catalisadores, assegurando a sua função durante toda a vida útil do veículo. PUBLICIDADE
Combinando as mais recentes especificações ACEA E6 e E9 com a API CJ-4, torna-se um produto ideal para a racionalização de utilização nos recentes motores Euro 6, bem como nos motores Euro 4 e Euro 5. O Titan Cargo EU6 SAE 5W30 proporciona, comprovadamente, redução do consumo de combustível em testes de estrada de até 3% em relação aos convencionais óleos de motor e é aprovado para as mais recentes especificações MAN M 3677, MB-APPROVAL 228.51, RENAULT RLD-3, VOLVO VDS-4, entre outras.
FERSA. NOVA LINHA DE ROLAMENTOS INTEGRAIS
A
Fersa lançou no mercado uma nova solução integral para veículos comerciais. Trata-se dos rolamentos para roda para as marcas Volvo, DAF e Mercedes. Os rolamentos integrais são a solução ideal que proporciona uma montagem rápida, segura e eficaz, assegurando uma maior vida útil do rolamento. Esta nova tipologia foi desenhada de acordo com os mais apertados standards de qualidade que se aplicam nos restantes produtos da marca, “demonstrando uma vez mais que a paixão pela excelência e a eficácia são as chaves diferenciadoras da Fersa”, sublinha a marca. Os rolamentos integrais pretendem continuar a completar a dinâmica carteira de produtos da marca, considerando sempre as preferências e necessidades dos clientes e a procura do mercado de reposição. A Fersa continua também apostada em oferecer ao mercado produtos cada vez mais inovadores.
notícias
LYNXPORT. PELÍCULA VALVOLINE. LANÇAMENTO DA GAMA MAXLIFE CVT aplicações, este fluido de transmissão foi novo fluido de transmissão destina-se ADESIVA DE PROTEÇÃO especialmente concebido para veículos a veículos ligeiros e de mercadorias que MULTIUSOS ligeiros europeus, asiáticos e usam caixas de velocidades
A
Lynxport tem disponível para o mercado oficinal uma nova película adesiva de proteção designada por Lynx PRO600. Este produto serve essencialmente para a proteção dos veículos contra as condições climatéricas antes da reparação do mesmo. Serve também para isolar janelas partidas e portas em veículos bem como para a proteção de tetos solares danificados e portas traseiras. É também usado para revestimento de portas, para a proteção de interior de veículos e proteção de tapetes e ainda para proteção de guardalamas enquanto está a ser reparado. O Lynx PRO600 pode ser usado tanto em veículos ligeiros como pesados. Mais informações em www.lynxport.com.
O
do tipo CVT. A Krautli Portugal, Lda., representante da marca Valvoline, apresenta o novo MaxLife CVT, fluido de transmissão para veículos ligeiros de passageiros e mercadorias, com caixa de velocidades do tipo CVT (Continuous Variable Transmission). No que diz respeito a
americanos. Este produto não é adequado para unidades CVT de híbrido (Toyota e Ford) e não deve ser misturado com outros óleos de transmissão. O MaxLife CVT proporciona a máxima proteção e lubrificação, num amplo intervalo de temperatura e está disponível em unidades de 1 e 5 litros.
MAN. DINAMIZA MAN SOLUTIONS
C
om a crescente preocupação com a otimização e redução do custo total de propriedade (TCO), as empresas procuram agora soluções de transporte completas. Tendo isto em mente, a MAN criou as MAN Solutions, uma combinação de produtos da MAN Truck & Bus e MAN Financial Services, que resulta numa solução avançada e competitiva de produtos e serviços. As MAN Solutions incluem os serviços MAN Support, como o MAN Tele-Matics, um serviço de gestão de frotas altamente eficiente, ou a formação para motoristas MAN ProfiDrive, aliados às vantagens do MAN Service e às excelentes condições de financiamento oferecidas pela MAN Finance. As vantagens para o cliente são inegáveis: “one-stop shopping”, com um único contrato
para assinar e uma única prestação mensal, o que permite um maior foco no TCO e uma melhor gestão e controlo de custos. As soluções de negócio MAN Solutions tornam-se assim o pilar principal para o futuro sucesso da indústria de veículos comerciais.
DT SPARE PARTS. PRAZOS DE ENTREGA CURTOS IMPORQUÍMICA. DESINFETANTE DE AR CONDICIONADO
A
Imporquímica tem disponível para o mercado automóvel, ligeiros e pesados, o Desicar, um desinfetante de sistemas de ar condicionado automóvel. O Desicar, devido aos seus elementos de composição, combate eficazmente os diferentes tipos de odor, tais como; cheiro a podre hidrogénio sulfurado “H25” proveniente de fermentações micro orgânicas sujidade orgânica, pólen em decomposição no interior dos sistemas de climatização, etc. Este produto reduz os riscos de alergias e contaminação das vias respiratórias provenientes da bactéria Legionela e da multiplicação dos microrganismos e dos ácaros. A eficácia deste produto é controlada de acordo com as normas europeias em vigor (EN 1275, EN 1276 e AFNOR 72301).
14
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
A
A DT Spare Parts tem vindo a investir bastante numa logística eficiente que permita alta segurança da pontualidade dos prazos de entrega de peças de reposição e períodos de inatividade reduzidos na gestão das frotas. Os centros de logística contam com um sistema moderno de administração de depósitos e tecnologias orientadas ao futuro, como Pick-by-Voice e Picking sem papel. Veículos de transporte em corredores eficientes com navegação de rotas
aperfeiçoadas e empilhadoras para corredores estreitos da mais nova geração aceleram o processamento de encomenda. Os clientes são abastecidos individualmente por remessas Overnight-Express ou KEP, cargas gerais ou container. O status como “expedidor reconhecido oficialmente“ no Departamento Federal de Aviação e o Certificado-AEO da alfândega encurtam os prazos de exportação. A Diesel Technic oferece, sob a marca DT Spare Parts, uma gama completa de produtos com mais de 30 000 diferentes peças de reposição para camiões, trailers e autocarros na qualidade garantida com uma garantia de 24 meses para as peças de reposição DT. Neste caso, tratase de produtos próprios e não de peças de reposição originais do fabricante de veículos. Distribuidores autorizados asseguram no local o fornecimento confiável de peças de reposição com produtos da marca DT Spare Parts e oferecem às oficinas e empresas de transporte um Full-Service orientado ao futuro e um verdadeiro One-Stop-Shopping.
RETA. LANÇA CAMPANHA EM PEÇAS ORIGINAIS
AKZO NOBEL. ASSINA ACORDO GLOBAL DE FORNECIMENTO COM A DAIMLER AG
A
Reta inicia o novo ano com o lançamento de uma grande campanha promocional em peças originais DAF, com descontos que podem ir até aos 31%. Exclusivamente na loja de peças multimarca do Centro de Assistência Técnica do Carregado, a campanha vai estar disponível durante os meses de janeiro e fevereiro. A ação, além de ter uma duração superior às anteriores, inclui uma maior variedade de peças, entre as quais kits de tensores, bombas de água e turbos de motor MX, entre outras. “Esta nova campanha vem no seguimento do compromisso assumido pela Reta de apresentar e oferecer aos seus clientes, em todos os momentos, uma oferta alargada de produtos a preços baixos e cada vez mais acessíveis. O mercado tem respondido muito bem às nossas ações anteriores e, por isso, decidimos prolongar o tempo desta campanha, para dar uma maior oportunidade de adesão”, reforça Paulo Caires, diretor de marketing e vendas. PUBLICIDADE
A
KENOTEK. NOVO CATÁLOGO JÁ DISPONÍVEL ONLINE
A
Kenotek é uma marca de produtos de higiene para o setor automóvel da Cid Lines, que acaba de dar a conhecer o novo catálogo para 2015. Neste catálogo poderá encontrar uma prática visão geral das diversas linhas de produtos, nomeadamente a Nano, Globo, Cargo e Pro, assim como alguns produtos novos tais como o TOP WAX 80, CAR FOAM EXTRA, entre outros. Os produtos da Kenotek servem tanto o setor de automóveis ligeiros como pesados. O novo catálogo está disponível online, podendo ser consultado e descarregado da página da internet da Kenotek em http://www. kenotek.eu/en/E-zone/Downloads/.
Daimler AG assinou um acordo com a AkzoNobel Performance Coatings que torna a empresa um fornecedor aprovado de repintura de veículos para os concessionários e oficinas autorizadas da Daimler em todo o mundo. O contrato abrange o fornecimento e apoio da marca Sikkens da AkzoNobel à rede de concessionários da empresa, incluindo a Mercedes-Benz e Smart, além dos veículos comerciais da MercedesBenz. A aprovação foi conseguida após uma extensa análise e testes de produtos Sikkens e de uma investigação exaustiva dos processos industriais e comerciais da AkzoNobel, que demonstraram a conformidade com os mais elevados padrões da indústria automóvel. A Daimler afirma que a parceria com a AkzoNobel vai suportar os planos de crescimento da empresa no negócio mundial das oficinas e pintura.
EMPRESA
Rosete. A Peritos em dados tacográficos Ajudar os frotistas a reduzir custos e a tomar decisões com base na análise detalhada da informação dos tacógrafos é a principal função da Rosete, uma empresa que se define como sendo um centro de peritagem técnica de dados tacográficos. TEXTO PAULO HOMEM
16
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
s coimas a que muitos dos transportadores estão voluntária ou involuntariamente sujeitos devido, por exemplo, ao descuido do simples preenchimento de um disco, podem e devem ser evitadas, acabando com custos desnecessários às empresas e aos motoristas. É neste contexto que a empresa de Carlos Rosete opera. No fundo, o que a Rosete faz “é uma coisa única no mercado que é a peritagem de dados tacográficos”, diz o seu responsável que iniciou o negócio há cinco anos sozinho e que atualmente trabalha com uma equipa de 13 pessoas. A função da Rosete passa por “analisar tecnicamente a informação que os tacógrafos fornecem, sejam eles analógicos ou digitais, sejam livretes individuais de controlo e, com base na legislação europeia e nacional em vigor, verificamos 32 pontos diferentes”, explica Carlos Rosete.
Junto das empresas de transporte a Rosete, que dispõe de uma Unidade Móvel que trabalha em nove rotas diferentes em todo o país, faz um acompanhamento permanente recolhendo a informação (com os devidos meios técnicos e humanos) sem necessitar de trazer os dados físicos do cliente. Numa primeira abordagem às empresas de transportes é feita uma auditoria, analisando as condições técnicas, legais e logísticas da informação tacográfica que a mesma dispõe, criando um arquivo detalhado com informação por motorista. “Desta forma, conseguimos detalhar toda a informação, que pode ser importante no caso, por exemplo, de uma fiscalização da ACT”, refere Carlos Rosete. Todos os meses cada empresa de transportes é visitada por duas vezes e, através da informatização dos discos tacográficos (a Rosete faz a conversão do analógico em
digital), deixando-os organizados por data e por motorista. Essa informação é depois validada. Ao nível do digital a Rosete tem um sistema de recolha de informação ao dia de ficheiros DDT. Toda essa informação é tratada por uma equipa técnica na Rosete, sendo que “a grande diferença, para um tradicional programa de tacógrafos, é que somos nós que vamos dizer pela nossa análise o que está mal”, refere Carlos Rosete, que acrescenta: “A interpretação da legislação pode variar em alguns países sendo aplicada de forma diversa, daí a importância de ser uma equipa técnica a analisar a informação recolhida dos tacógrafos. Por isso, a nossa função é dizer a razão que levou o motorista a falhar”. RELATÓRIO Internamente as empresas de transportes vão ter ao seu dispor a informação (relatório)
sobre as falhas dos motoristas com uma linguagem técnico-jurídica que permite também ao próprio motorista identificar-se com a falha. “O que fazemos é especializar de tal forma a informação, mesmo que o motorista conjugue digital com analógico ou com livretes, para que possamos dizer à empresa e ao próprio motorista a razão exata da sua falha, com uma linguagem que ele entende”, afirma Carlos Rosete, realçando que “este tipo de informação só a nossa empresa é que a faz”. O relatório é explicado presencialmente todos os meses nas empresas, com detalhe por motorista, num trabalho permanente. Com esta informação a Rosete pode ainda analisar o nível de risco do motorista dentro da empresa em função das falhas. “Trata-se de informação relevante para o gestor de frota, mas também para o motorista e, de uma forma geral, para todos numa empresa,
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
17
EMPRESA
PREPARADO PARA O FUTURO: O TACÓGRAFO INTELIGENTE Gerando cerca de 12.000 relatórios por mês e trabalhando com 9.000 motoristas direta ou indiretamente, é muito grande o volume de informação que a Rosete recolhe. É por isso que internamente existe um controlo de qualidade rigoroso da informação, para evitar falhas, que permite que a empresa esteja em processo de certificação ISO 9001. Apesar de ainda não estar concluída a transição do tacógrafo analógico para o digital, Carlos Rosete diz que a sua empresa já está preparada para o futuro: o “tacógrafo inteligente”. O tacógrafo inteligente (do qual já existe regulamentação e que estará em vigor no final de 2016) é aquele que demarca o posicionamento do camião ao satélite de três em três horas e a polícia pode aceder a ele sem mandar parar o camião. “Já estamos a trabalhar em empresas a pensar no tacógrafo inteligente”, refere Carlos Rosete.
sendo que o relatório está construído de forma a ter validade jurídica, isto é, a empresa pode abrir processos disciplinares com base nos nossos relatórios”, assegura Carlos Rosete. O responsável adianta ainda que “é obrigatório o controlo regular, por parte das empresas, de acordo com o artigo 10º nº2 do regulamento 561. No fundo é isto que nós fazemos para as empresas que são nossas clientes”. INFORMAÇÃO Uma das característica importantes da Rosete é que tem como clientes empresas que operam nas mais distintas atividades (construção civil, minas, frio, lona, distribuição, grupagem, nacional, internacional, etc) o que “nos vai dando um conhecimento técnico enorme, com base na gestão de 9.000 motoristas diretos ou indiretos e produzindo 12.000 relatórios por mês”, explica Carlos Rosete. Todo este know-how permite que a Rosete trabalhe com associações e demais entidades do setor dos transportes, fornecendo pareceres técnicos para a qual está constantemente a ser solicitada. A Rosete apoia ainda departamentos jurídicos que tenham processos de contra-ordenação
18
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
(a empresa gere cerca de dois milhões e meio de multas atualmente), fazendo relatórios técnicos de perícia que possam comprovar a anulação ou redução da multa. Outra área em que a empresa tem vindo a operar diz respeito aos pedidos de indemnização por parte dos motoristas às empresas. Através dos dados tacográficos pode-se saber com detalhe o número de horas (incluindo as horas extras) que o motorista fez. Como os motoristas estão cada vez mais informados e fazem cópias dos tacógrafos, muitas vezes essa informação é relevante para efetuar um pedido de indemnização pelas horas extra efetuadas e não pagas. FORMAÇÕES Uma área muito importante da atividade da Rosete são as formações de motoristas. Com muita regularidade a empresa efetua formações em tacógrafos, em todo o país (centrada em Lisboa, Porto e Leiria, embora também a possa fazer noutros locais), especificamente com motoristas que visa, sobretudo, a mudança de atitude sobre comportamentos que levam às multas. “90% da nossa formação é englobada nas
ações de auditoria”, revela Carlos Rosete, mas para empresas que pretendam apenas a formação, a Rosete pede os dados tacográficos dos motoristas, analisa-os, dá a formação e no mês seguinte volta a medir esses dados, percebendo assim a evolução que houve. “Nas formações levamos os motoristas a perceber de quem é que depende evitar as falhas”, revela Carlos Rosete, dizendo que “o segredo está em fazer com que eles percebam isso”. Para além da formação a Rosete garante também, através de um linha dedicada, que todas as dúvidas possam ser esclarecidas diretamente com a empresa. INTERNACIONALIZAÇÃO A entrar no sexto ano de operação no mercado português, Carlos Rosete olha também para a expansão da sua empresa além-fronteiras como uma consequência do trabalho que tem vindo a desenvolver, até porque já recebe dados de toda a Europa de clientes que trabalham o internacional. Considerando que a sua empresa está montada para esse desafio, Carlos Rosete diz que “será em 2016 que a empresa iniciará de forma progressiva a internacionalização. Contudo, considero que ainda existe muito mercado para trabalhar e consolidar em Portugal”.
CONTACTOS Rosete Gerente: Carlos Rosete Telefone: 244 837 760 E-mail: info.rosete@gmail.com Internet: www.rosete.pt
EMPRESA
Valvoline. Premium Blue disponível em Portugal De entre os vários produtos que a Valvoline comercializa para veículos pesados, destaca-se pela sua particularidade a gama Premium Blue, desenvolvida em parceria com o reconhecido construtor de motores Cummins. A novidade é que esta nova gama passou agora a estar disponível em Portugal. TEXTO PAULO HOMEM
A
o nível das parcerias tecnológicas que a Valvoline tem vindo a desenvolver ao longo da sua história centenária, destaque para a Cummins, um reconhecido construtor mundial de motores para utilização em aplicações extremas. Aliás, a Cummins é mesmo o maior produtor mundial de motores entre os 50 e os 2.900 CV
20
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
de potência, que depois diversos construtores utilizam nos seus veículos e equipamentos, nomeadamente, barcos, tratores, equipamento de minas, grupos geradores e veículos pesados. “Há 20 anos que a Cummins e a Valvoline se juntaram, depois de décadas de parcerias, tendo um laboratório comum para o
desenvolvimento dos motores e dos respetivos lubrificantes”, começa por referir Paulo Santos, Brand Manager da Valvoline em Portugal, dizendo que “é desta proximidade tecnológica que resulta a gama Premium Blue que agora disponibilizamos para o mercado português”. POSICIONAMENTO É com base nesta parceria que a Valvoline desenvolveu sete produtos com três viscosidades distintas, que permitem uma aplicação global destes lubrificantes, isto é, seja em que região do globo for ou em qualquer ambiente geográfico ou atmosférico, esta gama de lubrificantes consegue corresponder mesmo em condições extremas e exigentes de utilização dos motores. “É um produto que está mais vocacionado para utilizações extremas de funcionamento dos motores, como equipamentos de minas e veículos de estaleiro, sendo um lubrificante que consegue corresponder caso esse motor funcione numa máquina vendida em Portugal ou noutra qualquer parte do globo”, explica Paulo Santos. Em termos de posicionamento a gama Premium Blue está acima da gama “tradicional” de pesados (Heavy Duty), tendo como objetivo utilizações profissionais em veículos e equipamentos utilizados em condições de trabalho mais exigentes ou que utilizem tecnologia Cummins (como aconteceu com várias marcas de veículos pesados). Neste sentido, a gama Premium
GAMA PREMIUM BLUE São sete os produtos da gama Premium Blue, com diferentes viscosidades, entre os quais se destacam: Premium Blue 15W-40 - Este é recomendado e aprovado de forma exclusiva pela Cummins Inc, sendo concebido para garantir uma elevada performance de lubrificação em motores modernos a gasóleo de baixas emissões, incluindo os que dispõem de EGR com arrefecimento, assegurando intervalos de mudança prolongados. Níveis de performance/aprovações Cummins CES 200-71/2/6/7/8, Mack EO-M+, Global DHD-1, Renault RVI RLD/RLD-2, MTU Tipo 2, ZF-TE-ML-07C, Caterpillar ECF 2/1A ACEA E7, E5, E3, B4, A3, API CF-4, CG-4, CH-4, CI-4, SL, MB 228.3, Volvo VDS-3, MAN 3275 Premium Blue Extreme 5W-40 - Este óleo encontra-se formulado com matérias de base sintéticas de alta qualidade e um apurado sistema aditivo, a fim de preencher as exigências rigorosas dos motores modernos a gasóleo equipados com sistemas de controlo para EGR e DPF, que funcionam com intervalos de manutenção standard e prolongados. O óleo Premium Blue garante benefícios ao nível da economia de combustível para camiões de longo curso de classe 8 (peso > 15.000 kg). Resultados de teste com relevância estatística atestam uma economia de combustível até 3% superior com técnicas SAE J1321/TMC RMP 1103 tipo II ensaiadas por um laboratório independente. Níveis de performance/aprovações Cummins CES 200-81, Mack EO-O Premium+, Volvo VDS-4, Detroit Diesel* 93K218, Renault RVI RLD-3, Caterpillar ECF-3, MTU Tipo 1&2, API CJ-4, API CI-4 Plus, API CI-4, API CH-4, CG-4, CF-4, SM, ACEA E9, E7, MAN 3275, MB 228.31, JASO DH-2, GLOB AL DHD-1
Blue acaba também por ter aplicações em veículos pesados, mas Paulo Santos reconhece que “podem ser mais aplicados / usados em veículos de estaleiro ou noutro tipo de trabalhos fora de estrada”. GAMA PREMIUM BLUE Normalmente os motores que podem usar os lubrificantes Premium Blue trabalham em regimes de rotação baixos, sendo motores que se caracterizam por elevados binários. Aqui as preocupações não são tanto os baixos consumos, mas sim a performance e durabilidade em condições muito severas. Dos sete produtos que estão disponíveis na gama Premium Blue apenas um é 5W40 e outro 10W-40 (mais orientado para a utilização em camiões), estando a base da oferta concentrada nos 15W-40, existindo também um monograduado 40. Em Portugal existem muitos veículos e outros equipamentos com motores Cummins e com tecnologia Cummins, tendo alguns lubrificantes desta gama igualmente aprovações para Volvo, MAN, Renault, Mercedes, entre outras marcas. “Existe um trabalho a fazer para perceber que máquinas, equipamentos e veículos estão a usar tecnologia Cummins em Portugal e aquelas que têm necessidade de aprovações Valvoline Premium Blue , para depois lhes podermos fornecer o lubrificante original e indicado para esses motores”, revela Paulo Santos, explicando que “este não é um lubrificante que
Premium Blue GEO 15W-40 - Foi concebido para motores dedicados a gás natural, destinados a aplicações automóveis. Este produto é indicado para motores a gás nos casos em que o OEM permite o uso de óleos para motores com um teor de cinzas sulfatadas < 1% do peso. Este óleo mantém o motor limpo e protege contra a corrosão e o desgaste, conseguindo neutralizar os ácidos e resistir à oxidação e nitração, o que ajuda a prevenir o espessamento do óleo. Níveis de performance/aprovações Cummins 200-74, API CD, Caterpillar, Detroit Diesel, John Deere Premium Blue GEO-LA 40 / GEO-MA 40 - Este óleo universal foi concebido para motores estacionários que funcionam a gás natural e biogás, sendo indicado para motores a gás nos casos em que o OEM permite o uso de óleos para motores com um teor de cinzas sulfatadas < 1% do peso. Níveis de performance/aprovações para GEO LA 40 Cummins QSV81/91, QSK 60G, QSK 19G series, API CD, Caterpillar, Dresser-Rand*, Waukesha*, GE Jenbacher* tipo 3e4 Níveis de performance/aprovações para GEO-MA 40 Cummins QSK 60G, API CF Premium Blue Extra 15W-40 - É um óleo para motores a gasóleo de serviço pesado (frotas de serviço pesado e em aplicações maritimas e industriais), concebido para garantir uma elevada performance de lubrificação em modernos motores a gasóleo Cummins, equipados com tratamento de emissões. Encontra-se formulado de acordo com as mais recentes sequências de óleos para motores ACEA 2008. O produto é adequado para o uso com as tecnologias de recirculação dos gases de escape (EGR), de filtro de partículas de gasóleo (DPF) e com outras tecnologias dos modernos motores a gasóleo. Níveis de performance/aprovações ACEA E7-04, E9-08 número 2, API CF-4, CG-4, CH-4, CI-4, CJ-4, Cummins CES 20081, Aprovação MB 228.31, Volvo VDS-3, VDS-4, MAN 3275, MTU 2.1, Mack EO-O Premium Plus, Caterpillar ECF-3, Renault RLD-3
se vende pelo preço. Pela sua complexidade tecnológica este lubrificante tem um papel muito importante na durabilidade dos motores em que vai operar. Estes argumentos são muito importantes para os nossos distribuidores comercializarem a gama Premium Blue”. No entender de Paulo Santos a gama Premium Blue da Valvoline têm ainda outros argumentos, neste caso de índole técnicocomercial. “É claramente um produto que nos diferencia da concorrência e que mostra também o grau tecnológico a que um marca de lubrificantes como a Valvoline pode chegar”,
refere o mesmo responsável. Com o Premium Blue a Krautli (distribuidor Valvoline para Portugal), entra num novo segmento de negócio ao nível dos lubrificantes.
CONTACTOS Krautli / Valvoline Brand Manager: Paulo Santos Telefone: 219 535 656 E.mail: p.santos@krautli.pt Website: www.valvolineeurope.com/portuguese/home
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
21
EMPRESA
Ecopartes. Novos investimentos em peças e serviços Ter preço não significa necessariamente ter peças de inferior qualidade. Que o diga a Ecopartes, que acaba de lançar no mercado peças originais Iveco e Volvo com condições muito atrativas. O segredo está nos fornecedores. TEXTO PAULO HOMEM
22
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
A
Ecopartes é uma empresa que comercializa peças originais e de aftermarket na área dos veículos pesados. O seu nome indica também uma orientação para as questões ambientais, que se deve sobretudo à aposta da empresa de Leiria no recondicionamento de motores, caixas de velocidades e diferenciais. Em todas as áreas da empresas, nos últimos anos, têm sido dinamizadas uma série de importantes novidades, que têm permitido que a Ecopartes se diferencie pelo serviço ao cliente. A mais recente novidade é a aposta nas peças originais da Iveco e da Volvo. MAIS ESPECIALIZAÇÃO Historicamente a DAF é uma marca de peças de referência para a Ecopartes, da qual é especialista há muitos anos. Mantendo essa aposta, a Ecopartes tem vindo também a investir nas peças originais Iveco. “Temos vindo a assumir uma posição muito interessante no mercado de peças com a Iveco”, explica Belmiro Santos, gerente da Ecopartes, reconhecendo “neste momento, temos os fornecedores certos e isso permitiunos sermos muito competitivos nos preços. Para se ter uma ideia, em alguns produtos, estamos a falar de um terço de diferença no preço”. Com este alargamento da gama de produtos,
CONTACTOS Ecopartes Gerente: Belmiro Santos Telefone: 244 829 010 E-mail: ecopartes@ecopartes.com Internet: www.ecopartes.com
sobretudo com esta oferta alargada em material original Iveco (ao nível da mecânica), o objetivo será fazer crescer em produto e disponibilidade esta oferta. “Sabemos que existe um processo natural de crescimento com as peças Iveco, mas pretendemos que a mesma se equipare à DAF dentro da nossa oferta”, perspetiva Belmiro Santos. Nas peças originais da marca Volvo a aposta não foi tão grande. Pastilhas, discos e filtros são praticamente as únicas linhas de produto que a Ecopartes comercializa em material de origem Volvo. O crescimento das peças Volvo dentro da Ecopartes depende, mais uma vez, dos “fornecedores”. RECONSTRUÇÃO Também nesta área as novidades não param para os clientes da Ecopartes. “A reconstrução é uma área de negócio importante para nós, que assumiu uma importância ainda maior recentemente”, desvenda Belmiro Santos. Uma das razões é a política de um ano de garantia para os componentes reconstruídos e “isso não é comum em Portugal”, diz o mesmo responsável, assumindo que a segunda razão prende-se com “um novo investimento feito num banco de teste de motores, há cerca de 5 meses, que nos permite reforçar a qualidade para um determinado modelo de motores da marca DAF”.
Motor, caixa e diferenciais são os três tipos de componentes que são alvo de reconstrução, não só em material DAF, em que “utilizamos exclusivamente peças novas para a reconstrução. Sabemos que isso tem custos, mas daí darmos um ano de garantia, embora saibamos que não estamos a competir pelo preço mas pela qualidade”. 2SHIFT Lançada em 2012, a 2Shift é uma marca própria da Ecopartes, com peças embaladas em caixas devidamente identificadas, na qual a empresa de Leiria garante a qualidade “pois são produtos testados e comprovados por fornecedores selecionados, que não colocam em causa a fiabilidade do camião”, diz Belmiro Santos, adiantando que “temos feito crescer a marca que ganhou o seu espaço no mercado. No início a gama era só para veículos DAF, atualmente cobre praticamente as necessidades de quase todas as marcas de pesados”. As duas únicas linhas de produto da 2Shift são as pastilhas e os discos de travão, e apesar da Ecopartes ter como intenção alargar a outras linhas de produto, acabou por nunca o fazer pois “não conseguiríamos garantir qualidade e preço como o fazemos com as pastilhas e os discos de travão”. Certo é que a 2Shift, a seguir ao material de
origem, que a Ecopartes comercializa ao nível das pastilhas e discos de travão, passou a ser exclusivamente a segunda oferta para os clientes. “A intenção foi simplificar a oferta em travagem para o cliente, de modo a combater a grande quantidade de marcas que existem nestes produtos e que baralham o cliente”, afirma Belmiro Santos. Juntamente com a 2Shift, outra marca que ganhou relevo na atividade da Ecopartes é a QTC. Desde 2010 que a Ecopartes é um dos poucos distribuidores de peças de carroçaria da marca QTC em Portugal. A gama inclui uma vasta gama de produtos para carroçaria de camiões de quase todas as marcas. Também nesta marca as novidades são regulares, atendendo a que a QTC disponibiliza peças de carroçaria mesmo para camiões recentes. SERVIÇO Atualmente a Ecopartes encontra-se numas instalações com mais de 1.900 m2 , junto a uma das entradas mais concorridas de Leiria, onde unificou todas as atividades da empresa. Desta forma, a empresa consegue operacionalizar muito mais a sua atividade e “garantir um melhor serviço ao cliente, por via da racionalização dos custos, mas através de uma resposta célere e mais certeira em relação às reais necessidades do mercado”, conclui Belmiro Santos.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
23
EMPRESA
PLA Peças. 30 anos de experiência nas peças de pesados A PLA Peças junta duas atividades complementares na área do aftermarket de pesados: as peças e os vidros. É também um distribuidor que aposta no material de carroçaria. Outros projetos estão para nascer numa altura em que a empresa cumpre 30 anos. TEXTO PAULO HOMEM
J
á passaram quase três décadas desde que Pedro Lopes Antunes deu início à PLA Peças. Desde sempre ligado à área das peças para veículos pesados, a empresa encontra-se nas atuais instalações desde a década passada, onde possui mais de 2.000 m2 com balcão e armazém de peças. Mesmo ao lado, noutras instalações, existe a Centro Glass, um moderno e funcional espaço Glassdrive para trabalhar a área do vidro (atividade que a empresa tem desde 2002), sendo esta empresa historicamente um dos maiores consumidores nacionais de vidro para veículos pesados (embora também trabalhe vidro para ligeiros).
24
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
PRODUTO Mesmo reconhecendo que no passado teve uma má esperiência com linhas brancas, Pedro Lopes tem há muitos anos definida a política de produto da PLA Peças. Como se prova por uma vista ao site (www.plapecas. com) e às instalações da empresa, a aposta tem sido e continua a ser em marcas de primeiro equipamento e de qualidade comprovada. “Sabemos que existem clientes que só querem o barato, mas para nós é melhor abdicar um pouco da margem nas peças de qualidade do que vender peças onde o preço seja o único argumento”, refere Pedro Lopes dizendo que
“não quero seguir a tendência de vender peças com marca própria. Para a mim a aposta é no material de qualidade pois são essas que garantem o correto funcionamento do veículo pesado e por mais tempo, tornando-se por isso muito mais rentáveis e económicas”. LOGÍSTICA Para além das instalações em Leiria e de umas outras que possuem na Ota (para as quais a empresa está a desenvolver um novo projeto que a seu tempo divulgará), a PLA Peças possui três vendedores (que trabalham essencialmente a zona centro e norte) que
“O MAIOR PROBLEMA É O RECEBIMENTO” PEDRO LOPES Gerente da PLA Peças
fazem também algumas entregas, embora a maioria do material seja entregue por transportadores logísticos. Quanto a clientes, Pedro Lopes diz que atualmente a empresa praticamente só vende para oficinas independentes de pesados e transportadores que fazem a manutenção da sua frota, pois “a revenda deixou praticamente de existir, já que todos têm acesso à importação. Atualmente, os transportadores assumem muita importância neste negócio, pois cada vez fazem mais manutenção interna e são grandes consumidores de peças”. VIDRO A PLA Peças foi das primeiras empresas a trabalhar vidro no seu setor, fornecendo hoje um serviço completo de pesados (camiões e autocarros) e ligeiros, dispondo também de serviço móvel, muito útil para trabalhar o mercado das frotas. “Houve uma grande evolução neste negócio dos vidros e das colas e temos a grande vantagem de estar a trabalhar com a Sekurit Saint Gobain, que é a melhor marca que existe nesta área”, refere Pedro Lopes, adiantando que “grande parte do sucesso que temos tido nesta área deve-se também muito à qualidade do vidro”.
ESPECIAL RELEVO PARA O MATERIAL DE CARROÇARIA Das várias representações que a PLA Peças dispõe, uma delas merece especial relevo. A Covind é uma marca italiana de peças de carroçaria, que é uma área de negócio “em que somos muito fortes”, diz Pedro Lopes, adiantando que “até hoje, nunca tive um problema com a Covind. Trata-se de material de muita qualidade em que temos investido bastante, pelo que dispomos de um stock considerável”. A Covind controla todas as fases de produção das peças que comercializa, dispondo de um rigoroso controlo de qualidade que cumpre todas as normas internacionais nesta área. O material de carroçaria da Covind está disponível para todas as marcas de veículos pesados (mesmos os veículos mais recentes), tendo a empresa uma gama muito extensa de peças.
Quais são as principais dificuldades do negócio de peças de pesados? São várias, mas a mais problemática é o recebimento. Sei que não é só deste negócio, mas é um problema grave que afeta o nosso setor. Depois existem muitos concorrentes e o preço é esmagado de uma forma que fez reduzir bastante as margens. Acho que andam todos a atropelar-se. Qual é o segredo do negócio neste momento? Acima de tudo fazer uma correta gestão de stock, nomeadamente aumentado a diversidade de peças e diminuindo as quantidades, evitando tanto quanto possível os monos. O investimento que fazemos em stock diminuiu, no fundo, a par com quebra que houve no mercado. Como é a PLA Peças se consegue diferenciar neste mercado? Um dos nossos principais argumentos são os 30 anos de experiência que temos de mercado. Não entramos em guerras nem em choques, mas mais do que o preço a aposta certa terá que ser na qualidade das peças. Preferimos ceder um pouco no preço das peças de qualidade que apostar em linhas brancas. Já tivemos essa má experiência de trabalhar com linhas brancas no passado e não quero repetir os problemas que houve.
CONTACTOS PLA Peças Gerente: Pedro Lopes Telefone: 244 850 610 E.mail: geral@plapecas.com Website: http://www.plapecas.com/
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
25
EMPRESA
TDS. Para além da formação A Top Driving Solutions é uma empresa que opera na área da formação e consultoria na vertente da condução de veículos automóveis, sejam eles quais forem, tendo como objetivos reduzir os custos de operação por esta via. TEXTO PAULO HOMEM
26
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
D
epois de anos ligado à formação de condução, João Tiago Pereira entendeu que existia muito mais a fazer nesta área. Não bastava às empresas fazer apenas a formação por si só e era preciso entender primeiro a necessidade ou a razão de fazer a formação, que tipo de formação se pode fazer e se existem ou não necessidades comuns de formação para um grupo de condutores. “É preciso dar resposta a estas necessidades e depois medir ao longo do tempo a evolução da formação, criando mecanismos pós-formação de modo a conseguir os mesmos níveis de atenção, conhecimento e dedicação à condução de maneira que os resultados se perpetuem
custos com seguradoras, a redução dos tempos e custos de imobilização de veículos e pessoas e a responsabilidade social da empresa, são outros objetivos que as empresas podem alcançar com o “modus operandi” proposto pela Top Driving Solutions, levando João Tiago Pereira a sintetizar que “incidimos a nossa ação nos custos, segurança e eficiência”. Atendendo à metodologia que a empresa usa, João Tiago Pereira afirma que os serviços da Top Driving Solutions se destinam a quem tem um ou mais veículos. “Logicamente que quantos mais condutores e veículos estiverem englobados, mais evidentes se tornam os ganhos para as empresas”, refere o mesmo responsável.
pelo tempo e que se tornem comportamentos habituais”, explica João Tiago Pereira, General Manager da Top Driving Solutions. Adianta ainda que “não temos um programa de formação pré-definido, o que fazemos é sempre desenhado em função das necessidades dos condutores da empresa, tendo em conta os objetivos”. OBJETIVOS Quais poderão ser os objetivos das empresas? Logo à partida, um dos principais é a redução de custos, sobretudo por via da adoção de técnicas de condução que potenciam a economia de combustível e o menor desgaste da frota. A redução da sinistralidade e dos
ABORDAGEM E MEIOS Numa primeira fase, a Top Driving Solutions avalia a frota, o número de quilómetros feitos, combustível gasto e discrimina isso por veículo. Na formação, a Top Driving Solutions utiliza um software (ligado ao veículo) onde retira um retrato do estilo de condução de cada condutor, num determinado percurso, que depois é avaliado (nesse mesmo percurso) utilizando a metodologia que é seguida pela Top Driving Solutions. “Facilmente conseguimos provar que se consegue obter uma enorme redução no consumo, que pode chegar a 30%, utilizando o nosso método”, refere João Tiago Pereira, afirmando que “avaliamos como o condutor faz as curvas, como acelera, como utiliza as relações de caixa, entre outros aspetos da condução que influenciam muito nos consumos. No software que utilizamos é demonstrado graficamente onde estão os 30% de diferença”. Existem diversas maneiras de fazer o acompanhamento dos condutores na empresa, sendo que existe sempre um plano de comunicação mensal, onde todos os resultados são divulgados face aos condutores envolvidos. A Top Driving Solutions disponibiliza ainda uma ferramenta de e-learning, em português, que exige uma dedicação mensal (de pelo menos 20 minutos) permitindo aos envolvidos um acompanhamento pedagógico da formação. Normalmente para as frotas e condutores de pesados esta ferramenta é substituída por workshops mensais (com cerca de duas horas de duração). “Em determinados casos podemos propor às empresas que os condutores possam fazer formação de condução”, revela João Tiago Pereira, dizendo que “a nossa atividade acaba por ser complementar, já que nós estamos muito mais virados para a área da consultoria”. Para além de toda esta forma de trabalhar, a consultoria que a Top Driving Solutions faz pode também envolver questões de natureza técnica com os veículos que tendam a melhor a eficiência do veículo na sua generalidade.
“COMPROMISSO SÉRIO DA EMPRESA” JOÃO TIAGO PEREIRA Top Driving Solutions O que é a consultoria na formação de condução que a Top Driving Solutions trás para o mercado? Basicamente o que fazemos nas empresas é perceber quais as competências que devem ser adquiridas pelos condutores e depois monitorizá-las, isto é, avaliamos os resultados das medidas implementadas ao longo de um determinado período de tempo. Como é que pode ser feita a monitorização? Pode ser feita de diversas maneiras. Em primeiro lugar pelo nível de combustível que é gasto mensalmente, que é um dado facilmente comparável. Monitorizamos também o nível de sinistralidade, a frequência e gravidade da mesma, o número de coimas e a sua tipologia. Depois ajudamos no desenvolvimento mecanismos internos, que podem ser incentivos diversos, de modo a que os condutores mantenham a sua prática de condução. Não é fácil mudar comportamentos de condução? Não existe ninguém a dizer que não sabe conduzir. Obviamente que tem que haver um compromisso sério da empresa, que parta do topo para a base, que envolva todos os condutores na empresa. A nossa metodologia já foi provada, com dados que o demonstram, que os condutores encaram a condução de uma forma mais descontraída, com menos stress, menos cansaço e produzem mais... com menores custos.
CONTACTOS Top Driving Solutions General Manager: João Tiago Pereira Telefone: 966 250 274 E-mail: joao.tiago.pereira@tdsolutions.pt Internet: www.tdsolutions.com
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
27
EMPRESA
Euromaster. Parceiro de assistência para toda a Europa O serviço de assistência a pesados nas estradas de toda a Europa aposta na rapidez de resposta na estrada, uma vez que este tipo de veículos não pode ficar parado devido a avaria, com elevados prejuízos. Este serviço tem o compromisso de garantir assistência no tempo máximo de 1 hora desde o contacto. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
O
OK24horas nasceu em 2011 pelas mãos da Euromaster e também da Rodi com um objetivo claro: proporcionar serviço e soluções aos clientes de frotas através da crescente rede de oficinas com uma cobertura europeia. A rede Euromaster é o maior distribuidor de pneus de Espanha e da Europa e é o líder em serviços de pneus para ligeiros, comerciais, pesados e frotas. A rede conta com mais de 2500 unidades móveis na Europa, em 17 países diferentes, cerca de 500 das quais na Península Ibérica. Em Portugal o número de oficinas é atualmente de 24 no que diz respeito especificamente a pesados, uma vez que a rede Euromaster conta já com 66 oficinas. Os acordos com outras companhias permitem à rede dar cobertura em estrada até 36 países. Em Portugal a rede OK24h arrancou no verão de 2013 após os dois anos de experiência que já tinha em Espanha. “A rede OK24h em Portugal é composta pelos centros da Rede Euromaster portugueses com serviço profissional para pneus de camião, que são 24 oficinas das quais 9 trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana. Estes centros são os prestadores do serviço de assistência. Além destes, todos os centros Euromaster poderão solicitar assistências para quaisquer clientes seus em toda a Europa”, explica Miguel Santos, gestor da rede em Portugal. Em relação ao ano que agora começou, o objetivo da OK24h “é poder oferecer às frotas de camião e clientes dos centros Euromaster a melhor assistência. Para tal, paralelamente ao plano de expansão da rede, teremos mais pontos de assistência para assim poder ter uma cobertura, os meios e pessoas mais profissionais, o mais próximo possível dos condutores que necessitem de uma assistência em estrada.” As mais-valias que a rede OK24h traz aos seus clientes passa, de acordo com Miguel Santos, pelo “profissionalismo no mundo da assistência em estrada resultante, entre outros, dos mais de 15 anos de experiência do seu gerente Miguel Brunet no setor
28
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
assim como a constante evolução em busca dos sistemas mais eficientes”. Por isso, a Euromaster não vai tanto por fazer uma concorrência direta às marcas mas sim por uma aposta na especialização em serviços. “Por isso podemos oferecer as melhores soluções aos melhores preços. O que nos move é a preocupação em assegurar a melhor solução aos nossos clientes, o que vai para além do produto propriamente dito”. Miguel Santos aponta como principais dificuldades (mas também como um desafio diário) para a rede que representa em Portugal “poder oferecer um bom preço fechado a nível europeu e umas condições de preços de pneus que, aliados a um sistema transparente e eficaz, permitam que os veículos reduzam ao mínimo os tempos de paragem por avarias relacionadas com os pneus.” Este é um ponto fundamental uma vez que quando se fala de transportes, sejam nacionais ou internacionais, um veículo parado é o pior pesadelo de um transportador ou de uma empresa profissional de transporte. São estes os clientes diretos desta rede de assistência. O objetivo passa sempre por dar a esses clientes “o melhor serviço no menor tempo possível. O nosso Call Center faz um seguimento fino da evolução da assistência e, assim, o condutor e empresa estão sempre informados dos passos e tempos da mesma. O tempo médio de serviço na Península Ibérica é de 1:55:00 e de 2:24:00 no resto da Europa, desde que recebemos a chamada até que o veículo retome a estrada.” Fruto dos bons resultados que este serviço tem tido, Miguel Santos explica que estão já a desenvolver outros serviços com o propósito de garantir a mobilidade a qualquer tipo de veículo: OK24h Agrícola, OK24h Engenharia Civil, OK24h Turismo e Ligeiros. FORTE INVESTIMENTO A Euromaster está decidida em liderar o mercado ibérico de pneus e manutenção
de veículos. Isso mesmo foi anunciado por Fausto Casetta, diretor-geral da Euromaster Ibérica, que apresentou um ambicioso plano para o período 2015-2019, que assenta em três pilares: expansão da rede, evolução do modelo de negócio e satisfação do cliente. O plano prevê investimentos superiores a 10 milhões de euros e a abertura de mais de 90 centros em Espanha e Portugal, sendo que no nosso país estão previstas, no mínimo, 30 aberturas neste período. Existem neste momento 66 centros na rede e os grandes eixos de expansão estão definidos. O principal destaque vai para o litoral norte, mas também para os grandes eixos de entrada e saída do país, nomeadamente na saída por Badajoz, mas também nas zonas de Guarda e Viseu,
CONTACTOS Euromaster Gestor de rede: MIGUEL SANTOS Telefone: 210 492 290 E-mail: gen.pt.info@euromaster.com Website: www.euromaster.pt
IP5 e em Caminha. Estes pontos são especialmente importante para a assistência que a rede dá já aos camiões, beneficiando de uma rede europeia de oficinas. Em Portugal esta é uma das grandes apostas no próximo ano, a assistência a camiões. A aposta passa também pelo alargamento do conceito de Revisão Oficial, que atualmente já é trabalhado em mais de 50% das oficinas da rede em Portugal. A Euromaster usa exclusivamente peças de primeira qualidade e produtos homologados, para um desempenho ótimo e segundo a conceção original dos fabricantes dos veículos. Apesar de pertencer ao Grupo Michelin, a rede trabalha com várias marcas de pneus, além de trabalhar com os principais fabricantes de peças e componentes para o automóvel. JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
29
empresa em destaque
Roques. Firmada no mercado da qualidade A Roques CVES efetua serviços oficiais de manutenção e reparação nas suas oficinas de Santarém e Maia a todas as marcas de semirreboques e equipamentos de transporte que distribui, bem como a semirreboques multimarca. A atividade oficinal centra-se sobretudo nos serviços de mecânica, eletricidade, hidráulica e pintura. TEXTO JOÃO CERQUEIRA
O
Grupo Roques opera em várias áreas de negócio, tendo-se dividido em dois segmentos distintos. O primeiro é a empresa Roques CVES, S.A., afeta exclusivamente à comercialização de semirreboques, equipamentos de transporte, serviços de assistência e venda de peças para viaturas pesadas. Existe ainda a Roques VT, distribuidor da Renault Portuguesa em vários concelhos do distrito de Santarém, detendo também uma rede de agentes autorizados no distrito, afeta sobretudo aos serviços pósvenda a viaturas ligeiras. Desenvolve igualmente outras áreas de negócio através de empresas onde detém uma participação, nomeadamente a Tecnomobile - Rocargo, afeta à comercialização e
30
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
assistência a equipamentos e tecnologias de acessibilidade, mobilidade e transporte, e a Roqgest, uma empresa que opera no aluguer de veículos. A Roques CVES é igualmente detentora das marcas registadas Roctrailer, que comercializa semirreboques novos de fabrico próprio, e da TrailerStore, uma empresa de comercialização de semirreboques usados. A empresa encontra-se sedeada em Santarém, num espaço onde reúne os serviços administrativos, oficinas, parque de exposição de semirreboques novos e usados para comercialização, armazém e loja de peças. Detém ainda uma filial na cidade da Maia que também presta assistência pós-venda especializada a semirreboques.
REPRESENTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE 5 MARCAS DE SEMIRREBOQUES A Roques CVES, S.A. importa e distribui em Portugal semirreboques das marcas Fliegl, Chereau, Benalu e Baryval, a par da distribuição da marca própria Roctrailer, com a estimativa de vendas globais entre as 125 e as 150 unidades em 2014. A marca alemã Fliegl passou a integrar a carteira de produtos da empresa em 2010, com semirreboques de lonas, caixa-aberta, plataformas, porta-contentores, gôndolas, caixas basculantes, etc. “Da Fliegl temos toda a gama, todos os tipos de semirreboques em aço com chassis tradicionais soldados. É uma marca de grande reputação, temos a representação
Gôndola para o transporte de maquinaria pesada da marca própria Roctrailer
Semirreboque frigorífico Chereau
Armazém de peças
A ROQUES DISPONIBILIZA SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO A TODAS AS MARCAS QUE DISTRIBUI, BEM COMO A SEMIRREBOQUES MULTIMARCA
exclusiva para Portugal”, explica José Manuel Roque, administrador da Roques CVES. São semirreboques com características muito particulares que proporcionam aos transportadores ganhos acrescidos de produtividade e rentabilidade. Os semirreboques frigoríficos e isotérmicos da marca francesa Chereau, um dos segmentos de transporte que mais tem crescido em Portugal nos últimos anos, também são um produto exclusivo da empresa. “A procura destes equipamentos da Chereau tem crescido. Embora normalmente os nossos preços sejam mais altos do que os da concorrência, os clientes reconhecem que o investimento é compensador pelo factor qualidade e por aquilo que poupam em termos
de consumo combustível com as unidades de frio”, garante o empresário. A marca francesa Benalu, líder a nível europeu na comercialização de semirreboques de alumínio para o transporte a granel é outra das marcas de referência distribuídas pela Roques CVES, sobretudo cisternas, caixas basculantes e pisos móveis. “A grande vantagem dos transportadores recorrerem a semirreboques com pisos móveis é que há muitos locais de descarga onde não existe altura suficiente para os veículos bascularem”, destaca José Manuel Roque. “Por outro lado, têm também a vantagem dos pisos dos veículos serem impermeáveis para que determinados resíduos, lixiviados, etc., não se infiltrem e escorram para a estrada. É um
equipamento em que nós somos líderes de mercado.” Nas cisternas não basculantes para o transporte de cimento a granel e pulverulentos e nas betoneiras, a empresa distribui a marca espanhola Baryval. A Serviplem, S.A.U. – Baryval é um dos fabricantes líderes europeus neste tipo de equipamentos. Em 2012 foi adquirida pela Tata-Hitachi, uma joint-venture entre a Tata Motors e a Hitachi Construction Machinery, atualmente um dos gigantes mundiais em equipamentos de transporte e maquinaria para o setor da construção, obras públicas e exploração de minério. “É um tipo de equipamento em que a procura foi muito afetada com a paragem da JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
31
empresa em destaque
UM EQUIPAMENTO OFICINAL ÚNICO NO PAÍS Entre os equipamentos da oficina de Santarém destaca-se um banco Chief para desempenagem a frio de chassis, semirreboques e caixas de carga. Funciona através de macacos hidráulicos que exercem forças entre as 20 e as 40 toneladas por torre. Permite também reduzir o tempo de reparação e de imobilização dos veículos e equipamentos que foram objeto de acidente rodoviário. José Manuel Roques explica-nos a vantagem: “O sistema de desempenagem a frio é o ideal. Temos conhecimento de que existem algumas empresas que recorrem à desempenagem com fontes de calor, o que destempera o aço e altera a resistência do material. Fazem-no com Chiefs em betão armado com as correntes, mas não é a mesma coisa. Um banco de desempenagem a frio é muito caro e, por razões de segurança, as correntes também têm de ser verificadas regularmente, daí que este nosso equipamento seja o único deste tipo em Portugal.”
construção em Portugal, mas continuamos a manter a Baryval no nosso portfólio de produtos”. “Na Roques CVES fabricamos também caixas de carga em aço e alumínio com a marca registada Roctrailer, vendemos muitos desses equipamentos para países lusófonos em África”, revela José Manuel Roque. A empresa também comercializa semirreboques de ocasião com garantia, através da marca TrailerStore. A oferta destes produtos é sobretudo alimentada “por retomas de clientes nossos. Nós reparamos e pintamos esses equipamentos.”
CONTACTOS Roques, Comércio de Veículos, Equipamentos e Serviços, S.A. Administrador: José Manuel Roque Telefone: 243 359 000 e-mail: roque2@roques.pt Internet: www.roques.pt
32
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
COMPONENTES E ASSISTÊNCIA OFICIAL Da indústria de componentes a Roques CVES representa e distribui em Portugal ralentizadores eletromagnéticos da Telma, equipamentos hidráulicos da Edbro, e o conceituado sistema Amplirol da Marrel. “Creio que somos o distribuidor mais antigo da Telma na Europa. Estas instalações foram
construídas para montar ralentizadores eletromagnéticos. Chegamos a montar 300 ralentizadores por ano. Hoje é um negócio residual, vendem-se 30 a 40 ralentizadores eletromagnéticos por ano e só para pequenos autocarros.” Nos camiões generalizou-se o fornecimento de veículos novos equipados com retarder hidráulico, um equipamento muito mais leve, associado a caixas de velocidades automáticas, reduzindo muito o mercado dos ralentizadores electromagnéticos. Paralelamente, é reparador oficial das marcas de eixos BPW e Gigant e de sistemas de travagem e suspensão da Haldex. “Fornecemos os semirreboques com os eixos que os clientes nos pedem, podem ser BPW ou Gigant, e garantimos todos os serviços de pósvenda: reparação e peças. Da Haldex também asseguramos reparação e peças.” A nível de sistemas de travagem ABS/EBS, a Roques também efetua intervenções de reparação em equipamentos da Wabco. Durante alguns anos foi reparador oficial
QUATRO GERAÇÕES DE EMPRESÁRIOS NOS TRANSPORTES Em 1926, José Roque Dias criou a empresa de transporte rodoviário de passageiros “Roque e Alcobia” que viria, anos mais tarde, a dar origem à empresa de renome “Camionagem Ribatejana”. Em 1971, A “Camionagem Ribatejana” foi adquirida pela João Cândido Belo & Companhia Lda., numa altura em que possuía já uma frota de 70 autocarros que operavam em toda a região centro do país. Naquela data, geriam a empresa de camionagem o fundador e os seus dois filhos. Em 1971, José Manuel Roque, Manuel Roque Dias, José Roque Dias e José Alberto Roque, membros da terceira geração da família, criaram a “Roques Lda”, herdeira de parte do património empresarial da família, nomeadamente o edifício que é hoje ocupado parcialmente pela “Rodoviária do Tejo”, e sucessora da distribuição dos automóveis Renault detida pela “Camionagem Ribatejana”, enquanto sócia da UTIC. Mais de quatro décadas volvidas, José Manuel Roque lidera hoje a administração de um Grupo empresarial cuja continuidade se encontra já assegurada pela quarta geração, gerindo o seu filho a Roques VT.
autorizado da marca Scania em Santarém, mas com a reestruturação da rede da marca sueca a nível ibérico essa parceria terminou. VASTA GAMA DE SERVIÇOS DE OFICINA E PEÇAS Especializada desde longa data na prestação de serviços de assistência pós-venda a semirreboques multimarca, a Roques CVES assegura igualmente nas oficinas de Santarém e da Maia toda a manutenção das marcas que representa e distribui durante os períodos de garantia dos veículos e equipamentos. Muitos desses clientes são fidelizados e continuam a fazer as manutenções nas oficinas da empresa mesmo depois do período de garantia. Na vasta gama de serviços disponível na oficina de Santarém destaca-se a desempenagem de chassis a frio, o alinhamento de eixos de reboques e semirreboques por laser com equipamento da Josam, a retificação de discos de travão para aumentar a duração das pastilhas, a equilibragem de transmissões e o serviço de
análise e afinação do sistema de travagem por frenómetro. Paralelamente, caso seja necessário proceder à reparação ou fabrico de qualquer transmissão e cardan, bem como à sua equilibragem, a Roques conta nos seus quadros com uma equipa de técnicos altamente especializada e com um sofisticado equipamento eletrónico, tanto para equilibragem estática como dinâmica. A empresa assegura de igual modo os serviços de pintura, encontrando-se equipada com uma ampla estufa de pintura em conformidade com todas as normas ambientais. A Roques também presta serviços de assistência na estrada, estando equipada com dois carros oficina para esse efeito, pese embora o facto dos serviços 24 horas terem pouca expressão nos semirreboques. “Nos transportes as pessoas acham sempre que as oficinas externas são caras. Esquecemse, porém, que há um vasto conjunto de legislação à qual estamos obrigados, como
os seguros contra incêndios, as normas de higiene e segurança do trabalho, ambientais, etc, e que outras oficinas, às vezes, não têm. ”, esclarece José Manuel Roque. A Roques possui armazém e loja de peças para a oficina e vendas ao público e serviço de entrega de peças ao domicílio. A disponibilidade de stock de peças para semirreboques no armazém de Santarém é muito boa, não se resumindo apenas a peças das marcas que a empresa representa, mas igualmente equipado com muitas peças e acessórios multimarca. “Hoje o principal problema que se enfrenta nas nossas empresas é a concorrência desleal, entre os que cumprem e os que não cumprem. Felizmente, há empresas que reconhecem a nossa idoneidade e sabem que respeitamos os nossos compromissos, daí que tenhamos um lote de empresas de referência como nossos clientes, até porque hoje é fundamental a empresa de transportes ter um fornecedor que assegura que o equipamento não fica imobilizado”, conclui. JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
33
RELATÓRIO
IPO. Pesados reprovaram menos em 2013 Este é um dos dados do relatório das inspeções automóveis divulgado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) a que a TURBO OFICINA PESADOS teve acesso. Divulgamos os principais indicadores. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
respeito às principais causas para a reprovação de veículos e a sua evolução ao longo dos últimos cinco anos. Um dos indicadores mostra que, em 2013, o número de inspeções realizadas foi o mais baixo desde 2009 - no total, 5,602.955. Mas nos últimos cinco anos nunca a taxa de reprovação foi tão baixa (12,06%), sendo que em 2009 essa taxa era de 17,51%, o que mostra a elevada redução das reprovações. Se olharmos por categoria de veículo, os ligeiros são os que têm
EVOLUÇÃO TAXA DE REPROVAÇÃO POR CATEGORIA DE VEÍCULO
EVOLUÇÃO TAXA DE REPROVAÇÃO POR CATEGORIA DE VEÍCULO CATEGORIA
2009 2010
2011 2012
25%
2013
Insp.
Tx. Rep.
Insp.
Tx. Rep.
Insp.
Tx. Rep.
Insp.
Tx. Rep.
Insp.
Tx. Rep.
Ligeiros
5.271.569
17,28%
5.339.634
15,85%
5.374.685
14,64%
5.395.886
13,20%
5.399.432
11,95%
Pesados
253.461
21,09%
240.275
19,29%
233.312
17,61%
216.092
15,94%
146.200
14,73%
Reboques
95.664
20,42%
93.048
18,93%
93.049
17,23%
87.676
15,61%
57.323
14,88%
INSPEÇÕES E REINSPEÇÕES POR DISTRITO E CATEGORIA EM 2013 DISTRITOS LIGEIROS
PASSAGEIROS
Aveiro
LIGEIROS MERCADORIAS
PESADOS PASSAGEIROS
E OUTROS
293.592
117.644
1.051
20% TAXA DE REPROVAÇÃO
U
ma das ferramentas importantes para analisar o mercado é o resultado das inspeções periódicas obrigatórias. Os dados referentes ao ano de 2013 (divulgados sempre com um ano de atraso), compilados pelo IMT, foram divulgados e além de mostrarem o que se passou nesse ano, fazem também a comparação com os anos anteriores. É importante tirar conclusões e há dados que são importantes tanto para as marcas, como para as oficinas, em especial no que diz
a menor taxa (11,59%), enquanto os pesados de mercadorias são os veículos que mais chumbam (15,20%). Um valor preocupante é também o que se passa com os pesados de passageiros, uma vez que transportam centenas de passageiros e que apresentam uma taxa de reprovação de 12,54%. No que diz respeito às principais causas de reprovação em 2013, nos ligeiros de passageiros as luzes e equipamentos elétricos foram responsáveis pelo maior número de selos vermelhos (23,55%), seguidos por problemas na suspensão e pneus (19,80%) e pelo escape e ruídos (16,99%). Já nos comerciais ligeiros a principal causa de reprovação foram também as luzes e equipamento elétrico (24,22%). Nos pesados de passageiros o principal problema está ligado aos travões (25,82%), nos pesados de mercadorias o maior problema está nas luzes e equipamentos (30,31%) e nos reboques e semirreboques o principal motivo de chumbo são os travões (42,81%). Analisando a evolução nos últimos anos vemos, por exemplo, que os problemas com travões têm diminuído, em sentido oposto ao que tem acontecido com direção, suspensão e pneus e escape. Veja os gráficos que mostram alguns dos principais indicadores referentes ao ano de 2013 e também aos últimos cinco anos.
E OUTROS 9.046
10%
5%
PESADOS REBOQUES MERCADORIAS
15%
E SEMI-REBOQUES 0%
2009
4.806
Beja
50.261
29.142
300
1.755
602
Braga
349.591
131.450
2.413
8.176
3.116
Bragança
56.427
38.727
534
2.371
682
Castelo Branco
80.780
41.653
608
2.956
1.183
Coimbra
184.956
73.629
1.453
6.813
4.053
Évora
68.015
32.591
380
2.329
832
Faro
213.770
73.311
1.338
4.867
1.122
Guarda
66.811
35.834
479
2.845
1.167
Leiria
241.658
112.858
1.162
16.238
8.607
17%
Lisboa
832.741
191.595
5.789
17.869
8.299
16%
Portalegre
43.311
20.201
280
1.532
755
Porto
705.425
220.548
4.825 1
8.870
9.686
182.881
85.584
902
8.534
5.018
Setúbal
314.249
82.969
2.218
6.006
2.788
Viana do Castelo
106.699
34.728
785
2.550
951
Vila Real
63.410
30.490
553
1.887
608
Viseu
136.202
55.699
887
5.599
3.048
TOTAL
3.990.779
1.408.653
25.957
120.243
57.323
34
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
2011
2012
2013
EVOLUÇÃO DA TAXA DE REPROVAÇÃO TOTAL NACIONAL 18%
TAXAS DE REPROVAÇÃO
Santarém
2010
LIGEIROS PESADOS REBOQUES
17,51% 16,05%
15%
14,80%
14% 13,34% 13% 12,06%
12% 11% 10% 2009
2010
2011
2012
2013
TAXA DE REPROVAÇÃO PARA CADA CATEGORIA DE VEÍCULO 2013
EVOLUÇÃO DO TOTAL NACIONAL APROVADOS / REPROVADOS
2013 CATEGORIA DE VEÍCULO
INSPEÇÕES
REPROVAÇÕES
TAXA DE REPROVAÇÃO
ANO
INSPEÇÕES
APROVADOS
REPROVADOS
3.990.779
462.470
11,59%
2009
5.620.694
4.636.592
984.102
17,51%
Ligeiros Mercadorias e Outros 1.408.653
182.947
12,99%
2010
5.672.957
4.762.576
910.381
16,05% 14,80%
Ligeiros Passageiros
25.957
3.254
12,54%
2011
5.701.046
4.857.013
844.033
Pesados Mercadorias e Outros 120.243
18.278
15,20%
2012
5.699.654
4.939.081
760.573
13,34%
Reboques e Semi-Reboques
8.531
14,88%
2013
5.602.955
4.927.475
675.480
12,06%
57.323
1.26 2.71 0.48
Pesados Passageiros
TX. REP.
6 000 000
TAXA DE REPROVAÇÃO
5 000 000
27.08
68.47 LIGEIROS PASSAGEIROS LIGEIROS MERCADORIAS E OUTROS PESADOS PASSAGEIROS PESADOS MERCADORIAS E OUTROS REBOQUES E SEMI-REBOQUES
4 000 000 3 000 000 2 000 000 1 000 000 0 2009
2010
2011
2012
2013
APROVADOS REPROVADOS
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
35
RELATÓRIO PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA POR CATEGORIA DE VEÍCULO EM 2013 CATEGORIAS
TRAVÕES
DIREÇÃO
LUZES E EQUIP.ELÉCT.
SUSPENSÃO
Ligeiros Passageiros
6,60%
14,45%
26,64%
14,09%
QUADRO E ACESSÓRIOS ESCAPE E RUÍDOS 14,01%
14,98%
DIVERSOS
Ligeiros Mercadorias e Outros
9,20%
13,64%
27,97%
15,65%
14,80%
9,51%
9,22%
Pesados Passageiros
16,27%
14,88%
28,16%
10,10%
10,12%
6,51%
13,96%
Pesados Mercadorias e Outros
13,83%
11,37%
35,47%
10,47%
11,03%
7,52%
10,31%
Reboques e Semi-Reboques
30,82%
0,00%
35,05%
19,87%
9,48%
0,00%
4,78%
9,23%
TAXA DE REPROVAÇÃO POR DISTRITO E POR CATEGORIA EM 2013 DISTRITOS
LIGEIROS
PASSAGEIROS
LIGEIROS PESADOS MERCADORIAS
PASSAGEIROS
PESADOS REBOQUES MERCADORIAS
E OUTROS
E SEMI-REBOQUES
E OUTROS
Aveiro
11,33
12,55
14,00
15,01
12,05
Beja
14,41
17,79
16,33
19,75
17,61
Braga
11,68
12,23
9,12
15,64
9,95
Bragança
10,54
12,00
15,92
17,57
20,23
Castelo Branco
13,37
16,34
13,84
18,78
16,40
Coimbra
12,04
14,51
10,53
17,93
15,40
Évora
11,92
13,75
8,95
16,34
15,75
Faro
13,90
14,27
14,28
18,14
14,17
Guarda
10,90
13,78
10,23
15,64
15,00
Leiria
11,50
13,16
8,87
17,56
15,71
Lisboa
11,08
11,80
10,90
17,09
15,19
Portalegre
12,07
13,49
15,36
21,54
26,62
Porto
9,97
10,34
12,31
13,14
13,56
Santarém
13,39
15,12
20,24
17,86
15,60 14,63
Setúbal
12,19
13,13
14,52
17,59
Viana do Castelo
11,36
12,45
24,30
17,26
9,15
Vila Real
15,35
16,66
12,84
17,80
17,60
Viseu MÉDIA
12,29
15,57
11,53
19,48
19,78
11,59%
12,99%
12,53%
16,70%
14,88%
REBOQUES E SEMIRREBOQUES 0.00
PESADOS PASSAGEIROS
9.48
4.78
6.51 10.12 13.96
10.10 19.87 30.82
35.05 0.00
16.27
ESCAPE E RUÍDOS QUADRO E ACESSÓRIOS TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP.ELÉCT. SUSPENSÃO DIVERSOS
28.16
PESADOS MERCADORIAS E OUTROS
LIGEIROS MERCADORIAS E OUTROS
9.51
11.03
13.65
9.22
15.65
7.52 10.31
10.47
9.20
14.98 27.97
36
14.88
TURBO OFICINA PESADOS
|
ESCAPE E RUÍDOS QUADRO E ACESSÓRIOS TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP.ELÉCT. SUSPENSÃO DIVERSOS
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
13.83 ESCAPE E RUÍDOS QUADRO E ACESSÓRIOS TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP.ELÉCT. SUSPENSÃO DIVERSOS
35.47
11.37
ESCAPE E RUÍDOS QUADRO E ACESSÓRIOS TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP.ELÉCT. SUSPENSÃO DIVERSOS
EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA OBSERVADOS TRAVÕES
DIREÇÃO
LUZES E EQUIP. ELÉCT.
SUSPENSÃO E PNEUS
QUADRO
ESCAPE E RUÍDOS
DIVERSOS
2009
9,45%
10,51%
23,87%
12,52%
16,35%
12,44%
14,86%
2010
9,37%
10,95%
24,90%
12,89%
16,15%
12,78%
12,97%
2011
9,29%
11,16%
25,86%
13,02%
15,84%
13,12%
11,71%
2012
9,07%
12,02%
26,89%
13,53%
15,08%
13,05%
10,37%
2013
7,81%
14,00%
27,34%
14,48%
14,10%
13,03%
9,23%
LUZES E EQUIP. ELÉCT.
SUSPENSÃO E PNEUS
QUADRO
ESCAPE E RUÍDOS
DIVERSOS
EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA POR CATEGORIA DE VEÍCULO CATEGORIAS
TRAVÕES
DIREÇÃO
Ligeiros
8,35%
11,64%
26,18%
13,28%
15,70%
13,87%
10,98%
Pesados
15,01%
9,68%
31,96%
11,88%
12,88%
8,12%
10,45%
Reb. & Semi-Reb.
29,68%
0,00%
30,93%
22,05%
11,20%
0,00%
6,13%
Parque
8,98%
11,38%
26,54%
13,33%
15,50%
13,39%
10,89%
2009
2010 Ligeiros
8,39%
12,28%
26,57%
13,55%
15,30%
13,50%
10,42%
Pesados
15,70%
10,26%
32,26%
11,07%
12,31%
7,84%
10,57%
Reb. & Semi-Reb.
32,80%
0,00%
30,56%
20,83%
9,56%
0,00%
6,26%
Parque
9,07%
12,02%
26,89%
13,53%
15,08%
13,05%
10,37%
Ligeiros
8,00%
12,85%
26,94%
13,88%
14,99%
13,56%
9,78%
Pesados
15,15%
10,47%
33,69%
10,88%
11,68%
7,94%
10,19%
Reb. & Semi-Reb.
34,88%
0,00%
30,75%
19,50%
9,18%
0,00%
5,69%
Parque
8,69%
12,57%
27,30%
13,82%
14,76%
13,12%
9,75%
Ligeiros
7,48%
13,57%
26,82%
14,17%
14,51%
13,89%
9,57%
Pesados
14,66%
10,81%
34,00%
10,86%
11,18%
8,46%
10,03%
Reb. & Semi-Reb.
32,08%
0,00%
33,01%
19,71%
9,65%
0,00%
5,55%
Parque
8,11%
13,27%
27,21%
14,10%
14,30%
13,48%
9,53%
2011
2012
2013 Ligeiros
7,38%
14,21%
27,04%
14,56%
14,25%
13,33%
9,23%
Pesados
14,16%
11,84%
34,49%
10,42%
10,91%
7,39%
10,80%
Reb. & Semi-Reb.
30,82%
0,00%
35,05%
19,87%
9,48%
0,00%
4,78%
Parque
7,81%
14,00%
27,34%
14,48%
14,10%
13,03%
9,23%
PRINCIPAIS CAUSAS DE REPROVAÇÃO POR CATEGORIA DE VEÍCULO EM 2013
TRAVÕES
DIREÇÃO LUZES E EQUIP. ELÉCT. SUSPENSÃO E PNEUS QUADRO ESCAPE E RUÍDOS
DIVERSOS
Ligeiros Passageiros
11,14%
10,81%
23,55%
19,80%
11,69%
16,99%
6,02%
Ligeiros Mercadorias e Outros
15,54%
11,35%
24,22%
21,38%
13,66%
7,48%
6,36%
Pesados Passageiros
25,82%
9,11%
23,57%
12,77%
9,72%
5,07%
13,95%
Pesados Mercadorias e Outros
21,58%
9,29%
30,31%
12,09%
10,72%
5,25%
10,76%
Reboques e Semi-Reboques
42,81%
0,00%
26,70%
21,27%
7,18%
0,00%
2,03%
EVOLUÇÃO DO TOTAL NACIONAL CERTIFICADOS / NÃO CERTIFICADOS ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA 2009
26.712
25.065
1.647
6,17%
2010
33.223
31.930
1.293
3,89%
2011
29.822
28.820
1.002
3,36%
2012
17.826
17.211
615
3,45%
2013
22.078
21.560
518
2,35% 10,42%
INSPEÇÕES EXTRAORDINÁRIAS
EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE REPROVAÇÃO
TRAVÕES
DIREÇÃO LUZES E EQUIP. ELÉCT.
SUSPENSÃO E PNEUS
QUADRO
ESCAPE E RUÍDOS
DIVERSOS
2009
14,19%
9,32%
24,26%
16,99%
13,98%
13,23%
8,03%
2010
13,90%
9,45%
24,63%
17,34%
13,58%
13,40%
7,69%
2011
14,35%
9,83%
24,49%
17,85%
13,07%
13,25%
7,16%
2012
14,12%
10,19%
24,63%
18,41%
12,70%
13,25%
6,70%
2013
13,20%
10,78%
23,99%
20,01%
12,18%
13,57%
6,26%
2009
27.403
24.547
2.856
2010
32.301
29.485
2.816
8,72%
2011
27.114
25.224
1.890
6,97%
2012
29.175
27.632
1.543
5,29%
2013
28.408
27.145
1.263
4,45%
VEJA O RELATÓRIO COMPLETO NO SITE DA TURBO OFICINA
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
37
ESPECIAL
Redes e serviços. Marcas com oferta diversificada As marcas de camiões e autocarros apetrecharam-se em Portugal com redes e gamas de serviço capazes de dar uma resposta rápida e eficiente à maioria das necessidades de assistência das frotas dos transportadores. A TURBO OFICINA PESADOS foi saber o que é que cada uma das marcas tem para oferecer. TEXTOS JOÃO CERQUEIRA
38
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
E
stima-se que um veículo pesado imobilizado cause um prejuízo diário médio às empresas de transportes na casa dos 200 euros. Para um transportador, ter um camião ou um autocarro imobilizado é ter o negócio parado. As marcas de pesados foram-se progressivamente adaptando a essa realidade, construindo redes de pós-venda com capacidade para devolver rapidamente os veículos à estrada. De igual modo, assinala-se que as redes próprias das marcas têm conseguido manter um peso bastante significativo no tecido empresarial português das oficinas de pesados, graças a um esforço na qualidade e variedade de oferta de serviço. Beneficiam do facto de que lançar um negócio de oficina de pesados não é tarefa fácil, porque são necessários espaços bem dimensionados, técnicos altamente especializados,
ferramentas de diagnóstico, equipamentos e ferramentas próprias e formação permanente. Não deixa de ser curioso também que as marcas de pesados presentes em Portugal optem por duas estratégias totalmente distintas. Umas, como é o caso da Volvo e da Scania, apostam claramente em oficinas de rede própria, outras, como a Mercedes, MAN e Iveco, por oficinas autorizadas. DAF COM 7 PONTOS DE ASSISTÊNCIA EM PORTUGAL A DAF Trucks sofreu um forte revés em Portugal. Com o desaparecimento da Evicar em 2013, tanto a rede de importação e comercialização de viaturas como de serviços pós-venda da DAF Trucks teve de ser reconstruída em Portugal, tendo esta última encolhido de 9 para 7 pontos de assistência e peças.
Neste momento, a rede Service Partner da DAF Trucks em Portugal integra a ACRV – Comércio de Veículos e Peças, com oficinas em Perafita (Porto), Castanheira do Ribatejo (Lisboa) e Areias de Pêra (Algarve), Beiracar (Viseu), Jaime & Rodrigues (Anadia), GSVI (Leiria) e Reta – Serviços Técnicos e Rent-acargo (Carregado). Entre os serviços mais carismáticos da marca holandesa prestado em toda a rede nacional figuram o International Truck Service (ITS), o primeiro serviço de assistência 24 horas na estrada criado na Europa, disponível para camiões DAF de matrícula portuguesa em serviço no estrangeiro e para camiões de matrícula estrangeira em serviço em Portugal. O ITS funciona através dum call center com 80 operadores, servindo uma rede de assistência internacional presente em 31 países europeus. No território nacional é operado também por JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
39
especial
OS FACTOS CONTRARIAM QUEM PENSAVA QUE A LIBERALIZAÇÃO IRIA TRAZER GRANDES MUDANÇAS EM BENEFÍCIO DAS OFICINAS INDEPENDENTES, MANTENDO-SE SENSIVELMENTE O MESMO MIX DAF, bem como vendas ao balcão de peças originais DAF e multimarca TRP. JAIME & RODRIGUES A Jaime & Rodrigues já era oficina autorizada DAF no tempo da Evicar, tendo mantido esse estatuto após a extinção daquela empresa. Opera uma oficina perto de Anadia, na região de Coimbra, onde presta todos os serviços de manutenção, reparação e peças a camiões da marca holandesa.
todos os Service Partner, o National Truck Service (NTS), um serviço de assistência 24 horas de características idênticas ao ITS. Paralelamente, asseguram ainda os serviços de peças DAF e TRP. Os DAF Dealer ACRV e GSVI oferecem igualmente contratos de manutenção e reparação DAF MultiSuport, disponibilizando pacotes por medida de Manutenção Preventiva ou pacotes completos de Manutenção & Reparação. Qualquer programa de manutenção e reparação contratada pode ser totalmente personalizado em função das necessidades do cliente. ACRV – COMÉRCIO DE VEÍCULOS E PEÇAS A ACRV detém maior rede de concessionários DAF em Portugal, com três pontos de assistência localizados estrategicamente: Região Norte, em Perafita, Centro, em Castanheira do Ribatejo e no Sul, em Pêra no Algarve. A ACRV é também concessionário DAF para vendas de camiões novos e usados nos distritos de Santarém, Lisboa, Setúbal, Beja, Évora, Portalegre e Faro. Nas suas três oficinas, a ACRV garante todos os serviços de manutenção e reparação de viaturas DAF, serviços de colisão e substituição de vidros, manutenção e reparação de semirreboques, serviço integrado de pneus, assistência multimarca, reparação e manutenção de plataformas retráteis e de taipal, reparação de carroçarias de diversos tipos, e tem em desenvolvimento o serviço de aferição de tacógrafos. Integra equipas de profissionais de oficina altamente qualificados e com uma larga experiência na reparação de camiões da prestigiada marca holandesa. BEIRACAR – COMÉRCIO E INDÚSTRIA A Beiracar – Comércio e Indústria nasceu 1980, com o objetivo de comercializar veículos DAF nos distritos de Viseu e da Guarda e na
40
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
região da Covilhã. Integrada no Grupo Evicar até 2013, após a extinção do grupo português celebrou um novo contrato com a DAF Trucks, tornando-se Service Partner da marca holandesa para os distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco. A Beiracar opera em modernas instalações em Viseu, construídas de raiz em 2008, fruto de um investimento de 2,5 milhões de euros e inauguradas pelo presidente da DAF Trucks, Aad Gourdiaan. As instalações têm uma área coberta de 7.000m2, e uma oficina modelar com áreas de reparação elétrica, mecânica, bate-chapa e colisão, uma estufa de pintura com boxes independentes de preparação e pintura, integrando 35 portas para entrada e saída de camiões. Disponibiliza uma ampla gama de serviços de manutenção e reparação de camiões, reboques e semirreboques, pintura, bate-chapas e aferição de tacógrafos digitais. RETA – SERVIÇOS TÉCNICOS E RENT-A-CARGO A Reta é uma empresa do Grupo Luís Simões que em 2013 foi nomeada DAF Service Partner, sobretudo graças ao prestígio adquirido enquanto oficina multimarca. Presta serviços de assistência a viaturas DAF no Centro de Assistência técnica do Carregado, e serviço de peças DAF e TRP também nos de Perafita e Vila Nova de Gaia. No âmbito desta parceria com a DAF, reforçou também a sua equipa de técnicos de oficina e de ações de formação específica. As oficinas da Reta laboram com horário alargado, de segunda a sábado entre as 8 e as 19 horas. GSVI A GSVI tem instalações em Leiria, garantindo um serviço completo de pós-venda na região centro do país. Presta todos os serviços de manutenção preventiva e curativa a clientes
IVECO APOSTA EM REDE DE PROXIMIDADE A Iveco Portugal assegura a assistência pós-venda através de uma rede de mais de duas dezenas de oficinas, sendo uma grande parte da rede especializada no serviço da gama ligeira Daily. A rede integra igualmente sete oficinas especializadas na assistência a autocarros. A Iveco Portugal detém oficinas próprias em Vila Franca de Xira, Lisboa e Setúbal, e trabalha com os reparadores autorizados Soveco, (Vila Nova de Gaia, Viseu e Aveiro), NBS (Braga), Garagem Santa Margarida (Vila Real), Irmãos Pinto (Leça do Balio), MTA – CMTA (Guarda), NCN (Fundão), Garagem Estrela (Cantanhede), Vecodouro (Lixa), Iveconde (Vila do Conde), Ferreira & Filhos (Leiria), Carveco (Santarém), Auto Pintadense (Tomar), Vecotorres (Torres Vedras), Selcar (Sintra), Auto-Diana (Evora) e MSCar (Faro). Também tem cobertura de rede nas regiões dos Açores e da Madeira. A marca sublinha que todas as oficinas autorizadas integram pessoal especializado, cuja formação técnica é ministrada diretamente pela Iveco na escola Unetversity, disponibilizando aos seus clientes serviços de manutenção, reparação, chapa e pintura, aferições de tacógrafos, preparação para IPO e reparações de reboques, semirreboques e caixas de carga. Para além da assistência a veículos Iveco, o construtor criou a marca Bullder, dedicada exclusivamente a serviços de oficina e peças para reboques e semirreboques multimarca, a ALL-MAKES, dedicada a veículos comerciais multimarca e a VALUE LINE para viaturas com mais de cinco anos. Boa parte da rede nacional opera também o serviço Iveco Assistance Non-Stop 24 horas da marca italiana, assegurado por um Centro de Coordenação Internacional e disponibilizado em 31 países europeus e em 10 idiomas. Este serviço integra mais de 3.000 oficinas
na Europa com cerca de 40.000 técnicos especializados em veículos Iveco. No que respeita ao pós venda a Iveco comercializa ainda várias tipologias de contratos de manutenção de forma a cobrir todas as necessidades dos seus clientes. Os contratos Iveco M&R podem cobrir apenas o plano de manutenção programada ou a manutenção e reparação completa do veículo, assim como entre várias opções o reboque da viatura, substituição de baterias e assistência 24 Horas Internacional. Dedicado à gama ligeira, a Iveco disponibiliza o serviço de assistência rápida Daily Service Chrono, para as intervenções essenciais como são os travões, amortecedores, tubos de escape, óleos e filtros. Trata-se de um serviço em que o cliente não necessita de efetuar reserva prévia. MAN PORTUGAL DISPONIBILIZA 12 PONTOS DE SERVIÇO PARA PESADOS A MAN Truck & Bus Portugal passou a ser representada diretamente pelo construtor alemão no ano de 1998, tendo como objetivo principal o crescimento da Marca MAN junto dos seus clientes. A estratégia para conseguir atingir os objetivos propostos foi delineada com base numa política comercial e de pós-venda de proximidade com o cliente. Neste âmbito, a rede de assistência da MAN foi crescendo com base em oficinas autorizadas. Atualmente, a rede de assistência da MAN é composta por 12 oficinas no continente e ilhas. A MAN Truck & Bus Portugal só tem uma oficina própria situada em Perafita (Porto). A rede de assistência MAN é constituída pela MAN Truck & Bus Portugal (Perafita) e pelos reparadores autorizados, ACMAN, com quatro oficinas situadas em Aveiro, Viseu, Guarda e Leiria, pela Hydraplan com duas oficinas situadas em Alverca (Lisboa) e Loulé (Algarve), que cobre as necessidades de manutenção em toda a região sul do país, pela TAR Braga que como o seu próprio nome indica está situada em Braga, Carpenor em Mirandela, MAN Terceira – EVT, MAN S. Miguel na ilha do seu próprio nome e a Tomiauto na Ilha da Madeira. Com uma rede de assistência classificada em Truck & Bus Service e Truck & Bus Centers, a marca disponibiliza aos seus clientes um leque de opções complementares à aquisição de novos veículos. Entre este leque de opções de realçar os contratos de assistência “Confort” (manutenção periódica) e o ConfortRepair (serviços de manutenção e reparação). A MAN disponibiliza aos seus clientes o serviço “Mobile24” em toda a Europa, da qual fazem parte mais de 2000 centros de assistência, onde estão incluídas as 12 oficinas da rede de assistência MAN em Portugal. Este Serviço “Mobile24” garante serviços de desempanagem no local, de reboque e reparação em oficina da rede sempre que não
seja possível efetuar a mesma no local onde o veículo se encontra imobilizado. Funciona com um número fixo para toda a Europa “Telefone: 0080066245324” e grátis (podem ocorrer gastos de Roaming, dependendo do fornecedor do serviço da rede móvel). Recentemente foi introduzido o “MANSolutions” que permite ao cliente eleger entre uma gama variada de serviços aqueles que mais lhe convém. Destacando entre outros o “MAN ServiceCare”. Com base no MANTelematics, permite-nos proativamente coordenar e programar a vinda do cliente à oficina de uma forma mais eficiente, satisfazendo as necessidades do cliente. Dando provimento e em conformidade com o que foi definido pela regulamentação europeia, foi criado o “MAN After Sales portal” onde pode ser encontrada toda a informação técnica dos veículos MAN. Oficinas autorizadas e agentes independentes do mercado livre podem aceder a toda a informação técnica MAN e Neoplan. MERCEDES OFERECE SERVIÇOS DE REFERÊNCIA NOS PESADOS De Norte a Sul do país, incluindo ilhas, a Mercedes-Benz Portugal gere uma rede de 19 pontos de assistência para veículos pesados. A rede de oficinas autorizadas em Portugal presta todos os serviços de manutenção e reparação em veículos pesados da marca, fazendo parte integrante de uma rede europeia com mais de 2.500 pontos de assistência. Um dos serviços mais populares entre os frotistas são os contratos de manutenção de frotas Mercedes-Benz Chaterway, que possibilitam o planeamento e a redução dos custos de manutenção mediante o pagamento de um valor mensal fixo. Os pacotes Chaterway englobam serviços de manutenção e reparação para comerciais
pesados e a prestação de assistência oficinal em qualquer concessionário oficial da marca em toda a Europa, composto por uma rede de cerca de 2.500 oficinas. Cada veículo dispõe de um cartão que identifica os serviços contratados, podendo ser abrangidos contrato de serviço, realização de inspeções periódicas, substituição de pneus, veículo de substituição, pagamento de imposto de circulação e de camionagem, seguros de responsabilidade civil ilimitada, danos próprios, assistência em viagem, gestão de sinistros e também a gestão global do veículo. A manutenção preventiva tem sido uma forte aposta da marca com o objetivo claro de antecipar eventuais contratempos de reparação. As paragens de longa duração representam custos elevados para os frotistas, pelo que este programa desenvolvido pela Mercedes-Benz Portugal minimiza esses custos apostando na prevenção. Em viagens internacionais, por exemplo, estes tempos de imobilização são ainda mais importantes, pois têm um impacto muito grande no negócio, pelo que a marca aposta fortemente neste serviço. A marca da estrela dispõe igualmente do Service24h Mercedes-Benz, através de uma linha de assistência disponível a partir de qualquer ponto da Europa. Este serviço permite ao cliente solicitar um pedido de assistência na estrada, 24h por dia, 365 dias por ano, garantindo volta à estrada o mais depressa quanto possível. Outro dos serviços de grande reputação é o sistema de gestão de frotas FleetBoard, que contribui para a adoção de comportamentos de condução económica por parte dos motoristas, podendo contribuir para até 10% de poupança combustível, para além de um menor desgaste de órgãos, intervalos de manutenção prolongados e uma maior disponibilidade do veículo.
especial
OMNIPLUS TEM A MAIOR REDE DE ASSISTÊNCIA DE AUTOCARROS EM PORTUGAL A assistência das marcas de autocarros Mercedes-Benz e Setra, da Evobus, é assegurada pela OMNIPlus, uma outra marca do Grupo Daimler. Em Portugal, esta rede cresceu muito substantivamente nos últimos anos, sendo já a maior de todas entre as marcas de autocarros comercializadas no nosso país, com um total de 17 os pontos de assistência especializada. A OMNIplus está presente em Viana do Castelo, Braga, Guimarães, V.N. Famalicão, Maia, Guarda, Covilhã, Coimbra, Leiria, Alverca, Lisboa, Carnaxide, Palmela, Évora, Faro, Ponta Delgada e Funchal, cobrindo toda a faixa litoral oceânica e os principais eixos e vias de comunicação interna e com a Europa, onde existem presentemente mais de 600 oficinas autorizadas só nesta rede. Uma das particularidades mais interessantes da OMNIPlus, prende-se com o agrupamento da rede por categorias de serviços. Logo, de acordo com o volume de serviços oferecidos, as oficinas são categorizadas como OMNIplus BusWorld, OMNIplus BusPort e BusPoint. A grande vantagem para o cliente é que ele pode selecionar facilmente a oficina mais próxima onde pode solucionar o seu problema específico. Por exemplo, os horários de expediente alargados e o serviço de assistência na estrada 24h Service só se encontra disponível nas oficinas OMNIplus BusWorld, enquanto as BusPoint só podem ser utilizadas para emergências. A rede OMNIPlus garante os melhores conhecimentos de diagnóstico, com ligação à assistência técnica da fábrica, participação em formações e aparelhos de diagnóstico modernos, colaboradores certificados com formações específicas em áudio, vídeo e navegação, ar condicionado, eletrónica, etc. Estas oficinas encontram-se igualmente equipadas com ferramentas especiais para reparações de autocarros e efetuam uma gestão de controlo de qualidade em todos os serviços prestados.
42
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
RENAULT COM 9 PONTOS DE ASSISTÊNCIA EM PORTUGAL No nosso país, a rede de serviço da marca francesa é composta por 9 pontos de assistência, integrando as oficinas da Renault Trucks Portugal de Vila do Conde e Castanheira do Ribatejo, e pelas oficinas concessionadas Mecanibraga (Braga), RenaCentro (Aveiro), Auto Reparadora da Muna (Viseu), Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa (Coimbra), RenaLopes (Leiria), Alvielauto (Alcanena), e SulTruck (Olhão). Um dos serviços mais populares da Renault Trucks é a assistência na estrada 24/7, um serviço 24 horas onde o cliente pode seguir através da internet o avanço da intervenção de assistência em tempo real, bastando para esse efeito solicitar ao coordenador uma chave de 10 algarismos e introduzir os dados relativos à matrícula do veículo. A marca francesa opera também o serviço GO24 para a gama pesada, dando a garantia neste tipo de contrato que fará tudo para que o veículo imobilizado retome a estrada num prazo de 12 horas. Caso isso não seja possível, a marca francesa compromete-se a entregar ao cliente uma indemnização compensatória no valor de 200 euros por cada 24 horas de imobilização, até um máximo de 800 euros. Os forfaits de manutenção são outra das apostas da marca, oferecendo pacotes de manutenção, sempre que o volume de trabalho o justifique, com preços fixos e conhecimento prévio do cliente transportador da duração das intervenções. A nível de contratos de manutenção, a Renault
TODAS AS MARCAS DE PESADOS ESTÃO RELATIVAMENTE BEM SERVIDAS DE OFICINAS NO EIXO LITORAL COMPREENDIDO ENTRE SETÚBAL E BRAGA, ONDE ESTÁ A MAIORIA DOS TRANSPORTADORES
Trucks disponibiliza os pacotes Start & Drive, tratando-se de um serviço modulável em função das necessidades específicas do próprio cliente. Integra também contrato de manutenção “Estação de Serviço”, apenas para as operações de mudanças de óleo, operações estacionais e controlos preventivos ou de “Cobertura Integral” para todos os serviços de manutenção e reparação a efetuar no veículo durante o período de tempo contratualizado. Este construtor disponibiliza também a extensão de garantia Expandys até 3, 4 ou 5 anos para as gamas pesadas. O Expandys varia em função da duração da garantia, da quilometragem anual e do nível de cobertura desejada pelos clientes. Nos últimos anos, a Renault Trucks tem reforçado a oferta das soluções Optifuel, desenhadas para ajudar os transportadores a poupar combustível e associadas a ações de formação específica para motoristas, dotando também as suas frotas de ferramentas de software como o Infomax, um sistema de gestão de frota que permite ao transportador, entre outras coisas, seguir o consumo do veículo e da sua utilização através da análise dos tipos de condução praticados pelos motoristas. Também é muito útil para as oficinas identificarem os casos em que o erro humano se encontra ou não na origem da avaria. SCANIA REFORÇOU INVESTIMENTO NO SERVIÇO A Scania Portugal assegura serviços de assistência pós-venda em 7 pontos de rede distribuídos pelo território continental e na ilha da Madeira. As oficinas do Porto, Mangualde, Coimbra, Leiria, Faro, Lisboa e Funchal pertencem todas à Scania Portugal, mantendo na rede nacional, neste momento, apenas a oficina autorizada da Scancar, em Castelo Branco. Convém assinalar que nos últimos anos a Scania Portugal sofreu profundas
LIBERALIZAÇÃO TROUXE POUCAS ALTERAÇÕES reestruturações orgânicas que se estenderam também, e muito, à área dos serviços pós-venda, equipando-se com novas e modernas instalações oficinais em Leiria, Lisboa, Mangualde e no Funchal. Com mais de 1.100 pontos de serviço na Europa e 1.500 em todo o mundo, a Scania lançou padrões globais de funcionamento do concessionário (DOS – Dealer Operating Standard), por forma a poder garantir níveis de qualidade elevados e uniformes em toda a sua rede vendas e serviços. Todas as oficinas autorizadas têm de possuir certificação conforme o DOS e são sujeitas a uma auditoria periódica, de dois em dois anos, realizada por especialistas da marca. Outra das características da rede prende-se com uma política de serviço que assenta em reparações de custo fixo, incluindo o custo da mão-de-obra, peças e consumíveis, evitando surpresas desagradáveis para a carteira do cliente. O serviço de assistência móvel 24 horas da marca sueca é assegurado por uma empresa do Grupo, a Scania Assistance, e é prestado em Portugal em toda a rede pós-venda, tanto para camiões como para autocarros Scania. Este construtor comercializa vários tipos de contratos de manutenção, incluindo soluções por medida, em função do tipo de viatura,
quilometragem anual e duração contratual. Nos últimos anos, tem apostado fortemente nos contratos de manutenção e reparação Plus com a duração de 3, 4 ou 5 anos, um exclusivo para tratores novos Scania. Os contratos R&M Plus assentam no pagamento de uma mensalidade fixa que varia apenas em função do número de anos de contrato, dando cobertura a um grande número de componentes do veículo. O serviço de gestão de frotas FMS da Scania também tem tido uma forte implementação nas frotas da marca, inclusivamente em Portugal, tratando-se de um serviço que já vem pré-montado desde há alguns anos a esta parte em todos os camiões novos, podendo ser ativado em qualquer altura sem a necessidade efetuar novas instalações a bordo do veículo. Recentemente, a marca lançou o Scania Trailer Services, um novo serviço profissional de reparação e manutenção de semirreboques. Abrange intervenções em eixos, componentes mecânicos, sistema de travagem e de suspensão. Neste momento já é prestado por uma boa parte da rede de oficinas. Para poder lançar este serviço, a Scania firmou acordos com os fabricantes de eixos SAF-Holland e BPW, os quais cobrem a logística, garantia, reparação e manutenção, ferramentas de diagnóstico e formação
A publicação do Regulamento da Comissão Europeia nº 461/2010, transposto para a legislação nacional, veio impor às marcas a obrigatoriedade de facultar às oficinas independentes a informação técnica relativa às operações de manutenção e reparação e permitir que as mesmas possam ser realizadas em oficinas multimarca durante o período de garantia do fabricante. A TURBO OFICINA PESADOS constatou, no decurso da realização deste trabalho, que as marcas estão a cumprir todos os requisitos legais, praticando, no entanto, preços por esse serviço que não são apetecíveis para a esmagadora maioria das oficinas independentes que operam com pesados. Até agora, os factos contrariam quem pensava que a liberalização iria trazer grandes mudanças em benefício das oficinas independentes, mantendo-se sensivelmente o mesmo peso de mercado tanto nas redes das marcas como nas oficinas independentes.
CONTRATOS M&R EM BANHO MARIA Com o desenvolvimento das frotas e da logística integrada começaram a popularizar-se entre os transportadores os pacotes de manutenção e reparação subscritos no acto de compra de veículos novos, o que constituiu também para as marcas uma forma de fidelizar os clientes às suas oficinas. Os contratos de M&R adquiriram rapidamente grande popularidade mas, com a crise, não tiveram o desenvolvimento expectável, até mesmo porque muitos transportadores reforçaram os seus investimentos nas oficinas próprias. Apesar de alguma estagnação na venda de veículos com contratos de M&R, há marcas que têm hoje cerca de um milhar de veículos pesados a operar em Portugal abrangidos por esse tipo de serviço.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
43
especial
CONCENTRAÇÃO NO LITORAL Em matéria de geografia da assistência, todas as marcas de pesados se encontram relativamente bem servidas de oficinas no vasto eixo litoral compreendido entre Setúbal e Braga, onde se concentra também a maioria das empresas de transportes. A região do Algarve é muito relevante nos serviços de distribuição devido ao turismo e tem um número simpático de empresas transportadoras sedeadas, não obstante a operação apresentar características de sazonalidade com grandes picos de atividade nos meses de Verão, pelo que não seja de estranhar que quase todas as marcas se encontrem aí representadas. A principal porta de entrada e saída do transporte internacional, servida pelas A25 e A23, também usufrui de uma boa cobertura oficinal no corredor Viseu, Guarda, Vilar Formoso, e razoável no corredor da Beira Baixa nas imediações da A23. A região do Alentejo revela enormes carências, com quase total ausência de oficinas das marcas nos distritos de Évora, Beja e Portalegre. Não obstante estarmos a falar de uma região que cobre cerca de um terço do país, não há um número elevado de empresas transportadoras e as que existem, salvo raras excepções, são de pequena dimensão. Em Trás-os-Montes o cenário é idêntico.
técnica. Subscreveu também acordos com os principais fabricantes de sistemas de travagem e gestão de suspensão (Wabco, Knorr-Bremse e Haldex). Na gama relacionada com as operações de transporte, a Scania também disponibiliza serviços de manutenção e reparação de plataformas elevatórias nas suas oficinas, onde pretende continuar a desenvolver novas soluções completas de serviço. REDE DE CONCESSIONÁRIOS VOLVO COM 16 PONTOS DE ASSISTÊNCIA EM PORTUGAL A NORS é um dos mais antigos e importantes parceiros da Volvo Trucks no mundo,
44
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
nomeadamente através da Auto Sueco Portugal, a empresa responsável pela importação, distribuição e assistência dos camiões e autocarros Volvo em Portugal. A Auto Sueco Portugal tem a responsabilidade sobre uma vasta rede, de 16 pontos de serviço no Continente e Ilhas, assistindo camiões e autocarros da marca Volvo. Da rede própria da Auto Sueco fazem parte as oficinas de Bragança, Braga, Guimarães, Maia, Santarém, Torres Vedras, Lisboa e Setúbal. A Ascendum Veículos, uma empresa participada pela Nors, assegura serviços de pós-venda a camiões e autocarros Volvo em Albergariaa-Velha, Viseu, Coimbra e Leiria. A rede é complementada com as oficinas autorizadas independentes Eduardo Coelho (Arouca), Pontautos (Faro), Varela (Ponta Delgada) e Mendes Gomes (Funchal). Nos últimos anos, a Auto Sueco Portugal tem mantido uma aposta forte no alargamento e na personalização do leque de serviços que oferece, e também na modernização de instalações oficinais (os casos mais evidentes são as oficinas da Maia e de Lisboa). A gama de serviços de manutenção e reparação de camiões e autocarros é vasta, destacandose: o Volvo Express Service, Serviço de Chapa e Pintura, Alinhamento de Chassis e Cabinas, Selagem de Tacógrafos (analógicos e digitais), Preparação para IPO, Lavagem e Recondicionamento de Interiores, Assistência a Semirreboques e Assistência a Superstrutura. SERVIÇOS PERSONALIZADOS VOLVO A Auto Sueco coloca ao serviço dos seus clientes dois tipos de Contratos de Assistência: os Contratos Blue, que cobrem a Manutenção e os Contratos Gold, que cobrem não só a Manutenção, como também a Reparação. Possui ainda os Contratos de Assistência Classic, destinados a viaturas mais antigas. A oferta existente garante que
todos os clientes poderão ter uma solução à sua medida, permitindo aumentar o período operacional das viaturas e um melhor controlo dos custos de exploração. O VOSP – Programa de Serviço Volvo permite elaborar um plano de manutenção específico para cada viatura, de acordo com as suas características e utilização, definindo pormenorizadamente intervalos de assistência, condições de operação e componentes a utilizarem na manutenção. O Volvo Fora de Horas é um serviço que visa fundamentalmente dar uma resposta muito rápida à necessidade dos clientes voltarem a ter o seu veículo operacional em tempo recorde. Para isso, muitas vezes, é fundamental que as oficinas trabalhem com horários alargados. Os concessionários de maior dimensão, Maia e Lisboa, estão abertos ao sábado todo o dia e, durante a semana, até à 1h da manhã. O Volvo Expresss Service consiste na execução de pequenos trabalhos de reparação (serviços rápidos) sem que o cliente tenha necessidade de efetuar marcação prévia. O Volvo Action Service é um serviço de assistência 24 horas na estrada, disponível em todo o território nacional e em mais de 1.100 oficinas em toda a Europa. Funciona a partir de uma central telefónica onde o motorista é sempre atendido no seu próprio idioma. A Volvo garante solucionar qualquer tipo de avaria por mais complicada que seja com o recurso a este serviço, e quando não for possível reparar o veículo a tempo do motorista cumprir as suas obrigações comerciais, através do Volvo Action Service, é possível alugar um camião ou um semirreboque para efetuar o serviço. Presta também assistência financeira de emergência, no caso de o motorista ficar sem dinheiro devido a despesas inesperadas, repatriação por doença ou avaria e representação jurídica local.
PORTO - SCANIA PORTUGAL, SA SENHORA DA HORA AUTOSUECO MAIA SOC. COM. C. SANTOS, LDA MAIA RENAULT TRUCKS COMMERCIAL VILA DO CONDE IVECONDE VILAR DO PINHEIRO GARAGEM JORGE PAREDES IRMÃOS PINTO, LDA LEÇA DO BALIO VECODOURO, LDA VILA VERDE - LIXA ACRV - COM. VEIC. PEÇAS, S,A. PERAFITA MAN TRUCK & BUS PORTUGAL PERAFITA
MAPA DA REDE DAS MARCAS EM PORTUGAL
CARCLASSE, S.A. VIANA DO CASTELO
AUTOSUECO BRAGANÇA CARPENOR MIRANDELA
AUTOSUECO GUIMARÃES CARCLASSE, S.A. GUIMARÃES
MECANIBRAGA BRAGA AUTOSUECO BRAGA NBS MOTORS BRAGA TAR BRAGA LDA BRAGA CARCLASSE, S.A. BRAGA CARCLASSE, S.A. FAMALICÃO
AR CARLOS AD ROSA PAMPILHOSA RENACENTRO AVEIRO MERCENTRO, S.A. AVEIRO A.C. MANUTENÇÃO E COM. VEIC. AVEIRO
GARAGEM STA. MARGARIDA, LDA CONSTANTIM
AUTO REP. DA MUNA VISEU SOVECO VISEU VEIC. E PEÇAS, S.A. VISEU ASCENDUM VEÍCULOS VISEU FINICLASSE 2002 LDA VISEU MUNACAM, LDA LORDOSA BEIRACAR - COM. E INDUSTRIA, SA FRAGOSELA
EDUARDO COELHO, LDA AROUCA ASCENDUM VEÍCULOS ALBERGARIA-A-VELHA JAIME E RODRIGUES, SA MOGOFORES ANADIA M.T.A. COM. MAQ. T. E A., LDA GUARDA A.C. MANUTENÇÃO E COM. VEIC. GUARDA A GARCIA, S.A. PORTO DA CARNE
COIMBRA - SCANIA PORTUGAL, SA COIMBRA ASCENDUM VEÍCULOS COIMBRA SODICENTRO, LDA COIMBRA
MANGUALDE - SCANIA PORTUGAL, SA MANGUALDE ACMAN VISEU MANGUALDE
GARAGEM ESTRELA, LDA CANTANHEDE AUTOSUECO SANTAREM ALVIELAUTO ALCANENA AUTOPINTADENSE, LDA TOMAR
RENALOPES LEIRIA LEIRIA - SCANIA PORTUGAL, SA LEIRIA SODICENTRO, LDA LEIRIA ASCENDUM VEÍCULOS LEIRIA GSVI, SA ANDRINOS A.C. - MAN. COM. VEIC., S.A. TURQUEL LISBOA - SCANIA PORTUGAL, SA VIALONGA VECOTORRES TORRES VEDRAS SELCAR, LDA RAL - SINTRA MERCEDES-BENZ COMERCIAL, LDA ALVERCA CARCLASSE, S.A. LISBOA RETA CARREGADO AUTOSUECO LISBOA AUTOSUECO TORRES VEDRAS ACRV - COM. VEIC. PEÇAS, S,A. CASTANHEIRA DO RIBATEJO RENAULT TRUCKS COMMERCIAL CASTANHEIRA DO RIBATEJO HYDRAPLAN ALVERCA DO RIBATEJO
CASTELO BRANCO - SCANCAR CASTELO BRANCO CAETANO STAR COVILHÃ NCN AUTOMÓVEIS, LDA FUNDÃO
STARSUL, S.A. ÉVORA AUTODIANA, LDA ÉVORA
C. SANTOS- V.P., S.A. PALMELA AUTOSUECO SETUBAL
AÇORES
SULTRUCKS, LDA OLHÃO PONTAUTOS FARO HYDRAPLAN LOULÉ STARSUL, S.A. FARO MAQDIESEL LAGOA ACRV - COM. VEIC. PEÇAS, S,A. PERA
FUNCHAL - SCANIA PORTUGAL, SA CANIÇO CIMERTEX MADEIRA CANIÇO TOMIAUTO CANIÇO MENDES GOMES CANIÇO C. SANTOS - V.P., S. A. FUNCHAL
MADEIRA
MAN S. MIGUEL - MET. AÇOREANA ARRIFES VARELA & CA PONTA DELGADA AV MICAELENSE, LDA PONTA DELGADA ANDRADE & IRMÃO, SA LAGOA
MAN TERCEIRA - EVT ANGRA DO HEROISMO
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
45
FROTAS
Transportes os Três Mosqueteiros. “Damos resposta a qualquer avaria” A TML- Transportes os Três Mosqueteiros é um grupo empresarial familiar com 46 anos de vida e grande relevância no transporte nacional e internacional de matérias perigosas. Detém ainda a empresa Vecomáquinas, responsável pelos serviços de manutenção e reparação de frota e peças, prestados tanto a veículos do grupo como a outras empresas do mercado local. TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA
A
Transportes os Três Mosqueteiros nasceu em 1968, tendo sido adquirida por Belarmino Hilário em 1981: “Quando comprei a empresa só tinha um camião Bedford de 6.804 kg que operava em Lisboa no transporte de mudanças. Como já tinha direito a aumentar a dotação de carga até às 19 toneladas, e naquela época só havia carros de 16 e de 22 toneladas, optei logo por adquirir uma DAF 2300 de 16 toneladas.” Com a liberalização dos transportes, acabaram as dotações de carga e os raios de operação e a empresa, que já se encontrava em Sines, começando aí a fazer investimentos em novos equipamentos de transporte. “Enquadrámo-nos muito bem com as
46
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
empresas que vieram trabalhar para Sines, devido à evolução da refinaria, do porto, EDP, pipeline, etc. Com alguma agressividade no mercado conseguimos entrar em algumas empresas importantes como parceiro transportador. Muitos desses clientes de referência que nos foram aparecendo no caminho, hoje ainda os mantemos.” Aproveitando, por um lado, as oportunidades do mercado de transporte específico de Sines e, por outro, oferecendo um serviço altamente especializado de qualidade e confiança, a TML tornou-se uma empresa modelar a nível nacional no transporte de matérias perigosas, operando também nos segmentos da carga geral, transporte frigorífico, contentores, transporte a granel, e outros.
Só a TML detém uma frota de mais de 80 camiões, maioritariamente tratores equipados com cisternas e emprega cerca de 120 pessoas. Na atividade de transporte, o Grupo controla também a Tracogás, uma empresa que opera sobretudo no transporte de carga geral, a OC Trans, afeta ao transporte de produtos alimentares sob temperatura controlada, e detém, em parceria com mais 3 empresas transportadoras, a Lidercister, uma empresa de referência no transporte rodoviário de pulverulentos em cisternas basculantes: “Neste momento a Lidercister tem 68 cisternas. Trabalhamos com as melhores fábricas a nível europeu”, garante Belarmino Hilário. No segmento das atividades complementares
ao transporte, o Grupo integra também empresas como a Vecomáquinas e a Sinesparque e as marcas Globalteus e PneuStation. A frota da TML encontra-se equipada na totalidade com ADR e o sistema Inofrota de gestão e geolocalização de frotas por GPS da Inosat. A aposta na formação é outra das “bandeiras” da empresa que tem todos os seus motoristas certificados com ADR, bem como a segurança: “A TML é uma empresa com um historial de zero acidentes graves e zero mortos. Se tivermos em conta que percorremos cerca de 6 milhões de km/ano, isso para nós é motivo de orgulho.” VECOMÁQUINAS - PRINCIPAL OFICINA DE PESADOS EM SINES A Vecomáquinas é uma empresa da TML criada exclusivamente para efetuar todo o tipo de serviços de manutenção e reparação às frotas das empresas do grupo. Presta também serviços oficinais a outras empresas. Instalada na Zona Industrial Ligeira 2 de Sines, tem uma ampla oficina de serviços gerais bem equipada, uma oficina de serviço de pneus que opera com a marca própria PneuStation, uma estação de serviço de lavagem de cisternas devidamente certificada (EFTCO/APLC), armazém e loja de peças e acessórios, escritório, várias
áreas para serviços complementares, posto de abastecimento de AdBlue e uma sala de formação que é partilhada por todas as empresas da TML, onde se realizam frequentemente acções de formação junto dos técnicos de oficina. A Vecomáquinas também tem uma segunda oficina em Alenquer com pessoal especializado.
A empresa faz todo o tipo de reparações mecânicas, elétricas, serviços de serralharia, etc., que exijam intervenções em motores, caixas de velocidades, sistemas de travagem, suspensão, diferenciais, serviço de tacógrafos, serviços de lubrificação e manutenções programadas, entre muitos outros.
GÁS NATURAL. UMA OPÇÃO EM ABERTO Com uma idade média da frota de apenas quatro anos e meio, a TML tem apostado muito na modernização do parque circulante com viaturas mais amigas do ambiente. Neste momento a empresa já tem 11 camiões Euro 6 adquiridos em 2014, e está a direcionar a aposta também para as energias alternativas, com a estreia do seu primeiro camião a gás natural. “Queremos investir mais na redução de custos. Se este novo camião a gás natural demonstrar, na nossa análise de proveitos, que tem um bom desempenho a nível de produtividade e economia, podemos vir a renovar entre 40 e 60% da nossa frota com veículos a gás natural nos próximos 5 anos”, revela Belarmino Hilário. Para abastecer esta sua nova viatura, a TML está a construir um posto de abastecimento móvel de gás natural nas instalações da Sinesparque. “Se houver desenvolvimento na área dos camiões a gás natural e parceiros, nós estamos interessadíssimos em fazer um posto de abastecimento público enquadrado nos corredores azuis europeus, preferencialmente em Grândola, para servir também a rota de camiões do Algarve”, frisa o empresário.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
47
FROTAS
SINESPARQUE. DE OLHOS POSTOS NO FUTURO A Sinesparque – Parqueamento e Apoio a Transportadores Rodoviários, Lda. é uma empresa do Grupo TML afeta a atividades logísticas relacionadas com o parqueamento de contentores e reefers (contentores frigoríficos), encontrandose igualmente equipada com instalações de apoio a motoristas de pesados. Trata-se de um investimento num terminal com cerca de 10.000 m2 numa área onde os terrenos industriais escasseiam, que pretende acompanhar o crescimento da carga contentorizada em Sines, porto onde se encontra prevista a ampliação do Terminal XXI e a construção de raiz de um segundo terminal de contentores (Vasco da Gama). Estes dois terminais terão, juntos, uma capacidade instalada anual de 4 milhões de TEUs. Entre os principais equipamentos da Sinesparque destaca-se um empilhador porta-contentores, um veículo da marca Kalmar destinado ao manuseamento de contentores em parque e terminais. Ainda na área da logística de contentores, a TML detém uma participação na Conteparque Sines, ao lado de parceiros como o gigante MSC Logistics. No âmbito desta parceria, a Conteparque passou a utilizar o terminal de contentores da Sinesparque e também o entreposto aduaneiro Globalteus.
“Só levamos os veículos às marcas durante o período de garantia que normalmente são de 3 anos”, explica Belarmino Hilário. “A partir daí as intervenções de manutenção e reparação das nossas frotas é toda feita pela Vecomáquinas, porque temos todos os meios técnicos e pessoal especializado dentro das nossas oficinas para podermos dar resposta a qualquer tipo de problema ou avaria, por mais grave que seja. Na compra de veículos novos também nunca fizemos contratos de manutenção e reparação nem extensões de garantia porque, uma vez que temos todos os meios para prestar assistência técnica às viaturas, não se justificam.” A empresa raramente solicita o apoio técnico das marcas de camiões para deteção de avarias, uma vez que trabalha com equipamento próprio de diagnóstico da Jaltest, bastante eficaz para as marcas Volvo, Renault e Iveco que compõem quase na totalidade a frota da TML. A Vecomáquinas foi, durante alguns anos, oficina autorizada da Iveco na região do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo o que a habilitou a realizar serviços para outras empresas de transportes. “Em Sines, somos a oficina de pesados que tem mais oferta de serviços, por isso quando nos solicitam também fazemos serviços de reparação e manutenção para outras empresas, assim como para os nossos clientes habituais. Nas peças e nos acessórios, para além do serviço para consumo próprio da oficina também temos loja de peças para vendas ao público.” ASSISTÊNCIA NA ESTRADA TAMBÉM NO ESTRANGEIRO A Vecomáquinas tem algumas viaturas de assistência técnica. Um destes carros oficina
48
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
encontra-se completamente equipado com gerador, compressor, montadora de rodas, maçaricos, etc. Quando a empresa tem um problema com um veículo na estrada, efetua serviço de assistência 24 horas com este carro, não só em Portugal, mas também em território espanhol e, por vezes, até mesmo em França. “Temos diariamente cerca de 20 viaturas no internacional e há dificuldades de assistência da mais variada ordem em determinadas zonas. Por outro lado, há autoridades que quando vêem um veículo com uma avaria querem logo procurar reboques e mecânicos, o que pode acarretar custos muito elevados que as empresas não estão preparadas para suportar. Chegamos a ir com o nosso carro
GLOBALTEUS. ARMAZÉM LOGÍSTICO E ALFÂNDEGA A Globalteus é uma marca do grupo TML que funciona como entreposto aduaneiro do tipo A e armazém logístico para apoiar as atividades relacionadas com a importação e exportação de mercadorias a partir do porto de Sines, bem como o seu armazenamento e respectiva movimentação. Aa instalações da Globalteus têm cerca de 2.500 m2, integrando também o armazém cais de acostagem ajustável em altura para facilitar o acesso às caixas de carga dos veículos durante as operações de carregamento e descarga. A marca integra veículos próprios de distribuição. Esta é outra das atividades de negócio centrada nas perspetivas de crescimento do porto de Sines. “Quer a Globalteus quer a Sinesparque estão preparadas para qualquer operação logística por mais pesada e complexa que seja. É uma área nova na empresa que tem registado níveis de crescimento muito acentuados e nós hoje temos meios que nenhuma outra empresa na região tem. Quando o porto alavancar definitivamente a TML vai estar numa situação privilegiada”, garante Belarmino Hilário.
oficina a Espanha e a França. Conseguimos lá chegar num curto espaço de tempo e para nós a urgência também compensa, porque devolvemos rapidamente esses veículos à estrada”, sublinha o empresário. Em situações de avaria na estrada no estrangeiro, por vezes, a TML também recorre aos serviços de assistência 24 horas das marcas. SERVIÇO DE REPARAÇÃO DE CISTERNAS EXTERNALIZADO A frota da TML tem um número muito elevado de cisternas afetas ao transporte de matérias perigosas, sendo este um equipamento onde a Vecomáquinas só faz pequenas intervenções e os serviços regulares de manutenção
programada. Belarmino Hilário esclarece que “as cisternas são equipamentos muito delicados, é uma área técnica muito específica que requer grandes cuidados em termos de reparação, sobretudo no que respeita a um elevado número de requisitos obrigatórios relacionados com a segurança e o meio ambiente, fazer as desgaseificações, etc. Daí que nas grandes reparações em veículos cisterna nós recorramos a empresas externas, até mesmo porque como empresa certificada há riscos que não podemos correr, e as intervenções de fundo nestes equipamentos são tão raras que não se justifica investir em pessoal especializado. Intervenções de fundo só fazemos em cisternas afetas ao transporte de produtos alimentares.”
CONTACTOS TML – Transportes os Três Mosqueteiros, Lda Administrador: Belarmino Hilário Telefone: 269 633 481 e-mail: geral@tml.pt Internet: www.tml.pt
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
49
CAMIÕES
Scania. Novo Streamline R 450 Euro 6 A Scania já está a comercializar em Portugal o novo Streamline R 450 Euro 6, um veículo que vem confirmar o redireccionamento da marca sueca para o sistema SCR e que introduz o eco-roll. Trata-se de um novo dispositivo para poupar combustível que calcula quando o camião deve utilizar a gravidade para descer declives com a alavanca das mudanças em ponto-morto. TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA
A
TURBO OFICINA PESADOS testou o novo Scania Streamline R 450 LA4x2MNA, um veículo especializado no transporte de longo curso e na distribuição pesada. A versão ensaiada em Portugal encontra-se equipada com cabina Topline CR19T de teto alto com cama, Scania Active Prediction com novos modos de desempenho, um novo retarder desacoplável, travões de disco com controlo eletrónico, Programa Eletrónico de Estabilidade (ESP), Scania Driver Support (SDS), sistema ecoroll, travão de escape automático, suspensão dianteira de molas parabólicas e traseira pneumática de 4 foles e pneumáticos Michelin Savergreen. A nova motorização de 450 CV deriva do bloco DC13 Euro 6, dotado de sistema de injeção de alta pressão Scania XPI, turbo de geometria fixa (FGT), sistema de redução catalítica seletiva (SCR) com recurso a aditivo AdBlue, catalisador por oxidação (DOC) e filtro de partículas diesel (DPF). Completa a cadeia cinemática a caixa de 12 velocidades com split Scania GR589R, comandada por sistema Opticruise de 2 pedais. O Scania Opticruise incorpora de série o sistema hill-hold que evita que o veículo descaia ao arrancar em subidas ou descidas, mesmo que este se encontre muito carregado. O hill-hold é de extrema utilidade em situações de tráfego intenso e com o piso molhado ou escorregadio. Os transportadores podem escolher, de acordo com as suas preferências, entre a versão totalmente automática do Opticruise e a que tem o pedal de embraiagem. A embraiagem automática tem funcionamento eletro-hidráulico, assegurando precisão. Os novos modos de desempenho podem ser especificados em qualquer versão. Todos os
50
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
controlos de mudança de velocidades estão integrados na alavanca do lado direito do volante, que também controla o retarder. AVALIAÇÃO POSITIVA Num percurso misto de cerca de uma centena de quilómetros, em troços de estrada com alguma sinuosidade e pendentes com acentuados graus de inclinação, e também em auto-estrada, as prestações da motorização de 450 CV revelamram-se muito idênticas às do 410 CV, testado recentemente pela imprensa especializada, embora esta versão mais potente do DC13 seja mais recomendável para rotas de longo curso com percursos acidentados e operações de transporte exigentes. Pela positiva, destacamos os elevados padrões de segurança do Streamline R 450 neste nível de equipamento, a excelência da manobrabilidade em parque, o conforto e espaço habitáculo e também a robustez geral de construção que mantém a elevada fasquia de qualidade a que a marca sueca nos habituou. NOVO RETARDER 4100D AJUDA A POUPAR COMBUSTÍVEL Para melhorar o consumo de combustível em operações onde a velocidade de cruzeiro é elevada, a Scania está a introduzir o novo retarder 4100 desacoplável. Possui características de travagem similares ao R4100, com a particularidade de que se desengancha quando não está a ser utilizado. Desta forma, a resistência da cadeia cinemática pode ser reduzida até 0,7 % quando se mantém um cruzeiro de 1200 rpm, e 1,4% quando se mantém um cruzeiro a 1500 rpm, o que lhe confere, em operações de longo curso, um alto potencial em matéria de poupança combustível.
ECO-ROLL APROVEITA ENERGIA CINÉTICA O Eco-roll, um sistema avançado com potencial para diminuir até 2% o consumo combustível, calcula automaticamente o que é mais eficiente: fazer as descidas com a transmissão em ponto-morto e o motor ao ralenti, ou utilizar o travão do motor com o fornecimento de combustível desligado. Se o sistema optar pelo Eco-roll para aproveitar a energia cinética, o objetivo é descer com a alavanca da caixa de velocidades em ponto-morto durante pelo menos dez segundos, uma vez que durações mais curtas seriam menos úteis. Ao mesmo tempo, a velocidade não deve ser elevada ao ponto de engatar a travagem do motor, sob pena de afetar negativamente a energia do combustível já transferida para o motor. O Scania Eco-roll vem instalado de série em todos os camiões de longo curso equipados com Scania Opticruise e Active Predition. O sistema funciona a partir dos dados cartográficos fornecidos por GPS.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
51
camiões
Iveco. Stralis Natural Power ao serviço da Lidl A
Iveco está a colaborar com a LC3, especialista em logística de veículos de transporte com controlo de temperatura, com vista ao fornecimento, à cadeia multinacional de supermercados Lidl, duma frota de 15 camiões Iveco Stralis Natural Power equipados com motores a GNL (Gás Natural Liquefeito). Os 15 veículos destinados à Lidl Itália fazem parte dE uma encomenda de 50 unidades Stralis GNL que a Iveco já começou a entregar à LC3. Com esta aquisição, a partir de 2015, a Lidl Itália irá passar a operar a maior frota de veículos a gás natural do país através dos 570 pontos de venda que compõem a sua rede nacional. Tal será realizado pela circulação de 15 camiões Iveco Stralis Natural Power GNL, equipados com motores Cursor 8 CNG Euro 6, fabricados pela FPT Industrial. Visto como um dos combustíveis mais limpos do mercado, as vantagens de operar uma frota de veículos a gás natural são
numerosas em termos de sustentabilidade ambiental e rentabilidade do operador. Em relação ao gasóleo, o gás natural reduz significativamente o impacto global do
veículo no meio ambiente (menos 95% em emissões de partículas, 35% em emissões de NOX e uma redução até 10% das emissões de CO2).
MAN. NOVO TGM A GÁS NATURAL
A
MAN acaba de alargar a oferta de veículos a gás natural, propondo o novo TGM GNC, um veículo do segmento de camiões médios para tarefas de distribuição urbana, sobretudo de madrugada e ao final da tarde, na operação de transporte de congelados e outros alimentos, ou em aplicações como a recolha de resíduos e demais serviços camarários. O novo MAN TGM a gás natural é um veículo de 18 toneladas de peso bruto, equipado com um motor Euro 6 de tecnologia GNC com seis cilindros, 6,9 litros de cilindrada e 280 CV de potência, acoplado a uma caixa de 12 velocidades MAN TipMatic. Cada tanque de gás natural tem capacidade para 140 kg, encontrando-se o veículo de demonstração equipado com 8 tanques de gás natural compactos em alumínio, podendo o fabricante entregar também este veículo com tanques de aço, por especificação do cliente. Com esta configuração de tanques o TGM GNC tem autonomia para cerca de 400 km em operação urbana e de 700 km em estrada. Para além de enormes vantagens em termos de emissões gasosas poluentes, o TGM GNC também permite uma poupança com os custos de combustível entre 20 e 35%, consoante o tipo de aplicação, comparativamente com o seu “irmão gémeo” a gasóleo. Os níveis de emissões de ruído foram reduzidos em cerca de 3 decibéis.
52
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
RENAULT. NOVA VERSÃO D COM CABINA DE 2 METROS
A
Renault Trucks estreou no Salão Pollutec, realizado na Eurexpo de Lyon, entre 2 e 5 de Dezembro, uma nova versão do modelo D com cabina de 2 metros, equipada para recolha de resíduos urbanos, um veículo compacto de grande manobrabilidade em ambientes citadinos. Lado a lado com o D Cab 2 m, a Renault exibiu também, neste importante certame francês dedicado a equipamentos do meio ambiente, um D Cab 2.1 m a biodiesel, equipado com varredora, proposto pela marca francesa com pesos brutos de 12 e 16 toneladas, um D Wide e um D Access de cabina rebaixada. “No setor da distribuição, onde a operação é muito diversificada, desejamos responder de forma precisa e duradoura às necessidades específicas de cada cliente, oferecendo uma gama global e completa de veículos e de serviços”, explica Jean-Claude Bailly, diretor geral da Renault Trucks em França. “É por estarmos atentos à procura e sabermos adaptar a nossa às altas exigências a que estão submetidos os actores da distribuição e do meio ambiente que somos líderes de mercado nas colectividades locais.” PUBLICIDADE
DAF. GAMAS PESADAS MAIS EFICIENTES
J
á no início de 2015, a DAF Trucks vai introduzir nas gamas de camiões pesados XF e CF o pacote “DAF Transport Eficiency”, composto por um conjunto de inovações tecnológicas que irão permitir reduzir o consumo de combustível muito substantivamente. Fazem parte deste pacote o sistema de cruise control preditivo em combinação com a caixa de 12 velocidades automática preditiva AS Tronic e o módulo de condução económica Eco Mode, um conjunto de dispositivos que permite poupar entre 4 e 5% de consumo combustível.
Outro dispositivo desenvolvido pela DAF para todas as suas gamas, incluindo os modelos LF do segmento intermédio, é o Assistente de Rendimento do Condutor, que fornece informação detalhada ao motorista no painel de instrumentos sobre o combustível consumido, comportamento de travagem e também sugestões de condução para poupar combustível. Outra novidade é a informação do tacógrafo sobre tempos de condução e velocidade do veículo, que passa a estar disponível no visor central de informações, diante dos olhos do próprio motorista.
AUTOCARROS
AGT Bus. “Para prestar um bom serviço no turismo é preciso ter oficina própria” A AGT Bus efetua a maioria dos serviços de manutenção e reparação nas suas viaturas em instalações oficinais próprias. Também presta serviços de oficina a outras empresas de transportes públicos de passageiros, uma área que tem vindo, progressivamente, a crescer. TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA
54
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
EMPRESA HISTÓRICA João Lino iniciou a sua atividade no mundo dos autocarros como funcionário na Companhia de Viação Sernache. Depois do 25 de Abril, com as nacionalizações, foi trabalhar para a Capristanos. Em 1978, com mais 3 sócios, criou a Transroyal, uma empresa que nasceu de um grande projeto mas que teve dificuldades em afirmar-se devido às rivalidades entre alguns sócios. “Não estava na perspetiva de ter autocarros, mas naquela altura apareceu-me a Lisboatur e comprei para ficar com o alvará de transporte”, explica o transportador. “A partir daí fui comprando autocarros porque tinha um serviço de transporte de pessoal para uma fábrica em que movimentava mais de 30 autocarros por dia. A polícia começou a andar atrás de mim porque eu só tinha o alvará para fazer excursões e não para fazer serviço de fábrica e tive de ir comprar a António Gomes Tecedeiro a Braga, uma empresa muito antiga que chegou a operar com carroças antes de haver autocarros.” E é precisamente a António Gomes Tecedeiro que dá origem à AGT Bus, tendo no início dos anos oitenta João Lino colocado esta empresa no serviço de transporte de fábrica, enquanto a Lisboatur ficou exclusivamente com o serviço de agência de viagens.
A
AGT Bus, S.A. é uma empresa familiar de transporte de passageiros em autocarros de turismo criada em 1981. Opera no transporte nacional e internacional com uma frota de 51 veículos, nomeadamente 35 autocarros de 33 a 54 lugares, e 16 minibus de 7 a 23 lugares. Para além do serviço de turismo (ocasional) opera também uma carreira de serviços regulares no Minho. Detém igualmente a marca AGT Kids, afeta ao transporte de crianças. Emprega cerca de 45 funcionários. Detentora do sistema de Gestão Certificado em Qualidade e Ambiente pelas normas NP EN ISO 9001 e 14001 em todas as áreas da empresa, tem também o estatuto de PME Líder, encontrando-se associada tanto na APAVT como na ANTROP. A filosofia da empresa assenta na prestação de um serviço de excelência, com elevados níveis de segurança, qualidade e conforto e uma atitude proativa na preservação do meio ambiente. Tem instalações modernas em Frielas, onde funcionam os serviços administrativos,
operacionais de tráfego, oficinas, armazém e loja de peças, estação de lavagem e parque de viaturas. A atividade do turismo exige muitos cuidados ao nível da manutenção dos autocarros. João Lino, Presidente da AGT Bus, sublinha que esta começa logo pelos motoristas: “Nós não recorremos a subcontratação de motoristas e tentamos escolhê-los muito bem para que se adaptem à empresa e ao tipo de serviço que prestamos. Quando entram na empresa damos-lhes muita formação e também passam pela manutenção. São instruídos no sentido de transmitirem qualquer problema que detetem na viatura.” Por outro lado, na AGT Bus, cada viatura encontra-se “muito associada apenas a um ou dois motoristas,” estimulando-lhes um sentimento de posse, “o que lhes aumenta o nível de cuidado e de conhecimento da viatura que conduzem. O próprio motorista é responsável pelos cuidados relacionados com a higiene da viatura. O motorista de turismo tem muito tempo disponível fora
da condução, podendo dedicar-se mais à viatura.” SERVIÇO EXTERNO JÁ REPRESENTA 20% DA ATIVIDADE DE OFICINA Tal como a grande maioria das empresas transportadoras, a AGT Bus criou oficinas próprias para dar assistência à sua frota, mas, por um lado, devido ao sobredimensionamento da área da manutenção e reparação, por outro, ao facto de ter sido nomeada reparador oficial das carroçarias Irizar, hoje a prestação de serviços para fora já representa cerca de 20% da atividade de oficina e peças. João Lino esclarece-nos a este propósito o seguinte: “Nós sempre tivemos manutenção própria. Considerávamos que para prestar um bom serviço de transporte na área do turismo só o poderíamos fazer tendo a nossa própria oficina, de modo a podermos dar uma resposta mais rápida em caso de urgência. Se precisarmos de um carro operacional temos capacidade de resposta. Se tivermos uma
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
55
AUTOCARROS
DOIS AUTOCARROS EURO 6 A CAMINHO
avaria inesperada e precisarmos do carro no dia seguinte, temos flexibilidade para fazer a reparação durante a noite.” A AGT Bus tem muitos e bons argumentos na área do serviço, conta com uma equipa de técnicos experientes e altamente especializados em autocarros, um tipo de veículo recheado de especificidades no campo da reparação, dispõe de instalações oficinais amplas, bem equipadas, funcionais e dotadas de certificações de Qualidade e Ambiente. Este conjunto fundamental de qualidades fez com que tenha vindo progressivamente a conquistar mercado no serviço externo. “A primeira Irizar que veio para Portugal foi adquirida por nós e pouco tempo depois, faz agora 11 anos, fomos nomeados reparador oficial das carroçarias Irizar”, recorda João Lino, que acrescenta: “Damos assistência dentro do período de garantia de 5 anos e continuamos a dar resposta depois desse período, sempre que solicitam os nossos serviços.” Em áreas ligadas com a manutenção e reparação de carroçarias, a empresa tem em carteira alguns clientes de referência como a Barraqueiro Transportes, Rodoviária do Tejo, a agência de viagens e turismo Rainha Santa Isabel (RSI), etc., e outros bem mediáticos como os autocarros do Sport Lisboa e Benfica. AMPLA GAMA DE SERVIÇOS A AGT Bus efetua todos os serviços de manutenção programada, serviços gerais de reparação mecânica de chassis e eletricidade, intervenções de carroçaria, pneus, entre outros. Os serviços de pintura, ar condicionado e de tacógrafo são realizados por parceiros externos. “Só recorremos às marcas quando temos algum problema de eletrónica mais complexo”, garante João Lino. “E quando
56
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
recorremos é acompanhado por alguém da nossa equipa que normalmente ajuda a agilizar as situações.” O empresário faz questão de sublinhar que a AGT Bus sempre teve uma abertura muito grande por parte das marcas de veículos com que trabalham (Mercedes, Scania Irizar e Volvo). “Há uma parceria e uma ligação grande com qualquer das marcas. Por vezes até ajudamos a reparar os autocarros que lá têm.” Não obstante, o acesso à informação técnica das marcas não é fácil de obter e, a nível de novos investimentos, a empresa planeia adquirir brevemente um equipamento de diagnóstico. A nível de serviços complementares, a empresa também dispõe de uma moderna estação de lavagem e de um posto de abastecimento de combustível para os veículos de frota própria. “Vêm aqui com alguma frequência lavar os carros. É um dos serviços que também prestamos para fora.” ASSISTÊNCIA 24 HORAS A AGT Bus encontra-se equipada com um carro oficina para prestar assistência na estrada 24 horas à sua frota. “Temos sempre um mecânico de serviço nas 24 horas do dia. Por exemplo, já tivemos avarias com carros no Algarve em que chegámos nós lá mais depressa com o carro oficina e a nossa equipa do que a própria marca localmente. Chegamos a ir a Espanha”, e explica porquê: “Sentimos essa necessidade, já nos aconteceu acionarmos o serviço das marcas e termos de ir lá nós resolver o problema. Os mecânicos das marcas têm mais experiência em camiões do que em autocarros, porque o volume de serviço nas suas oficinas é muito maior com camiões e há muitos órgãos que são diferentes. Nós não chegamos a um autocarro e levanta a cabina como num
A modernização da frota tem sido uma aposta reiterada da AGT Bus. Em 2014, a empresa adquiriu o seu primeiro minibus Euro 6, um Mercedes-Benz Sprinter equipado com carroçaria Atomic (Irmãos Mota), e neste momento encontra-se a aguardar a entrega de 2 autocarros novos com Euro 6, um Mercedes de 54 lugares e um Scania equipado com o bloco de 410 CV. “Nós temos algum mercado coreano, japonês e chinês que exige que os autocarros tenham mais espaço interior. São os chamados autocarros yutari. Daí que tenhamos encomendado um destes novos autocarros de 13 metros com apenas 48 lugares, porque isso permite um espaçamento entre bancos muito generoso e níveis de conforto superiores. Atualmente, já temos um destes autocarros yutari a trabalhar e agora encomendámos outro porque a procura está a crescer. Temos apostado muito no mercado internacional e é importante adaptarmo-nos às exigências do próprio cliente.”
CONTACTOS AGT Bus, S.A. Presidente: João Lino Telefone: 219 484 130 e-mail: info@agtbus.pt Internet: www.agtbus.pt
camião para ficar com a mecânica toda à vista”, ironiza. “É mais complicado, está tudo muito mais apertado.” PEÇAS A empresa também tem armazém e loja de peças, tanto para a oficina como para vendas ao público, embora para fora só comercialize peças da Irizar. “Temos stock de peças para as nossas marcas e temos stock de peças de garantia da Irizar. Estamos a falar de peças de maior rotatividade. O resto encomendamos quando há necessidade. Há muitas peças que têm pouca saída e não se justifica ter em stock.” O transportador queixa-se de que ultimamente as peças encomendadas demoram, por vezes, um pouco mais de tempo a chegar, porque as marcas trabalham com stocks cada vez mais reduzidos devido aos custos serem elevados. “Optamos sempre por equipamento original das marcas, principalmente no que diz respeito a peças de carroçaria. Nas peças da mecânica só trabalhamos com marcas conceituadas de fabricantes de referência. Não vamos ao mercado chinês.” Nos lubrificantes a empresa tem uma parceria de fornecimento exclusivo com a Cepsa.
AUTOCARROS
Setra. TopClass S 431 DT renovado com Euro 6 Viajar num autocarro de luxo de dois pisos da classe turismo é uma experiência fascinante. Daí que a Setra continue a apostar no TopClass S 431 DT, comercializado-o a partir de agora com um novo motor Euro 6. Este ano recebe uma nova geração do sistema de assistência à travagem. TEXTO JOÃO CERQUEIRA
O
autocarro turismo de dois pisos Setra TopClass S 431 DT sofreu uma série de remodelações. Tudo para poder receber o novo motor OM 471 Euro 6 de 12,8 litros e 510 CV de potência, um seis cilindros em linha da Mercedes-Benz. A transmissão de força ao eixo propulsor RO 440, especialmente silencioso e de baixa fricção, encontra-se associado à caixa de velocidades automatizada GO 250-8 PowerShift incorporada de série. A estrutura dianteira do veículo foi reforçada em conformidade com as exigências da norma ECE-R 29. Em consequência do novo desenho do compartimento para Euro 6 e dos novos grupos de propulsão, o motorista beneficia de uma porta mais larga e o espaço para arrumar
58
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
pequenas malas e sacos de viagem passou a ter um piso totalmente plano, o que facilita a operação de carga e descarga. Para poupar combustível e energia elétrica, também pode ser equipado, opcionalmente, com o sistema Predictive Powertrain Control (PPC), retardador secundário e gestão da rede elétrica de bordo com sensor inteligente na bateria. O PPC é o primeiro sistema de cruise control do mundo com função de controlo automático de velocidade com capacidade para intervir diretamente sobre a caixa de velocidades, selecionando a marcha mais adequada a uma condução económica. Em matéria de segurança, incorpora eixo de arrasto com direção ativa e suspensão
independente, programa eletrónico de estabilidade (ESP) com numerosas subfunções, e Active Brake Assist de segunda geração. Recebe ainda um novo pára-brisas montado por adesão, um sistema que melhora os
PARA POUPAR COMBUSTÍVEL E ENERGIA ELÉTRICA, TAMBÉM PODE SER EQUIPADO, OPCIONALMENTE, COM O SISTEMA PREDICTIVE POWERTRAIN CONTROL (PPC)
parâmetros aerodinâmicos e reduz os níveis de ruído. O posto de condução passa a integrar alguns dispositivos do modelo TopClass 500, nomeadamente o painel de instrumentos, a chave eletrónica, o volante multifunções forrado em pele, entre outros. Como opcional, a segunda porta pode ser disponibilizada com 1.150mm em vez dos 900 mm das versões de série, uma nova característica que facilita a colocação de uma rampa elevatória para passageiros de mobilidade reduzida, permitindo um acesso melhorado a cadeiras de rodas ao piso de baixo. MAIS NOVIDADES EM 2015 A partir de meados de 2015, a Setra vai equipar o TopClass S 431 DT com a terceira geração do sistema de assistência à travagem (ABA 3) e com o sistema de controlo da pressão dos pneus (Tire Pressure Monitoring System). O ABA 3 vai ser fornecido em conjunto com o cruise control inteligente. Sempre que o sistema deteta um veículo mais lento, o ABA 3 aciona automaticamente os travões até uma distância previamente programada pelo motorista. A partir desse momento a distância pré-definida para o veículo da frente é mantida de forma constante, graças ao sensor de radar que varre permanentemente a dianteira da estrada,
medindo a distância e a velocidade relativa dos veículos da frente. UM MODELO DE REFERÊNCIA NA EUROPA Este modelo da Setra vai ao encontro dos operadores com necessidade de autocarros com elevado número de assentos. O S 431 DT é um autocarro de 4 metros de altura e 13,89 metros de comprimento com 83 lugares, podendo ser configurado para turismo de grande luxo, serviços regulares e também como autocarro cafetaria, com um salão no piso inferior e equipado em conformidade com as especificações do cliente. O S 431 DT é produzido pela marca alemã desde 2003, e já foi líder de mercado no segmento na Europa, encontrando-se ainda hoje entre os principais modelos de referência. O autocarro de dois pisos renovado foi uma das grandes vedetas do “Setra Show 2014”, um evento realizado a 8 e 9 Novembro de 2014, que reuniu em Neu-Ulm cerca de 2.100 clientes provenientes de vários países da Europa, América, Ásia e África. Para além da exposição estática da gama de autocarros da marca no Centro de Clientes de Neu-Ulm, os participantes também tiveram direito a uma visita à fábrica e a um ensaio de condução a bordo dos vários modelos disponíveis no recinto exterior.
autocarros
Mercedes. Estreia autocarro articulado CapaCity L A
Mercedes-Benz acaba de lançar o CapaCity L, um novo modelo de autocarro articulado com 21 metros de comprimento e capacidade para 191 passageiros. Trata-se do mais longo de todos os modelos de autocarros da marca alemã, e também o maior autocarro europeu com uma única plataforma giratória articulada. Foi idealizado para sistemas de BRT (Bus Rapid Transit). Outro dos pontos fortes realçados pelo construtor neste seu novo modelo, é a economia de combustível e um baixo nível de emissões poluentes. Em operação num serviço regular com lotação completa, o consumo por passageiro é inferior a 0,5 l / 100 km, o equivalente a 13,3 g /km de emissões de dióxido de carbono por passageiro. O CapaCity L estreia também o novo sistema Articulated Turnable Controller (ATC), que controla o amortecimento hidráulico da plataforma giratória articulada, elevando a
fasquia da segurança neste tipo de veículos. O ATC também ajuda a estabilizar o veículo tanto em piso seco como molhado, tendo um efeito semelhante ao do ESP. O CapaCity L foi desenvolvido a partir da plataforma do Citaro G articulado, tendo
a parte da frente e secção traseira sido alongadas, introduzido um quarto eixo direccional dotado dum sistema de controlo automático inteligente (ASA) que torna este novo veículo extraordinariamente manobrável.
Scotturb. 10 novos Mercedes carroçados pelos Irmãos Mota
A
AScotturb continua a apostar na renovação da frota, tendo recebido recentemente 10 veículos novos, com chassis Mercedes-Benz OC 500 LE Euro 6. Com capacidade para 91 lugares, as viaturas possuem rampa de acesso para pessoas de mobilidade reduzida, piso rebaixado e ar condicionado. Mais uma vez, os autocarros foram carroçados em Portugal, pela empresa Irmãos Mota, contribuindo a Scotturb desta forma para a dinamização da economia nacional. De acordo com a gerente Scotturb, Fernando César, a empresa “tem como filosofia promover o investimento constante e sustentado na renovação da sua frota. O programa anual de renovação da frota é um dos fatores fundamentais para assegurar o desenvolvimento da empresa e promover a sua sustentabilidade, apostando na qualidade do serviço prestado”. De acordo com este responsável, “este programa anual de renovação da frota só é possível e viável tendo como base uma empresa sólida,
60
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
organizada e, acima de tudo, com uma gestão eficiente que aposta na qualificação dos seus profissionais e do serviço que presta”.
TÉCNICA
Análise. Iveco Stralis Hi-Way O camião Stralis Hi-Way é o gigante da Iveco, destinado ao transporte pesado em grandes rotas. Construído pela marca italiana na fábrica de Madrid, é um veículo totalmente renovado, com as premissas que importam para os clientes: investimento, manutenção, custo das peças e consumos.
TEXTO FRANCISCO JAVIER LÓPEZ E FRANCISCO JAVIER DIEZ CONDE PARCERIA
O
novo Iveco Stralis Hi-Way está disponível como veículos rígido ou como cabeça tratora, com uma massa admissível entre 18 e 32 toneladas (T) e uma massa total do conjunto até 44 toneladas. Está disponível em três versões de cabina: Hi Way, longa com 2500 mm de largura e teto alto ou médio, orientada para longa distância; Hi Road, longa com 2300 mm de largura, com possibilidade de teto alto ou baixo, destinada à média distância; e Hi Street, com uma largura de 2300 mm, cabina curta de teto baixo destinada a veículos de distribuição e trabalho diário. O desenho das cabinas deste camião destaca-se pelos seus ângulos arredondados, a configuração dos defletores dianteiros, a inclinação do teto e, inclusive, do próprio para-choques. Tudo isto se destina a diminuir a resistência aerodinâmica para conseguir uma importante redução do consumo e, consequentemente, da emissão de gases contaminantes. O interior da cabina foi redesenhado para melhorar a ergonomia. Desta forma, foram reorientados tanto o tablier como os comandos de forma a que sejam visíveis e acessíveis sem comprometer a posição de condução. Há mais espaços para guardar objetos, um volante com regulação no tapete do condutor (ajuste pneumático) e assento refrigerado e aquecido, com suspensão própria pneumática. Para o descanso oferece uma nova cama de 80 x 200 mm, juntamente com uma opção modular convertível em zona de estar de dia, formando um conjunto de poltronas e mesa.
62
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
O beliche superior de abertura simples dobra-se ficando dissimulado na parede de fundo do veículo. IDENTIFICAÇÃO Para identificar o veículo a placa do fabricante está do lado direito à frente, visível ao abrir a grelha; junto a ela, encontra-se outra chapa de identificação: número PIC (Product Identification Code). Este é o código de identificação do veículo (também aparece na folha de garantia), indispensável para o catálogo de peças de reposição. O número do quadro, código alfanumérico de 17 caracteres, está embutido na parte dianteira da longarina direita, visível através da roda direita dianteira. A análise e investigação do Cesvimap centrou-se, entre outros aspetos, na obtenção de tempos de reparação e substituição de elementos, características de construção, materiais usados, espessuras das peças, métodos de união… Os técnicos do Cesvimap trabalharam intensamente neste modelo Iveco analisando-o por completo. Extraíram os tempos das operações, descobrindo que elementos desmontar para chegar ao objeto de estudo, registando o tipo de união – soldadura por pontos de resistência, cordões de soldadura MIG, adesivo estrutural… –,
PARA CUMPRIR AS APERTADAS NORMAS ANTIPOLUIÇÃO EURO 6, A IVECO USA O SISTEMA SCR
Identificação no painel da frente da cabina
Desmontagem da cabina
O Hi-Way no Cesvimap
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
63
TÉCNICA número de pontos de soldadura e longitude das uniões. Assim, identificaram-se todos os elementos que configuram o veículo: número de peças, a sua comercialização e custos, os tempos gastos na sua reparação, desmontagens e substituições. SEGURANÇA Os sistemas de segurança, ajuda, controlo e gestão eletrónica foram renovados neste modelo. Com o Iveconnect, o fabricante oferece um sistema de controlo, entretenimento, navegação, ajuda à condução e gestão de frotas através de um ecrã de 7’’. É a partir daí que se comanda o Bluetooth, com comandos no volante, o sistema de áudio, equipado com ligação USB, navegação, etc. Opcionalmente, está disponível o interface para uma condução eficiente – Iveconnect Drive – e a gestão de frotas (Iveconnect Fleet). Iveconnect Drive: ao introduzir as dimensões e a massa do veículo o sistema sugere a melhor rota na estrada. O sistema de navegação incorpora localizador da rede de assistência Iveco, sinalização do limite de velocidade, informação sobre trânsito ou o driving style evaluation, que avalia a atuação do condutor sugerindo ações para reduzir o consumo de combustível. Iveconnect Fleet: Esta aplicação para profissionais e frotas permite comunicar com o centro de assistência Iveco, que recebe automaticamente os dados do veículo, a sua posição GPS e os códigos de erro existentes na centralina. O Cesvimap analisou um Stralis 460 EEV com cabina Hi-Way, luzes diurnas em LED e faróis xénon, com o seguinte equipamento de segurança: EBS + BAS (integra ABS, ASR e EBL): gere o travão da cabeça tratora e do semirreboque, controlando o travão motor e o intarder para usar menos os travões de serviço. Dispõe de travões de disco em todos os eixos. AEBS: o sistema aciona o travão se se reduz a distância do veículo precedente, para evitar um impacto. DAS: interpreta como sinais de fadiga do condutor todos os movimentos do volante que não reconhece como comuns. ESP: regula a potência do motor e trava individualmente cada roda mediante a perda de trajetória. Hill holder: assistência no arranque em subida que não deixa que o veículo descaia quando se solta o travão. ACC: cruise control, que permite definir a distância face ao veículo precedente. Para mantê-la pode usar o travão motor, o retarder e ou os travões de serviço. Lane Departure Warning System: deteta a saída da faixa de circulação mediante um dispositivo no para-brisas. Se não é acionado o sinal de mudança de faixa (pisca) é emitido um aviso sonoro.
64
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
Elementos do sistema de aditivação do AdBlue
Retardador
MECÂNICA Atualmente, o equipamento motopropulsor está condicionado pela normativa anticontaminação europeia, que marca indiretamente o seu desenvolvimento e
CESVIMAP TESTOU UM TRATOR COM MOTOR DE 10,3 LITROS E 460 CV DE POTÊNCIA
Motor Cursor 10
evolução. Neste momento está já em vigor a norma Euro 6. O trator testado pelo Cesvimap dispõe de um motor de 10,3 litros e 460 CV na versão EEV, que monta os seguintes sistemas: Sistema de redução de contaminantes SCR (Selective Catalytic Reduction), com utilização do aditivo AdBlue. O seu principal elemento é o catalisador. É por ele que passam os gases de escape e provocam uma reação no seu interior com o amoníaco para formar vapor de água e nitrogénio livre. Inclui o filtro de partículas, que as retém para queimá-las, posteriormente, nos
CAIXA E TRANSMISSÃO A caixa automatizada EUROTRONIC dispõe de comando integrado no volante multifunções e 12 velocidades, com controlo eletrónico de embraiagem. Pode dotar-se de retardador hidráulico intarder, que melhora a eficácia da travagem e protege os travões. SUSPENSÃO E TRAVÕES O trator testado dispõe de suspensão mecânica dianteira por molas parabólicas. Na ponte traseira monta uma suspensão pneumática de duplo fole, com estabilizador traseiro. Em ambos os eixos, os travões são de disco.
Caixa de velocidades
Desmontagem do grupo motopropulsor
ciclos de regeneração. O amoníaco forma-se ao pulverizar um aditivo, denominado comercialmente de AdBlue (ureia) nos gases de escape, para o que é necessário um depósito de aditivo (1), um equipamento para bombear (2) e o injetor (3) na linha de escape. Injetores-bomba: com pressões de trabalho acima dos 2000 bares, permite pulverizar o gasóleo mais finamente, tempos de injeção mais curtos e injeções múltiplas, que otimizam o funcionamento do motor. TGV (turbo de geometria variável):
permite regular a quantidade de ar de admissão em função da potência exigida ao motor. Para cumprir a norma Euro 6, a Iveco desenvolveu motores de seis cilindros, com idênticos níveis de potência, que correspondem a blocos com 9, 11 e 13 litros de cilindrada. Estes motores usam tencologia HI-SCR, adotando a tecnologia de injeção common-rail integrada na cabeça dos cilindros. Também dispõe de travão motor por descompressão, ao qual se uniu uma válvula de borboleta no escape, dando origem ao super engine break.
TESTES REALIZADOS NO CESVIMAP Foram realizados testes de reparação de todos os elementos mecânicos. Na nossa oficina foram comprovados os processos de desmontagem e montagem dos seguintes grupos mecânicos: Bloco de radiadores: desmontagem do conjunto completo (condensador de ar condicionado, intercooler e radiador de refrigeração). Conjunto de admissão (conduta e filtro de ar). Situado na zona lateral esquerda do veículo, entre a roda dianteira e o grupo de baterias, é formado pela conduta de admissão e pelo filtro de ar. Grupo motopropulsor (motor, caixa de velocidades e intarder). Está acoplado através de quatro suportes elásticos (silentblocks) ao interior do coração das vigas do chassis. Árvore da transmissão. É necessário desmontá-la ou desacoplá-la nas desmontagens do motor ou da ponte traseira e no reboque do veículo, apoiado nas rodas traseiras. Depósitos (gasóleo e AdBlue). Um depósito de gasóleo pequeno no lado esquerdo e um depósito de gasóleo e AdBlue do lado lado direito. Suporte do grupo para bombear o AdBlue e encaixes pneumáticos para o semirreboque. Está situado no suporte dos encaixes pneumáticos para o semirreboque. Conjunto de escape. No lado esquerdo do motor, sujeito ao às traves e ao suporte de baterias. É composto pelo bloco catalisadorfiltro de partículas e da linha de escape. Suspensão dianteira completa. Une-se ao chassis nos extremos das longarinas, pela parte da frente, a um ponto fixo, e por trás mediante articulações (gémeas). Suspensão traseira completa. O chassis apoia-se sobre as quatro almofadas pneumáticas. Dispõe de um braço oscilante triangular que sujeita a ponte no centro pela parte superior e dois tirantes pela parte inferior na zona dos braços da ponte. Na parte traseira monta-se a barra estabilizadora. A Iveco colaborou com o CESVIMAP para realizar todos os ensaios ao Stralis.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
65
TÉCNICA
Volvo. Segredos da caixa I-Shift A nova I-Shift Dual Clutch, da Volvo Trucks, é a primeira transmissão de embraiagem dupla do mundo para veículos pesados. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
C
onduzir no trânsito intenso ou em estradas desconhecidas pode provocar stress. Quando o condutor se senta confortavelmente com uma boa visibilidade e fácil acesso aos instrumentos, consegue concentrar-se no trânsito à sua volta. Foi com essa ideia em mente que a Volvo desenvolveu a I-Shift, uma aliada para operações de distribuição, construção e longo curso. A transmissão I-Shift é o sistema automático de engrenamento de velocidades mais moderno da Volvo. É tão fácil de operar como uma caixa de velocidades totalmente automática. Baseia-se numa caixa de
velocidades split/range de 12 velocidades, sendo a embraiagem e o engrenamento de velocidades comandados eletronicamente. O sistema muda de velocidade automaticamente ou por ordem do motorista. A caixa não necessita de sincronizadores, sendo bastante compacta e apresentando perdas internas mínimas. Tudo isto torna a I-Shift sensivelmente 70 kg mais leve do que uma caixa de velocidades manual equivalente, para além de ser mais eficaz em termos de consumo de combustível. Existem várias versões do software de controlo, otimizadas para diferentes aplicações. Não existe pedal da embraiagem.
EMBRAIAGEM DUPLA
VEIOS DE ENTRADA
Em vez disso, o fluxo de potência na transmissão é totalmente controlado através do pedal do acelerador e de uma prática alavanca integrada no banco do motorista. A I-Shift está adaptada a aplicações de distribuição, construção ligeira e longo curso e a pesos brutos de conjunto até 60 toneladas. FUNCIONAMENTO A alavanca seletora da transmissão I-Shift está colocada no lado direito do banco do motorista e conta apenas com uma ligação eletrónica com o módulo de comando da transmissão. No modo automático, existem
O veio de entrada à direita está posicionado no interior do veio da esquerda
A I-Shift Dual Clutch tem dois veios de entrada, estando um no interior do outro, e duas embraiagens. Com estes dois veios de entrada podem ser engatadas duas velocidades ao mesmo tempo. A engrenagem ativa é determinada pela embraiagem engrenada.
Durante a condução, a primeira velocidade é engrenada por um dos veios de entrada. Ao mesmo tempo, o outro veio de entrada pré-selecionada a velocidade seguinte.
66
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
Durante a mudança de velocidade, a embraiagem ao ralenti é engrenada ao mesmo tempo que a embraiagem anterior é desengatada - tudo sem qualquer perda de binário.
dois programas de condução diferentes – Economia e Performance. O modo Economia está otimizado para economia de combustível, enquanto na definição Performance, a I-Shift efetua a mudança de velocidades a rotações mais elevadas para maximizar a potência do motor. O comando de desmultiplicação está integrado na unidade base da caixa de velocidades e o mecanismo de engrenamento de velocidades é completamente automático e está instalado atrás da unidade base. Esta última não necessita de assistência de sincronização mecânica entre as engrenagens correspondentes às diferentes relações de caixa. Alternativamente, a velocidade de rotação do motor e da transmissão estão sincronizados eletronicamente entre eles, durante as passagens de caixa, através da gestão eletrónica do motor. O acelerador e o travão de escape do motor são utilizados para “acertar” a velocidade de rotação do motor, durante as passagens de caixa, às condições que irão ser encontradas na próxima velocidade a engrenar. Conseguem-se engrenamentos precisos e suaves ao mesmo tempo que se abdica da existência de sincronizadores e se prolonga a vida útil da transmissão. Sobre a caixa de velocidades, encontra-se o módulo de comando da I-Shift que processa todas as funções da transmissão. É igualmente a partir daqui que são enviadas as instruções de acionamento pneumático da embraiagem automática, que funciona através de ar comprimido. MUDANÇA DE VELOCIDADE A I-Shift seleciona a velocidade de arranque com base na inclinação da estrada e no peso da carga do camião. O engrenamento de velocidades ocorre da seguinte forma: 1. A abertura do acelerador é reduzida para um binário de motor mais baixo. 2. A embraiagem faz o desacoplamento do motor e da caixa de velocidades e a transmissão é colocada em ponto morto. 3. As rotações do motor são ajustadas (mais altas ou mais baixas consoante se for subir ou descer de velocidade) ao mesmo tempo que a embraiagem começa a efetuar o ponto de embraiagem. 4. Assim que o motor atingir as rotações adequadas, é engrenada a velocidade seguinte. 5. O binário do motor é aumentado novamente ao mesmo tempo que a embraiagem completa o acoplamento entre motor e caixa de velocidades. O camião não arranca em primeira velocidade caso tal não seja necessário. Alternativamente, é engrenada uma velocidade superior para poupar combustível. Adicionalmente, a I-Shift pode saltar uma ou mais velocidades durante a aceleração ou travagem para que o grupo motopropulsor tenha a maior eficácia possível em qualquer situação.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
67
TÉCNICA
Passo a passo. Verificação de desalinhamentos em chassis de camiões Quando a simples verificação visual não é suficiente para estabelecer com certeza o desalinhamento ou deformação do chassis, usam-se equipamentos com os quais o reparador é capaz de determinar o tipo de deformação existente e quantificá-la. PARCERIA
1 – COLOCAÇÃO DE RÉGUAS AUTOCENTRANTES. MOVEMOS O EIXO DE SIMETRIA DO CHASSIS PARA A LATERAL
3 – INSTALAÇÃO DO ADAPTADOR DE JANTE
2 – AS RÉGUAS NÃO DEVEM SITUAR-SE EM ZONAS DE MUDANÇA DE SECÇÃO DO CHASSIS
4 – NIVELAMENTO DO EIXO DO ADAPTADOR NA HORIZONTAL
CONVERGÊNCIA ZERO
68
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
5 – FIXAR O PROJETOR LASER NO EIXO DO ADAPTADOR
8 – REGULAR A ROLETA BRANCA ATÉ QUE AS LEITURAS TRASEIRA E DIANTEIRA COINCIDAM
6 – DIRIGIR O LASER ATÉ À ESCALA TRASEIRA
9 – DIRIGIR O LASER ÀS ESCALAS INTERMÉDIAS. AS DIFERENÇAS EM MILÍMETROS COM OS VALORES EXTREMOS SERÃO AS DEFORMAÇÕES LATERAIS EM CADA PONTO
7 – DIRIGIR O LASER ATÉ À ESCALA DIANTEIRA
10 – ESQUEMAS DE DEFORMAÇÃO
LEITURAS INTERMÉDIAS
LEITURA DIANTEIRA
LEITURA TRASEIRA
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
69
TÉCNICA
Condução. Causas e fatores potenciadores da sinistralidade rodoviária Muito se fala em Portugal sobre as causas da sinistralidade rodoviária sem refletirmos um pouco sobre a importância de cada uma delas, ou se são efetivamente causas ou fatores que potenciam a sua ocorrência, com maior ou menor incidência, assim como qual a importância verificada de cada uma. Todos nos dizem para não praticar velocidades elevadas, para não consumirmos bebidas alcoólicas, para não cometermos infrações, para não conduzirmos assim ou assado… Mas, quais os procedimentos mais seguros e qual a sua prioridade em termos de prática para cada uma das nossas próximas viagens, principalmente quando conduzimos um automóvel pesado? TEXTO PEDRO MONTENEGRO*
PARCERIA
* Formador de Técnicas Avançadas de Condução de Veículos Pesados e membro da Associação Portuguesa de Centros de Formação de Condução Avançada ampadrive@gmail.com
D
evido à grande ocorrência de sinistros rodoviários, vitimizando milhões de cidadãos por todo o Mundo e envolvendo centenas de milhares de milhões de euros, é obrigatório difundir aspetos de melhoria, sobre comportamentos
70
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
técnicos ao volante. Nas últimas décadas, vários estudos internacionais demonstraram que mais de 90% de todos os sinistros ocorridos podem ser evitados, com mais conhecimento e aptidão, por parte dos Condutores e Motoristas. Na aviação
comercial não é muito diferente, recaindo para o fator humano uma percentagem superior a 70%, nas diversas causas analisadas. Torna-se assim necessária a determinação dum eficaz, mas alcançável método que permita por em prática vários
procedimentos, que evitam a ocorrência de um sinistro rodoviário, através de técnicas de antecipação e previsão permanentes, sobre este tipo de ocorrências. Para isso temos que diferenciar as grandes causas da sinistralidade rodoviária dos fatores potenciadores de tão grande mal. Este método baseia-se, então, na definição pragmática das causas mais frequentes dos sinistros rodoviários, suportadas pelos fatores associados a cada uma das causas de forma a serem entendidos e trabalhados na dinâmica da condução automóvel. Trata-se duma interpretação pessoal, mas baseada em estudos científicos produzidos por Universidades e Instituições Internacionais, como por exemplo o Institute of Advanced Motorists – UK, Smith System – USA, Dirección General de Tráfico – Espanha, entre muitas outras. Por ser único e de eficácia comprovada em milhares de Condutores e Motoristas a conduzirem em Portugal, e em muitos outros países, este método foi também determinado com base em ações dinâmicas formativas de condução, tendo em consideração as suas mais-valias e dificuldades, ocorridas em vários pontos do nosso país e mesmo internacionalmente, em Espanha, Angola e no Brasil, assim como por um processo de investigação longo e criterioso. São anunciados duma forma acessível, mas com uma explanação algo complexa, envolvendo comportamentos técnicos
e procedimentos que somente são completamente alcançáveis através duma experimentação prática e específica no trânsito aberto, através de ações de coaching e em locais devidamente apropriados, centros dinâmicos de formação em condução de veículos. As causas consideradas no método OPA são representadas por erros ou falhas mais frequentes que antecedem ou estão presentes nos acidentes relacionados tais como: Observação eficaz da via rodoviária, a posição dinâmica do nosso automóvel e cada ação desenvolvida pelo condutor a cada instante, também em situações adversas. A cada uma destas causas estão associados diversos fatores que potenciam a ocorrência dum sinistro rodoviário com maior ou menor gravidade. A 1.ª causa, a mais importante, tem na sua origem diversos fatores que originam a maior parte dos sinistros rodoviários: a distração, o aumento do tempo de reação humana (falhas na perceção, análise, decisão e ação) – cansaço, sono, álcool, drogas legais e ilegais, o nosso pensamento, problemas por resolver, o nosso estado físico e psíquico, o nosso histórico e experiência de condução, todos eles muito influentes na leitura essencial do cenário rodoviário. Por exemplo, um copo de vinho de 20cl atrasa o nosso tempo de reação em cerca de 20%, mas será que temos perceção que tal acontece? Talvez sintamos um pouco de sono, em dias de verão…
Na 2.ª causa, a posição dinâmica do veículo automóvel, refere a posição relativa ao ambiente rodoviário para melhor visibilidade e diminuição do risco rodoviário a cada instante através de uma distância verdadeiramente segura entre veículos, longitudinal e lateral, assim como a visibilidade para a frente, lados e zona anterior. A falta de tempo e de espaço está presente em mais de 30% de todos os acidentes rodoviários! Associada a esta grande causa estão a falta de visibilidade, não somente por causa da falta de luz à noite ou no nevoeiro, mas também em qualquer outra circunstância de falta de iluminação ou alteração das condições de visibilidade. Num automóvel pesado, os ângulos mortos são maiores, originando elevados riscos em muitos acidentes e mesmo incidentes. Por último a 3.ª causa, relaciona-se com a resposta, também dependente da antecipação e previsão a situações complexas do trânsito automóvel. O que fazer face a um imprevisto tem muito a ver com a experiência e o conhecimento (saber o que fazer) por parte do Motorista ou do Condutor. Por exemplo, quando a roda dum automóvel pesado com travões alimentados a ar comprimido bloqueia por ação dos travões, muito poucos sabem dosear o tempo de reação mecânico necessário para voltar a ter a roda em movimento, bastante maior do que a resposta dum circuito hidráulico em que o mesmo tempo é muito mais curto, em automóveis pesados sem ABS.
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
71
LEGISLAÇÃO
Alemanha. Nova lei do salário mínimo abrange estrangeiros Qualquer motorista que entre em território alemão ao volante de um camião ou autocarro tem de ganhar, pelo menos, 8,50 euros por hora (cerca de 1.400 euros/mês). A lei do salário mínimo obrigatório entrou em vigor na Alemanha a 1 de Janeiro de 2015. TEXTO JOÃO CERQUEIRA
A
Europa da livre circulação de pessoas e bens não pára de nos surpreender. Depois da proibição dos motoristas efetuarem o descanso semanal a bordo das cabinas dos camiões em França e na Bélgica, agora chegou a vez da Alemanha instituir um salário mínimo nacional obrigatório que, para além dos nacionais, abrange todos os trabalhadores que efetuem serviços de transporte internacional, tanto a partir como com destino em território alemão, de cabotagem e até mesmo de travessia da Alemanha. Isto é, qualquer motorista que entre em território alemão ao volante de um camião ou autocarro tem de ganhar, pelo menos, 8,50 euros por hora (cerca de 1.400 euros/mês).
72
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
Alei do salário mínimo obrigatório entrou em vigor na Alemanha a 1 de Janeiro de 2015 e acarreta, para os transportadores estrangeiros, um elevado número de burocracias. Antes do início de qualquer operação de transporte para/de e também de travessia da Alemanha, passaram a
AS MULTAS POR INCUMPRIMENTO DA NOVA LEI ALEMÃ DO SALÁRIO MÍNIMO PARA TRANSPORTADORES E MOTORISTAS PODEM ASCENDER AOS 500.000 EUROS
ser obrigados a notificar as autoridades alemãs, mediante um formulário que pode ser descarregado online, disponível, para já, apenas em língua alemã, o qual tem de ser enviado por fax para as autoridades aduaneiras em Colónia. Neste formulário, para além dos dados de identificação do motorista, tem de constar também a data de início e duração estimada da operação de transporte em território alemão, a morada da empresa e um documento que prove que o motorista aufere pelo menos um vencimento de 8,5 euros/hora em todas as operações de transporte realizadas em território alemão. O transportador tem também de efetuar o registo das horas trabalhadas pelos seus motoristas na Alemanha num prazo máximo de 7 dias após a operação de transporte e manter esse mesmo registo por um período de 2 anos, disponibilizando-o às autoridades alemãs sempre que estas o solicitem. As multas por incumprimento da nova lei alemã do salário mínimo para transportadores e motoristas podem ascender aos 500.000 euros. LEI ALEMÃ É DE LEGALIDADE DUVIDOSA As associações não alemãs de transportadores têm vindo a manifestar-se, um pouco por toda a Europa, contra esta nova lei do salário mínimo, alegando que a Alemanha não tem competências legais para se ingerir no Direito de Trabalho e nos acordos laborais de cada Estado membro. Em Portugal, também a ANTRAM levanta sérias dúvidas sobre a aplicabilidade legal da lei do salário mínimo a empresas sedeadas fora da Alemanha. A ANTRAM já solicitou a intervenção do Estado português junto da Comissão Europeia e das autoridades alemãs, e, na ausência de qualquer resposta, interpretou a nova lei à luz da Directiva 96/71/CE sobre destacamento de trabalhadores móveis. Segundo fontes consultadas pela TURBO OFICINA PESADOS “não há garantias nenhumas que esta interpretação da ANTRAM esteja correcta”, e talvez por isso a própria associação aconselhe os seus associados a seguirem, passo a passo, todos os procedimentos impostos pela nova lei alemã. Em Espanha, por exemplo, as associações de transportadores reuniram, no passado dia 18 de Dezembro, com a ministra do Fomento, Ana Pastor, onde manifestaram as suas preocupações relativamente a esta nova lei aprovada pelo Parlamento alemão, solicitando a sua intervenção junto da União Europeia, no sentido de defender os interesses de mais de 27.000 empresas transportadoras espanholas que realizam transporte internacional com uma frota conjunta de mais de 100.000 veículos, transportando anualmente para a Alemanha mais de 4,4 milhões de toneladas de mercadorias, e importando daquele território mais de 3,5 milhões de toneladas.
PNEUS
Sópneus. Em casa como na estrada Não são “anjos da guarda” mas andam lá perto. O serviço de assistência móvel a pneus 24 horas da Sópneus resolve muitos problemas aos seus clientes transportadores. Foi exatamente isso que fomos verificar à estrada. TEXTO PAULO HOMEM
D
izer que que se tem é uma coisa, mostrar, na prática, aquilo que se diz é outra coisa bem diferente. Foi esse o desafio que lançamos à Sópneus, conhecido retalhista de pneus a nível nacional, que disponibiliza para os seus clientes três carrinhas de assistência móvel a pneus de veículos (nomeadamente pesados). O desafio foi precisamente acompanhar no terreno a intervenção de uma destas carrinhas, de modo a conhecer melhor o serviço que as mesmas podem fazer e em que condições o podem realizar. Para quem faz da sua atividade o transporte de pessoas ou mercadorias em veículos pesados, reconhece que o tempo é dinheiro. É por isso que este tipo de serviço de assistência móvel a pneus funciona quase como um “anjo da guarda” para os frotistas que sabem que um problema com um pneu afinal tem um resolução bem mais rápida e com menos custos do que aquilo que se poderia supor inicialmente.
NA ESTRADA O dia em que tivemos oportunidade de testemunhar esta realidade do serviço de assistência móvel a pneus 24 horas não poderia ter sido mais elucidativo. O serviço está sempre funcionar mas, obviamente, que o maior volume de trabalho coincide com as alturas de maior tráfego de pesados nas estradas. Presente pela manhã nas instalações da Sópneus, em Gaia, foi uma questão de esperar um pouco até tocar o telefone. Um camião da empresa Gossitrans, conduzido pelo experiente Manuel Teixeira (há 27 anos como motorista, 25 dos quais no transporte internacional), transitiva do Porto de Matosinhos para Guimarães com um contentor carregado de matéria-prima para uma fábrica têxtil. Poucos quilómetros fez neste seu primeiro serviço do dia, até que detetou um furo (lento) no pneu de direção direito do seu camião, pelo que aproveitou para parar logo na Estação de Serviço
74
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
de Matosinhos para verificar o problema, antes do pneu ficar totalmente sem ar. Resolveu meter mãos à obra e substituir o pneu com os meios próprios, o que não contava é que o pneu suplente estivesse... sem ar. Foi nessa altura que tocou o tal telefone na Sópneus. Identificado o cliente e o local da assistência, bem como o tipo de intervenção a fazer (poderia ser necessário levar um pneu de substituição), Paulo Fontes, experiente técnico da Sópneus em matéria de pneus de pesados, depressa se dirigiu à ocorrência. “A partir do Porto podemos fazer intervenções entre Leiria e Bragança, porém as mais comuns são num raio de 50 km das nossas instalações”, começa por dizer Paulo Fontes que, neste caso, demora cerca de 20 minutos a chegar perto do camião a ser assistido. Analisado o problema localmente, depressa Paulo Fontes coloca “ativos”os meios técnicos na carrinha que estão ao seu dispor e que lhe permitem fazer o serviço. Uma desmontadora / montadora sai pela lateral como se fosse a cabeça de uma tartaruga a sair da carapaça, compressor ligado e outros equipamentos e acessórios permitem uma rápida intervenção (cerca de uma hora e meia). “Aqui temos condições ideais para trabalhar, pois estamos num parque de estacionamento, mas muitas vezes a assistência tem que ser prestada na berma da auto-estrada quando acontece, por exemplo, um rebentamento, o que torna tudo mais complicado e arriscado”, refere este técnico”, dizendo que “neste casos chega a ser necessário interromper uma faixa, o que nem sempre agrada à Polícia”. Diz Paulo Fontes que sempre que o espaço para realizar a assistência é reduzido, como acontece na berma da auto-estrada, o método usado para desmontar o pneu da jante é o tradicional (usando ferros), o que “até é mais rápido, mas muito mais cansativo”. Com o cliente da mercadoria a reclamar pelo atraso na entrega (devia ter sido às 10 horas e
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
75
PNEUS
já eram 11h15), nem por isso Paulo Fontes se sente pressionado. O trabalho de reparação do pneu furado foi realizado com um enorme profissionalismo e celeridade, mas existem procedimentos e regras a cumprir. Aproveitase também para fazer uma inspeção visual a todos os outros pneus, bem como dar algumas sugestões ao motorista sobre os respetivos pneus da viatura que conduz. “Existem clientes que não abdicam em matéria de pneus e fazem uma manutenção rigorosa, outros levam os pneus para lá dos seus limites de desgaste, incorrendo normalmente em mais custos. De qualquer forma, todos os nossos clientes são avisados de que devem fazer uma correta manutenção dos pneus, pois sabemos o histórico dos mesmos”, revela Paulo Fontes. Depois da intervenção técnica e da vistoria aos pneus, é altura de preencher um relatório com o serviço efetuado. Neste relatório ficaram
76
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
registados todos os dados do cliente, bem como do veículo e, sobretudo, dos pneus. Trata-se de um histórico muito valioso para a Sópneus, que lhe permite depois ser bastante pró-ativa com os seus clientes na manutenção dos pneus da frota. NA CASA DO CLIENTE Resolvido o problema, Paulo Fontes já tinha programada uma visita a um outro cliente. Neste caso não era para fazer qualquer intervenção técnica, mas sim para dar um parecer sobre a rotação e troca de pneus nos camiões de uma frota. “As frotas sabem que temos muita experiência e querem, muitas vezes, ouvir os nossos conselhos sobre os pneus”, refere o técnico da Sópneus. Aliás, é igualmente muito frequente a Sópneus fazer deslocar as suas três carrinhas (uma está em Lisboa e duas estão no Porto) de assistência móvel a pneus aos parques das frotas, de modo
a efetuar a manutenção (ou outros serviços programados ou não) dos veículos da frota. Nestas deslocações, mais uma vez, a recolha de dados e informação sobre os pneus da frota é fundamental para a Sópneus. Nem sempre a assistência é feita a frotas de pesados, por vezes existe também a assistência a outros veículos em que os custos de deslocação às instalações da Sópneus era mais difícil e caro, como é o caso dos empilhadores.
CONTACTOS Sópneus Diretor Geral: Pedro Jales Telefone: 227 169 100 E-mail: gaia@sopneus.com Website: www.sopneus.com
“ESTAMOS FORTES NOS PESADOS” PEDRO JALES Diretor-Geral da Sópneus Há quantos anos dinamizam o serviço de assistência móvel? Há cerca de 12 anos que o fazemos. Quase fomos forçados a isso quando deixamos de poder fazer serviço de pesados no Porto (por causa de umas obras), optando por utilizar uma carrinha que fazia o serviço fora de portas. Desde que fomos para as instalações de Gaia e de Lisboa este serviço de assistência móvel foi sendo cada vez dinamizado e assumindo uma importância muito grande para os nossos clientes na área dos pesados. Atualmente, estamos muito fortes nos pesados. Quantas carrinhas têm no serviço de assistência móvel? Já contamos que com três carrinhas de assistência móvel há alguns anos, com todos os meios necessários para efetuar este serviço. Temos uma carrinha nas nossas instalações de Lisboa e duas no Porto, que nos permitem ter uma excelente cobertura do território nacional. Para além de serem um Truck Point, que é a rede de pesados da Bridgestone, integram outras plataformas europeias de assistência móvel a pesados? Para além da Bridgestone com o Truck Point, estamos também com outras marcas. Estamos ainda com outras plataformas fora das companhias de pneus, como Euro Service, Diret TIR, entre outros. Não podemos esquecer também os nossos clientes que recorrem diretamente à Sópneus, sendo por esta via que trabalhamos com a maioria dos clientes. Temos ainda alguns acordos com outros parceiros, em determinadas regiões de Portugal, que subcontratamos para prestarem o serviço. O nosso nível de serviço e de relação com o cliente obriga a termos todas as soluções de assistência para ele. É um serviço cada vez mais solicitado? O nosso serviço tem uma componente de SOS e uma componente de programação dos serviços. Em qualquer dos casos são serviços cada vez mais solicitados pelos nossos clientes. Existem contratos de manutenção preventiva? Temos com muitos dos nossos clientes contratos de manutenção preventiva, com periodicidades definidas, em que nos deslocamos ao parque de frota do cliente para medir pressões, verificar desgaste, efetuar a rotação, frisar, abrir rasgos, repor válvulas, entre outros serviços. O objetivo é otimizar os pneus de uma frota de modo a evitar que surja aquilo que não se pretende, isto é, um problema com os pneus quando o pesado está em serviço. Aconselhamos também o cliente quais as melhores opções a tomar na área dos pneus, através de uma equipa técnico-comercial que tem muita experiência e conhecimento. Em todos os nossos serviços, todos os dados são registados por veículo, sendo também fornecidos ao cliente. Que marcas de pneus de pesados comercializam? Temos todo o tipo de marcas, desde o produto Premium até ao produto mais económico. Para nós é fundamental ter capacidade de resposta, o que é uma realidade, mas o mais importante é aconselhar bem o cliente para que ele opte pela melhor solução em função do tipo de frota que dispõe.
Mas as soluções não se ficam por aqui. Atendendo à grande proximidade e confiança que existe entre a Sópneus e alguns clientes, também acontece um técnico da Sópneus ir buscar um camião ao cliente para ser intervencionado aos pneus nas instalações deste retalhista e depois o mesmo ser-lhe entregue. “Este serviço de assistência móvel é uma enorme vantagem para os nossos clientes”, assegura Paulo Fontes, que afirma: “Gosto muito do que faço e sinto que lhes resolvemos problemas rapidamente que muitas vezes nem eles estavam a contar”. Nesta profissão, que chega até a ser arriscada (não é de todo fácil prestar assistência a um rebentamento de um pneu numa autoestrada), Paulo Fontes recorda muitas e muitas histórias, mas sempre com uma “atitude de serviço e de satisfação do cliente”. JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
77
PNEUS
Kumho Tire. “É A importante estar com o retalhista e com a frota” Desde o final de 2013 que a Kumho Tires fez uma forte ofensiva no mercado português, apostando em novos distribuidores para a área de pneus de pesados (e também de ligeiros), enquadrada numa estratégia ibérica, agora explicada por Luis Hernández. TEXTO PAULO HOMEM
78
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
Kumho Tires, através da suas marcas Marshal e Kumho, comercializa pneus de camião há já mais de 20 anos, através de importadores para o mercado português. Atualmente a marca Kumho em pneus para pesados é comercializada em Portugal pela Pneus da Cruzeiro (Póvoa da Lanhoso) e pela Distrityres (Mação). A TURBO OFICINA PESADOS falou com Luís Hernández, diretor de marketing da Kumho Tires para a região ibérica, sobre o presente e o futuro da Kumho em Portugal nos pneus de pesados. Qual é a abrangência da oferta (a gama) de pneus para veículos pesados (camiões e autocarros)? A Kumho tem uma das gamas mais extensa de produtos para cobrir as necessidades do mercado, desde os pneus de perfis baixos das séries 55, 60 e 70, até aos mais convencionais da série 80 para todo o tipo de aplicações, isto é, para transporte internacional, regional, obras, misto para obras, fora de estrada e
autocarros urbanos. Temos oferta para jantes de 17,5 a 22,5 polegadas. Qual o posicionamento em termos de produto e de qualidade / preço dessa oferta? Pelo nível de qualidade do produto, rendimento que oferecem e pela extensa gama de medidas, o posicionamento dos pneus Kumho é de uma gama Premium com um nível de preço que se posiciona a seguir às marcas top do mercado, nomeadamente Michelin, Bridgestone e Continental. Destaco ainda o valor da carcaça, dada a qualidade da mesma, sendo um elemento muito valorizado e rentável para o frotista. Quais são os argumentos principais da marca Kumho nos veículos pesados, para além de um preço mais baixo que os produtos Premium? A Kumho tem um posicionamento preço / qualidade competitivo mas o seu argumento não se baseia unicamente no preço, pois é um produto que oferece uma gama e prestações ao nível das marcas top em toda a sua vida, desde novo até ao recauchutado passando pelo reesculturado, devido à qualidade das suas carcaças. Qual é o modelo de distribuição que têm para Portugal ao nível dos pneus para pesados? Em Portugal estamos a desenvolver um novo projeto, baseado nas novas oportunidades do mercado. Os novos distribuidores a quem confiamos o desenvolvimento da marca trabalham de formas diferentes e complementares, o que faz com que os sistema encontrado seja compatível a 100%. A visão da frota, assim como a do retalhista, é imprescindível para se obter o êxito esperado. Quantos pneus têm em stock para pesados em Portugal? E noutros armazéns fora de Portugal?
Ao trabalhar com distribuidores que realizam a sua própria gestão de stocks, a marca não tem naturalmente nenhum armazém em Portugal. Fora de Portugal existe disponibilidade em alguns armazéns da Europa mas que estão concentrados no consumo local e não estão orientados para fornecer entre países. Porém, no caso de haver alguma necessidade pontual e urgente de algum cliente não existem problemas em fornecer. Quais são os principais alvos da Kumho em termos de mercado? Frotas de pesados? Casas de pneus? Sublinho a importância de estar com o retalhista e com as frotas. O cliente final, a frota, necessita do trabalho conjunto do fabricante e do retalhista. Um projeto sem vinculação ao serviço base de manutenção é um projeto sem visão do futuro. Novo, manutenção, recauchutado e manutenção é o ciclo completo do serviço. Fazem alguma dinamização dos pneus de pesados diretamente junto de frotas? Este primeiro ano foi dedicado a estabelecer as bases em termos de desenvolvimento de stock e de relançamento da marca no mercado. Sem garantir o fornecimento é difícil alcançar compromissos. Uma vez coberta a primeira fase, prosseguiremos o desenvolvimento necessário para a criação de uma estrutura de serviço para poder realizar as “monitorizações de produto” que iremos desenvolver juntamente com os nossos distribuidores. Devemos ganhar a confiança do condutor pela via da segurança, assim como a confiança do responsável da frota pela rentabilidade do nosso produto. Qual é a estratégia da Kumho a médio prazo para Portugal nesta área? Sem dúvida que a estratégia passa por recuperar a nível de quota de mercado o lugar
que já tivemos, desenvolvendo uma forte relação de parceria com os nossos clientes e apoiar os seus retalhistas e frotas. Está previsto lançar alguma novidade em breve na área dos pneus de pesados? A Kumho quer destacar-se pela sensibilização em aspetos ecológicos e é por isso que os nossos próximos produtos incidem de uma forma muito efetiva na redução do consumo de combustível. Quais são os objetivos da Kumho para Portugal a curto e médio prazo ao nível dos pneus para veículos pesados? Como disse, estamos focados na recuperação da quota de mercado que já tivemos apesar das incertezas do mercado, mas com uma focalização muito importante em criar relações baseadas em parcerias técnicas e económicas com os diferentes operadores de mercado. Qual é a análise que faz do mercado português em termos de pneus para pesados? A ligeira recuperação do mercado, tendo em conta os dados da Europool, não deve fazer-nos pensar que existe uma mudança da tendência… o setor industrial atravessa uma fase critica que afeta tanto setores estatais como privados e, por isso, deve-se ter muita cautela.
CONTACTOS Kumho Tires Marketing: Luis Hernández E.mail: profesional@kumhotire.es Website: www.kumhotire.es
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
|
TURBO OFICINA PESADOS
79
AMBIENTE
O pico petrolífero e o gás natural Nos últimos meses de 2014 o mundo assistiu a uma queda drástica no preço do petróleo. O barril que em Dezembro/2013 estava a cerca de 120 dólares, em Dezembro/2014 desceu para pouco mais de 60 dólares. Mas será essa queda uma boa notícia? Há muitas razões para duvidar dessa conclusão imediatista.
PARCERIA
TEXTO JORGE FIGUEIREDO*
O
s principais problemas provocados por esta queda drástica de 50% no preço do barril são seguintes:
1) Se o preço do petróleo for demasiado baixo, ele simplesmente será deixado debaixo da terra. Ora, isso significa que os produtores com custos mais elevados cessarão, ou sequer iniciarão, as suas atividades. Assim, os petróleos caros não chegarão a entrar em produção – o que prenuncia escassez futura. 2) A queda do preço já está a ter um impacto na extracção de shale oil e perfuração offshore. É assim que projetos pioneiros como o do deep-offshore brasileiro (no qual Portugal participa) poderão ficar comprometidos se a queda de preços perdurar. 3) Preços baixos tendem a causar incumprimentos de dívidas, com um vasto conjunto de consequências. Os produtores de petróleo assumem dívidas vultosas ao iniciar as suas atividades de exploração. Assim, ao interromper atividades já iniciadas terão dificuldade em pagá-las. Isso augura uma crise sistémica: financeira no imediato e de produção no futuro. 4) A curva do Pico Petrolífero poderá tornar-se abrupta no futuro. Com preços normais, a curva do esgotamento poderia declinar suavemente. Mas se cessarem agora investimentos na produção (os quais são necessariamente de longo prazo, oito a dez anos), no futuro a queda produção poderá ser abrupta. 5) Uma queda persistente no preço do barril afetará também o principal concorrente do petróleo: o gás natural. Hoje em dia, no mundo inteiro, há enormes projetos de extração e liquefação de gás natural (EUA, Austrália, Moçambique, Angola, etc). Tais projetos poderão ficar comprometidos com uma queda prolongada do preço do barril pois o GNL é sempre destinado a mercados de exportação. 6) O colapso nos preços do petróleo pode levar a colapsos económicos de países exportadores. Não é preciso dizer que isto tem consequências económicas e geopolíticas graves. Países como Angola, Venezuela, Rússia
80
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015
e outros que têm relações económicas com Portugal são afetados. 7) Para os consumidores finais, os benefícios de uma queda nos preços do petróleo tendem a ser muito mais pequenos do que o impacto adverso que experimentam com um ascensão de preços. Quando os preços do petróleo sobem, as empresas são rápidas a aumentar os preços dos refinados. Mas elas são bem menos rápidas a efetuar reduções quando os preços vêm abaixo pois tentam manter o benefício da queda de preço para si mesmas por tanto tempo quanto possível. Em alguns casos, os governos aproveitam a oportunidade da queda para elevar a tributação sobre o consumo de refinados. A maior parte dos empresários reconhece que a queda do preço é uma situação temporária uma vez que o custo de extração continua a subir (porque estamos a obter petróleo de locais cada vez mais difíceis e custosos) e, portanto, não será por isso que investirá em novos projetos. 8) Se se mantiver baixo o preço do barril, a possibilidade de os EUA exportarem petróleo e GNL provavelmente desaparece. As tão apregoadas exportações de GNL para a Europa (de qualquer forma um tanto utópicas) vêm por água abaixo. Os preços do GNL estão ligados aos do petróleo. Mesmo quando a ligação não é direta, através de indexação, eles são afetados indiretamente. Assim, o incentivo para a exportação de GNL torna-se muito menor. 9) A esperança de um aumento da proporção de renováveis no mix energético do país desvanece-se com o barril a preços baixos. Para aqueles que acreditam que as renováveis poderiam vir a assumir o papel dos combustíveis fósseis (não é o meu caso), isso certamente é uma tragédia pois elimina as possibilidades de transição. 10) Se a queda do preço se prolongar isso agravará a deflação europeia. A deflação leva a dificuldades crescentes no reembolso de dívidas, tanto das empresas como dos trabalhadores. Os países mais gravemente afetados serão aqueles cujas dívidas estão denominadas em dólares (felizmente não é o caso de Portugal.
Tentativa de conclusões e recomendações: a) Tudo indica que a atual queda no preço do barril seja limitada no tempo e influenciada/ determinada por manobras geopolíticas; b) É difícil prever quanto tempo poderá durar a queda (menos de um ano?); c) O nível mundial da produção de petróleo continua estagnado, prova cabal de que o Pico (seria melhor dizer Planalto) máximo da produção já foi atingido. d) Seria errado os transportadores nacionais ficarem entusiasmados com a baixa do preço do gasóleo e abandonarem os esforços para poupá-lo e substituí-lo pelo gás natural. e) O nível geral da atividade económica também é afetado com a queda de preços, a deflação. f) Continua válido aproveitar o enorme potencial da Península Ibérica em Gás Natural Liquefeito e continuar os esforços para generalizar o GNL nas frotas nacionais de camiões (tal como já fazem várias transportadoras portuguesas), bem como estender a sua utilização ao transporte marítimo. g) O projeto europeu dos Corredores Azuis, com financiamento da UE, continua a fazer todo o sentido e deve ser aproveitado pelos transportadores nacionais. h) O projecto “LNG_PT: Roteiro Português para a utilização de GNL no Transporte Rodoviário de Mercadorias”, iniciado em Dezembro/2014 pela Agência para a Energia (ADENE) e o Instituto Superior Técnico (IST), deve ser apoiado pelas associações do sector (ANTRAM, ANTROP, ANTRAL, FPT e outras). i) Estamos a entrar num mundo cada vez mais turbulento e a diversificação de combustíveis no setor dos transportes é uma valia em si mesmo. Muitos analistas consideram que a presente queda nos preços do petróleo reflete um problema básico subjacente: o mundo está a alcançar os limites da sua expansão de endividamento – ela não poderá prosseguir eternamente. Temos, portanto, de nos preparar para transições que podem ser traumáticas.
*Vice-Presidente da Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (www.apvgn.pt). As opiniões aqui expressas são do autor e não vinculam necessariamente a APVGN.
opinião
Pós venda ou consolidação da venda?
João Almeida
C
aros leitores, O tema em destaque desta edição da Turbo Oficina Pesados é o Pós Venda. É um tema muito interessante, que decerto trará conteúdos muito elucidativos sobre a visão das marcas de Veículos Pesados relativamente ao seu relacionamento com os clientes. Ou pelo menos, as suas intenções conceptuais, porque da teoria à prática vai uma enorme distância, principalmente quando a prática implica custos não previstos e certamente não orçamentados. O segmento dos Veículos Comerciais é particularmente sensível a uma boa estrutura de Pós Venda porque, como já referi numa edição sobre a Assistência 24h, se um veículo particular ficar parado na estrada, é uma enorme preocupação pessoal e familiar, mas um veículo comercial pode significar perda de mercadoria, indemnizações e, no limite, perda do cliente. Pois uma boa estratégia de Pós Venda, para além das definições comerciais, nomeadamente dos preços e respectivas margens das Peças e do Serviço, tem de detalhar pormenorizadamente os aspectos relativos ao modelo de Distribuição /Assistência. A começar pela capilaridade das Redes de Assistência, que no caso dos Veículos Pesados é particularmente sensível às rotas internacionais e respectivos locais de saída e entrada do país. Depois, pelo apetrechamento desses pontos de assistência, sejam eles Oficinas de Concessão ou Oficinas Autorizadas, quer em termos de recursos adequados a uma intervenção, se possível rápida e na estrada, quer principalmente em termos de recursos humanos, que devem possuir elevadas valências técnicas de diagnóstico e reparação. Este tipo de Mecânicos têm, na minha opinião, cada vez maior importância nas estratégias Pós Venda das marcas de Pesados, devendo ser alvo de Formação Contínua, aliás, transversal não só às questões da Mecânica e Electrónica dos veículos, mas também ao uso das Novas Tecnologias, porque é através delas e das ligações on-line com os Departamentos Técnicos dos fabricantes que se diagnosticam e resolvem a maioria dos problemas de maior UMA VENDA NESTES SEGMENTOS DE MERCADO É APENAS complexidade. É claro que esta estratégia tem O INÍCIO DE UMA RELAÇÃO, QUE SÓ PERDURARÁ NO TEMPO custos, por vezes dificilmente suportáveis só SE FOR CUIDADA COM PERSONALIZAÇÃO, E ESSENCIALMENTE pela Oficina, nomeadamente num País ou região com menos tráfego rodoviário, mas por isso COM CAPACIDADE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS QUE mesmo é que é estratégico. E é também por POSSAM VIR A EXISTIR. isso que se justifica uma abordagem diferente da simples avaliação economicista de ter um recurso humano desta valia. Na verdade, se um frotista utiliza uma determinada rota, é preferível actuar preventivamente e estar preparado para uma eventual necessidade do que colocar em risco a relação de confiança com esse cliente. O interessante é que estas considerações são válidas não só para o sector automóvel e em particular para o segmento dos Pesados, mas também para todos os negócios onde de uma forma geral exista concorrência, como é o caso das Telecomunicações ou dos Electrodomésticos, entre muitos outros. Na verdade, uma venda nestes segmentos de mercado é apenas o início de uma relação, que só perdurará no tempo se for cuidada com personalização, e essencialmente com capacidade de resolução de problemas que possam vir a existir. Dizem os entendidos que é como nos casamentos, ou seja, se os problemas entre o casal não forem resolvidos rápida e eficazmente, dá divórcio pela certa. No Pós Venda, é igual, se não se diagnostica o problema de forma eficaz, o relacionamento entre as partes, torna-se tenso, e se não se resolve, a relação tende a acabar. E com ela, grande parte da rentabilidade do negócio, já que com o esmagamento das margens de venda dos veículos, normais em ciclos da Economia adversos como os dos últimos anos, é nas Peças e nos Serviços que o desejável equilíbrio se encontra. E digo desejável, porque se os clientes, nomeadamente os transportadores, não perceberem que a relação (digo condições da negociação, da venda e dos contratos Pós Venda das viaturas) não for aceitável para ambas as partes, então mais tarde ou mais cedo, a capacidade de atendimento ressente-se e por tabela também o cliente acaba prejudicado no seu negócio. Aproveito para desejar a todos os leitores um excelente 2015. João Almeida assina, todos os meses, um artigo de opinião e tem as funções de Consultor Editorial da Turbo Oficina Pesados. O autor não adota o novo acordo ortográfico nos seus artigos.
82
TURBO OFICINA PESADOS
|
JANEIRO/FEVEREIRO 2015