Público - Porto ID: 49209578
12-08-2013
Tiragem: 45640
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 10,99 x 30,54 cm²
Âmbito: Informação Geral VASCO CÉLIO
O passeio proposto pelo Cycle Chic foi de dois quilómetros
O uso da bicicleta “chique” tornou-se moda em Vilamoura Mobilidade Idálio Revez Duas centenas de bicicletas asseguram a circulação suave. São requisitadas ao ritmo de um veículo por minuto O uso da bicicleta partilhada é moda em Vilamoura — de preferência, com design chique —, mas ainda não é para todos. Durante os meses de Verão, altura em que a circulação e o estacionamento automóvel se tornam infernais nas zonas turísticas algarvias, ganhou espaço a pedaleira. Durante este fim-de-semana, a Federação Portuguesa de Cicloturismo promoveu o passeio Cycle Chic (uma ideia importada de Copenhaga), dando assim mais um “pedalada” a favor do veículo amigo do ambiente e da carteira. Cristina Dias foi das participantes no percurso, com início na marina de Vilamoura, passagem pelo centro do empreendimento e chegada à praia. Dois quilómetros depois, não estava nada cansada: “Estou habituada a andar de bicicleta – sou mesmo fã”, disse, lamentando que a cidade onde vive, Faro, não reúna condições para a utilização do veículo. Para o presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo, José Manuel Caetano, “andar de bicicleta é como respirar” e é por isso que defende a integração dos velocípedes nas “políticas de ordenamento das cidades”, fazendo com que os utentes deste meio de transporte não sejam visto como “inimigos” dos automobilistas. O passeio Cycle Chic, realizado
pela segunda vez em Vilamoura, foi apresentado como uma forma de promoção do uso da bicicleta, mesmo por quem gosta de ter o automóvel à distância de um telecomando. “No Algarve, em tempo de praia, não há coisa melhor”, diz, lembrando “o que uma bicicleta pode fazer para manter a forma”. Por seu lado, o administrador da Inframoura, Nuno Ramos, destaca a “moda” das bicicletas e da prática desportiva, no empreendimento que dirige: “No mês passado, a média de utilização das bicicletas foi uma por minuto e, ao nascer do sol, já há gente a praticar fitness”, diz o administrador da empresa municipal responsável pelo espaço público do empreendimento. São 200 as bicicletas à disposição dos proprietários e turistas instalados em unidades hoteleiras da zona, distribuídas por 38 estações. O dono de uma vivenda com três quartos, por exemplo, pode requisitar seis cartões para uso de bicicletas. No que diz respeito à possibilidade de o serviço vir a estar ao alcance de visitantes ocasionais, Nuno Santos diz estar a “avaliar” a situação, acrescentando que a rede de 30 quilómetros de ciclopistas está aberta a todos. Ana Vitória, adepta da BTT e outra das participantes do Cycle Chic, achou “fantástica” a ideia de divulgar um destino turístico a partir da bicicleta, embora defenda que esta devia ser uma proposta a alargar em toda a região. Ao passeio associou-se também o gerente da Megasport, Fernando Canteiro, que só em Vilamoura, garantiu, aluga em média duzentas bicicletas por dia. Faz entrega e recolha ao domicílio, com preços entre nove e 50 euros/dia, dependendo do modelo escolhido.
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