A trabalhar pela diversificação e o turismo todo o ano

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ID: 68246568

16-02-2017

Tiragem: 50552

Pág: 6

País: Portugal

Cores: Preto e Branco

Period.: Mensal

Área: 25,00 x 29,50 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 1 de 1

Alarve, o melhor destino de lerias da Europa

Turismo do Algarve

A trabalhar pela diversificação e o turismo todo o ano Falar de turismo e de Algarve não seda possível sem abordar a Região de Turismo do Algarve, um dos parceiros e protagonistas do trabalho em prol do desenvolvimento turístico da região. Teríamos de ouvir Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, em cujo edifício-sede, em Faro, fomos encontrar.

O trabalho conjunto de que a AMAL participa, pode-se dizer consolidado? O trabalho conjunto entre a AMAL, a Região de turismo, a CCDR e as associações que trabalham as áreas do turismo, está cada vez mais consolidado. Estou a falar da Via Algarviana, da Rota Vicentina, da Rota do Guadiana, de todo o que é um território onde há gente com mais e menos experiência, mas com um objetivo comum. Nos últimos anos, houve muitas mudanças ao nível da procura/ oferta. O Algarve tem vindo a reajustar-se e felizmente estamos a caminhar para firmarmos a sustentabilidade da região, o que até aqui não tem sido possível.

Desidério Silva, Presidente Turismo do Algarve

Há muito trabalho realizado para se ter chegado a um ponto de sucesso do turismo no Algarve? É verdade. É fruto de um trabalho que tem sido feito ao longo dos anos e que está a apresentar resultados positivos. Nos últimos três, quatro anos tem existido aqui um conjunto de fatores, entre os quais uma maior parceria, um maior trabalho em rede, onde cada um de nós (parceiros) e cada um dos empresários e municípios entenderam que é importante valorizar a região no seu todo e não apostar em "quintais isolados". Isso tem sido relevante porque a marca Algarve no contexto internacional, com as praias e o golfe, tem sido premiada como destino de referência da Europa e do mundo, o que faz com que a perceção sobre a região tenha aumentado no sentido positivo. Ou seja, o Algarve neste momento é um destino que em qualquer parte é reconhecido e valorizado pela qualidade da sua oferta (que tem vindo a evoluir), pelas potencialidades do seu clima, as paisagens e hospitalidade. Há claramente um virar de página para um efetivo reconhecimento do desempenho turístico da região. Isso será por ter havido uma aposta de olhar para os outros nove meses que não apenas os do verão? Sim, sem dúvida! Esse tem sido o nosso

esforço desde que estou• aqui há quatro anos. Fez-se uma equação muito simples: aceitar o Algarve como era — época alta, cerca de seis meses, ou ter de lutar por um Algarve todo o ano. O empenho tem sido feito na segunda opção: pegar no que há de melhor na região e que já esta consolidado e intervir ao nível da diversificação e qualidade da oferta. Isto cria maior dinamismo nos restantes meses, particularmente entre outubro e maio. Os parceiros, que trabalham nomeadamente com turismo de natureza, cycling, caminhadas, observação das aves, cultura, património, gastronomia, assumem necessariamente o salto qualitativo em termos daquilo que é uma oferta mais procurada. Temos tido também a capacidade de envolver muito o Barrocal e a Serra nesta oferta. O Algarve estava muito limitado ao mar nem sempre totalmente aproveitado nas suas enormes potencialidades. Nos últimos anos apareceu um conjunto de empresas marítimo-turísticas que têm apresentado ofertas inovadoras como passeios nas grutas, mergulho, observação de golfinhos, crustáceos... A variedade é tão rica que levou ao aumento do numero desses negócios. O mesmo se pode dizer daquelas empresas que trabalham muito no interior ou na Ria Formosa e que estão associadas áo turismo de natureza. São fatores que nos 'ajudam a valorizar mais urna região.

Desde outubro do ano passado e até maio deste ano temos um extenso programa cultural, o 365 Algarve, que procura dar uma resposta aos que residem no Algarve e aos turistas que cá estão no sentido de alcançar mais valor para a região com uma oferta forte em termos de cultura. Qual o papel das bicicletas para o turismo no Algarve? Estamos a trabalhar muito na questão do cycling. Temos vários tipos de percursos: de altimetria, para quem tem capacidade de subir a Fóia por exemplo, ou como temos para aqueles que só andam no plano. Essas ofertas estão a ser trabalhadas com a Federação Portuguesa de Ciclismo. Quanto ao cycling no seu sentido global, a região está-se a preparar para isso. A Volta ao Algarve em Bicicleta tem sido uma aposta nossa de divulgação, tem sido âncora. Acreditamos que com a Volta ao Algarve possamos trazer aqui algumas equipas de primeira linha para estágios e presenças. Este ano vamos ter pela primeira vez a transmissão em direto da Volta ao Algarve para mais de 50 pafses, o que vai permitir mostrar um território que não é conhecido, o que é a grande mais-valia da Volta. Esta iniciativa, cremos nós, irá consolidar a nossa oferta de produtos que funcionem à volta da bicicleta, desde o BTT e outros.

A UNESCO dedarou 2017 como Ano do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. Como é que o Algarve se articula com essa iniciativa? Nós já trabalhamos o turismo sustentável. A nossa intervenção no território tem sido sempre no âmbito da sustentabilidade. Uma região sustentável tem de ter uma oferta diversificada, de qualidade, uma oferta que não pode ficar assente em dois bu três meses. Tem de tratar os produtos de natureza, os produtos ecológicos, trabalhar um conjunto de parcerias que façam com que a região tenha essa configuração. O Algarve tem todas as condições para ser uma região que trabalhe bem a sustentabilidade, uma região de referência. O Ano do Turismo Sustentável vem contribuir para que alguns parceiros entendam o envolvimento de outros e se aproximem para um trabalho conjunto e em rede. Quer deixar aqui algum convite ou mensagem? Faço o apelo para que se visite o Algarve, especialmente fora da época alta. Há no Algarve muito por descobrir, há muito para apreciar, a gastronomia é fantástica, o turismo de natureza é aliciante e diverso, com paisagens e territórios muito bem enquadrados. O Algarve tem Cultura e património. Existe um Algarve para todas as carteiras que está à espera dos visitantes durante todo o ano.


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