2 0 0 9 | m a r ç o N . ° 2 : : R e v i s ta d o T u r i s m o d o A lg a r v e
Reportagem Nos tempos que correm, todos corremos. Mas há quem procure ajustar a identidade e abrandar para ser feliz. E há quem procure ajudar os outros a consegui-lo. É o que propõem três centros de retiro no Algarve.
Tête-à-tête Cristina Ventura numa entrevista sobre o Longevity Wellness Resort.
Caminhos Saúde e romantismo nas termas de Monchique.
editorial Mente sã em corpo são… no Algarve
em perspectiva
Eventos na região
04 tête-à-tête Cristina Ventura «Viver mais e melhor» no Longevity Wellness Resort Monchique
06 portefólio O Algarve na lente de Hélio Ramos
07 ouvindo... Paulo Magalhães Neves coordenador da pós-graduação em gestão de Spa na UALG
08 reportagem À PROCURA DO EU
10 cá se fazem Por Duarte Padinha
11 caminhos Saúde e romantismo numa pequena villa
12 radar Estatísticas do turismo Algarvio
14 acontece
em perspectiva
03
ficha técnica
índice
Propriedade Entidade Regional de Turismo do Algarve Sede Avenida 5 de Outubro, 18-20, 8000-076 Faro Telefones 289 800 423 / 498 / 438 / 458 Fax 289 800 421 Sítio www.turismodoalgarve.pt correio electrónico lugar.sol@turismodoalgarve.pt Director António Ventura Pina Director Adjunto Nuno Aires Subdirector Assis Coelho editora Patrícia Oliveira colaboração gabinete de comunicação e relações públicas, divisão de estudos e projectos, divisão de marketing (ERTA) Fotografia Arquivo ERTA, Grupo longevit y, pousadas de portugal, vila joya, susana paiva, DCB Design Concepção gráfica e paginação DCB Design Impressão Gráfica Comercial Tiragem do número 2 1500 exemplares Distribuição Gratuita Depósito Legal 278349/08
O que se faz no Turismo do Algarve
trade em notícia diz que disse 15
c itações
Para Publicidade contactar: Entidade Regional de Turismo do Algarve Tel: 289 800 490/448 e-mail: edicoes@turismodoalgarve.pt; marketing@turismodoalgarve.pt.
editorial
Festival de Gastronomia Serrana Abrir o apetite é fácil quando se fala de enchidos caseiros, sopa de lebre ou de papas moiras com farinha de milho e água de cozedura das morcelas. Entre 21 de Março e 10 de Abril, em Tavira, destaca-se a culinária serrana algarvia em seis restaurantes: Fernanda, Monte Velho, Cantinho da Serra, O Constantino, Herdade da Corte e A Mesa do Cume.
Mente sã em corpo são … no Algarve. HELENA MAK Vice-presidente do Turismo do Algarve
Gosto de Mulheres Como esculpem, pintam, fotografam, escrevem, compõem, criam e cozinham as mulheres? A exposição «Gosto de Mulheres», sobre o comportamento feminino nas artes em Portugal e no resto do mundo, responde. Visitável de 21 de Março a 24 de Maio na Galeria do Arade – Parque de Feiras e Exposições de Portimão.
Festival de Humor Um mês de grandes gargalhadas sonoras é o que promete o Humorfest à plateia de oito espectáculos que arrancaram no dia 6 de Março e terminam a 29. «Monólogos de Marijuana» (dia 21), «Já tenho idade para ter juízo» (dia 27), «Work in progress» (dia 28) e «O palhaço escultor» (dia 29) são os próximos momentos do festival de humor que decorre no auditório municipal de Lagoa, às 21h30.
Nos anos 60, o Algarve tornou-se um destino popular de Sol e Praia, condição que mantém até aos dias de hoje. De forma menos estrondosa, produtos como o Golfe e o MI foram-se desenvolvendo, mostrando que o Algarve tem condições naturais propícias ao desenvolvimento de outras actividades turísticas que potenciam a região. O Algarve é hoje um destino maduro, com todas as responsabilidades inerentes. E, por isso, obriga os seus dirigentes a uma procura constante da satisfação dos turistas, quer dos que já o visitam, quer dos que ainda não experimentaram as maravilhas de uma região que não tem por apelido apenas Sol e Praia. A evolução natural do perfil do turista, assim como do próprio destino, não se compadece com palavras como «comodismo» e «falta de inovação». A fidelização do turista ao destino é factor muito importante, tal como o desenvolvimento de outras facilidades que o satisfaçam, pois o seu grau de exigência é cada vez maior.
O turista hoje procura novas sensações. Quer viver experiências simbólicas. Busca novos ritmos e espaços. Quer recuperar o bem-estar físico e psicológico. E o Algarve, enquanto destino turístico, tem a obrigação de satisfazer esses desejos. O conceito de bem-estar, entendido também como «Mente Sã em Corpo São», ganha cada vez mais forma, contando já o Algarve com facilidades de Spa, Thalassoterapia, Termalismo e, brevemente, de um centro de Wellness. Este é um dos diversos meios de resposta de um Algarve «são», para todos aqueles que se revêem na definição do turismo de saúde e bem-estar. Com a criação de novas infra-estruturas, o consolidar de parcerias, a contratação de pessoal qualificado e uma boa estratégia de comunicação e de comercialização, o Algarve ambiciona mais: ser um Wellness Destination.
«O Algarve é hoje um destino maduro»
04 :: tête- à-tête
tête- à-tête :: 05
«Viver mais e melhor» no Longevity Cristina Ventura
Longevity Wellness Resort Monchique é um nome sugestivo que deixa antever o conceito principal do projecto: o bem-estar…
Da felicidade a uma nova vida, entre a serra e o Longevity Wellness Resort Monchique. Um passeio virtual com Cristina Ventura, futura directora comercial do empreendimento que promete o que é, afinal, possível: o bem-estar total. Abre em Dezembro. «Uma nova vida» é frase que incluem na vossa apresentação. Que vida é essa? A vida de cada um é uma constante busca pela felicidade. E felicidade é atingir uma qualidade interior e exterior que nos dá um bem-estar total. No entanto, são numerosos os factores que no dia-a-dia contrariam essa sensação, contribuindo para o nosso desgaste mental e físico. Para a Longevity, a nova vida consiste na oportunidade única de descobrir um estilo de vida mais saudável, através de uma experiência integrada de estadias turísticas, de curta ou longa duração, numa atmosfera relaxante, mas revigorante, em plena Reserva Natural da Serra de Monchique.
O conceito do projecto é uma aposta do Grupo Longevity na criação de um destino turístico único e diferenciado das tradicionais ofertas hoteleiras. Ele assenta fundamentalmente no bem-estar, no anti-envelhecimento e na longevidade. O produto hoteleiro é uma simbiose perfeita entre a beleza natural, a moderna engenharia e a avançada medicina: um resort integrado, com 195 espaçosos apartamentos de tipologia T1 complementados pelo exclusivo Longevity SPA. A ideia de longevidade é elevada ao máximo no vosso Spa médico anti-envelhecimento – o primeiro do género em Portugal. Como propõem alongar a vida num tempo tão breve? A nossa ideia de longevidade implica «Viver Mais e Melhor» e o aspecto qualitativo é tão ou mais importante do que alongar a vida. Melhorar a longevidade passa por identificar a fase do processo de envelhecimento em que cada um se encontra. Através de um diagnóstico bioquímico individual, a equipa médica do resort, em colaboração com laboratórios especializados em França e nos EUA, irá analisar um conjunto de indicadores de cada paciente. Dessa análise
resultará a definição de programas personalizados de tratamento para prevenir, retardar e reduzir o ritmo de envelhecimento, corrigir desequilíbrios nutricionais, diminuir o stress oxidativo e em alguns casos detectar doenças em estado inicial. Estas técnicas, que assentam na mais elevada tecnologia e no know-how de profissionais experientes, só são possíveis através da parceria exclusiva com a La Clinique de Paris/Dr. Claude Chauchard. Ter o nome de Claude Chauchard associado ao Longevity Spa é resposta sem pergunta. É um nome que diz tudo… O Dr. Claude Chauchard é, de facto, um dos especialistas mundiais em medicina preventiva e anti-envelhecimento. Com mais de 30 anos de experiência, doutorou-se em Medicina e especializou-se em Endocrinologia, Biologia e Medicina Desportiva na Universidade de Montpellier. Fundador do International Institute for Preventive Anti-Ageing Medicine e autor de vários livros sobre o processo de envelhecimento, é da opinião de que se deve procurar conselho médico quando estamos de saúde para mantermos esse estado saudável e detectarmos em fase precoce alguma alteração, em vez de nos focalizarmos em curar doenças. Todo o seu conhecimento e experiências estão já disseminados e institucionalizados na equipa médica da LCDP.
A implantação do resort em plena serra de Monchique abre portas ao turismo de natureza e ao de desporto e aventura. Prevêem actividades ao ar livre? Dentro e fora do resort, há uma multiplicidade de actividades de lazer disponíveis. Uma equipa de animadores será responsável por garantir uma experiência saudável e equilibrada abrangendo corpo, mente e espírito. Os 20 mil metros quadrados de jardins panorâmicos, os trilhos e o deck de meditação convidam a caminhadas, aulas de yoga, pilates e ao relaxamento ao ar livre em pleno contacto com a natureza luxuriante que envolve o resort. As estruturas de driving range e putting green também permitem a amadores e profissionais o treino diário da modalidade. Passeios a pé, de bicicleta, de jipe ou a cavalo são ainda outras opções para os que querem partir à descoberta da fauna e flora típicas da região. Precisamente devido ao espaço envolvente, houve algum cuidado especial no desenho do resort ou na escolha dos materiais de construção? Um dos factores distintivos do empreendimento é a sua forte componente de preservação ambiental. Todos os detalhes foram pensados! As características físicas do terreno determinaram a integração do projecto no meio envolvente, mantendo a topografia original. Os edifícios têm uma altura máxima de 3 pisos e as coberturas serão ajardinadas. A utilização de materiais naturais e nobres, como a madeira e o sienito (originais da região de Monchique) e o vidro, para maior
luminosidade, foi mais uma estratégia arquitectónica que, em conjunto com a localização, o conceito e as valências, contribuiu para a sustentabilidade do projecto e para o seu reconhecimento internacional, através da atribuição do prémio de Melhor Empreendimento 5* 2008 em Portugal, pela CNBC European Property. Outra quase novidade é a criação do «Condo-Hotel». Dizemos quase porque apesar de ser pouco conhecido, o conceito já foi introduzido no país… Sim, o conceito de «Condo-Hotel» é recente em Portugal, mas completamente consolidado internacionalmente. Consiste num «condomínio» gerido como um luxuoso hotel em que cada apartamento é detido individualmente como uma segunda residência de férias totalmente equipada e usufruindo de todos os serviços e infra-estruturas turísticas do resort. Do ponto de vista do investidor, o potencial de rendimento é maior devido aos níveis de ocupação turística alavancados pelo extenso plano de marketing e promoção da entidade gestora, mantendo a possibilidade de utilização própria. O Grupo Longevity reúne as condições para que este modelo de negócio seja um sucesso. Com a entrada da marca Longevity no Algarve podemos esperar mais projectos para a região? Este projecto é o primeiro do Grupo Longevity. A estratégia futura passa pelo desenvolvimento de novos produtos, que poderão ser ou não no Algarve.
Longevity Wellness Resort Monchique Hotel de 4* superior (195 apartamentos de tipologia T1) . Condo-Hotel . Restaurante e bares . Spa médico anti-envelhecimento . Piscinas exterior e interior (aquecida) . Ginásio . Loja da Saúde . Driving Range & Putting Green . Internet Café/Business Centre . Sala de Jogos . Sala de Cinema . Biblioteca . Sala & Deck de Meditação Fase actual do projecto em avançada construção Inauguração 15 de Dezembro de 2009 Investimento global 40 milhões de euros Postos de trabalho 100 directos
Contactos Lugar do Montinho 8550 -232 Monchique T. 203 239 6707 info@longevitywellnessresort.com www.longevitywellnessresort.com
06 :: portefólio
OUVINDO... :: 07
Spas: potenciadores de resultados? Paulo Magalhães Neves Professor Adjunto equiparado ESGHT/UALG; Coordenador da Pós-Graduação em Gestão de Spa
É consensual que o desenvolvimento e a sustentabilidade do turismo em Portugal têm estado limitados ao longo do tempo devido, entre outros aspectos, à incapacidade de gerar novas ofertas, de responder às novas motivações diferenciadoras do processo e, sobretudo, à incapacidade de fazer face a mercados emergentes altamente competitivos. A excepção tem passado pela aposta no turismo de saúde e bem-estar, cada vez mais associado à indústria de Spa. Pode ser considerado um dos principais segmentos turísticos da actualidade por ser um produto completo e complexo devido à beleza dos seus espaços, à comunhão com a natureza numa relação de equilíbrio perfeito entre o corpo e o espírito, à capacidade de gerar recursos económicos e à sua característica de produto que atrai turismo de qualidade.
Pôr-do-sol que faz parte do projecto-livro «Loulé Terra de Encantos II». HÉLIO RAMOS helio-ramos@sapo.pt
É hoje uma verdade inequívoca que o turismo de qualidade só será alcançado através da diversificação de produtos e de mercados, sobretudo em áreas como o lazer, entretenimento e a animação turística. Aqui incluem-se obrigatoriamente os Spas, através de actividades que se desenvolvem a partir de muitos segmentos imbuídos de um espírito em que o retorno do investimento é, na maioria das vezes, uma prioridade, mas noutras a excepção.
A indústria de Spa permite ao turista e ao seu grupo familiar e de amigos diversificarem o seu dia-a-dia com outras actividades que lhes transmitam satisfação, bem-estar, tranquilidade e prazer, para além do desfrutar pleno do destino elegido. Passando das palavras aos actos, justifica-se apresentar o modus operandi desta teoria para que a estratégia alcance os objectivos idealizados. Apesar de estarmos perante um público predominantemente heterogéneo em gostos e sensibilidades, devemos estar atentos, por um lado, às novas tendências do mercado, que se têm traduzido em algumas alterações de perfil económico e etário que implicarão uma adaptação a motivações específicas. Por outro lado, se associarmos a sua imagem aos 800 quilómetros de costa e aproveitarmos toda a nossa história dos Descobrimentos, através do núcleo central da água, das terapias e dos produtos orientais que projectaram o nome de Portugal no mundo, poderemos estar perante uma aposta de eleição complementar à oferta turística no Algarve. O primeiro desafio, para que se concretize esta tendência, será a indústria de Spa atingir, no que concerne à oferta, níveis de sustentação económica elevados e níveis de oferta materializada em
modelos vencedores. Mas, também, atingir estratégias concertadas no espectro turístico/hoteleiro para concretizar metas globais, mais concretamente um espaço que permita alcançar, em conjugação com um ambiente agradável e permissivo, uma saudável convivência social: um enquadramento paisagístico, de relax, ou seja, uma inter-relação perfeita entre bem-estar físico e conforto espiritual. O segundo desafio, para que não se cometam os erros do passado, passará por desenvolver uma política capaz de gerar recursos humanos na indústria de Spa, que permita uma profissionalização e uma especialização operacional. Actualmente, a formação graduada na área da Gestão de Spa, apresentada pela Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, permite expandir a capacidade intelectual aos actuais e futuros profissionais de Spa, produzindo a elasticidade de pensar de forma crítica o universo desta actividade. Concluindo, é preciso converter o mero interesse e a mera oportunidade em COMPROMISSO das partes envolvidas. Só assim será possível apresentar níveis elevados de classificação, tornando-se estes meios imprescindíveis para a sustentabilidade e a complementaridade. Ser melhor significa ser diferente.
08 :: reportagem
reportagem :: 09
À procura do Eu e audioteca. «Os livros estão relacionados com o corpo e os tratamentos. E a música é pacífica; não temos rock», brinca Chris. Criado há 16 anos pelos noruegueses Frank e Anne Karine, o centro Moinhos Velhos recebe mais de 100 pessoas por ano vindas da África do Sul, da Austrália, do Canadá e da Europa. E não há lugar para acasos: surgiu no Algarve porque durante a desintoxicação a temperatura do corpo desce e a região é soalheira. E porque nela «há uma enorme espiritualidade e energia», explica Chris.
Q u i n ta d a calma
Nos tempos que correm, todos corremos. Mas há quem procure ajustar a identidade e abrandar para ser feliz. E há quem procure ajudar os outros a consegui-lo. É o que fazem três centros de retiro do Algarve, através de desintoxicação alimentar, meditação e terapias alternativas. Em ritmo lento, mas sem roçar a preguiça.
Antes de chegar adensa-se a expectativa sobre o que estará na outra ponta do vale Moinhos Velhos, na Barragem da Bravura, em Lagos. É mais do que sossego, pensamos, porque esse já invadiu o caminho há muito. E a natureza não pode impor-se mais: as margens da estrada estão salpicadas de flores e árvores e ao fundo compõe-se o quadro com a mancha plana da água da barragem. Desfaz-se a curiosidade. O que está na outra ponta do vale é o centro de retiro que pediu emprestado o nome do pedaço de terra que ocupa: Moinhos Velhos. É só? Não. Chris, o simpático guia da nossa visita, acrescenta: «É um espaço de relaxamento e de regeneração física e emocional. De paz e de clarificação da mente». Aqui, a palavra de ordem (sem ordem) é desintoxicação. Este é o único retiro com programa exclusivo para
a limpeza do corpo, feita através de uma dieta líquida de sumos naturais e de caldo de legumes combinados com ervas aromáticas e medicinais. Suplementos de vitaminas e cascas de psyllium completam este tratamento que ajuda a eliminar toxinas e a purificar os intestinos, libertando-os de parasitas responsáveis pelo nosso mal-estar e cansaço. Em sete, dez ou catorze dias – a duração do programa depende da vontade de cada um – o corpo fica como novo. E a paisagem dá uma mãozinha. Na barriga florida do vale, com o calor do Sol por cima, até o tempo entra tímido. A coqueluche deste retiro de saúde – o afável e gigante cão Rudy – vai exigindo festas enquanto percorremos os cerca de 15 hectares do centro. Da sala dos sumos que Chris comanda descemos até ao templo envidraçado coberto de luz.
Nele pratica-se ioga e meditação para potenciar os resultados do jejum. Para a direita, a piscina de água salgada, a banheira exterior de água quente e a sauna são o lugar cativo da atenção. Pouco à frente está a Casa Verde, habitada por plantas tropicais. Ao lado esvoaçam três patos e algumas galinhas – os outros inquilinos do centro. E ao longo do espaço a terra é fértil em pereiras, videiras, nespereiras, pessegueiros e morangueiros. Mais em pequenas hortas com couves e vegetais. Estes alimentos biológicos são cultivados pelo Senhor José, fiel jardineiro e único português do retiro, e depois destinados aos sumos e aos caldos da dieta. O edifício clínico, assim chamado por serem aqui aplicadas as terapias holísticas, dá as boas-vindas com uma acolhedora sala de biblioteca
Calma com «a» deitado Antes de entrar, os cantinhos da boca levantam-se para esboçar um sorriso. Somos recebidos na Quinta da Calma – o primeiro retiro espiritual do Algarve – que inspira tanta serenidade que até o terceiro «a» do nome está deitado no azulejo que identifica, à chegada, o centro. A meiga terapeuta Luísa Peres faz de anfitriã e de contadora das (tantas) histórias sobre este refúgio de saúde holístico e de ioga integral, situado à saída de Almancil. Era uma vez um casal americano que resolveu viajar para Portugal à procura de descanso e de um estilo de vida mais simples. Sylta e Al Kalmbach, o par de quem se fala e cujos nomes não deixam adivinhar o país de origem, «depressa se aperceberam de que o seu sonho de abrir um centro de retiro se alargava a mais pessoas que procuravam
também algo diferente», continua Luísa. Rick Rieber, psicólogo americano, juntou-se ao projecto e das suas mãos nasceu o jardim e a horta orgânica da quinta. Aqui conheceu a professora de tai chi, psicoterapeuta e psicóloga clínica Marion. «Deste encontro aconteceu a primeira história de amor da quinta», recorda. A Quinta da Calma é o sítio perfeito para os que não vivem distraídos. Os cantos e recantos do jardim piscam o olho a quem passa, com pormenores tão minúsculos quanto uma cara no tronco de uma árvore. Ela está lá; basta afinar o olhar. Deste jardim e da horta esgravatada cuidam Carl e Vicky, adeptos de uma alimentação rica em alimentos vivos e crus. Fiéis a esta filosofia, plantam rebentos de diferentes grãos e sementes para comer e também vender no mercado biológico que acontece todas as quartas-feiras no retiro. Indispensável provar uma chávena de wheatgrass, sumo de erva de trigo colhida no momento para beber de imediato. «É uma bomba de oxigénio!» diz Luísa Peres, sorridente. A filosofia holística do centro é inspirada no exemplo da comunidade de Findhorn, na Escócia, fundada no amor profundo pela natureza e no bem-estar do corpo integral (corpo e espírito). Para atingir esta plenitude, o retiro propõe um conjunto de terapias – desde leitura de aura a aromaterapia, shiatsu, essências florais e hipnoterapia, por exemplo – e de aulas de ioga, tai chi e meditação. Três salas permeáveis ao silêncio e à luz natural acolhem os grupos (Lotus, Pavillion e Meeting House), enquanto no restaurante vegetariano Gaia Sol o almoço dos hóspedes fumega. Tudo entre a magia dos espíritos da natureza,
as Devas, que quando respeitados proporcionam «uma qualidade de vida muito diferente», termina Luísa.
O monte hobbit Serra do Caldeirão, Tavira. O edifício principal do centro Monte Mariposa esconde uma beleza descomunal por detrás: o vale afunda na densa vegetação e as cabanas de madeira parecem – assim dispersas na distância – a pequena e adormecida aldeia no Shire onde vive o jovem hobbit Frodo, do Senhor dos Anéis. Lá para baixo, cada cabana recebe o nome de um animal diferente e Lia, o nosso cicerone, diverte-se com as reacções das pessoas quando descobrem que vão dormir no castor, no urso ou no golfinho. São nove bungalows e 18 camas ao todo. No vale húmido e abafado irrompem ainda dois tipis, um yurt, o pavilhão de meditação, uma cozinha self-service e balneários, todos em madeira ou materiais tradicionais. Com o som do sapato cravado no solo descobrimos, ao avançar, o templo das árvores. Debaixo das copas e em cima de um estrado, aqui ouvem-se por hábito algumas palavras do curso de leitura de aura, dado por Kai, que se juntou a nós e à amável Lia para o passeio. Além das terapias, massagens e meditações, há encontros do umbigo, cerimónias da sauna sagrada e retiros de silêncio sempre que a vez coincide com o quando. Voltando ao edifício principal, que ostenta à entrada um delicioso mapa do centro desenhado à mão,
10 : : reportagem
conhecem-se os quartos com mais de 30 camas, a cozinha e sala de jantar e os dois salões principais – o do Sol e o da Meditação. Nos terraços labirínticos espreita sempre o vale que não deixa perder a ideia de que aqui a preguiça é um desperdício. Fundado nos anos 90 por um casal de portugueses, o Monte Mariposa hoje tem dono inglês, Andy Peres. Mas a filosofia não mudou: o auto-conhecimento. «As pessoas vêm para se encontrarem. E quando deixam a mente abrandar começam a sentir quem são. Isto tem de ser vivido. E aqui, em contacto com a natureza, é perfeito», incentiva Kai.
::
CÁ SE FAZEM
A gestão do nosso destino Duarte Padinha
Chefe da Divisão de Estudos e Projectos
duarte.padinha@turismodoalgarve.pt
Perante turistas cada vez mais informados e exigentes, o simples acréscimo de investimento em marketing parece não ser suficiente, tornando-se cada vez mais relevante a busca de elementos diferenciadores, que possibilitem uma plena afirmação do destino.
Moinhos Velhos Barragem da Bravura, em Odiáxere (Lagos) T. 282 687 147 www.moinhos-velhos.com
Mas, confrontados com a complexidade de que se reveste a gestão dos destinos turísticos e com a multiplicidade de intervenientes em todo o processo de prestação de serviço, tal não se afigura como tarefa fácil.
não se encontram em ambientes estanques. Como tal, muitas das interacções do visitante com o destino ocorrem em áreas públicas. Assim sendo, parte da ênfase da gestão necessita de ser colocada não só nos normativos para a oferta privada, mas também na condução destas diversas experiências. Identificados os problemas – e olhando para a realidade portuguesa –, como os ultrapassar, sabendo-se da dispersão (e até sobreposição) de competências por diversas entidades? O decreto-lei 67/2008 – 10 de Abril (novas áreas regionais de turismo) parece entreabrir a porta para uma gestão mais integrada dos destinos, contemplando a possibilidade de contratualização de algumas actividades.
T. 281 971 420 www.montemariposa.pt
Aceitando esta premissa, será de acatar a sugestão de alguns autores, que defendem que os destinos poderão ser tratados como produtos, dado que congregam facilities e serviços que tentam suprir as necessidades e expectativas dos turistas.
Temos todas as condições para avançar como projecto-piloto, no que poderá ser uma aproximação ao modelo de Destination Management Organization, cujas acções não se circunscrevem ao marketing e à animação, mas também à estruturação do «produto destino». Será com uma entidade que tenha efectiva capacidade de intervenção em toda a cadeia de valor da experiência turística que seremos mais fortes enquanto destino.
Ver galeria de fotografias em www.turismodoalgarve.pt
A importância desta posição decorre da constatação de que os diversos elementos da oferta
Veremos como decorre este processo e que papel nos está reservado.
Quinta da Calma Almancil T. 289 393 741 www.quinta-da-calma.com
Monte Mariposa Santa Catarina da Fonte do Bispo (Tavira)
Saúde e romantismo numa pequena villa
caminhos :: 11
Cabe tudo lá dentro – Spa, hotéis, restaurantes, piscinas, wine bar, capela, salas de reunião, artesanato e uma paisagem natural de fôlego. Até um forno a lenha. Estas facetas convivem bem na Villa Termal das Caldas de Monchique, que é mesmo uma pequena vila, em conceito e simpatia Está plantado em quarenta hectares de serra, longe do Algarve apinhado de gentes e ruídos de férias. No complexo termal das Caldas de Monchique o ar é outro e aparece pintalgado do verde de eucaliptos, pinheiros e medronheiros ou do amarelo de alguma acácia-mimosa. Em descida ligeira (à direita temos o Hotel D. Carlos, o primeiro que se avista dos cinco da villa) chegamos ao Hotel Central. O nome clarifica a escolha: nele estão centralizadas as reservas para todas as unidades e dele vê-se tudo em panorâmica. O Hotel Termal – o maior, com 46 quartos –, a casa enorme da antiga sala de banhos, as piscinas exteriores de água termal e o topo trabalhado do edifício oitocentista que abriga as salas de reunião. Saindo do Hotel Central, a atenção suspende-se nos poucos pormenores a descoberto de um dos quatro chalés privados da villa. Distraem-nos os rendilhados nas janelas superiores e o traço principesco da moradia. Na órbita desta rua encontramos a Arte Natura, loja de Monika que serve também de atelier de ocupação de tempos livres das crianças que aqui podem dar asas à imaginação quando pintam pedras ou constroem peças com materiais naturais, apanhados na serra.
Para os namorados, amigos e casados Caminhamos a passos largos para os espaços mais românticos da villa. Primeiro, a capela de 1940. A arquitectura é tradicional portuguesa e a escadaria já levou ao altar muitos casais de irlandeses e ingleses, por exemplo. «Costumamos oferecer aos noivos a estadia da primeira noite numa suite,
com muitas atenções e pequenas surpresas», diz o nosso cicerone, Tiago Carvalho, do departamento de marketing das Caldas de Monchique. Atravessamos o parque, onde as árvores se encavalitam entre flores, zonas de merendas e a cascata dos desejos e a fonte dos amores. Chegamos à esplanada dos ulmeiros: concentra o wine bar O Tasco, ao lado os apartamentos D. Francisco (10 quartos duplos) e em frente, ao pé de mesas e assentos em madeira que mantêm o recorte dos troncos, o forno a lenha que coze ao ar livre – para turista ver – o saboroso pão com chouriço. Ainda na zona histórica fica a estalagem D. Lourenço (12 quartos), que fecha a oferta hoteleira da villa, e o famoso restaurante 1692, nome ganho em homenagem à data que assinala os primeiros registos de utilização pública da água termal das Caldas de Monchique. Viagem para baixo e descobre-se o edifício do antigo casino, construção de finais do século XIX decorada por vitrais que dão cor às reuniões e aos eventos que ali acontecem.
Um sítio que apetece Agora no vale, voltamos ao Hotel Termal, fechado para manutenção até Junho. Característica principal: «O Spa termal é dentro do hotel. É dos poucos do país e do mundo que permite que a pessoa usufrua do Spa sem sair do mesmo espaço», explica Tiago. Escolha original num tempo de corrupio é gozar de um dos oito programas de bem-estar que o complexo oferece. Diferente do tratamento médico termal – a água de Monchique é,
em termos medicinais, indicada para afecções das vias respiratórias e musculo-esqueléticas -, o Spa é um íman irresistível para os utentes, na sua maioria portugueses e espanhóis (87%). Da vinoterapia, ao duche vichy e ao duche de jacto, os mimos são intermináveis. Em 2008 começaram com massagens ao ar livre num antigo posto de vigia romano. E, de quando em quando, surpreendem os hóspedes nos dias abafados de Verão com espetadas de fruta e gelados. A Villa Termal das Caldas de Monchique tem, afinal, uma equação simples: saúde e romantismo num «sítio que apetece», conclui Tiago Carvalho.
Pegada termal Proprietário Fundação Oriente . Cinco hotéis . 103 quartos . Balneário Spa termal . Oito programas de bem-estar . Piscinas exteriores de água termal . Duas salas de reuniões (155 a 215 pessoas) . Kids Club e serviço de baby-sit Investimento futuro Recuperação da antiga sala de banhos para aumentar a capacidade do Spa termal Contactos T. 282 910 910 marketing@monchiquetermas.com www.monchiquetermas.com Ver galeria de fotografias em www.turismodoalgarve.pt
12 : : Radar
Mais de 500 mil nos postos em 2008
a saber Portaria n.º 123/2009, de 30 de Janeiro Altera a época balnear nos municípios de Alcoutim, Albufeira, Vila do Bispo e Portimão.
radar :: 13
Algarve segue tendência de abrandamento
Linha de crédito PME Investe III O montante máximo da linha de crédito PME Investe III, destinado às micro e pequenas empresas, foi reforçado de 400 para 600 milhões de euros.
Os vinte e um postos de informação turística do Algarve receberam 503 497 utentes durante 2008. Os ingleses, espanhóis e portugueses representaram mais de metade (58,3%) do total dos atendimentos. Comparativamente a 2007, assistiu-se a um decréscimo no número total de utentes dos postos de turismo (- 26,1%), que pode ser justificado pela introdução, em 2008, de uma nova metodologia de contagem e de registo do atendimento, bem como pelo encerramento temporário de alguns postos (Albufeira, Armação de Pêra e Carvoeiro) para remodelação. A procura de informação nos postos de turismo apresenta um pico de sazonalidade muito marcado nos meses de Verão (Junho a Agosto), contribuindo estes com 37,6 por cento do total.
Visitalgarve mantém milhão de visitas O sítio promocional do Algarve registou, em 2008, mais de um milhão de visitas, efectuadas por cerca de 700 mil utilizadores, o que equivale a uma subida homóloga de 14,4 por cento nas entradas e de 20,3 por cento no número de internautas. Naquele período, a maioria das pessoas procurou o visitalgarve.pt apenas uma vez (88,2%) e realizou em média 1,7 visitas. Julho foi o mês com maior afluência, concentrando 13 por cento do total de visitas de 2008. As entradas no sítio distribuem-se de forma homogénea pelos dias da semana, oscilando entre os 12 por cento ao sábado e os 16 por cento à segunda e à terça-feira.
A actividade turística do Algarve revela sinais de abrandamento, acompanhando a tendência nacional e internacional motivada pela crise financeira e pelas dificuldades de crédito, dizem os dados preliminares de 2008 do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2008, a procura turística de estabelecimentos hoteleiros no Algarve apresentou uma evolução negativa de 3,4 por cento, tendo o aeroporto de Faro registado um decréscimo de 0,5 por cento no movimento de passageiros, comparativamente com o ano anterior. Os resultados negativos devem-se sobretudo à redução da procura dos principais mercados emissores externos para o Algarve, principalmente o britânico e o espanhol, que registaram em 2008 decréscimos homólogos de 11,8 e 11,0 por cento, respectivamente, no número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros do Algarve. Contrariando esta quebra, o mercado interno apresentou um desempenho positivo no ano em análise, traduzido num crescimento homólogo de 4,1 por cento no número total de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros algarvios.
Turistas portugueses podem atenuar o efeito da crise Esta conjuntura favorável ao crescimento do mercado interno, no panorama regional, foi igualmente identificada pelo painel de peritos do «Barómetro do Turismo do Algarve» que, na sua segunda edição, previa para 2009 um decréscimo acentuado dos mercados inglês, irlandês e alemão, compensado por um cenário menos pessimista para os mercados português e espanhol.
Portugueses visitam o Algarve pelo menos uma vez por ano Perante este cenário, o mercado nacional deverá constituir-se como uma aposta do turismo algarvio. Segundo o estudo «Perfil do turista nacional que visita o Algarve», promovido pelo Turismo do Algarve e da responsabilidade de uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve, os portugueses têm uma forte afinidade com este destino, fruto da familiaridade que têm com a região e da satisfação que sentem com as experiências nela vividas. Segundo o estudo, os portugueses visitam frequentemente o Algarve: 34,7 por cento vem pelo menos uma vez
por ano, 21,8 por cento vem duas vezes por ano e 32,2 por cento vem três ou mais vezes ao ano. A principal motivação de visita é o lazer do turismo de sol e praia e a animação/ recreação. A esmagadora maioria (95,8%) são turistas de repetição frequente (56,5%) ou muito frequente (32,2%). O estudo - que pode ser consultado na íntegra em www.turismodoalgarve.pt - revela igualmente que a satisfação dos portugueses para com o Algarve é traduzida numa elevada taxa de intenção de regresso à região (95,8%). Quase 90 por cento dos inquiridos admite mesmo, com toda a certeza, voltar ao Algarve. O turista português que visita o Algarve tem entre 31 e 50 anos (51,3%), é casado ou vive em união de facto (65,1%). O seu agregado familiar é formado por dois adultos e uma criança, constituindo famílias tradicionais (84,8%). Reside no centro de Portugal, sobretudo na área da grande Lisboa (41,0%), mas também na região Norte (14,7%). Os turistas domésticos do Algarve têm formação superior (47,7%) e pertencem à população activa, sendo essencialmente trabalhadores por conta de outrem (58,4%).
14 : : acontece
«Quiosque» do Algarve O «quiosque» do Algarve vai estar em itinerância a partir de Março em centros comerciais de Lisboa e do Norte do país para promover a imagem do destino junto dos portugueses. Este é um conceito inovador que tira partido do espaço – no qual circulam centenas de pessoas – para divulgar o maior destino de férias nacional. O pequeno «quiosque» consiste num balcão de atendimento com plasma onde será distribuído material informativo do Algarve. A acção, que prevê a passagem do módulo por seis shoppings diferentes até Novembro, tem um custo de 100 mil euros.
Algarve convida em Vigo
Remodelações continuam Os pontos de atendimento ao turista de Quarteira e do Carvoeiro vão ter uma nova cara até ao Verão. As construções arrancam em Março e Abril, respectivamente, e introduzem as linhas modernas das estruturas da Praia da Rocha e de Silves, inauguradas no ano passado. O posto de Quarteira, implantado na Praça do Mar, passará a ter sede na área do calçadão, enquanto o do Carvoeiro surgirá no sítio do edifício actual, que será demolido. No âmbito do projecto de uniformização da imagem dos postos de turismo, também o de Albufeira foi alvo de obras, tendo reaberto ao público em Janeiro com o interior renovado.
Maqueta do posto de Quarteira
Dar a volta ao Algarve turístico sem sair do mesmo espaço, aproveitando para marcar férias a preços especiais, é a sugestão da feira de turismo «Algarve Convida» que agora se estende a Vigo. Cerca de cinquenta participantes vão tentar convencer os espanhóis a visitar a região algarvia, numa acção conjunta do Turismo do Algarve e da Associação Turismo do Algarve. A feira decorre de 16 O Turismo do Algarve assumiu a gestão do posto de turismo do a 17 de Maio. aeroporto internacional de Faro, antes partilhada com o Turismo de Portugal. Desde Fevereiro que aquela estrutura está inteiramente sob a alçada da entidade regional, agora responsável por 21 postos. O processo de transferência da gestão abrange a utilização do estabelecimento, dos seus equipamentos e bens. O Turismo
Mais um posto para o turismo do Algarve
do Algarve recebe ainda os meios financeiros para o funcionamento desta estrutura que atendeu 63 mil pessoas em 2008.
diz que disse
«[2009] é o ano em que se vai ver quem tem calça curta.» Miguel Carvalho Marques, CEO Orizonia Portugal, in Publituris
AIDA na abertura do FIMA A ópera Aida, do italiano Giuseppe Verdi, abre o ciclo de 25 espectáculos da 31.ª edição do Festival Internacional de Música do Algarve (FIMA). Composta no final do século XIX, a obra chega ao Algarve através de uma super-produção da grande Ópera de Kazan, da Rússia. Nos dias 10 e 11 de Abril, a célebre ópera encomendada a Verdi pelo governo egípcio estará no Teatro das Figuras, em Faro. No dia 12 de Abril sobe ao palco do Pavilhão do Arade. O FIMA tem direcção artística do maestro Osvaldo Ferreira e é organizado pelo Turismo do Algarve, numa co-produção com o Teatro Municipal de Faro. Os sons e a dança vão percorrer a região até 31 de Maio.
«O Turismo de Portugal vai fazer uma campanha forte de turismo interno, e nós [Netviagens] também queremos surfar essa onda.» Francisco Sá Nogueira, administrador da ES Viagens, in Expresso
«A pressão das vendas cega qualquer um. (…) Mas apesar desta pressão constante, deve haver quem saiba tirar os olhos do chão e olhar mais além. Alguém que levante a cabeça, partilhe a sua visão [de posicionamento da marca Portugal] com os vários stakeholders e saiba projectar os resultados no depois de amanhã.» Duarte Durão, managing partner da Nossa, in Meios & Publicidade
«[As companhias low cost] são o subprime do turismo (…). Vivem de subsídios, de patrocínios, de boas-vontades e de engenharias financeiras – as mesmas que nos mergulharam nesta crise.» Timóteo Gonçalves, director-geral da Halcon Viagens, in Metro
trade em notícia :: 15
Este lugar ao sol é seu. Para ver as suas notícias aqui publicadas, só tem de escrever para o e-mail lugar.sol@turismodoalgarve.pt.
Versailles algarvia abre em Abril A Pousada de Estoi, construída no palácio do século XVIII de geométricos jardins de estilo francês, vai abrir ao público já em Abril. Todas as zonas comuns do palácio e os exteriores – jardins, pavilhões de chá, casa do caseiro, cavalariças e galinheiros – foram restaurados num projecto assinado por Gonçalo Byrne. A unidade está localizada na pequena cidade de Estoi, a 10 quilómetros de Faro, e dispõe de 63 quartos, Spa, piscina, restaurante, bar, salas de eventos e uma antiga capela. A divisão mais emblemática do palácio é o salão nobre, pintado com folha de ouro original oitocentista, que agora é uma sala de jantar sumptuosa, ao estilo principesco. O edifício senhorial pertence desde 1987 à Câmara de Faro, que entregou a obra de adaptação ao grupo ENATUR – Pousadas de Portugal.
Rota Faro-Paris inaugura em Julho Faro vai estar a pouco mais de uma hora e meia de Paris a partir de 11 de Julho, com a nova ligação aérea da low cost britânica easyJet. Os voos serão operados às quartas, aos sábados e domingos, com partida da capital algarvia às 15h30 e às 16h10 rumo ao aeroporto de Orly. Mais informações em www.easyJet.com.
Portugal maior O país é grande, maior do que pensamos, e com muito para descobrir. Esta é a ideia da nova campanha do Turismo de Portugal para promover as treze regiões turísticas nacionais junto dos portugueses. Nas ruas – em mais de seis mil mupis e outdoors –, na televisão, na rádio, no cinema, na Internet, na imprensa e nos transportes públicos, a campanha interna custa quatro milhões de euros. «Descubra um Portugal Maior» é o slogan em circulação até ao final do ano, numa produção da empresa My Brand que engloba ainda o lançamento do portal www.descubraportugal.com.pt.
Spa Vila Joya no top do Sunday Times As velas cintilantes, os recantos secretos e os ambientes de inspiração marroquina do Spa do Vila Joya foram os factores responsáveis pela integração deste espaço de saúde e bem-estar na lista dos «cinco Spas em grandes hotéis» escolhidos pelo jornal inglês «Sunday Times». O nome do Spa do Vila Joya, situado na praia da Galé (Albufeira), surge entre outros de França ou Nova Iorque para um momento único a dois.