ID: 74927095
11-05-2018
Meio: Imprensa
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Semanal
Área: 17,70 x 24,00 cm²
Âmbito: Viagens e Turismo
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A\A .-.:EX.P.EDIÇÃ11À\IELA M SEIS IAS E ETE...N.Oihíj Há 55 milhas para velejar do extremo leste algarvio até terras alentejanas, parando emalçielas e vilas raianas que têm no grande rio do sul o seu mais bonito espelho. De Olhão ao Pomarão, navegar é preciso. PETFtAL ALVES CONSTANTINO LEITE • .--• • •
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Cores: Cor
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QUEMQUISER PODE PARTICIPAR NAS TAREFASA BORDO. O SKIPPER RICARDO BARRADAS DÁ AS INSTRUÇÕES E FAZ QUETUDO PAREÇA SIMPLES.
Meio: Imprensa
Pág: 18
País: Portugal
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Âmbito: Viagens e Turismo
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esmo quem prefere ter os pés bem assentes no chão há de guardar, mais ou menos camuflado, o ímpeto de navegador. Talvez tenha que ver com o património genético português esta vontade de descoberta, deaventura. de iralém «enquanto houver ventos e mar», como canta Jorge Palma. Quando se entra no veleiro Beneteau Oceanis 40, na ma rina de Olhão, para dar início à expedição, o ADN acorda: até os que gostam de terra firme se sentem confiantes, dispostos a navegar até à índia e a enfrentar os elementos. Porém, o percurso proposto para esta viagem é bem mais curto, tranquilo e contemplativo. A partir de Vila Real de Santo António, o veleiro segue pelas águas calmas do grande rio do sul. Ainda assim, está-se exposto ao arbítrio da natureza e ao facto de se estar num meio - o aquático - que seguramente não foi desenhado a pensar nos humanos. E por isso desafia tanto quanto deslumbra. Há que ter em conta as marés, os ventos, a profundidade do rio. Há que saber lidar com a imprevisibilidade consequente. O itinerário pode mudar, os horários podem mudar, masa viagem continua a ter alma de expedição.
Meio: Imprensa
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M
Ricardo Barradas, o skipper que lançou e conduz esta aventura, vai mudando a direção do leme e do programa consoante as exigências da natureza. Fá-lo com tranquilidade e boa disposição, provavelmenteporjá ter percebido que não vale a pena remarcontra a maré. Antes de se dedicar ao mar e criar a escola náutica Algarve Cruising Center, que além de cursos oferece expedições à vela, Ricardo foi professor. As suas apetências pedagógicas são aplicadas durante a expedição, já que todos são convidados a participar. Por «todos» leia-se quatro pessoas, em duas cabinas du plas, a partilhar os espaços comuns. Quem quiser dar o corpo ao manifesto e ajudara ca-
A bordo do veleiro Beneteau Oceanis 40, da Algarve Cruising Center, há duas cabinas confortáveis, cozinha equipada e sala de estar. Doze metros de casa flutuante.
çar a adriça (puxar o cabo que iça as velas); a colocar as defensas (ou seja, as boias reforçadas que se colocam ao longo do casco para o proteger); ou mesmo a aproar ao vento (que é como quem diz, para proa na linha do vento, manobrando a roda do leme) é muito bemvindo, ainda que seja novato nas lides náuticas e nunca tenha feito daqueles nós cheios de voltas. Ricardo vai dando instruções num tom calmo e assertivo. o que faz que aquelas manobras pareçam simples. E se a bordo há todo um novo mundo a conhecer. em terra, quando a embarcação atraca no cais, exploram-se a cozinha, a história e a cultura de lugares perdidos no tempo.
EXPEDIÇÃO AO GUADIANA
A expedição ao Guadiana é organizada pela Algarve Cruising Center e levada a cabo num Beneteau Oceanis 40, veleiro de 12 metros com três cabinas, uma em suite, além de casa de banho comum, cozinha equipada e sala de estar.
Preço: 800 euros/pessoa, em cabina dupla, incluindo seis noites, seis almoços, dois jantares. Não inclui pequeno-almoço nem bebidas alcoólicas. ALGARVE CRUISING CENTER
Tel.: 912263263 Web: algarve-cruising.com
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DA
PONTO DE PARTIDA: OLHAO
Ricardo escolheu Olhão como ponto de partida da expedição. Coincidência ou não, a verdade é que a história da cidade cubista encoraja os navegadores de primeira viagem. Na marina está atracada a réplica do caíque Bom Sucesso que levou ao Brasil, em dois meses de 1808, 17 homens sem instrumentos de navegação, apenas com um mapa náutico rudimentar. Terão ido levara boa novaao príncipe regente D. loão, apregoando, e bem, que os olhanenses conseguiram correr comas tropas francesas que. à época, ocupavam o território nacional. Aliás, foi este feito que valeu a Olhão o título de Vila de Olhão da Restauração. Ora, se há mais de duzentos anos eles partiram de Olhão e atravessaram o Atlântico, hoje não há nada a temer sobretudo se a travessia for de 30 milhas até á foz do Guadiana, num veleiro moderno com computador de bordo. Uma das premissas do passeio proposto por Ricardo é descobrir lugares que ainda não foram totalmente colonizados pela globalização.
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País: Portugal
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O primeiro a visitar é o núcleo da ilha da Culatra, a única da ria Formosa com urna comunidade residente constante de cerca de mil habitantes e uma série de valências como centro de saúde, escolas, centro de dia ou multibanco. Com a ajuda da Associação de Moradores, presidida por Sílvia Padinha há 26 anos, esta comunidade piscatória tem conseguido preservar a sua identidade e melhorar as condições de vida, propósito que levou
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À chegada ao cais da Culatra, uma aula informal sobre a faina da ostra, um dos meios de sustento da ilha. Para prová-las, basta procurar o restaurante João Farol.
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Pág: 21
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A CULATRA É A ÚNICA ILHA DA RIA FORMOSA COM POPULAÇÃO RESIDENTE, EM TRÊS NÚCLEOS - UM DELES EM TORNO DO FAROL.
a um dos momentos mais marcantes da sua história: o boicote das eleições legislativas de 19 de julho de 1987. Na Culatra, a populaçãoviveessencialmente do mar e da ria: «Há oitenta pequenas embarcações de pesca artesanal e quase todos os habitantes têm viveiro de ostras e amêijoas», comenta Silvia, elaprópriaprodutora de ostras. São produções pequenas, muitas delas tratadas por mulheres: «O homem vai para o mar e a mulher trata dos viveiros evai mariscar.» Ao chegar ao cais da Culatra, umaverdadeira aula prática sobre como trabalhar a ostra. Ali, faz-se a triagem e mudam-se as ostras de sacos (onde são criadas), cuja malha vai aumentando à medida que o bicho vai crescendo. Estes sacos são depois colocados novamente na ria, que providencia o alimento. As'ostras são criadas desde o tamanho de um grama até aos 80 ou 100 gramas, num processo que leva 18 meses. O resultado está à prova em vários restaurantes da ilha, como o do João Farol. Para Sfivia , as melhores ostras comem-se cruas com molho vinagrete: cebola, vinagree vinho branco.
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O TRAÇADO GEOMÉTRICO DA BAIXA DE VILA REAL LEMBRA O DA BAIXA DE LISBOA. AMBAS TÊM MÃO DO MARQUÊS DE POMBAL.
APA IRRA SEVRE A VISTA: iE V EA EAL_ E SANTO ANTA 10 A GUERREIROS RIO A partir da Culatra deixa-se a ria Formosapara entrar no mar, onde aagltação pode ser acentuada. Quem conseguir lidar com ela de sorriso no rosto conquista o direito de estar num meio que não é o seu. Trinta milhas depois - mais um azul sem fim, um almoço a bordo, uma vela içada e um vento manso - entra-se, pela foz do rio, numa Vila Real de Santo António planeada pelo Marquês de Pombal e construída de raiz depois do terramoto de 1755.0 barco fica na marina e os viajantes começam a desbravar terra firme. Testemunham que o traçado geométrico da Baixa, Inspirado na Baixalisboeta, inclui uma série de ruas pedonais animadas por comércio local e esplanadas. Do centro, todos os caminhos - ou quase - vão dar ao farol de Vila Real de Santo António, um dos elementos emblemáticos desta cidade de matriz piscatória e de afamada indústria conserveira. Com 46 metros de altura e um alcance de 48 quilómetros. oferece do topo da torre circular a
melhordasvistassobre o mar, orioea malha urbana. «Qual o farol onde mais gostei de trabalhar? Em todos. Sou faroleiro há 35 anos.» Com orgulho no que faz. Carlos Pacheco apresenta a ótica - a partemais emblemática do farol - eexplica o trabalho do faroleiro. Mostraos cantos à casa como se acasafossesua.E,em parte, é. Com dois outros faroleiros, Carlos é responsável pelo «farol, seis farolins, sete bolas e 123 balizas». Algumas delas assinalam o canal navegável do rio entre Vila Real de Santo António e Alcoudm. De um lado Portugal. do outro Espanha. Ao centro, o Guadiana, que faz fronteira duas
vezes (primeiro entre o rio Caia e a ribeira de Cuncos, e depois desde o rio Chança até à foz); em que navegavam embarcações para o transporte de minério e barcos de pescadores; que guarda o maior lago artificial da Europa, a barragem do Alqueva, construída para fins de regadio e abastecimento de água. O Guadiana é um rio de trabalho. O turismoveio muito mais tarde. Nas margens entre o sapal de Castro Marim e Guerreiros do Rio há várzea fértil com várias hortas. Em declive pouco acentuado, foram-se erguendo localidadesvoltadaspara o
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11-05-2018
Meio: Imprensa
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EM VILA REAL DE SANTO ANTONIO, MESA COM LINGUEIRÃO
Do centro de Vila Real de Santo António, quase todos os caminhos vão dar ao emblemático farol, que se ergue a 46 metros do chão. A vista do topo (à esquerda) é imensa.
espelho de água. Guerreiros, como é carinhosamente chamado na região, é uma delas. Destaca-se como ponto de paragem obrigatória não só para embarcações mas também para quem percorre a Estrada Municipal 507, marginal ao Guadiana, recomendada pelas paisagens que o rio e as suas margens oferecem. Em Guerreiros, abre as portas o Museu do Rio que, apesar de modesto, não deixa de «olhar o Guadiana por dentro», narrando, através de textos, desenhos e fotografias, a história do comércio fluvial que se fazia até Mértola, a ligação ao minério, os tipos de pesca artesa-
nal. e a atividade do contrabando durante o periodo do Estado Novo. Desde 2008. exibe ainda a exposição permanente Barcos Tradicionais do Baixo Guadiana, de José Murta, composta por réplicas, em miniatura, dos barcos que ali circularam até meados dos anos 1960. Seguramente bem diferente dessas embarcações, o veleiro liderado por Ricardo Barradas desliza com a mesma suavidade de um carrinho de choque numa pista gigante. Rio acima, ajudam as balizas de que o faroleiro Carlos Pacheco falava. Há que passar entre elas para evitar imprevistos.
Há quem defenda que a cultura de um povo se conhece através do que ele come. Em Vila Real, a proximidade ao mar e ao rio influencia o que se encontra à mesa da maioria dos restaurantes locais. As tradicionais estupeta e muxama são disso exemplo. Ambos decorrem do aproveitamento do atum - sujeito a um processo de salga - pescado nesta costa desde o tempo em que se construíam almadravas. Mas há outras especialidades. Os fás de lingueirão têm no centro da cidade duas opções dignas de nota. No restaurante da Associação Naval do Guadiana, entre cataplanas, espetadas e açorda de marisco, destaca-se o arroz de lingueirão (na imagem acima) servido em tacho de ferro preto. 0 espaço é bonito e voltado à foz, apreciável através das vidraças. Num ambiente menos sofisticado, numa rua residencial da cidade, o Cá Te Quero serve feijão de lingueirão, feito com feijão branco e a quantidade certa de açafrão. ASSOCIAÇÃO NAVAL DO GUADIANA Avenida da República, Vila Real de Santo António. Tel.: 281513038. Web: anguadiana.com Das 12h00 às 15h00 e das 18h30 às 22h30. Não encerra. Preço médio: 20 euros CA TE QUERO Rua do Exército, 43, Vila Real de Santo António, Tel.: 281541944 Das 10h00 às 23h45; segunda, até às 16h00. Não encerra. Preço médio:10 euros.
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3' TA PO TERRAS DO CONT R ABANDO
11-05-2018
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Corte: 9 de 12
De Alcoubm (à direita) avista-se a espanhola Sankkar de Guadiana (em dma). A estátua do guarda-fiscal lembra os tempos do contrabando entre as vilas vizinhas.
A chegar a Alcoutim percebe-se que o rio é faz questão de manter viva a memória destes hoje casa de uma série de pessoas, na maio- tempos, tendoedificado duas estátuas dos dois ria estrangeiros, que vivem nos seusveleiros, protagonista da história do contrabando: a esliteralmente à margem. O Guadiana tem esta tátua do contrabandista, junto ao rio, e a estáveia desviante, não tivesse ele sido cruzado tua do guarda- fiscal, no miradouro do quiospelo contrabando, meio de sobrevivência de que. A Guarda-Fiscal tinha aqui o posto centantos. Em 1936, no inicio da Guerra Civil Es- tral e uma série de outros postos, todos eles panhola, foi suspenso o trânsitoaduaneiro en- comunicantes, ao longo do rio. Os refugiados tre Sanlúcar de Guadiana e A Icoutim, as vilas da Guerra Civil Espanhola e os contrabandisespanhola e portuguesa que todos os dias se tas eram os principais alvos a apanhar. olham de frente. Os habitantes das duas marOutro momento que assinala o comércio gens sofreram com esta interrupção que os fora-da-lei ocorre todos os anos e dá pelo noprivava de continuar com o vigoroso comér- me de Festival do Contrabando, tráfico de arcio, o que terá intensificado a prática de con- tes no Guadiana. Em março, aquela mesma trabando cujo lastro vem desde o tempo em paisagem que desafiava a pobreza e ser via de que se demarcaram os limites fronteiriços en- passagem ilícita de mercadorias é palco de vátre Portugal e Espanha. rios projetos culturais e de uma ponte flutuanNa altura da guerra espanhola, os contra- te que atravessa o rio, unindo as populações de bandistas levavam produtos que por lá eram Sanlúcar e de Alcoutim. escassos. Café, açúcar, farinha, ovos, entre ouO contrabando é coisa do passado e Alcoutros, eram colocados em sacos, previamente tim é terra de paz, como comenta o dono do oleados, atados depois com uma corda. Uma único restaurante indiano da vila. «Só falta vez na margem oposta, homens e mulheres um restaurante japonês, de resto, há tudo», transportavam àscostasa mercadoriaaté che- diz com o sorriso aberto de quem encontrou garem aos compradores. A vila de Alcoutim o lugar ideal para viver.
A BANHOS, EM ALCOUTIM
No verão, as temperaturas podem chegar aos 40 graus em Alcoutim. Há quem se banhe no Guadiana, mas bem mais segura é a praia fluvial do Pego Fundo, a 500 metros do centro da vila. A água que a abastece é proveniente da «albufeira de Alcoutim, sendo renovada diariamente e atingindo, durante a época estival, temperaturas na ordem dos 28'», garante o website da autarquia. PRAIA FLUVIAL DO PEGO FUNDO G PS. 37 4720, -7.4767
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No Guadiana, entre Portugal e Espanha, reside urna comunidade, na maioria estrangeiros, em veleiros-casa. Rio acima, aporta-se no Pomarão, com o sentido nas bochechas de porco do restaurante A Maria (a direita).
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DE ALCOUT V AO PO VARRO, E SILÊ `CIO É tempo de fundear no meio do rio, de contemplar as margens que se elevam um pouco mais, de ouvir o sussurrar do vento, de encher o caiaque e remar pela ribeira do Vascão e ficar ali. num dos principais afluentes do Guadiana, a apreciar a paisagem. O veleiro parece um poço sem fundo:guarda, além de um caiaque insuflável para três pessoas, bicicletaspara quem querpedalarpelas aldeias. Não é um barco veloz, foi pensado parapasseio e por isso oferece conforto. Aldeia de ir de caiaque pela ribeira surge como exequível porque a noite foi bem donnidaa bordo desta espécie de casade 12 metros. Há disposição para a remada, porque a recompensa será preparada na pequena mas muito digna cozinha apetrechada com frigorífico, capaz de colocar à temperatura ideal o vinho branco que sequer beber enquanto se desliza até ao Pomarão, terra alentejana do concelho de Mértola. A história do Pomarão não é antiga e está umbilicalmente ligada à mina de São Domingos. Entre1854 e 1967, a Mason & Barry extraiu mais de 20 milhões de toneladas de minérios da mina, grande parte para exportação.
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11-05-2018
Meio: Imprensa
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EVASÕES RECOMENDA
COMER SHIVA
Rua Dr. João Dias, 3 C, Alcoutim. Tel.: 920033009 Das 11h00 às 23h45. Não encerra. Preço médio:12 euros RESTAURANTE A MARIA Poetarão (Mértola) GPS: 37.5557, -7.5234 Tel.: 286655335 Das 10h00 às 21h00. Não encerra. Preço médio: 8 euros RESTAURANTE JOÃO FAROL Ilha da Culatra (Faro) Das 08h00 às 00h00. Tel.: 964615501 Encerra à quinta; de Junho a setembro não encerra. Preço médio: 10 euros
No veleiro da Algarve Cruising Center cabe tudo. Incluindo bicicletas e um caiaque insuflável, para explorar os recantos e as margens do Guadiana.
Para facilitar o circuito, a empresa britânica «Só decidi abrir o restaurante quanconstruiu uma das primeiras linhas ferroviá- do anunciaram a construção da ponte.» rias de Portugal: ligava, percorrendo uma ex- Maria Pinto, dona e cozinheira do restaurantensão de 17 quilómetros, a mina a um ponto te A Maria, refere-se à Ponte Internacional onde o rio fosse navegável, o Pomarão. Aqui, do Baixo Guadiana. Conhecida como Ponte do antigo porto saiam barcos carregados de do Chança é, para o Pomarão, a promessa de minério até Vila Real de Santo António, onde visitantes espanhóis que ali chegam, sobrea carga passava finalmente para embarcações tudo. para comer. No restaurante A Maria há de maior tonelagem que a levavam a países dois pratos diários; se for dia de bochechas como Inglaterra ou Alemanha. No Pomarão, de porco, é aproveitar. o que resta desta estrutura é visitável e, apeA tranquilidade desta aldeia construída sar de estar ao abandono, não deixa esquecer em patamares, toda voltada ao rio, aliada aos a memória da atividade que fez prosperar a restos (imortais) da sua história que ali contialdeia até a mina deixar de laborar. Nessa al- nuam, desde o século xix, faz do Pomarão um tura, em 1967, muitos foram os que procura- lugar romântico e o sitio certo para discorrer ram melhor qualidade de vida nas cidades. sobre o lema «Navegar é preciso!». •
VISITAR
A HIST I RIA DO POMARÃO ESTÁ LIGADA À MINA DE SÃO DOMINGOS. O MINÉRIO ERA ESCOADO A PARTIR DESTE PORTO FLUVIAL.
MUSEU DO RIO Guerreiros do Rio (Alcoutim) Tel.: 281540500 Das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Encerra ao domingo e à segunda. Entrada: 2,50 euros. FESTIVAL DO CONTRABANDO Alcoutim Todos os anos, em março Web: facebook.com/ festivaldocontrabando Esta viagem teve o apoio da Região de Turismo do Algarve
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11-05-2018
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Âmbito: Viagens e Turismo
Corte: 12 de 12
TAPIOCA O «PÃO» DE ORIGEM TUPI QUE INVADIU PORTO E LISBO
NAS BANCAS
1,60€
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GUADIANA À VELA PELO GRANDE RIO DO SUL DA RIA FORMOSA AO INTERIOR ALENTEJANO, UMA VIAGEM COM SABOR A EXPEDIÇÃO, PARA CONHECER A PAISAGEM, AS HISTÓRIAS, A CULTURA E OS SABORES DE UM PORTUGAL QUE AINDA NÃO SE DEIXOU MASSIFICAR ,,,,
•: I f4*Ati
4. •
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- BRANCOS TINTOS riPncTS SETE VINHOS PARA PETISCADAS AO AR LIVRE
*ESTA REV STAFAZRÁRTE INTEGRANTE DASËOILOES DESEXTA- EIRA DO DIÁRIO DE NOT CIAS E DOJORNAL D€ NDj çA.VAPAIMEI t~ r4 rh — -
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SEMANAL DE 11 A 17.DE MAIO DE 2018
11111i 11 :•'! ;, 290 ri 1 3 ,6
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