Educação
Por: Larissa Villela CRP 06/119026 Psicóloga clínica; especialista pelo CEPSIC - HC - USP Psicóloga no Colégio Hipercubo Instagram: @psilarissavillela
Pais e filhos: a importância
do vínculo emocional Existe uma frase que quando eu li pela primeira vez meu coração queimou dentro de mim, não somente por ser psicóloga, mas também por ser mãe: “As crianças nunca devem se esforçar por nosso amor, elas devem descansar nele”, Dr. Gordon Neufeld. A maioria de nós tem uma crença interna de merecimento em muitos dos nossos relacionamentos, “preciso me esforçar para ser amada (o)”, crença errada, principalmente quando falamos do vínculo com nossos filhos, Freud já dizia: “Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!”. Se quisermos filhos seguros, independentes, saudáveis, felizes, precisamos fortalecer nossos vínculos com eles. O autor do livro Pais Ocupados, Filhos Distantes (um dos maiores best-sellers sobre relações familiares), o psicólogo canadense Gordon Neufeld, afirma que a dificuldade de aprendizagem, atividade sexual precoce, uso de drogas, entre outras, são consequências da perda de apego emocional dos filhos em relação aos pais. Ele assegura que as pessoas que não perderam essa ligação emocional com seus pais tornam-se adultos bem-sucedidos e independentes na vida. Em seu livro, Neufeld afirma que ter um vínculo emocional não significa controlar os filhos, tomar decisões por eles, nem educar futuros adultos sem força de vontade. O principal problema do nosso tempo é que estamos tentando cedo de-
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mais tornar nossos filhos independentes, como se estivéssemos deixando-os de lado. Acontece que as crianças precisam de um ponto de referência, tanto na infância quanto na adolescência. Uma das coisas que têm roubado muito do tempo de qualidade entre as famílias são os eletrônicos e os jogos on-line, é muito importante identificar o que está levando seu filho(a) a focar tanto nos jogos. Nesse sentido, fortalecer o vínculo é um grande desafio, mas faça uma pergunta a si mesmo(a): quanto tempo você se dedica ao seu filho? Quanto você mostra interesse real pelas coisas dele? Quanto ele se sente seguro(a) para conversar com você? Criar um vínculo emocional com um bebê é muito mais fácil do que recuperá-lo quando já é adolescente ou adulto. Mas é possível conseguir isso, por exemplo, organizando passeios/viagens em família, fazendo as refeições mais importantes do dia juntos, tendo tempo de qualidade. Outro ponto importante: deixe a criança/adolescente sentir que você está ali para ajudá-lo(a) e guiá-lo(a), que está feliz com sua existência como ele é, e não por que é o orgulho da família ou a primeira em suas qualificações. Fazer uma criança se sentir culpada ou indigna para fins educacionais ou comportamentais não é o melhor caminho! De 0 a 10, como anda seu relacionamento com seu(s) filho(s)?
