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Saúde

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Por: Alecsandra Dias Barbosa Psicopedagoga e Neuropsicóloga do CEAI - Centro Educacional Arco-Íris Nova Geração

A importância do protagonismo do aluno frente ao avanço tecnológico

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A escola sempre foi o lugar em que os estudantes aprendem muito mais do que apenas o conteúdo obrigatório. Eles se desenvolvem diariamente e aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo.

Ao incentivar que os alunos sejam criativos, comunicativos, responsáveis e saibam buscar soluções para problemas, a escola propõe um ambiente mais dinâmico, em que os alunos têm voz ativa no próprio aprendizado.

Dessa forma, a escola que coloca o aluno como protagonista também ensina autonomia, pensamento crítico, curiosidade científica, liberdade de expressão e outros valores que formam cidadãos conscientes e participantes ativos da sociedade.

Para iniciar esse trabalho o professor pode começar dinamizando as aulas por meio das metodologias ativas, incentivando o debate e utilizando novos recursos para prender a atenção dos estudantes.

Mas sabemos que colocar esse conceito em prática não é muito simples. E basta olhar para a história para entender o porquê. O sistema escolar ainda tem resquícios dos seus moldes primários. A organização das carteiras, a figura centrada do professor, o quadro negro… tudo isso apontava para uma hierarquia onde o professor era detentor total do conhecimento e o aluno era apenas um sujeito passivo, recebendo e memorizando informações repassadas por uma autoridade. Com a revolução tecnológica, o infinito acesso a informações e uma globalização cada vez mais fortalecida, esse modelo tornou-se ultrapassado. Questionar o professor passou a ser comum devido a tantas e tantas informações à nossa disposição. E isso trouxe mais autonomia e protagonismo para os alunos.

Os celulares e computadores, que antes eram considerados objetos voltados muito mais para o lazer, acabaram virando grandes aliados para o protagonismo. Os alunos utilizam de sua criatividade junto com a desenvoltura às novas tecnologias para interagir e elaborar trabalhos, favorecendo a construção do conhecimento significativo. Alguns estudos já comprovam essa eficácia na aprendizagem baseada em projetos, metodologia na qual o aluno coloca a mão na massa e realiza um produto final sobre um determinado tema aprendido em sala de aula.

Colocar o protagonismo do aluno em prática é uma construção coletiva que deve ser aplicada em todos os momentos. Como o objetivo maior é incentivar a autonomia e formar cidadãos preparados para enfrentar os desafios do mundo, o aluno precisa aprender a tomar decisões e ser instigado a buscar conhecimento.

Por: Thais Alves Almeida - Pedagoga Vice-diretora Pedagógica do Colégio Hipercubo

Adaptação escolar: quanto mais tranquilo e transparente o processo, mais confiança da família

Um dos momentos mais desafiadores para uma criança é o início de sua vida escolar. É nesse período que muitas famílias perdem o sono por terem de enfrentar a tão famosa e, por vezes temida, adaptação.

Quem nunca se sentiu inseguro em deixar o seu filho pela primeira vez na escola, não é mesmo?

Os primeiros dias não são fáceis. Encontramos choros, resistência para soltar do colo dos responsáveis e até mesmo para entrar na escola. Nesse momento uma equipe pedagógica preparada faz toda a diferença, pois com muita sabedoria e acolhimento consegue conduzir a criança no novo ambiente de forma que ela se sinta o mais segura possível.

O processo de adaptação só tem início efetivamente quando a família se desvincula da criança e se mostra aberta para receber orientações. Vale ressaltar que isso não se torna uma regra, uma vez que algumas crianças desejam tanto o ambiente escolar que se familiarizam com muita facilidade desde o primeiro contato. Por essas razões, listamos abaixo 10 pontos importantes a serem levados em consideração para que esse ciclo seja seguro: 1- Conheça diversas escolas, converse com a equipe pedagógica, entenda a proposta e também como é o processo de adaptação naquela instituição de ensino. A segurança que você deseja transmitir ao seu filho está intimamente ligada ao local onde você irá deixá-lo; 2- Conheça os professores, auxiliares e a equipe que acompanhará seu filho nessa adaptação; 3- Leve a criança para conhecer o ambiente e explique para ela que será nesse lugar que ela viverá momentos de muita diversão, aprendizado e aventura; 4- Em casa, continue reafirmando para a criança que ela irá para a escola e que será divertido encontrar muitos amigos; 5- Peça para a criança ajudar a organizar o material que levará para a escola todos os dias. Crie uma rotina e, caso necessário, permita que ela leve um objeto transicional (naninha, chupeta, travesseiro etc.), pois isso contribuirá para um processo mais tranquilo; 6- Durante o caminho, reforce quanto o dia dela será prazeroso. Ao entrar no ambiente, entregue o seu filho para a professora e se despeça, dizendo o que irá fazer e que logo voltará para buscá-lo. Se disser que vai buscá-lo após o lanche ou depois do período de soneca, cumpra com sua fala. Assim você estará criando a confiança e segurança que ele precisa; 7- Se ao chegar no colégio seu filho chorar copiosamente, não demonstre que estão inseguros em deixá-lo. Converse com a equipe pedagógica e coloque em prática o plano de adaptação escolar da instituição. Esclareça todas as suas dúvidas, pois a família também está em adaptação e é primordial que seja igualmente acolhida; 8- Nos primeiros dias, busque a criança antes do horário previsto para o término da aula. Acione uma rede de apoio e evite que ela seja a última a ir embora enquanto passa por esse período. Caso ela esteja bem e sentindo-se confortável, deixe que aproveite o ambiente até o final do dia. Ao buscá-la, reforce o quanto ficou feliz e, de forma natural, estabeleça um diálogo para saber o que ela fez durante o período que os pais ficaram ausentes; 9- Nunca associe a escola a algo ruim. Evite que ela esteja relacionada à punição, por exemplo: “se você continuar fazendo birra ou não se comportar, vou te deixar aqui”. Também não ofereça recompensa para a criança ir à escola, uma vez que se trata de uma prática diária; 10- Não interrompa uma adaptação. Em algum momento a criança passará por esse processo novamente e você só irá prolongar uma decisão inadiável. Há casos em que existe uma necessidade real de rompimento, mas busquem sempre orientação da equipe pedagógica para ajudá-los.

As adaptações escolares não têm um tempo determinado para que comecem ou terminem. Cada criança tem seu tempo e deverá ser olhada e assistida individualmente.

A equipe deverá estar preparada para tornar as experiências dessa criança as mais agradáveis possíveis, viabilizando a criação de laços afetivos e de confiança. O professor será o responsável por apoiar e ofertar à criança brincadeiras e promover a socialização. Um vínculo que contribuirá de forma significativa para essa nova fase do desenvolvimento da criança.

Depois de um determinado período, passará a existir uma relação de confiabilidade na qual escola e família assistirão, juntas, a todas as fases e evolução do desenvolvimento da criança.

Nenhuma adaptação se torna fácil se construída sozinha, por esse motivo a parceria entre a escola e as famílias é tão importante. Portanto, para que esse momento seja tranquilo e sem traumas, a escola e a família precisam caminhar juntas, fortalecendo os laços de confiança, empatia, respeito e amor. Dessa forma a criança se sentirá confortável e passará por esse processo de forma leve e natural.

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