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UFPB Ano II . Número 9 - Outubro 2014

Prenúncio rosa O mês de novembro marcou os dois primeiros anos da gestão da primeira mulher reitora da Universidade Federal da Paraíba. Num Brasil ainda marcadamente dominado pelos homens, Margareth Diniz amplia e qualifica os horizontes da Instituição, tendo como principal componente a política da participação democrática.

Portão de acesso situado entre Residência e Hospital Universitário


Sumário

Administração Reitora:

4 • REUNI - 2014 marca formação das primeiras turmas

Margareth De Fátima Formiga Melo Diniz

6 • A UFPB ocupa atualmente a primeira coloação em inovação de softwares

Vice-Reitor: Eduardo Ramalho Rabenhorst

8 •  Corredores ecológicos

Chefia de Gabinete:

9•  Zoonoses

Aline Sá

10 •  CCHLA 40 ANOS- Aula Magna marca Comemoração

Pró-Reitoria de Administração (PRA): Zelma Glebya Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE):

12 • CCS 40 ANOS- Atendimento à comunidade é referência do Centro

Thompson de Oliveira

14 • CONCERTOS INTERNACIONAIS - Série se consolida como meio de intercâmbio

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC):

16 •  BITWEEK - Evento é um dos maiores do NE

Orlando Vilar

18 • MOBILIDADE URBANA - Professor é referência e autor do projeto em JP

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP):

22 • AÇÃO COMUNITÁRIA - Atuação visa minorar vulnerabilidade social

Francisco Ramalho Pró-Reitoria de Graduação (PRG):

24 • NÚCLEOS DE DESENVOLVIMENTO - Sustentabilidade de 57 municípios é a meta

Ariane Sá

26 • CONSULTORIA FINANCEIRA - Escritório do CCSA atende público gratuitamente

Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN): Marcelo Sobral

27 •Estudante participa da ComicCon Experience

Pró-Reitoria de Pós Graduação (PRPG):

28 • GRADUAÇÃO - Administração prima por qualidade da formação

Isac de Medeiros Prefeitura Universitária (PU):

31 • PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO - Novos rumos garantem melhoria de índices

Sérgio Alonso

35 • GESTÃO DE PESSOAS - Qualificação de técnicos busca melhorar serviços

Superintêndencia de Tecnologia da Informação (STI):

36 •  ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL - Qualificação de técnicos busca melhorar serviços

Pedro Jácome

38 • Investimentos buscam otimizar processos 40• Licenças e projetos são priorizados pela PU 42• MOBILIDADE - Gestão amplia convênios 44• NOVO ESTATUTO - Centros se destacam com formulação de propostas 46• EDITORA UFPB -  Prioridade é informatizar e publicar e-books

Equipe UFPB em Revista Foto capa Francisco Júnior

Derval Golzio Editor

Luan Matias Redator/Estagiário

Peter Shelton Redator/Estagiário

CONTATO ufpbemrevista@gmail.com facebook.com/ufpbemrevista TIRAGEM 1.000 unidades UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

Wallyson Costa Redator/Estagiário

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Romulo Jefferson Redator/Estagiário

Kamilly Lourdes Projeto Gráfico e Diagramação

João Pessoa - PB Outubro - 2014


Mais democracia, mais qualidade: melhor UFPB A Universidade Federal da Paraíba avançou significativamente nestes dois últimos anos. Para além da retórica, os dados e avaliações realizadas no ensino, na pesquisa e pós-graduação demonstram claramente as melhorias. São estatísticas que podem ser facilmente verificadas através dos dados do CNPq/Capes, do Ministério da Educação.

POPULAÇÃO UNIVERSITÁRIA TÉCNICOS/DOCENTES DOCENTES

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Internamente, a administração tem demonstrado de forma contundente a necessidade de aprimoramento dos processos. Os investimentos em cursos de capacitação para os servidores técnicos administrativos buscam garantir, para além do crescimento individual e profissional dos funcionários da instiuição, uma maior agilidade e eficiência na relação com os demais segmentos da comunidade universitária e com a sociedade. Por, é importante ressaltar o momento de participação efetiva dos segmentos universitários nos fóruns de discussão, sobretudo no que diz respeito a participação efetiva e democrática da aplicação dos recursos da Matriz Orçamentária, duplicada através do Universidade Participativa. Através dele e pela primeira vez, as Unidades de Ensino podem discutir e decidir a aplicação de recursos que praticamente dobram os oriundos da Matriz Orçamentária. É importante ressaltar, ainda, a atualização do Estatuto da Instituição. O processo abre a possibilidade de elaboração de um conjunto de normas que deverão reger o funcionamento da UFPB a partir das discussões travadas nos vários Centros da Universidade, e que deverão ser ainda debatidas e aprovadas pelo Conselho Universitário (Consuni).

390

210 200 88 22

CTDR

199 58 21

CT

CI

37

CEAR

Também no quesito Extensão, nossa malha de projetos, aprovada nacionalmente, aponta para uma o crescimento da Instituição, para além dos muros que cercam os cinco Campi espalhados pelo Estado. Mas não somente dos projetos aprovados nacionalmente. Internamente, uma série deles acontece ampliando a interação e integração com a sociedade. A Assistência Estudantil é outra área de atuação administrativa que tem recebido especial atenção. A ampliação do número de assistidos pelo Restaurante Universitário e nas Residências Universitárias ou pelas ajudas monetárias como auxílio moradia e refeição é demonstrativa da atenção dispensada para com o segmento estudantil.

TÉCNICOS

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CE

110 162

CCTA

78

333

193 194

121 69 122 68 147 125

CCSA

256 147 154 167

181 64 128 34

CCS

CCM

CCJ

CCHSA

23 CCHLA

CCEN

CCAE

CCA

CBIOTEC

À população de graduandos deve ser acrescida ainda os de formação técnica aos centros CTDR (170) e CCS (703).

MATRIZ ORÇAMETÁRIA CTDR 63.580 CT 63.580 CBIOTEC 901.680

CI 63.580 CEAR 92.480 CE 173.400 CCTA 346.800 CCSA 462.400

CCA 728.280

CCS 265.880 CCM 312.120

CCAE 346.800 CCJ 289.000 CCEN 589.560

CCHSA 462.400 CCHLA 809.200

Fonte: STI setembro de 2014


REUNI

2014 marca formação das primeiras turmas

Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

Os cursos criados através do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni/2007), com o objetivo de expandir a rede federal de educação superior começam a formar seus primeiros profissionais. Como o estudante Ricardo Araújo, de Mídias Digitais, o primeiro a apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), da turma pioneira do curso em que faz parte, muitos outros estudantes de diversos cursos criados vivenciam o momento. Desde o início da expansão, 14 universidades e mais de 100

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campi foram criados, o que possibilitou a ampliação do número de vagas e a criação de novos cursos de graduação. Apenas no primeiro ano (2007 a 2008), foram criados 180 cursos de graduação, passando de 2.326 em 2007 para 2.506 em 2008 e 15 mil novas vagas foram criadas para estudantes. A ampliação das universidades também foi acompanhada pelos institutos federais de educação e o número de campi chegou a 354 de 2003 a 2010, em 2002 eram 140, um aumento de mais de 100% em sete anos. Apesar de todos os núme-

ros que expressam a dimensão do Reuni, as experiências narradas e os resultados obtidos pelos integrantes dos cursos ajudam a entender a importância desse processo de transformação que ocorre desde 2003 nas universidades. A vice-coordenadora de Mídias Digitais, Signe Dayse, considera que os resultados demonstrados pelo curso fazem valer os investimentos dispensados. Para ela, a maior prova disso é que, hoje, existe uma demanda por estagiários que não é atendida porque faltam alunos disponíveis, tamanha a procura por esse profissional.


A grande procura do mercado por esse profissional decorre do seu perfil multidisciplinar, capaz de atuar em diversas áreas. Esse foi o pensamento primordial na época em que o projeto do curso foi elaborado e apresentado com a coordenação do professor Olavo Mendes, segundo Signe Dayse. As 24 apresentações dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), mostram na prática essa realidade com trabalhos que vão desde monografias até a produção de aplicativos nas mais diversas áreas, como: o trabalho que abordou sobre compreensão, percepção e sensibilização dos portadores da síndrome de asperger (transtorno de evolução da criança); uma tecnologia para uma empresa que conserta

relógios e outros na área da saúde, engenharia, medicina e artes. Da mesma forma que o curso de Mídias Digitais busca formar um profissional multifacetado, o corpo docente que o compõe também possui as mesmas características por ser composto por professores com formações em áreas que não possuem, necessariamente, relação com o curso. É o caso do professor Jorge Barcelos, que tem formação na área de design industrial ministra disciplinas na área de animação. Outro exemplo é a própria Signe Dayse, que tem formação em pedagogia e hoje desenvolve projetos para o curso, como por exemplo o de design instrucional, que auxilia na aprendizagem através de ferramentas como vídeo e áudio digitais. O mesmo ocorre com o Curso de Tradução, criado na UFPB em 2009 para atender uma de-

manda que, na visão da Coordenadora professora Luciane Leipnitz, é crescente. Desde o começo do curso, o estudante de tradução tem contato direto com as práticas de tradução, fato que o ajuda a se familiarizar e atuar já no início de sua formação, no mercado de trabalho. Luciane Leipnitz, destaca as possibilidades de trabalho para o profissional de tradução que pode, dentre outras configurações, atuar até à distância. “O tradutor tem um amplo campo de atuYTação, uma vez que não há restrições geográficas para sua atuação. Com o auxílio de novas tecnologias, um tradutor pode morar em João Pessoa e trabalhar para uma empresa na Austrália, Japão ou Estados Unidos. Isto pode se dar através de contratos com as empresas, agências de tradução ou como freelancer.”

Evasão e retenção Mesmo com os bons efeitos demonstrados pelos cursos citados, o Reuni ainda apresenta algumas lacunas apresentadas por todo grande projeto e que precisam ser sanadas. Uma delas trata-se do problema da evasão e retenção que, na prática, trata-se da dificuldade em manter os alunos no percurso ideal para o curso. O coordenador de Escolaridade, professor João Wandemberg, salienta que estudos estão sendo realizados para tentar descobrir as razões para essa realidade. Segundo ele, uma equipe do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCSA) está mapeando quantos alunos entraram, quantos se formaram, evasão, retenção e que, em breve, os dados serão disponibilizados. Em Mídias Digitais, por exemplo, ainda não foram gerados dados sobre a evasão e retenção. Ainda assim, seus efeitos são sentidos e os motivos explicados pela vice-coordenadora

do curso: a primeira situação diz respeito aos estudantes que abandonam o curso; a segunda esta relacionada aos que fazem trancamento de matrículas em função do mercado de trabalho e, por fim, pelos estudantes que perderam disciplinas ou optaram por se matricular em disciplinas mínimas e acabam atrasando o tempo de conclusão do curso. Existem também ações que foram desenvolvidas pelos cursos atráves do tempo e com a prática para minimizar os efeitos da evasão e retenção. Algumas medidas buscam minimizar a retenção e avasão estudantil. Uma medida considerada de boa efetividade foi a criação e divulgação da página na internet com cópia do projeto pedagógico, o estabelecimento do perfil profissiográfico (detalha as funções do profissional), e ainda a inserção em projetos desenvolvidos na instituição que ajudam a manter o contato com o público externo.

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A UFPB ocupa atualmente a primeira colocação em inovação de softwares Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

A UFPB ocupa atualmente a primeira colocação em inovação de softwares, segundo o Ranking Universitário da Folha de São Paulo (RUF). Ao todo, foram desenvolvidos 22 programas de computador para as mais diversas áreas, entre elas a financeira, gestão pública e

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da saúde. O resultado colocou a Universidade à frente da Universidade Federal da Bahia, com 14 programas; da Federal de Sergipe, 11; e do Piauí, que produziu oito softwares. Um dos softwares criados é da área de finanças, produzido

em parceria com a Universidade de Brasília (UNB) pelo professor José Marilson Martins Dantas. O programa, chamado Modelo Operacional de Infrasig de Sistema de Informação de custo e gestão aplicado ao setor público, será utilizado pelo Banco Central. Outro produ-


que a produção de softwares tem um retorno maior e mais rápido, quando comparado à uma patente de produto. Inova A Inova foi recentemente reestruturada para dar apoio e encaminhar todos os pedidos e processos de proteção intelectual, sejam de softwares ou uma pesquisa na área de fármacos. Presidida pelo professor Petrônio Filgueiras de Athayde Filho, do Departamento de Química, a agência foi dividida em quatro diretorias com diferentes funções.

to desenvolvido por pesquisadores da UFPB é Ginga TV. Criado pelo professor Guido Lemos, a aplicação constitui-se em um sistema de interatividade para TV digital. Para os diretores da Agência UFPB de Inovação Tecnológica, a Inova, os resultados se justificam pela qualidade na pesquisa que a Universidade tem na graduação e pós-graduação da área de computação e tecnologia e, também, por-

A diretoria de propriedade intelectual, de responsabilidade do professor Cleverton Rodrigues Fernandes, pensada para dar andamento à parte burocrática do processo, desde o recebimento até o registro. Além da diretoria de transferência de tecnologia, criada para fazer uma ponte entre academia e sociedade e, por fim, a diretoria de incubação, responsável por desenvolver meios de absorver as tecnologias criadas. Responsável pela diretoria de transferência de tecnologia, a professora Melânia Lopes Cornélio trabalha para fazer a tecnologia chegar, de fato, ao mercado. Mas também, para entender as demandas da sociedade e apresentá-las aos pesquisadores. “É

importante que o cidadão comum perceba que a universidade trabalha não só com desenvolvimento intelectual, mas com produtos e serviços que vão beneficiar sua vida. Então a transferência de tecnologia é importante para a sociedade. E a Universidade ainda tem vários gargalos e é por isso que a gente está aqui.” À frente da diretoria de incubação, o professor Rosivaldo de Lima Lucena, do Departamento de Administração, disse que é preciso fomentar a cultura empreendedora dentro da universidade como um todo. Segundo o professor existem iniciativas pontuais, como disciplinas na graduação de administração, no centro de tecnologia e na informática, mas que é preciso desenvolver mais essa cultura. Com o objetivo de fomentar essa cultura empreendedora, está em fase de construção no novo campus da UFPB, em Mangabeira, uma incubadora. Empreendimento criado dentro da universidade com estrutura física montada para que estudantes que têm a ideia de criar sua própria empresa se instalem e recebam todo o apoio da Universidade para irem se estruturando por um período de tempo de dois a três anos e, após isso, a empresa se “gradua” e entra no mercado.

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Corredores Ecológicos Reportagem e Foto: Luan Matias

Uma solução criativa, prática e de baixo custo vem sendo implementada na UFPB com o objetivo de reduzir a morte de espécies nativas da Mata Atlântica, bioma de floresta tropical onde o Campus I está localizado. Corredores artificiais, feitos de pontes de corda, estão sendo instalados e já podem ser vistos em vários pontos da Cidade Universitária.

trabalho, a ideia não é exatamente original, pois já existe em outras localidades do Brasil, mas pode ter efeitos ambientais importantes. “Essa é uma forma de mitigar o estrago feito com a urbanização da área de Mata Atlântica. Conectando os fragmentos florestais, a travessia dos animais, que muitas vezes são atropelados ao atravessar as vias, será facilitada”, destacou.

lhas fotográficas nas cabeceiras da pontes. A proposta é ter máquinas camufladas e flashes com sensor de infra vermelho. Assim, quando o animal se aproxima, a foto é tirada sem disparo ou iluminação, evitando qualquer percepção do animal. Assim pretende-se monitorar como os animais têm utilizado as pontes e identificar possíveis ajustes.

Este trabalho é uma ação liderada pela Gestão de Áreas Verdes, uma das 14 áreas de atuação da Comissão de Gestão Ambiental da UFPB. Além das instalações dos corredores, a proteção e o reflorestamento de áreas degradadas, além da retirada do lixo presente dentro da mata que pertence a Universidade são algumas das funções da Gestão, que tem contado com o apoio e financiamento da Reitoria.

Bichos-preguiça e saguis, comumente vistos pela Cidade Universitária, são os principais beneficiados pelos corredores. Nos períodos de primavera e verão, os animais aumentam a sua movimentação entre as áreas de mata, geralmente por motivos de acasalamento e alimentação. Os atropelamentos passam a ser mais constantes nesta época do ano. A proposta é em breve ter os 12 fragmentos de Mata Atlântica que se encontram na área da UFPB conectados entre si e com a Mata do Buraquinho.

“Pessoas com habilidades específicas e até extremamente práticas, como um aluno que é ex-marinheiro e tem ajudado a fazer os nós das cordas, estão envolvidas no projeto. O método é relativamente barato, o material não custa caro e a maioria dos envolvidos são voluntários”, lembrou o Professor Tarcísio. Uma possibilidade futura é levar o projeto até outras matas de João Pessoa, criando pontes entre fragmentos florestais que estão divididos por ruas e avenidas da cidade.

A primeira ponte de corda foi instalada no final do mês de agosto. Para o professor Tarcísio Cordeiro, do Departamento de Sistemática e Ecologia e um dos idealizadores do

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Uma outra etapa do projeto diz respeito a instação de armadi-


Zoonoses Reportagem: Luan Matias Foto: Wallyson Costa

Instituída na atuala administração com a finalidade de solucionar o problema do abandono de animais domésticos no Campus I, a Comissão de Bem-Estar Animal da UFPB é composta por voluntários que se dispõem a trabalhar não apenas por esse objetivo, mas em prol de uma melhor relação entre as pessoas que fazem parte da comunidade acadêmica e os animais domésticos e silvestres que hoje estão na região da Universidade. A professora Zélia Bora, do Departamento de Letras Vernáculas e presidente da Comissão, conta que o trabalho começou informalmente já no ano de 2004, quando alguns professores e funcionários conseguiram, através de uma ação junto a Polícia Federal, inibir a morte de gatos por envenenamento, prática constante na época. “Nossas atividades são constantes. Todos os semestres nós trabalhos com os alunos posições político -ecológias”, conta. Uma das pretensões é instalar dentro do Campus I câmeras, placas educativas e implementar um canal de denúncias.

O trabalho da Comissão de Bem-Estar Animal não atua apenas dentro da Universidade. Escolas públicas são assistidas pelos bolsistas e voluntários, responsáveis por trabalhar com esses alunos. Outro ponto de destaque diz respeito ao Fórum Estadual de Proteção e Defesa Animal, que assim como algumas ONGs surgiram dentro da UFPB. “É importante termos claro que essa é uma questão política, não no sentido partidário, mas no de cobrar dos poderes públicos maneiras de lutarmos pela natureza e pela vida”, revela a professora Zélia. A atual administração municipal de João Pessoa havia prometido a construção de um Hospital Veterinário na cidade, o que não ocorreu. Ainda assim, há uma parceria com a coordenação do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses, que destinou uma cota para a estirilização dos cães e gatos que vivem na UFPB. Em contrapartida, um curso denominado Ética, Direito Animal e Bem-Estar Animal será ministrado por membros da Comissão para os funcionários da Prefeitura que trabalham na área.

Quer adotar algum dos animais abandonados na UFPB? Mande uma mensagem para um dos emails abaixo: posmusica@ccta.ufpb.br zeliambora@gmail

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CCHLA 40 ANOS

Aula magna marca comemo Reportagem e Foto: Luan Matias

Uma das mais tradicionais unidades de ensino da UFPB, o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), completou 40 anos de atividades no último mês de setembro. Para comemorar essa marca de serviços prestados não só a Universidade, mas a sociedade paraibana, aconteceram três dias de atividades comemorativas, que foram distribuídas em uma sessão solene, homenagens, mesas redondas e na realização do Circuito Universitário de Cinema. Na abertura da programação aconteceu a Aula Magma, que contou com a presença da Reitora Margareth Diniz; do Vice-Reitor Eduardo Rabenhorst; da Diretora

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do Centro, Mônica Nóbrega e do Vice-Diretor do Centro, Rodrigo Freire. Vários Ex-Diretores do CCHLA também compareceram a cerimônia e foram homenageados. Na oportunidade, a história da criação do Campus I e do Centro foram relembradas, retratando todo o crescimento e evolução da estrutura durante as últimas quatro décadas. A importância do CCHLA para a Universidade é indiscutível. Mesmo com o desmembramento e criação do CCTA, em 2011, continua sendo um dos maiores centros da UFPB, com 13 cursos de graduação e 13 de pósgraduação. “O CCHLA tem uma história não apenas em ensino,

pesquisa e extensão, mas também nas lutas políticas. “Quando era estudante, participei aqui das lutas pelas Diretas Já. O nosso Centro sempre teve protagonismo na Universidade”, contou o ViceDiretor, Rodrigo Freire. Para a Diretora Mônica Nóbrega, tanto o Centro como a UFPB tomaram um novo rumo desde o final da última década. “A nossa história e da Universidade como um todo se dividem em antes e depois do Reuni. Foram criados novos cursos, o número de professores aumentou e os cursos mais antigos ganharam vagas. Como exemplo da expansão podemos citar a graduação em Mídias Digitais, que além de


oração inovadora, tratou-se de um grande desafio para o CCHLA: unir a área de humanas com a tecnologia”, destacou. Embora a criação de novos cursos já esteja em andamento, com um novo Mestrado Profissional da área de humanas, o desafio mais premente diz respeito a infraestrutura e ao espaço físico, já que não há salas de aula suficientes para acompanhar o crescimento numérico e as maiores demandas. “Esse é um momento de focarmos na consolidação dos cursos já criados nos últimos cinco anos e melhorar a estrutura dos antigos, concluiu a Diretora do Centro.

O tempo presente é minha matéria. Não cabe aqui uma visão saudosista, mas uma visão histórica do CCHLA. Embora em alguns momentos tenha servido as interesses obscuros da ditadura, sabemos que aqui se constituiu uma vanguarda na luta pela democracia. Os militares construíram muitas universidades, mas não combinaram com quem habitava nesses prédios. Não havia intenções para espaços de vivência e coabitação. Aqui foi colocada em prática a ideologia da ditadura e da tortura, mas aqui também houve respostas. O senso crítico aqui formado alimentou a democracia de coragem - aqui também houve uma luta extraordinária pela gestão democrática da Universidade (Neroaldo Pontes)

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CCS 40 ANOS

Atendimento à comunidade é referência do Centro Reportagem: Luan Matias Fotos: Jéssica Azevedo

O Centro de Ciências da Saúde, tradicional unidade de ensino da Universidade, comemora no ano de 2014 os seus 40 anos de fundação. Para celebrar a importância da marca, uma série de atividades ocorreram durante todo o mês de novembro, a exemplo de Sessão Solene do Conselho, lançamentos de livros, seminários, oficinas, campanha de doação de sangue e prevenção a diabetes, retratando assim a tradição do Centro de unir atividades acadêmicas com a prestação de serviços à sociedade em geral.

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Hoje o CSS é o maior Centro em termos de espaço físico do Campus I da UFPB, ocupando quase 50% da área da Cidade Universitária. E mesmo com o desmembramento do Centro de Ciências Médicas, no ano de 2007, já superou a estrutura que possuía anteriormente. Atualmente são quase 500 professores, 400 servidores técnico-administrativos e aproximadamente 3500 alunos divididos em dez cursos de graduação, programas de Mestrado, Doutorado e uma Residência Multiprofissional, desenvolvida

em parceria com o Hospital Universitário Lauro Wanderley. Entre os cursos oferecidos pelo Centro, destaca-se o Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, que recebeu nota 6 pela Capes, considerado um nível de excelência. Para o professor Reinaldo Nóbrega, diretor do CCS, a execução do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão merece destaque. “Na pesquisa temos elevado número de publicações reconhecidas internacionalmente. Já na Extensão, fomos considerados o centro


com o maior número de projetos aprovados junto ao Proext. Todos os nossos departamentos têm laboratórios atendendo a comunidade, que também tem acesso a toda estrutura esportiva”, destacou. Atualmente o CCS tem se empenhado na recuperação da sua infraestrutura. A edificação responsável por acomodar os programas de pós-graduação em Educação Física e Fisioterapia está em fase de conclusão. Além disso, os ginásios esportivos, que há muitos anos não passam por melhorias, estão em reformas. “Mesmo com o aumento no contingente de alunos, hoje temos várias salas de aula atendendo as demandas. Eram muitas obras inacabadas, mas em conjunto com a Reitoria temos buscado essa recuperação. Temos um planejamento estratégico para os próximos quatro anos e dentro dessa programação existem planos para a criação de novos cursos e a ampliação das nossas instalações atuais”, concluiu o Diretor.

Na pesquisa temos elevado número de publicações reconhecidas internacionalmente. Já na Extensão, fomos considerados o centro com o maior número de projetos aprovados junto ao Proext. Todos os nossos departamentos têm laboratórios atendendo a comunidade, que também tem acesso a toda estrutura esportiva (Reinaldo Nóbrega)

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CONCERTOS INTERNACIONAIS

Série se consolida como meio de intercâmbio Reportagem: Wallyson Costa Fotos: PPGM

A Série Concertos Internacionais se consolida na UFPB como importante meio de intercâmbio educacional e rica fonte cultural pela sua periódica programação de eventos musicais. A série, que promove a vinda de professores internacionais à Instituição, é realizada através do Programa de Pós Graduação em Música (PPGM), que comemora, em 2014, 10 anos de atuação, com a recente criação do doutorado em música e mais de 100 mestres formados. Para o professor Felipe Avellar de Aquino, é de suma importância salientar o intercâmbio proporcionado pela Série Concertos Internacionais que serve para estreitar relações e criar mais vínculos institucionais. “Isso resulta em intercâmbio docente e discente. Os nossos professores começam a circular tanto nacional quanto internacionalmente, se apresentar, realizar palestras, masterclasses em universidades. Há também vários ex-alunos da graduação que através da interação com professores do exterior, hoje estão, por exemplo na universidade de Alberta no Canadá, Louisiana State University, Universidade de Houston etc.”. A série ganhou forte reforço com a criação, há dois anos, da sala Radegundis Feitosa, que deu autonomia para as apresentações na Universidade. De acordo com Felipe “foi um divisor de águas para a produção artística e principalmente para o PPGM. Como a sala é da própria instituição a gente tem muito mais acesso para organização desses eventos. Anteriormente tínhamos que solicitar o espaço cultural, ou as igrejas, como agora temos uma sala, com um bom piano, fica tudo muito mais fácil. Desde então temos conseguido trazer diversos docentes tanto dos Estados Unidos quanto da Europa”. Avellar salienta que “o aluno se apresentando em um palco equivale ao seu próprio laboratório.

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Então para gente a sala além de ser um espaço de produção artística, é o laboratório onde ele vai replicar tudo que vai realizar no meio profissional, seja em um recital dele quanto um orquestral. A implantação da sala foi um divisor também para a comunidade, tanto do campus quanto para a cidade por oferta de concertos, que em determinadas épocas do ano é quase que diária”. Desde a construção a sala apresentou pequenos problemas que foram sanados rapidamente. Recentemente o calendário de apresentações foi pausado por problemas na iluminação. Avellar relata


Violoncelistas Natasha Farny (State University of New York) e Felipe Avellar de Aquino (UFPB) em evento da Série Concertos Internacionais

que “não tínhamos uma iluminação apropriada para sala de concertos, ou de teatro, era uma iluminação provisória, muito fraca que dificultava a leitura das partituras. O processo de licitação já está avançado, e prevemos a volta da programação orquestral para novembro”. Atualmente, a organização já planeja o calendário de apresentações para o ano de 2015. Estão previstas as apresentações, já no início do ano, do contrabaixista Milton Masciatri, a violista Kate Hamilton para um concerto de música de câmara em conjunto com docentes da UFPB.

Pianista Michael Gurt (Louisiana State University) - Agosto 2014

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BITWEEK

Evento é um dos maiores do NE Reportagem: Luan Matias Fotos: Equipe BitWeek

O Departamento de Mídias Digitais sediou, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o maior evento sobre mídias digitais no Nordeste: o Bit.Week. A edição deste ano contou com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisa/CNPQ. 40 palestrantes de todo o Brasil e mais de 800 inscritos participaram das programações, através de palestras, workshops, mesas redondas e uma sala de jogos eletrônicos. Parte da programação foi transmitida online e vídeos completos estão disponíveis no youtube. Para Cleber Morais, coordenador da graduação em Mídias Digitais, esse ano o evento alcançou um outro patamar, deixando de ser uma programação apenas do curso ou mesmo da UFPB. “Não há como comparar a primeira com a segunda edição.

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Além do crescimento no número de participantes, a grande maioria dos palestrantes e dos inscritos eram de fora da Universidade. Pudemos mostrar a Comunicação a partir da ótica das Mídias Digitais e muito do sucesso se deve a curadoria toda ser feita pelos alunos”, destacou. Empreendedorismo, cibercultura, artes, vídeo, áudio e games são apenas alguns dos temas abordados durante a semana. Ao final de cada dia, a Mostra Demid exibia produções audiovisuais do aluno de Mídias Digitais. O número de participantes, quase três vezes superior ao da primeira edição, confirma o crescimento do Bit Week, que também trouxe palestrantes conhecidos nacionalmente pelos seus trabalhos na internet. Um dos mais aguardados convidados foi Marcos Fraresso, idealizador do canal Zona da Fotografia, atualmente contando com mais de 72 mil inscritos e tido como referência nacional na área. “A internet tem esse poder de te levar à lugares onde você jamais iria. Em todos os lugares do Brasil por onde passo encontro uma galerinha que me conhece dos vídeos. É um meio fantástico para esse tipo

de trabalho”, destacou. Ter uma linguagem própria é uma das características das geração de jovens conhecidos como nativos digitais, principal público alvo do evento. Para Fraresso, a internet possibilita encontrarmos meios alternativos de conhecimento. “Apesar de ter feito um curso de fotografia, 90% do que aprendi foi na internet. Acabei desenvolvendo uma linguagem desse meio, uma linguagem que os internautas gostam de ouvir. O pessoal mais velho não entende essa coisa de se divertir trabalhando”, revela. Essa é uma das grandes características do Bit Week: apesar de acontecer na academia, também é um evento profissional, responsável por pro-


piciar interação e troca de experiências entre os envolvidos. A publicitária catarinense Carolina Lima, uma das convidadas do evento, resumiu o sentimento dos presentes: “Quando entramos no ensino superior são poucos que estão certos sobre qual área seguir. Semanas como essa costumam abrir a nossa mente e direcionar melhor os estudantes. É uma ótima oportunidade para os alunos terem dentro da sala de aula esses conteúdos que geralmente só são vistos em eventos caros”. A próxima edição do Bit Week deve ocorrer em outubro de 2015 e promete trazer novos elementos para inspirar os interessados em tecnologia e criatividade.

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MOBILIDADE URBANA

Professor é referência e autor do projeto em JP Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

O projeto de Mobilidade Urbana de João Pessoa, desenvolvido pelos professor da UFPB Nilton Pereira, será licitado em breve e prevê a criação de corredores exclusivos para ônibus articulados e biarticulados (os BRTs) que circularão ligando os principais pontos da cidade. Orçado em 188 milhões de reais, custeado com recursos do governo federal, o projeto busca minimizar os problemas de congestionamentos de horas de pico, diminuir o tempo de deslocamento dos usuários dos transportes públicos e desestimular o uso do automóvel particular. O projeto atenderá quatro, de sete corredores considerados prioritários para a mobilidade, que são: Cruz das Armas, 2 de Fevereiro, Pedro Segundo e Epitácio Pessoa. A ideia é criar faixas exclusivas para os ônibus de grande capacidade e priorizá-los nos semáforos. Serão construídos, ainda, terminais de integração no Cristo, Cruz das Armas e Mangabeira, que servirão como estação para o BRT. Efetivamente, a mudança ocorrerá de modo que os ônibus com capacidade normal circulem no interior dos bairros até os terminais de integração que serão criados, e os ônibus articulados e biarticulados levem os passageiros para as regiões do centro e praias, localidades que apresentam gran-

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Nilton Pereira, professor do Centro de Tecnologia

de fluxo de pessoas, o que dará maior agilidade nos deslocamentos e diminuirá a quantidade de ônibus que circulam no centro da cidade. A nova forma de operação, que se assemelha ao metrô, deverá trazer mais conforto e facilidade para o usuário. As portas se abrirão do lado esquerdo e não mais do direito, e o embarque e desembarque será no canteiro central das vias. Uma outra melhoria será a fixação de painéis instalados nos pontos de paradas, indicando o

tempo em que o próximo ônibus passará pelo local. Histórico Apesar dos vultuosos investimentos que serão feitos para a implementação das melhorias previstas, as mudanças não são fruto de um estudo integrado que identifique e aponte os principais problemas e, consequentemente, as soluções para o trânsito em João Pessoa. Segundo o professor da UFPB e ex-secretário de mobilidade urbana do município, Nilton Pereira, a priorização dos


ônibus nos principais corredores da cidade é uma necessidade apontada há muito tempo, mas o plano diretor da mobilidade que seria necessário para apontar outras demandas, ainda não existe. O último plano diretor de mobilidade para João Pessoa foi feito nos anos 80 por Jaime Lerner, mas nunca foi implementado e acabou expirando no governo de Cícero Lucena. Na mesma época, o arquiteto realizou um plano para Curitiba que hoje se tornou referência para o país. Atualmente, um estudo de mobilidade custa em torno de 4,5 milhões de reais e leva dois anos para ficar pronto. Através dele serão identificadas a forma como as pessoas se locomovem, os lugares e horários para onde vão, o que permite desenvolver estratégias de facilitação muito mais precisas.

A concretização do projeto de instalação dos BRTs tem custos mais reduzidos em função do aproveitamento das vias já existentes, adaptando -as quando necessário e estabelecendo estações mais convenientes ao sistema.

A aquisição dos BRTs deve atender as características do trajeto. Articulação simples se adequa melhor as vias sinuosas com curvas acentuadas

De acordo com Nilton Pereira, é preciso priorizar o transporte público e ao mesmo tempo desestimular o uso do automóvel. Atualmente, a taxa de crescimento anual de veículos é cinco vezes maior que a taxa de crescimento da população. Se mantido o ritmo, em oito anos o número de veículos será igual ao da população. “O transporte público está atrelado à qualidade de vida. Se a gente não der uma freada no uso do automóvel, a gente vai ter uma cidade insuportável”, assegura Pereira.

57 carros com lotação máxima para 4 pessoas. Se considerarmos que a média de passageiros por veículos é de, no máximo, duas pessoas, esse número de 57 carros passa a ser mais que o triplo.

sivos e com prioridade nos semáforos. Os corredores atendem Centro/Viaduto de Oitizeiro, Centro/Cristo (próximo à Ceasa), Centro/Hilton Souto Maior e do Centro à Praia.

Através de um comparativo simples é possível entender melhor o impacto da utilização de veículos para os congestionamentos. Um ônibus biarticulado, com capacidade para 230, equivale a

Por essa razão, nas avenidas por onde passam 95% do transporte público só circularão ônibus de grande capacidade. Serão veículos articulados e biarticulados circulando em corredores exclu-

Estudo O professor da UFPB, Luciano Agra, desenvolveu sua pesquisa de mestrado na área da mobilidade urbana em João Pessoa. O estudo faz uma análise

Em trajetos em que as vias sejam mais retilíneas as composições biarticuladas podem ser mais facilmente utilizadas e comportam um maior número de usuários dos transportes coletivos.

Projeto: Derval Golzio | Diagramação: Thales Lima | Contém imagens geradas pela biblioteca do Google Sketchup

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Abertura de vala em todo o trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Sob a base de concreto será aplicada uma camada antivibratória de neoprene. Aplicação de base de concreto na vala do trajeto do VLT para distribuição e sustentação do peso do veículo operando com carga máxima.

Colocação de travessa metálica sobre a camada de concreto.

A fixação dos trilhos com camada antivibratória de neoprene.

Construção de pavimento

A posição de camada de asfalto

Construção das Estações de embarque e desembarque de usuários do sistema e funcionamento dos veículos.

Projeto: Derval Golzio | Diagramação: Thales Lima | Contém imagens geradas pela biblioteca do Google Sketchup

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da malha viária desde o início da cidade, passando pela abertura das principais ruas e avenidas, até os dias de hoje. Nele, Agra também observa o crescimento populacional e a criação de novos bairros, em relação ao baixo surgimento de novos itinerários do transporte público. Nos anos 60, havia a priorização para o transporte público sobre trilhos. Na rua Duque de Caxias, por exemplo, em frente a Praça de Cem Réis, existia uma estação de bondes elétricos de mesmo nome. Curiosamente, a cidade quase foi a quarta do Brasil a possuir um serviço de transporte público que utilizava ônibus movidos à eletricidade, quando 15 desses ônibus foram solicitados para compra. Havia também o modelo de transporte movido a wvapor. A ferrovia de Tambaú incomodava os usuários porque emitia faíscas e muita fumaça. A solução encontrada foi a criação de um misto de ônibus e bonde, uma carroceria adaptada em um caminhão movido a gasolina, movida sobre trilhos e capacidade para até 20 pessoas. Com o passar do tempo, sobretudo a partir de 1978, quando a cidade apresentou o maior crescimento de sua área e extensão de vias, o transporte público não se expandiu, o que provocou uma demanda que não é atendida pelo serviço. “A forma acentuada de expansão das vias não foi acompanhada pelo crescimento dos itinerários de transporte coletivo, o que sugere que as novas áreas expandidas não foram cobertas nas mesmas proporções por esse servi-

Ex-prefeito Luciano Agra é autor de dissertação sobre mobilidade urbana

ço público, ficando as comunidades de certo modo desatendidas.”, disserta Agra. De acordo com Luciano Agra, a situação se deve à uma “omissão do poder público,” que não investiu num planejamento adequado para guiar o crescimento da cidade. Agra escreve que não houve uma “política urbana que norteasse o crescimento da cidade e controlasse os excessos da especulação imobiliária sobre o parcelamento do solo nas áreas periféricas da cidade. Isso concorreu para onerar o custos de transportes principalmente para os trabalhadores de menor renda.” O que mais chama atenção no trabalho de Luciano Agra, no entanto, é a constatação de que João Pessoa ainda mantém os itinerários dos transportes coletivos sugeridos por um modelo concebido há mais de 20 anos, desconsiderando a nova organização espacial do município e as lógicas de deslocamentos dos passageiros. Tipo de transporte Para escolher a modalidade de transporte que será imple-

mentada na cidade, foram consideradas duas variáveis: custos e demanda. Segundo o professor Nilton Pereira, uma cidade como João Pessoa não suporta um metrô porque ele precisa, para se tornar viável, de 25 a 30 mil passageiros por hora/sentido. Já o Veículo leve sobre trilhos (VLT), de seis a 12 mil passageiros por hora/sentido. O BRT opera desde três mil por hora/sentido até casos extremos como o de Bogotá, capital colombiana, que tem 52 mil passageiros por hora/sentido. Para Nilton Pereira, a solução ideal para João Pessoa seria o VLT, mas, em razão dos custos elevados, os recursos existentes só cobrem a implantação do BRT, que, segundo o professor, tem as mesmas condições de atender a demanda da cidade. Outro componente de importância significativa diz respeito aos custos de implantação do sistema: com referências ainda de 2010, feitas por Jaime Lerner, um metrô custa 200 milhões de reais o quilômetro, já o VLT 40 milhões e o BRT 10 milhões de reais.

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Coordenação de Extensão Cultural promoveu Festival Internacional do Folclore, nos municipios de João Pessoa e Conde

AÇÃO COMUNITÁRIA

Atuação visa minorar vulnerabilidade social Reportagem: Luan Matias Fotos: Divulgação

A

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Prac) vem implementando, ao longo dos dois últimos anos, projetos de produção cultural, artística e acadêmica, promovendo eventos e a participação da Universidade em programas nacionais que contemplam e articulam o tripé ensino, pesquisa e extensão. A Prac atua em oito áreas temáticas: comunicação, cultura, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e trabalho. Por meio de convênios e parcerias com órgãos públicos e

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organizações sociais, a Pró-Reitoria desenvolve projetos que visam atender demandas em territórios de maior vulnerabilidade social, priorizando a formação acadêmica e cidadã do seu corpo discente através destas ações identificadas com as necessidades e as demandas da sociedade paraibana. Um dos principais meios de desenvolver essa ações é através do programa de extensão UFPB no seu Município, que agrega atividades de desenvolvimento socioambiental, econômico, cultural e artístico no estado da Paraíba. O desenvolvimento deste programa

está sob a responsabilidade da Coordenação de Extensão Cultural (Coex). Só no ano de 2013 foram atendidos os municípios de Guarabira, Conde, Pitimbu, Alhandra, Santa Rita e Bayeux. As programações envolvem festivais de arte, oficinas, exposições, palestras e diversas outras ações direcionadas às necessidades específicas de cada cidade. A Prac também é responsável pela orientação, envio e acompanhamento da execução do Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext), implantado pela Secretaria de Educação Superior


do Ministério da Educação com o intuito de apoiar projetos voltados para o fortalecimento de interação com políticas públicas. A UFPB tem se detacado desde o ano 2013 e vem ocupando o primeiro lugar entre todas as Instituições Públicas de Ensino Superior do Brasil pelo maior número de projetos e programas aprovados na seleção do Proext/SeSu/MEC Só em 2014 foram 27 programas e 21 projetos, todos envolvendo bolsistas docentes e discentes. Outros dois programas instituicionais da UFPB merecem ser destacados. O Programa Institucional de Bolsa de Extensão (Probex), mantido com recursos próprios da Instituição, é lançado anualmente através de Edital e prevê Bolsas destinadas aos discentes, distribuídas através de processo seletivo. Já o Programa Institucional de Extensão (Fluex) não prevê alocação de recursos financeiros, mas é importante para oficializar os programas e projetos apresentados.

Ações da PRAC/COEX foram debatidas no Festival Internacional de Curtas Metragens/SP

Além de todos esses programas, a Universidade participou, através da Coordenação de Programas e Ações Comunitárias da Prac, de programas nacionais, a exemplo do Programa de Novos Talentos da Capes. Foram duas propostas, sendo uma na área de meio ambiente e outro na área de educação. Pela primeira vez em sua historia a UFPB concorreu e foi contemplada com dois projetos e oito sub-projetos, com uma captação total de R$ 200 mil. Professores da cidade de Pitimbu são atendidos pelo programa UFPB no seu Município

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Dia de campo com agricultores no território Piemonte da Borborema

NÚCLEOS DE DESENVOLVIMENTO

Sustentabilidade de 57 municípios é a meta Reportagem: Rômulo Jefferson Fotos: Divulgação

O projeto intitulado Rede dos Núcleos de Desenvolvimento Territorial Sustentável na Baixada Litorânea do professor Fillipe Silveira Marini, coordenador do Núcleo de Ensino Pesquisa e Extensão em Agroecologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias (Agroecologia) foi aprovado pelo edital número 11/CNPq/ MDA/SPM-PR. O projeto busca contribuir com a política de desenvolvimento territorial da região da Baixada Litorânea e beneficiará diretamente a comunidade de 57 municípios do estado com ações que promovam o

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desenvolvimento sustentável.

torial.

O coordenador do projeto explica que alguns desafios precisam ser ultrapassados para que as potencialidades da região sejam melhor aproveitadas, e aponta que as atividades dependem de um conjunto amplo de fatores como a disponibilidade de recursos, inserção socioeconômica, oportunidades, conjuntura econômica, localização geográfica, recursos naturais, valores culturais da família e do grupo social no qual essa população faz parte. Contudo, as distâncias entre os 57 municípios dificulta as ações de articulação e mobilização terri-

De acordo com Fillipe Marini, a política de desenvolvimento territorial configura-se como uma estratégia de articulação de políticas públicas e fomento as alternativas de investimento nas áreas econômica, ambiental, social e cultural, criada no ano de 2003, no âmbito do Ministério de Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Ela tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável de regiões denominadas territórios de identidade, formados por um grupo de Municípios. Para


tanto considera critérios específicos de identidade e pertencimento regional e de relações culturais, sociais e econômicas, que servirão de base para a implementação da política. Através do projeto, foi verificado que a implementação desta política nos territórios da Baixada litorânea Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Piemonte da Borborema e Vale do Paraíba possuem características peculiares como os biomas (Mata Atlântica e Caatinga). Da mesma forma possuem população diversa (agricultores, familiares, pescadores, quilombolas, sendo rurais, rurbanos e urbanos). Nestes a capacidade da população para a geração de renda correlaciona as mais diversas atividades como a agricultura, a pecuária, o extrativismo, a pesca, a agroindústria familiar, o turismo e o artesanato.

Ações de desenvolvimento do projeto O projeto tem como objetivo a implantação de uma Rede de Núcleos de Extensão e Pesquisa (REDE) situados nos territórios cuja metodologia se dará pelo uso de ferramentas participativas voltadas a identificação, o apoio, o monitoramento, o acompanhamento e a sistematização das ações desenvolvidas por agricultores(as) familiares, quilombolas e pescadores que buscam o desenvolvimento sustentável em seus Territórios de origem. Ainda de acordo com Marini, o trabalho tem como base um conjunto de iniciativas de assistência técnica e extensão rural em andamento no espaço de atuação do Território, além de oferecer uma contribuição significativa para que ocorra uma forte articulação entre

as entidades púbicas (Ministério do Desenvolvimento Agrário, prefeituras, Universidades), organizações não-governamentais e movimentos sociais (MST, associações e cooperativas). Contudo, as informações coletadas e sistematizadas pelos núcleos servirão como fontes para a construção de uma mobilização territorial. Para a comunidade da região, os envolvidos com o projeto esperam criar um comportamento de conscientização humanitária sobre as questões relacionadas à agricultura, ao meio ambiente e a sustentabilidade e que esses comportamentos se traduzam em iniciativas voltadas para a geração de emprego e renda e a solução dos problemas em nível local, agregando ao conhecimento popular a transferência tecnológica em sistemas de produção.

Reunião com agricultores familiares no Campus III da UFPB

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CONSULTORIA FINANCEIRA

Escritório do CCSA atende público gratuitamente Reportagem: Rômulo Jefferson Fotos: Divulgação

O Escritório Financeiro, inaugurado recentemente como mais uma atividade que integra o projeto de extensão Sala de Ações, realizado pelo Departamento de Economia, está em funcionamento para atender as demandas do público em geral. O atendimento para consultoria financeira é gratuito e ocorre às quintas-feiras no ambiente Sala de Ações, Campus I, no bloco da Pós-Graduação em Economia. Os agendamentos podem ser realizados no local e através do endereço: http://salaacoes.blogspot.com. br/2014/09/escritorio-financeiro.html As orientações disponíveis tratam das áreas de orçamento familiar, planejamento financeiro, previdência pública e privada, bolsa de valores, sistema financeiro nacional, investimentos em renda fixa de variável, matemática financeira, análise de balanço,

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análise fundamentalista, análise gráfica, derivativos e gestão de risco. O coordenador do projeto e chefe de Departamento de Economia, Professor Sinézio Fernandes Maia, analisa que o projeto tem como finalidade reforçar a contrapartida da Universidade para a sociedade. “Ele simboliza a função social que a Universidade tem, servindo como vanguarda da mesma”, diz Sinézio Fernandes. O projeto Sala de Ações foi criado em 2008 no Departamento de Economia da UFPB e já recebeu o prêmio Elo Cidadão, em 2009 e 2011. O prêmio é oferecido pela Universidade Federal da Paraíba aos melhores trabalhos desenvolvidos com compromisso social desenvolvido por alunos e professores.


Estudante participa da ComicCon Experience Reportagem: Wallyson Costa Foto: Divulgação

A ComicCon, maior evento de cultura pop do mundo, ganha sua versão brasileira em dezembro de 2014. Denominada ComicCon Experience, o evento contará com a participação de Gabriel Jardim, quadrinista paraibano e estudante de Comunicação em Mídias Digitais da UFPB. Jardim levará à São Paulo sua história “Café”, projeto audacioso viabilizado através de Crowdfunding (financiamento coletivo). O artista exporá seu trabalho no Centro de Exposição dos Emigrantes junto ao também paraibano, e artista da DC Comics, Jack Herbert. O espaço de exposição, denominado “Artist Alley”, conta com artistas independentes emergentes e também artistas internacionalmente conhecidos como André Diniz, autor de “Morro da Favela”, e os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, criadores de “Daytripper”, dentre outros grandes

nomes. “Café” conta a história de uma menina que sofre bullying, um imigrante chinês e um mendigo contador de histórias que vivem em João Pessoa. A história se divide em três capítulos, cada um deles dedicado a um personagem e com estilos artísticos diferentes. É a primeira história publicada pelo autor, e foi totalmente financiada através do site Catarse, utilizandose do sistema de Crowdfunding, onde qualquer pessoa pode fazer uma contribuição ao projeto e receber uma recompensa se ele for financiado com sucesso, como foi o caso. Jardim revela estar satisfeito com o feedback do público até então e que as expectativas quanto ao público paulista são as melhores possíveis. “(O feedback) tem sido muito bom. A maioria que fala comigo gostou muito e pede mais. Aqueles que criticam fazem

apontamentos fundamentados que só servem para eu me cuidar mais e melhorar”. Gabriel salienta que a experiência na universidade é um grande reforço a sua produção, além de influência no processo de criação. “Desde o incentivo que senti de querer produzir algo também, quanto contando a história para meus colegas e eles me motivando ainda mais. Além de conhecimentos adquiridos em aula, amigos que me ajudaram diagramando e fazendo o vídeo da campanha do Catarse. E claro, o apoio em si no financiamento”. Sobre a expansão da repercussão de “Café”, Gabriel conta que foi convidado para lançar a história em quadrinhos em Natal no fim de outubro. “Foi uma surpresa, fiquei muito contente que deu certo. Talvez ainda posso ir pra mais um ou dois lugares, mas é difícil dizer agora”.

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Lançamento junto com o governo do Estado do programa de melhoria educação básica, em setembro de 2013

GRADUAÇÃO

Administração prima por qualidade da formação Reportagem: Luan Matias Fotos: Jéssica Azevedo

A Pró-Reitoria de Graduação (PRG) tem desenvolvido e reforçado, ao longo dos dois últimos anos, políticas acadêmicas responsáveis pela elevação da qualidade da formação superior. Os trabalhos são realizados de forma articulada não apenas com outros setores da UFPB, mas também por meio de parcerias com órgãos governamentais e instituições de Ensino do país e do exterior

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Umas das principais mudanças instauradas pela PRG diz respeito ao principal meio de ingresso aos cursos de graduação da UFPB, que passou a integrar o sistema de Seleção do MEC. Desta forma, o Processo Seletivo Seriado (PSS) deu lugar ao Enem/Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A medida simplificou e agilizou o gerenciamento interno do acesso de novos alunos. Em 2014 a Instituição recebeu 142 mil ins-


e 2014, além de ampliado o número de bolsistas de 280 para 545. O Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência) também foi ampliado: o projeto da UFPB foi aprovado por dois anos e passou a contemplar 19 licenciaturas no ano de 2014. O Programa de Educação Tutorial (PET), passou de 116 para 140 bolsistas, garantindo a esses alunos a oportunidade de desenvolver atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Além dessas ampliações, no ano de 2013 foi criado e implementado, através de uma parceria com o Governo do Estado, o Programa de Melhoria da Educação Básica (Promeb). Com a finalidade de estabelecer uma política acadêmica que contribua com o desenvolvimento do Ensino Básico, também proporciona aos alunos dos cursos de licenciatura da UFPB um contato inicial com o ambiente escolar. Em sua primeira edição, o Promeb envolveu 359 bolsistas, 15 coordenadores pedagógicos e atendeu cerca de 40 escolas públicas de João Pessoa.

crições através do Sisu. Além disso, quatro novos cursos de graduação e dois cursos de nível médio foram criados no ano de 2013. A criação de novos Programas Acadêmicos e o fortalecimento dos já existentes têm sido uma das principais marcas do trabalho da PRG. Só o Programa de Monitoria teve, nos últimos dois anos, o seu número de projetos ampliados de 73 para 90 e os bolsistas contemplados passaram de 366 para 676. Já o Programa de Bolsa Estágio conta, hoje, com 425 bolsistas, número bastante superior aos 227 atendidos em 2012. O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), que tem como objetivo principal valorizar a formação dos profissionais do magistério da Educação Básica, teve o número de coordenadores triplicado de 12 para 36 no compreendido entre 2011

Coube a UFPB a Coordenação Geral da implementação no estado da Paraíba do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Ele visa aperfeiçoar, a partir do diálogo entre conhecimentos teóricos e experiências docentes, os professores e coordenadores pedagógicos de mais de 385 escolas da rede estadual. As ações também envolvem a Universidade Federal de Campina Grande, a Secretaria de Estado da Educação, a Universidade Estadual da Paraíba e o Instituto Federal da Paraíba. Em 2014 a UFPB passou a ser a instuituição responsável na Paraíba pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Com o objetivo de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental, a meta é melhorar o desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, através de uma reflexão conjunta sobre a formação de professores em nosso estado. Além da UFPB e o Ministério da Educação, a UFCG, a UEPB e as Redes Municipais e Estadual da Paraíba também estão envolvidas no Pacto.

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PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO

Novos rumos garantem melhoria de índices Os resultados obtidos no campo da pesquisa e pós-graduação nestes últimos dois anos demonstram a correção dos rumos adotados pela UFPB. Melhora do conceito e do número dos cursos de pós-graduação a partir da avaliação Capes, aumento considerável no montante concessão de Bolsas de Iniciação Científica, de mestrandos e de doutorandos, aumento de produção e publicação científica, além de consolidar ações já existentes e ampliar os investimentos em projetos pilotos. A UFPB registrou, no período compreendido entre 2012/2014, um incremento significativo de bolsistas, através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-PIBIC. O aumento no número de bolsas PIBIC total se deu, sobretudo, em função do aumento da cota de contrapartida da UFPB (atualmente existem bolsas de IC fomentadas através de duas fontes diferentes, ou seja, recursos próprios do tesouro da UFPB e recursos do CNPq). Os dados revelam que, enquanto as bolsas do CNPq aumentaram em 0,6 % entre 2012 e 2014, as bolsas financiadas com recursos da Instituição foram ampliadas em 49,55%, fazendo com que, neste período, tenha se verificado um incremento de 22,6% no número total

de bolsas de Iniciação Científica. As 1.019 concessões de BI atuais equivalem a 3,01% dos alunos de graduação matriculados no ensino presencial. Este número é três vezes maior do que a média nacional (em torno de 1 %). É importante ressaltar que cerca de 70 % dos bolsistas PIBIC, migram majoritariamente para programas de pósgraduação da nossa instituição, além de outras IES do país. Dessa forma, os Programas de IC da UFPB tem uma função estratégica para formação da base de pesquisa da instituição. Cursos de Pós-Graduação (Stricto sensu) - A UFPB atualmente oferta 69 Programas de Pós-Graduação, 12 deles em Associação/Rede com outras IES. Para a totalidade destes cursos, a universidade emite diplomas. A Instituição conta atualmente com 97 cursos de pós-graduação que abrangem todas as grandes áreas do conhecimento, dos quais 53 em nível de mestrado acadêmico, nove de mestrado profissional e 35 de doutorado. No período de 2012 a 2014, houve um aumento de 31,9 % no número de cursos em nível de Mestrado e 16,7 % no número de cursos de Doutorado:

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um aumento de 26% do número total de cursos, passando de 77 em 2012 para 97 em setembro de 2014. A ampliação no número de cursos de pós-graduação ofertados possibilitou, no biênio 2012 /2014, um aumento expressivo em termos de alunos matriculados em cursos de Mestrado (42,2 %) e de Doutorado (24,4 %). Demanda Social CAPES - Os avanços na pós-graduação stricto sensu da UFPB pode ser verificada ainda no número de concessão de bolsas de estudo, acompanhando a aumento de pós-graduandos. Hoje, os alunos de mestrado e doutorado contam, fundamentalmente, com duas fontes de financiamento de bolsas de estudo: CAPES e CNPq. Este último, diferentemente da CAPES, não trata o financiamento de forma institucional, mas sim diretamente com os cursos ou por meio de pesquisadores. A evolução deste tipo de concessão de bolsas do Programa de Demanda Social da CAPES, no período de 2012 a 2014 é bastante evidente, passando de 724 (em 2012) para 1.062 (em 2014) em nível de mestrado e de 433 (2012) para 624 (2014) para doutorandos. Conceitos dos Cursos - O Sistema Nacional de PósGraduação, reconhecido mundialmente por seus métodos de avaliação há mais de uma década, adotou o triênio como período padrão de avaliação, embora o desempenho dos programas seja acompanhado anualmente pelos comitês de áreas de avaliação da Capes por meio de plataforma coleta de dados. O resultado de uma avaliação baseada em um conjunto de indicadores quantitativos e qualitativos

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confere ao programa avaliado conceitos que variam de 1 a 7. A última avaliação trienal da CAPES publicada em 2013 revelou que: a Pós-Graduação da UFPB está centrada, de forma consolidada no Conceito 4. Outro dado importante é que, em relação a avaliação trienal anterior (publicada em 2010), a UFPB teve um aumento expressivo de Cursos com Conceito 5 (de 11,7% para 25% ). Nota: Em 2013 foram Avaliados 74 Cursos de Pós-Graduação correspondentes a 50 Programas de Pós-Graduação, enquanto que em 2010 foram avaliados 50 Cursos de Pós-Graduação correspondentes a 39 Programas de Pós-graduação. Corpo Docente - Um dos itens importantes na avaliação dos programas é o corpo docente juntamente com a sua produção intelectual. A participação de docentes permanentes na Pós-Graduação da UFPB cresceu em 35,1% na avaliação trienal 2013, quando comparada à avaliação de 2010, passando de 669 para 904 membros. A Produção intelectual do Corpo Docente também aumentou significativamente, chegando a ser 41 % maior do que a produção observada na avaliação de 2010. A produção científica em periódicos da UFPB está centrada no Estrato B1, diferentemente da avaliação trienal 2010, onde a produção se apresentava como bifásica, centrada nos Estratos B2 e B5. Fomento - A captação de recursos é fundamental para o crescimento da pesquisa e pós-graduação de uma instituição. Neste sentido, a participação da UFPB nos grandes Editais e Chamadas Públicas Nacionais tem sido bastante proveitosa no que diz res-


peito à captação de recursos. A Instituição saiu de um total de recursos captados de R$ 3.515.559,99 para 4.296.400,93, no período compreendido entre 2012 e 2014. Quanto à captação de recursos através do Pró-Equipamentos da CAPES e do PROINFRA da FINEP/MCTI, a UFPB conseguiu captar maior quantidade de recursos em 2014, comparado a 2012. Novas Ações - A busca pela ampliação com qualidade da base de pesquisa e pós-graduação da UFPB representa o principal desafio da atual gestão. Este objetivo vem sendo concretizado em investimentos específicos que visam consolidar ações já existentes e ampliar os investimentos. A PRPG está trabalhando em duas novas ações importantes para a consolidação da nossa base de pesquisa: 1. PRÓ-PIBIC - Programa-Piloto inédito da UFPB, e no país, que tem como objetivo o financiamento de itens indispensáveis a execução dos projetos PIBIC selecionados de acordo com as Normas do Processo Seletivo 2013-2014 da Coordenação Geral dos Programas de Iniciação Científica. Tanto em 2013 como para 2014, são destinados, com recursos próprios da instituição (administração central), o valor global estimado de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) para aquisição de itens de custeio. Todos os itens apoiados são diretamente relacionados ao Projeto PIBIC aprovado. Os pesquisadores recebem os recursos através de uma conta específica do BB Pesquisa nos mesmos moldes do CNPq (Figura abaixo). 2. Programa de Qualificação Institucional - Tem como objetivo primordial ampliar o número de servidores (docentes e técnico-administrativos) da UFPB

qualificados nos níveis de mestrado e doutorado. O programa de pós-graduação que aderir ao PQI (Programa de Qualificação Profissional), possibilitando a formação de servidores da instituição, recebe o valor de R$ 5.000,00 por servidor ingressante no Programa de Pós-Graduação, que deverá ser destinado ao fomento de custeio das atividades de pesquisa desenvolvidas pelo servidor. Em 2013 foram apoiados cerca de 30 servidores da UFPB. 3. Pró-Publicação - Considerando que a publicação de artigos científicos em periódicos de elevado impacto é estratégica para a internacionalização da produção científica institucional, A PRPG propicia o apoio financeiro para a publicação de artigos em periódicos qualificados de circulação internacional (A1, A2 e B1). O Pró-Publicação financia os custos de publicação de artigos aceitos em periódicos classificados exclusivamente como A1, A2 ou B1, segundo os critérios do sistema Qualis da CAPES (http://qualis. capes.gov.br/webqualis/). Para esta ação, a Chamada Interna vigente desde 2013 alocou, com recursos próprios da UFPB, o valor global de R$ 101.200,00, em rubrica de custeio. 4. Publicação de livros - Trata-se de programa específico para a publicação de livros pelos docentes do corpo permanente dos programas de pós-graduação da UFPB. O programa tem como objetivos o custeio da publicação de livros autorais ou organização de coletânea segundo os critérios determinados nesta Chamada Interna, dar suporte à ampliação da produção científica global da UFPB, contribuindo, desta forma, para o fortalecimento da pesquisa e da pósgraduação da UFPB. Em 2013 foram alocados recur-

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sos para o lançamento da Chamada Interna visando a publicação de 93 títulos, correspondente ao montante de R$ 242.335,00 (duzentos e quarenta e dois mil, trezentos e trinta e cinco reais).Ações já existentes 1. Programa “Enxoval” - O programa tem por objetivo proporcionar aos novos pesquisadores (recémdoutores) da UFPB as condições mínimas para início (start up) de suas atividades de pesquisa com vistas ao fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação da UFPB. Trata-se do financiamento de um “kit” contendo computador, impressora, mesa, cadeira e estabilizador de tensão. Para 2013 foram destinados um montante de R$ 238.914,00 (duzentos e trinta e oito mil, novecentos e quatorze reais) e para 2014 R$ 486.000,00 (quatrocentos e oitenta e seis mil reais). 2. Programa de Bolsas de Iniciação Científica O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) é, certamente, o mais importante programa para a formação de jovens cientistas do país. Este programa é resultado de uma parceria do CNPq com as IES e envolve alguns compromissos das duas partes, tais como o financiamento de bolsas de estudo para os participantes do programa, que são alunos de graduação e estudantes do ensino médio de Escolas Públicas (PIBIC-EM), e o encontro anual que é realizado em cada instituição partícipe. Um indicador importante do sucesso deste programa é que mais de 70% dos estudantes de graduação egressos do PIBIC participam de Programas de Pós-Graduação e estes apresentam um tempo médio de titulação inferior quando comparado aos não-egressos. Para 2013 e 2014, a UFPB destinou 501 bolsas com recursos próprios. Desta forma a UFPB conta atualmente com 1019 bolsas de Iniciação científica, somadas as cotas da UFPB e do CNPq (+FUNTEL). 3. Programa de apoio à pós-graduação stric-

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to sensu, o “PROAP-PRPG/UFPB” - Trata-se da contrapartida (20%) da UFPB aos recursos PROAP/ CAPES, objetivando a melhoria da infraestrutura dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFPB no que diz respeito aos seus laboratórios de pesquisa, equipamentos de informática, aquisição de softwares, material de consumo, etc. Visa ainda oferecer condições para solucionar dificuldades encontradas no desenvolvimento das atividades de pesquisa e de pós-graduação, levando à melhoria dos indicadores de desempenho dos programas, mediante incentivos localizados. Para 2013 foram destinados recursos próprios da UFPB correspondentes ao valor global de R$ 696.000,00 (seiscentos e noventa e seis mil reais) e para 2014, R$ 781.000,00 (setecentos e oitenta e um mil reais). 4. Programa de Tradução de Artigos - A PRPG junto com a PRA vem juntando esforços para contratar a empresa American Journal Experts (AJE) para realizar o serviço de tradução e revisão de textos cientificos. A AJE é de reconhecida competência internacional, tendo parceiros da mais alta relevância, como editores (Brill, Elsevier, Karger, Interzoo Publishing, Landes Bioscience, Minerva Medica, OceanSide Publications, Taylor & Francis, Multilingual Matters, Science Files Consulting Group, Science Files, HATAM Publishers), Jornais científicos internacionais (Environmental Health Perspectives, The Eurasian Journal of Medicine, Frontiers Journal Series, Indian Journal of Radiology and Imaging, International Journal of Pavement Research and Technology, Pediatric and Development Pathology, PNAS, Techniques in Coloproctology, Waterbirds, Revista Odonto Ciência, Revista Odonto Ciência, Clinics), e várias Sociedades e Associações Internacionais. Além disso, a AJE garante que cada manuscrito será trabalhado por um editor especialista na respectiva área e afiliado.


GESTÃO DE PESSOAS

Qualificação de técnicos busca melhorar serviços Reportagem Rômulo Jefferson Foto: Derval Golzio

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), realizou nos anos de 2013 e 2014, diversas ações que visam melhorar a qualidade dos serviços prestados pela Instituição e a capacitação dos servidores. Ao todo, 3.707 servidores receberam capacitação através dos vinte programas, divididos em cento e quarenta e oito ações, um investimento de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais), ao ano. Entre outras realizações, está a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional e a implementação do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH), em sua totalidade. Para o Pró-reitor, Francisco Ramalho, a ferramenta é imprescindível para que o plano de ação desenvolvido pela Progep se viabilize e ela traz, como consequência, a melhoria dos serviços. “A automatização e a descentralização dos serviços possibilitaram mais trans-

parência, eficiência e eficácia dos processos e rotinas de trabalho.” Na questão de reposição dos quadros da Universidade, foram gerados bancos para substituição de professores e técnicos administrativos e a nomeação de novos funcionários. Ao todo, foram nomeados 245 professores da Carreira de Magistério Superior, 434 servidores técnico-administrativos e 135 professores substitutos. Além da abertura de vinte e cinco editais de concurso público e processo seletivo para professores efetivos e substitutos. Com relação às melhorias para os servidores, foram publicados dois editais de seleção de intrutores para o Banco de Talentos dos Servidores. Ainda neste período foi criado o Programa de Qualificação Institucional (PQI), em parceria com a Pró-reitoria de Pós-Graduação (PRPG), e feita a

Reestruturação do Centro de Desenvolvimento do Servidor Público. A realização inédita dos Exames Periódicos de Saúde e o credenciamento de novos planos de saúde, foram ações desenvolvidas para aumentar a qualidade de vida dos servidores. Foram realizadas, ainda, ações para fomentar a preocupação e o hábito de cuidar da saúde de uma forma mais eficiente e continuada. As comissões foram reestruturadas e deram andamento à centenas de processos em tramitação. Entre elas, a Comissão Permanente de Acumulação de Cargos e Empregos Públicos (CPACE), que já analisou e concluiu 399 processos de acumulação de cargos. E a Comissão de Pessoal Docente, que concluiu a análise de 1866 processos de progressão e ascensão funcional.

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ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Ações da Prape ampliam e melhoram serviços Reportagem e Foto: Rômulo Jefferson

A

Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (Prape) tem ampliado os esforços para melhorar e qualificar cada vez mais a Assistência Estudantil na UFPB. O número de comensais do Restaurante Universitário, por exemplo, passou de 2.420 em 2012, para 3.000 em 2014, somente no campus I. Em Areia, campus II, a ampliação ocorreu na ordem de 34.16% (passando de 1.200 para 1.610 usuários do RU). No campus III, Bananeiras, o aumento ficou na casa de 25%, saltando de 1.120/2012 para 1.400/2014. Já a abertura do Restaurante Universitário em Rio Tinto, campus IV, possibilitou o atendimento de 465 estudantes. Desde 2012 a Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (Prape) vem sendo reestruturada em diversos setores no intuito de ampliar e melhorar a assistência estudantil. As Residências Universitárias passam por reestruturação visando ampliar a oferta aos discentes e dotá-las de melhor conforto As acomodações possibilitaram a ampliação da oferta do número de vagas e passou de 344 em 2012, para 426 em 2014, no campus I. Em Areia e Bananeiras, as residências dos dois campi somavam, em 2012, 191 estudantes e hoje são 560. Além da ampliação significativa de residentes, uma série de melhorias foram implementadas para atender com dignidade os discentes, a exemplo da reformas, da aquisição de material de cozinha e de dormitórios. Motivo de diversas reclamações por parte dos usuários, as Residências Universitárias foram reformadas e, pela primeira vez, contempladas com áreas de lazer para os estudantes. Apenas para a residência no campus I foram investidos mais de 600 mil reais. Em Mamanguape e Rio

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Tinto, a construção custou 410 mil reais. Outros 309 mil foram investidos para a reestruturação da Residência Feminina localizada no centro de João Pessoa e, está em fase de licitação a nova residência no campus de Bananeiras. Os Restaurantes Universitários também passaram por melhorias e outras unidades foram construídas. No campus I, a reforma do restaurante está orçada em cerca de 700 mil reais e, ao mesmo tempo, as refeições diárias passaram de 1.400 para 2.200 só para o almoço. Segundo o Pró-Reitor da Prape, Thompson Oliveira, quando a construção do novo salão for concluída o número de refeições oferecidas deverá ser duplicado. Em Rio Tinto, o novo restaurante serve 500 refeições entre almoço e jantar, mas esse número deve ser ampliado para até mil refeições diárias. Outro ponto relevante que tem recebido atenção da Pró-reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante é o cuidado com a saúde. No ano de 2013


foram realizados 2.219 atendimentos médico e odontológico, através do Centro de Referência de Atenção em Saúde (CRAS). Em relação a apoio psicológico e social, 601 atendimentos foram realizados em 2013. O número de bolsas de auxílio alimentação e moradia e os valores de ambas, também foram incrementados no período de 2013/2014, passando de 354 bolsas para 450 (um aumento de 27% no número de bolsas). O valor da bolsa alimentação recebeu um aumento de 46% (150,00 para 220,00) e o auxílio moradia foi de 300 para 375 reais (25%). Auxílio financeiro para manter os estudantes na instituição, o programa Bolsa Permanência foi implementado e atende 547 pessoas. Avanços A normatização dos processos de solicitação foi mais uma melhoria implementada e conferiu mais agilidade às demandas que chegam à Prape. Para Oliveira, a criação desses protocolos possibilitou uma espécie de rota de caminhos a serem seguidos para todas as solicitações, como passagens, liberação de ônibus, entre outros pedidos. Além disso, foi criado um seguro viagem para todos os estudantes que vão para congressos fora da cidade. Os Centros Acadêmicos (CAs) foram beneficiados pelo programa de suporte, que já atendeu 40 centros oficiais dentro da UFPB, equipando-os com um kit que contém: 1 computador, 1 armário, uma mesa de trabalho, gaveteiro, quadro de avisos, impressora e cadeiras do tipo secretária.

O centro unificará todas as ações de apoio aos portadores de deficiência já em andamento na Instituição. Uma das mais recentes, a rota acessível, tem cinco quilômetros de extensão em todo o campus I. Outra ação, o programa de bolsas “Aluno Apoiador,” que consiste em designar um estudante para auxiliar nas atividades do dia a dia do aluno deficiente no campus, foi ampliado e passou, de 32 em 2012 para 514, atualmente.

COMENSAIS RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO 2.012 3000 2420 1620 1400 1200

CAMPUS I

A Universidade será, em breve, a segunda instituição no país a receber um centro de referência em acessibilidade e inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. A construção é uma parceria da Pró -Reitoria de Assistência e Promoção de Estudantes (Prape) e o Gabinete da Reitoria.

CAMPUS IV

1120

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CAMPUS III

CAMPUS IV

AUXÍLIO MORADIA

Também estão em processo quatro projetos para o campus de Areia que consistem na reestruturação de todas as residências universitárias, ampliação do restaurante, construção e reestruturação do espaço de lazer e a construção de uma passarela na lateral do restaurante para evitar que os alunos fiquem expostos ao sol e chuva enquanto aguardam as refeições. Centro de referência em acessibilidade e inclusão

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Investimentos buscam otimizar processos Reportagem: Wallyson Costa

A otimização do sistema administrativo, investimento em materiais de consumo e permanentes e qualificação dos profissionais servidores da instituição se tornaram presentes, entre 2012 e 2014, através de ações da Pró-Reitoria de Administração da UFPB. A PRA priorizou o aumento dos investimentos, como em material permanente, que chegou a R$ 10 milhões, e agilidade nos processos da administração, com o Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contrato (SIPAC), trazendo mais eficácia aos processos da Universidade. A instalação do SIPAC e seus diversos módulos, fazem papel importante para diminuir a burocratização e agilizar as demandas da administração. Sistemas como o de Protocolo, Patrimônio e Almoxarifados foram implantados e já funcionam otimizando as ações dos diversos setores da instituição. Fiscalização A fiscalização foi um item prioritário estabelecido pela PRA. No ano de 2014 uma nova metodologia de cobranças com notificações sistemáticas, a diversas empresas, reduziu significativamente, os valores de empenhos não pagos. A Melhoria no sistema de acompanhamento de entrega de mercadorias e notificações a empresa inadimplentes se fizeram presentes com sucesso, e resultaram em um ressarcimento a Universidade Federal da Paraíba de R$ 150 mil referentes a multas aplicadas as empresas

Fonte de Dados SIAFI em 30/10/2014 *Os valores aqui descritos excluem os investidos pelos Centros.

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no presente ano. Também foram emitidas notificações a empresas com pendência de entrega dos empenhos relativos anos de 2010 à 2012, de material permanente e consumo, no total de R$ 514 mil e 400. Recurso importante à instituição, que teria se perdido caso não fosse requerido. Com isso, a Instituição conseguiu recuperar R$ 107.079,86 de material de con-

Fonte: SIAFI em 30/10/2014 *Os valores aqui descritos excluem os investidos pelos Centros.


estão sendo implantadas. O investimento em treinamentos externos com diferentes enfoques foi de mais de R$ 100 mil entre 2012 e 2014, e apresentaram um avanço com o foco na qualificação dos servidores, como mostra o gráfico: Os valores investidos em Manutenção e Conservação de Máquinas e Equipamentos teve aumento de mais de 100% em 2014, quando comparado a 2012. Material Permanente e de Consumo

sumo e R$ 407.319,22 de material permanente. Servidores

Entre 2013 e 2014 foram investidos mais de R$ 10 milhões de reais em material permanente, referentes a itens duráveis adquiridos pela instituição. O gráfico a seguir mostra que ao final do exercício de 2013 existia um passivo de material permanente a ser entregue de cerca de R$ 12 milhões e até outubro de 2014 estes valores foram reduzidos a pouco mais de R 2 milhões. Essa redução indica a efetiva entrega de aproximadamente R$ 10 milhões e 500 mil em material permanente.

A qualificação dos servidores se fez presente com a participação em eventos de relevância como a Semana Orçamentária da Escola de Administração Fazendária (ESAF) onde o foco foi o aperfeiçoamento qualitativo e produtivo, exigido pelo Governo Federal nas novas rotinas administrativas que

Já em relação aos materiais de consumo, ou não duráveis, os números passam de R$ 3 milhões investidos. O gráfico demonstra um passivo de material de consumo a ser entregue de R$ 6.741.589,95 e até outubro de 2014 estes valores foram reduzidos a cerca de R$ 3 milhões e 800 mil que mostra o total já entregue a instituição

Fonte: SIAFI em 30/10/2014 * relativos a empenhos de 2013

Fonte: SIAFI em 30/10/2014 * relativos a empenhos de 2013

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Licenças e projetos são priorizados pela PU Reportagem e Foto: Wallyson Costa

Prefeitura constroi e redimensiona estacionamento

O embargo das obras no campus de Mangabeira em maio de 2013 impôs a Instituição uma melhor organização e o cumprimento de licenciamento em obras na UFPB. A não observância a legislação por parte dos responsáveis pelas obras levadas a efeito pela gestão que comandou as obras do Reuni até então, de acordo com prefeito universitário Sérgio Alonso, trouxe para a universidade a urgência na solução de uma série de problemas. Segundo o prefeito, que assumiu o cargo em abril de 2013, a partir de então foi trabalhada a organização das licenças ambientais para todas as obras, nunca solicitadas até então, além de um trabalho para gerir tantas outras intervenções estruturais geradas através do Reuni. A falta de planejamento tinha transformado a UFPB em um verdadeiro caos, segundo o prefeito da

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Instituição, Sérgio Alonso. “A partir de agora nossas obras seguem o fluxo de solicitação das licenças, o que antes não se fazia”, alerta. Alonso afirma que a adequação às exigências de autorizações da Secretaria de Meio Ambiente do Município de João Pessoa, além de outras exigidas. Para ele, a regularização das licenças das obras foi o ponto de partida da série de medidas a serem tomadas pela prefeitura para otimizar setores da própria administração interna e outras medidas que impactaram a comunidade acadêmica. O redimensionamento dos estacionamentos também integrou as ações da Prefeitura Universitária. O primeiro deles foi o do CCEN, onde foram aumentadas 30% do número de vagas. A segunda etapa está sendo feita no estacionamento do CCS, próximo ao Hospital Universitário. No início de 2015, obras estão previstas para o estacionamento localizado entre a Central

de Aulas e o CCHLA. “Sabemos que isso não seria o suficiente e já temos que pensar para o futuro em verticalizar os estacionamentos na instituição”, salienta Sérgio. As melhorias também ocorreram nas áreas que envolvem os serviços terceirizados da Instituição. Novas empresas trouxeram mais profissionais, o que resultou em uma melhoria na qualidade dos serviços de limpeza. também no quesito segurança, os resultados positivos são bastante perceptíveis, o que possibilitou queda significativa nos índices referentes a infrações como roubo de carros, aos integrantes da comunidade universitária e ao patrimônio público da Instituição. Paisagismo A questão paisagística do campus recebeu um novo olhar por parte da administração. Sérgio Alonso pontifica que por estar em área de mata atlântica, a preserva-


ção é a prioridade da Instituição. “Atentamos muito aos jardins, gramas, para fazer com que a Universidade também se torne um ambiente agradável. Estamos fazendo também o arruamento, onde todas as esquinas do campus terão placas com nomes das ruas”, esclarece. A criação e instalação da Comissão de Gestão Ambiental possibilitou à prefeitura um importante parceria. Os corredores ecológicos, que possibilitarão a travessia aos animais silvestres através de pontes sobre as ruas e avenidas do Campus I foi uma das primeiras medidas implementadas, fruto da integração de ações entre a Comissão de Gestão Ambiental e a PU. Outro ponto destacado pelo prefeito universitário, Sérgio Alonso diz respeito aos processos licitatórios. Ele salienta as falhas que existiam, sobretudo pela ausência de inclusão nos processos licitatórios dos projetos complementares (instalação elétrica, lógica, etc), o que trouxe grandes trastornos e atraso na conclusão de obras. “Anteriormente, as obras eram licitadas sem os projetos complementares. tivemos que fomentar os projetos complementares de todas as obras, que consiste em rede lógica, para raios, etc.”.

favorável a locação de automóveis pela universidade: “Eu, particularmente, sou a favor de que a universidade use um sistema de locação de veículos. Comprar, cuidar da manutenção, ter que abrir pregão pra comprar pneu, óleo, isso está se tornando inviável pelo tamanho da instituição. Mesmo porque alguns setores de manutenção, como mecânicos, foram extintos e não se pode contratar. Então, como fica a manutenção dos carros?”. O cumprimento da lei de acessibilidade também compõe as preocupações da atual gestão administrativa da UFPB. É que muitas das edificações foram construídas em um momento em que as preocupações com a acessibi-

lidade não povoavam as cabeças dos administradores e arquitetos. Mesmo as edificações recentemente construídas não possuem rampas de acesso para cadeirantes ou mesmo sistema de elevadores, por exemplo. Alonso revela que há várias obras feitas e processos em andamento referentes a projetos de acessibilidade na atualidade. “Instalamos plataformas no litoral norte, e começamos aqui (Campus I) na escola técnica de saúde. Para 2015, temos previsto um sistema de passarelas e de rotas acessíveis para deficientes visuais”

Dentro do trabalho de reconfiguração nas formas de atuação de setores da UFPB, o de transportes mereceu atenção especial. Os gastos com combustível eram bastante elevados, muito além do esperado para cada tipo e potência de motor. “Antes se via aqui carros gastando 1 litro a cada 2 km. Agora vemos que os mesmos carros gastam 1 litro a cada 8 ou 9 km, pondera Ségio Alonso. Ele se diz

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MOBILIDADE

Gestão amplia convênios Reportagem e Foto: Wallyson Costa

destino mais procurado pelos 57 dos 139 discentes foram Portugal (sendo Universidade de Coimbra a instituição com maior número, 26), 28 para a Espanha e 17 para a Alemanha,

Nos últimos dois anos as oportunidades de intercâmbio discente na UFPB tem se aprimorado, pela adesão de convênios com universidades estrangeiras e programas que facilitam o intercâmbio. Programas do Governo Federal, do Banco Santander, e o Programa de Mobilidade Internacional (Promobi), organizado pela própria instituição, abrem um leque de possibilidades para que o aprendizado em outro país se torne cada vez mais presente entre estudantes universitários.

Para poder ter acesso ao intercâmbio através do Programa de Mobilidade Internacional os alunos da graduação devem ficar atentos as duas chamadas que ocorrem por ano. Estão aptos a participar do programa o discente regularmente matriculado em um dos cursos de graduação da UFPB que possuir Coeficiente de Rendimento Escolar (CRE) igual ou superior a cinco, e na data da inscrição tiver ,no mínimo 40% e no máximo 80% da carga horária total do seu curso.

Entre novembro de 2012 e outubro de 2014, foram acordados entre a UFPB e universidades do exterior 32 novos convênios e o número de instituições conveniadas foi ampliado para 60. Os acordos assinados possibilitam tanto a ida de alunos às instituições estrangeiras, quanto o acolhimento de alunos de outras instituições espalhadas pelo mundo na própria UFPB. Nos dois últimos anos foram acolhidos 128 estudantes de vários continentes.

A grande oferta de programas e incentivos ao intercâmbio discente é um reflexo do próprio desenvolvimento educacional do país, e dos investimentos cada vez maiores em educação. A UFPB através de convênios, parcerias, e gerenciamento de programas do Governo Federal, realiza papel importante oferecendo a oportunidade de aprendizado em instituições renomadas pelo mundo, a experiência com pesquisas e profissionais de referência, onde o aluno

O Programa de Mobilidade Internacional (Promobi) proporcionou o intercâmbio de 139 estudantes da UFPB com várias universidades do mundo. O

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Nº Estudant

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pode se aprofundar ainda mais em qualquer área de seu interesse.

des mexicanas Autonoma Metropolitana (03) e Nacional Autonoma do México (02), para as instituiões espanholas Complutense de Madrid (02) e Santiago de Compostela (01) e a portuguesa Universidade de Coimbra (02).

Acolhimento O Promobi também regulamenta o acolhimento dos estudantes estrangeiros, que através da sua instituição de ensino e a Assessoria para Assuntos Internacionais local, organiza cada discente por curso em sua estada na UFPB. Entre novembro de 2012 e outubro de 2014 foram acolhidos 128 estudantes de universidades conveniadas. Os cursos que mais receberam alunos foram os de Ciências Sociais (25), Medicina (20), e Educação Física (17).

O programa de bolsas Ibero-Americanas, promovido em conjunto com o Banco Santander, concede bolsas de três mil euros para graduandos e pósgraduandos. O programa também ofereceu uma bolsa para um finalista do prêmio Santander Ciência e Inovação de 2012. Outro Programa, o Fórmula, também realizado em parceria com o Banco Santander, concedeu quatro bolsas de 5 mil euros, sendo duas para graduação e duas para pós graduação. As instituições de destino foram a Universidade Complutense de Madrid, Universidade da Beira Interior e a Universidade do Porto.

Bolsas Ibero Americanas: A Assessoria de Assuntos Internacionais também se encarrega de intermediar a concessão de bolsas de estudo junto ao Banco Santander. Nele, 10 estudantes foram contemplados no período compreendido entre 2012 e 2014, para as universida-

Alunos estrangeiros acolhidos na UFPB por cursos 2012/2014

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NOVO ESTATUTO

Centros se destacam com formulação de propostas

As unidades de ensino CCHSA e CE resolveram participar de forma mais incisiva do processo de modificação do Estatuto da UFPB. Para tanto, no CCHSA formou-se uma comissão para organizar as discussões com a participação dos três segmentos (estudantes, professores e servidores). Também ocorreram eventos onde estiveram professores da Universidade Federal Campina Grande e da Universidade Federal Rural

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de Pernambuco realizando palestras sobre o tema e onde estiveram presentes representantes dos sindicatos de Professores, Técnicos Administrativos e dos Estudantes. Já o CE, criou comissão com os três segmentos que realiza reuniões para discussão de propostas para a Estatuinte, e realizou uma série de assembleias para discussão com a comunidade. O professor Wilson Aragão, Diretor do Centro de Educação, salienta a impor-

Foto: Rômulo Jefferson

Foto: Rômulo Jefferson

Reportagem: Wallyson Costa

tância do debate e a participação do Centro em proposições junto a Comissão: “Temos um estatuto vigente há muito tempo, e essa iniciativa é de suma importância. Criamos uma Comissão Democrática com a participação de servidores, professores e estudantes que realiza reuniões e fomenta propostas para a Comissão Estatuinte”. A participação dos segmentos da comunidade acadêmica na


elaboração do documento que irá ser discutido e votado pelo Conselho Universitário (Consuni) é solicitada pela Comissão Executiva. De acordo com o professor Gustavo Tavares, presidente da Comissão, “o que queremos é que a comunidade se mobilize na elaboração desse novo estatuto, pois o papel da comissão é sistematizar para que a própria comunidade proponha. Sabemos que o calendário é apertado mais o estatuto também tem que ter prioridade”. A Comissão Executiva responsável pelo novo Estatuto da UFPB esteve aberta para recepção de propostas da comunidade acadêmica até o dia 5 de dezembro.

A data corresponde ao limite para modificação da primeira versão do documento fomentado pela Comissão Executiva. A partir de então, entre 8 de dezembro de 2014 e 19 de março de 2015, a comissão deverá dedicar-se integralmente a elaboração da segunda versão do documento. Através do site site da Estatuinte (www.ufpb.br/estatuinte), qualquer membro da comunidade acadêmica pôde redigir proposta e encaminhar diretamente a comissão. Gustavo Salienta que “Quem dirá o que será o novo estatuto é a própria comunidade. No site tem todos os documentos, como o estatuto anterior a proposta que

a reitoria fez e todo esse relatório das coisas que já aconteceram, entretanto estamos sentindo uma baixa participação”. Foram recebidas propostas da Agência de Inovação da UFPB; da Escola Técnica de Saúde; de Servidores do CCSA e da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI). Além disso, a Comissão se reuniu com o Núcleo de Ensino à Distância (EAD), participou de Assembleias no Centro de Educação (CE) e de reunião no Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA).

Foto: Luan Matias

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Prioridade é informatizar e publicar e-books Reportagem: Luan Matias

Informatizar o sistema, aumentar o número de produções e tornar o conteúdo produzido mais próximo da comunidade acadêmica. Estes são alguns dos objetivos traçados pela Editora Universitária da UFPB, alguns deles já colocados em prática e em pleno funcionamento. Um dos principais meios para se atingir essas metas, o lançamento do novo site abre possibilidades para publicações, divulgação e convergência de conteúdos. Um das possibilidades que surgiram com o novo site foi a publicação dos livros eletrônicos, conhecidos como e-books. Quatro títulos foram lançados recentemente e outros dois estarão disponíveis ainda esse ano. A proposta editorial não é digitalizar livros já existentes em formato tradicional, mas publicar material exclusivo para as mídias digitais, com características que são possíveis apenas nesse meio. A gratuidade será a característica principal dessas publicações eletrônicas, que envolvem baixos custos e devem ser bastante utilizados pela Editora. Uma outra prática que surge com o novo site é a submissão

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online de trabalhos, esta ainda em fase de testes. Quem tiver interesse em publicar pela Editora deve passar por um processo semelhante ao dos sistemas de publicação de periódicos. Ainda em dezembro deste ano essa etapa deve ser concluída; até o início de 2015 novos livros não serão aceitos, pois no momento são 114 títulos em processo de avaliação pela comissão editorial. A nova política editorial está em desenvolvimento e estará disponível no novo site quando estiver concluída. Uma das principais características do trabalho dirigido pela Professora Izabel França é dar as mesmas oportunidades a todos os inscritos nos processos de submissão de trabalhos. “Só a qualidade do conteúdo é quem determina a publicação ou não dos livro que chegam até nós e a ordem de lançamento se dá pela ordem de submissão dos mesmos”, explicou. Atualmente a equipe da Editora Universitária é composta por profissionais e estagiários de variadas áreas de criatividade, como publicida-

de, design gráfico e ciências da informação. Um das marcas do trabalho que a equipe desenvolve há dois anos é a manutenção de um padrão de editoração, correspondendo ao exigido pela Capes para a publicação de livros, sem desconsiderar que literatura também é arte e cada obra tem sua especificidades. Um das necessidades mais urgentes da Editora diz respeito ao espaço físico. Atualmente dividindo o mesmo local com a TV UFPB e com os trabalhos e número de produções aumentando, não há locais específicos para livraria, reserva técnica, revisão e outros setores fundamentais para um melhor desenvolvimento das atividades. Essa dificuldade tem adiado um dos principais planos da diretoria, que é instalar na própria Editora um escritório de Direito Autorais. “Atualmente todos os autores e artistas paraibanos precisam ir até Recife resolver questões dessa natureza. Com o espaço necessário e a instalação desse escritório, toda o nosso estado seria atendido na UFPB”, contou a professora Izabel.


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Ano II . Número 9 - Outubro 2014


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