Ufpbemrevista 02

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UFPB em revista # 02

+25,5%

agosto 2013

+45,5% 32

48

o Projet o Projet o Projet

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2.800

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2.200

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A UFPB foi a Instituição que mais aprovou propostas de Extensão, com recursos, em nível nacional. Ao todo foram 31 programas e 32 projetos, num total de 70 enviados, sendo 48 deles com recursos que totalizaram R$ 4.982 milhões de Reais.

+28% 420 330

Aumento no n° de bolsistas de graduação / extensão

APÓS SEIS MESES

Ampliação no número de discentes com acesso gratuito ao Restaurante Universitário.

+43% 400 280

Aumento no valor das bolsas, em Reais

2012

2013

Instituição recebe conceito quatro numa escala de até cinco pontos


Editorial A difícil tarefa de administrar, tendo que responder por pendências deixadas pela administração anterior e, ao mesmo tempo, implementar as inovações necessárias que possam garantir um salto de qualidade institucional representa um esforço hercúleo. Os estudantes, servidores técnicos-administrativos e professores sabem das dificuldades para fazer voltar a situação de adimplência à Fundação de Apoio a Pesquisa e a Extensão (Funape). Também deve saber das dificuldades para sanear a Fundação José Américo, que segundo o Tribunal de Contas da União, apresentou um rombo de cerca de dois milhões de Reais em notas frias resultantes da compra de gêneros alimentícios para o Restaurante Universitário. Os integrantes da comunidade universitária sabem e percebem as dificuldades em acessar inconclusos laboratórios e salas de aula, quer por conta do atraso nas obras de engenharia, quer pela ausência de equipamentos. Estas pendências herdadas representam problemas oriundas do Programa Reuni, implementado localmente de forma improvisada, cujos reflexos são ainda prejudiciais ao bom desempenho dos novos cursos e dos que promoveram a ampliação de vagas. Apesar das dificuldades apontadas, os índices registrados que dizem respeito a melhoras alcançados pela UFPB são o respaldo de que as mudanças administrativas levadas a efeito nos últimos meses foram acertados. Passados oito meses da posse da nova administração a Instituição colhe alguns bons resultados nos mais variados setores. Um dos mais importantes indicativos de mudança seguida de melhoras está na efetiva preocupação em ampliar a participação discente nos mais variados programas da graduação e da extensão. Uma das ações que asseguraram um maior envolvimento discente para além do Programa de Iniciação Científica (Pibic) foi a majoração dos valores das bolsas de graduação e de extensão, que passaram de 280 para 400 Reais. A equiparação das bolsas com o valor do Pibic reflete uma preocupação no incentivo a participação efetiva em setores que registravam desconsideração ou falta de incentivo. A majoração das bolsas de Extensão e graduação em 43%, por si só, representa o esforço Institucional. Mas, os incentivos visando a formação discentes não estacionaram nesta medida. O número de bolsas concedidas também foi ampliado e deverá registrar até o final de 2013, um aumento de 28%. Além das melhoras que dizem respeito diretamente as atuações na graduação e na extensão, os estudantes obtiveram a ampliação no quantitativo de comensais com acesso ao Restaurante Universitário: eram 2.200 em 2012 e já contabilizam mais de 2.800 em 2013. Para o segmento dos servidores técnicos administrativos, a criação do mestrado profissional e o incentivo aos cursos de pós-graduação já existentes que abrirem vagas para os funcionários demonstram claramente o esforço em qualificar mais e melhor os quadros da Universidade. Mais que isso, torna acessível a possibilidade de qualificação na própria Instituição, diminuindo os percalços que alguns funcionários passaram ao procurar qualificação em países da América Latina, usando do período de férias. No tocante as atividades de Extensão, a Instituição ampliou enormemente a aprovação de projetos e programas em nível nacional. Saltamos de 32 aprovações em 2012 para 63 em 2013:uma ampliação real de 45,5% que resultaram em recursos de R$ 4.982 milhões. A UFPB é, mais que em qualquer momento, uma referência nacional nas atividades de extensão. A reforma do Estatuto também integra o arcabouço de medidas implementadas no sentido de tornar a Instituição mais ágil e moderna nas suas relações internas e externas. Partindo do respeito aos segmentos que integram a comunidade universitária, uma Comissão compostas por estudantes, professores e técnicos administrativos já opera no sentido de garantir ampla e democrática participação na sua feitura. Há muito a fazer, muito a melhorar. Mas estes indicativos (melhora da UFPB na avaliação do MEC, ampliação dos valores e quantitativo das bolsas de graduação e extensão, aumento no número de comensais no Restaurante Universitário, aumento no número de projetos e programas de extensão aprovados em nível nacional, etc) aliados a uma participação efetiva de diretores de Centro e chefes de departamento nas decisões sobre a aplicação dos recursos orçamentários refletem o salto qualitativo implementado desde novembro de 2012. 2

UFPB em revista


SUMÁRIO edição nº 02

EDITOR Derval Golzio REDATORES/ESTAGIÁRIOS Jessica Morais Rômulo Jefferson Wallison Costa Nayane Maia PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Thales Lima e Nayane Maia CONTATO ufpbemrevista@gmail.com facebook.com/ufpbemrevista

UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba e é produzida por alunos do Curso de Comunicação em Mídias Digitais João Pessoa - PB Agosto - 2013

4 Entrevista com Reitora 6 Eventos nos Centros de Ensino 7 Com conceito quatro UFPB melhora avaliação junto ao MEC

8 9

UFPB terá Enem como forma única de ingresso Número e valores de bolsas são ampliados significativamente

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Aprovação de propostas Proext cresce 45,5% em relação a 2012

Fórum de Pró-Reitores do NE pretende unificar currículo com Extensão nas IES

12 Curso de animação para alunos de escolas públicas 14 Projeto de Extensão divulga cursos da UFPB através

de vídeos

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Comunidade universitária terá documento de identificação gratuito

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Processo de reforma do Estatuto Orçamento Participativo é Realidade na UFPB Funape supera inadimplência e desenvolve novos projetos

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Reitoria adota medidas para controle de uso dos veículos

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Restaurante Universitário amplia vagas e melhora qualidade

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Obras da UFPB embargadas pela Semam de João Pessoa

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Renovado projeto de segurança será implantado em breve

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Gestão de Pessoas e PRPG criam mestrado profissional

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Exames Periódicos são viabilizados e acontecem no Hospital Universitário

29 A adesão à EBSERH e os novos rumos do HULW 31 Direção salda dividas herdadas e publicação de livros está acelerada

UFPB em revista

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Entrevista com a Reitora Margareth Diniz Foto: Ascom

Reportagem: Assessoria de Impressa da Reitoria

Primeira reitora eleita na UFPB, Margareth Diniz fala sobre avanços institucionais e os desafios a serem enfrentados

Após oito meses como primeira reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Reitora Margareth Diniz, pontua os avanços alcançados no período. Em uma breve entrevista, a reitora fala do conceito quatro (4), numa escala de cinco pontos, alcançado pela Instituição após visita de representantes do Ministério da Educação, do processo Estatuinte já em andamento, da ampliação do número de discentes com acesso gratuito ao Restaurante Universitário, do diálogo que mantém aberto com os segmentos que compõe a comunidade universitária, da difícil tarefa de sanear e tornar adimplente as fundações de Apoio à Pesquisa e José Américo e tantos outros pontos que julga importantes e que marcam um novo momento da UFPB.

UeR - A UFPB mudou? Margareth Diniz - A mudança já está em construção. A mudança já é um processo em curso em torno de único propósito: levar a UFPB ao patamar máximo da qualificação universitária.

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UFPB em revista

UeR - O que mudou na UFPB, nestes últimos 8 meses? Margareth Diniz - Abrimos as portas da direção central à comunidade universitária. O Reitorado atual está movido pelo diálogo com todos os segmentos institucionalizados da UFPB, somando esforços, discutindo, pensando, agindo, enfim, fazendo o caminho para a qualidade que queremos. É verdade que o grande desafio tem sido manter as rotinas administrativas, que não passaram por uma transição para a atual equipe, ao tempo que herdados defeitos de gestão que ainda reclamam por correções. Mas, assim mesmo as iniciativas estão em curso. Contamos com o apoio de servidores comprometidos, além das generosas contribuições dos grupos formados em comissões que já tratam das questões relativas a reforma do Estatuto, das questões ambientais, da segurança, da informatização administrativa, da assistência estudantil, da saúde dos servidores, da reengenharia do pessoal, do funcionamento efetivo da Ouvidoria, do Serviço


Todas as Pró-reitorias estão desenvolvendo ações para avançar na direção da grande qualidade que vamos alcançar para a UFPB.

UeR - Poderia listar as principais conquistas? Margareth Diniz - A UFPB foi classificada como conceito 4 (quatro) pelo MEC, numa escala que vai até 5 (cinco), em avaliação bem recente. Estão contidas nesta avaliação todas as nossas iniciativas em andamento. Entre elas podemos citar: a UFPB conseguiu aprovar nacionalmente, o maior número de projetos de extensão, aumentamos o números das diversas bolsas para os discentes e aumentamos os seus valores, recadastramos os usuários do restaurante e moradia universitária para contemplar os estudantes realmente carentes, implantamos a agenda para o serviço de cuidados com a saúde dos servidores.

dos parlamentares paraibanos. Muitos deles sequer conheciam o gabinete da Reitoria. Recebemos, nestes oito meses, também ministros do Governo Federal e embaixadores, todos interessados em cooperação com a nossa instituição. Existe também, um sem número de medidas administrativas, financeiras, e das pró-reitorias, todas muito dignas de consideração e de apreço na minha avaliação.

UeR- E as dificuldades? Para ser muito honesta, são descomunais. E a raiz fundamental delas está nos desacertos herdados quanto a execução do programa Reuni. São obras defeituosas, inconclusas, falta de condições de funcionamento de cursos criados, laboratórios sem equipamentos etc. Esses problemas, que são reais e antecedem a nossa gestão, demandam iniciativas, que necessitam ser planejadas para obtermos resultados consequentes, e não incorrermos nas falhas da gestão anterior. Isso demanda um tempo para a solução eficaz e compromete o nosso desejo imediato de centrarmos esforços principalmente na qualidade acadêmica. Mas, como sempre disse, as dificuldades são desafios. Trabalhamos para as melhores respostas.

É importante lembrar que encontramos as duas Fundações paralisadas e que estão sendo saneadas. A Funape (Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão), por exemplo, já está em atividade no apoio acadêmico. A Fundação José Américo, que muito foi atingida pelo escândalo anunciado no fim da gestão passada, foi submetida A UFPB foi classificada como a ações de ajustamento conceito 4 (quatro) pelo administrativo. MEC, numa escala que vai até 5 (cinco), em avaliação Estamos trabalhando bem recente. Estão contidas com a Procuradoria nesta avaliação todas as nossas Jurídica da UFPB no iniciativas em andamento. sentido de resgatar a confiança dos órgãos de controle e fiscalização externos, a quem estamos submetidos e cujo passivo de ações apenas começa a ser coberto.

Foto: Ascom

de Informação ao Cidadão, além da instalação e funcionamento no próprio prédio da Reitoria de um espaço de apoio aos campi do interior.

C o n s e g u i m o s colocar a UFPB no circuito das emendas parlamentares federais, independentemente das cores partidárias. Hoje a UFPB tem o apoio e trânsito junto a maioria UFPB em revista

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Centros

CE prepara recepção para evento internacional O Centro de Educação (CE) organiza o 6º Colóquio Internacional de Políticas e Práticas Curriculares que será realizado de 5 a 7 de dezembro deste ano. O evento será aberto a toda comunidade acadêmica. “Nossa perspectiva é criar eventos que possibilitem uma articulação do ensino, da pesquisa e da extensão”, disse o diretor do centro, professor Wilson Aragão.

EITA Design 2013 acontece em novembro no CCAE O Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE) promove o III ENASEC (Encontro Nacional de Secretariado Executivo) que acontece no período de 09 à 12 de outubro deste ano. Além disso, em novembro, no CCAE acontece o EitaDesign – Congresso Paraibano de Estudantes de Design, evento promovido pelo Departamento de Design, onde é aguardado um público de 1000 pessoas, entre estudantes e pesquisadores da área.

X CCHLA Conhecimento em Debate destaca Extensão O Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) promoveu no início de junho deste ano, o X Conhecimento em Debate. O evento que ocorre a cada dois anos homenageou o antropólogo Darcy Ribeiro e foi marcado por palestras, sessões de filmes, minicursos nas diversas temáticas das ciências humanas, além da apresentação e discussão de 32 Projetos de Extensão desenvolvidos pelo CCHLA. 6

UFPB em revista

Por: Jessica Morais

Ciência do Solo será tema de reunião no CCA O Centro de Ciências Agrárias (CCA) será sede da I Reunião Nordestina de Ciência do Solo. No evento, que ocorre entre os dias 22 e 26 de setembro, cerca de 400 pesquisadores e estudantes do assunto deverão marcar presença, segundo o diretor do CCA, professor Djail Santos. Já na primeira semana de junho, o Centro realizou o II Simpósio do Grupo de Estudos de Animais Selvagens.

Alunos do CCJ são premiados internacionalmente Alunos do curso de Direito colocam a UFPB em quinto lugar entre 101 universidades do mundo. A honrosa classificação foi conquistada na competição do Julgamento Simulado do Sistema Interamericano de Direitos Humanos que aconteceu na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, onde o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) concorria pela segunda vez consecutiva. Além disso, os alunos também conquistaram o prêmio de melhor memorial escrito em português.

CCS amplia projetos de pesquisa PIBIC O Centro de Ciências da Saúde (CCS) desenvolve atualmente 330 projetos de pesquisa do Programa Institucional de Bolsas para Iniciação Científica (PIBIC) com a supervisão de 142 orientadores. Este número representa 18,74% de todos os planos inscritos na UFPB. Segundo o diretor do centro, professor Reinaldo Nóbrega, as pesquisas desenvolvidas no centro são destaques em todo o país, a exemplo do estudo sobre a planta do semiárido milona e seus efeitos positivos no combate à asma.


ENSINO

Com conceito quatro UFPB melhora avaliação junto ao MEC Foto: Traipadvisor

Reportagem: Walison Costa

Ariane Sá: avaliação reflete as ações desenvolvidas pela gestão

Avaliação feita pelo Ministério da Educação atribuiu conceito quatro (em uma escala de até cinco pontos) para a UFPB. Segundo Ariane Sá, Pró-Reitora de Graduação, essa boa avaliação, realizada no início do mês de junho, reflete o momento atual que a instituição vivencia. “Toda avaliação no fim das contas fotografa um momento, e esse bom momento foi justamente agora nessa gestão, que tem pautado toda a discussão na qualidade de ensino, seja da graduação, pós-graduação na extensão ou na pesquisa”, afirma. Na avaliação, a UFPB atingiu nível máximo de excelência em algumas áreas. Dentre elas Política para Ensino, Pesquisa e Extensão, que afirma Ariane, ser um dos focos principais da nova gestão, com a qualidade do seu corpo docente e discente. A professora pontifica que, para melhoria, a UFPB terá sempre que prestar mais atenção na graduação e melhorar cada vez mais a qualidade do ensino. Outro tópico que recebeu destaque na avaliação foi o de Comunicação Social com a população acadêmica, ponto que sempre deixou a desejar, inclusive na mesma avaliação ocorrida em 2009. Foi ressaltada pela comissão em relatório a sua boa impressão com o modo como a UFPB socializa a informação em toda a instituição. No relatório foi posto como exemplo os cartazes informativos espalhados pelo campus, sobre o momento em

que a avaliação estava ocorrendo, que não existiam em nenhuma instituição avaliada até então. No quesito Organização e Gestão, Ariane Sá ressalta a participação da Comissão Própria de Avaliação (CPA) coordenada pela professora Maria Elba, que disponibilizou todas as informações necessárias para a comissão de avaliação. Ariane salienta que a postura da UFPB foi deixar a comissão à vontade, todos os documentos solicitados foram rapidamente encaminhados. “O trabalho foi feito em conjunto com os departamentos, agilizando a disponibilidade dos documentos. Então a UFPB prestou todos os esclarecimentos para que a comissão tivesse conhecimento e sucesso no seu trabalho. Não é a toa que a UFPB teve uma boa avaliação. Que é o reflexo de toda organização da instituição”, pontifica. Sobre melhorias que ainda precisam ser tomadas pela nova gestão, Ariane afirma que a boa avaliação mostra que a UFPB está no caminho certo, e que a instituição pretende melhorar cada vez mais a qualidade do ensino. “Ainda temos uma taxa de retenção e evasão próxima ou até um pouco acima da média nacional que chega à cerca de 30%, achamos que a Universidade, pela qualidade do seu quadro docente pode diminuir essa taxa.” Os projetos que estão em andamento já mostram um foco maior na graduação, e tem sido até agora as grandes iniciativas postas em prática pela nova gestão. “Houve até agora a ampliação das bolsas, não só a quantidade quando a equiparação do valor, além de convênios como o Programa de Melhoria do Ensino Básico (Promeb), para que a universidade interfira mais no ensino médio, garantindo que os alunos entrem na instituição tendo um aproveitamento maior do ponto de vista acadêmico”, completa Ariane Sá.

Foto: Tripadvisor

Avaliadores do MEC esclarecem pontos da avaliação

UFPB em revista

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ENSINO

Universidade terá Enem como forma única de ingresso Reportagem: Rômulo Jefferson

O Conselho Universitário (Consuni) aprovou a unificação da seleção para ingresso de estudantes na UFPB, no dia 13 de maio, através do Exame Nacionalv do Ensino Médio (Enem), já para o ano de 2014. Até o ano de 2013 a Instituição adotava pelos menos dois processos de ingresso: através do vestibular ou Processo Seletivo Seriado (PSS) e através do Enem. Além da perspectiva de unificação, a mudança, segundo a Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá, foi o decreto da Presidente Dilma Rousseff que isentou da taxa de inscrição no vestibular os candidatos com renda de até 1,5 salários mínimos per capita. De acordo com a professora Ariane, 70% dos candidatos atendiam os critérios da isenção das taxas do Decreto presidencial e a universidade teria que arcar com quase todas as despesas do processo seletivo. O problema é que, revela a pró reitora de graduação, não existe dotação orçamentária ou receita específica para cobrir os gastos com a elaboração, impressão, aplicação e correção das provas. Tal fato levaria a inviabilidade financeira da instituição, a partir do déficit gerado com as despesas decorrentes do vestibular, causando até uma inconsistência fiscal. Após discussão sobre o assunto, com participação de toda a comunidade acadêmica, foi feito um levantamento mostrando que os alunos já se inscreviam no Enem e, segundo a Secretária de Educação do Estado Márcia de Figueirêdo Lucena Lima, o material repassado para os estudantes já adota as temáticas do Exame Nacional do Ensino Médio. Para a Pró-reitora, apesar das críticas, o Enem traz grandes benefícios. Um deles é que as provas tem relação maior com o poder cognitivo do candidato em comparação aos conteúdos tradicionais. Isso traz uma melhoria e dinâmica ao ensino e, principalmente, cria um nivelamento nacional do ensino médio: “As perdas do conteúdo local são compensadas pela unificação do ensino, um aluno do Acre terá o mesmo currículo disciplinar que um de São Paulo, por exemplo”. João Wandemberg Gonçalves Maciel, Coordenador de Escolaridade da Codesc, responsável pelos encaminhamentos antes destinados à Coperve, acredita que o número de vagas será mantido: 8

UFPB em revista

a única diferença é a adoção de um processo único. “Antes tínhamos três processos: O PSS, o Enem e o Educação à Distância (EaD), agora unificamos o processo”, acrescenta. O EaD não entra no SISU, mas a nota do Enem serve para o processo de utilização desenvolvido pela universidade. O ingresso para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar da Paraíba, que até 2013 integra o sistema de vestibular da UFPB, também utilizará as notas do Enem. Já os cursos que adotam provas de habilitação específica para ingresso na Instituição (música, dança, teatro, artes visuais e tradução) se responsabilizarão, através dos seus respectivos departamentos, pela aplicação dos exames específicos. A Comissão Permanente para o Vestibular (Coperve) deverá passar por uma reestruturação. “Queremos que ela seja um setor vinculado à Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Funape) e que esta se responsabilize por concursos vinculados à UFPB e também concursos externos. A Coperve tem seu nome reconhecido e será preservada”, finaliza a Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá.

João Wandemberg ressalta a unificação do PSS, Enem e EaD


Número e valores de bolsas são ampliados significativamente

ENSINO

INVESTINDO NA FORMAÇÃO

Reportagem: Walison Costa

duação existem para dar apoio e garantir a qualidade do curso e do aprendizado dos alunos, e são organizados pela instituição com todas as suas instâncias, para favorecer a maior qualidade da graduação.

Escarião: bolsas para garantir a qualidade do aprendizado

No início do ano de 2013 a UFPB equiparou os valores das bolsas de estágio e monitoria da graduação ao mesmo nível já encontrado em bolsas de iniciação científica, como o Pibic. Essa equiparação foi posta como uma forma de valorização às bolsas de graduação que, por terem valores inferiores, eram vistas como segunda opção pelos alunos. As bolsas da graduação, e também as de extensão, passaram de 280 para 400 Reais, um aumento de cerca de 43%. Segundo Ariane Sá, Pró Reitora de Graduação, a equiparação se deu para que os alunos fossem atraídos para os programas: “antigamente, se via muito a situação das pessoas que tinham bolsas de estágio ou monitoria, mas migravam para o Pibic. Agora com a equiparação espera-se gerar uma permanência dos estagiários, valorizando esses programas”. Além do aumento do valor pago aos bolsistas, houve também um aumento substancial no número de bolsas concedidas. Ainda de acordo com Ariane, o objetivo é passar das 330 bolsas para graduação, para 420 já em 2013: aumento de cerca de 28%. Já a professora Glória Escarião, coordenadora de Currículos e Programas, afirma que as bolsas de gra-

Especificamente sobre monitoria, a professora Eliane Ferraz, Coordenadora de Estágios e Monitoria, aponta importante crescimento do número de empresas conveniadas. “Com a nova gestão, organizouse uma nova seleção para monitoria, onde já havia número de bolsas aprovadas. A seleção de monitoria para 2013 está sendo realizada neste momento. Ficou decidido em reunião que seria feita uma abertura para ampliar o número de bolsas. A quantidade partiu de 93 para mais de 300 projetos aprovados.”, destacou.

PROMEB Uma prova da evolução do sistema de bolsas dentro da UFPB é o Programa de Melhoria da Educação Básica (Promeb). O programa que tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da educação básica e superior da Paraíba, será agora desenvolvido em parceria com o Governo do Estado e Secretarias de várias cidades e disponibilizará 800 bolsas para alunos de licenciatura. O projeto, que visa a melhor qualificação do aluno, proporciona que os estudantes de licenciatura, apliquem os conhecimentos adquiridos nos cursos em seu futuro ambiente de trabalho. Além disso, também se pretende melhorar a eficiência dos alunos do ensino médio com o acompanhamento direto dos bolsistas no processo de aprendizagem incluindo ações voltadas extra sala de aula, como a elaboração de projetos pedagógicos e etc. Ariane Sá afirma que com o projeto pretende criar um circulo virtuoso, onde o aluno de licenciatura bolsista terá experiência em sala de aula e o aluno do Ensino Médio terá o contato com a Universidade. O projeto no momento encontra-se em andamento. A assinatura dos convênios está acontecendo na Reitoria. O edital está disponibilizado no site. UFPB em revista

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EXTENSÃO

COM RECURSOS

Aprovação de propostas Proext cresce 45,5% em relação a 2012 Reportagem: Jessica Azevedo

edital interno criado pra conduzir a seleção em que três avaliadores utilizaram a plataforma online do Google Docs e, dessa forma tomaram conhecimento de quem estava propondo o projeto. Lacerda ressalta ainda como fórmula de impessoalidade, zelo e transparência na seleção do projetos o fato de terem sido julgados por professores de Centros distintos de onde foram originados. “Assim que saiu o resultado divulgamos online como faz o Coex Nacional, colocando o nome dos avaliadores com o intuito de mostrar transparência” disse.

Coex quer oficinas culturais

Dailton Lacerda, Coordenação de Educação Popular da PRAC

A Coordenação de Educação Popular dirigida por Daílton Lacerda, embora recém-criada, já tem um feito a comemorar junto a nova gestão da Universidade: a última seleção do Proext, que resultou no envio de 70 propostas (dentre projetos e programas) ao MEC/SESu, com aprovação de 63 (90% das propostas enviadas), sendo 31 programas e 32 projetos. Destes, conquistaram recursos 27 programas e 21 projetos, totalizando 48 propostas aprovadas com recursos, o que representou um aumento de 45,5% em relação ao que a UFPB havia conquistado no ano anterior. Ao todo, a UFPB conquistou um montante R$ 4.982.325,70, aumentando em 38% os recursos conquistados no ano anterior, que foram da ordem de R$ 3.613.016,71. O resultado final é a prova definitiva que as mudanças implementadas na fórmula de seleção, baseada na anáilise impessoal das propostas por analistas de Centros diversos ao dos autores foi acertada. Segundo Daílton isso ocorreu devido a nova forma de avaliação dos projetos, com propostas ancoradas em 10

UFPB em revista

A Coordenação de Extensão (Coex) deverá ampliar as atividades de extensão da Instituição através do programa A UFPB no seu município. Nele, uma série de ações de produtos culturais e oficinas com duração de 20 horas a serão ministradas em sete municípios pólo. A Coex tem função de repassar para a comunidade o que é desenvolvido em arte e cultura, para tanto possui uma equipe própria de técnicos, detentora de prêmios nacionais, pondera o Coordenador de Extensão, Gualberto Filho. Outro projeto que está sendo articulado pela coordenação de Extensão diz respeito a criação do Museu de Fotografia da UFPB, que deverá funcionar no Núcleo de Arte Contemporânea (NAC). Para Gualberto Filho, “essa iniciativa é um ganho muito grande para a cidade”. Ele enfatiza que João Pessoa quase não possui museus, e um que tenha como foco o acervo fotográfico é ainda mais raro. “Tivemos a iniciativa e acreditamos na possibilidade de seja bastante dinâmico, com exposições alternadas e oficinas de fotografia com laboratório químico e digital”, disse. A Universidade tem a partir das ações de extensão o dever de salvar vidas, não só levando cultura e arte, ensinando artesanato e dessa forma gerando empregos, mas também proporcionar oficinas para professores e contribuir em ações voltadas para evitar o consumo de drogas, as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a gravidez precoce.


Fórum de Pró-Reitores do NE pretende unificar currículo com Extensão nas IES

EXTENSÃO

EM CAMPINA GRANDE

Reportagem: Walison Costa

possa unificar o currículo com a Extensão incluída e valendo créditos é essencial, já que hoje temos uma prática não uniformizada nas universidades públicas brasileiras”, pondera Vilar. Outro tema que deverá ganhar a atenção dos pró reitores é a participação de servidores técnicos administrativos como coordenadores de projetos de extensão. Para Orlando Vilar, a competência do segmento dos funcionários para tal atividade está mais que provada. Ele cita os dedicados funcionários da Pro Reitoria de Extensão como exemplo de capacidade para gerenciamento e diz que não vê nenhum inconveniente na proposta: “pelo contrário, as Instituições só têm a ganhar.

O Fórum dos Pro reitores de Extensão da Instituições Públicas de Ensino Superior (Forproext) da Região Nordeste tem encontro marcado para o período compreendido entre os dias 02 e 04 de outubro, na cidade de Campina Grande. Na Pauta do evento, que está sendo organizado pelas Universidades federais da Paraíba e de Campina Grande, pelo Instituto Federal e pela Universidade Estadual da Paraíba, estão a Lei da Extensão, a discussão sobre a possibilidade de servidores técnicos administrativos de nível superior coordenarem projetos de extensão e uma maior aproximação dos setores de Ensino Pesquisa e Extensão da Instituições.

Foto: Tripadvisor

Orlando Vilar, Pró-Reitor para Assuntos Comunitários

Por fim, Vilar argumentou sobre a necessidade de aproximar mais as atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Tenho plena convicção que muitos projeto de extensão servem como verdadeiros campos de atuação para os alunos da pós graduação e que muitas teses e dissertações poderiam ser pensadas tendo este importante nicho como centro das atenções”, argumentou.

O pro reitor de Extensão da UFPB, Orlando Vilar, diz ser de extrema importância a realização do Fórum pelas discussões inadiáveis constantes na pauta. “A formulação de uma Lei que UFPB em revista

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EXTENSÃO

NOVOS TALENTOS / CAPES

UFPB oferecerá curso de animação para alunos de escolas públicas Reportagem: Nayane Maia

A UFPB teve dois projetos de extensão aprovados pelo programa “Novos Talentos” para o ano de 2013. Um deles é o projeto “Animação em pessoa” do professor Cléber Morais, coordenador do curso de Comunicação em Mídias Digitais, visa ensinar a animação gráfica aos alunos de escolas públicas. O “Animação em pessoa” foi o único do Campus I da UFPB a ser aprovado. Ele conta que o objetivo é selecionar alunos de ensino médio que tenham interesse pela área e trazê-los aos laboratórios e instalações da universidade para ensinar

os processos de construção de animação, desde a parte de desenhos e ilustração até a produção final. Em integração com o Departamento de Mecânica, a meta é desenvolver um trabalho de ciência animada, no qual os alunos terão a oportunidade de aprender sobre mecânica e realizar experimentos, reproduzindo isso em animação. “Acreditamos que os jovens vão ter um domínio de tecnologias, de usos do conhecimento, muito maior depois dessa nossa intervenção”, afirma o professor Cléber Morais.

Cleber Morais, autor do projeto de Extensão “Animação em Pessoa’’

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UFPB em revista

O projeto também capacitará professores que terão a oportunidade de enriquecer as aulas, tornando o conteúdo muito mais atraente e compreensível para o aluno, que por sua vez poderá utilizar a animação em trabalhos escolares e extracurriculares. No inicio o programa irá abranger poucas escolas, para testar em escala menor as possibilidades. Segundo o Coordenador Cléber Morais, a primeira turma terá cerca de 20 alunos e até cinco professores. Serão três ciclos de cursos, cada ciclo terá um aumento no número de turmas e um crescimento no ritmo de produção e didática. O Coordenador ressalta que o contato social é algo importante para os integrantes do projeto. Alunos e docentes de Mídias Digitais poderão ver a sociedade reconhecendo o curso, entrando em contato com o que é desenvolvido na academia e interagir, partilhando conhecimento e experiências. Ele acredita que, como instituição pública, a Universidade necessita apresentar uma con-


EXTENSÃO

Alunos de escolas públicas terão acesso a laboratórios de qualidade do curso de Mídias Digitais

tra partida, um retorno à comunidade: “Ao trazer o jovem para vivenciar a universidade, compartilhamos esse conhecimento, estamos fazendo nosso papel social, esse é o ponto principal. Depois vem o reconhecimento, valorização das escolas públicas, motivação para professor e aluno”. O Departamento de Mídias Digitais já tem planos para quando o projeto acabar. Pretende-se fazer um programa continuado, englobando mais escolas, numa escala cada vez maior. Há ainda o interesse em potencializar e capacitar o próprio estudante, dessa forma eles poderão ministrar aulas de animação, criando um sistema multiplicador. “A Universidade é um agente de cultura, antes de mais nada. Não estamos aqui só para estudar e assistir aula, a gente move cultura.” enfatiza o coordenador Cléber.

Ao trazer o jovem para vivenciar a Universidade, compartilhamos esse conhecimento, estamos fazendo nosso papel social

Entenda: Novos Talentos O Programa “Novos Talentos” é uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e tem como objetivo trazer a comunidade até a universidade. A proposta é realizar atividades de extensão para professores e alunos da educação básica, visando o aprimoramento, atualização do público-alvo e melhoria do ensino de ciências nas escolas públicas do país. O edital sobre o programa existe desde 2010. Porém, apenas na atual gestão a Instituição demonstrou interesse em participar

UFPB em revista

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EXTENSÃO

Projeto de Extensão divulga cursos da UFPB através de vídeos Reportagem: Jessica Morais

Os equipamentos utilizados na composição dos vídeos fazem parte da estrutura do curso de Comunicação em Mídias Digitais. São liberados pelo departamento do curso, câmeras e microfones profissionais para produção dos vídeos. Já a parte de edição do material produzido é feito no laboratório de informática também do curso.

Contribuição profissional A equipe responsável pela criação, produção e edição dos vídeos é formada atualmente por três pessoas: o professor e orientador do projeto, Dorneles Neves e dois estagiários, que são alunos do curso de Comunicação em Mídias Digitais: Augusto Ygor Machado e Natan Pedroza. Eles reforçam o objetivo acadêmico do projeto de formar e preparar profissionais produtores de conteúdo. Dorneles Neves coordena projeto de extensão

Os cursos de graduação da UFPB deverão contar, em breve com vídeos institucionais. O conteúdo, de até quatro minutos, servirá para mostrar como funciona cada curso e os profissionais que devem formar. Por meio da técnica chamada storytelling, técnica que consiste em utilizar narrativas para compartilhar informações, conhecimentos e experiências, o Projeto de Extensão coordenado pelo professor Dorneles Neves já se encontra em execução. “Não mostramos apenas a Instituição, mas associamos uma narrativa ao projeto”, afirma o professor. Os destinatários destes vídeos são, de acordo com o professor, externos a Universidade. Essas pessoas são futuros alunos que pretendem ingressar em algum curso da UFPB (mas que podem ter dúvida na escolha) os profissionais que são formados e até mesmo o campo de trabalho ou de atuação profissional. O primeiro vídeo já está em fase de finalização e terá o curso de Comunicação em Mídias Digitais como foco central. Na fila, e obedecendo a um rodízio de produção por Centros, estabelecido pela equipe do projeto, está o curso de Arquitetura. A intenção é fazer a divulgação a cada duas semanas pela internet. 14

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De acordo com Ygor (responsável pela direção e produção) e Pedroza (responsável pela edição e finalização dos vídeos), a contribuição profissional dada pelo estágio tem sido enorme, apesar do trabalho ser recente. Eles salientam que a motivação foi a oportunidade de trabalhar com vídeo. Aprender escrever roteiro, a manusear a câmera, entrevistar pessoas, editar são só algumas das atividades executadas no estágio e que possibilita executar na prática o que foi aprendido em sala de aula. “É uma oportunidade muito boa. Estou colocando na prática o que aprendi com o professor em sala de aula”, disse Ygor.

Algusto Ygor (esq.) Natan Pedroza (dir.) integram o projeto


Comunidade universitária terá documento de identificação gratuito Reportagem: Rômulo Jefferson

U ma parceria da UFPB com o Banco Santander vai implantar nos Campis de João Pessoa, Areia, Bananeiras, Rio Tinto e Mamanguape, um sistema de identificação para alunos, servidores e professores nos moldes já existentes nas mais importantes instituições do mundo e em algumas do Brasil. Trata-se de uma carteira de identificação produzida na própria universidade, sem custos, que inclui foto, dados do usuário e um chip que vai permitir a utilização do crachá em diversas funções dentro e fora do campus. A ideia, segundo a Reitora Margareth Diniz, é que a novidade funcione a partir da entrada da pessoa na portaria: “Hoje todo mundo entra e sai dessa universidade e não sabemos quem é quem. Para mim é fundamental termos um crachá com nossos dados e da instituição.” A Gerente Geral do Santander João Pessoa, Josiane Alcântara de Lima, conta que o banco, hoje, está presente com o Projeto Cartão Universidade (denominação utilizado no Brasil) em 213 Instituições de Ensino Superior (IES) de 11 países.

Entre as funcionalidades do cartão que podem ser desenvolvidas na UFPB, ela cita acesso controlado a ambientes, controle de frequência, integração com transporte – já em funcionamento na UFF (Universidade Federal Fluminense e Unisinos) –, identificação em computadores, assinatura digital, otimização de energia, gestão de estacionamento, secretaria eletrônica, entre outros. Apesar de ser gratuito, o usuário terá a opção de, como em um cartão pré-pago, depositar alguma quantia no cartão e utilizá-lo para pagar despesas dentro do campus, como cópias de material ou alimentação. Outra vantagem trazida pelo projeto será sentida pelos professores, que agora terão uma identificação da sua função disponibilizada pela instituição. “Não é possível que o servidor, professor, não tenham um cartão de identificação da sua função”, diz Margareth Diniz. Eles poderão, por exemplo, ter acesso aos descontos que as livrarias costumam dar na compra de livros para esses profissionais.

Cadastramento O cadastramento para a produção do documento de identificaçãofuncionará deverá ocorrer em postos informatizados nos centros da universidade. O usuário terá sua foto registrada e os dados enviados para uma central que irá confeccionar os cartões sem custos para os segmentos. Segundo a reitora Margareth Diniz, o cadastramento deverá ter início com os alunos da Residência Universitária. Para ela, é importante que eles o tenham logo porque servirá, inclusive, para atendimento no Hospital Universitário. Segundo a reitora, o projeto está na fase de licitação e abertura de edital para concorrência pública. Posteriormente será divulgado o cronograma com as datas para cadastramento. A expectativa é que o sistema comece a funcionar até o final desse ano.

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Reitoria inicia processo de reforma do Estatuto Ana Montoia, do Departamento de Sociologia, preside a Comissão de Estudos Preparatórios

Reportagem: Walison Costa

A UFPB está no momento passando por um processo Estatuinte, que promete renovar a sua parte jurídica e diretrizes básicas, modernizando a instituição. A última mudança no Estatuto data de 2002, onde houve a divisão da UFPB em duas, originando a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), mas que não acarretou em nenhuma mudança de fato ao Estatuto vigente. Segundo a Professora Ana Montoia, o Estatuto deve expressar a capacidade da Universidade de autogovernar-se e também autogerir com responsabilidade seu patrimônio e seus recursos, em suas relações com as demais Instituições do Estado e com os parâmetros sociais em que vivemos atualmente. A Professora Ana Montoia preside a Comissão de Estudos Preparatórios desse processo, que tem a função de definir o espírito e o princípio dos trabalhos, pensar o formato, a metodologia, e como será feito o processo de Estatuinte propriamente dito. A comissão conta com 14 nomes, homologados pelo Conselho Universitário (Consuni) e nomeados pela Reitoria. Dentre os membros existem professores, servidores e estudantes, além de membros das entidades, DCE, Aduf e Sintesp. A Comissão de Estudos é a primeira etapa de um longo processo que ainda conta com mais dois movimentos. A segunda etapa é a de formulação, por meio de 16

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colegiados, de um anteprojeto de Estatuto, em torno dos pontos indicados pela Comissão preparatória. Já o terceiro movimento deste processo Estatuinte, deve providenciar a organização de conselhos consultivos aptos a debater e a apresentar alternativas às propostas formuladas pelos colegiados, de modo a, finalmente, concluir o mais importante documento da Universidade, suas normas regulatórias, expondo de modo sensato as finalidades pretendidas pela instituição universitária, sua estrutura, sua forma de gestão e seus mecanismos de controle e responsabilização. Segundo Montoia, a necessidade de uma revisão estatutária para a Instituição é urgente. “O primeiro Estatuto da UFPB data de 1961, ano de sua criação. A junta militar, por meio de decreto-lei de 1969, fez valer seu segundo Estatuto. Por fim, sumário parecer do CNE homologou novo Estatuto para a instituição, em 2002, quando houve o desmembramento da UFPB e da UFCG. É urgente, portanto, a instalação entre nós de um processo Estatuinte, reclamo já antigo, competindo à instituição refletir sobre si mesma e propor um projeto consequente de Universidade”, afirma.

Polêmica Questionada sobre pontos polêmicos que devem


ser tocados durante o processo, Montoia revela que quase todos os pontos próprios aos trabalhos de uma Estatuinte são difíceis. A razão é que, segundo ela, não há um projeto predito como ideal de Universidade, e que com todas as diferenças, e com propostas diversas, tem que haver disponibilidade para todos apresentarem publicamente suas razões e seus argumentos. Por isso o mais difícil é providenciar formas mais legítimas de consulta, sobretudo a quem consultar, e bem definir o significado da autonomia da Universidade em relação ao Estado, aos governos e à sociedade brasileira. Para que estes pontos tidos como polêmicos sejam resolvidos, é que o projeto conta com membros de todos os níveis da instituição. O desafio da comissão de Estatuinte é gerar entusiasmo na comunidade acadêmica, e não repetir erros cometidos no passado. Com o desenvolvimento da iniciativa

vê-se a oportunidade de rediscutir o desenho institucional da UFPB, visto agora como ultrapassado. Será a oportunidade de se modificar esse desenho, e uma chance única para a comunidade participar democraticamente, de uma forma transparente na construção desse Estatuto.

Prazo O primeiro movimento, da Comissão preparatória, deve entregar em outubro de 2013 os relatórios dos estudos empreendidos. No entanto é importante salientar que esse processo Estatuinte é extenso, e que essa é apenas a primeira etapa, levando-se em conta que, como manda a prudência e a responsabilidade, o desenrolar do procedimento deve pautarse pelo princípio o mais amplo da publicidade e do debate na Universidade

Josué recomenda prazo para receber sugestões O Professor aposentado e ex diretor do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), Josué Eugênio Viana pontifica que para obter sucesso na implantação de um novo Estatuto, a UFPB deverá interagir com os centros e dar um prazo para receber sugestões, incitar o debate com a comunidade acadêmica, tanto quanto uma abertura para os órgãos representativos dos estudantes. Ele fez parte da comissão responsável pela última tentativa de revisão estatutária, em 1984, na gestão de José Jackson Carneiro. Josué integrou a comissão da reforma do Estatuto em 84 Questionado sobre a vigência de um Estatuto tão antigo na UFPB, Josué Eugênio afirma que o assunto sempre foi algo muito burocrático, e diz que poucos dificações para criação de centros, mudanças de notêm tal disposição para mergulhar a fundo no assun- menclaturas e finalmente para a criação da UFCG, mas que a essência sempre to. Ele conta que na ten“O nível de uma Universidade é foi a mesma e que precisa tativa em que esteve premedida pelos estudantes, por isso de mudança. “O estatuto sente, em 1984, tudo foi toda decisão deve passar por eles. O que planejamos era bem feito de forma minuciosa, e o processo de elaborar, estudante vê melhor o que se passa na liberal, seguimos a onda discutir e redigir levou em instituição do que quem está de fora” das eleições diretas. Devido a erros na redação final torno de dois anos para ser concluído, já que as reuniões tinham que ser feitas o projeto foi devolvido a nós e neste intervalo de em João Pessoa e também em Campina Grande, ain- tempo para correção, houve uma mudança de gestão na reitoria e o projeto infelizmente foi esquecido”, da Campus da Federal da Paraíba. completa, deixando claro que já está na hora dessa Viana revela que no Estatuto vigente só houve mo- revisão estatutária acontecer na UFPB.

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Orçamento Participativo é Realidade na UFPB Reportagem: Rômulo Jefferson

O Universidade Participativa (UP), programa implantado pela Reitora Margareth, realizou a 7ª Audiência Pública para definir os investimentos prioritários para a UFPB. Na reunião estava presente toda a comunidade acadêmica, diretores de centro, coordenadores dos cursos, professores e alunos que encaminhavam à banca suas solicitações, além de terem espaço para exposição de ideias. Segundo o Coordenador do programa, Gustavo Tavares, a reitoria tem um orçamento de cerca de 16 milhões para investir na Instituição como um todo: “Sabemos que esse dinheiro não é suficiente para suprir todas as demandas da UFPB como: segurança, equipamentos. Então perguntamos aos centros quais são suas prioridades.”

mentária própria. O programa irá viabilizar também um controle social efetivo dos gastos da Instituição, além da otimização dos recursos utilizados. Gustavo Tavares salienta ainda que todos os anos serão realizadas audiências de prestação de contas à comunidade e balanço anual do orçamento: “Nós vamos mostrar quais foram as demandas dos centros e o que foi feito em relação a isso. Então as pessoas vão ter a dimensão exata da situação.”

Como funciona

O Universidade Participativa criou oito grupos entre os 16 centros da UFPB para viabilizar ampla presença da comunidade nas audiências. De acordo com Tavares, os Pró-Reitores acompanham a Reitora Margareth Diniz A visão do UP, de acornos locais para terem cido com Tavares, é criar Gustavo: centros deveriam copiar modelo ência da situação de cada uma nova cultura no âmsetor. Até agora, já foram bito acadêmico: “Historicamente, nós temos a redados os encaminhamentos necessários para resolalidade de um administrador que, junto com seus ver os problemas mais urgentes apresentados nessas assessores, decide onde e como o dinheiro público reuniões. deve ser gasto. O que nós queremos agora é que as Em relação a participação estudantil, o coordepessoas participem das decisões, assumam uma cornador disse que foram enviados e-mails aos grupos responsabilidade pela Universidade.” representativos convidanPara Tavares é importando-os, mas em João Pessoa Sabemos que esse dinheiro te que os centros tomem não houve presença dos esnão é suficiente para suprir como exemplo o novo tudantes, ao contrário dos modelo de orçamento detodas as demandas da UFPB Campis do interior que tisenvolvido pela reitoria. veram presença maciça dos Segundo ele, essa é uma alunos. Por fim Gustavo Tavares ponderou que no demanda que já existe, citando os Campi de Banaano de 2014 será feita toda uma divulgação do UP, neiras, Rio Tinto e Mamanguape, o coordenador já que para ele existiram alguns problemas com o disse que nesses locais foi sugerido que os centros planejamento de tempo dessas ações e no próximo também escutem a comunidade antes de investir ano a participação dos estudantes deverá ser maior. seu orçamento – cada centro possui dotação orça18

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Funape supera inadimplência e desenvolve novos projetos Reportagem: Jessica Morais

A Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão (Funape) da UFPB retomou recentemente suas atividades depois de oito meses inadimplente. A ausência de informação sobre alguns convênios causou a instituição um grande transtorno. Regularizada, a Fundação tem alguns projetos a serem desenvolvidos. Segundo Raimundo Barroso, secretário executivo da Funape, a inadimplência vivenciada pela Fundação decorreu de dívidas contraídas e inconsistências encontradas na finalização de convênios financiados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Ele explicou que todas as fundações e empresas de serviço público em geral têm suas atividades fiscalizadas por alguns órgãos, entre eles TCU (Tribunal de Contas da União) e Procuradoria das Fundações. A Funape não executou o plano de trabalho esperado com os recursos cedidos pela Finep e teve como conseqüência a detecção de impropriedades. Ao término dos convênios foram detectadas ações e informações que fugiram das regras estabelecidas pelo órgão financiador e isto acarretou em problemas para a Fundação. Havia duas alternativas para a Funape: a restituição dos recursos financeiros ao órgão ou entrar em uma situação de inadimplência (não há devolução dos recursos nem respostas às notificações do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) a segunda alternativa tem como consequência o impedimento de captação de novos recursos financeiros. O acúmulo de dívidas se deu por vários motivos, segundo Barroso. Ele cita a não finalização, por parte do então coordenador, do relatório técnicocientífico que descreve os projetos que foram financiados e que identifica todas as atividades realizadas na execução deles. Barroso salienta que na Funape nunca houve caso de uso indevido de recursos públicos ou privados. “A Funape não tem nenhum caso ilícito, apenas pendências administrativas com os órgãos de financiamento, especificamente com o Ministério da Saúde e com a Finep”, disse. “Passamos

um bom tempo trabalhando somente na área comercial”, afirmou o professor Barroso. Durante o período de inadimplência a Fundação atuou apenas em atividades de execução de concursos e gerenciamento de eventos, não ficando absolutamente paralisada.

Raimundo Barroso, Secretário Executivo da Funape

O risco da Funape voltar a inadimplência já não existe. Barroso diz que “não há previsão de retorno a situação de inadimplência, considerando as providências tomadas pela Funape para evitar qualquer tipo de interrupção nas suas atividades de apoio à UFPB”. Ele reforça que o fato da Fundação estar apta atualmente a firmar convênios com órgãos financiadores não impede que eventualmente no futuro possa voltar à inadimplência devido a novas pendências, algo a que todas as fundações de pesquisa e empresas em geral estão sujeitas.

Novos projetos Após a volta das atividades na Funape tem havido uma grande procura por parte de pesquisadores, estudantes, professores a fim de que a fundação viabilize seus projetos. Porém, Barroso diz que isso não é algo tão simples, pois nem todos os projetos são fáceis de serem executados. Hoje a Fundação tem convênios a serem assinados com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o EaD (Ensino à Distância) e com as secretarias da Educação e Desenvolvimento Social. UFPB em revista

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Reitoria adota medidas para controle de uso dos veículos Reportagem: Derval Golzio

A administração da UFPB está

implementando um rigoroso sistema de controle sobre a utilização dos veículos da Instituição. A ausência de controle de gastos de combustíveis, a inexistência de controle de recolhimento dos automóveis, os licenciamento (emplacamento) com mais de cinco anos de atraso e as multas por infração de trânsito, estão sob vigilância e a incidência de um destes problemas será criteriosamente investigada e os responsáveis arcarão com as consequências das faltas cometidas.

As delicadas questões envolvendo o uso dos veículos da UFPB eram tão sério que, por várias vezes, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu recomendações de correção e transparência, ainda na gestão passada. Ao assumir a administração da UFPB, a

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reitora Margareth Diniz recomendou que os problemas apontados TCU tivessem imediata correção. Uma das medidas adotadas para conter os gastos excessivos de combustíveis e minorar a possibilidade de uso inadequado dos automóveis diz respeito ao recolhimento à garagem da UFPB. Até então esta era uma atividade que não era regulada ou não havia determinação para o seu cumprimento. “Os veículos devem servir às demandas da Instituição e, após o expediente de trabalho, devem ser recolhidos à garagem. Isso evita uma série de problemas para a administração e também para os condutores, que se veem resguardados de uma série de constrangimentos administrativos. Se houver necessidade de operação fora do expediente de serviço, o motorista deve portar autorização

administrativa”, explica Amauri de Sousa Félix. Os cuidados com os usos dos automóveis da Instituição também servirão para coibir abusos como os que dizem respeito a aplicação de multas por infração de trânsito. “Existem veículos que registraram cerca de cinco mil reais de multas. Essa é uma infração cuja penalidade, a multa, deve ser arcada pelo infrator”, pondera Amauri. Ele argumenta que as multas até então eram geradas para a Universidade e o infrator não era chamado à responsabilidade. “Nesta gestão, este é um dos pontos que não haverá contemplação nem conivência: se errou, o condutor deverá ser chamado para assumir as responsabilidades de seus erros”, sentenciou. Outro ponto que a administração está empenhada em corrigir os erros


Como os automóveis possuem placas oficiais, os controles de trânsito quase nunca os param para averiguação do licenciamento e das regras normalmente exigidas do condutor de veículos particulares. Esta facilidade compelia aos administradores responsáveis por manter atualizado os licenciamentos a certa acomodação. Tal fato gerava um ciclo vicioso: não havendo a renovação do licenciamento, também não havia controle sobre a aplicação das multas.

Gerenciamento A Pró-reitoria Administrativa está abrindo licitação na modalidade pregão para o Gerenciamento de Frota e Aquisição de Combustíveis, nos moldes já executados em outras Instituições Federais de Ensino, que visam o menor preço. “Já existe aquisição de combustível para os veículos

que circulam em João Pessoa. No entanto, temos verificado o problema do abastecimento dos veículos em serviço fora da Capital paraibana, como são os casos das viagens de cunho acadêmico científico”, pondera o pró-reitor Clivaldo Silva.

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verificados na administração passada está diretamente relacionado ao licenciamento anual dos veículos. Alguns estavam com o emplacamento atrasado em cerca de cinco anos. Intolerável para uma Instituição como a Universidade Federal da Paraíba e para a gestão pública. Até mesmo por uma questão didático/pedagógica a UFPB deveria dar exemplo sobre questões como essa.

Com esse serviço implementado a PRA espera solucionar as atividades em que a Universidade Federal da Paraíba se faz presente outras Capitais ou mesmo em pequenas cidades onde há polos do Ensino a Distância. A administradora que for a vencedora no pregão fornecerá cartões e os motoristas poderão fazer uso deles em viagens. De acordo com Clivado Silva “os relatórios de quilometragem e abastecimento nos serão repassado pela administradora para controle e estabelecimento da transparência necessária exigida pela sociedade e órgão fiscalizadores, a exemplo do TCU”.

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Restaurante Universitário amplia vagas e melhora qualidade

Reportagem: Rômulo Jefferson

A Pró Reitoria para Assuntos Estudantis (Prape) ampliou o número de comensais do Restaurante Universitário (RU) de 2.200 para 2.800 apenas em João Pessoa. Esse ampliação representa 25 por cento de aumento de estudantes com acesso à alimentação gratuita.. Segundo o superintendente, professor Antônio Luiz A. Gomes do RU professor Antônio Luiz, apenas para as refeições são gastos oito milhões anualmente, sem considerar a manutenção e a folha de pagamento dos funcionários. O RU, que passa por reestruturação em sua parte física e administrativa desde novembro de 2012 fornece ainda cerca de 400 cafés da manhã para os estudantes da Residência Universitária que fazem as três refeições diárias. Antônio Luiz explicou que o preço do prato varia de acordo com o cardápio, mas que em média esse valor é 5,20 reais.Também encontra-se em fase de finalização o Restaurante de Rio Tinto, uma das ações e melhorias destacadas pelo Pró Reitor da Prape, Thompson de Oliveira. “Esse restaurante deveria estar em funcionamento desde 2011, porque estava previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI da gestão Polari), mas só foi viabilizado agora. Tivemos que fazer a rees22

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truturação da instalação elétrica, porque ela não suportava a demanda dos equipamentos.” Entre os outros pontos citados estão colocação de piso, reforma de teto e colocação de telas nos restaurantes. Thompson de Oliveira, informou que 14, de um total de 16 milhões de reais oriundos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnae), são direcionados apenas para os gastos com a assistência, que inclui auxílio moradia, compra e preparação dos alimentos do Restaurante e manutenção dos serviços. Os outros dois milhões são reservados para investimentos em ações de melhoria. Thompson Oliveira, da Prape


mas que as providências estão sendo tomadas junto à Prefeitura para a viabilização do anexo. O superintendente do RU, Antônio Luiz, afirma que serão necessários estudos para a escolha do modelo a ser adotado com relação aos valores e que é fundamental a participação da sociedade.

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Uma outra questão discutida na UFPB é a implantação de um restaurante que atenda não só aos estudantes, mas também funcionários e professores a um baixo custo. De acordo com o Professor Thompson, as obras do prédio estão atualmente paradas porque a empresa que venceu a licitação entrou em falência,

Aumento do número de comensais do Restaurante Universitário é de 25% nos últimos seis meses

O que pensa o DCE sobre o RU O Coordenador de Organização do DCE, Gabriel Chaves, esteve presente em duas audiências com a Reitora Margareth Diniz, onde foram cobradas maior agilidade no processo de cadastramento dos novos usuários do RU e a validação dos recadastramentos. “Consideramos que havia estudantes há quase dois meses na Residência que não estavam tendo acesso ao restaurante e isso foi atendido, é tanto que na outra semana o restaurante já estava funcionando.” Incentivador do movimento RU para Todos, o DCE busca uma maior ampliação nas vagas e o restaurante a preço popular. “Nós defendemos vagas gratuitas para os estudantes carentes. Mas alguns alunos podem pagar por uma refeição de qualidade, e não essa que nós temos aqui, que nem sempre é de qualidade. O aluno as vezes precisa sair para fazer um lanche. Nós queremos algo como o que já existe nas outras universidades, uma refeição que custe R$ 3,50 ou R$ 4,00. Isso ainda precisa ser discu-

tido. Estamos na luta também pela ampliação das vagas, que foram aumentadas, mas ainda não proporcionalmente ao que consideramos adequado.” Para ele, a Universidade precisa acompanhar o ritmo de crescimento da Instituição, porque todos os anos ingressam mais alunos por meio de cotas que se encaixam no perfil de vulnerabilidade social. Mas, Chaves reconhece que nunca viu chegar ao DCE nenhum caso de estudante carente que não teve acesso ao Restaurante. Gabriel Chaves: RU para carentes

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POLARI ENFRENTA POLARI Obras da UFPB embargadas pela Semam de João Pessoa revelam desastre administrativo do secretário de planejamento de Luciano Cartaxo Reportagem: Derval Golzio

A Secretaria do Meio Ambiente do Município de João Pessoa embargou, no dia 9 de maio, as obras da Universidade Federal da Paraíba situadas no bairro de Mangabeira. As razões para a medida da PMJP foram a falta de licenciamento ambiental, a deposição de material de entulho em local inadequado e a supressão de árvores. A paralisação das obras, que foram iniciadas pelo ex-reitor e atual secretário de Planejamento da Prefeitura de João Pessoa, Rômulo Polari, poderá acarretar na ausência de local para acomodar cerca de dois mil alunos no próximo ano.

beira já estavam com as obras paralisadas em função dos problemas de desvio de recurso na Fundação José Américo, responsável pelos repasses de recursos para as empresas construtoras: o laboratório de biocombustível e de produtos fitoterápicos e o Instituto de Desenvolvimento da Paraíba. Já as obras que estavam em processo de finalização e que foram embargadas pela PMJP são os laboratórios de recursos naturais, de eficiência energética e o bloco de Iniciação Científica.

A Procuradoria da UFPB requereu a suspensão do embargo e anexou documentos em 13 de maio, na intenção de poder continuar as obras até a solução completa das razões apontadas pela Semam. Os responsáveis pela Secretaria do Meio Ambiente da PMJP alegaram não haver base legal para sustar de momento o embargo das obras e exigiu que da UFPB o Projeto Executivo (arquitetônico e do corpo de bombeiros), projeto de tratamento e disposição de esgotamento sanitário (com memorial descritivo e de cálculo) e cópia de contrato com empresa responsável por recolhimento de entulho. O Secretário do Meio Ambiente de João Pessoa poderia ter solicitado ao secretário de Planejamento, Rômulo Polari, as informações sobre as “irregularidades” verificadas nas obras dos centros de ensino localizado em Mangabeira. Teria apenas que caminhar alguns metros e travar uma conversa direta com o colega de administração petista, responsável pelas ausências do licenciamento ambiental, pelo armazenamento inadequado do entulho das construções e pelas supressões das árvores na área destinada às obras do Centro de Informática (CI), Instituto de Desenvolvimento da Paraíba (Idep) e Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional (CTDR).

Reembargo? Pelo menos três edificações situadas em Manga24

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Edificações embargadas pela Secretaria do Meio Ambiente/JP

Após quase três meses de embargo(e atraso nas construções), um acordo entre UFPB e a Semam/JP possibilitou a continuidade das obras, condicionada a resolução das pendências relativas a licença ambietal e o depósito irregular de material de entulho.


Reportagem: Walison Costa

De acordo com o professor Flávio Lúcio, um sistema de monitoramento por câmeras fará parte de um projeto piloto de controle de acesso às salas de aulas, laboratórios e salas com equipamentos que possam ser vistas como interesse de meliantes. O sistema de controle de acesso à entrada do Campus contará com câmeras instaladas que verificarão as placas dos automóveis e o rosto do condutor do veículo, proponFlavio: um dos autores do relatorio e projeto de segurança do que o monitoramento comece pelos A incidência de casos policiais estacionamentos em decorrência na UFPB atingiu índices alarmantes no início do ano de 2013. da alta incidência de arrombaCom um plano de segurança fa- mentos a automóveis. lho, onde as câmeras compradas a menos de quatro anos já se encontram inutilizadas, seja por defeito ou até mesmo por terem sido furtadas, a nova gestão propõe a definição de um renovado projeto de segurança que abrangerá todos os Campi e contará com um novo sistema de monitoramento eletrônico já a partir da sua implantação. Para diagnóstico e formulação do projeto, que deverá ser a solução para o problema de segurança enfrentado até então, foi designada uma Comissão de Segurança, coordenada por Flávio Lúcio Vieira.

A iniciativa conta com a abertu-

ra de licitação para a contratação de nova empresa que dê assistência à Instituição. A partir da contratação, novas exigências serão impostas, como por exemplo, a responsabilidade da empresa por arrombamentos e assaltos que aconteçam dentro do âmbito da instituição, o que não ocorre no momento. Ainda dentro do projeto principal, a administração não abre mão da instalação de uma nova central de monitoramento eletrônico, que dará suporte as câmeras instaladas, além de controle de acesso as entradas da UFPB, dos centros e estacionamentos.

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Renovado projeto de segurança será implantado em breve

Investimento Flávio Lúcio, informa que serão disponibilizados cerca de três milhões de Reais para uso imediato. “Pretendemos também ligar o setor de segurança diretamente ao gabinete da reitora. O que hoje é um setor ligado apenas a uma coordenação da prefeitura, sem a devida autonomia. Com essa

Delitos ocorridos na UFPB entre 2007 e 2013

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proposta a segurança seria finalmente tratada com a importância que ela deve ser vista”, afirma. Ainda na gestão anterior foram instaladas 145 câmeras em toda UFPB. Segundo relatório da Comissão de Segurança, em 2009 metade dessas câmeras já se encontrava sem funcionamento, uma parte havia sido roubada e outra encontrava-se com defeitos de funcionamento. Já em 2013, nenhuma dessas câmeras se encontra em serviço, deixando claro o desperdício de investimento.

Histórico de Segurança Análise feita pela mesma comissão de segurança, que além do professor Flávio Lúcio conta com o professor Guido Lemos de Souza Filho (Centro de Informática) e os servidores técnicos-administrativos Amauri de Sousa Felix e João de Deus das Neves, foram levantados dados sobre os índices de crimes dentro da instituição entre os anos de 2007 a 2013. A estatística dos eventos demonstra claramente que entre o período de 2007 e 2008 havia incidência elevada de ocorrências policiais, e que em 2009 elas começaram a diminuir, voltando a crescer em 2011 e 2012, atingindo ápice de crescimento alarmante no início do ano de 2013.

Após algum tempo da instalação e sem o funcionamento adequado, as ocorrências voltaram a crescer substancialmente, a ponto de, em 2012, superarem o nível registrado em 2008. Em 2013 a situação se agravou, com mais de 40 casos de arrombamento de carros apenas no início do ano, além de invasão aos prédios de departamentos, roubos de equipamentos, etc. O relatório de diagnóstico será encaminhado para o Conselho Universitário, responsável pela criação da comissão encarregada da análise e proposição de um novo e eficiente sistema de monitoramento e segurança para a UFPB. Se aprovado, a expectativa é que ainda esse ano o sistema de segurança reformulado possa estar em funcionamento. Fac simile de

ENGÔDO

O fator que pode explicar essa diminuição em um determinado período de tempo é que a UFPB começou a implantar um sistema de vigilância eletrônica no campus, inibindo a ação dos meliantes. O grande problema é que esse sistema de vigilância não tinha uma central de monitoramento, onde as imagens seriam controladas e gravadas pela equipe de segurança. Assim, as câmeras apenas serviam de agente inibidor para as ações dos bandidos, diminuindo as ocorrências apenas pelo fato de sua existência.

informativo da institucional o de 2007 UFPB, de julh a 2007 sistem em julho de u o o lg nã vu di as er ri istia: Câm Gestão Pola de a que não ex la nç sa ra a gu vi se ha de e não to funcionavam monitoramen 26

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Gestão de Pessoas e PRPG criam mestrado profissional Reportagem: Walison Costa

A Pró Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) em parceria com a Pró Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) acaba de dar início ao Mestrado Profissional para os servidores da Instituição. De acordo com o Professor Isac Medeiros, Pró Reitor de Pós-Graduação, a iniciativa faz parte de uma grande ação para capacitação dos servidores. “Preocupados com a formação dos servidores da Instituição, elaboramos este plano de qualificação que servirá tanto para servidores docentes quanto técnicos administrativos”.

seu próprio orçamento, disponibilizará um recurso para os programas que aderirem ao Mestrado, de modo que cada servidor que for selecionado pelo devido programa receba apoio para desenvolver suas atividades. “Isso mostra que não estamos dando só a vaga, mas também, e sobretudo, os meios para que aquele aluno não fique represado. Ele terá recursos para financiar os estudos e desenvolver a sua pesquisa”.

Pós Graduação

PARA SERVIDORES

Isac pontifica que o PQI consiste em algumas etapas. A primeira diz respeito Segundo o Professor a submissão de Aplicativo Isac, o Mestrado Profissiopara Propostas de Cursos Qualificação de funcionários é prioridade da atual gestão nal está dentro do Plano Novos (APCN) à Capes, de Qualificação Profisque além do Mestrado sional (PQI), que já está em plena execução. “Já Acadêmico também passa a oferecer junto à UFPB estão havendo reuniões com vários programas de o Mestrado Profissional. Este ano foram submetiPós-graduação que aderiram a esse plano de qualidas 12 APCN’s pela PRPG, no qual três delas foficação e que vão ofertar vagas. Nas reuniões estão ram em nível profissional. Ele também salienta que sendo discutidos com os programas como se dará a necessidade de qualificação dos servidores não é esse processo. Os recursos já estão disponíveis para apenas profissional, e que para determinados setores 2013, e pretende-se estar e servidores, também é com tudo em pleno funimportante o Mestrado ...não estamos dando só a vaga, cionamento até o mês de Acadêmico. mas também, e sobretudo, os novembro.” afirma. Outra etapa impor-

meios para que aquele aluno não

Uma Comissão da Coé a que trata dos fique represado. Ele terá recursos tante ordenação de Aperfeiçoatermos legais. Isac conta para financiar os estudos e mento de Pessoal de Nível que: “Várias resoluções desenvolver a sua pesquisa. Superior (Capes) visitou a internas estão sendo instituição no fim do mês mudadas na PRPG, de de junho com o intuito de fazer o reconhecimento modo a permitir que tudo isso aconteça, inclusive da infraestrutura e dar início às atividades do Mescom a preocupação que nós temos hoje com o grantrado Profissional. A Comissão também avaliou os de efetivo de servidores que estão fazendo pós-grameios encontrados pela Instituição para dar apoio duação no exterior. Estamos modificando essa legisao servidor durante a realização do Mestrado. lação de modo a permitir que isso possa ser feito de uma maneira mais ágil e eficaz.” completa. O Professor Isac conta que a PRPG, com verba de

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QUALIDADE DE VIDA

Exames Periódicos são viabilizados e acontecem no Hospital Universitário Reportagem: Nayane Maia

clínica, hemograma completo, glicemia, urina tipo I, creatinina, colesterol total, triglicérides, TGO, TGP e citologia oncótica (para mulheres). Os complementares estão relacionados com a idade e gênero do funcionário, de acordo com tabela (final da página).

Exames periódicos podem ser realizados até o dia 13 de dezembro de 2013

Exames Periódicos de Saúde para todos os servidores ativos da Comunidade Universitária são viabilizados pela atual gestão da UFPB. O atendimento acontece no HU (Hospital Universitário) durante o período de 02 de maio à 13 de dezembro deste ano. Além dos Exames Periódicos é realizado consultas e avaliação clínica com emissão do Atestado de Saúde Ocupacional. Apesar de existir há varios anos e ser realizado em várias universidades somente na atual gestão o programa foi implementado, no intuito de promover uma melhoria da assistência médica para os integrantes da comunidade acadêmica. O programa é financiado pelo Governo Federal em parceria com a Universidade e possibilita a realização de vários exames médicos básicos, complementares e específicos, incluindo avaliações médicas. Trata-se de uma medida essencial para o acompanhamento da saúde. Cabe ressaltar que é garantido o sigilo das informações e dos pro28

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cedimentos realizados. Segundo a psicóloga e coordenadora de Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho, Aline Lucena, as consultas são marcadas previamente no calendário interno e o funcionário é avisado da data que deverá comparecer ao HU. O servidor que não quiser se submeter aos exames não é obrigado a realizá-lo, mas a sua recusa deve ser registrada em termo de responsabilidade, isentando a Instituição. Descritos no artigo 60, do decreto 6.856/09, os exames são organizados de acordo com critérios de idade, gênero e ocupação. Os classificados como Básicos - comuns a todos os servidores - são: avaliação

Há também os exames específicos que são pertinentes à atividade laboral, ambiente de trabalho e fatores de riscos ao qual um servidor pode estar exposto. O período para a realização dos exames também varia a partir dos critérios de idade, gênero e ocupação, sendo bienais quando o funcionário tem idade entre 18 e 45 anos e anuais quando ele tem mais de 45. Apenas os servidores expostos a riscos que possam desencadear ou agravar doença ocupacional e os portadores de doenças crônicas deverão fazer os exames em intervalos menores que um ano. O servidor agora tem acesso à análises laboratoriais e consultas periódicas, que possibilitam a prevenção de doenças e o estímulo a cuidados com a saúde. O objetivo é melhorar a qualidade de vida. Exame Complementar

Mulheres

Mamografia

Homens

PSA (Antígeno Prostático Específico) Oftalmológico

Com idade acima de 45 anos Com idade acima de 50 anos

Pesquisa de sangue oculto nas fezes


A adesão à EBSERH e os novos rumos do HULW Reportagem: Jessica Morais

O C onselho Universitário (Consuni) da UFPB decidiu, por 30 votos a favor e 2 contra, pela adesão do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A partir da adesão, de acordo com a reitora Margareth Diniz, se estabelece uma série de etapas para a efetivação. A primeira etapa consiste na assinatura do termo de adesão. Em seguida será feito um diagnóstico da real situação HULW por uma equipe de cinco pessoas. A terceira e última etapa do processo de adesão será marcada pela assinatura da minuta de contrato Segundo a reitora, a assinatura do contrato garantirá o atendimento à população do Sistema Único de Saúde (SUS) e a exclusividade para estágio de estudantes da UFPB, estabelecendo as diretrizes para que o hospital melhore seu funcionamento. O prazo para implementação da EBSERH no HULW será de aproximadamente seis meses. O superintendente do HULW, João Batista da Silva disse que a expectativa é que até o final deste ano a EBSERH inicie seus trabalhos administrativos dentro do hospital. De acordo com Batista, “100% do nosso atendimento será mantido à população do SUS”. Além disso, estão previstas muitas melhorias, já que o governo federal, segundo a reitora, já enviou 4 milhões destina-

Foto: Nayane

A adesão à EBSERH proporcionará mais equipamentos para o HU

dos a viabilizar diversos serviços no HULW.

O que faz a EBSERH? A EBESERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) foi criada em 2011, por meio da Lei

nº 12.550 e se caracteriza por ser uma empresa pública de direito privado vinculada ao Ministério da Educação. Ela é responsável pela gestão do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf ), que visa melhoUFPB em revista

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rar a situação dos hospitais das universidades federais de todo o Brasil. Além de administrar os hospitais universitários (HU’s), a EBSERH desenvolve atividades de assistência médico-hospitalar e ambulatorial. Ela também presta serviços de apoio ao ensino e à extensão das instituições federais, cabendo a mesma a implementação de um sistema único de geração de indicadores qualitativos e quantitativos, estabelecendo metas a serem alcançadas.

Novos equipamentos

A reitora Margareth Diniz afirma que alguns dos trabalhadores terceirizados passarão pela etapa de concursos e outros permanecerão terceirizados, como os da limpeza, por exemplo. A reitora também salienta que o propósito da reitoria é acompanhar todas as licitações para garantir que os recursos enviados aos trabalhadores paguem os encargos trabalhistas de modo a averiguar se foram pagas as férias, vale-transporte, entre outros. Já os profissionais da saúde, como enfermeiros e fisioterapeutas serão cedidos total ou parcialmente a EBSERH, mas para trabalhos executados dentro do HULW. O hospital tem um grande déficit de profissionais: atualmente conta com 1.059 profissionais exercendo atividades em seus diversos setores. Este número considerado baixo em comparação com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre (4.800 funcionários) que é o modelo que a EBSERH tomou como base para implementar no hospital universitário da UFPB. Novas contratações, de acordo com

A adesão à EBSERH deverá proporcionar a chegada de mais equipamentos hospitalares para o Hospital Universitário. O superintendente do HU, João Batista, afirma que alguns já estão em fase de instalação. Entre eles encontram-se oito leitos de cirurgias, cabos de anestesias, um tomógrafo e um aparelho de ressonância, dois de raio-x telecomandados e dois mamógrafos a serem instalados com circuitos de imagens. Batista afirmou ainda que o governo federal já garantiu um milhão de Reais para im- Foto: Rômulo Jefferson plementação do projeto de reforma enviado pela reitoria. “A perspectiva de melhorias se apresenta nitidamente a todos que chegam ao hospital”, afirma ele. A situação dos funcionários terceirizados e profissionais em geral é outro ponto-chave da adesão a EBSERH. 30

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a reitora Margareth Diniz, serão feitas por meio de concursos públicos.

Vantagem e desvantagem A reitora Margareth Diniz e o superintendente, João Batista da Silva, preveem muitas vantagens na adesão a EBSERH. Além da chegada de novos equipamentos a possibilidade da recomposição do quadro do pessoal, que está em déficit há 15 anos, está nos horizontes para efetivação. João Batista enfatiza que há muitos equipamentos parados pela falta de mais profissionais que lidem com estes equipamentos. “A grande desvantagem é que agora teremos uma empresa que realiza contratações via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), onde a gestão do hospital será feita de modo compartilhada”, afirma a reitora. Os recursos viabilizados para o hospital não serão mais repassados para a universidade após a adesão da EBSERH, e sim para a empresa, que em gestão compartilhada com a UFPB se encarregará de aplicar o dinheiro no HULW.

HULW será administrado pela EBSERH em aproximadamente seis meses


Direção salda dividas herdadas e publicação de livros está acelerada Reportagem: Nayane Maia.

Editora está empenhada na produção de 91 titulos além da produção de livros digitais

Enredados na administração precária que marcaram as gestões da Editora Universitária nos últimos 10 anos, os cerca de 50 livros da Coleção Humanidades, do CCHLA, e que desde 2011 dormitavam a espera da definição do processo licitatório e definição da formatação dos exemplares, deverão ser entregues em breve. Desde que assumiu a Editora da UFPB, em 7 de janeiro deste ano, a professora do departamento de Ciência da Informação, Izabel França de Lima, trabalha para organizar e dar vazão a demanda reprimida das publicações universitárias. Além Coleção Humanidades, também estão sendo produzidos mais 41 títulos de empenhos antigos. Boa parte dos livros dessas coleções já está pronta, dentro dos padrões de formatação determinados pelas notas de empenho e sendo impressos por gráficas terceirizadas que ganharam as licitações para impressão. A previsão é que até o fim do ano sejam publicados em torno de 90 obras. Ainda na perspectiva de concretizar a produção da comunidade universitária no tocante a publicação de livros há também a parceria com o projeto de produção de e-books dos professores Marcos Nicolau, do departamento de Mídias Digitais e Guilherme Ataíde do departamento de Ciência da Informação. A proposta é ofertar maior visibilidade à produção acadêmica e de levar

o conhecimento que se encontrava apenas no âmbito da academia para a sociedade em geral.

Dívida e ISBN inválido A dívida de mais de 10 mil Reais foi herança da antiga administração da Editora Universitária. Este débito trouxe diversas dificuldades para a nova gestão, que foi impedida de publicar livros com ISBN (International Standard Book Number) válidos. A sede da Editora UFPB também foi atingida pelo descaso da gestão passada: instalações e equipamentos sucateados forçaram a Editora a diminuir cada vez mais suas atividades e a perder espaço físico para o pólo Multimídia. Izabel França conta que encontrou a Editora em situação de abandono. No parque gráfico foi registrado o maior grau de sucateamento, onde nenhuma das máquinas do setor tem condição de funcionamento. Com isso, a Edu/UFPB terceiriza, desde alguns anos, as impressões dos livros produzidos pela comunidade acadêmica. Há também a necessidade de equipamentos no setor de editoração que, no momento, possui apenas três computadores que foram emprestados de outro setor. Segundo Izabel França, o estado de abandono era tão grave que não havia sequer sala para a administração, e

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todos os móveis do lugar encontravam-se em estado degradado, muitos infestados por cupins. Sem espaço para organizar e acondicionar os materiais, a reserva técnica, bem como uma grande quantidade de papel para impressão (encomendados no fim da gestão Polari, sem uma definição de aplicação, já que os serviços de impressão são t e rc e i r i z a d o s ) ficam amontoados de forma precária, expostos à poeira, umidade e traças.

Off sets deterioradas da Editora Universitária

A professora conseguiu junto a Prefeitura Universitária reorganizar o espaço, iniciar algumas reformas e promover a troca de móveis que estavam sem condições de uso. Devido a estas mudanças e ao empenho da equipe, o setor de editoração já está normalizado e produzindo diversos livros.

Também não Equipamentos foram deixadas a ceu aberto há espaço para reativar a livraria, fechada desde 2010. Uma vez A diretora Izabel França acredique não houve o cuidado em organita que é preciso solucionar todas as zar e contabilizar o acervo e repassar pendências e organizar a casa para só os recursos do que era comercializado então dar início às mudanças. Uma em consignação, é possível que a Edidas primeiras medidas tomadas pela tora tenha que pagar por livros de ounova administração foi entregar à tras editoras que foram vendidos na reitoria da UFPB um diagnóstico, UFPB. Atualmente o controle não inclusive com imagens, da situação pode ser refeito, pois o único comde abandono em que se encontrava a putador que mantinha o estoque da Editora, desde o parque gráfico até o livraria apresentou problemas e todos setor de editoração. os dados foram misteriosamente perdidos, comenta a diretora. A existência de cadastro de dois CNPJ da Editora UFPB junto à Biblioteca Nacional (um relacionado à UFPB, que é o válido, e outro ligado à Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão, inválido) desembocou em outro grave problema: 767 livros cadastrados de forma irregular. Para resolver o problema dos livros que foram publicados com o ISBN inválido, a Biblioteca Nacional orientou que a Editora lançasse segundas edições dos mesmos, com os números regulamentados, processo este que já foi iniciado. No entanto, por questões financeiras, somente os livros digitais puderam ser validados. Os livros impressos ainda aguardam verba para serem regularizados. 32

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Também foi entregue à reitoria o orçamento e a relação de equipamentos necessários para reativar o parque gráfico, no intuito de que a Editora Universitária volte a ser independente, tendo o controle sobre a produção sem precisar pagar para que outras gráficas imprimam os materiais. A professora Isabel França procura elaborar uma nova política para a Editora UFPB e montar um comitê editorial, que seja amplo e representativo, inclusive com integrantes lotados em outras universidades.

Professor explica razões para fechamento da gráfica Procurado para esclarecer as motivações da desativação da Gráfica da UFPB, seu ex diretor, professor David Fernandes, disse não recordar do processo, pois já está “a nove anos afastado do cargo”. Ele enfatiza que “grandes editoras” não têm parque gráfico e que o papel delas é cuidar da produção dos livros, selecionar bons textos, e de toda a parte pré indusJosé David Fernandes trial. “A parte industrial sai mais econômica para a universidade quando é terceirizada. Na minha época, tinha funcionário que chegava bêbado, fora de hora, máquinas velhas, problemas com materiais incompatíveis. No serviço público é muito complicado administrar esses detalhes”.


Contato ufpbemrevista@gmail.com www.facebook.com/ufpbemrevista

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