Espaço Ecológico 10 Anos Editorial
Nesta edição :
Espaço Ecológico
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Água de chuva e esgotos
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Agroecologia
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Feira do Empreendedor 6 Resíduos sólidos
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Educação ambiental 8 Trilhas da Paraíba 10 Sustentabilidade
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Desperdício de alimentos
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Espaço animal
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Expediente Direção Gualberto Freire Jornalista Responsável Alexandre Nunes DRT-PB 5437 Diagramação e Editoração Eletrônica Ulisses Demétrio DRT-PB - 737/02/344 Foto Capa Antonio David Impressão
Gráfica de A União Superintendência
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Tiragem: 2.000 exemplares
O Programa Espaço Ecológico testemunhou e registrou, nos últimos 10 anos, os principais fatos relacionados ao meio ambiente na Paraíba, no Brasil e no mundo. Pioneiro no Nordeste brasileiro, como um programa destinado exclusivamente à defesa do meio ambiente, o Espaço Ecológico tem procurado nestes 10 anos promover educação ambiental e despertar a sociedade paraibana para o desenvolvimento sustentável. E, para marcar os 10 anos de existência, a direção do programa radiofônico decidiu publicar uma revista comemorativa que agora chega às suas mãos. A publicação procura contar um pouco da história de resistência e muita luta de uma equipe guerreira e de abnegados colaboradores para manter no ar o Programa Espaço Ecológico, sempre com uma periodicidade semanal. O Espaço Ecológico já recebeu votos de aplauso da Assembléia Legislativa da Paraíba e Câmara de Vereadores de João Pessoa, um prêmio da ONG Defensores da Natureza e a Comenda Lauro Pires Xavier, além do reconhecimento por parte de ambientalistas, pesquisadores e autoridades ligadas ao meio ambiente. Esta revista é, em si mesma, um marco comemorativo de um trabalho de fôlego e, em suas páginas, vai procurar retratar, nos moldes do programa radiofônico, o mesmo esquema dos quadros apresentados, como Entrevista, Espaço Animal, Trilhas da Paraíba, Lixo em Questão e Evitando o Desperdício, além de apresentar temas como Agroecologia e Sustentabilidade. A revista é comemorativa, mas também tem como objetivo informar o público leitor sobre pesquisas, projetos e atividades de educação ambiental relevantes à preservação da fauna, da flora e das reservas naturais do planeta. A maioria dos problemas registrados no meio ambiente, pelos quais passa a humanidade, em nossos dias, é proveniente da falta de informação que leve as pessoas a formar um senso crítico sobre o assunto, e o Programa Espaço Ecológico, pelo nível educativo e informativo, tenta suprir esta lacuna, em relação às ferramentas de comunicação destinadas à divulgação dos assuntos que envolvem o meio ambiente. Nunca uma emissora de rádio local se dispôs a exibir, com periodicidade, um programa destinado exclusivamente à defesa do meio ambiente, como acontece com o Programa Espaço Ecológico, uma produção independente que vai ao ar, há 10 anos, todos os sábados, das 7h30 às 8h30 na rádio Tabajara FM 105.5, podendo ser escutado ao vivo, pela internet, acessando o link http://www.paraiba.pb.gov.br/tabajara-fm. Não se tem notícias de outro programa, com Home Page associada exclusivamente ao meio ambiente, no Norte e Nordeste com uma hora dedicada a educação ambiental. O Programa Espaço Ecológico, no ar há 10 anos, tem a direção executiva de Gualberto Freire. A edição é feita por Berlin Carvalho. O programa tem a apresentação de Clemilson Sousa e Josy Aquino, com trabalhos de áudio de Jonathan Lima. PARAÍBA, fevereiro de 2014
Espaço Ecológico 10 Anos
Programa Espaço Ecológico: 10 anos de lutas e desafios Foto: Alberi Pontes
“Espaço Ecológico: a comunicação a serviço do meio ambiente” Clemilson Sousa - Radialista
Gualberto Freire, diretor executivo Há dez anos, inspirado num telefonema de uma criança curiosa para saber como se fazia um clone, aos entrevistados do apresentador Alexandre Coronago, no Programa Show da Tarde, da Rádio Tabajara AM 1.110, o então diretor administrativo da emissora, Gualberto Freire, percebeu a importância do rádio como instrumento de educação. Com isso, nasce a ideia de um programa voltado para a educação ambiental. Gualberto relata que, a partir daí, convidou o jornalista Jaimaci Andrade e o radialista Josias Souto Maior Júnior, com a participação do operador de áudio Juninho Bill e do jornalista Nakamura Black, para discutir a formatação e nome para o novo programa sobre meio ambiente, que passou a se chamar Espaço Ecológico. “Após definição do projeto, só foi possível sua veiculação com a autorização do então superintendente da Rádio Tabajara, Deodato Borges, e o fundamental apoio do Grupo Cimpor do Brasil, antiga Cimepar, cujo gerente geral da fábrica, na época, Degmar Peixoto Diniz, acatou incondicionalmente o projeto e seus objetivos, e isso possibilitou que o programa fosse ao ar, pela primeira vez, no dia 07 de fevereiro de 2004, na Rádio Tabajara FM 105.5”, detalha Gualberto, diretor executivo do programa Espaço Ecológico. O programa completa 10 anos levando ao ar mensagens educativas, prestação de serviço, dicas e poesias sobre ecologia, crônicas e entrevistas com pessoas ligadas ao meio ambiente. Além disso, veicula várias campanhas ecológicas, a exemplo da Mata do Buraquinho, do projeto Tartarugas Urbanas, da Ong Guajiru, e do combate às drogas. Também são realizadas campanhas educativas despertando a população para a importância da realização da coleta seletiva e de se economizar energia elétrica e água. “Ao longo desses 10 anos, o Espaço Ecológico teve a participação de renomados e competentes profissionais da comunicação, PARAÍBA, fevereiro de 2014
que junto comigo abraçaram o sonho de lutar pela defesa do meio ambiente e por mais qualidade de vida no planeta, a exemplo dos jornalistas Jaimaci Andrade, Elizabeth Torres, Kaliandra Moura, Herta Riama, Clemilson Sousa, Izabella Vilanti, Kátia Pinheiro, Josy Aquino, Bianca Corbacho, Joseline Silva, Maria Eduarda, Lena Azevedo, Moisés Stuart, Júnior Biu, Jonathan Dias, Júnior Capeli, Fernando Rodrigues, Edileide Vilaça, Gilson Souto Maior, com a locução das vinhetas, e o incomparável trabalho de edição realizado com tanta maestria pelo profissional e radialista Berlin Carvalho. Mas não foi, e não é uma tarefa fácil. Tudo que conquistamos nesses 10 nos é fruto de um trabalho de equipe, realizado a cada programa, a cada semana. O meio ambiente ainda não está entre as prioridades no mundo”, comenta. Segundo Gualberto, merece registro a rádio CBN, no Sistema Correio de Comunicação, onde o programa Espaço Ecológico também foi veiculado. No seu entender, vale também registrar que, inspirado no Programa Espaço Ecológico e para ampliar o trabalho de educação ambiental já desenvolvido, em março de 2006, foi lançado o Portal Espaço Ecológico no Ar, especializado em notícias específicas às questões ambientais, pioneiro no Nordeste e hoje consolidado em todo o país como referência na divulgação de ações voltadas para a preservação ambiental e a conservação da diversidade biológica da natureza. Gualberto revela que a ideia agora é partir para um programa na televisão. Dentre os entrevistados ilustres que participaram do Programa, destacam-se a exministra Marina Silva, o ex-ministro Carlos Minc, a ministra Izabella Teixeira, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani. Dentre algumas personalidades e pesquisadores da Paraíba, o Programa Espaço Ecológico já realizou entrevistas com o reitor do Instituto Federal da
Paraíba-IFPB, João Batista de Oliveira Silva, a bióloga Paula Frassinete, o secretário de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo, o biólogo Breno Grissi, o engenheiro civil Antônio Augusto de Almeida, a engenheira civil e professora do IFPB, Claudiana Maria Leal, o engenheiro Carlos Pereira de Carvalho e Silva, o engenheiro Laudízio Diniz, o gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital, a bióloga e vice-presidente da ONG Guajiru, Rita Mascarenhas.
Clemilson Souza e Josy Aquino Composição do Programa
lAquecimento Global lTrilhas da Paraíba lEcologia e Saúde lDicas Ecológicas lPoesias Ecológicas lPlaneta Água lO Lixo em Questão lEntrevista lA Paraíba e o Meio Ambiente lMeio Ambiente no Brasil e no Mundo lEvitando o Desperdício lEspaço Animal lSustentabilidade em foco lEm Dia com a Ecologia lProduzindo com o Meio Ambiente
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Água de chuva e esgotos não se misturam Laudízio Diniz* No Brasil, pratica-se o sistema separador absoluto entre as águas pluviais e os esgotos domésticos. Isso significa que a água de chuva não deve ser direcionada à rede de esgotos, muito menos o contrário. Nos países onde a chuva se distribui relativamente igual nos meses do ano, mas que não é o caso do nosso País, as duas afluências podem ser misturadas, desde que os projetos tenham sido desenvolvidos com esta concepção. Por aqui o período de chuvas está chegando e o alerta feito todos os anos continua: a água de chuva não deve ir, em nenhuma hipótese, para a rede de esgotamento sanitário. Essa invasão provoca transtornos inumeráveis ao sistema de esgotos, à população e ao meio ambiente, pois contribui com a sobrecarga nas tubulações, que compõem a rede coletora. Consequentemente ocorre refluxo para dentro das habitações, via ralos e vasos sanitários, e o transbordamento do esgoto para as vias públicas, através das chamadas bocas coletoras, e, daí, para os cursos naturais de água. As estações de tratamento de esgotos foram dimensionadas para tratar apenas o esgoto doméstico. O aumento de vazão desproporcional, ocasionado pelo aporte de água pluvial, interfere diretamente no processo de tratamento, podendo este efluente passar diretamente para o meio ambiente, com enorme potencial de poluição. Mais grave ainda é quando esta prática é realizada por empresas cujos resíduos provenientes de seus processos produtivos possam ser classificados como efluentes industriais. Os sistemas de esgotamento sanitário não são construídos para tratar este tipo de resíduos, os quais, além de ser de responsabilidade do empreendedor realizar o tratamento e destinação, sua inclusão no sistema público de esgotamento sanitário é proibida por Lei. O correto é ter um sistema de águas pluviais, com universalidade de cobertura; um plano diretor urbano que oriente sobre os
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Foto: Evando Pereira
percentuais de áreas permeáveis a serem respeitados nas construções; e um bom sistema de cobrança para o setor. Alternativamente, diante da atual escassez hídrica, o mais racional seria o adequado aproveitamento da água de chuva. De acordo com a NBR No 15.527, de 24 de outubro de 2007, que fornece os requisitos para o aproveitamento da água da chuva nas coberturas de áreas urbanas para fins não potáveis, “a água proveniente da captação pluvial não deve ser ingerida, utilizada no preparo de alimentos ou no banho”, mas, entre outros, apenas para usos como descargas de vasos sanitários, abastecimento de fontes e espelhos d’água, lavagem de roupas, irrigação de jardins, limpeza de automóveis e áreas externas, e reserva para uso emergencial em casos de incêndios. Ajuda mais ainda a preservar o sistema público de esgotamento sanitário quem não descarta restos de alimentos, papel higiênico, absorventes, fio dental, preservativos e óleo de cozinha em suas tubulações. Como exemplo de possibilidades de uso correto dos sistemas, ressalta-se o reuso do óleo de co-
zinha para a produção de sabão, prática que evita o entupimento das tubulações e ajuda a reforçar o orçamento doméstico. Quem caminha na orla da praia de Cabo Branco, em João Pessoa, pode facilmente perceber a presença de esgotos no sistema pluvial. Os maus odores denunciam esta prática. É igualmente danosa à sociedade e ao meio ambiente tal atitude. Os esgotos lançados indevidamente no sistema de drenagem pluvial não recebem qualquer tratamento e seguem diretamente para as ruas, rios e praias. Nos picos de cheias urbanas, as galerias pluviais transbordam e contaminam os passeios públicos. Em tempos de estiagens os esgotos se decompõem no interior do sistema pluvial tornando-o um lugar fétido, morada de ratos e baratas, e fonte de toda sorte de doenças. A falta de cobertura universal dos sistemas pluvial e de esgotos, em toda a área urbana, é indicador de insalubridade, de baixa qualidade de vida, de ausência de investimentos públicos, de desconhecimento. Ao mesmo tempo, as ações de fiscalização conjuntas nestes setores ficaram tão escassas que ninguém mais respeita a inviolabilidade dos dois sistemas e, quando se quer denunciar, não se sabe ao certo a quem recorrer. Pela análise dessa realidade, percebe-se que muita gente ainda não sabe ou ignora a correlação proporcional que existe entre saúde e a separação esgotos - água de chuva.
*Laudízio Diniz é engenheiro civil, doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
PARAÍBA, fevereiro de 2014
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Agroecologia na Paraíba Entrevista com Adriana Meira Vital A professora Adriana de Fátima Meira Vital, da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, em entrevista ao Espaço Ecológico, fala sobre Agroecologia, como ela ocorre no Estado da Paraíba e qual a diferença da agricultura orgânica. Adriana é graduada em Engenharia Florestal pela UFPB, com Mestrado em Manejo de Solo e Água, também na UFPB e MBA em Desenvolvimento Regional Sustentável na UFBA/INEPAD. Atualmente é aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. O que é Agroecologia? É Sempre muito importante dialogar sobre esse tema, para elucidar e despertar o interesse das pessoas pela construção de um mundo melhor – não por acaso propósito da Agroecologia. Pois bem, a Agroecologia é uma ciência que tem seu nascedouro na década de 1970, exatamente em um momento bastante especial na história da humanidade, em meio a discussões de vulto sobre os caminhos a seguir. Ela surgiu como forma de estabelecer uma base teórica para diferentes movimentos de agricultura alternativa que então ganhavam força com os sinais de esgotamento da agricultura dita convencional, estabelecida como moderna e cujos caminhos já evidenciavam, à época, a agressão aos recursos naturais, particularmente ao solo, componente fundamental dos ecossistemas terrestres, essencial à manutenção da vida sobre o planeta. Hoje o entendimento do conceito de Agroecologia abrange a sistematização dos esforços em estabelecer um modelo de produção que seja socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável, que respeita às necessidades e fragilidades da natureza e valoriza suas potencialidades. O entendimento é do ambiente como um sistema vivo, dinâmico e complexo com infinitas formas de relação entre seus elementos e os demais habitantes do planeta Terra. Qual a situação da arte da Agroecologia na Paraíba? A Paraíba é um estado onde as atividades agroecológicas têm bastante visibilidade, embora ainda haja uma necessidade maior de dar visibilidade a estas práticas. Na verdade ainda precisamos conhecer melhor o estado da arte da Agroecologia no nosso Estado, definir melhor as estratégias, conhecer os atores sociais, organizar e mapear dados, a exemplo das feiras agroecológicas, e promover incentivos aos agricultores agroecológicos como forma de estimular os demais a migrar para uma produção mais harmônica, mais equilibrada. Agroecologia e agricultura orgânica são a mesma coisa? Veja bem, embora as pessoas, e o próprio mercado, usem as duas palavras como sinônimas é preciso entender que há sim diferenças: a Agroecologia é uma ciência que busca interrelacionar conhecimentos direcionando caminhos para um modelo de produção que valorize os fazeres e saberes e que respeite os limites e especificidades que a Mãe Natureza estabelece a atividade agrícola e/ou agropecuária. Por isso os sistemas de produção de base agroecológica caracterizam-se pela utilização de tecnologias que respeitem a vida acima de tudo de forma a trabalhar com a natureza, mantendo ou alterando o mínimo as condições de equilíbrio envolvidas nas diversas manifestações de vida. Foi com base nesse princípio que foram desenvolvidas diferentes correntes de produção alternativa, dentre elas a agricultura orgânica que é a mais conhecida e tomada muitas vezes como sinônimo. Enquanto a Agroecologia é uma ciência que estuda os princípios que mais se compatibilizam à sustentabilidade dos
PARAÍBA, fevereiro de 2014
modelos de produção, a agricultura orgânica é um modelo de produção que surgiu através do inglês Sir Albert Howard que trabalhou e pesquisou junto com os camponeses da Índia, em meados da década de 20. É bom lembrar que existem grandes discussões a respeito do conceito de agricultura orgânica, que trazia em seu nascedouro a ideia do funcionamento harmônico dos organismos, por isso, nesse sentido são poucas as diferenças entre agricultura orgânica e agroecológica (agricultura de base ecológica). Porém, o conceito de agricultura orgânica veiculado atualmente, na mídia, é que agricultura orgânica é aquele sistema de produção que atende à certificação e está focado no mercado. Normalmente este mercado é muito diferenciado, com preços elevados e só acessível às camadas abastadas da população. É ai que reside a diferença e o distanciamento da agricultura agroecológica, uma vez que são aceitas monoculturas, os resultados da produção são apropriados por uma camada privilegiada da população e os efeitos benéficos ao meio ambiente se restringem aqueles exigidos por lei. A agricultura de base agroecológica não aceita estas situações. Existem experiências exitosas em Agroecologia no nosso Estado? Existem sim. E um exemplo disso é a produção agroecológica da irrigação coletiva em 12 comunidades do Litoral e do Sertão; do mel agroecológico de 25 comunidades em todo Estado e toda produção de frangos caipiras de vários municípios do entorno de Monteiro e Lagoa de Roça, as ações das sementes da paixão e as feiras agroecológicas. Há, com certeza, outras ações ainda não percebidas e, por isso, para dar visibilidade e incentivar o movimento agroecológico o Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar, instituiu o Prêmio ‘Ana Primavesi de Agroecologia’, com o objetivo de distinguir personalidades nacionais e estrangeiras que venham se destacando por excepcionais serviços prestados à promoção de iniciativas exitosas, voltadas para o desenvolvimento sustentável com foco na Agroecologia. É possível produzir no sistema agroecológico? Os sistemas agroecológicos têm demonstrado que é possível produzir sim, e com muita qualidade. As práticas agroecológicas propiciam a renovação do solo, pois as atividades do sistema facilitam a ciclagem de nutrientes do solo, orientam técnicas de uso e manejo sustentado, valoriza o saber popular, a tradição e as tecnologias sociais de baixo impacto ambiental e elevado valor social, utiliza racionalmente os recursos naturais e mantém a biodiversidade, que é importantíssima para a formação do solo. Ainda há uma descrença quase que generalizada sobre os ganhos da produção agroecológica e das possibilidades, mas resultados de pesquisas evidenciam os ganhos econômicos, sociais e ambientais da produção em bases sustentáveis. Por que os produtos de origem agroecológica são mais caros? Em primeiro lugar é bom esclarecer que não são em todos os locais que os produtos orgânicos são caros. Há muito mito e interesse por parte daqueles que desconhecem os caminhos da Agroecologia. Nas feiras onde os agricultores vendem, diretamente, os seus produtos, os preços praticados estão dentro de padrões que cabem no bolso da maioria da população. É preciso que o consumidor conheça de perto a origem dos produtos, para estabelecer uma relação de confiança e valorização, ciente de que a produção agroecológica promove saúde, seja do solo, no plantio, ou quando chega à mesa, na forma de um alimento saudável.
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Espaço Ecológico 10 Anos
João Pessoa recebe Feira do
Empreendedor em maio de 2014 Com o tema “O empreendedorismo que transforma”, o evento será realizado entre os dias 15 e 18 de maio O maior evento de empreendedorismo da Paraíba já está com data marcada. Entre os dias 15 e 18 de maio, o Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa, sedia a sexta edição da Feira do Empreendedor da Paraíba. A estimativa é que em torno de 20 mil pessoas participem das ações realizadas durante esses quatro dias. Com o tema “O empreendedorismo que transforma”, o evento vai oferecer, em uma área de 19 mil m², inúmeras atividades com o foco no empreendedorismo, como palestras, oficinas, atendimentos presenciais, exposições, além de uma feira de oportunidades de negócios em comércio e serviço, com a participação de mais de 50 expositores. Ações sustentáveis, que podem ser aplicadas nas micro e pequenas empresas, é um dos temas do evento deste ano. A Feira do Empreendedor é o maior evento de empreendedorismo realizado no país desde 1994 e tem a proposta de estimular a competitividade, sustentabilidade e abertura de pequenos negócios em todas as regiões do Brasil. Em 2014, em todo o país, serão realizadas 13 feiras em Estados diversos. Com 21 anos de existência, a Feira do Empreendedor é um projeto que marca o encontro do Sebrae com seu público. Já são mais de dois milhões de cadastrados em duas décadas de evento. Em um único local, durante vários dias, a instituição oferece ao cliente um portfólio variado de produtos e serviços e facilita ainda mais a vida do empreendedor. Reúne poder público, bancos, associações comerciais e diversos parceiros de interesse de quem tem ou pretender abrir o próprio negócio.
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Foto: Antonio Davi (Secom/PB)
Centro de Convenções Oportunidade de negócios A Feira do Empreendedor é um excelente espaço para que empresas consolidadas no mercado apresentem aos visitantes oportunidades de negócios, tendências ou mesmo a ampliação de mercado. Nesta edição, a Feira do Empreendedor da Paraíba vai oferecer 50 estandes para franqueadores e fornecedores de máquinas e equipamentos. As inscrições para a reserva de stands já podem ser feitas pelo site do evento: www.feiradoempreendedorpb.com.br Orientações sobre sustentabilidade Durante a Feira do Empreendedor 2014, os micro e pequenos empresários receberão dicas e orientações
sobre sustentabilidade e entenderão como ações sustentáveis podem tornar o seu negócio mais competitivo, enfocando aspectos ambientais e econômicos. Para disseminar essas práticas, será realizado o Seminário de Sustentabilidade para as Micro e Pequenas Empresas. O Centro Sebrae de Sustentabilidade, localizado em Cuiabá (MT), estará com um estande durante o evento, apresentando soluções e mostrando a importância do tema para os pequenos negócios. O Centro é a unidade de referência nacional do Sistema Sebrae neste tema e está transformando mentes e valores de cidadãos, empresas, mercado, sociedade e governos.
PARAÍBA, fevereiro de 2014
Espaço Ecológico 10 Anos
Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Gestão Integrada em João Pessoa Foto: Antonio David
Belinda Pereira da Cunha*
A chegada da Lei 12.305 de 2010, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, de um lado resgatou, de outro inovou ao regrar em todo o país, o tratamento que deverá ser dado aos resíduos, ou seja, a tudo aquilo que descartamos, pelo menos os resíduos sólidos, diariamente, em toneladas. A lei revelou uma preocupação importante e a urgência do tema, num planeta que consome e descarta tudo – produtos obsoletos, quebrados, embalagens etc. – numa velocidade voraz, levando em conta que do ponto de vista do planeta, ao se jogar o lixo fora, não existe lado de fora (autor desconhecido). Com isto, as inovações se deram em vários sentidos, entre eles a inclusão da responsabilidade do consumidor em relação aos resíduos descartados, ao lado de empresas, fornecedores, poder público, em pé de igualdade, clamando pela educação ambiental, assim destacada entre todo o aspecto da consciência e educação para o cidadão brasileiro. É de se ver a concentração encontrada nos polos urbanos, de parte importante da problemática que insere os recursos naturais ou não, patrimônio cultural, rios e mares, políticas públicas e ambientais das cidades de maneira geral diante da vida urbana e industrial, com a crescente demanda de energia e bens materiais, agravado pelo aumento significativo dos resíduos, com a consequente poluição, danos à camada de ozônio etc. O aumento da população, flutuante ou não, com a decorrente necessidade do consumo de água e do solo, Sagui, no Jardim Botânico geração progressiva de “lixo”, entre ou-
tros, põem a urbanização da população mundial em situação de alarme, o que não é diferente nos estados e principais cidades brasileiras, como aqui em nossa João Pessoa, capital paraibana, que neste ano deverá terminar com todos os chamados lixões, por determinação legal, implantando os aterros sanitários de acordo com os parâmetros legais, observando os lençóis freáticos, preservando mananciais, reservas, tudo dentro de um plano que deverá estar pronto e ser aprovado e implantado, em gestão integrada entre o poder público, a população e a iniciativa privada como um todo. Quanto a isto, ou seja, a responsabilidade para o descarte do lixo gerado, ninguém ficará de fora. A Lei está pensando no futuro, aliás, está tentando recuperar o tempo perdido ou pelo menos salvar o que for possível em razão de tudo o que foi gerado e jogado no “lixo”, no mar, no planeta e, portanto, sobre nós mesmos, até agora, visando, também, a premissa do Desenvolvimento Sustentável, direito garantido pela Constituição Federal Brasileira.
*Belinda Pereira da Cunha é doutora em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP, pesquisa CAPES em Roma sobre “Dano Ambiental”. Professora do PRODEMA e PPGCJ/UFPB
Foto: Alberi Pontes
Plantar ideias ecológicas é a garantia de um futuro fértil PARAÍBA, fevereiro de 2014
O maior site sobre meio ambiente da Paraíba http://www.espacoecologiconoar.com.br/
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Espaço Ecológico 10 Anos
Programa de Educação Ambiental da Cristal Mineração inclui trilha por vegetação nativa, museu e palestra Um bom exemplo de educação ambiental dados pelas empresas localizadas na Paraíba é a Cristal Mineração. Localizada no município de Mataraca, a Cristal realiza seu Programa de Educação Ambiental desde 1996 e já recebeu cerca de 7 mil estudantes e 600 professores. As visitas acontecem na Base de Pesquisas Ambientais da mina, incluindo palestra sobre preservação do meio ambiente e trilhas ecológicas por dentro de vegetação nativa. Há também um museu que revela diversas espécies da fauna e flora locais. Para agendar uma visita acesse o site www.cristal -al.com.br/Comunidade/Paraíba/Programa de Educação Ambiental. Em função das práticas de sustentabilidade e da sua política de Recursos Humanos, a Cristal foi listada na última edição do Guia Você S/A como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, destacando-se como a quarta melhor no setor de mineração. A mina localiza-se no município de Mataraca (a cerca de 100 km de João Pessoa) e produz os minérios ilmenita, zirconita, rutilo e cianita. Tratase de uma mina de superfície, lavrando o minério existente na areia. Para recompor as áreas mineradas, a empresa com um amplo programa que em 2013 garantiu o plantio de 60.547 mudas nativas recuperando no ano 22,86 hectares. Desde o início do programa já foram plantadas 1,2 milhão de mudas completando um total de 412,43 hectares recompostos. As mudas são geradas na própria mina ou por famílias de pequenos produtores rurais, promovendo geração de renda local. A Cristal Mineração faz parte do Grupo, segundo maior produtor mundial de Dióxido de Titânio e líder na produção de especialidades de titânio. No Brasil, além da mina em Mataraca (PB) a empresa conta com uma fábrica de Pigmento de Dióxido de Titânio em Camaçari (BA) e escritório comercial em São Paulo. A principal matéria prima utilizada pela fábrica da Bahia é a ilmenita, fornecida pela mina da Paraíba. A mina tem seus sistemas de gestão certificados pelas normas ISO 9001:2008 (práticas de Qualidade), ISO 14001:2004 (práticas de Meio Ambiente) e OHSAS 18001:2007 (práticas de Saúde e Segurança do Trabalho).
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Fotos : Acervo da empresa
Mina da Cristal na Paraíba
Visitantes na trilha ecológica
Mata nativa é preservada
Base de Pesquisas Ambientais com visitas PARAÍBA, fevereiro de 2014
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Trilhas da Paraíba
Pedra da Boca Divulgar as belezas naturais da Paraíba e ao mesmo tempo conscientizar para que as reservas ecológicas sejam exploradas turisticamente de forma sustentável e sem depredação. São esses os objetivos principais do quadro Trilhas da Paraíba, apresentado todo sábado durante o Programa Espaço Ecológico. As matérias do quadro, veiculadas no rádio, também são divulgadas na internet, no canal Trilhas da Paraíba, do site Espaço Ecológico. Nestes 10 anos de veiculação do Programa Espaço Ecológico, o quadro Trilhas da Paraíba mostrou a importância das unidades de preservação para a Paraíba. A seguir apresentaremos um resumo dos principais recantos ecológicos divulgados no programa radiofônico e no site. lJardim Botânico O Jardim Botânico está localizado na Mata do Buraquinho, em João Pessoa. É uma das maiores reservas de Mata Atlântica do Brasil, com 515 hectares. Além de área de lazer, é também local para estudos de espécies da fauna e da flora. Através de trilhas, o visitante pode vislumbrar espécies animais e vegetais típicas da Mata Atlântica. Entre as plantas estão sucupira, cajazeira (a árvore do
cajá), copiúba (que serve de alimento para os saguis), orquídeas e bromélias. Os animais mais encontrados são o sagui, o bicho-preguiça, jacarés, cobras, tamanduá-mirim, cotia, raposa, preá, além de borboletas e pássaros. lParque Zoobotânico Arruda Câmara O Parque Zoobotânico Arruda Câmara está localizado numa área central, em um dos bairros mais antigos de João Pessoa, o Roger. A Bica, como o parque é popularmente conhecido, é um dos locais mais visitados da cidade, chegando a receber 120 mil pessoas por ano. O plantel do Zoológico da Bica é formado por 93 espécies e 512 animais divididos em 52 espécies e 130 indivíduos de aves, 19 espécies e 60 indivíduos de mamíferos e 22 espécies e 322 indivíduos de répteis. Esse espaço verde é um fragmento de Mata Atlântica que abriga muitas espécies vegetais ameaçadas de extinção.
lParque Estadual Marinho de Areia Vermelha Areia Vermelha é um parque estadual localizado em Cabedelo, com uma área de 230 hectares. A ilha de Areia Vermelha é um banco de areia de cerca de dois quilômetros de comprimento por um de largura situado em frente a Praia de Camboinha. Aparece sempre que a maré baixa, do mesmo modo que os corais de picãozinho, em Tambaú. É um ótimo lugar para banhos, já que possui piscinas naturais e corais, numa água transparente de tom verde-claro. Nos corais que a cercam é necessário cuidado e prudência. Não é aconselhado andar sobre eles, para evitar acidentes, bem como a depredação destes. lPonta do Seixas A Ponta do Seixas é o ponto mais oriental - ou a leste - do Brasil e do continente Americano, localizado no fim da praia do Cabo Branco, a 14 quilômetros do centro de João Pessoa, Paraíba. É uma pequena faixa de areia, com cerca de 1,5km de extensão. lParque Estadual Pedra da Boca Localizado no município de Araruna, na região do Curimataú paraibano, O Parque Estadual Pedra da Boca protege 157,26 hectares de significativa amostra do Bioma Caatinga. Além da expressiva biodiversidade – estima-se a existência de ao menos 21 espécies de répteis e anfíbios, 16 espécies de mamíferos e 125 espécies de plantas – possui em seu exuberante relevo importante patrimônio e grande atrativo turístico. O principal exemplo é a Pedra da Boca, afloramento rochoso que dá nome ao Parque: possui uma fenda em forma de boca humana, muito utilizada para a prática de turismo de aventura e ecoturismo. Além das rochas para escalada, o parque possui algumas cavernas e escrituras rupestres, abrigando um pedaço da história da ocupação humana no interior da Paraíba em tempos ancestrais. Foto: Antonio David
Terminal de Armazenagens de Combustíveis Ltda Certificado nas Normas: ISO 9001:2008 e ISO 14.001:2004 www.tecab.srv.br e-mail: tecab@uol.com.br
Fone : (83) 3228-3924
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Praia de Tambaba PARAÍBA, fevereiro de 2014
Espaço Ecológico 10 Anos Foto: Antonio Davi
lComplexo Turístico “Vale dos Dinossauros” Um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, com mais de 50 tipos de pegadas de animais pré-históricos, espalhadas por toda bacia sedimentar do Rio do Peixe em uma extensão de 700 Km². Estegossauros, Alossauros, Iguanodontes, enfim, inúmeras espécies de dinossauros viveram no sertão paraibano entre 250 e 65 milhões de anos. Cientificamente reconhecido como um dos lugares mais importantes para realização de estudos paleontológicos, “o vale” atrai estudiosos de todas as partes deste planeta. lItacoatiaras de Ingá As Itacoatiaras de Ingá ficam a 70 km de João Pessoa e a 40 km de Campina Grande, numa grande pedra de 24 m de largura por 3 m de altura, em meio a blocos de gneiss, estrangulando um rio. Objeto de estudo para cientistas do país e do exterior, é divulgada em trabalhos por vários países. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 29 de maio de 1944. Um dos maiores mistérios do Brasil, a pedra do Ingá tem inscrições datadas de 5 mil anos e ainda não explicadas. O sítio é patrimônio da humanidade, da Unesco. lLajedo do Pai Mateus O Lajedo do Pai Mateus, localizado em Cabaceiras, possui formações rochosas exóticas, gravuras e uma lagoa entre a vegetação da caatinga e as rochas. Ele faz parte da Área de Proteção Ambiental do Cariri, que abrange os municípios de Cabaceiras, Boa Vista e São João do Cariri. A APA do Cariri tem como objetivos garantir a conservação da vegetação remanescente da Caatinga arbustiva arbórea e dos resquícios de Mata Serrana existentes na região e a preservação de sítios arqueológicos, representados na área pelo Lajedo do Pai Mateus, Lajedo Manuel de Sousa, Lajedo do Sítio Bravo, Lagoa da Cunhã, Lagoa de Bento, Lagoa dos Esquisitos, Pedra do 24 e de todas as inúmeras áreas circunvizinhas aos matacões isolados, portadores de arte rupestre pré-histórica. lRoncador: a maior cachoeira da Paraíba A Cachoeira do Roncador localiza-se no Brejo paraibano, formada pelo Rio Bananeiras. Tem aproximadamente 40 metros de altura e permite um banho delicioso nos lagos formados por suas quedas. Uma das formas mais interessantes de acesso é realizar uma trilha à pé, a partir da cidade de Borborema (que fica a cerca de 130 km de João Pessoa), com um percurso de 7,4 km. A Cachoeira faz parte de uma Área de Preservação Ambiental - a APA Roncador, e próximo ao local, há restaurantes simples, que servem comida caseira e regional. PARAÍBA, fevereiro de 2014
Jardim Botânico Outras áreas de preservações divulgadas
lReserva Ecológica Mata do Pau Ferro Localizada no Brejo paraibano, a 5 Km de Areia, com uma superfície aproximada de 600 ha, caracteriza-se como mata de brejo de altitude e apresenta uma paisagem exuberante, típica de mata densa, com árvores de grande porte. lParque Estadual Mata do Xém-Xém Localizado em Bayeux, possui uma área de 182 hectares e é caracterizado pela formação da floresta subperenifólia costeira com uma fisionomia exuberante. Associada a esta formação florestal, encontra-se a Mata de Restinga. lParque Estadual Pico do Jabre Localiza-se na microrregião da serra do Teixeira, entre os municípios de Maturéia e Mãe D’água, encontra-se no ponto mais alto do Nordeste, com mais de 1200 metros de altitude, e área de abrangência de 500 ha. Possui espécies arbóreas de mata úmida e espécies da flora da Caatinga; é o único testemunho de mata serrana no estado. lEstação Ecológica do Pau Brasil Situada em Mamanguape, foi criada em virtude à expressiva concentração da espécie (Ceasalpinia echinata) mais conhecida popularmente como Pau Brasil. lÁrea de Preservação Ambiental das Onças Localizada em São João do Tigre, tem uma superfície aproximada de 36.000 ha., representada pela formação florestal de Caatinga, com uma extraordinária riqueza de inscrições rupestres. lÁrea de Proteção Ambiental de Tambaba Localizada no Litoral Sul paraibano, nos municípios de Conde, Alhandra e Pitimbú. A área abrange aproximadamente 11.320 ha. A vocação turística da região ficou evidente com a criação da 1ª Praia de Naturismo do Nordeste, na Praia de Tambaba. Coqueiros, falésias e um profundo azul fazem parte da paisagem local. lMata do Jacarapé A bela e ainda desconhecida Praia do Jacarapé, é uma área de preservação ambiental extremamente rica em biodiversidade, bem ao lado da Capital da Paraíba. O lugar possui uma vegetação de mangue e apicum, na parte baixa, e uma reserva significativa de Mata Atlântica. lParque Estadual do Aratu Está localizado na microrregião de João Pessoa. Seu ecossistema caracteriza-se pela formação florestal de mangue, ainda bem preservado. Na área também se encontra a formação vegetal de Mata Atlântica secundária, com altura variada e mista, além de formações rasteiras de praia e de restinga. Sua fauna é rica, visto tratar-se de uma área de estuário. lParque Estadual do Poeta e Repentista Juvenal de Oliveira A região em que se localiza este parque, em Campina Grande, possui um ecossistema muito valioso em área de Caatinga, que deve ser preservado e aproveitado para atividades científicas, esportivas e turísticas.
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O insustentável “desenvolvimento sustentável” José de Souza Silva* O conceito de “desenvolvimento sustentável” não é um conceito, mas uma promessa. A humanidade foi enganada pelos que usam a mentira como filosofia de negociação pública para ocultar o capitalismo e a dicotomia “superior-inferior” que viabiliza sua expansão irrefreável e incontrolável desde 1492. O expansionismo do capitalismo deriva da acumulação infinita de riqueza material através de crescimento econômico ilimitado e lucro máximo a curto prazo a qualquer custo, devorando mercados cativos, matéria prima abundante, mão de obra barata, mentes dóceis e corpos disciplinados, violando o humano, o social, o cultural, o ecológico e o ético. Por isso estamos vulneráveis, do cidadão ao Planeta. São séculos destruindo as condições para a existência. O falso conceito reduz a sustentabilidade às dimensões econômica, social e ambiental e deixa fora outras dimensões, como a institucional, a política, a cultural e a filosófica. A dimensão institucional define as regras do “jogo do desenvolvimento”, na política se tomam decisões a partir dessas “regras”, na cultural criam-se valores, símbolos, rituais e significados adotados pelos “jogadores” e a filosófica define a natureza das regras e o propósito do jogo. Um conceito é uma construção para gerar compreensão, que não é o caso do “desenvolvimento sustentável”, pois apenas promete às gerações futuras não comprometer a possibilidade delas atenderem suas necessidades. Não gera compreensão sobre o que é sustentabilidade, que pode ser conceituada como o cultivo das relações, significados e práticas que geram a vida, sustentam a vida e dão sentido à vida humana e não humana; quando violamos essas relações, significados e práticas criamos vulnerabilidade e quando cuidamos delas geramos sustentabilidade. Mas a relação poder/saber ocultou o capitalismo sob os mitos do progresso durante o colonialismo imperial e do desenvolvimento no atual imperialismo sem colônias: desenvolvimento = capitalismo. Porém, a crise do “desenvolvimento sustentável” é tão patente que o conceito de “economia verde” foi proposto na Rio+20 para salvá-lo, mas não passa do novo disfarce do “desenvolvimento”: o lobo—o capital— vestido com uma pele da cor da ovelha—a natureza—que quer devorar. Na gênese de nossa vulnerabilidade está a separação cartesiana natureza/sociedade, porque nega que os humanos são parte da natureza, que é reduzida a matéria inerte, passiva, observável, controlável, manejável, explorável. A separação foi feita para justificar a dominação da natureza, para reduzi-la a recursos naturais, capital natural. A “economia verde” reduz a natureza a serviços ambientais privatizáveis e a bionegócios (água, biomassa, carbono), a mercantilização da natureza. Como o território europeu era insuficiente
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para o expansionismo do capitalismo emergente em 1492, a colonização foi a estratégia para expandir a produção e acumulação capitalistas através da despossessão de territórios e destruição de culturas para criar “sociedades amigáveis” ao sistema. O capitalismo submeteu o saber ao poder sequestrando o poder da ciência e transformando-a na ciência do poder para beneficiar o mais forte. A ciência inventou que há raças superiores e inferiores; o mais forte, da raça branca, tem o direito à dominação e o mais débil a obrigação da obediência. Como as palavras superior e inferior não facilitavam as relações internacionais, criou-se o eufemismo “civilizados-primitivos” para legitimar a injusta dinâmica das relações assimétricas do poder emergente. A solução para ocultar o capitalismo e a dicotomia superior-inferior foi criar a “ideia de progresso” que galvanizou mentes e conquistou corações em várias geografias, ideologias e religiões. Como a ciência do poder esteve vinculada ao Holocausto e à bomba atômica lançada em Hiroshima e Nagasaki, o desencanto com o “progresso” levou o vencedor da Segunda Guerra Mundial e seus aliados a substituirem aquela pela “ideia de desenvolvimento”. Desenvolvimento deixou de ser um processo para ser o destino da humanidade: a meta universal para os povos, que já foi “ser civilizados” na colonização, é “ser desenvolvidos” na globalização. Promove-se o subdesenvolvimento como um estado pré-capitalista e o desenvolvimento como “algo” evolutivo. Quanto mais capitalista é um país, mais desenvolvido ele é; daí a gradação ideológica na classificação: subdesenvolvidos, em desenvolvimento, emergentes e desenvolvidos. Como o progresso, que violou a dignidade de povos africanos reduzidos a escravos e exterminou povos indígenas no continente americano, o desenvolvimento é sinônimo do capitalismo que cria violências, desigualdades e injustiças. Por isso crescem as críticas às suas consequências desde a segunda metade do século XX, que os ideólogos-guardiões do capitalismo manejam transformando-as em adjetivos (local, territorial, sustentável) para satisfazer os críticos que aceitam seus significados sem questionar o “desenvolvimento” que coleciona adjetivos estéreis para superar a natureza patriarcal, racial, ecocida do capitalismo que não gera felicidade nem prosperidade para todos, além de ameaçar a vida na Terra. Tudo isso é questionado na crise da civilização ocidental e sua sociedade industrial capitalista de cujas contradições emana a crise sistêmica que prenuncia seu colapso antes de 2050. Se “desenvolvimento” é sinônimo de um capitalismo que destrói a resiliência da natureza e erode a sustentabilidade dos modos de vida, entende-se por quê tudo está em crise. Porém, se tudo está em crise, como pensar uma forma de sair da
crise se também está em crise a forma de pensar? A resposta inclui transformar o modo de inovação dominante e formar gerações conscientes de que a coerência do modo de produção e consumo do capitalismo ameaça a vida no Planeta por não ter correspondência com os limites da natureza. Ambos esforços exigem giros paradigmáticos, como: (a) da pedagogia da resposta à pedagogia da pergunta; (b) do universal, mecânico e neutro ao contextual, interativo e ético; (c) da sustentabilidade do desenvolvimento à sustentabilidade dos modos de vida; (d) de alternativas de a alternativas ao desenvolvimento; e (e) da “mudança das coisas” à ‘mudança das pessoas’ que mudam as coisas, transformando seus modos de interpretação e intervenção. Necessitamos descolonizar o mundo para reencantar a vida. Isso implica aprender inventando a partir do local para não perecer imitando a partir do global; a realidade não é homogênea nem pode ser homogeneizada. Para contribuir à sustentabilidade dos modos de vida, o conhecimento significativo é gerado e apropriado no contexto de sua aplicação (dimensão prática) e implicações (dimensão ética), enquanto a inovação relevante emerge de processos de interação social com a participação daqueles que a necessitam e serão impactados por ela. Isso rompe o mapa da geopolítica (eurocêntrica/norteamericana) de conhecimento que instituiu ‘o relevante’ como algo que existe sempre em outros idiomas, é criado sempre por outros atores e nos chega sempre de outros lugares, que nunca coincidem com nossos idiomas, atores e lugares. Cultivando um pensamento subordinado ao conhecimento autorizado pelo mais forte, a educação descontextualizada forja receptores de respostas dadas a perguntas concebidas longe de nossa realidade e sem compromisso com nosso futuro. É esta educação mimética que reproduz o conceito de “desenvolvimento sustentável”. E agora, José? Se eu soubesse que o mundo acabaria amanhã, não dormiria hoje plantando sementes prenhes de indignação e esperança, as parteiras do ‘dia depois do desenvolvimento’. Do contrário, reproduziremos o “capitalismo insustentável” que ameaça a vida no Planeta. Até quando? A que custo?
*José de Souza Silva é engenheiro agrônomo com Ph.D. em Sociologia da Ciência e Tecnologia; é pesquisador da Embrapa Algodão em Campina Grande-PB.E-mail:josedesouzasilva@ gmail.com
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Espaço Ecológico 10 Anos
Tecnologias e boas práticas para redução do desperdício de alimentos Francisco Fechine Borges* Você sabia que um latino-americano perde ou desperdiça cerca de 25 kg de alimentos, por ano? E que, para um europeu ou americano, esta mesma perda ou desperdício corresponde a 95 e 115 kg, respectivamente? A perda e desperdício de alimentos é um problema de grandes proporções, em todo o mundo. Os dados acima são relativos somente ao que acontece com o consumidor: se for considerada toda a cadeia de produção, as perdas e desperdícios são muito maiores. Segundo o documento SAVE FOOD: Iniciativa mundial para a redução de perdas e desperdício de alimentos, desta mesma organização, a cada ano, cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo, para consumo humano, é perdido ou desperdiçado, o que corresponde a aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas. Isto equivale a mais de R$ 1,5 trilhão de perdas econômicas, somente nos países industrializados, e R$ 725 bilhões nos países em desenvolvimento. Frutas, legumes, raízes e tubérculos são os produtos agrícolas que tem as mais altas taxas de desperdício. Em termos quantitativos, as perdas globais são de cerca de 30% para os cereais, 40% a 50% para as culturas de raízes, frutas e vegetais, 20% para as sementes oleaginosas, carnes e laticínios, e mais 30% para os peixes. Todos os anos, os consumidores dos países ricos desperdiçam quase tanta comida (222 milhões de toneladas) quanto toda a produção líquida de alimentos da África subsaariana, de cerca de 230 milhões de toneladas. O desperdício de alimentos no Brasil O desperdício de alimentos no Brasil não está muito distante do observado na América Latina como um todo. Segundo a ONG Banco de Alimentos, “o Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). De toda esta riqueza, grande parte é desperdiçada. Segundo dados da Embrapa, 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas por dia, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar. De acordo com o caderno temático “A nutrição e o consumo consciente” do Instituto Akatu, aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva: 20% na colheita; 8% no transporte e armazenamento; 15% na indústria de processamento; 1% no varejo e 20% no processamento culinário e hábitos alimentares”. No relatório intitulado A Pegada do Desperdício Alimentar, a FAO estima que a emissão de carbono dos alimentos desperdiçados é equivalente a 3,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. Se fosse um país, seria o terceiro maior emissor do mundo, depois da China e dos Estados Unidos, sugerindo que um uso mais eficiente dos alimentos poderia contribuir substancialmente para os esforços PARAÍBA, fevereiro de 2014
globais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e diminuir o aquecimento global. Neste cenário, investimentos em pesquisas aplicadas e desenvolvimento de tecnologias visando a redução das perdas e desperdícios de alimentos, podem trazer benefícios em larga escala. A seguir são descritas algumas destas tecnologias e boas práticas que permitem melhorar esta situação extremamente preocupante. Embalagens a vácuo - As embalagens a vácuo existem há muitas décadas, no entanto, somente há pouco tempo as indústrias de processamento de alimentos e as lojas de varejo começaram a tirar maior proveito desta simples e eficiente tecnologia. A embalagem a vácuo permite oferecer produtos em pequenas porções, adequadas para armazenamento e consumo, sem desperdício; um maior tempo de prateleira, protegendo o alimento contra oxidação e desidratação; minimizar a contaminação cruzada; reaquecimento de porções, sob demanda; e redução significativa de perda de peso de proteínas e vegetais. No entanto, a embalagem a vácuo não substitui as técnicas consolidadas de processamento térmico (pré-aquecimento), enlatados e congelamento, além de não ser efetiva contra alguns tipos de bactérias, como a botulínica, que prolifera em ambientes sem oxigênio. Secagem de alimentos - A secagem de alimentos é um dos mais antigos métodos de conservação de alimentos para uso posterior. Pode ser uma alternativa aos processos de enlatar ou congelar, ou complementar a estes. É um método simples, seguro e fácil de aprender. Com os modernos desidratadores de alimentos existentes no mercado, ou desidratadores solares de baixo custo, é possível produzir, em casa, passas de frutas, chips de banana, desidratar frutas tropicais em fatias, ervas aromáticas e medicinais, temperos, entre outros alimentos. A secagem remove boa parte da água do alimento, de modo que bactérias e fungos não conseguem se multiplicar e estragar os alimentos. Com a redução da água, a comida torna-se menor e mais leve. Quando estiver pronta para consumo, a água é adicionada de volta e a comida retorna à sua forma original. Os alimentos devem ser desidratados utilizando-se uma combinação correta de temperatura, umidade e fluxo de ar. LeftoverSwap (leftoverswap.com) - Talvez uma das mais originais e altamente controversas, uma das novas tecnologias que combatem o desperdício de alimentos é a LeftoverSwap, um mercado online para as sobras. Um aplicativo iOS (para iPhone® e iPad®) permite ao usuário postar uma foto e uma descrição de suas sobras, em um banco de dados. Outros usuários de uma mesma região geográfica podem, assim, trocar ou simplesmente levar as sobras de comida, acordando uma solução adequada para a entrega do material. Há uma série de riscos potenciais à saúde, ao se pegar alimentos de estranhos. No entanto, o cofundador da LeftoverSwap, Dan Newman, diz que a troca é totalmente baseada na confiança, semelhantemente ao couchsurfing. Esterilização baseada em luz ultravioleta -
A irradiação de alimentos com luz ultravioleta (UV) é tecnologia emergente na área de processamento de alimentos, como uma alternativa para os tratamentos térmicos tradicionais. Esta tecnologia pode ser utilizada, por exemplo, na pasteurização de sucos, tratamento da superfície de contato dos alimentos e para estender o tempo de prateleira de produtos frescos. A luz UV, especialmente a chamada UV-C, com comprimento de onda de 254nm (1 nanômetro = 109m), destrói o DNA dos microrganismos presentes no produto irradiado. Dependendo da dose aplicada, os vírus são desativados em segundos e micro-organismos como bactérias e fungos são mortos de forma ecologicamente correta, sem a adição de produtos químicos. A UV-C já e bastante utilizada na indústria, para desinfecção de água e ar. Mais recentemente, tem sido utilizada como um tratamento físico de alimentos, seguro e que não deixa subprodutos. O tratamento pode ser aplicado para diferentes fins, tais como: prevenção de germinação e brotação de batatas, cebolas e alho; desinfestação em geral, por matar ou esterilizar insetos que infestam grãos, frutas secas e legumes; Retardo de maturação e de envelhecimento de frutas e legumes; prolongamento da vida de prateleira e prevenção de doenças transmitidas por alimentos, reduzindo o número de microrganismos viáveis em carnes, aves e frutos do mar; redução de micro-organismos em ervas e especiarias. Conclusão - Diversas tecnologias estão sendo utilizadas, atualmente, visando a redução das perdas e desperdícios de alimentos. Somente algumas delas foram abordadas neste artigo. O problema global das perdas e desperdício de alimentos, de grandes dimensões, precisa ser enfrentado com o aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, juntamente com um consumo consciente, por parte da população, e a adoção de boas práticas de manipulação, preparação e armazenamento de alimentos. Campanhas de conscientização e educação ambiental são também muito importantes para a minimização desta grave situação, num mundo onde milhões de pessoas ainda passam fome.
*Francisco Fechine Borges é mestre em engenharia biomédica, doutor em engenharia de processos e coordenador do Curso Técnico de Eletrônica do Instituto Federal da Paraíba- IFPB.
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Espaço Ecológico 10 Anos Foto: Evandro Pereira
Parque Solon de Lucena ( Lagoa)
João Pessoa: uma cidade verde
A cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, é considerada a Porta do Sol por abrigar o ponto mais oriental das Américas: a Ponta do Seixas. No entanto, o que mais chama atenção em João Pessoa é o verde e por isso ela é considerada uma das capitais mais verdes do mundo e conhecida como “Cidade das Acácias”. João Pessoa tem a maior área verde das Américas (54,7 árvores por habitante) e a segunda maior reserva de mata atlântica urbana do país, com destaque para o Parque Arruda Câmara (Bica), um misto de jardim zoológico e reserva florestal, e o Jardim Botânico, instalado pelo botânico Lauro Pires Xavier, nos domínios da Mata do Buraquinho. Outro destaque como espaço arborizado de João Pessoa é o Parque Solon de Lucena, urbanizado pelo paisagista Roberto Burle Marx e que é formado por uma Lagoa rodeada por palmeiras imperiais e ricamente arbo-
Foto: Antonio David
Floração dos ipês na Lagoa Foto: Antonio David
Foto: Evandro Pereira
Foto: Marcos Russo
Jardim Botânico de João Pessoa
Parque Arruda Câmara (Bica)
Verde do Cabo Branco e Ponta dos Seixas
rizada em todo entorno, principalmente pelos ipês roxos e amarelos. O verde de João Pessoa se expressa nas ruas, avenidas, praças e na orla ainda com
vegetação preservada. As avenidas Epitácio Pessoa e João Machado são exemplos de ruas bem arborizadas por jambeiros, mangueiras e árvores nativas, uma herança do tra-
balho de Lauro Pires Xavier, um pioneiro na defesa do meio ambiente na Paraíba, como sempre faz questão de lembrar a bióloga e ambientalista Paula Frassinete. Foto: Alberi Pontes
Sustentabilidade: novas maneiras de pensar e de agir 14
PARAÍBA, fevereiro de 2014
Espaço Ecológico 10 Anos
Espaço Animal
O Programa Espaço Ecológico, ao longo do seus 10 anos de história, na radiofonia paraibana, tem mantido uma quadro especial dedicado a oferecer dicas e conselhos úteis, com o objetivo de ajudar a melhorar a qualidade de vida dos animais de estimação. Trata-se do Espaço Animal. Foto: Arquivo particular
Poodle: fidelidade e obediência
lO poodle é um dos mais famosos cães franceses. É um cão, considerado por especialistas, dos mais inteligentes. É capaz de aprender com extrema facilidade, o que o tornou muito difundido em todo o mundo. Além dessas qualidades, deve-se levar em conta sua beleza e originalidade. Trata-se na realidade, de um cão anatomicamente bem constituído e muito gracioso, que se distingue também, pela sua característica tosa que o diferencia de qualquer outra raça. É um excelente companheiro. De linhas harmoniosas, o poodle possui aspecto inteligente, constantemente alerta e ativo. lConfira abaixo algumas dicas e informações veiculadas no programa: Não maltrate seu animal de estimação, para ele você é o melhor amigo do mundo. Ele confia em você! Você sabia que viver com o bicho sempre no colo e mimá-lo como um bebê é péssimo para a saúde psicológica dele? O animal desenvolve dependência do dono e sofre uma angústia profunda sempre que se separa dele.Se você gosta realmente de seu amigo, precisa ensiná-lo a ficar feliz também sozinho. Uma das melhores formas é dar-lhe o direito de viver com um companheiro da mesma espécie, criando dois animais. lTosse pode ser sinal de doenças cardíacas em cães Os cães não estão livres das doenças do coração. Com o avanço da idade, a partir dos seis anos, esse tipo de complicação costuma aumentar. O tutor precisa ficar atento aos sinais para que o tratamento seja iniciado o quanto antes possível. Um dos sintomas mais comuns, que muitas vezes passa despercebido, é a tosse que lembra um engasgo. Parece que o animal está sufocando com algo, mas logo passa. Em geral, esse tipo de comportamento aumenta à noite, além disso, costuma estar associado à perda de apetite, cansaço durante os passeios, falta de ar e desmaios. A melhor forma para ter o diagnóstico precoce é se habituar a levar os animais às visitas periódicas no veterinário. Uma das enfermidades mais comuns em cães acomete a válvula mitral (Endocardiose de Mitral), doença adquirida que aparece com a PARAÍBA, fevereiro de 2014
Pitoco: o amigo que faz falta Foto: Antonio David
Lohan: carinho redobrado idade avançada. Esse tipo de doença afeta principalmente os cães de raça pequena, aqueles que hoje são os mais populares no país, como o Poodle, Dachshund, Maltês, Lhasa Apso, Yorkshire, Shi-Tzu, Chiuaua, Cocker Spaniel e Pinscher. A válvula mitral tem a característica de fechar e abrir para permitir que o sangue flua de um compartimento do coração para o outro. Nesta fase o cão deve apresentar relutância aos passeios, cansaço fácil e menor desempenho nas atividades em geral, além da tosse.
Mas por que a tosse acontece? Com o sangue acumulado, a pressão dentro do coração aumenta. Aos poucos, para comportar o grande volume de sangue, o átrio começa a expandir de tamanho. Com o aumento do órgão, ele pressiona a traqueia, causando a tosse, que pode ficar mais ou menos intensa conforme a posição do animal e o seu esforço físico. Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com medicação, retardando sua progressão e o mais importante, trazendo conforto para o animal.
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