Índice
01| SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................... 3 02 | BREVE APRESENTAÇÃO DA ULSM, E.P.E ............................................................ 7 03 | CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E SOCIO ECONÓMICA DO CONCELHO DE MATOSINHOS....13 04 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL........................................................................23 05 | SUBFINANCIAMENTO DA ULSM .......................................................................28 06 | DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO 2015 ...........................................................35 07 |PRODUÇÃO CONTRATADA E OBJETIVOS DE QUALIDADE E EFICIÊNCIA PARA 2015 .............45 08 |ORÇAMENTO ECONÓMICO 2015.......................................................................52
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01| SUMÁRIO EXECUTIVO No ano de 2015, o Conselho de Administração da ULSM, atravessa o seu segundo ano do mandato 2014-2016.
Em 2014, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos cumpriu uma vez mais o seu grande desafio proporcionar aos seus utentes, excelência na prestação de cuidados de saúde integrados, mais e melhor acessibilidade.
Os resultados dos inquéritos de satisfação dirigidos aos nossos utentes revelaram que a proporção de utilizadores satisfeitos ou muito satisfeitos no ACeS de Matosinhos é de 92%. Ao nível hospitalar, o índice de satisfação global para os serviços de ambulatório do HPH em 2014 foi de 69% e do internamento 78%. Os serviços da urgência do HPH seriam recomendados por 90% dos auscultados, a familiares ou a amigos. Também os nossos colaboradores foram inquiridos, sendo que 83% escolheriam de novo a ULSM para trabalhar, se pudessem voltar atrás.
Em 2014, reiterámos o nosso compromisso para com os nossos utentes, aumentando a nossa acessibilidade, conforme revelam os números da atividade assistencial e, desde logo, a percentagem de inscritos com médico de família que atinge já os 98%, bem como a percentagem de inscritos em USF´s, que atinge os 75%. Voltámos a subir nos indicadores relativos às consultas externas (que aumentaram 7%) e às cirurgias (com um aumento de 1.046 cirurgias) e com um relevantíssimo destaque para os 16% de subida na cirurgia de ambulatório, tudo a significar mais e melhor acesso aos cuidados de saúde. No final do ano de 2014, a Lista de Inscritos para Cirurgia, apresentava mais 1.643 utentes face a 2013, num total de 6.482 inscritos, com uma mediana do tempo de espera de 3,6 meses. A este propósito, temos sido capazes de absorver a totalidade da nossa atividade cirúrgica, sem agravar os tempos de espera para os utentes. Em 2014, a ULSM conseguiu reduzir em 5,2% o tempo médio de espera cirúrgico, bem como reduziu em 34,7% a taxa de cancelamento de cirurgias. Em simultâneo, reduzimos em 25% a percentagem de inscritos que ultrapassam o Tempo Máximo de Resposta Garantida. O ambulatório médico aumentou 26,5% face a 2013, impulsionado por um aumento no tratamento de quase 100 doentes oncológicos. O Hospital de Dia apresentou um acréscimo na sua atividade em aproximadamente 16%, no que respeita ao número de sessões e também o número de doentes registou um crescimento de quase 24%, comparativamente com o ano de 2013.
Por via do novo regulamento interno da ULSM, requalificamos a missão do Gabinete do Cidadão, operacionalizando o conceito de atendimento multicanal, com o objetivo de melhorar a acessibilidade dos utentes às unidades prestadoras de cuidados de saúde da ULSM, através da utilização integrada e sustentada de tecnologias de informação e comunicação. Demos vida ao Gabinete de Simplificação e Reengenharia de Processos, o qual tem como missão simplificar e melhorar o relacionamento da ULSM com os seus utentes.
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Estas duas iniciativas promovem a desmaterialização de processos, facilitando a reengenharia dos processos de atendimento, telefónico e presencial, com ganhos na satisfação dos utentes e redução dos custos de contexto associados quer ao tempo de espera para atendimento clinicoadministrativo, quer também ao número de contactos administrativos presenciais.
Também em 2014 e, novamente, a ULSM|Hospital Pedro Hispano, continuaram a integrar o lote restrito dos dez melhores hospitais do SNS, de acordo com o ranking da Escola Nacional de Saúde Pública. Subimos mesmo duas posições na tabela, passando do 9.º para o 7.º lugar. Somos o primeiro hospital – no contexto da sua dimensão e valências - a obter a melhor qualificação no ranking, ocupado por hospitais de muito maior dimensão. Mas 2014 trouxe, também, outro ranking inédito no nosso país. O Top 5 – Excelência dos Hospitais, no qual se estabelece, através de estudos comparativos nos domínios da atividade clínica, critérios de desempenho e análises comparativas de resultados, um ranking (segmentado em várias categorias) e no qual a ULSM foi nomeada na categoria de ULS TOP, e obteve uma Menção Honrosa.
Mas o ano de 2014 foi novamente marcado por diversos condicionalismos, com impacto significativo na performance económico-financeira da ULSM.
Naturalmente que o aumento de produção, em todas as vertentes de cuidados da ULSM, acarreta igualmente aumentos de custos operacionais, sem a correspondente contrapartida em termos de proveitos, uma vez que a ULSM é financiada por capitação, conforme se encontra preconizado na Metodologia de financiamento das ULS.
Desde 2011 e, por reiteradas vezes, o Conselho de Administração da ULSM tem argumentado junto da Tutela, que a metodologia adotada no modelo de financiamento, não capta os fluxos de utentes gerados entre a procura e a oferta assistencial da ULSM. As características sociodemográficas do concelho de Matosinhos, e das necessidades em saúde da sua população, constituem fatores que não são acomodados pela metodologia de financiamento das ULS preconizada pela Tutela. Atualmente, existem 8 ULS em Portugal, e a ULSM é a única ULS do país inserida num meio urbano, a única com a especialidade de Infeciologia, a única que possui uma Câmara Hiperbárica e também, a única que é referência direta para Utentes de fora da área de influência, concretamente provenientes dos concelhos de Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.
Decorrente destes factos, resulta que a ULSM encontra-se subfinanciada, por um montante médio anual que ronda os 9,5 Milhões de euros.
Esta argumentação já mereceu a disponibilidade e acordo da Tutela, desde logo da própria ARS Norte, em 2012, altura em que o então Presidente deu o seu acordo ao Plano de Ajustamento por nós apresentado e que evidenciava todos estes aspetos.
Em 2014, numa atitude de reconhecimento do subfinanciamento da ULSM, é atribuído por parte da Tutela, o montante de 5.500.000,00€, para fazer face aos custos incorridos com a cedência em farmácia hospitalar de medicamentos no âmbito do HIV/SIDA. De referir contudo, que este valor já Pág.4 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
era efetivamente devido desde 2008, ano em que o financiamento da ULSM foi alterado para capitação, tendo a Instituição acomodado ao longo de 6 anos, cerca de 33 Milhões de euros com esta atividade. Pese embora este reconhecimento, com o qual naturalmente nos congratulamos, também em 2014, o financiamento da ULSM foi novamente reduzido em 3 milhões de euros face ao ano de 2013 e, persiste ainda, o restante subfinanciamento na ordem de 4 Milhões de euros, decorrente nomeadamente, da atividade realizada aos utentes da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. Neste sentido, a ULSM já incorreu em mais de 26 Milhões de euros de custos com esta atividade, desde o ano de 2008, os quais nunca foram pagos.
Tudo somado, a USLM suportou um subfinanciamento de cerca de 59 Milhões de Euros, ao longo dos últimos 6 anos….
As sucessivas reduções de financiamento da ULSM, a juntar à cronicidade do subfinanciamento da Instituição, constituem graves entraves no alcance de resultados operacionais e EBITDA positivos, ou mesmo nulos, ao mesmo tempo que afetam significativamente a gestão de tesouraria, com implicações no agravamento de prazos médios de pagamento a fornecedores, no cumprimento da Lei de Pagamentos em Atraso (LPCA), bem como na descapitalização dos fundos próprios da ULSM.
Em 2014, o EBITDA da ULSM fixou-se nos 983.557,14€, negativos. Apesar da negatividade deste valor o mesmo situou-se bastante abaixo dos valores dos últimos anos e não fossem fatores exógenos à ULSM, o EBITDA teria sido positivo em 240.822,95€.
A par desta situação, urge procedermos a investimentos, nomeadamente de substituição de equipamentos cruciais à actividade da ULSM, considerando que muito daqueles já se encontram na sua capacidade máxima de utilização e em fim de vida útil, com um elevado nível de obsolescência, nomeadamente o equipamento do bloco operatório, serviço de urgência e equipamentos de imagiologia. Para o efeito, contamos recorrer aos fundos comunitários disponíveis enquadrados nos programas do Portugal 2020.
Para este ano de 2015, apesar de toda esta conjuntura e atendendo a que temos sido capazes de cumprir com oferta assistencial da ULSM, facto comprovado através da renovação da Cerificação da Qualidade em 2014, com validade até Agosto de 2017, na globalidade dos serviços do Hospital Pedro Hispano, ACES de Matosinhos e Unidade de Convalescença, reiteramos os eixos estratégicos definidos no Plano Estratégico de 2013-2015, dos quais destacamos:
Eixo 6: Adequar o modelo de financiamento ao contexto e realidade assistencial de forma a garantir a cobertura financeira de toda a atividade realizada, suprimindo os desajustamentos decorrentes do modelo de financiamento preconizado para as ULS.
Eixo 9: Empreender medidas para incrementar receitas extra contrato-programa, atenuando o impacto das reduções orçamentais.
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No que respeita ao orçamento da ULSM para este ano de 2015, havíamos submetido em setembro no ano passado, na plataforma da Direção Geral do Orçamento (DGO), uma versão que estimava um EBITDA positivo na ordem dos 105 mil euros. Os pressupostos então assumidos, encontravamse de acordo com as orientações emitidas na Circular nº 10473/2014/DFI/UOC/ACSS de 1 de agosto de 2014, da ACSS e na Circular Série A nº 1376 da DGO. Contudo, não tendo sido até à data resolvidas as situações de subfinanciamento da ULSM que ainda persistem e atendendo igualmente a outros fatores exógenos à ULSM e portanto sobre os quais o Conselho de Administração não tem responsabilidade, o orçamento económico terá de ser forçosamente revisto, observando que as previsões apontam para um EBITDA negativo que rondará os 5,3 Milhões de Euros.
Muito embora as diversas entidades Tutelares, concretamente a ARS Norte, ACSS e o Gabinete de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, estejam atentos e reconheçam que este problema de subfinanciamento da ULSM é grave e estrutural, a verdade é que a situação já não é sustentável e a sua resolução, tem para a ULSM e finalmente para o SNS, carácter prioritário, emergente e inadiável.
Victor Herdeiro Presidente do Conselho de Administração da ULSM, EPE
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02 | BREVE APRESENTAÇÃO DA ULSM, E.P.E Missão, Visão e Valores
A missão da ULSM, E.P.E. consiste em identificar as necessidades em saúde da população da sua área de influência. Prestar um serviço global, integrado e personalizado, com acesso em tempo útil, de excelência técnica e científica ao longo do ciclo vital, criando um sentido de vinculação e confiança nos colaboradores e nos clientes.
É visão da instituição promover a excelência na prestação de cuidados de saúde integrados, assumindo-se como modelo de referência para outros prestadores de cuidados de saúde.
A ULSM desenvolve a sua atividade no respeito pelos seus valores fundamentais: o valor primordial da vida e dignidade da pessoa humana, atitude de serviço, competência, eficiência, equidade, acessibilidade, integridade, qualidade e responsabilidade.
São atribuições da ULSM:
Prestar cuidados primários e continuados de saúde à população do concelho de Matosinhos; Prestar cuidados diferenciados de saúde às populações residentes na área de influência da ULSM; Assegurar as atividades de saúde pública e os meios necessários ao exercício das competências da autoridade de saúde no concelho de Matosinhos; Participar no processo de formação pré e pós-graduada de profissionais do setor, mediante a celebração de acordos com as entidades competentes.
Figura 1 – Distribuição das Unidades Funcionais ACESM no Concelho de Matosinhos
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A sede administrativa da ULSM está localizada no Hospital Pedro Hispano, onde também se encontram os serviços transversais ao funcionamento da Instituição. O HPH situa-se em Matosinhos, junto ao eixo viário da via rápida (itinerário Porto-Viana do Castelo) e à Estrada da Circunvalação (via que estabelece a separação geográfica entre as cidades de Matosinhos e do Porto).
A rede de Cuidados de Saúde Primários (CSP) da ULSM, E.P.E. está organizada no denominado ACES de Matosinhos, o qual agrupa 4 Centros de Saúde: Centros de Saúde de Matosinhos, Leça da Palmeira, Senhora da Hora e S. Mamede Infesta. Agrega ainda a Unidade de Saúde Pública de Matosinhos (USP), o Centro de Diagnóstico Pneumológico (CDP), e o Serviço de Atendimento a Situações Urgentes (SASU), garantindo desta forma a prestação de Cuidados de Saúde Primários à população do Concelho de Matosinhos. Os Centros de Saúde acima referenciados acolhem as seguintes Unidades Funcionais de Prestação de Cuidados de Saúde: 10 Unidades de Saúde Familiares (USF), 4 UCSP, Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (a UCSP da Sra. da Hora foi encerrada em finais de 2012 e reabriu em inícios de 2014) e 4 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC).
O concelho de Matosinhos, pertence à área metropolitana do Porto, sendo constituído por: União de freguesias de Lavra, Perafita e Santa Cruz do Bispo, União de freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, União de freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora e União de freguesias de Custóias, Guifões e Leça do Balio, com uma área total de cerca de 62,3 Km2. A organização do ACES de Matosinhos está disposta da seguinte forma:
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Quadro 1 – Unidades Funcionais do ACES de Matosinhos Edificío - Local
Unidade Funcional USF Maresia USF Leça UCC Leça (ECCI Leça)
Centro de Saúde de Leça da Palmeira
URAP Leça USF Dunas USF Progresso UCSP Sta. Cruz do Bispo USF Infesta UCSP S. Mamede
Centro de Saúde de S. Mamede de Infesta
UCC S. Mamede (ECCI S. Mamede) URAP S. Mamede USF Porta do Sol USF Lagoa USF Caravela
Centro de Saúde da Senhora da Hora
Unidade de Cuidados de Enfermagem UCC Senhora da Hora (ECCI Sra. Hora) URAP Senhora da Hora UCSP Matosinhos USF Horizonte
Centro de Saúde de Matosinhos
USF Oceanos UCC Matosinhos (ECCI Matosinhos) URAP Matosinhos
Centro de Diagnóstico Pneumológico - Matosinhos
CDP Matosinhos
Serviço de Atendimento a Situações Urgentes - Matosinhos SASU Matosinhos Unidade de Saúde Pública - Matosinhos
USP Matosinhos
Porto de Leixões - Matosinhos
Sanidade de Fronteiras
Ao nível dos Cuidados de Saúde Hospitalares, a ULSM, E.P.E. exerce funções nos domínios da prestação de cuidados assistenciais diferenciados nas seguintes linhas de atividade:
- Consulta Externa - Internamento - Cirurgia de Ambulatório - Hospital de Dia - Urgência - MCDT
Ao nível do Internamento, e relativamente à capacidade instalada, a ULSM dispõe de 345 camas e de 21 Berços no Internamento de Obstetrícia.
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Destas 345 camas, 8 pertencem ao Serviço de Medicina Intensiva e 13 à Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente (UCIP).
Ao nível do Bloco Operatório, dispõe de um Bloco Central e de um Bloco de Ambulatório, respetivamente com 10 e 3 salas, dotadas de equipamento para cirurgia convencional e laparoscópica e de 20 camas de recobro. Existe ainda um Bloco de Partos no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, com capacidade instalada para 6 salas de parto e uma sala cirúrgica, orientada para a realização de cesarianas urgentes, inaugurada em outubro de 2013.
A Consulta Externa dispõe de 76 gabinetes de consulta médica e de enfermagem, sendo que este espaço foi alvo de obras estruturais e de remodelação no decorrer do ano de 2010.
A Rede de Urgências tem ao dispor um Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica que inclui a Urgência de Ginecologia/Obstetrícia. Dispõe ainda de 16 camas de OBS no Serviço de Urgência. A ULSM integra também a rede UPIP – Urgência Integrada Pediátrica do Porto, e desta forma dispõe de um Atendimento Pediátrico Referenciado, das 08h às 20h.
A área do Hospital de Dia foi objeto de melhorias em 2011, estando equipada com 10 cadeirões e 6 camas.
Dispõe ainda de uma Câmara Hiperbárica, com capacidade para 16 lugares, 8,25 m de comprimento, 2,25 de largura e 2,22 de altura. Possui igualmente uma sala de compressores e sistemas de filtragem do ar com uma bateria de gases frescos e, uma outra sala para instalação de um sistema de combate a incêndios. Esta
câmara
permite
prestar
aos doentes uma
modalidade terapêutica
conhecida
como
Oxigenioterapia Hiperbárica (OTH) que consiste na administração de oxigénio puro (100%) a uma pressão superior à atmosférica (1atm) no seu interior. A OTH tem indicação no tratamento de várias condições médicas e cirúrgicas, agudas ou crónicas, como modalidade primária ou como adjuvante a outros tratamentos. O HPH é o único hospital público em território continental que dispõe deste equipamento e que se encontra perfeitamente habilitado para promover terapêuticas no âmbito da Medina Hiperbárica. As indicações terapêuticas são definidas e revistas com uma periodicidade de 2 anos pelo “European Committee for Hyperbaric Medicine” e pelo “Committee on Hyperbaric Oxygen”.
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Quadro 2 – Capacidade Instalada no HPH Linha de Produção
Internamento
Bloco Central Bloco de Partos Urgência Cirurgia de Ambulatório Hospital de Dia Consulta Externa
MCDT
Outros
Capacidade instalada
Descrição Camas Serviço de Medicina Intensiva Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente Berçário Postos de Hemodiálise Salas - Cirurgia Programada Salas - Cirurgia Urgente Camas Unidade de Recobro Salas de parto Sala cirúrgica para realização de cesarianas Camas de OBS Salas Camas Unidades de Recobro Cadeirões Camas Lugares Câmara Hiperbárica Gabinetes Angiografia Digital Ecografia com doppler Ecografia normal Mamografia convencional Radiologia convencional Radiologia convencional - Equip. móveis Radiologia convencional telecomandada Osteodensitómetro Ressonância Magnética Tomografia Axial Computorizada - Multiplanar Endoscopia Core Lab PACS Esterilização Central Central de Cogeração de Energia Estação de Tratamento de Águas e Resíduos Serviços Farmacêuticos
345 8 13 21 4 8 2 10 6 1 16 3 10 10 6 16 76 2 7 3 1 6 4 2 1 1 2 24 1 1 1 1 1 1
Área da ULSM
A área da ULSM encontra-se dividida da seguinte forma:
Quadro 3 – Área da ULSM por Unidade de Saúde Edifícios (s)
2014 2
Área Bruta (m )
2
Área Útil (m )
Hospital Pedro Hispano
54.400
48.960
ACESM
11.126
10.013
Unidade de Convalescença TOTAL ULSM
636
572
66.162
59.545
2015 Área Bruta (m2) Área Útil (m2) 48.960 54.400 11.126 10.013 65.526
58.973
O Hospital Pedro Hispano é, claramente, o edifício que ocupa a maior área da ULSM, com cerca de 83%. Pág.11 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Área de Cuidados Continuados:
Até 31 de dezembro de 2014, a área de cuidados continuados integrava a Unidade de Convalescença e a Equipa de Cuidados Paliativos. A Unidade de Convalescença, situada nas dependências do Hospital Magalhães Lemos em Matosinhos, dispunha de 22 camas e destinava-se ao internamento de utentes da RNCCI, com previsibilidade até 30 dias consecutivos para tratamento de situações pós-agudas, com necessidade de recuperação intensiva na sequência de internamento hospitalar ou agudização de doença crónica, cujo tratamento não exija recursos e cuidados hospitalares de agudos. A ARS Norte no âmbito da reorganização da RNCCI nesta região comunicou à ULS de Matosinhos o encerramento da Unidade de Convalescença a partir de 31 de dezembro de 2014. Assim, os cuidados continuados de saúde na ULSM continuam a ser assegurados pela Equipa de Cuidados Paliativos.
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03 | CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E SOCIO ECONÓMICA DO CONCELHO DE MATOSINHOS Perfil demográfico
O concelho de Matosinhos localiza-se na Região Norte de Portugal, é um dos nove concelhos que constituem a região do Grande Porto (NUT III) e o 3º mais populoso, a seguir a Vila Nova de Gaia e Porto. Situa-se na orla costeira a norte do rio Douro e é limitado a norte pelo município de Vila do Conde, a nordeste pela Maia, a sul pelo Porto e a oeste tem costa no Oceano Atlântico.
À data do momento censitário, a 21 de março de 2011, a população residente no concelho de Matosinhos era de 175.478 representando cerca de 4,8% da população da região Norte (Fonte: INE). Administrativamente, o concelho de Matosinhos é constituído por 4 agrupamento de freguesias: - União de freguesias de Lavra, Perafita e Santa Cruz do Bispo; - União de freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira; - União de freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora; - União de freguesias de Custóias, Guifões e Leça do Balio. Na década 2001-2011, a população residente no concelho de Matosinhos aumentou 4,4%, um crescimento superior ao da região Norte e de Portugal, com saldos naturais1 e saldos migratórios2 positivos.
Em 2012, e pela primeira vez na história demográfica recente, verifica-se uma diminuição da população residente, situação que se mantém em 2013. Assim, a população residente estimada para 31 de dezembro de 2013 foi de 174.690 habitantes, o que representa um decréscimo de 0,4% face a 2012 (-631 habitantes). Esta variação populacional é explicada por dois fatores que se conjugam: quer o saldo natural, quer o saldo migratório em 2013 foram negativos (de -502 e -129 indivíduos, respetivamente).
1
Saldo Natural é a diferença entre o número de nados vivos e o número de óbitos, num dado período de tempo. Saldo Migratório é a diferença entre o número de indivíduos que entram num território para nele passarem a residir e os que, ao contrário, deixam de residir no mesmo território 2
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Gráfico 1: Estimativas da população residente no concelho de Matosinhos, 20012013
(Fonte: INE) Na figura seguinte está representada a pirâmide etária da população residente no concelho de Matosinhos em 2001 e 2013. Verifica-se um estreitamento da base, que reflete o peso cada vez menor das camadas mais jovens (0 aos 29 anos de idade) e um alargamento do topo da pirâmide, que exprime o aumento nos grupos etários mais idosos (a partir dos 65 anos). Este duplo envelhecimento é justificado pela diminuição da taxa de natalidade e, simultaneamente, pelo aumento da esperança média de vida.
Gráfico 2: Pirâmides etárias no concelho de Matosinhos, 2001 e 2013
O índice de envelhecimento3 (127,1 idosos por cada 100 jovens) tem aumentado de forma mais acentuada do que na Região Norte e Continente e, em 2013 foi superior ao valor da RN (125,3). A esperança média de vida ao nascer4 no concelho de Matosinhos tem aumentado em ambos os sexos, fixando-se em 80,9 anos no triénio 2010-2012, valor idêntico ao da Região Norte (79,7). A taxa bruta de natalidade tem apresentado uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos, sendo de 8,1 nados vivos por cada 1000 habitantes no concelho de Matosinhos em 2012, valor superior à região Norte (7,8), e equivalente ao do Continente no mesmo período (8,1). 3
(Número de pessoas com 65 ou mais anos /Número de pessoas com menos de 15 anos) x 100 Número médio de anos que uma pessoa, à nascença, pode esperar viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades observadas no momento 4
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A taxa de mortalidade infantil, que é um dos principais indicadores de desenvolvimento humano, tem apresentado uma tendência decrescente nos últimos anos. Em 2012 este indicador assumia o valor de 2,8‰ no concelho de Matosinhos e RN, inferior ao valor de 3,3‰ observado no Continente. Um indicador relevante na análise demográfica é o índice sintético de fecundidade5. A tendência deste indicador tem sido decrescente ao longo dos últimos anos e, em 2012, apresentou o valor de 1,17 no concelho de Matosinhos, de 1,15 na região Norte e de 1,29 no Continente, afastando-se do valor 2,1, que permite a substituição de gerações.
Perfil socioeconómico
Os fatores socioeconómicos são dos principais determinantes da saúde da população, sendo que um dos indicadores socioeconómicos considerados mais importantes é a taxa de desemprego. No concelho de Matosinhos, o número de desempregados inscritos no IEFP diminuiu entre 2013 e 2014. Ainda assim, o número de desempregados inscritos no IEFP por mil habitantes (81,3/1.000 habitantes) apresenta um valor superior ao da Região Norte (81,2) e Continente (66,5). Em 2012, no concelho de Matosinhos, existiam cerca de 73 beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) por cada 1000 habitantes em idade ativa, valor bastante superior ao do Continente (45,2‰) e Região Norte (53,9‰).
Quadro 4: Indicadores de desemprego e apoio social, 2013 Desem prego N.º inscritos no IEFP
Variação hom óloga (%) desem p. inscritos no IEFP
Rendim ento Social de Inserção [a.]
Desem pregados inscritos no IEFP / 1000 habitantes (15+ anos)
Continente
654.569
564.312
-3,1
-13,8
76,9
66,5
Proporção da população (‰,15+ anos) 385.836 45,2
ARS Norte
291.621
253.480
-1,3
-13,1
93,2
81,2
168.824
53,9
13.556
12.224
5,2
-9,8
90,0
81,3
10.953
72,7
Homens
6.766
6.038
-
-
-
-
-
-
Mulheres
6.790
6.186
-
-
-
-
-
-
Local de Residência
ULS Matosinhos
dez-2013
dez-2014
dez-2013
dez-2014
dez-2013
Número de benef iciários
dez-2014
Fonte: ORS, INE, IEFP
O nível de escolaridade da população melhorou entre os Censos 2001 e 2011, e é superior ao da Região Norte e do Continente. A taxa de analfabetismo (3,2%) é inferior à média regional e do Continente.
O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem (1.137,1€ em 2011) é superior ao da RN (949,1€). O mesmo se verifica com o poder de compra per capita. A proporção de pensionistas (315,9/1000 habitantes de 15 e mais anos) tem vindo a aumentar, mas é, ainda, inferior à observada na RN (322,2) e no Continente (340,9), A taxa de criminalidade (27,0/1000 habitantes) tem vindo a diminuir, mas sempre superior à da RN.
5 Número médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade). O número de 2,1 crianças por mulher é considerado o nível mínimo para assegurar a substituição de gerações, nos países mais desenvolvidos.
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O setor terciário é o principal setor de atividade (78,6%), com valores superiores aos da Região Norte (61,6%) e do Continente (70,2%), observando-se um aumento no período intercensitário 2001-2011.
As infraestruturas ambientais abrangem toda a população e apresentam valores acima da média da RN: 100% é servida por sistemas públicos de abastecimento de água, 100% por sistemas de drenagem de águas residuais e 89% por estações de tratamento de águas residuais.
Perfil de saúde da população
Perfil de mortalidade
Na região Norte a mortalidade proporcional e a taxa bruta de mortalidade em todas as idades e em ambos os sexos apresentam variações relevantes entre os triénios 2001-2003 e 2008-2010, com um decréscimo dos óbitos por Doenças do Aparelho Circulatório e um aumento dos óbitos por Tumores Malignos, que são a principal causa de morte, com 29,1% dos óbitos ocorridos. As doenças cerebrovasculares continuam a ser a principal causa de morte específica, quando consideramos todas as idades. As doenças do aparelho respiratório também tiveram um aumento significativo entre 2001 e 2010, sobretudo os óbitos por Pneumonia.
Gráfico 3: Mortalidade proporcional (%)por causas de morte específicas, na ULS Matosinhos, todas as idades, ambos os sexos, 2008-2010
(Fonte: ARSN)
Ainda para todas idades e por sexo, observa-se que, nas mulheres, ao inverso do que acontece nos homens, as doenças do aparelho circulatório surgem como principal causa de morte, seguidos dos tumores malignos. Quando se considera a mortalidade prematura, ou seja os óbitos ocorridos até aos 65 anos, no triénio 2008-2010, verifica-se que é o grupo dos óbitos por tumores malignos o que apresenta um maior peso relativo, com 44,4% dos óbitos, seguindo-se as doenças do aparelho circulatório com 11%.
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Na análise por sexo e para o triénio 2008-2010, as principais causas específicas de mortalidade nos homens são o Tumor Maligno da Traqueia, Brônquios e Pulmão (13,5% dos óbitos masculinos), o HIV/SIDA (5,5% dos óbitos) e a Doença Isquémica do Coração (5,2%). Nas mulheres, as três principais causas surgem 3 tumores malignos (TM): TM da Mama (com 7,8% dos óbitos femininos), TM do Cólon e Reto (5,8%) e TM Traqueia, Brônquios e Pulmão (5,8%).
Gráfico 4: Mortalidade proporcional
Gráfico 5: Mortalidade proporcional
(%) por causas de morte específicas,
(%) por causas de morte específicas,
na ULS Matosinhos, 0-64 anos, sexo
na ULS Matosinhos, 0-64 anos, sexo
masculino, 2008-2010 (Fonte: ARSN)
feminino, 2008-2010 (Fonte: ARSN)
No triénio 2009-2011, a taxa de mortalidade padronizada pela idade, na população com idade inferior a 75 anos, apresenta, para algumas das causas de morte, valores significativamente superiores aos da Região Norte. Destacam-se, pela negativa, as doenças infeciosas e parasitárias, com evidência para o VIH/SIDA, e os tumores malignos, sobretudo o tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, com valores significativamente superiores aos da RN.
Pela positiva destacam-se os acidentes de viação com veículos a motor, em que o risco de morrer em Matosinhos é inferior ao da região Norte.
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Quadro 5: Taxa de mortalidade padronizada (/100000 habitantes) no triénio 2009-2011 (média anual), na população com idade inferior a 75 anos e por sexo Grandes grupos de causas de morte
ULS Matosinhos HM
H
M
275,6
391,5
174
Sintomas, sinais e achados anormais não classificados
27,9
47,5
10,6
Algumas doenças infeciosas e parasitárias
14,5
21,9
7,9 0,3
Todas as causas
Tuberculose
0,7
1,1
VIH / sida
7,9
13,3
3,1
120,5
175,3
72,9
Tumores malignos Tumor maligno do lábio, cavidade oral e faringe Tumor maligno do aparelho digestivo e peritoneu
6,3
13,1
0,3
42,3
61,7
25,4 0,8
4,1
7,7
Tumor maligno do estômago
12,8
19,5
7
Tumor maligno do cólon e reto
12,2
15,6
9,5
Tumor maligno do esôfago
Tumor maligno do pâncreas
Tumor maligno do aparelho respiratório Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão
Tumor maligno dos ossos, pele e mama Tumor maligno da mama (feminina)
6,6
9,4
4,2
32,9
60,7
8,9
29,2
52,9
8,9
9,2
3
14,5 11,6
NA
NA
11,2
14,7
8,2
NA
NA
1,3
Tumor maligno da próstata
NA
6,5
NA
Tumor maligno da bexiga
2,9
5,5
0,6
Tumor maligno de outras localizações e de local. não esp.
9,9
12,8
7,6
Tumor maligno do tecido linfático e orgão hematopoéticos
6,6
6,5
6,7
10,2
11,3
9,4
Tumor maligno dos órgãos geniturinários Tumor maligno do colo do útero
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas Diabetes Mellitus
Doenças do aparelho circulatório Doença isquémica do coração Doenças cerebrovasculares
Doenças do aparelho respiratório Pneumonia Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)
Doenças do aparelho digestivo Doença crónica do fígado e cirrose
Causas externas de mortalidade Acidentes de transporte Acidentes de veículos a motor
Lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídios)
8,6
9,8
7,5
42,5
55,5
31,1
13
19,5
7,3
17,3
21,7
13,5
15,3
23,6
8,2
4,5
5,3
3,9
5,5
11
0,8
15,3
21,5
9,8
8,3
12,4
4,7
11,8
17,2
6,9
2,5
4
1,2
2,5
4
1,2
3,1
4,4
1,9
Perfil de morbilidade
A população que se tomou como referência para a elaboração dos indicadores relacionados com a morbilidade nos Cuidados de Saúde Primários, foi a dos utentes inscritos durante o ano 2013, assim, as taxas calculadas, incluindo as de prevalência, fazem referência a esse período e a essa população concreta. Considerando as patologias crónicas específicas, a mais prevalente, tanto nos homens como nas mulheres, durante o período estudado, foi a Hipertensão (com e sem complicações), registandose 193,3 casos por mil inscritos nos homens e 228,9 casos por mil inscritos nas mulheres, seguido das alterações do metabolismo dos lípidos, com 189,5/1000 homens inscritos e 192,1/1000 mulheres inscritas. Pág.18 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
No sexo feminino destacam-se ainda as perturbações depressivas (128,8/1000 inscritas), que surgem, em 3º lugar na lista de problemas.
Gráfico 6: Problemas de saúde crónicos específicos mais prevalentes nos Cuidados de Saúde Primários, segundo o sexo, taxas por mil inscritos, ULS Matosinhos 2013 (Fonte: SIARS)
As taxas de incidência de sida e da infeção VIH têm diminuído de forma acentuada desde 2000, sendo de 7,4 por 100 mil habitantes apesar de continuar a apresentar valores superiores aos da RN (4,7). Embora também tenha diminuído de forma acentuada desde 2000, a taxa de incidência de tuberculose (37,0/105 habitantes) ainda ultrapassa os valores da RN (27,2) e do Continente (23,6).
Gráfico 7:
Gráfico 8:
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Morbilidade hospitalar
Em 2008, as principais causas de internamento hospitalar dos residentes no concelho de Matosinhos relacionaram-se com as doenças do aparelho circulatório (13,7%), a gravidez, parto e puerpério (13,6%), e as doenças do aparelho digestivo e respiratório. O padrão de internamento da população residente em Matosinhos é muito semelhante à da região Norte.
Quadro 6: Morbilidade hospitalar proporcional por grandes grupos de causas de internamento e respetiva ordenação, 2008 (Fonte: ARSN) Causa de internamento
Região Norte %
Ordem
Matosinhos %
ordem
Doenças do aparelho circulatório
13,6
1
13,7
1
Gravidez, parto e puerpério
12,8
3
13,6
2
Doenças do aparelho digestivo
12,9
2
11,7
3
Doenças do aparelho respiratório
12,2
4
10,9
4
Outras causas
8,7
5
9,0
5
Tumores malignos
6,8
8
8,2
6
Lesões e envenenamentos
8,6
6
8,1
7
Doenças do aparelho geniturinário
7,8
7
7,7
8
Doenças do sistema osteomuscular
6,1
9
6,5
9
Doenças endócrinas, nutric. e metabólicas
2,9
10
3,0
10
Neoplasias benignas ou desconhecidas
2,4
13
2,9
11
Transtornos mentais e comportamentais
2,6
12
2,4
12
Doenças infecciosas e parasitárias
2,6
11
2,4
13
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Na análise das taxas de internamento padronizada por causas específicas, para ambos os sexos e todas as idades, destacam-se com valores significativamente superiores aos da Região Norte: - Doença isquémica do coração - VIH/sida - Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão - Suicídios e lesões auto provocadas.
Nos homens destacam-se ainda as taxas de internamento por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), por tumor maligno da bexiga e por tumores malignos do tecido linfático e órgãos hematopoéticos.
Quadro 7: Taxa de internamentos padronizada (/100000 habitantes) para todas as idades, para algumas causas de internamento específicas, por sexo, 2008 (Fonte: ARSN)
Principais determinantes de saúde
Nos determinantes da saúde destaca-se a proporção de inscritos com diagnóstico ativo por abuso do tabaco, seguido pelo excesso de peso, apresentando valores superiores aos da RN e do Continente, sendo maior no sexo masculino em relação ao feminino.
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Quadro 8: Proporção de inscritos (%) por diagnóstico ativo, dezembro 2013 (ordem decrescente) Diagnóstico
ativo
(ICPC-2)
Continente HM
H
ULS
ARS Norte
M
HM
H
Matosinhos
M
HM
H
M
Abuso do tabaco (P17)
6,8 8,3
5,5
9,2 12,3 6,4
14,2 17,7 11,2
Excesso de peso (T83)
3,9 4
3,8
4,7 4,9
4,6
8,2
8,5
8
1
1,8
0,2
1,3 2,3
0,4
1,2
2,2
0,3
0,3 0,4
0,2
0,4 0,5
0,3
0,4
0,6
0,3
Abuso crónico do álcool (P15) Abuso de drogas (P19)
Os cuidados de saúde são, também, fatores determinantes da saúde. A Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE., é a entidade que tem por missão garantir à população da região do concelho de Matosinhos o acesso à prestação de cuidados de saúde. A ULSM é constituída pelos Cuidados de Saúde Hospitalares, assegurados pelo Hospital Pedro Hispano, e pelos Cuidados de Saúde Primários, assegurados pelo Agrupamento de Centros de Saúde, isto é, Unidades de Saúde Familiar (10), Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (4), Unidades de Cuidados na Comunidade, Unidade de Saúde Pública (1) e Centro de Diagnóstico Pneumológico (1).
Em 31 de dezembro de 2014 encontravam-se inscritos na ULSM, 176.911 utentes (83.323 do sexo masculino e 93.588 do sexo feminino), dos quais 97,7% possuíam médico de família. A estrutura etária desta população seguia a da população residente no concelho de Matosinhos aquando do Censos 2011.
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04 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A ULSM, E.P.E. é uma pessoa coletiva de direito público, pertencente ao Setor Empresarial do Estado, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
A estrutura organizacional da ULSM é constituída pelos Órgãos Sociais, Serviço de Auditoria Interna, Comissões e Níveis de Gestão Intermédia, cuja composição e competências estão definidas no Regulamento Interno da ULSM, homologado em 2 de setembro de 2013.
Os Órgãos Sociais da ULSM integram os seguintes elementos: Conselho de Administração; Fiscal Único; Conselho Consultivo.
Em conformidade com o Artigo 5ª, Secção II do Capítulo 2, do Regulamento Interno, o Conselho de Administração é composto pelo Presidente e o máximo de quatro Vogais Executivos, sendo um deles, médico e outro enfermeiro.
Em dezembro de 2014, a composição do Conselho de Administração era a seguinte: Dr. Victor Emanuel Marnoto Herdeiro – Presidente do Conselho de Administração Dra. Maria Beatriz da Silva Duarte Vieira Borges – Vogal Executiva Dra. Teresa Cristina Vaz Fernandes – Vogal Executiva Dra. Ana Paula Simão Oliveira – Diretora Clínica Mestre Maria Margarida Leitão Filipe – Enfermeira Diretora
Na estrutura central da ULSM. E.P.E., o Conselho de Administração é apoiado pelo Fiscal Único, o órgão responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e boa gestão financeira e patrimonial da ULSM, nomeado por Despacho do Ministro das Finanças, por um período de três anos, neste caso, a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas “Santos Carvalho & Associados, SROC, SA”. O Conselho Consultivo é o órgão que estabelece a ligação entre a ULSM e a comunidade que ela serve conforme Decreto-Lei nº 233/2005 de 29 de dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 12/2015 de 26 de janeiro, o qual procede à harmonização dos estatutos das ULS, E.P.E., pelo regime jurídico aplicável às entidades do setor público empresarial aprovado pelo Decreto-Lei nº 133/2013 de 3 de outubro. O Presidente do Conselho Consultivo, Doutor Manuel Ferreira de Oliveira, foi nomeado em 22 de Agosto de 2014, tendo a primeira reunião decorrido em 22 de Dezembro. Estiveram presentes os representantes da Câmara Municipal de Matosinhos, da Administração Regional de Saúde do Norte, da Liga dos Amigos do Hospital de Matosinhos – que representa os utentes - do Grupo de Voluntariado, das escolas, do Centro Distrital da Segurança Social, bem como um representante dos trabalhadores da ULSM.
O Conselho de Administração é coadjuvado por comissões ou órgãos de apoio técnico, entre eles: Comissão de Catástrofe; Pág.23 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Comissão de Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos; Comissão de Coordenação Oncológica; Direção de Enfermagem; Comissão de Ética; Comissão de Farmácia e Terapêutica; Comissão Médica; Comissão de Normalização do Equipamento e Material de Consumo; Comissão de Promoção do Aleitamento Materno; Comissão de Qualidade e Segurança do Doente; Comissão Técnica de Certificação para IVG; Comissão Transfusional; Conselho Técnico dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica; Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco; Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do ACESM; Comissão do Processo Clínico; Grupo Coordenador do Programa Anti Tuberculose; Grupo de Gestão de Resíduos; Grupo Coordenador para a Abordagem da Violência contra os Profissionais de Saúde no Local de Trabalho.
Na ULSM, E.P.E. existe ainda um Serviço de Auditoria Interna, designado pelo Conselho Administração, a quem compete a avaliação dos processos de controlo interno e de gestão de riscos, nos domínios contabilístico, financeiro, operacional, informático e de recursos humanos, contribuindo para o seu aperfeiçoamento contínuo. Ao Serviço de Auditoria Interna compete, em especial, fornecer ao CA análises e recomendações sobre as atividades revistas para a melhoria do funcionamento dos serviços; receber as comunicações de irregularidades sobre a organização e funcionamento
da
ULSM
apresentadas
pelos
demais
órgãos
estatutários,
trabalhadores,
colaboradores, utentes e cidadãos em geral; elaborar o plano anual de auditoria interna e elaborar anualmente um relatório sobre a atividade desenvolvida.
A Direção do Serviço de auditoria interna compete a um Auditor Interno, que exerce as respetivas funções pelo período de cinco anos, renovável por iguais períodos, até ao limite máximo de três renovações consecutivas ou interpoladas, e que é apoiado tecnicamente nas suas funções por um máximo de três técnicos auditores.
De acordo com o previsto no Regulamento Interno, e conforme Organigrama que se junta, a ULSM dispõe das seguintes categorias de serviços, articulados de forma a proporcionarem cuidados de saúde
centrados nas
necessidades
específicas dos
utentes,
promovendo
a
integração
e
continuidade de cuidados.
Cuidados de Saúde Primários: Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) de Matosinhos: o Centro de Saúde de Leça da Palmeira: USF Leça; USF Maresia; Pág.24 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
USF Dunas; USF Progresso; UCSP Santa Cruz; UCC Leça. o Centro de Saúde de Matosinhos: USF Horizonte; USF Oceanos; UCSP Matosinhos; UCC Matosinhos. o Centro de Saúde da Senhora da Hora: USF Caravela; USF Lagoa; UCC Senhora da Hora; Unidade Cuidados Enfermagem. o Centro de Saúde de S. Mamede de Infesta: USF Infesta; USF Porta do Sol; UCSP S. Mamede; UCC S. Mamede. o CDP - Centro de Diagnóstico Pneumológico; o Unidade de Saúde Pública – Unidade de Sanidade e Fronteiras; o URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados; o SASU – Serviço de Atendimento a Situações Urgentes.
Cuidados Hospitalares: o Departamento de Ambulatório; o Departamento de Anestesia; o Departamento de Cirurgia; o Departamento de Emergência e Medicina Intensiva; o Departamento de MCDT´s; o Departamento de Medicina; o Departamento da Mulher, Criança e Jovem; o Departamento de Saúde Mental.
Cuidados Continuados: o Equipa de Cuidados Paliativos.
Área de Suporte à Prestação de Cuidados: o Serviços Farmacêuticos; o Serviço de Nutrição; o Serviço Social; o Serviço de Esterilização Central.
Pág.25 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Área de Gestão e Logística: o Departamento de Gestão de Recursos Humanos e Gestão Documental: Serviço de Gestão de Recursos Humanos; Serviço de Gestão Documental; Centro de Formação. o Departamento de Compras e Logística: Serviço de Compras; Serviço de Logística. o Serviços Hoteleiros; o Serviço de Instalações e Equipamentos; o Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação; o Serviço de Gestão Financeira; o Serviço de Planeamento e Controlo de Gestão; o Serviço de Estudos e Gestão de Informação Científica (SEGIC); o Gabinete de Contratualização; o Gabinete da Qualidade; o Gabinete do Cidadão; o Centro de Ensaios Clínicos; o Gabinete de Saúde Ocupacional; o Gabinete de Codificação; o Gabinete de Comunicação e Relações Públicas; o Gabinete Jurídico; o Gabinete de Segurança e Gestão de Risco; o Gabinete de Gestão da Documentação Clínica; o Gabinete de Simplificação e Reengenharia de Processos; o Gabinete de Ensino Médico Pré-Graduado; o Gabinete de Acompanhamento às Tecnologias de Informação e Comunicação (GATIC); o Equipa de Gestão de Altas; o Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos em Cirurgia (UHGIC); o Unidade Hospitalar de Consulta a Tempo e Horas (UHCTH); o Internato Médico; o Conselho Coordenador de Avaliação (CCA).
A
organização
dos
preferencialmente,
serviços
em
da
Área
Departamentos.
Clínica Estes
Hospitalar são
da
unidades
ULSM,
E.P.E.
descentralizadas,
estrutura-se, dotadas
de
autonomia nos termos das suas competências, com objetivos específicos e um conjunto de meios materiais e humanos que permitem aos responsáveis do Departamento realizar o seu programa de atividade com a maior autonomia possível, melhorando a acessibilidade, qualidade, produtividade, eficiência e a efetividade da prestação de cuidados de saúde. Constituem desta forma estruturas orgânicas de gestão intermédia, agrupando serviços e unidades funcionais, possibilitando-se a desconcentração da tomada de decisão nos termos e no âmbito dos contratos-programa previamente contratualizados com o Conselho de Administração da ULSM.
Pág.26 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Organigrama da ULSM
PĂĄg.27 de 69 Unidade Local de SaĂşde de Matosinhos
05 | SUBFINANCIAMENTO DA ULSM
A. Situações de Subfinanciamento O concelho de Matosinhos tem uma população residente de 175.478 habitantes, (censos 2011), fator que determina o valor do contrato-programa da ULSM. Contudo, por via da referenciação direta para o Hospital Pedro Hispano (HPH) dos Utentes dos concelhos da Póvoa do Varzim e Vila do Conde, a ULSM serve, diretamente, uma população de 318.419 habitantes. É a única ULS do país inserida em meio urbano, numa grande área metropolitana, a única que possui um Hospital que é referência direta para Utentes fora da sua área de abrangência, a única que possui um Serviço de Infeciologia e, ainda, a única Instituição do SNS, ao nível do continente, que dispõe de uma Câmara Hiperbárica. Estes quatro fatores produzem uma elevada dinâmica ao nível do fluxo de doentes de fora da área de abrangência, com um impacto direto e significativo nos custos, e cujo modelo atual de financiamento das ULS’s não capta na totalidade. Por estes motivos, a USLM encontra-se subfinanciada pelo valor médio anual de aproximadamente 9,1 Milhões de euros:
1.
Apesar de o HPH ser, no âmbito das regras de referenciação existentes, obrigado a assistir,
em várias especialidades, os Utentes da Póvoa do Varzim e Vila do Conde com a mesma prioridade dos Utentes de Matosinhos, os GDH’s dos Utentes destes dois concelhos não são financiados a 100% mas sim a 85% como resulta do modelo atual de financiamento das ULS’s. Resulta igualmente deste modelo, que a atividade que não gera GDH não é captada pela fórmula de cálculo do fluxo de doentes entre Instituições, o que significa que esta produção não é financiada nem ao Centro Hospitalar da Póvoa do Varzim/Vila do Conde nem à ULSM, revertendo para esta um défice financeiro significativo, já que a atividade, e respetivos encargos, são por ela suportados.
Em resultado deste facto, o subfinanciamento apurado é de 3,3 Milhões de euros.
CÁLCULO FLUXO DE DONTES PÓVOA DE VARZIM E VILA DO CONDE 2011 / 2014 2011 Doentes Saídos Valorização Preços das portarias em vigor Valorização 15% GDH Ambulatório PV / VC
2012
1.953
4.952.481,70 €
5.698.031,02 €
5.840.058,28 €
742.872,26 €
854.704,65 €
876.008,74 €
1.747.065,62 €
Valorização 15% Total Subfinanciado (15%)
Previsão 2014
1.782
1.615
Valorização Preços das portarias em vigor
2013
1.636
1.919 2.140.297,50 €
2.359 1.637.689,94 €
1.970 6.113.530,18 € 917.029,53 € 2.626 2.114.954,00 €
262.059,84 €
321.044,63 €
245.653,49 €
317.243,10 €
1.004.932,10 €
1.175.749,28 €
1.121.662,23 €
1.234.272,63 €
Média subfinanciamento anual
1.134.154,06 €
Fonte: Business Intelligence ULSM, 21.01.2015
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CÁLCULO ALTAS URGÊNCIA UTENTES PÓVOA DE VARZIM E VILA DO CONDE 2011 / 2014 2011 2012 2013 2014 CONCELHO Núm. Altas POVOA DE VARZIM
1280
1392
1460
VILA DO CONDE
3072
3115
3440
Preços Contratos-Programa
66,35 61,04 56,16 Valorização preços Contratos-Programa
CONCELHO POVOA DE VARZIM
1761 3670 53,91
84.928,00 €
84.967,68 €
81.993,60 €
94.935,51 €
203.827,20 € 288.755,20 €
190.139,60 € 275.107,28 €
193.190,40 € 275.184,00 €
197.849,70 € 292.785,21 €
Média subfinanciamento anual
282.957,92 €
VILA DO CONDE Total
Fonte: Business Intelligence ULSM, 21.01.2015
CÁLCULO FLUXO CONSULTAS EXTERNAS UTENTES PÓVOA DE VARZIM E VILA DO CONDE 2011 / 2014 2011 Nº Primeiras Consultas
CONCELHO
2012
Nº Consultas Subsequentes
Nº Primeiras Consultas
2013
Nº Consultas Subsequentes
Nº Primeiras Consultas
2014
Nº Consultas Subsequentes
Nº Primeiras Consultas
Nº Consultas Subsequentes
POVOA DE VARZIM
3.140
6.465
3.042
6.787
3.590
7.987
4.453
8.962
VILA DO CONDE
5.246
10.585
5.082
10.682
5.912
11.967
7.402
13.830
Valorização preços CP 2011 Nº Primeiras Consultas Preços CP
2012
Nº Consultas Subsequentes
Nº Primeiras Consultas
2013
Nº Consultas Subsequentes
Nº Primeiras Consultas
2014
Nº Consultas Subsequentes
Nº Primeiras Consultas
Nº Consultas Subsequentes
73,92 €
67,20 €
53,08 €
48,25 €
45,40 €
45,40 €
43,58 €
43,58 €
POVOA DE VARZIM
232.108,80 €
434.448,00 €
161.469,36 €
327.472,75 €
162.986,00 €
362.609,80 €
194.061,74 €
390.563,96 €
VILA DO CONDE
387.784,32 €
711.312,00 €
269.752,56 €
515.406,50 €
268.404,80 €
543.301,80 €
322.579,16 €
602.711,40 €
1.030.813,00 € 624.260,42 € 1.186.365,85 € 1.810.626,27 €
536.809,60 €
1.086.603,60 €
645.158,32 €
1.205.422,80 €
Total
775.568,64 € 1.422.624,00 € 539.505,12 € Média Subfinaciamento anual 1ªas consultas Média Subfinaciamento anual consultas subsequentes Total
Fonte: Business Intelligence ULSM, 21.01.2015
ESPECIALIDADE HDI
CÁLCULO FLUXO DE DOENTES HOSPITAL DE DIA UTENTES PÓVOA DE VARZIM E EVILA DO CONDE 2011 / 2014 2011 2012 2013 2014 2011 2012 2013
H.DIA INFECCIOLOGIA H.DIA OUTROS
Núm. Sessões
Previsão 2014
Valorização Preços CP
2
2
9
5
1.035,28 €
993,86 €
188,82 €
100,70 €
374
536
616
742
9.450,98 €
13.003,36 €
12.923,68 €
14.943,88 €
H.DIA HEMOTERAPIA
73
65
93
104
26.884,44 €
22.980,75 €
28.434,75 €
30.526,08 €
H.DIA HEMATOLOGIA
73
106
115
143
26.884,44 €
37.476,30 €
35.161,25 €
41.973,36 €
435
307
248
274
10.992,45 €
7.447,82 €
5.203,04 €
5.518,36 €
5
5
19
7
126,35 €
121,30 €
398,62 €
140,98 €
15
- €
514,22 €
- €
457,35 €
3
379,05 €
- €
167,84 €
60,42 €
75,81 €
48,52 €
83,92 €
- €
H.DIA MED.HIPERBARICA H.DIA MEDICINA H.DIA PSIQUIATRIA
14
H.DIA IMUNOALERGOLOGIA
15
8
H.DIA QUIMIOTERAPIA
3
2
4
H.DIA PEDIATRICO
6
38
14
28
151,62 €
921,88 €
293,72 €
563,92 €
H.DIA NEUROLOGIA
8
12
16
9
202,16 €
291,12 €
335,68 €
181,26 €
1
0
- €
- €
20,98 €
- €
17
9
126,35 €
388,16 €
356,66 €
181,26 €
0
- €
24,26 €
- €
- €
1.160
1.339
76.233,12 €
84.138,77 €
83.485,04 €
94.647,57 €
H.DIA PALIATIVOS H.DIA NEFROLOGIA
5
16
999
1.104
H.DIA CARDIOLOGIA
1
Total geral
Média Subfinanciamento anual
84.626,13 €
Fonte: Business Intelligence ULSM, 21.01.2015
Salientamos que desde 2008, ano em que o modelo de financiamento da ULSM foi aletrado para capitação, os custos incorridos com as prestações de serviços de saúde, realizadas aos Utentes provenientes destes concelhos, totalizam aproximadamente 26 Milhões de Euros.
2.
Relativamente à área do Medicamento e concretamente sobre as patologias que são
abrangidas
pelo
contrato-programa
previstas
na
circular
normativa
–
anexo
I,
nº
13/2014/DPS/ACSS de 06/02/2014, (que como se sabe, não inclui HIV/SIDA), cumpre-nos igualmente referir que, neste âmbito a ULSM incorre num custo médio anual de 2,4 Milhões de Euros com medicamentos cedidos em farmácia hospitalar (média apurada entre o ano de 2011 até à data). Pág.29 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Incluído neste valor, 1,3 Milhões de euros respeitam a medicamentos cedidos aos Utentes de Matosinhos, 463 mil cedidos a Utentes provenientes da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e 718 mil cedidos a Utentes residentes noutros concelhos de Norte a Sul do País.
Medicamentos Cedidos em Farmácia Hospitalar
Custo total 2011/2014
Média anual
Matosinhos
5.332.217,99 €
1.366.755,31 €
PVVC
1.807.546,00 €
463.310,60 €
Outos concelhos
2.801.954,00 €
718.197,48 €
Total concelhos
9.941.717,99 €
2.548.263,39 €
Novamente referindo o facto de a ULSM ser financiada por capitação, e apenas pelos residentes do concelho de Matosinhos, mais uma vez concluímos por um subfinanciamento que ronda os 1,18 Milhões de euros por ano, no que concerne aos medicamentos cedidos aos Utentes provenientes de PVVC, para os quais a ULSM é referência direta, (cerca de 463 mil euros) bem
como
provenientes
de
outros
concelhos,
(718
mil
euros),
cujo
modelo
de
financiamento atual das ULS também não capta, nomeadamente através do fluxo de doentes.
3.
Outro aspecto importante prende-se com o facto de nunca ter sido actualizado o número de
habitantes do concelho de Matosinhos nos contratos-programa, em conformidade com o último censos de 2011, ou seja 175.478 habitantes e não 174.931 como vem sendo referido nas minutas dos contractos, desde 2011, (concretamente nos anos de 2012 e 2014). Tal situação, gera igualmente um défice de financiamento em cada ano, sendo que totaliza já 589.666 euros:
Capita vs. Residentes 2012 / 2014 Censos 2011 2012 Valor per capita CP Nº de habitantes CP Valor CP Diferença nº habitantes Valor em falta CP Total em falta
4.
557,00 € 174.931 97.522.127,00 €
2013 540,00 € 175.478 94.791.507,00 €
547 304.679,00 €
0 -
€
175.478 2014 521,00 € 174.931 91.473.804,00 € 547 284.987,00 €
589.666,00 €
No que respeita à actividade de Infecciologia, a ULSM tem em tratamento de VIH/SIDA
cerca de seis vezes mais Utentes (incluindo dos concelhos da Póvoa do Varzim e Vila do Conde) que a média das outras ULS’s, assumindo um gasto anual de 5,5 Milhões de euros só em medicamentos cedidos a Utentes a efetuar TARV (terapêuticas antiretrovíricas). Como o cálculo do fluxo de doentes também não capta os encargos com medicamentos cedidos em farmácia hospitalar, resulta daqui claro um subfinanciamento para a ULSM, corresponde aquele montante. Refira-se que a ULSM já incorre neste subfinanciamento, desde 2008, sendo que os custos assumidos neste âmbito até à presente data, totalizam cerca de 33 Milhões Euros.
Pág.30 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Neste ano de 2014, foi atribuída à ULSM uma verba no valor de 5.500.000€, decisão esta da Tutela que faz face a parte do subfinanciamento acima referido, para este exercício económico em curso. Tal
decisão
configura
um
reconhecimento
por
parte
da
Tutela
desta
componente
do
subfinanciamento da ULSM, e com a qual nos congratulamos. Para este ano de 2015, o mesmo montante de 5,5 Milhões de euros, já se encontra incluído no valor capitacional a atribuir à ULSM, em conformidade com a Metodologia para definição de preços e fixação de objectivos, documento emitido
pela
ACSS
em
Julho
de
2014,
disponível
em
http://www.acss.min-
saude.pt/Portals/0/Metodologia_HH_ULS_2015.pdf.
B. Evolução da atividade assistencial
Pese embora as situações de subfinanciamento acima elencadas, a performance económica da ULSM tem evoluído favoravelmente e, apesar da forte redução do financiamento nos últimos anos, a actividade assistencial tem vindo a aumentar, desde 2010, gerando consecutivos ganhos de acessibilidade: Linhas de Actividade Cuidados de Saúde Hospitalares - PRODUÇÃO TOTAL
Consulta Externa
dez-10
dez-11
dez-12
dez-13
dez-14
Variação % 2010/2014 14,8%
225.780
233.803
233.178
242.825
259.147
Primeiras
69.516
71.967
69.785
70.081
74.527
7,2%
Subsequentes
156.264
161.836
163.393
172.744
184.620
18,1%
Internamento - Doentes Saídos
17.172
16.018
16.486
16.937
17.327
0,9%
GDH's Médicos
10.430
9.734
10.055
10.651
11.034
5,8%
GDH's Cirúrgicos
-6,7%
6.742
6.284
6.431
6.286
6.293
GDH's Cirúrgicos Programados
4.260
4.174
4.391
4.267
4.211
-1,2%
GDH's Cirúrgicos Urgentes
2.482
2.110
2.040
2.019
2.082
-16,1%
GDH's de Ambulatório GDH's Médicos GDH's Cirúrgicos
7.191
8.877
9.862
10.451
12.591
75,1%
3.211
4.115
3.814
4.472
5.659
76,2% 74,2%
3.980
4.762
6.048
5.979
6.932
Nº Atendimentos Urgentes (sem internamento)
79.549
77.231
70.136
72.248
76.155
-4,3%
Hospital de Dia (Sessões)
9.825
9.759
9.339
10.572
11.683
18,9%
Sessões de Hematologia
34
318
198
168
240
605,9%
Sessões de I muno-Hemoterapia
675
517
413
535
437
-35,3%
Sessões de I nfecciologia
69
56
40
98
116
68,1%
Sessões de Pediatria
94
166
312
420
709
654,3%
Sessões de Psiquiatria
86
310
2
520
1.025
1091,9%
8.867
8.392
8.374
8.831
9.156
3,3%
Diagnóstico Pré - Natal - Protocolo I
888
877
847
911
959
8,0%
I G até 10 semanas - Medicamentosa
219
231
194
192
201
-8,2%
VI H / Sida (nº de doentes)
nd
n.d
666
685
682
nd
Nº Consultas de Apoio à Fertilidade (1ªs consultas)
284
84
82
94
114
-59,9%
Nº I nduções de ov ulação
nd
71
77
85
132
nd
Outras Sessões Programas de Saúde
Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade
Globalmente, todas as linhas de produção hospitalar apresentam crescimento significativo, entre 2010 e 2014, com especial destaque para as consultas externas, actividade de ambulatório médico e cirúrgico, bem como ao nível da actividade de hospital de dia. De referir que o acréscimo significativo da actividade de ambulatório médico, entre 2010 e 2014, é justificado nomeadamente pelo aumento da actividade de Oncologia, no âmbito das sessões de Quimioterapia efectuadas em ambiente de hospital de dia: 2010 TIPO GDH COD. GDH 410
Quimioterapia
577
Perturbações mieloproliferativas e/ou neoplasias mal diferenciadas, com CC major
Médico
2011
2012
Total geral
2013
2014
Nº GDHS Amb.
GDH 2.795
3.519
3.161
3.424
4.360
9
3
2
5
17
2.804
3.522
3.163
3.429
4.377
Fonte: Business Intelligence ULSM, 26.01.2015
Pág.31 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Tal facto traduz-se em maior acessibilidade para os Utentes que têm patologias oncológicas, mas por outro lado implica também um aumento da actividade nomeadamente cirúrgica e portanto, um aumento dos custos associados aos doentes tratados neste âmbito.
Ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, o número de utentes inscritos no ACES de Matosinhos totaliza cerca de 176 mil inscritos, sendo que 98% têm Médico de Família atribuído. A ULSM tem já 10 USF criadas, com uma percentagem de Utentes inscritos que ronda os 75%, à data actual. Destas, 5 são modelo B, o que acarreta um importante encargo reconhecido em custos com o pessoal. Acresce que no início de 2014, foi autorizado por parte da ARS Norte a passagem da USF Lagoa de modelo A para modelo B, sem que o Conselho de Administração da ULS tivesse sido consultado neste processo. O acréscimo de custos resultante desta decisão totalizou cerca de 475 mil euros, conforme evidencia o mapa abaixo:
TOTAIS DE SUPLEMENTOS PAGOS A USF'S MODELO B - Valores por unidade USF
2012
2013
2014
USF HORIZONTE USF INFESTA USF LAGOA USF OCEANOS USF PORTA DO SOL Total
404.856,30 € 310.896,00 € 0,00 € 471.486,97 € 470.762,88 € 1.658.002,15 €
428.990,23 € 348.554,44 € 0,00 € 439.972,50 € 436.889,09 € 1.654.406,26 €
414.273,55 € 370.045,70 € 412.979,20 € 449.232,35 € 482.662,18 € 2.129.192,98 €
∆ % 20132014 - 3,43% + 6,17% + 2,10% + 10,48% + 28,70%
∆ % 20122014 + 2,33% + 19,03% - 4,72% + 2,53% + 28,42%
Concretamente sobre a performance económico-financeira, desde 2011, o orçamento previsto para o sector da Saúde tem vindo a reduzir e no caso particular da ULS de Matosinhos, a redução de financiamento, totalizou entre 2011 e 2014, 23 M€.
Muito embora tenham sido implementadas diversas medidas, provenientes quer da Administração Central, quer da estratégia do Conselho de Administração da ULSM, conducentes à redução da despesa, as mesmas têm sido totalmente absorvidas pela redução do financiamento, não permitindo assim, que os resultados operacionais e o EBITDA (Earnings before, interests, taxes, depreciation and amortization), se posicionem positivamente no final de cada exercício económico.
Pág.32 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
RUBRICAS Custos Operacionais Consumos Fornecimentos e Serviços Externos Subcontratos MFR Colonoscopias Fornecimentos e Serviços Custos com o pessoal Horas Extraordinárias Encargos S/ Remunerações Outros custos operacionais Amortizações Provisões
2010 132.184.610,00 € 29.117.427,50 € 26.047.641,29 € 13.527.863,83 € 2.032.556,38 € 356.768,48 € 12.519.777,46 € 72.314.278,15 € 5.150.804,98 € 10.746.767,30 € 23.616,68 € 4.403.542,89 € 278.103,49 €
2011 121.687.240,81 € 28.986.157,45 € 23.570.161,84 € 11.880.357,04 € 2.153.403,46 € 354.834,21 € 11.689.804,80 € 63.998.917,67 € 3.790.604,35 € 10.342.810,76 € 5.631,73 € 4.403.611,04 € 722.761,08 €
2012 112.723.800,78 € 25.814.814,91 € 20.968.817,40 € 9.894.036,61 € 1.592.383,00 € 360.523,31 € 11.074.780,79 € 62.284.639,91 € 3.223.245,07 € 10.676.287,70 € 6.794,17 € 3.364.437,68 € 284.296,71 €
2013 113.674.062,37 € 25.185.403,82 € 19.837.843,69 € 9.387.517,27 € 1.564.940,46 € 322.845,23 € 10.450.326,42 € 64.830.632,47 € 2.654.015,92 € 11.863.554,51 € 49.660,61 € 3.048.508,28 € 722.013,50 €
2014 113.559.078,80 € 24.783.087,77 € 20.368.199,19 € 10.503.969,23 € 2.095.742,67 € 731.425,30 € 9.864.229,96 € 65.236.267,68 € 2.531.108,26 € 12.113.555,03 € 22.806,20 € 2.724.844,92 € 423.873,04 €
Proveitos Operacionais SNS Não SNS
121.512.812,06 € 115.033.499,86 € 6.479.312,20 €
117.190.725,51 € 109.193.204,16 € 7.997.521,35 €
107.122.474,53 € 98.436.940,22 € 8.685.534,31 €
103.720.150,70 € 95.836.619,65 € 7.883.531,05 €
109.426.803,70 € 100.799.642,24 € 8.627.161,46 €
Resultado Operacional EBITDA
- 10.671.797,94 € - 5.990.151,56 €
4.496.515,30 € 629.856,82 € -
5.601.326,25 € 1.952.591,86 € -
9.953.911,67 € 6.183.389,89 € -
4.132.275,10 € 983.557,14 €
Simultaneamente, as sucessivas reduções de financiamento acarretam importantes défices de tesouraria, prejudicando assim o cumprimento dos compromissos assumidos pela ULSM. Em paralelo, encontram-se por regularizar perante a ULSM montantes significativos por parte quer de entidades Tutelares, ARS e ACSS, quer por parte de terceiras entidades e que inibem igualmente o cumprimento dos compromissos assumidos e do objectivo do “acréscimo da dívida vencida < 0”, firmado em sede de contrato-programa 2014.
Novamente em 2014, o EBITA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization), da ULSM foi negativo no montante de 983.557,14€. Na sequência deste resultado, cumpre-nos salientar igualmente, outras políticas que foram centralmente adotadas, e que portanto não dependeram da gestão da ULSM, com impacto significativo quer em resultados, quer na gestão da tesouraria:
A assinatura da adenda ao Acordo Modificativo de 2014 teve como pressuposto o impacto nulo do Acórdão nº 413/2014 do Tribunal Constitucional. Contudo, tal situação não se veio a verificar: na realidade, a ULSM suportou a totalidade dos custos daquele impacto no montante de 2.921.050,72€ e que havíamos comunicado à ACSS em 25.08.2014, no entanto, apenas recebemos a quantia de 2.656.258,51€;
Aumento de encargos com subcontratos na ordem dos 674.600,88€ resultante de:
a.
Transferência de conferência de faturas para o Centro de Conferência de Faturas, com a
consequente perda total de controlo de faturação que a ULSM já tinha garantido desde 2009, sobretudo na área de Medicina Física e Reabilitação (MFR), provocando uma derrapagem orçamental. Tal facto foi por nós alertado desde finais de 2013 e por diversas vezes reiterado no decurso de 2014 junto das instituições tutelares. Concretamente no que respeita aos custos incorridos com tratamentos de MFR subcontratados, e analisando a evolução dos custos unitários com estes tratamentos, constatámos um agravamento dos mesmos entre 2013 e 2014 em 13,49€ por tratamento. A este propósito, solicitamos, em 06/10/2014, a Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde o retorno urgente do controlo de faturas de entidades convencionadas à ULSM; Pág.33 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
b.
O aumento de encargos com colonoscopias, acima do orçamentado em 200.000€. A ULSM
registou uma maior prescrição, na ordem dos 37% (mais 2.400 pedidos), pela maior adesão a este exame, a par de um aumento do custo unitário por colonoscopia (que mais do que triplicou), resultante da aplicação do Despacho n.º 3756/2014 de 03 de Março de 2014 que prevê a comparticipação
da
sedação.
Este
aumento
de
encargos
traduz
claramente
uma
maior
acessibilidade e permitirá certamente a obtenção de melhores resultados em saúde numa das seis áreas consideradas prioritárias no Plano Local de Saúde da ULSM;
Outro aspeto importante prende-se com o facto de não ter sido atualizado o número de habitantes do concelho de Matosinhos nos contratos-programa, em conformidade com o último censos de 2011, ou seja 175.478 habitantes e não 174.931 como se encontra referido na minuta do Contrato-Programa de 2014. Tal situação gera igualmente um défice de financiamento naquele ano de 284.987€. Contactada a ACSS sobre este assunto, foi-nos informado que as variáveis da metodologia de financiamento das ULS, não são atualizadas desde 2012.
Em suma, o impacto económico dos pontos acima elencados, totaliza 1.224.380,09€, pelo que, caso não se tivessem verificado, a ULSM alcançaria um EBITDA positivo na ordem dos 240.822,95€.
Milhões
Evolução EBITDA 2011 / 2014 1,00 €
0,63 €
- € 2010
2011
2012
2013
2014
-1,00 € -0,98 € -2,00 €
-1,95 €
-3,00 €
EBITDA
-4,00 € -5,00 € -6,00 € -5,99 €
-6,18 €
-7,00 €
Pág.34 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
06 | DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO 2015
O diagnóstico efetuado no quadro da elaboração do Plano de Atividades da ULSM para 2015, baseia-se numa metodologia tradicional amplamente utilizada, consubstanciada numa avaliação dos segmentos de maior
interesse, organizada segundo
duas perspetivas distintas mas
necessariamente articuladas, que são a avaliação externa e a avaliação interna. A avaliação externa permite a identificação das principais ameaças e oportunidades que decorrem da evolução do ambiente externo à ULS, evidenciando os respetivos efeitos negativos e positivos que daí decorrem sobre a sua própria estratégia de desenvolvimento. A
avaliação
interna
incide
sobre
a
identificação
das
suas
potencialidades
e
dos
seus
estrangulamentos, sendo elementos intrínsecos à própria atividade e à sua estratégia de desenvolvimento que deve construir-se em ordem a aproveitar e potencializar os primeiros e a resolver ou reduzir os segundos.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Análise Interna
Análise Externa Ameaças
Oportunidades
ENFRENTAR
APROVEITAR
Será necessário combater as ameaças utilizando os pontos fortes
Será necessário apoiar-se nos pontos fortes para aproveitar as oportunidades
MELHORAR
EMPREENDER
Será necessário corrigir os pontos fracos para enfrentar as ameaças
Será necessário modificar os pontos fracos para aproveitar as oportunidades
Fonte: Plano Estratégico 2013-2015, ULSM, EPE
Oportunidades
Acesso a mais e melhor informação por parte dos utentes, aumentando a sua exigência em termos de qualidade dos serviços, assim como, a sua participação e intervenção nos problemas organizacionais da saúde; Aprofundamento da cidadania na saúde aumentando o sentido de responsabilidade pessoal e coletiva dos utentes e dos profissionais; A implementação da Reforma Hospitalar e a otimização da capacidade instalada ao nível do SNS; Visão integrada das tecnologias de informação e comunicação para a saúde; Evolução dos modelos de contratualização e reforço dos elementos económico-financeiros; Utilização
progressiva
de
ferramentas
e
modelos
de
Benchmarking
fomentando
a
competitividade; Concretizar, em ambiente concorrencial, o potencial de integração de cuidados, beneficiando do modelo organizativo e da referenciação de utentes daí resultante; Pág.35 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Aumento da reflexão e planeamento estratégico como forma de responder aos desafios que o sector da saúde enfrenta atualmente.
Ameaças
Difícil conjuntura financeira e as sucessivas reduções do orçamento do SNS com forte impacto na adaptação das instituições; Setor muito estratificado em termos de classes profissionais, e muito resistente à mudança, facto alavancado pelas medidas de austeridade na área dos recursos humanos, dificultando a adaptação das organizações às reduções orçamentais; A pressão sobre os custos derivada das alterações demográficas e tendências epidemiológicas (índice de envelhecimento, aumento da cronicidade e dependência, doenças oncológicas e infeciosas); Forte concorrência na atração de doentes com subsistemas privados; Forte concentração de hospitais públicos e privados na área metropolitana do Grande Porto, com inerente aumento da carteira de serviços e diferenciação, sobretudo a nível privado; Elevado índice de acumulação de funções público/privadas dos profissionais de saúde, dificultando uma distribuição uniforme da carga de trabalho e induzindo uma capacidade instalada em excesso, associada a dificuldades de alinhamento e cultura organizacional; Taxa de mortalidade padronizada da área de influência da ULSM superior à média da região norte, e prevalência dos tumores malignos e HIV/SIDA como as duas causas com maior numero de AVPP (anos de vida potencialmente perdidos); Inexistência de sistemas de informação específicos para as ULS que reforcem a verticalidade das bases de dados, da operação e da prestação de cuidados integrados.
Pontos Fortes
Maturidade do modelo orgânico de gestão institucional de comprovada referência a nível nacional; Boa cobertura da oferta de cuidados de saúde primários e progressiva melhoria no nível de integração de cuidados; Processo avançado na verticalização e internalização dos MCDT, com reduzida dependência do exterior; Bom nível de desempenho da atividade assistencial, traduzido, respetivamente, no aumento do ambulatório, na redução das listas de espera e mediana de cirurgia e consulta externa e redução da atividade urgente; Cultura instalada de Business Intelligence e de contratualização interna aos diferentes níveis da estrutura, alicerçada em metodologia de Balanced Scorecard; Maturidade da Instituição nos processos de gestão de qualidade e certificação pela norma ISO 9001; Infraestrutura tecnológica e de rede e processo evoluído na construção de um registo centralizado de informação clínica; Ganhos de eficiência técnica e alcance de economias de escala;
Pág.36 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Único hospital do SNS com especialidade e tratamentos de medicina hiperbárica com possibilidade de criação de um centro de excelência e rede de referenciação associada; Elevada capacidade de investigação e formativa dos profissionais da ULSM.
Pontos Fracos
Modelo
de
financiamento
desajustado
da
realidade
e
contexto
assistencial
da
ULSM,
impossibilitando a obtenção de resultados operacionais positivos; Dificuldade de tesouraria originadas pelo não pagamento a 100% do duodécimo do contratoprograma; Parte significativa de necessidades em saúde da população do concelho de Matosinhos, satisfeitas por outros hospitais da região; Deficiente layout do HPH, essencialmente ao nível das áreas de internamento, e custos associados à “dispersão”; Elevada dependência do financiamento no âmbito do contrato-programa; As reformas organizacionais internas e os efeitos da adaptação do sistema à conjuntura financeira potenciam um clima organizacional de incerteza.
Eixos Estratégicos e Linhas de Ação/Objetivos
Análise SWOT ANÁLISE INTERNA
ANÁLISE EXTERNA
FORÇAS
OPORTUNIDADES
Enfrentar...
Aproveitar...
1. A conjuntura financeira e as reduções orçamentais com uma 3. A melhoria quantitativ a e qualitativ a da informação assimilada pelos organização competitiva, geradora de ganhos de eficiência e cultura de utentes atrav és da oferta v erticalizada e qualidade dos serviços, contratualização interna; incrementando a fidelização dos utentes;
2. A pressão deriv ada das alterações demográficas, das tendências 4. Criar o centro de excelência da Medicina Hiperbárica; epidemiológicas e da concorrência público/priv ada, com uma organização verdadeiramente entegrada e promotora da saúde e do bemestar; 5. O inicío da existência de uma visão integrada das TI C para a saúde, para consolidar a integração e a circulação da informação eletrónica e eliminar ineficiências administrativas, utilizando a infraestrutura tecnológica e de rede.
FRAQUEZAS Melhorar…
SWOT
AMEAÇAS
Empreender...
6. Adequar o modelo de financiamento ao contexto e realidade assistencial 8. Medidas de captação da população da área de influência da ULS, de forma a garantir a cobertura financeira de toda a atividade realizada, atrav és de cuidados de maior proximidade e informação corporativ a; suprimindo os desajustamentos decorrentes do modelo de financiamento preconizado para as ULS's; 7. As políticas de recursos humanos para manter os profissionais motivados e 9. Medidas para incrementar a geração de receitas fora do contratocomprometidos; programa, atenuando o imapcto das reduções orçamentais.
Pág.37 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Eixo Estratégico 1 Enfrentar a conjuntura financeira e as reduções orçamentais, com uma organização competitiva, geradora de ganhos de eficiência e cultura de contratualização interna
Linhas de ação/Objetivos
Melhorar o layout das áreas assistenciais hospitalares, potenciando a obtenção de maiores sinergias e eficiência; Melhorar gradualmente as estruturas físicas dos Cuidados de Saúde Primários, mediante a definição de áreas prioritárias; Incrementar a definição de protocolos clínicos e da uniformização de prescrição de medicamentos pela Comissão de Farmácia e Terapêutica; Compras conjuntas: manter a política de compras conjuntas com hospitais da região, não só para obtenção dos melhores preços de mercado mas também para, em face das dificuldades atuais, incrementar a cooperação entre os serviços de compras e rentabilizar a capacidade instalada; Redução da demora média; Definir políticas de altas adequadas, através do desenvolvimento de campanhas de sensibilização e marketing ao nível das UCC e ECCI (hospitalização no domicilio); Implementação efetiva do programa ERAS (Enhanced Recovery After Surgery) - programa que consiste numa abordagem multimodal e multidisciplinar, centrado no doente e baseado na evidência, o qual permite otimizar o percurso do doente submetido a uma intervenção cirúrgica programada, com o objetivo de minimizar o impacto na capacidade funcional do doente e acelerar a sua recuperação pós – operatória; Reforçar/alargar a institucionalização da filosofia de contratualização interna, como forma de estimular o planeamento, baseado nas necessidades internas e externas, a performance dos Serviços e colaboradores e a competitividade e o desempenho da gestão em geral, de forma a garantir um maior alinhamento estratégico: Incentivar os profissionais para os resultados e para uma postura de trabalho por objetivos; Definir um conjunto de metas e indicadores de saúde, de qualidade, de produção e custos, que reflitam informação pertinente e relevante para avaliação dos resultados assistenciais e resultados de gestão; Consolidar a metodologia de contratualização interna suportada em aplicação informática própria; Otimizar as ferramentas de integração, através da adoção de indicadores que promovam a integração de serviços e cuidados entre os diferentes níveis assistenciais: Encaminhar doentes do Hospital para os centros de saúde, provenientes quer da consulta externa quer do internamento cujas altas requeiram continuidade de cuidados; Internalizar a maioria dos MCDT prescritos pelo ACES no Departamento de MCDTs da ULSM; Pág.38 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Adotar indicadores de resultados em saúde próprios de uma ULS e de acordo com o PNS 2012-2016; Melhorar a qualidade dos registos clínicos e administrativos; Melhorar a gestão do parque de equipamentos; Alargar/implementar, gradualmente, as metodologias Lean na área da logística a todos os serviços da ULS.
Eixo Estratégico 2 Enfrentar a pressão derivada das alterações demográficas, das tendências epidemiológicas e da concorrência público/privada, com uma organização verdadeiramente integrada e promotora da saúde e do bem-estar
Linhas de ação/Objetivos
Aumentar a resposta diferenciada, desenvolvendo mais consultas de especialidade ao nível dos cuidados de saúde primários; Melhorar a articulação entre os serviços dos cuidados primários e os cuidados hospitalares (administrativos e clínicos): Melhoria da comunicação “clinica” entre os profissionais dos cuidados primários e hospitalares, aproveitando as potencialidades da tecnologia; Melhoria da colaboração entre os cuidados hospitalares e domiciliários: definição de programas de cuidados de forma coordenada; Desenvolver/aperfeiçoar programas para acompanhamento de doenças crónicas em articulação com os cuidados primários; Desenvolver/aperfeiçoar projetos-piloto de integração dos diferentes níveis de cuidados e melhoria dos já existentes, tendo por base a abordagem por patologia e considerando o fluxo do Utente: Walking Clinic: melhorar a referenciação por parte dos cuidados primários, aperfeiçoando a checklist utilizada; Unidade integrada da mama: estreitar relações entre médicos de família e cirurgiões gerais, através de uma consulta multidisciplinar entre as Unidades do ACES, o Serviço de Cirurgia Geral, os Serviços de Imagiologia e de Anatomia Patológica; Unidade integrada da patologia do colon retal: estreitar relações entre médicos de família e cirurgiões gerais, através de uma consulta multidisciplinar entre as Unidades do ACES, o Serviço de Cirurgia Geral, os Serviços de Gastroenterologia e de Anatomia Patológica; Implementação da Unidade Integrada de Diabetes; Aperfeiçoamento do programa da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC); Dinamizar o acompanhamento integrado da mulher grávida desde o planeamento familiar até ao parto e garantir posteriormente a continuidade de cuidados à mãe e ao bebé; Desenvolver/acompanhar programas de prevenção de doenças evitáveis, em especial as doenças crónicas, indo ao encontro da missão da ULSM: Pág.39 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Tabagismo; Rastreio Oncológico; Diabetes; Obesidade; Doenças Cardiovasculares; HIV/SIDA;
Eixo Estratégico 3 Aproveitar a melhoria quantitativa e qualitativa da informação assimilada pelos utentes,
através
da
oferta
verticalizada
e
qualidade
dos
serviços,
incrementando a fidelização dos utentes
Linhas de ação/Objetivos
Garantir a acessibilidade em tempo adequado aos Utentes para os Cuidados de Saúde Primários e Hospitalares, dentro dos tempos de resposta garantida; Melhorar a comunicação via web na área clínica, através da criação de plataformas avançadas de interação com os profissionais, Utentes e Cidadãos em geral; Consolidar o modelo de atendimento assente em três pilares: perspetiva centrada no cidadão, integração multicanal e transversalidade de serviços, com o objetivo de melhorar a acessibilidade dos utentes às unidades prestadoras de cuidados de saúde da ULS, através da utilização integrada e sustentada de tecnologias de informação e comunicação, que se traduzam na desmaterialização de processos e que facilitem a reengenharia dos processos de atendimento, telefónico e presencial, com ganhos na satisfação dos utentes e redução dos custos de contexto associados ao tempo de espera para atendimento clinico-administrativo e ao número de contactos administrativos presenciais.
Eixo Estratégico 4 Criar o centro de excelência da Medicina Hiperbárica
Linhas de ação/Objetivos
Constituir um centro de excelência da Medicina Hiperbárica para aumentar o valor e a visibilidade da oferta: Desenvolver-se como centro acreditado internacionalmente; Estabelecer acordos com entidades públicas e privadas para diversificação da utilização desta terapêutica no tratamento de doenças, tais como: Tratamento de complicações de radioterapia; Traumatologia; Pág.40 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Patologias subagudas e crónicas; Acidentes disbáricos; Intoxicações graves por monóxido de carbono; Gangrena gasosa; Pé diabético e atrasos de cicatrização; Surdez súbita; Osteomielite crónica.
Eixo Estratégico 5 Aproveitar o início da existência de uma visão integrada das TIC para a saúde, para consolidar a integração e a circulação da informação eletrónica e eliminar ineficiências administrativas, utilizando a infraestrutura tecnológica e de rede
Linhas de ação/Objetivos
Desenvolver um sistema único de informação assente numa data warehouse comum, possibilitando uma comunicação direta, eficaz e on-line entre os prestadores de cuidados, permitindo gerar melhor saúde com base em melhor conhecimento e simultaneamente elevar o nível de interação informática entre os profissionais e entre a ULS e os cidadãos: Dinamizar uma infraestrutura de informação partilhada em suporte digital; Dinamizar circuitos fluídos de comunicação e partilha de informação como forma de apoiar o processo de integração; Alavancar a tecnologia para eliminar a duplicação de esforços e as ineficiências administrativas; Dinamizar e alavancar a tecnologia para suporte às atividades operativas e de gestão e para avaliação do desempenho organizacional, micro e macro, da Instituição; Desenvolver os serviços prestados através de Telemedicina.
Pág.41 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Eixo Estratégico 6 Adequar o modelo de financiamento ao contexto e realidade assistencial de forma a garantir a
cobertura financeira de toda
a atividade realizada,
suprimindo os desajustamentos decorrentes do modelo de financiamento preconizado para as ULS
Linhas de ação/Objetivos
Adequar o modelo de financiamento ao contexto e realidade assistencial (única ULS urbana, única ULS com Serviço de Infeciologia, única ULS com Hospital de referência para outros concelhos) de forma a garantir a cobertura financeira de toda a atividade realizada, suprimindo os desajustamentos do modelo que a ULSM tem vindo a evidenciar junto da ACSS, ARS Norte e de Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde: Para efeitos de “fluxos de doentes”, valorização a 100%, e não a 85%, dos GDH resultantes da transferência de utentes transferidos para o Hospital Pedro Hispano ao abrigo da rede de referenciação existente; Pagamento à ULSM, a preços do contrato-programa, da atividade de ambulatório, que não gera GDH e não entra no “fluxo de doentes”, realizada a utentes transferidos para o Hospital Pedro Hispano ao abrigo da rede de referenciação existente.
Eixo Estratégico 7 Melhorar as políticas de recursos humanos para manter os profissionais motivados e comprometidos com os novos desafios
Linhas de ação/Objetivos
Incentivar a integração/articulação e o trabalho em equipa e a multidisciplinaridade fomentando a partilha de conhecimento entre os profissionais e o incremento de perícia técnica; Atuar de modo pró-ativo na valorização profissional exercendo políticas de promoção interna de colaboradores, estimulando as progressões por mérito; Implementar sistemas de avaliação de desempenho (individual e enquanto parte integrante de uma Unidade/Serviço), premiando o mérito, e identificando necessidades de desenvolvimento individual de competências; Dinamizar e apoiar a participação em ações de formação orientada para as áreas prioritárias de intervenção e para as necessidades futuras da saúde; Dinamizar e apoiar a participação em programas e atividades de investigação; Reforço das ações de comunicação interna: Partilhar, interna e externamente, resultados de desempenho clínico e organizacional, para aumentar a transparência, a partilha de conhecimento e a competitividade entre os serviços; Pág.42 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Promover reuniões/ações entre os responsáveis intermédios e os departamentos; Promover reuniões/ações entre os departamentos/serviços e o Conselho de Administração.
Eixo Estratégico 8 Empreender medidas de captação da população da área de influência da ULSM, através de cuidados de maior proximidade e informação corporativa
Linhas de Ação/Objetivos Criar mecanismos de retenção, aproveitando o modelo de organização vertical, com enfoque nas valências onde a população da área de influência procura resposta fora da ULS; Divulgação dos serviços através dos cuidados de saúde primários; Divulgação e comunicação das áreas de referência; Comunicar e dar visibilidade do valor da oferta de serviços; Repensar a organização e funcionamento nas especialidades que, enquadradas na carteira de serviços da ULS, são mais procuradas pelos Utentes noutros Hospitais: Quimioterapia; Materno-Infantil; Oftalmologia; Cirurgia-geral; Psiquiatria (saúde mental) Participação dos serviços no desenvolvimento de ações de marketing para atração de Utentes. Dinamizar o site da ULSM de forma a melhor dar a conhecer a Instituição, os serviços prestados, o modo de funcionamento da mesma e qual o percurso do doente numa ULS.
Eixo Estratégico 9 Empreender medidas para incrementar receitas extra contrato-programa, atenuando o impacto das reduções orçamentais
Linhas de ação/Objetivos
Promover a cobrança efetiva de taxas moderadoras; Realizar parcerias para a prestação de serviços de meios complementares de diagnóstico e terapêutica com terceiras entidades de forma aumentar a atividade e rentabilizar a capacidade instalada; Celebrar protocolos com instituições públicas e privadas para a prestação de serviços de Medicina Hiperbárica; Pág.43 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Dinamizar a investigação e os ensaios clínicos; Dinamizar as ações de formação para o exterior; Dinamizar a celebração de protocolos com entidades externas para a prestação de serviços de esterilização; Promover a melhoria do processo de faturação e cobrança às companhias de seguros; Celebrar protocolos para a captação e gestão de utentes estrangeiros; Dinamizar as atividades de saúde pública objeto de faturação a terceiros; Procurar mecenato e donativos da sociedade civil; Obter receitas provenientes de estabelecimentos de ensino público/privados.
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07 |PRODUÇÃO CONTRATADA E OBJETIVOS DE QUALIDADE E EFICIÊNCIA PARA 2015 Carteira de Serviços
Com o intuito de suprir e responder às necessidades em saúde da população, o Conselho de Administração da ULSM entende manter a atual carteira de serviços do Hospital Pedro Hispano, considerando que este hospital é reconhecido pela qualidade clínica dos seus serviços e possui uma capacidade ajustada à procura.
Quadro 9: Carteira de Serviços – Internamento Carteira de Serviços 2014
2015
Angiologia e C irurgia Vascular
0
0
C ardiologia
1
1
C ardiologia Pediátrica
0
0
C irurgia C ardio-Torácica C irurgia Geral
0
0
1
1
C irurgia Maxilo-Facial
0
0
C irurgia Pediátrica C irurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética
0
0
1
1
Dermato-Venereologia
1
1
Doenças Infecciosas (Infecciologia)
1
1
Endocrinologia e Nutrição
1
1
Estomatologia
1
1
Gastroenterologia
1
1
Ginecologia
1
1
Ginecologia - Obstetrícia
0
0
Hematologia C línica
1
1
Hidrologia
0
0
Imuno-alergologia
1
1
Medicina Física e Reabilitação
0
0
Medicina Interna
1
1
Nefrologia
1
1
Neonatologia
1
1
Neurocirurgia
0
0
Neurologia
1
1
Obstetrícia
1
1
Oftalmologia
1
1
Oncologia Médica
1
1
Ortopedia
1
1
Otorrinolaringologia
1
1
Pediatria
1
1
Pneumologia
1
1
Queimados
0
0
Reumatologia
0
0
Urologia
1
1
U. C uidados Intermédios
1
1
U. Cuidados Intensivos
2
2
U.C .I. C irurgia
0
0
U.C .I. Médicos
0
0
U.C .I. C oronários
0
0
U.C .I. Pediatria
0
0
U.C .I. Polivalente
1
1
U.C .I. Outra
0
0
U.C .I. Recém Nascidos
1
1
Berçário
1
1
Quartos Particulares
0
0
Fonte: Plano Estratégico_v001 – 20140919_SICA
Pág.45 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Quadro 10: Carteira de Serviços – Consulta Externa Carteira de Serviços 2014
2015
Anatomia Patológica
0
0
Anestesiologia
1
1
Angiologia e C irurgia Vascular
0
0
C ardiologia
1
1
C ardiologia Pediátrica
0
0
C irurgia C ardio-Torácica
0
0
C irurgia Geral
1
1
C irurgia Maxilo-Facial
0
0
C irurgia Pediátrica
0
0
C irurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética
1
1
Dermato-Venereologia
1
1
Doenças Infecciosas (Infecciologia)
1
1
Endocrinologia e Nutrição
1
1
Estomatologia
1
1
Farmacologia C línica
0
0
Gastroenterologia
1
1
Genética Médica
0
0
Ginecologia
1
1
Hematologia C línica
1
1
Imuno-alergologia
1
1
Imuno-Hemoterapia
1
1
Medicina Dentária
0
0
Medicina Desportiva
0
0
Medicina do Trabalho
0
0
Medicina Física e Reabilitação
1
1
Medicina Geral e Familiar
1
1
Medicina Interna
1
1
Medicina Nuclear
0
0
Medicina Tropical
0
0
Nefrologia
1
1
Neurocirurgia
0
0
Neurologia
1
1
Neurorradiologia
0
0
Obstetrícia
1
1
Oftalmologia
1
1
Oncologia Médica
1
1
Ortopedia
1
1
Otorrinolaringologia
1
1
Patologia C línica
0
0
Pediatria
1
1
Pneumologia
1
1
Psiquiatria
1
1
Psiquiatria da Infância e Adolescência
1
1
Radiologia
0
0
Radioterapia
0
0
Reumatologia
0
0
Saúde Pública
1
1
Urologia
1
1
Pág.46 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Alcoolismo
0
0
Alergologia
1
1
Apoio à Fertilidade
1
1
Arritmologia
1
1
Asma
1
1
C ardiologia de Intervenção/Pacemaker
1
1
C efaleias
1
1
C irurgia Oncológica
1
1
C oagulação
1
1
C uidados Intensivos Pediátricos
0
0
C uidados Paliativos
1
1
Demência
1
1
Dermatologia Pediátrica
1
1
Desenvolvimento
1
1
Diabetologia
0
0
Diagnóstico Pré-Natal
1
1
Dislipidemias
1
1
Distrofias Musculares
1
1
Doença Pulmonar Obstrutiva C rónica
1
1
Doenças Autoimunes
1
1
Doenças C erebrovasculares
1
1
Doenças da Retina
1
1
Doenças da Tiróide
1
1
Doenças do Movimento
1
1
Doenças Inflamatórias do Intestino
1
1
Doenças Metabólicas Doenças Neurológicas Degenerativas E Desmielinizantes
1
1
1
1
Doenças Oncológicas
1
1
Endocrinologia Pediátrica
1
1
Epilepsia
1
1
Estrabismo
1
1
Gastrenterologia Pediátrica
0
0
Geriatria
0
0
Glaucoma
1
1
Gravidez de Risco
1
1
Hematologia Pediátrica
0
0
Hemato-Oncologia
1
1
Hemofilia
0
0
Hepatologia
1
1
Hipertensão Arterial
1
1
Hipertensao Pulmonar
0
0
Imuno Alergologia Pediátrica
1
1
Imunologia
1
1
Insuficiência C ardíaca
1
1
Insuficiência Respiratória
1
1
Interrupção Voluntária Da Gravidez
1
1
Medicina da Dor
1
1
Medicina do Adolescente
0
0
Medicina do Viajante (1)
1
1
Medicina Física e Reabilitação Pediátrica
1
1
Medicina Intensiva
1
1
Menopausa
1
1
Nefrologia Pediátrica
0
0
Neonatologia
1
1
Neurocirurgia Pediátrica
0
0
Neuropediatria
1
1
Obesidade
1
1
Oftalmologia Pediátrica
1
1
Oncologia Pediátrica
0
0
Ortopedia Pediátrica
1
1
Otorrinolaringologia Pediátrica
1
1
Pág.47 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Patologia do Sono
1
1
Pé Diabético
1
1
Planeamento Familiar
1
1
Pneumologia Pediátrica
0
0
Procriação Medicamente Assistida
0
0
Proctologia
1
1
Rastreio
0
0
Reumatologia Pediátrica
0
0
Saúde dos Adultos (1)
1
1
Saúde Infantil (1)
1
1
Saúde Materna (1)
1
1
Senologia
0
0
Tabagismo
1
1
Transplantes
0
0
Traumatologia
0
0
Uroginecologia
1
1
Urologia Pediátrica
1
1
(1)
Atividade realizada no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários
Fonte: Plano Estratégico_v001 – 20140919_SICA
Quadro 11: Carteira de Serviços – Urgência Carteira de Serviços 2014
2015
17
17
Serviço de Urgência Pediátrica
0
0
Medicina Interna 24H/24H (1)
1
1
C irurgia Geral 24H/24H
1
1
Ortopedia 24H/24H
1
1
Imuno-Hemoterapia 24H/24H
1
1
Anestesiologia 24H/24H
1
1
Bloco Operatório 24H/24H
1
1
Imagiologia 24H/24H (Radiologia C onvencional, Ecografia Simples, TAC )
1
1
Patologia C línica (Assegurando os Exames Básicos 24H/24H)
1
1
Apoio da Especialidade de C ardiologia
1
1
Apoio da Especialidade de Neurologia
1
1
Apoio da Especialidade de Oftalmologia
1
1
Apoio da Especialidade de Otorrinolaringologia
1
1
Apoio da Especialidade de Urologia
1
1
Unidade De C uidados Intensivos Polivalente
1
1
Unidade de C uidados Intermédios
1
1
Via Verde Acidente Vascular C erebral (AVC )
1
1
Meios Extra Hospitalares - Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)
1
1
Meios Extra Hospitalares - Ambulancia de Suporte Imediato de Vida (SIV)
0
0
Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica
(1)
O HPH integra a Rede de Urgência Pediátrica Integrada do Porto (UPIP)
Fonte: Plano Estratégico_v001 – 20140919_SICA
Quadro 12: Carteira de Serviços – Hospital de Dia Carteira de Serviços 2014
2015
Hematologia
1
1
Imuno-Hemoterapia
1
1
Psiquiatria (Adultos e Infância e Adolescência)
1
1
SMC (Adultos e Infância e Adolescência)
0 Base (Pediatria+Pneumologia+Oncologia s/ Quimio+Outros)1 Fonte: Plano Estratégico_v001 – 20140919_SICA
0 1
Pág.48 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Para a vertente hospitalar, as principais linhas de atividade assistencial contratadas para o ano de 2015, e respetivas quantidades, são as seguintes:
Quadro 13: Principais Linhas de Atividade Assistencial Hospitalar Contratadas Linhas de Actividade
Realizado 2013 Realizado 2014
Variação Dezembro 2013 \ Dezembro 2014
Plano de Desempenho 2015
Valor
%
242.827
259.147
16.320
6,7%
Primeiras
70.079
74.527
4.448
6,35%
74.520
Subsequentes
172.748
184.620
11.872
6,9%
174.179
Consulta Externa
Peso % 1ªs consultas sobre o total de consultas médicas
248.699
28,9%
28,8%
-
-0,4%
30,0%
16.937
17.327
390
2,3%
16.481
GDH's Médicos
10.651
11.034
383
3,6%
10.880
GDH's Cirúrgicos
6.286
6.293
7
0,1%
5.601
GDH's Cirúrgicos Programados
4.267
4.211
-56
-1,3%
3.914
GDH's Cirúrgicos Urgentes
2.019
2.082
63
3,1%
1.687
Demora Média (S/ berçario)
6,94
6,93
0,0
-0,1%
6,92
10.451
12.591
2.140
20,5%
12.994
GDH's Médicos
4.472
5.659
1.187
26,5%
5.786
GDH's Cirúrgicos
5.979
6.932
953
15,9%
7.208
58,35%
62,21%
-
6,6%
64,81%
Nº Atendimentos Urgentes (sem internamento)
72.248
76.155
3.907
5,4%
68.765
Hospital de Dia (Sessões)
10.063
11.683
1.620
16,1%
11.388
Sessões de Hematologia
168
240
72
42,9%
271
Sessões de I muno-Hemoterapia
536
437
-99
-18,5%
405
Internamento - Doentes Saídos
GDH's de Ambulatório
Peso da Cirurgia de Ambulatório no total da cirurgia programada (GDH's)
Sessões de Psiquiatria
520
1.025
505
97,1%
1.119
8.839
9.981
1.142
12,9%
9.593
666
682
16
2,4%
682
I G até 10 semanas - Medicamentosa
192
201
9
4,7%
150
Diagnóstico Pré - Natal - Protocolo I
911
959
48
5,3%
900
Nº Consultas de Apoio à Fertilidade (1ªs consultas)
94
114
20
21,3%
110
Nº Induções de ov ulação
85
132
47
55,3%
110
Outras Sessões Programas de Gestão da Doença Crónica VI H / Sida (nº de doentes) (1) Saúde Sexual e Reprodutiva
Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade
A metodologia de contratualização estabelece que 10% do valor capitacional atribuído em sede de contrato-programa encontra-se indexado ao cumprimento de objetivos de qualidade e eficiência e sustentabilidade económico-financeira.
Estes objetivos estão divididos da seguinte forma: - 3% Estão indexados ao cumprimento de objetivos de qualidade e eficiência do âmbito dos cuidados de saúde primários; - 3% Estão indexados ao cumprimento de objetivos de qualidade e eficiência do âmbito dos cuidados de saúde hospitalares; - 4% Estão indexados ao cumprimento de objetivos de sustentabilidade económico-financeira.
No que respeita aos objetivos fixados para as áreas de cuidados de saúde, primários e hospitalares, as metas negociadas são as seguintes:
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Quadro 14: Objetivos de Qualidade e Eficiência dos Cuidados de Saúde Hospitalares OBJETIVOS DE CUIDADOS DE SAÚDE SECUNDÁRIOS Realizado 2013
Realizado 2014
Contratualizado 2015
Percentagem das primeiras consultas no total de consultas médicas (%)
28,9%
28,8%
30,0%
Percentagem de utentes referenciados para consulta externa atendidos em tempo adequado (%)
60,3%
85,9%
80,0%
Peso das consultas externas com registo de alta no total de consultas externas (%)
10,1%
17,8%
15,0%
Percentagem de doentes cirúrgicos (neoplaisas malignas) tratados em tempo adequado
99,6%
99,6%
99,3%
30,49%
33,51%
25,0%
Demora média (dias)
6,94
6,93
6,92
Percentagem de reinternamentos em 30 dias (%)
8,8%
8,8%
7,9%
n.d.
31,6%
60,0%
Percentagem de doentes saídos com duração de internamento acima do limiar máximo (%)
1,20%
1,00%
1,0%
Percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório no total de cirurgias programadas (GDH) - para procedimentos ambulatorizáveis (%)
72,9%
76,8%
75,0%
35,50%
46,00%
50,0%
69,3%
100,0%
97,0%
Tempo de espera para triagem médica da consulta externa (dias)
20,10
11,70
12,00
Garantir o início do tratamento da retinopatia diabética em 30 dias
n.d.
14,70
30 dias
Taxa de Referenciação para a RNC C I (%)
7%
8%
7%
Ratio C onsultas Externas / Urgência (%)
2,97
3,01
2,94
Implementação das equipas inter-hospitalares de cuidados paliativos *
n.d.
Cumprido
100
cumprido
Cumprido
100
OBJETIVOS NACIONAIS:
Percentagem de doentes sinalizados para RNC C I, em tempo adequado, no total de doentes tratados (%)
Percentagem de cirurgias da anca efetuadas nas primeiras 48 horas (%)
Percentagem de consumo de embalagens medicamentos genéricos, no total de embalagens de medicamentos (%) Taxa de registo de utilização da "Lista de verificação de actividade cirúrgica" - indicador referente à cirurgia segura (%) OBJETIVOS REGIONAIS:
Prevenção e controlo da infecção e de resistência aos antimicrobianos *
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Quadro 15: Objetivos de Qualidade e Eficiência dos Cuidados de Saúde Primários OBJETIVOS DE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Realizado 2013
Realizado 2014
Contratualizado 2015
89,2
87,9
89,00
278,3
270,9
230,00
Proporção de medicamentos faturados que são genéricos
n.d
48,3
57,00
Proporção de inscritos ≥14 anos com quantificação dos hábitos tabágicos, últimos 3 anos
56,0
64,8
66,00
Proporção consultas médicas presenciais com IC PC -2
88,9
93,1
97,00
Taxa de internamentos por doença cerebrovascular, resid. até 65 anos
7,8
8,2
9,00
Índice de acompanhamento adequado em PF, nas Mulheres em idade fértil
n.d
58,8
0,75
Proporção de recém-nascidos de termo, de baixo peso
2,8
3,9
3,73
65,2
69,6
73,50
Incidência de amputações major de membro inferior em residentes com diabetes
0,1
0,1
0,10
Proporção de inscritos >= 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativos, nem hipnóticos, no período em análise
59,5
60,1
64,50
119,40 €
128,70 €
125,00
50,08 €
53,10 €
51,00
n.d
Anual
nd
Proporção de utentes com hipertensão arterial (sem doença cardiovascular nem diabetes) com determinação do risco cardiovascular nos últimos 3 anos
34,0
1,5
65,70
Proporção de utentes (50-75) anos com rastreio cancro do colon e reto
60,9
64,9
64,90
Proporção de Utentes com idade =>14A, com registos de consumo de álcool
54,4
63,6
66,00
n.d
62,8
45,00
Proporção fumadores com consulta relacionada tabaco 1 ano
n.d
58,6
32,60
Índice de acompanham. adequado de hipertensos
n.d
49,9
0,756
OBJETIVOS NACIONAIS:
Taxa de utilização global de consultas médicas - 3 anos
Taxa de domicílios de enfermagem por 1.000 inscritos
Proporção jovens 14 anos com consulta médica de vigilância e PNV totalmente cumprido até ao 14º aniversário
Despesa de medicamentos faturados, por utente utilizador (baseado no PVP)
Despesa de MC DT's faturados, por utente utilizador do SNS (p. conv,)
Indicador de medição da satisfação dos Utentes
OBJETIVOS REGIONAIS:
Proporção de utentes c/ DPC O, c/ FeV1 em 3 anos
OBJETIVOS LOCAIS:
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08 |ORÇAMENTO ECONÓMICO 2015 Pressupostos orçamentais 2015 A ULSM submeteu à Direção Geral do Orçamento (DGO), em 28 de agosto de 2014, um orçamento para 2015, que apresentava um EBITDA negativo no montante de 4.109.382,16 euros e um resultado líquido também negativo de 9.431.895,14€, considerando os pressupostos emitidos na Circular nº 10473/2014/DFI/UOC/ACSS de 1 de agosto de 2014, da ACSS e na Circular Série A nº 1376 da DGO. Este orçamento, foi validado pelo Fiscal Único da ULSM (Apêndice I do presente Plano de Atividades). Adicionalmente foi solicitado pelo Gabinete de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, a apresentação de medidas tendentes a assegurar um EBITDA positivo. Nesse âmbito, foi submetido em setembro do ano passado, na plataforma da DGO, uma versão que estimava um EBITDA positivo na ordem dos 105 mil euros, o qual foi aceita por esta mesma entidade em 17 de outubro de 2014. Importa igualmente referir que o referencial contabilístico utilizado na elaboração do orçamento foi o POCMS - Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde, em conformidade com aquela mesma circular da ACSS.
Contudo, não tendo sido até à data resolvidas as situações de subfinanciamento da ULSM que ainda persistem e atendendo igualmente a outros fatores exógenos à ULSM e portanto sobre os quais o Conselho de Administração não tem responsabilidade, o orçamento económico terá de ser forçosamente revisto, observando que as previsões apontam para um EBITDA negativo que rondará os 5,3 Milhões de Euros.
Assim, em janeiro último, reunimos com Sua Exa. o Senhor Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel
Teixeira,
solicitando-lhe
a
urgente
resolução
das
situações
que
justificam
o
subfinanciamento da ULSM, a saber:
Actualização da Capita de 2015, considerando o número de habitantes do concelho de Matosinhos no contrato-programa, em conformidade com o último Censos de 2011, ou seja 175.478 habitantes e não 174.931, no valor de 307.353€, passando o valor capitacional de 98.291.822€ para 98.599.175€;
Financiamento da actividade realizada a utentes dos concelhos da Póvoa do Varzim e de Vila do Conde, 3.775.674,98€: Fluxo de doentes Póvoa de Varzim e Vila do Conde (PVVC), que geram GDH de internamento
e
de
ambulatório:
Média
de
subfinanciamento
de
2011
a
2014,
1.134.154,06€; Fluxo de Utentes PVVC, linhas de actividade de consulta externa, Hospital de dia e Urgência: Média de subfinanciamento 2011 a 2014, 2.178.210,32€;
Pág.52 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Medicamentos cedidos a Utentes PVVC: Média de subfinanciamento anual entre 2011 e 2014, 463.310,60€;
A este propósito, cumpre-nos relembrar que desde 2008, a ULSM tem acomodado cerca de 26.429.724,86€ com a actividade realizada a estes utentes.
Para além dos pontos acima referidos, o orçamento económico de 2015 encontra-se igualmente prejudicado por factores, que novamente não dependeram de uma decisão por parte do Conselho de Administração da ULSM:
Aumento de encargos com subcontratos na ordem dos 1,3M€ face ao Orçamento de 2014, considerando:
A execução de 2014, considerando os factos anteriormente expostos, nas áreas de: Medicina Física e Reabilitação: 532.196,62€ Colonoscopias: 513.212€
Aumento expectável na área dos Cuidados Respiratórios Domiciliários por via do aumento de preços previstos no contrato público de aprovisionamento com vista à prestação de serviços de cuidados técnicos respiratórios domiciliários, quando comparados com o contrato existente na ULSM, tal como oportunamente transmitido no nosso ofício 02089 de 15/12/2014 e por esse motivo solicitada a escusa da aplicação do procedimento concursal: 185.837,5€
Aumento de encargos em Conservação e Reparação na ordem dos 400 mil euros resultante da falta de investimento em equipamento nos últimos anos, conforme ilustrado no Gráfico abaixo: Custos com conservação e manutenção: reduziram 35% relativamente a 2010 Investimento: reduziu 88% relativamente a 2010 €6
€5 Conservação e Reparação
Milhões
€4
€3
Investimento
€2
€1
€2010
2011
2012
2013
2014
Evolução do valor de investimento e dos custos com conservação e reparação entre 2010-2014
Pág.53 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Encerramento da Unidade de Convalescença, por força da reorganização da RNCCI da região Norte levada a cabo pela ARS, com o consequente impacto de perda de proveitos na ordem dos 850 mil euros, contudo, a ULSM continua a assumir os custos com os recursos humanos que se encontravam nesta unidade e que foram distribuídos pelas restantes áreas da ULSM. Tais custos representam cerca de 68% daqueles proveitos.
Acréscimo de custos com o pessoal na ordem de 1,1 Milhões de euros, comparativamente com o realizado em 2014, em resultado de:
Aplicação das reduções remuneratórias, com carácter transitório, e que já haviam vigorado entre 2011 e 2013, por força da Lei nº 75/2014, de 12 de Setembro, com consequente impacto de acréscimo na rubrica de custos com o pessoal quando comparado com o inicialmente orçamentado em 2014, por força da aplicação do artigo nº 33 da Lei 83-C/2013, de 31 de Dezembro de 2014;
Reversão de 20% das reduções remuneratórias, desde 1 de Janeiro de 2015, considerando o disposto no n.º 2 do artigo 4.º da Lei nº 75/2014, de 12 de Setembro, com o consequente impacto no aumento dos montantes a pagar a título de remunerações base, subsídios de férias e de Natal, suplementos
remuneratórios
e
respectivos
encargos
sociais,
comparativamente com 2013;
Contratação de pessoal médico em áreas carenciadas como Medicina Interna, Pneumologia, Otorrinolaringologia e Anestesia.
Ora, considerando que: A rubrica de custos com pessoal representa cerca de 68% do total do financiamento da ULSM; Os acréscimos ou reduções remuneratórias são definidas pela Tutela; As reduções remuneratórias em vigor em 2015 são equivalentes às reduções aplicadas em 2013, apenas revertidas em 20%, com um acréscimo nos custos com pessoal de 654.158€; A verba de convergência atribuída em 2014 no valor de 5,5M€ foi incorporada no valor capitacional de 2015; O financiamento da ULSM em 2015 é inferior em 1.908.178€, comparativamente ao financiamento obtido em 2013;
Conclui-se que o valor capitacional da ULSM previsto para 2015 é claramente insuficiente em 2.562.336,39€ face ao acréscimo de custos com pessoal por força da aplicação da Lei n.º 75/2014 de 12 de setembro:
Pág.54 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Evolução do financiamento e dos custos com pessoal entre 2013 e 2015 2013 Valor Capitacional 94.700.000,00 € Impacto TC - € Verba Convergência - € Total do financiamento 94.700.000,00 € 64 - RH 64.830.632,47 €
OE 2014_v1 91.473.804,00 € - € - € 91.473.804,00 € 62.290.489,76 €
OE 2014_v2 91.473.804,00 € - € 5.500.000,00 € 96.973.804,00 € 62.290.489,76 €
Realizado 2014 91.473.804,00 € 2.921.050,72 € 5.500.000,00 € 99.894.854,72 € 65.236.267,68 €
2015 Var. 2013/2015 92.791.822,00 € - 1.908.178,00 € - € 5.500.000,00 € 98.291.822,00 € 66.396.263,36 € 654.158,39 € - 2.562.336,39 €
Em suma, pelas razões aqui reproduzidas e conforme acordado em reunião realizada entre o Conselho de Administração da ULSM e Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, é premente a resolução das situações de subfinanciamento que ainda subsistem e que afectam o equilíbrio económico-financeiro da Instituição, no montante global de 6.645.364,37€:
Pela actividade realizada aos utentes dos concelhos da Póvoa do Varzim e Vila do Conde no montante 3.775.674,98€; Pela actualização do número de habitantes do concelho de Matosinhos, considerando os dados do Censos de 2011: 307.353€; Pela atualização do valor capitacional considerando as reduções remuneratórias previstas para 2015: 2.562.336,39€
Acresce a necessidade de serem atendidos os pedidos que também direccionámos oportunamente:
Escusa da transferência da conferência de facturas de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, requisitados no âmbito dos cuidados de saúde primários, para o Centro de Conferência de Facturas, face à perda de controlo de facturação das entidades convencionadas, com consequente aumento do custo unitário dos subcontratos, sobretudo em Medicina Física e de Reabilitação na ordem dos 14% face a 2013;
Escusa da aplicação do concurso público n.º 2013/100 relativo à prestação de serviços de cuidados respiratórios domiciliários, considerando o aumento do preço médio por tratamento face ao concurso em vigor da ULSM.
Plano de Investimentos 2015 revisto
O valor estimado de investimento para o ano de 2015 e submetido na DGO, totalizava 950 mil euros, destinados sobretudo a: - Substituição de equipamentos obsoletos ou com avaria permanente, nas condições em que a compra de um equipamento novo seja económica e financeiramente mais vantajoso que o custo de reparação do mesmo; - Investimentos em equipamentos de forma a acompanhar a evolução técnico-científica. Contudo, este montante é claramente insuficiente, considerando o elevado grau de obsolescência de vários equipamentos estratégicos da ULSM, cuja avaria e tempos de paragem eventualmente originados, podem colocar em risco a atividade assistencial da ULSM, bem como a segurança e qualidade dos cuidados de saúde prestados. Pág.55 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Assim, por estas razões, consideramos legítima a proposta de revisão do Plano de Investimentos 2015 então apresentado, o qual estimamos em 2,5 Milhões de Euros, propondo-nos submeter a financiamento comunitário cerca de 85% deste montante, através dos programas inseridos no âmbito do Portugal 2020:
1.
Criação da USF de Custóias
A criação da USF Custóias, representa o culminar da reorganização das Unidades da Senhora da Hora, e viabiliza a necessária extinção dos contratos de prestação de serviços ao abrigo da Portaria n.º 667/90 de 13 de agosto, traduzindo-se na melhoria da qualidade de cuidados e de acessibilidade para os utentes ainda inscritos nas listas dos médicos em regime de Medicina em Concorrência.
Destacamos os objetivos estratégicos que justificam a criação desta USF:
a)
Consolidar a reforma dos Cuidados de Saúde Primários, criando uma resposta integrada de
cuidados para estes utentes, assente numa organização em equipa de saúde; b)
Melhorar a resposta a necessidades de saúde programadas e não programadas (consultas
de programas de saúde, cuidados no domicílio, resposta em situação de doença aguda); c)
Melhorar a acessibilidade e equidade no acesso aos serviços e cuidados de saúde, com
impacto positivo no grau de satisfação da população de Matosinhos, concretamente da área geográfica abrangida; d)
Reduzir os custos públicos de contexto, assente na disponibilização de cuidados de saúde
integrados e articulados, prestados por uma equipa de saúde, num mesmo momento e local; e)
Adequar e melhorar a eficiência económica e operacional, garantindo a qualidade dos
serviços prestados, bem como um adequado desenvolvimento do processo de contratualização; f)
Garantir o cumprimento dos programas prioritários do Plano Nacional de Saúde;
g)
Apostar na investigação e na formação contínua dos profissionais;
h)
Melhorar a articulação com as restantes Unidades do ACES e Hospital;
i)
Reduzir o recurso aos serviços de urgência, às situações clinicamente indicadas, bem como
reduzir o nº de internamentos evitáveis.
Investimento previsto: 256 mil euros, incluindo obras de adaptação do edifício cedido pela Câmara Municipal de Matosinhos e outros equipamentos.
2.
Estrutura de ambulatório do Departamento Saúde Mental
No âmbito da execução e implementação do Programa Nacional de Saúde Mental 2009/2016, torna-se necessária a consolidação da atividade clínica de ambulatório da Saúde Mental na ULSM. Para tal, torna-se imprescindível o alargamento da área de ambulatório destinada a esta atividade. Esta obra permitirá que a atividade clínica de ambulatório hospitalar se concentre maioritariamente no piso -1, junto ao espaço da Medicina Física e de Reabilitação, sendo a única exceção a consulta Pág.56 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
externa individual da saúde mental da população infanto-juvenil, que permanecerá alocada ao secretariado -1 da consulta da pediatria.
Investimento previsto: 175 mil euros.
3.
Reestruturação e redefinição do circuito do utente no SU
Intervenção ao nível do espaço físico considerada imprescindível para a alteração de circuito de doentes com consequente alteração de fluxos, obtendo-se ganhos organizacionais: 1) Rentabilização de espaço físico e sua integração no sector de atendimento de utentes; 2) Otimização da gestão de RH, nomeadamente assistentes técnicos (AT), uma vez que permite libertar 1 AT no período diurno, e permite melhorar os processos de cobrança no período noturno; 3) Melhoria das condições de atendimento e privacidade dos utentes ao nível da triagem de Manchester; 4) Melhoria das condições logísticas e de vigilância dos utentes em espera na triagem médica; 5) Organização de fluxos de doentes agudos urgentes (utentes triados com prioridade amarela) e pouco ou nada urgentes (utentes triados com prioridade verde, azul). Estes últimos passariam a integrar um circuito próprio pela atual sala de espera de acompanhantes; 6) Melhoria das condições de trabalho ao nível da Triagem de Manchester em particular no que se refere às condições de segurança para o enfermeiro triador, tendo em conta a reflexão sobre os diversos acontecimentos de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho; as soluções contemplam também a análise e propostas apresentadas pela comissão de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho.
Investimento previsto: 60.800€
4.
Substituição de Equipamento
As sucessivas reduções de financiamento na ULSM, a par de um subfinanciamento crónico, conduziram a uma redução drástica do investimento na ULSM nos últimos 4 anos, situando-se este em níveis abaixo do milhão de euros, o que é claramente insuficiente para uma instituição com a capacidade e característica da ULSM:
Pág.57 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
a) Imagiologia
O serviço de Imagiologia na área da Radiologia Convencional e em 50% da área da ecografia, encontra-se em estado de obsolescência no que concerne aos equipamentos que utiliza para a realização de exames que exigem fiabilidade, constância e rigor técnico para os que com eles operam, o que limita de forma grave a atividade do serviço, correndo riscos clínicos, e que obriga, em alguns casos, à subcontratação. A ULSM tem vindo a assumir uma política de internalização de MCDT desde 2003, com vantagens económicas para todo o SNS, pelo que o não investimento pode pôr em causa esta política, com reflexos a nível económico e clínico.
1.
Mamógrafo digital com as especificações de Tomossíntese, Aquisição de Imagens
com contraste e respetivo software, Sistema de Exposimetria automática Inteligente, Sistema de controlo de Qualidade de Mamografia digital e mesa de estereotaxia; 2.
Mesa de RX telecomandada digital direto;
3.
Aquisição de ecógrafo topo de gama, com possibilidade de realização de
elastografia com Quantificação e Contraste por ultrassons com módulo de quantificação 4.
Reconversão dos espaços físicos
Investimento previsto: 720.000€
b) Bloco Operatório
A redução significativa de recursos financeiros para investimento na ULSM, e em particular no departamento de cirurgia, que tem registado aumento significativo de produção cirúrgica na ordem dos 35% em 4 anos, obrigou a investimento de substituição de equipamento cuja reparação não foi possível, pelo que se torna urgente a renovação de equipamento do departamento que se encontra obsoleto. Pág.58 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
O reequipamento do Bloco Operatório que abaixo se apresenta inclui apenas equipamento com necessidade de renovação extrema considerando o seu estado de degradação com reconhecido risco clínico, sobretudo para utentes:
Ventiladores: 478.229€ Tampos Cirúrgicos: 30.000€ Monitores multiparâmetros: 21.864,5€ Focos: 6.850,60€ Electrobisturis: 15.000€ Motores de ORL: 15.000€ Instrumental Cirúrgico (incluindo software de monitorização): 238.000€; Opticas de Laparoscopia: 12.500€ Trem de Laparoscopia: 20.000€
Investimento previsto: 837.443€
c) Esterilização
De modo a prevenir e a controlar a infeção, processo em que o Serviço de Esterilização é um dos elos da cadeia no controlo, torna-se imprescindível a realização de algumas alterações dos equipamentos. O Serviço de Esterilização desempenha um papel fulcral na prevenção e controlo de Infeções hospitalares, onde a segurança de utentes/doentes e profissionais (médicos, enfermeiros, auxiliares de ação médica e demais funcionários) depende, em grande parte, deste serviço. Sem um sistema adequado de controlo rigoroso de todos os processos, desde a lavagem, desinfeção e esterilização de materiais, todas as outras medidas de prevenção da infeção (como a lavagem das mãos, correta política de antibióticos, medidas de controlo e prevenção de surtos e de infeções), poderão falhar. E para que não haja falhas, é necessário proceder-se, a par da evolução técnico-científica e do reconhecimento da importância da garantia da qualidade, à atualização do equipamento acompanhando, assim, o desenvolvimento das novas tecnologias. A maioria do equipamento existente no Serviço de Esterilização tem 9 anos, pelo que face ao aumento do número de unidades processadas, torna-se necessário e urgente a aquisição do seguinte equipamento:
Aquisição de 1 Máquinas de lavar de barreira sanitária Aquisição de um esterilizador a baixa temperatura por Plasma de duas portas; Aquisição de um esterilizador a baixa temperatura por Oxido de etileno;
Investimento previsto: 120.000€
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5.
Qualidade e segurança no processo de produção e distribuição alimentar
A instituição verifica que o processo de distribuição das refeições não cumpre os parâmetros mínimos exigidos em termos de segurança alimentar, pois os carros de distribuição utilizados são uma aquisição anterior à abertura do Hospital Pedro Hispano (1997) e não cumprem as especificações técnicas para este tipo de equipamento. Esta necessidade está identificada por indicadores de qualidade e que alavancam este projeto como uma prioridade fundamental para uma prestação de cuidados de saúde adequados, seguros e que sejam reconhecidos como satisfatórios pelos utentes da ULSM. A substituição deste equipamento é premente para alterar a situação atual: refeições ressequidas servidas com temperaturas baixas e em carros ruidosos. Numa perspetival atual de concorrência natural entre vários hospitais e para garantia de satisfação das expectativas da população da área de influência do HPH é prioritário garantir o fornecimento aos utentes de refeições com apresentação e temperaturas adequadas, pois só assim a ULSM poderá oferecer uma qualidade alimentar com padrões semelhantes aos hospitais nacionais.
Investimento previsto: 297.070,83€ (carros de distribuição + palamenta específica para os carros).
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Orçamento 2015 (Submetido DGO6)
BALANÇO PREVISIONAL 2015 euro 31-12-2013 Activo
31-12-2014
Activo líquido
Activo bruto
Amort./Prov.
31-12-2015 (PREVISIONAL) Activo líquido
Activo bruto
Amort./Prov.
Activo líquido
IMOBILIZADO
Bens de domínio público: Terrenos e recursos naturais Edifícios
8.488.200
8.488.200
8.488.200
8.488.200
30.383.613
41.489.100
12.111.276
-
29.377.824
41.489.100
12.614.170
28.874.930
8.488.200
38.871.813
49.977.300
12.111.276
37.866.024
49.977.300
12.614.170
37.363.130
-
172.344
172.344
-
172.344
172.344
-
-
172.344
172.344
-
172.344
172.344
-
Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação
Imobilizações corpóreas: Edifícios e outras construções
9.522.356
12.334.517
3.057.728
9.276.789
12.660.487
3.294.337
9.366.150
Equipamento básico
2.630.771
25.615.469
23.647.039
1.968.430
26.420.097
24.949.954
1.470.143
Equipamento de transporte
226.412
816.335
633.938
182.397
839.780
679.141
160.639
Ferramentas e utensílios
148.462
653.287
486.409
166.878
610.366
520.975
89.391
Equipamento administrativo e informático
640.316
10.792.422
10.154.046
638.376
11.173.787
10.873.671
300.116
Outras imobilizações corpóreas
44.841
322.805
316.414
Imobilizações em curso de Imobilizações Corpóreas
15.448
19.310
13.228.606
50.554.145
1.856.283 1.856.283
291.757
31.048
327.568
19.310
174.172
38.270.917
12.283.228
52.206.258
40.634.492
1.899.369
90.768
1.808.601
1.866.138
60.814
1.805.324
1.899.369
90.768
1.808.601
1.866.138
60.814
1.805.324
19.580.556
18.220.648
296.302
4.953.159
-
11.154 174.172 11.571.766
CIRCULANTE Existências: Matérias primas, subsidiárias e de consumo
Dívidas de terceiros - Curto prazo: Clientes c/c, utentes c/c e instituições Min. Saúde
13.263.608
19.580.556
Clientes e utentes de cobrança duvidosa
609.904
4.630.678
Adiantamentos a fornecedores
100.239
80.767
-
80.767
64.789
-
64.789
Estado e outros entes Públicos
568.372
568.804
-
568.804
539.953
-
539.953
6.057.005
3.995.957
-
3.995.957
5.602.730
-
20.599.128
28.856.762
24.522.386
29.381.279
Outros devedores
4.334.376
4.334.376
-
18.220.648
4.229.550
4.229.550
723.609
5.602.730 25.151.729
Títulos Negociáveis Outras aplicações de tesouraria
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Depósitos em instituições financeiras e caixa: Conta do Tesouro
3.411.959
1.102.820
-
1.102.820
1.850.000
-
1.850.000
259.918
188.441
-
188.441
180.000
-
180.000
246
254
-
254
500
-
500
3.672.123
1.291.515
-
1.291.515
2.030.500
-
2.030.500
13.017.237
12.419.793
-
12.419.793
19.989.040
-
19.989.040
Depósitos em instituições financeiras Caixa
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos Custos Diferidos
13.017.237
12.419.793
Total de amortizações
6
-
12.419.793
19.989.040
50.554.537
Total de Provisões Total do activo
-
145.171.228
54.979.681
-
19.989.040
53.421.006
4.425.144 91.245.189
-
4.290.364 90.191.549
155.622.859
57.711.370
97.911.491
DGO – Direção Geral do Orçamento Pág.61 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
euro
Fundos Próprios e Passivo
31-12-2013
31-12-2014
31-12-2015 (PREVISIONAL)
FUNDOS PRÓPRIOS Património
33.854.419
33.854.419
33.854.419
1.753.079
1.768.923
1.779.079
Reservas: Doações
55.878.559
55.878.559
55.878.559
Resultados transitados
Reservas decorrentes da transferência de activos
(49.469.943)
(60.438.439)
(62.239.233)
Resultado líquido do exercício
(10.065.225)
(4.307.594)
(5.216.895)
31.950.889
26.755.868
24.055.929
3.987.706
3.118.294
3.464.708
3.987.706
3.118.294
3.464.708
Total dos Fundos Próprios
PASSIVO Provisões para riscos e encargos
Dívidas a terceiros - Curto prazo: Adiantamento de clientes, utentes e Inst. MS Fornecedores, c/c Fornecedores - Facturas em recepção e conferência Fornecedores de imobilizado, c/c Estado e outros entes públicos Outros credores
4.889.889
5.917.848
11.481.881
31.145.254
32.261.005
39.419.762
1.685.060
3.851.251
1.836.651
332.534
279.793
342.020
2.359.482
2.427.466
3.105.958
85.275
88.558
86.642
40.497.494
44.825.921
56.272.914
11.161.921
12.509.145
11.517.837
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de custos Proveitos diferidos
Total do Passivo
Total dos fundos próprios e do passivo
3.647.179
2.982.322
2.600.102
14.809.100
15.491.467
14.117.940
59.294.300
63.435.682
73.855.562
91.245.189
90.191.549
97.911.491
Pág.62 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PREVISIONAL 2015 euro
Demonstração dos Resultados
31-12-2013
31-12-2014
31-12-2015 (PREVISIONAL)
Custos e Perdas: Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas Matérias de consumo
25.185.404
24.783.088
25.185.404
Fornecimentos e serviços externos
19.837.844
20.368.199
18.483.471
Custos com o pessoal
64.830.632
65.236.268
66.216.263
Remunerações
52.689.639
52.720.365
54.386.462
Encargos sociais
12.140.993
12.515.903
11.829.801
Pensões
-
Outros
Amortizações do Exercício Provisões do Exercício
-
-
12.140.993
12.515.903
7.078.359
3.048.508
2.724.845
2.690.653
722.014
423.873
820.024
Outros custos e perdas operacionais
49.661
22.806
28.051
(A)
113.674.062
113.559.079
113.423.866
14.033
15.020
17.057
(C)
113.688.096
113.574.099
113.440.923
1.903.694
1.731.522
2.319.779
(E)
115.591.790
115.305.621
115.760.702
Custos e Perdas Financeiras
Custos e Perdas Extraordinárias
Imposto sobre Rendimentos do Exercício
79.648
44.931
0
(G)
115.671.438
115.350.552
115.760.702
(10.065.225)
(4.307.594)
(5.216.895)
Total
105.606.213
111.042.958
110.543.807
Resultado Líquido do Exercício
Proveitos e Ganhos: Vendas e prestações de serviços Vendas
6.288
3.145
0
Prestações de serviços
100.930.303
107.271.443
108.226.822
Proveitos suplementares
1.352.626
1.385.777
1.319.896
118.519
266.426
183.569
1.312.415
500.013
288.520
(B)
103.720.151
109.426.804
110.018.807
43.548
95.943
25.000
(D)
103.763.698
109.522.747
110.043.807
Transferências e Subsídios Correntes Obtidos Outros proveitos e ganhos operacionais
Proveitos e ganhos financeiros
Proveitos e ganhos extraordinários (F)
1.842.515
1.520.211
500.000
105.606.213
111.042.958
110.543.807
(9.953.912)
(4.132.275)
(3.405.059)
29.514
80.923
7.943
(9.924.397)
(4.051.352)
(3.397.116)
Resultados: Resultados Operacionais (B) - (A) Resultados Financeiros (D-B) - (C-A) Resultados Correntes (D) - (C) Resultados Extraordinários (F-D) - (E-C) Resultados Antes de Imposto (F) - (E) Imposto sobre Rendimentos do Exercício (G) Resultados Líquido do Exercício (F) - (E)
(61.179)
(211.310)
(1.819.779)
(9.985.577)
(4.262.663)
(5.216.895)
79.648 (10.065.225)
(4.307.594)
0 (5.216.895)
Pág.63 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Apêndice I
Pág.64 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
PĂĄg.65 de 69 Unidade Local de SaĂşde de Matosinhos
PĂĄg.66 de 69 Unidade Local de SaĂşde de Matosinhos
REVISÃO DOS VALORES ORÇAMENTADOS PARA 20157
PROVEITOS DESIGNAÇÃO Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços CP Internos TM 3ª entidades U. Convalescença Target Impostos e taxas Proveitos Suplementares Concessionários Sanidade e Fronteiras Jornadas/Ensaios Clínicos Subsídios à Exploração Subsídios de outros entes públicos Subsídios de outras entidades Trabahos para a própria Instituição Outros Proveitos e Ganhos Operacionais Total Proveitos Operacionais Proveitos e Ganhos Financeiros Descontos de pronto pagamento Proveitos e Ganhos Extraordinários Total Proveitos
OE 2015
OE 2015_revisto
0,00 € 108.226.822,00 € 101.626.822,00 € 1.000.000,00 € 3.400.000,00 2.200.000,00 € - € - € - € 1.319.896,00 € 459.894,00 € 800.002,00 € 60.000,00 €
0,00 € 104.961.551,47 € 98.291.822,00 € 1.000.000,00 € 3.400.000,00 € 2.269.729,47 € - € - € - € 1.319.896,00 € 459.894,00 € 800.002,00 € 60.000,00 €
183.569,16 € 44.254,55 € 139.314,61 €
183.569,16 € 44.254,55 € 139.314,61 €
288.520,00 € 110.018.807,16 € 25.000,00 €
216.000,00 € 106.681.016,63 € 50.000,00 €
500.000,00 € 110.543.807,16 €
1.000.000,00 € 107.731.016,63 €
CUSTOS
CONSUMOS Designação
OE 2015
OE 2015_revisto
MERCADORIAS PRODUTOS FARMACEUTICOS MEDICAMENTOS Medicamentos Outros matérias de consumo clinico
0,00 € 18.371.340,92 € 13.673.301,30 € 13.341.857,09 € 331.444,21 €
0,00 € 18.371.340,92 € 13.673.301,30 € 0,00 € 0,00 €
Reagentes e produtos de diagnóst rapido Outros produtos farmacêuticos MATERIAL CONSUMO CLINICO PRODUTOS ALIMENTARES MATERIAL CONSUMO HOTELEIRO MATERIAL CONSUMO ADMINISTRATIVO MATERIAL MANUTENÇÃO CONSERVAÇÃO OUTRO MATERIAL TOTAL CONSUMOS
2.798.600,40 € 1.899.439,22 € 6.104.718,42 € 606,18 € 325.910,55 € 214.657,87 € 168.169,88 € 0,00 € 25.185.403,82 €
2.798.600,40 € 1.899.439,22 € 6.104.718,42 € 606,18 € 325.910,55 € 214.657,87 € 168.169,88 € 0,00 € 25.185.403,82 €
7
Reunião havida em 29/01/2015 entre o Conselho de Administração e Sua Exa. o Senhor Secretário de Estado da Saúde. Pág.67 de 69 Unidade Local de Saúde de Matosinhos
SUBCONTRATOS RUBRICAS DE SUBCONTRATOS MEIOS COMPLEMENTARES DIAGNÓSTICO Patologia clínica Anatomia patológica IMAGIOLOGIA Radiologia convencional Tomografias axiais computorizadas Ecografias Ressonância Magnética Outros Cardiologia Electroencefalografia Medicina nuclear Endoscopia Gástrica Pneumologia/Imunoalergologia Outros meios complementares diagnóstico MEIOS COMPLEMENTARES DE TERAPÊUTICA Hemodiálise Medicina fisica e reabilitação Unidades terapêuticas de sangue Cuidados Respiratorios Domiciliarios Radioterapia Outros PRESC. MEDICAMENTOS E CUID FARMACÊUTICOS TRANSPORTE DE DOENTES APARELHOS COMPLEMENTARES DE TERAPÊUTICA ASSISTÊNCIA NO ESTRANGEIRO TERMALISMO SOCIAL OUTROS TRABALHOS EXECUTADOS NO EXTERIOR TOTAL SUBCONTRATOS
OE 2015
OE 2015_revisto
2.235.586,62 € 399.826,07 € 40.624,09 € 783.170,39 € 20.827,87 € 3.194,28 € 641.368,91 € 1.137,50 € 116.641,83 € 338.476,17 € 877,09 € 327.579,06 € 322.845,23 € 12.223,17 € 9.965,35 € 6.653.081,21 € 3.542.196,15 € 1.564.940,46 € 756.094,00 € 664.162,50 € - € 125.688,10 € 16.357,68 € 478.580,03 € 3.221,76 € - € - € 689,97 € 9.387.517,27 €
2.847.993,85 € 399.826,07 € 35.408,07 € 795.411,40 € 32.447,56 € 3.194,28 € 641.990,23 € 1.137,50 € 116.641,83 € 338.476,17 € 877,09 € 250.000,00 € 1.000.000,00 € 18.029,70 € 9.965,35 € 7.342.963,38 € 3.556.834,98 € 2.097.137,08 € 713.303,22 € 850.000,00 € - € 125.688,10 € 20.000,00 € 433.368,30 € 3.221,76 € - € - € 229,20 € 10.647.776,49 €
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DESIGNAÇÃO ELECTRICIDADE COMBUSTIVEIS AGUA OUTROS FLUIDOS FERRAMENTAS UTENSILIOS DESGASTE RAPIDO LIVROS E DOCUMENTAÇÃO TECNICA MATERIAL DE ESCRITORIO RENDAS E ALUGURES DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO COMUNICAÇÃO SEGUROS TRANSPORTE DE MERCADORIAS TRANSPORTE DE PESSOAL DESLOCAÇÕES E ESTADAS HONORARIOS CONTENCIOSO E NOTARIADO CONSERVAÇÃO E REPARAÇÕES PUBLICIDADE E PROPAGANDA LIMPEZA HIGIENE E CONFORTO VIGILANCIA E SEGURANÇA SERVIÇOS DE INFORMATICA ALIMENTAÇÃO LAVANDARIA SERVIÇOS TÉCNICOS RECURSOS HUMANOS OUTROS TRABALHOS ESPECIALIZADOS OUTROS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS TOTAL FORNECIMENTOS E SERVIÇOS
OE 2015
OE 2015_revisto
818.661,10 € 59.974,52 € 230.699,98 € 467.902,56 € 0,00 € 1.793,70 € 0,00 € 254.858,08 € 0,00 € 250.000,00 € 11.624,86 € 23.073,24 € 0,00 € 8.770,44 € 900.000,00 € 14.601,60 € 2.000.000,00 € 0,00 € 985.969,66 € 426.946,38 € 53.241,36 € 1.442.460,99 € 352.132,72 € 400.000,00 € 354.609,78 € 38.633,02 € 9.095.953,99 €
934.941,32 € 57.604,56 € 220.663,03 € 309.727,92 € 0,00 € 30.750,00 € 254.858,08 € 0,00 € 250.000,00 € 9.193,05 € 28.619,87 € 0,00 € 8.770,44 € 900.000,00 € 9.826,80 € 2.337.415,88 € 0,00 € 968.124,90 € 418.248,32 € 53.241,36 € 1.441.266,87 € 335.294,10 € 806.657,82 € 390.703,76 € 21.374,70 € 9.787.282,78 €
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CUSTOS COM O PESSOAL DESIGNAÇÃO REMUNERAÇÕES DOS ORGÃOS DIRECTIVOS REMUNERAÇÕES BASE DO PESSOAL SUPLEMENTOS DE REMUNERAÇÕES HORAS EXTRAORDINÁRIAS PREVENÇÕES NOITES E SUPLEMENTOS SUBSIDIO DE TURNO ABONO PARA FALHAS SUBSIDIO DE REFEIÇÃO AJUDAS DE CUSTO OUTROS SUPLEMENTOS PRESTAÇÕES SOCIAIS DIRECTAS SUBSIDIO DE FERIAS E NATAL PENSÕES ENCARGOS S/REMUNERAÇÕES SEGUROS DEACIDENTES DE TRABALHO ENCARGOS SOCIAIS OUTROS CUSTOS COM PESSOAL TOTAL DE CUSTOS COM O PESSOAL
OE 2015
OE 2015_revisto
343.897,96 € 39.614.591,10 € 7.349.613,96 € 1.984.605,02 € 342.017,68 € 1.983.475,78 € 0,00 € 896,21 € 1.853.149,63 € 16.418,98 € 1.169.050,66 € 27.912,23 € 6.681.455,51 € 0,00 € 11.801.888,78 € 250.000,00 € 45.903,81 € 101.000,00 € 66.216.263,36 €
343.897,96 € 39.692.858,88 € 7.272.809,26 € 1.963.865,57 € 338.443,53 € 1.962.748,12 € 0,00 € 886,85 € 1.833.783,91 € 16.247,40 € 1.156.833,88 € 27.912,23 € 6.698.933,53 € 0,00 € 11.962.947,69 € 250.000,00 € 45.903,81 € 101.000,00 € 66.396.263,36 €
OUTROS CUSTOS DESIGNAÇÃO OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS AMORTIZAÇÕES DO EXERCICIO PROVISÕES DO EXERCICIO CUSTOS E PERDAS FINANCEIROS DIVIDAS INCOBRAVEIS CORRECÇÕES A EXERCICIOS ANTERIORES OUTROS CUSTOS EXTRAORDINARIOS TOTAL DE OUTROS CUSTOS
OE 2015
OE 2015_revisto
28.050,98 € 2.690.652,66 € 820.024,24 € 17.056,60 € 693,00 € 1.744.472,96 € 574.613,42 € 5.875.563,86 €
22.806,20 € 2.724.844,92 € 239.660,51 € 15.020,24 € 693,00 € 1.120.283,91 € 574.613,42 € 4.697.922,20 €
RESULTADO OPERACIONAL E EBITDA DESIGNAÇÃO
OE 2015
RESULTADO OPERACIONAL
-3.405.059,16 €
OE 2015_revisto -8.323.021,45 €
EBITDA
105.617,74 €
-5.358.516,02 €
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