Palestra A união dos três setores e o trabalho em Rede

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A uniĂŁo dos trĂŞs setores e o trabalho em Rede Yara Rita dos Santos Novembro/2019


Yara Rita dos Santos

Graduada em Psicologia, com Pós-Graduação Lato-Sensu em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP. Mestre em Filosofia, na Faculdade de São Bento.

Experiência profissional desenvolvida na área de Recursos Humanos em empresas nacionais e multinacionais. Desde 1990 : Consultora independente - Gestão de Pessoas e de Projetos Sociais.

Desde 1998 – Coordena os Serviços de Consultoria Social, junto ao IGESC. Biênio 2018/20 - Membro do Conselho de Administração do Instituto GESC, IGESC.


O contexto atual


UniĂŁo dos Setores: Trabalho conjunto Governo, empresas, sociedade civil


Comunidade como campo de atuação

“A comunidade é o espaço, onde empresas, governo e sociedade civil se articulam em determinada intervenção”.

Fonte : Ruth Cardoso e outros, “Sociedade Civil, democracia e desenvolvimento: ideias, experiências em debate”, 2006.


A Sociedade Civil: stakeholder estratĂŠgico


A Sociedade Civil: stakeholder estratégico A sociedade civil – SC - é um sistema aberto, dinâmico e complexo, em processo de permanente emergência e auto realização. A transformação se produz “de baixo para cima”; a mudança ocorre nos mais diversos pontos, a partir de uma multiplicidade de iniciativas e interações. Estas se acumulam até produzir uma mudança de estado ou qualidade. A lógica da SC é a da liberdade, autonomia, multiplicidade e diversidade. Ninguém precisa pedir licença para agir. As iniciativas são tão variadas quanto as questões sociais. Partindo do local para o global, a sociedade civil organizada tem a possibilidade de aumentar a escala da cooperação.

Fonte : Ruth Cardoso e outros, “Sociedade Civil, democracia e desenvolvimento: ideias, experiências em debate”, 2006.


Há muito mais em jogo

3 - PARTICIPAÇÃO ELEITORAL

4 - PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

2 - PARTICIPAÇÃO CORPORATIVA

1 - PARTICIPAÇÃO ASSISTENCIALISTA

Fonte: Marco Aurélio Nogueira, em “Um Estado para a Sociedade Civil: temas éticos e políticos da gestão democrática”, 2011.


Atuação conjunta

“A comunidade é o espaço, onde empresas, governo e sociedade civil se articulam em determinada intervenção”.


Estabelecer Parcerias


Um conceito para Parcerias Parceria significa uma relação entre iguais, uma relação onde existe compromisso e também liberdade de decisões. Trata-se de uma relação de trabalho que exige em que as

partes envolvidas sejam abertas ao aprendizado e estejam dispostas a encontrar um terreno comum de atuação.

Fonte : Ruth Cardoso e outros, “Sociedade Civil, democracia e desenvolvimento: ideias, experiências em debate”, 2006.


Relacionamento com os Governos


1) Identificação do problema 2) Formulação de Agenda 7) Extinção

Ciclo das Políticas Públicas 3) Formulação de Alternativas 6) Avaliação

5) Implementação

4) Tomada de Decisão


Relacionamento com as Empresas


RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: conceito expandido RSE considera necessária a criação de melhores condições estruturais, ao invés de resolver problemas pontuais. Está, assim, inteiramente sintonizada com a questão da complexidade que marca o contexto atual.


Uma relação em construção Relação Empresas / SC: um processo em construção

Equilibrar expectativas, potencial e limitações Noção de timing

Criação de um clima de confiança Busca de acordos efetivos  Exercício da Negociação

Importância do papel dos indivíduos


7 “C” para o êxito de parcerias intersetoriais  CONEXÃO com o propósito e as pessoas.  CLAREZA de propósito.  CONGRUÊNCIA de Missão, valores e estratégia.  CRIAÇÃO de valor.  COMUNICAÇÃO entre os parceiros.

 CONTINUIDADE de aprendizado.  COMPROMISSO com a parceria. Fonte : James E. Austin, “Parcerias – Fundamentos e Benefícios para o Terceiro Setor – Peter F. Drucker Foundation, 2001.


Parcerias aspectos de muita importância

 A utilização do capital social.  Uma visão mais ampla para o trabalho voluntário  A prática da negociação  O trabalho em rede

 A gestão social


Capital Social  Capital Social – CS - é formado a partir do conhecimento e da experiência que uma comunidade acumula ao enfrentar os problemas e buscar atender suas necessidades.

 Capital Social envolve:     

Relações de confiança e colaboração entre pessoas e organizações. A competência em lidar com conflitos. Sua capacidade de associação e cooperação. Redes informais de solidariedade e ajuda mútua. Comunicação baseada na partilha de experiências.

 CS: elemento importante na construção da estratégia de RSE da parte da empresa.


Trabalho Voluntário

Ser voluntário é muito mais do que doar uma parte do tempo, é se envolver de corpo e alma em um trabalho de transformação da sociedade.


Negociar é preciso Processo pelo qual se procura exercer influência para que haja aceitação de ideias e interesses, de modo que todas as partes possam, obter ganhos e conseguir acordos duradouros. Trata-se de construir uma relação sustentável, o que exige a existência de mútua confiança.


Trabalho em REDE Uma associação de indivíduos

ou organizações autônomas que colaboram voluntariamente para alcançar um propósito ou objetivo comum.

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Relações: a palavra-chave

 O que dá vida à rede é a interação entre seus membros: o Networking.  Essenciais: diálogo e esforço consciente para construir e fortalecer relações.  Rede não é tecnologia: nenhuma tecnologia pode sozinha construir uma rede.  A rede não deve ter Chefe, mas precisa de um moderador que atua:  Como incentivador da participação  Na mediação de conflitos  Na curadoria dos conteúdos 23


5 “usos” para a Rede  Acelerar a aplicação de conhecimento em processos de desenvolvimento social, econômico e ambiental.  Provocar, acelerar ou fortalecer mudanças sociais, políticas ou econômicas.  Dar mais peso à atuação de causas com foco definido: saúde, educação, preservação ambiental, etc.  Ampliar acesso de todos a informações que apenas parte dos membros detém.

 Compartilhar experiências, boas práticas e, até mesmo, recursos excedentes. 24


5 benefícios do trabalho em Rede  Ampliação da articulação com diferentes atores, inclusive os de outras causas.  Aumento da visibilidade da OSC  Aumento do poder de influência.  Ganho de escala quanto ao impacto das ações e iniciativas.  Melhorar a eficiência na utilização de recursos, evitando duplicidades.  Aumento do nível de cooperação.

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5 desafios para o trabalho em Rede

 Cuidar para que interesses individuais não se sobreponham aos coletivos.  Garantir que haja consistência, compromisso e lealdade entre os membros.  Deixar claro os papéis, principalmente, quem fala em nome da Rede.  Fortalecer a legitimidade e credibilidade junto aos stakeholders.  Cuidar da preservação do conhecimento gerado pela Rede.

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Gestão Social: uma nova abordagem Pensar em Gestão Social não significa, jogar fora o que já

existe de conhecimento e práticas de gestão profissional, mas de tratá-lo de uma forma diferente que leve em

consideração as peculiaridades da dimensão da atividade social. É mais uma questão de abordagem do que de ferramentas.


Incidir, sim, mas com sentido estratégico “A informação adequada, e bem distribuída, constitui simultaneamente um instrumento de cidadania e de racionalidade do desenvolvimento”.

“É preciso que cada empresa, cada entidade pública, cada organização da sociedade civil tenha uma visão de conjunto do que está acontecendo”. “A iniciativa social precisa de sólida informação gerencial para assegurar a sua própria racionalidade, sob forma de análise sistemática do território”. “A informação bem organizada e disseminada constitui um elemento essencial da democracia participativa, ao facilitar as opções racionais dos diversos atores sociais”. Fonte: Ladislau Dowbor, em “Democracia Econômica – Alternativas de Gestão Social”, 2013.


Contato:

Yara Rita dos Santos

(11) 9-9241-5107

yrsantos@uol.com.br


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