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Diversas ações estão sendo planejadas para atrair o público de volta às praias

Dierli dos Santos

Clara Allyegra

/17 Prefeitura de Porto Alegre promete revitalizar o Guaíba

/22 O cachorro Mozart foi salvo pelo carinho de Lester O animal estava agonizando no estacionamento de um shopping

Publicação Experimental do Curso de Jornalismo da Unisinos — Edição 15 — São Leopoldo/RS — Junho de 2011

Fanatismo ao extremo

/11 Thaís Furquim idolatra tanto a ex-BBB Lia Khey que tatuou seu nome no pescoço /4 e 5

Marília Bissigo

Arquivo pessoal

O Anilado completa cem anos de futebol Apesar da ausência de títulos recentes, o clube de Novo Hamburgo conta com o apoio de sua apaixonada torcida

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Resultados positivos no combate ao câncer Cerca de 70% das crianças e adolescentes brasileiras com a doença são curadas se diagnosticadas precocemente

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Recomendação do MEC gera polêmica As escolas são orientadas a não reprovarem mais alunos matriculados nos três primeiros anos do Ensino Fundamental


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Editorial Redes sociais e jornalismo

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s redes sociais não só introduziram ao longo dos anos 2000 novas formas de sociabilidade como também de produção e circulação de informação. Em convergência com plataformas móveis, como celulares, smartphones e tablets, esses ambientes protagonizaram a formatação de diversos acontecimentos. Os protestos da oposição nas eleições do Irã, em 2009, e a renúncia do ditador Ben Ali da Tunísia, em 2010, chamaram a atenção pelas formas de mobilização e difusão. A Europa começa a assistir com frequência manifestações de jovens que são totalmente tramadas pela internet, como as ocorridas recentemente na Espanha. No Brasil, após a confirmação da vitória da presidente Dilma Rousseff, manifestações anti nordestinos proliferaram-se pelo twit-

ter acompanhadas de reações de intensidade maior. Uma estudante de Direito de São Paulo, que postou mensagem xenófoba, gerou forte repúdio e acabou demitida de estágio que cumpria. Em maio, um protesto na forma de churrasco no bairro Higienópolis, em São Paulo, contra manifestações preconceituosas de moradores contrários à instalação da estação de metrô, foi totalmente organizado pela rede. Todas as ocorrências descritas apontam para movimentos semióticos que fazem das redes sociais um ambiente privilegiado para a emergência de novos acontecimentos jornalísticos. Essa cena coloca desafios importantes para o jornalismo, que precisa lidar com uma produção de informação difusa, caótica, e que precisa ser contemplada com a boa prática da apuração e precisão.

Hipocrisia e homofobia Luísa Schenato Redação Jornalística III

Sob protestos vindos dos setores mais hipócritas da sociedade brasileira, o projeto de lei PLC122, conhecido como “lei contra a homofobia”, sobrevive e pode ser aprovado. Ao estudante de jornalismo, o que mais incomoda é a forma com que os grandes meios de comunicação tratam esse tema. Em sua maioria, as mídias estão levantando a bandeira de uma falsa liberdade de expressão para construir posições contrárias ao PLC122 e, ainda, se escondem atrás do mito da imparcialidade. No dia 17 de maio o jornal Folha de São Paulo publicou um editorial intitulado “Homofobia no Senado”, em que busca defender os direitos LGBT. Nas entrelinhas, contradiz o discurso imparcial, com frases como: “Inclusão de preconceito con-

tra os gays na lei antidiscriminação é saudável, mas arrisca cercear ainda mais liberdade de expressão”. Já o Jornal Hoje, da Globo, em março, fez uma matéria sobre o projeto, cheia de erros e mentiras, isso faz refletir sobre qual seria a verdadeira intenção dessa matéria. Logo na chamada foi divulgado, erroneamente, que o projeto prevê cinco anos de prisão para quem “falar mal” de homossexuais. O que a grande mídia parece ignorar é que o PLC122 prevê punição para discriminação por orientação sexual, protegendo a todos, homo ou heteros, além de prever punição para discriminação por gênero, raça, credo nacionalidade, idosos e pessoas com deficiência. O projeto não fere a liberdade de expressão de ninguém, afinal, como poderia existir o direito de ofender, humilhar e discriminar outro ser humano?

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Sao Leopoldo

TEXTOS: alunos das disciplinas de Redação Jornalística I, II e III,

Linha Direta (51) 3591 1122

Edelberto Behs, Ronaldo Henn e Thaís Furtado. IMAGENS: alunos da

Um tendencioso Plano Diretor

disciplina de Fotojornalismo, sob orientação do professor Flávio Dutra.

Ramiro Furquim

Email: unisinos@unisinos.br Reitor: Marcelo Aquino Vice-reitor: José Ivo Folmann Pró-reitor Acadêmico: Pedro Gilberto Gomes Diretor de Graduação: Gustavo Borba Coordenador do Curso de Jornalismo: Edelberto Behs

sob orientação dos professores Anelise Zanoni, Beatriz Marocco,

Redação Jornalística III

PLANEJAMENTO GRÁFICO: alunos da disciplina de Planejamento Gráfico II de 2009/2 Amanda Fetzner, Andressa Almeida Barros, Ândrio Maier Barbosa, Clarissa Souza Figueiró, Eder Fernando Zucolotto, Eder Romeu Kurz, Eduardo Saueressig, Gabriela Zanchet Jorge, Juliana Hagemann da Silva, Márcia de Fátima Lima, Rafael Soares Martins, Ricardo Machado e Vanessa Peixoto Reis, e pelo aluno de Planejamento Gráfico II de 2010/1 Vinícius Corrêa (logotipo), sob orientação do professor Carlos Jahn. EDITORAÇÃO: realizada pela Agência Experimental de Comunicação (Agexcom). Diagramação: estagiário Marcelo Grisa, sob supervisão do jornalista Marcelo Garcia. PUBLICIDADE: Anúncio criado e arte-finalizado pelo estagiário da Agexcom Vitor Cazzuni, sob supervisão da professora Letícia Rosa e do publicitário Robert Thieme.

O poder público só lesa a sociedade. Está tão longe de dar assistência ao cidadão que já passa despercebido, incólume. Uma das atribuições que é dada à Prefeitura e à Câmara Municipal é o Plano Diretor. Basicamente o Plano Diretor é o conjunto de parâmetros que apresentam como é e como deverá ser uma cidade. Do site Wikipédia: “O Plano Diretor, tem como objetivo principal, fazer com que a propriedade urbana cumpra com sua função social, entendida como o atendimento do interesse coletivo em primeiro lugar, em detrimento do interesse individual ou de grupos específicos da sociedade.” Pois em Porto Alegre o que acontece é sempre em detrimento do coletivo. Por mais que um ci-

dadão seja gremista ou colorado, este tem o dever de se indignar com a modificação deste planejamento para as construtoras de estádios de Grêmio e Internacional. Por exemplo, para a Arena Tricolor ser “viabilizada” a altura de prédios aprovada em pleno verão porto alegrense - cidade vazia foi de 72 metros. No Plano Diretor deturpado, o limite de altura dos prédios era de 52 metros. Em época de sustentabilidade e aquecimento global, vê-se a insensatez destes que nos governam. Indicar telhados verdes, captação e reaproveitamento d’água, inserção de tecnologias de banda larga wifi por toda cidade, dentre outras medidas como faixas e estacionamentos seguros para ciclistas e aperfeiçoamento do transporte coletivo passam longe dos interesses escusos e financeiros.


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opinião

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Devon Christopher Adams

debate

Leia e pense sobre isso

Com um Kindle na mão Taize Odelli Redação Jornalística III

Quando foram lançados os primeiros dispositivos móveis de leitura digital, parte dos leitores e interessados no mercado editorial decretaram o fim do livro como o conhecemos. O Kindle e o iPad amedrontaram os editores tão acostumados com a rotina de produção de livros, já os leitores os receberam com muita alegria. Falo de leitores que adoram tecnologia, que não se importam com a plataforma onde estão as letras que consomem – seja em um livro, xérox, computador ou manuscrito. Leitores que querem saber apenas do conteúdo e prezam pela praticidade. E, convenhamos, mesmo sem ter cheiro, cor ou qualquer outro estímulo sensorial, um Kindle é muito mais prático que um livro. Por exemplo, um disposi-

tivo como esse permite que você carregue até mil obras dentro da sua mochila. Provavelmente, esse monte de livros não teria espaço nem na sua casa. A leitura em um desses dispositivos móveis também aproxima leitores. Ler é uma prática solitária, mas a aproximação de que falo tem relação com a discussão. Esses leitores possuem vários dispositivos para compartilhar trechos de livros que foram “sublinhados”, ler comentários de outros leitores, sem falar nos preços mais “em conta” ou gratuitos, uma alternativa para quem não costuma comprar livros. O digital não vai matar o livro como o conhecemos, e nem deve! Mas não temos como negar a praticidade de um desses aparelhos, ainda mais para leitores assíduos e em período universitário – como eu. Assim, aguardo ansiosamente pelo meu leitor digital.

Um livro vivo Juliana de Brito Redação Jornalística III

Não é possível ignorar as novas tecnologias, as alternativas ecologicamente corretas e as ferramentas inovadoras para tornar a leitura acessível a todos. Ficar alheio a isso é ignorar uma evolução muito positiva para a sociedade. Mas, toda vez que alguém defende os iPads, Kindle, readers e seus derivados, penso na principal razão, quase irracional, da leitura. Seja o romance policial ou a poesia, o ficcional ou HQ, estabelecemos um laço afetivo – às vezes intenso, outras imperceptível – com qualquer livro. Não reconhecer que a cada escolha de nova leitura aflora um sentimento de apego pelo livro soa como uma traição às letras. Qualquer leitura necessita de entrega para que ela contamine nossa

existência. É através dos sentidos que o livro se torna tão concreto em nossas mãos. O suporte impresso permite que, com o tato, consigamos sentir textura e densidade do livro. Diferencia-se pelo odor, deixando que o nosso olfato identifique sua conservação, percebendo o cheiro de tinta ou de poeira. E a visão, tão prejudicada pela incômoda luz de um visor, é saudada com as cores. Tanto a tela quanto o papel não perdem o principal objetivo da literatura: carregar o leitor por sua imaginação. É imensurável o quanto os sentidos, bem mais aflorados com o palpável, colaboram para a memorização das estórias. As telas tornam-se apenas retransmissoras das letras: não é exagero dizer que a tecnologia ainda não é capaz nos aconchegar como um livro com folhas amarelas que facilmente nos abraça.

Entre o digital e o impresso Natacha Oliveira Redação Jornalística III

Os livros digitais estão ganhando espaço no mercado editorial. Em fevereiro deste ano, a venda de ebooks ultrapassou pela primeira vez a comercialização de impressos nos Estados Unidos, segundo levantamento da Associação de Editores Americanos. No Brasil, a nova categoria ainda engatinha, mas a escolha pelo digital não deve demorar a acontecer, visto que eles são mais

baratos, além de serem ecologicamente corretos. O livro digital apresenta diversas vantagens. Nele é possível fazer anotações sem rabiscar nenhuma página, ajustar tamanho e tipo de fonte à sua preferência e utilizar conteúdos multimídia. A maior reclamação dos usuários de livros deste tipo é o brilho encontrado na tela dos leitores de ebooks, que dificulta a leitura e cansa os olhos. Infelizmente, a nova tecnologia irá gerar facilidades para a repro-

dução ilegal de materiais, por isto será necessário uma nova lei dos direitos autorais, para que o problema não fuja do controle. De acordo com um estudo recente da Attributor, empresa de soluções de monitoramento e antipirataria, até três milhões de pessoas baixam diariamente livros piratas. Além disto, houve crescimento de mais de 50% nas buscas por downloads de conteúdo pirata durante o ano passado. No Google, por exemplo, há entre 1.5 e 3 milhões de buscas diárias

por e-books piratas. Mesmo com o crescimento do digital, ainda existem pessoas que, como eu, preferem o livro físico. O encanto em tocar as páginas, aliado à praticidade e ao caráter lúdico dos impressos continuará determinando a preferência de milhões de pessoas em todo o mundo. Devido às preferências pessoais específicas de cada leitor, penso que livros digitais e impressos devem coexistir. Afinal, impressos ou digitais, os livros são nossa maior fonte de cultura.


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comportamento

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reportagem especial Thaís e Thays: nomes iguais, com histórias diferentes de fanatismo

A tênue linha entre amor e doença causados pelo apego exagerado ao time do coração. Quem vê a aparência formal e a conduta comedida de Thays em seu ambiente de trabalho, não consegue imaginar que, pouco tempo antes, a então adolescente costumava pintar as unhas e o cabelo de azul, preto e branco a cada jogo do seu time. “Eu era moderadora de comunidades no Orkut, algumas com centenas de milhares de membros. Participava de fóruns, chats, blogs, ia aos jogos, assistia aos que não podia ir e ouvia aqueles que não passavam na tevê. Quando tinha jogo, eu simplesmente parava de viver”, lembra. Já Thaís Furquim foi ainda mais além. A operadora de atendimento, de 33 anos, é fã incondicional da dançarina e ex-participante do Big Brother Brasil, Lia Khey. A paixão de Thaís pela ex-BBB começou no primeiro dia do programa. “Algo nela me chamou a atenção, não sabia dizer exatamente o quê. Foi mágico, sobrenatural e instantâneo. Uma voz dentro de mim disse: é ela. Era como se eu já a conhecesse de outras vidas e tivesse reencontrado”, relata a paulista moradora de Jundiaí. Thaís ainda ressalta o quanto ela e a dançarina são parecidas, com qualidades e gostos em comum, como traços de personalidade e o amor pelos animais. Só neste ano, ela foi cinco vezes ao Rio de Janeiro acompanhar Lia em

BÁRBARA NATÁLIA WILLIAM MANSQUE Redação Jornalística II

Autoafirmação e reação A recepcionista Thays Mercemburg, mesmo com apenas 19 anos, já sofreu muito por causa dos efeitos do fanatismo em sua vida. A jovem torcedora do Grêmio esconde por trás de seus traços delicados e risada espontânea uma história recente de brigas e transtornos

Fotos Arquivo Pessoal

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escritor francês Gustave Flaubert certo dia disse: “Não se faz nada de grande sem fanatismo”. Para muitos, essa citação do século XIX atualmente serve como base para uma vida inteira dedicada à devoção de vários tipos de ídolos. Por outro lado, o que pode começar sendo uma simples demonstração de afeto e admiração, em muitos casos segue rumos extremos, influenciando de forma negativa o comportamento social. O termo “fanático” é a definição do indivíduo intenso e passional que não consegue separar o real do fictício, dividindo o seu próprio mundo entre o bem e o mal. Estudos psicológicos ainda afirmam que, em muitos casos, um sujeito nessas condições é capaz de odiar na mesma proporção em que ama algo ou alguém. Mas será o fanatismo em si apenas uma demonstração exagerada de amor, ou um sintoma grave de uma doença sociológica? O professor do curso de Filosofia da Unisinos Celso Cândido afirma que é possível dividir o fanatismo em dois tipos, o autoafirmativo e o fanatismo reativo. “No primeiro, a pessoa não precisa desprezar, destruir ou renegar os outros. O sujeito é mais focado. Já o fanático reativo é incapaz de aceitar a diferença, chegando a agir com intolerância com a opinião contrária, tendo um apreço irracional extremo, assumindo assim um caráter patológico”, explica. Exemplos assim são vistos diariamente na mídia e nas relações do cotidiano. Os casos mais comuns, principalmente aqui no Brasil, são os fanáticos por futebol, fãs de celebridades, religiosos e militantes partidários. Segundo Celso, essas pessoas são reconhecidas pela visão limitada e pelo excessivo apego determinado, o que normalmente atrapalha a vida em sociedade.

ensaios de bloco de Carnaval e aparições em programas na mídia. E mais, a operadora fez questão de registrar em seu corpo duas tatuagens com o nome da ex-BBB, além de uma frase dita pela celebridade no reality show, em 2010. “Algumas pessoas dizem não entender esse amor todo, porém levo na boa, nem respondo às críticas. Acho que o corpo é meu, faço com ele o que quiser, e quem sabe do meu amor por ela sou eu”, enfatiza a fã. Nem mesmo os comentários maldosos publicados na internet abalaram o sentimento de Thaís pela diva. Na verdade, o contrário. “Amo a Lia como uma irmã e daria a minha vida por ela se fosse preciso, é um amor sincero, puro, eterno e incondicional, admiro e a amo muito.” O filósofo Celso Cândido destaca que a idolatria também é uma maneira de se identificar e ao mesmo tempo buscar uma diferença. Para o professor, o ser humano precisa de algo que transcenda ele mesmo, mas reforça que isso não pode afetar a vida da pessoa. Por isso, para a gaúcha Thays, a constante devoção pelo time de futebol acabou lhe custando mais caro do que podia imaginar. O fanatismo levou ao bullying, depressão, paranóia e isolamento. “Era quase uma doença. Quando o Grêmio perdia, deixava de ir ao colégio, pois sempre me zoavam muito, a ponto de sermos levados para a diretoria. Na internet também discutia

muito, e, se deixasse, ficava horas xingando pessoas de outros times.” Thays chegou à conclusão que o seu fanatismo, no fim, trazia mais tristezas do que alegrias. “Não aguentava mais. Minha mãe também sofria muito”, recorda a recepcionista. A decisão de mudar a situação veio com muita ajuda psicológica, da família e, principalmente, com atitude própria. Hoje, ex-fanática, a recepcionista da tevê Record não participa de comunidades, nem escreve para blogs esportivos. Thays superou o que ela mesma dizia ser uma doença, mudando as prioridades em sua vida. “Colocava o meu time em primeiro lugar, era como um namoro, eu o amava e fazia tudo por ele. Comecei a ter outras atividades e isso me fez dar menos importância ao que antes achava essencial. Tenho certeza que nada da minha época de fanatismo faz falta. Nada mesmo”, conclui. Thaís Furquim, por outro lado, continua sendo cada vez mais fanática pela Lia Khey. A ex-BBB é a referência de vida para a operadora de atendimento. “Resolvi lutar pelo meu sonho de ser atriz porque a Lia saiu de um banco onde trabalhava para ser dançarina. Eu saí do curso de Nutrição para cursar teatro. Tinha medo por ser uma profissão instável, mas ela me deu coragem, através do seu exemplo de vida e luta. Foi a minha inspiração.” Paixão: Thaís (esquerda) tatuou a frase “prefiro uma cara feia de verdade do que um sorriso de mentira”, dita por Lia no BBB


Fotos Reprodução

Opinião

A diferença está na medida Cristiane Abreu Redação Jornalística III

Tecnologia que estimula o fanatismo Chris Cocker ficou desesperado. Não aguentava mais os comentários maldosos sobre a péssima apresentação de Britney Spears no Video Music Awards 2007— evento de música televisionado pela MTV. O fã, então, resolveu gravar o vídeo Leave Britney Alone pedindo para que os as pessoas deixassem sua musa em paz. Publicou no site YouTube e virou sensação instantânea. Não que o protesto do jovem — 20 anos na época — fosse convincente, mas sua atitude lacrimejosa e desesperada diante da câmera chamou a atenção no mundo todo. Chris participou de diversos programas de entrevistas no seu país, virou estampa de camisetas e até apareceu em um clipe da banda de rock Weezer. Seu fanatismo pela cantora pop o transformou

em celebridade. Essas manifestações de idolatria são cada vez mais vistas pela internet. A facilidade e a rapidez em que se distribui a informação fazem da ferramenta uma grande aliada dos fãs na realização das mais impressionantes demonstrações de devoção. Um exemplo é a passeata que os fãs de RBD — conjunto musical formado por integrantes da novela mexicana Rebelde — realizaram contra o fim do grupo em 2008. O protesto aconteceu em diversos países da América Latina ao mesmo tempo. Só na Avenida Paulista, em São Paulo, mais de duas mil pessoas foram reunidas. Pois essa mesma tecnologia que ajuda a difundir o fanatismo também é alvo de idolatria. O documentário Secrets of the

Superbrands, exibido no canal britânico BBC, relatou o excessivo apego por marcas. A produção do programa pediu a neurologistas para analisarem o que acontece no cérebro de um fanático pela Apple, enquanto observa os gadgets produzidos pela empresa. Os especialistas colocaram um fã numa máquina de ressonância magnética e estudaram, em tempo real, as alterações fisiológicas do seu cérebro cada vez que lhe era mostrada uma fotografia de um produto da marca. Os cientistas se depararam com os mesmos efeitos de pessoas religiosas quando expostas a imagens relacionadas à sua fé. Não é a toa que se formam filas quilométricas para comprar um mero smartphone lançado pela Apple. Elas lotariam várias igrejas.

Para toda causa, um efeito O termo fanatismo surgiu no século XVIII relacionado a causas religiosas e políticas. Hoje ele é visto em outras áreas, como no futebol e na música. Segundo a psicóloga Ana Maria Franqueira, do Rio de Janeiro, o fanatismo se caracteriza por um estado psicológico alterado, de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema. “Todo o tipo de devoção exagerada é ruim e destrutivo, pois a pessoa fanática possui verdades perfeitas e absolutas”, afirma. Para a psicóloga, entre os sintomas mais comuns do fanatismo inclui-se: radicalismo, absoluta intolerância para com todos que não compartilhem suas predileções, visão maniqueísta e recurso à violência para impor seu ponto de vista.

A especialista não vê nenhum ponto positivo no fanatismo, pois quando falamos do tema já estamos tratando de um desequilíbrio. Ana Maria ressalta que esse comportamento pode ser bastante prejudicial, já que o fanático não tem como aceitar discussões ou questionamentos racionais, pois sua condição é a irracionalidade, dificultando, dessa maneira, o convívio social. “Quando se gosta de algo, essa afeição é benéfica. Porém, além de gostar, o sujeito passa a odiar, isto se torna maléfico. Sentir que algo é agradável e faz bem é ótimo. Contudo, achar que todo o resto que é diferente é ruim faz com que proliferem pensamentos, palavras e atitudes prejudiciais aos outros”, explica. O tratamento varia de acordo com o tipo de fanatismo. A psi-

cóloga exemplifica que o fanático religioso não acha que tem um desequilíbrio. Seguir certa religião e tê-la como a única verdade possível é adequado culturalmente. No entanto, Ana Maria destaca que uma maneira de lidar com um fanático próximo é tentar questioná-lo em suas verdades absolutas. “Se falamos de alguém com um fanatismo mais perto de nós, como o do futebol — que paralisa a sua vida e se afasta de amigos e da sua vida cotidiana, porque não consegue conviver com diferenças — essa pessoa precisa ser tratada com psicoterapia e, em alguns casos, com acompanhamento psiquiátrico”, aponta. Porém, o próprio sujeito precisa sentir que está sofrendo e fazendo os outros ao seu redor sofrerem também.

Sem limite: o fanatismo pode ser tão forte a ponto de uma pessoa idolatrar a Apple como uma religião ou se expor chorando na internet para defender sua musa

Flaubert estava certo quando proclamou que não se faz nada de grande sem fanatismo. Nos cinco anos que levou para escrever seu grande clássico, Madame Bovary, o autor francês embarcou na incansável busca pela “palavra certa”. Deve ter passado noites em claro e horas a fio reescrevendo frases para alcançar o impecável resultado final. Belo exemplo do que eu chamaria de fanatismo benéfico. Mas como nem todo mundo é um gênio da literatura, às vezes fica difícil canalizar toda essa energia para algo proveitoso. O fanatismo, aliás, é uma excelente desculpa para simplesmente não fazer nada. Nada realmente agregador à vida, nada que faça valer a pena a incrível devoção, nem tampouco recupere o tempo gasto em gestos e atitudes de idolatria. Os problemas começam, de fato, quando o “objeto de apego” (que pode ser um time, uma religião ou um estilo musical) vira prioridade e torna-se a única referência de identidade na vida da pessoa. No caso do futebol, a tal “corneta”, aparentemente inofensiva, causa inquietação e sofrimento. Isso sem falar nos sintomas depressivos que o torcedor derrotado passa a sentir depois que o time perde em uma partida importante. Como se vê, o exagero está na raiz do problema. Pessoas fanáticas tendem a apresentar conduta marcada pelo radicalismo e por absoluta intolerância a opiniões contrárias às suas. Na proporção em que limita outros ângulos de perspectiva, o fanatismo vira sinônimo de empobrecimento intelectual. A diferença entre remédio e veneno está na medida. A menos que você se chame Gustave Flaubert.


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Canadá, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Inglaterra são os destinos mais procurados para quem quer conciliar estudos com trabalho. Conforme a proprietária da Times Intercâmbio, Bárbara Schuh, há serviços em estações de esqui e hotéis.

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Uma forma econômica de fazer intercâmbio

(Bethina Baumgratz / Redação Jornalística I)

Cortar gastos, guardar o troco e fazer orçamentos são ações que ajudam a reduzir as despesas

Economize e alcance seus sonhos Bruno Cardoso Leandro Luz Redação Jornalística II

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er um sonho, traçar estratégias, economizar e conseguir realizálo. À primeira vista parece uma missão árdua e complicada, ainda mais quando esse objetivo necessita de um bom capital. Mas com planejamento e organização financeira é possível alcançar a meta. Quem afirma são os especialistas em economia. De acordo com a professora de economia financeira Marta Alves, o segredo para fazer o dinheiro render é economizar e ter objetivos traçados. “A pessoa deve ter em mente o sonho e buscar estratégias para chegar até ele. É preciso se reeducar e aprender a poupar”, diz. Ela avisa: “sem cortes no orçamento pessoa, a meta sempre ficará no futuro distante”. Uma das maiores dificuldades, segundo Marta, é lutar contra as tentações econômicas. “Quem quer poupar tem que resistir àquela roupa nova, ao computador mais moderno e à balada da moda. Você tem que ter o sonho sempre na sua mente”, ensina. Para isso ela aconselha espalhar fotos do que deseja comprar por todos os cantos da casa, na carteira, como papel de parede do computador e onde for possível, para sempre ter o foco em sua meta. Os planos começam cedo Ele tem menos de 25 anos e começou a traçar os planos para conquistar seus bens materiais ainda na adolescência. Os objetivos eram diferentes, mas a vontade de comprar o carro ou a casa própria era maior. O objetivo do estudante de design Henrique Caravantes era comprar um carro quando completasse 20 anos. Hoje, aos 24 anos, ele conta que guardou parte do salário logo no primeiro estágio. “Com 16 anos eu não tinha noção de quanto guardar, mas juntava pouca grana, até porque o salário não era grande”, afirma. Mesmo quando a tentação de gastar surgia, o estudante não cedia. Com o aumento das despesas nos primeiros semestres da faculdade, Caravantes mantinha o foco. “Quando eu comecei meu curso superior, os gastos aumentaram. Pelo menos sempre tive um emprego, ainda mais na minha área, desde o primeiro semestre da faculdade”. O aquecimento da economia brasileira e as facilidades de financiamento auxiliaram na compra do primeiro automóvel do universitário, mas ele revela que tinha receio de pagar prestações muito longas. Para o jovem, as noções de economia da família foram exemplo para concretizar o plano traçado ainda no primeiro estágio.

Semira Martins

Como diminuir gastos Tenha fotos ou recortes dos seus sonhos espalhadas pela casa, carteira e computador;

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l Faça uma tabela para saber quanto você tem de dinheiro, quanto falta e quanto precisa economizar por mês;

Tenho um controle total de seus gastos;

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Corte gastos e reduza excessos;

l Guarde tudo que sobrar de troco, juntando-se as moedas pode-se economizar um bom dinheiro; l Antes de comprar alguma coisa, pergunte a si mesmo se é necessário e indispensável.

“Eu poderia ter financiado meu carro em muitas prestações, mas não queria ficar pagando por muito tempo. A grana que eu tinha na poupança ajudou a pagar boa parte à vista do carro”. A técnica contábil Renata Gutierres apresenta uma alternativa para as economias renderem mais. Para ela, é importante investir em alguma aplicação financeira, para ter mais retorno naquilo que foi investido. Ela aconselha que o futuro investidor procure as orientações do gerente de um banco para decidir qual aplicação é mais rentável. “Existem várias alternativas de investimentos e o gerente pode dizer qual é o mais indicado para cada situação”, aconselha Renata. O importante é poupar As primeiras economias do técnico em informática Marllon Bandeira, 23, não tinham um objetivo, mas o que ele não sabia era que o dinheiro guardado contribuiria para comprar a casa própria da família. “Quando eu entendi que poderia ajudar minha família a conquistar nossa casa própria, percebi que meus esforços valeram a pena”, lembra. Uma técnica usada pelo jovem era anotar todos os gastos do mês. Com o controle ele tinha noção do que poderia gastar. “Agora que eu consegui algo que eu queria, continuo tentado controlar os gastos, mas nem sempre dá certo. Outras vezes excedo o limite do cartão também”, brinca. Em março deste ano, o técnico em informática iniciou a mudança para a casa nova na Zona Sul de Porto Alegre. “Quem pesquisou o local da casa e todas as questões de pagamentos fui eu. Um dia cheguei em casa com os papéis do imóvel e fiz uma surpresa e contei para minha mãe sem que ela soubesse de nada”, conta.

Esforço dobrado: com alguns sacrifícios e reeducação financeira é possível conquistar metas

Opinião

Guardar para comprar Luciana Kruse Bohn Redação Jornalística III

É o contrário do que geralmente acontece. Com a popularização do crédito os consumidores não se incomodam em passar todas as compras no cartão e deixar para pensar somente quando a fatura chegar. Pensando nisso, o Banco Central implanta neste mês a segunda etapa da Resolução nº3.919, que obriga o cidadão a pagar uma porcentagem maior do que era cobrado: de 10% subiu para 15% do total da fatura. Isso acontece para desestimular as pessoas ao endividamento com altos juros. Em 1º de dezembro essa porcentagem deve subir ainda mais, para 20%. Além destas mudanças, o banco pode ter apenas 5 tarifas referentes ao cartão de crédito, contra as 40 praticadas atualmente.

O Banco Central toma estas providências porque os brasileiros não sabem cuidar do próprio dinheiro e gastam até o que não têm. Henrique e Marllon são bons e raros exemplos que devem ser seguidos. A ideia de ajudar a família a comprar um imóvel ou de comprar seu primeiro carro com o próprio dinheiro agrada a muita gente. Mas o melhor destas histórias é o gosto que tem o bem adquirido: ele será muito melhor aproveitado se vier depois de uma grande economia, ao invés de o contrário. As dicas também ao final da reportagem são muito valiosas, inclusive tenho outra para compartilhar. Pesquise muito quando quiser alguma coisa e peça a opinião de pessoas que você confia. Se for algo necessário, você vai voltar para comprar; se não for, com o tempo a necessidade do bem passa e o dinheiro fica no bolso.


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Combustível mais caro em 2011

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O primeiro semestre deste ano foi marcado por um grande aumento nos preços dos combustíveis. A entre-safra e a elevada exportação da cana de açúcar fizeram com que a gasolina chegasse a custar R$ 3 o litro. Para economizar, gás e diesel são alternativas. (Matheus Maia Beck / Redação Jornalística I)

Semira Martins

Opinião

A arte da pesquisa de preços Fabiana Eleonora Redação Jornalística III

Pesquisa: procurar por produtos alternativos é a melhor opção para quem quer economizar

Consumidores são os alvos de um ano caracterizado pela inflação

Para reduzir gastos, o melhor é comparar MICHELE MENDONÇA MARÍLIA DIAS Redação Jornalística II

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ma conta sem uma fórmula pré-determinada. Um resultado que oscila sem aviso prévio. A inflação é quem comanda o consumo da população do Brasil. A desvalorização do dinheiro tem causado espanto pelo ritmo acelerado no ano de 2011. Como driblar as contas no fim do mês? E, principalmente, como diminuir ou manter os gastos, suprindo as necessidades cotidianas que escondem taxas cada vez mais altas? Atualmente, o cenário dos supermercados é de clientes com calculadoras, fazendo malabarismos com os números a fim de entrar em um consenso com as contas no fim da saga. O resultado é uma população com menos produtos na sacola e descontentes com o aumento dos preços. Os comerciantes também sofrem com o problema. Até então, os lucros eram dosados segundo os consumidores. Mas quando

Você sabia? l O órgão responsável por estabelecer e controlar os juros e taxas no país é o Comitê de Política Monetária (Copom). l No conceito, Inflação é a queda do poder de compra e venda do dinheiro. l Usando

o cartão de crédito você desacelera a inflação e a alta dos preços.

estes optam por comprar menos, surge a sombra da competitividade e junto, a estagnação das vendas. O jornalista Luiz Damasceno Júnior, 26 anos, mora sozinho há três anos e encontrou uma saída para a crise. Ele afirma que os compradores podem optar por produtos com preços mais acessíveis, seja pela marca ou pela substituição de pratos, como trocar feijão por lentilha. “Acho que a gente deve redobrar a atenção quanto à variação dos preços e, no caso de gêneros alimentícios, aproveitar a con-

juntura de inflação pra diversificar o cardápio”, conta. O jornalista também afirma que tem escolhido andar a pé, ao invés de pegar o carro. “Aproveito que agora o tempo está ameno e economizo na gasolina”, concluiu. Segundo o IBGE, a gasolina e o etanol são as principais vítimas do índice inflacionário. No Rio Grande do Sul, o preço da gasolina teve um acréscimo de R$ 0,0677 por litro. No caso do etanol, o imposto incide sobre a aquisição do produto pelos postos de combustíveis, podendo haver variações de valores entre as revendas. Uma das medidas adotadas pelo governo para solucionar o problema econômico do país é o acréscimo da taxa de juros básicos, uma estratégia que visa implementar e elevar o uso do cheque especial, crediários e o cartão de crédito. Outra opção reforçada é os fabricantes aumentarem a produção de matéria-prima alimentícia, que causa o acúmulo de estoque e, consequentemente, a baixa dos preços no destino final, o consumidor brasileiro.

Apertar o cinto mais e mais é a ordem. A inflação volta a subir, e desta vez não há como as autoridades negarem o fenômeno, pois o índice foi apurado pela Fundação Getúlio Vargas. Os alimentos foram considerados responsáveis pela alta atingida no mês de maio, e a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) contabilizou nos doze meses que se encerraram em abril a alta de 6,51%, ultrapassando a margem de tolerância estipulada para o ano pelo Banco Central. Com o feijão mais caro, fica a nosso encargo equilibrar o orçamento sem cortar o básico: aluguel alimentação ou transporte. Mas como fazer isso? As possibilidades começam pela arte da pesquisa de preços. Não se trata de ir a diversos estabelecimentos para averiguar os preços, e sim de realizar a pesquisa presencial em dois mercados e avaliar os encartes de ofertas dos outros. Só não adianta ir a um bairro distante para comprar um ou dois produtos que tenham pequena diferença de preço, pois se gastaria o lucro almejado em combustível e não se estaria mais fazendo economia. A substituição de produtos por similares é uma alternativa. As carnes de frango e de peixe entram no cardápio no lugar da carne vermelha com o aval dos nutricionistas. Já frutas, verduras e legumes da estação custam menos devido à safra e são mais saborosos. Alguns alimentos industrializados, como os iogurtes, são de mesma qualidade, apenas mudam de nome. Não vale trocar todos os produtos que a família gosta de uma vez: poderia comprometer a aceitação da estratégia. É importante verificar o que falta e fazer uma lista que pode conter suprimentos para todo o mês, quinzena ou semana. Isto resolve o problema de ir com a idéia de comprar poucos itens e voltar com o que não se precisa. Com jeito e flexibilidade dá para conter os gastos em alimentação. O que não se deve é gastar mais em uma época em que todos estão ganhando menos.


Economize hoje para ter amanhã

economia

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Unisinos

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Junho/2011

SXC.HU

Economizar o dinheiro do salário ou da mesada é costume de muitos jovens, mas conscientizar os mais consumistas sobre o hábito ainda é um desafio. Uma dica é anotar todos os gastos do mês para no final analizar o quanto foi gasto sem necessidade. Além de guardar moedinhas para depositar na poupança. (Camila Luz/ Redação em Relações Públicas II)

Caminhão vende produtos mais baratos na Unisinos

Débora Oliveira Redação em RP II

Ao ingressar na universidade muitos estudantes desejam concluir o curso no período mínimo estabelecido pela entidade de ensino. Ponto importante que indica a crescente procura por alternativas de financiamentos educativos. Para que haja acerto na escolha é imprescindível realizar uma análise no momento de optar pelo financiamento que melhor se adeque às condições socioeconômicas do estudante. Recém formada em Administração de Empresas pela PUC, Carolina de Castro, 30 anos teve o curso financiado pela Aplub. Segundo a administradora, antes de optar pelo financiamento, não conseguia cursar todas as disciplinas, o que a desmotivava. “Es-

colhi o crédito educativo para conseguir concluir minha graduação no menor tempo possível,” diz Carolina, que já iniciou o pagamento do financiamento. Segundo a professora e coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Unisinos, Drª Angélica Massuquetti, a melhor condição de financiamento deve ser analisada pelo estudante com o apoio dos setores de bolsas de estudos e de financiamento estudantil das instituições de ensino. “ A utilização de financiamentos educativos é opção para os estudantes que não têm condições de cobrir integralmente o investimento no ensino superior. A graduação eleva chances de aumento salarial, ou seja, as oportunidades financeiras para o acesso ao ensino superior devem ser aproveitadas,” explica a economista.

Ambulantes participam do mundo do futebol Dijair Brilhantes Redação Jornalística I

Os ambulantes são coadjuvantes do futebol. Estão presentes nos estádios desde os primórdios do esporte e, longe da realidade vivida por atletas profissionais, técnicos e dirigentes, eles fazem parte do espetáculo, embora sejam pouco notados. Normalmente, as pessoas que vão aos estádios de futebol com freqüência procuram um ambulante específico, devido ao bom atendimento ou pela qualidade do produto oferecido. O porto-alegrense Virgulino Teixeira, 59 anos, vende cachorro-quente há 17 anos em frente ao estádio Olímpico, em Porto Alegre, e tem clientes exclusivos. “Já aconteceu de eu não poder vir a um jogo e meus clientes me questionarem isso. É gratificante saber que eles gostam do ‘meu

cachorro-quente’”, contou Virgulino. Em um bar nas redondezas do estádio Olímpico, onde se reúnem as torcidas antes dos jogos, já foi contabilizada a venda de 15 a 20 caixas de cerveja de uma vez só. Dentro do estádio também há trabalho informal. Jonas Nascimento tem 18 anos e vende pipoca. “Foi um uma maneira que eu encontrei para começar a trabalhar.” O vendedor espera a liberação do serviço militar para começar a procurar um emprego formal. As chamadas copas dos estádios também viveram momentos de turbulência no passado, logo que proibiram a venda de bebidas alcoólicas nestes locais. “O movimento estava muito fraco naquela época, mas agora melhorou bastante”, disse Jorge, um dos funcionários da copa, que temeu perder seu emprego.

Bárbara Barbieri

Crédito educativo acelera graduação

Economia garantida: mais de 160 tipos de alimentos são vendidos a preços acessíveis na Feira do Caminhão Bárbara Barbieri Redação em RP II

“M

oça bonita não paga, mas também não leva”. O ditado é repetido em feiras de todo o Brasil. No campus da Unisinos, em São Leopoldo, não é diferente. Há cerca de quatro anos, uma parceria entre a Associação de Funcionários (AFU) e um distribuidor de alimentos, fez surgir a “Feira do Caminhão”, como é chamada pelos frequentadores. Todas as terças e sextas-feiras o veículo é estacionado próximo ao portão principal da universidade.

São comercializados diversos produtos, com foco em lanches rápidos, individuais e de baixo custo. Silvana de Lima dos Santos, 47 anos, funcionária da AFU há 19 anos, confirma que “a feira é importante por questões como a facilidade de acesso e o bom preço”. Para Altamir da Silva Cezar, 42, responsável pelo caminhão, o diferencial é a qualidade e a variedade dos produtos (mais de 160 itens). Existem planos para a disponibilização do serviço uma vez por semana durante o turno da noite. Segundo Silvana e Cezar, o atual

presidente da AFU, Juliandro José Noronha, apóia as negociações e é bastante acessível para o contato com fornecedores. A propaganda boca-a-boca é a maior responsável pela divulgação da feira. A estudante e funcionária da Unisinos, Tainá Bücker, 27, começou a comprar produtos da feira por influência dos colegas e afirma que, caso aceitassem cartões de crédito, compraria muito mais. Contudo, para os próximos meses, o caminhão passará a aceitar pagamentos efetuados com cartões de crédito e débito.

Gaúchos buscam oportunidades na China Fernanda Schmidt Redação Jornalística I

Desemprego e crise. Essas foram as palavras que marcaram a rotina dos trabalhadores em meados de 2007. Muitos gaúchos que tinham renda a partir da fabricação de sapato no Vale dos Sinos foram em busca de oportunidades. Viajaram para a China. A hamburguense Anelise Schmidt, 42 anos, é um exemplo. Apesar da qualificação e da experiência no setor, embarcou em 2001 para encontrar segurança. Hoje, ela trabalha em uma empresa que

revende couro e não se arrepende de ter largado tudo. “Aqui, encontrei o que não achava no Vale dos Sinos”, comenta Anelise, que já tirou bons frutos dos benefícios, como viagens, um carro e um apartamento. “Recompensa”, completa. Entretanto, muitos trabalhadores enfrentaram a crise. Ermes Schmidt, 46 anos, irmão dela, também trabalha na área. Esteve seis meses desempregado em 2006 e, hoje, apesar de o mercado ter se recuperado, acredita que vale a pena trabalhar no Exterior: “Não só pelo dinheiro, a qualidade de vida tam-

bém é melhor”. Segundo o economista Achyles Barcelos, em entrevista ao site IHU On-Line, a crise de 2007 aconteceu por dois fatores: a taxa de câmbio e a concorrência chinesa. Hoje o setor está recuperado e um dos motivos foi a alíquota de US$ 12,47 imposta por par de calçados importados. Um alívio para os trabalhadores, que, assim como Ermes, escolheram a região e o calçado para seguir na profissão. E quem foi, como Anelise, pensa na possibilidade da volta: “O mercado está estabilizado no Brasil, vale a pena pensar em voltar pra casa”.


Governo cria projeto para diminuir a pobreza

política

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Unisinos

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Junho/2011

Divulgação

A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação do Plano Brasil Sem Miséria, que tem por objetivo principal a retirada de 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. A elevação da renda familiar, mais acesso aos serviços públicos e ações de cidadania são algumas das outras metas. (Ana Paula Figueiredo / Agexcom)

Para entrarem em vigor em 2012, propostas de mudanças devem ser votadas até outubro

A tão esperada reforma política Bárbara Bauer

JAIRTON CAMISOLÃO LUCIANO PACHECO Redação Jornalística II

H

á duas décadas se discute uma reforma política no Brasil. Aparentemente desta vez o projeto sairá do papel. Do conjunto de mudanças propostas, sete delas estão relacionadas às regras eleitorais. Duas são polêmicas e poderão acirrar a disputa: o financiamento das campanhas e a forma atual de escolher os representantes do legislativo. Senado e Câmara estão trabalhando de forma independente sobre o assunto. Ao todo são 15 senadores e 40 deputados federais que buscam chegar a um consenso. Um dos pontos mais discutidos é quanto à forma de eleger vereadores e deputados. O formato hoje é conhecido como lista aberta. Vota-se tanto nos concorrentes quanto na legenda. Na proposta apresentada, o Brasil seguiria o modelo de países como a Espanha, Portugal e Argentina, onde o sistema chama-se lista fechada, no qual o eleitor vota no partido e não no candidato. Na opinião do cientista político Adelmo Moraes de Almeida, a alternativa é a ideal. Entretanto, para ele, a votação majoritária - que também está na pauta de discussões, no qual o candidato com maior aporte financeiro consegue se eleger - seria um prejuízo. O fato é que a lista fechada é utilizada em vários países há muito tempo. Portugal e Espanha, depois de anos enfrentando regimes autoritários, optaram por esse sistema e o mantém até hoje. Argentina e Costa Rica, países da América Latina com maior representação feminina em seus legislativos, utilizam o método. O Brasil conta em sua população com uma maioria de mulheres e tem apenas 45 deputadas federais em um universo de 513 vagas. Aqueles que se posicionam contra alegam que esse modelo pode criar o que se chama de “partidocracia”, conferindo tal poder aos partidos, levando-os a serem os mais importantes no cenário político. A mudança proposta também afasta o candidato do eleitor e tira do segundo o direito de escolher um nome para representá-lo. Outro ponto polêmico que deve ser alterado é a forma de financiamento das campanhas. A proposta dos senadores é de que somente dinheiro público seja utilizado. Atualmente, o Brasil utiliza o sistema misto, ou seja, a verba vem tanto desse setor quando de fontes privadas. Segundo eles, a mu-

Pausa prolongada: caso o projeto seja aprovado, eleitores irão às urnas a cada quatro anos

Opinião

Mudanças necessárias Éderson Silva Redação Jornalística III

A reforma política nacional chega a um momento oportuno, culminando em um amplo debate no Brasil já que o país está imerso em uma grande discussão sobre esse cenário. Em uma sociedade globalizada e com anseio de mudanças, a esfera política nacional não atende as necessidades desta constante renovação. Além disso, o sistema político se vê em um grande abismo cheio de perigos, lidando com a descrença das pessoas, denúncias, brigas e partidos fragmentados que pouco acrescenta ao fortalecimento da democracia no Brasil. A sociedade brasileira tem no voto o seu principal instrumento para exercer a democracia e a cidadania, frente a um mundo moderno. Por isso precisa de um sistema político sólido. Há uma

necessidade de uma ampla participação da população nos novos rumos do país, pois o poder democrático só é exercido quando há liberdade, debate, integração e motivação de maneira bilateral. O Brasil não pode mais andar para trás. Chegamos a um ponto crucial para a nação. O lema da bandeira nacional, ordem e progresso, jamais podem ser esquecidos por aqueles que nos representam, porque uma nação só se faz uma nação quando há compromisso e respeito recíproco entre ambos. Para uma verdadeira reforma acontecer, ela não pode ocorrer somente no papel, mas, deve ser sentida presente na vida diária do cidadão. Deseja-se uma revolução no sistema político que traga vida, credibilidade e confiança a milhões de Brasileiros incrédulos da eficiência da gestão de seus representantes.

dança para lista fechada barateia os gastos nos pleitos. E a proibição de doações minimiza a corrupção. Para ser ter ideia do quanto é investido nas campanhas, as candidaturas a deputado federal gastaram cerca de R$ 190 milhões em 2002, o valor superou R$ 800 milhões em 2010. Espera-se com as mudanças reduzir esses números, uma vez que a imagem do candidato não será tão importante quando a do partido. Faltando pouco mais de um ano para o pleito eleitoral de 2012, em que serão eleitos prefeitos e vereadores dos 5.565 municípios brasileiros, o fim da reeleição e o mandato de cinco anos também estão na pauta de debates. Se as propostas forem votadas até outubro, já passarão a valer para as próximas eleições. A câmara já aprovou as duas mudanças e, se passar pelo congresso e tiver a sansão do palácio do planalto, só passaria a valer para a presidência da republica e governadores de Estados a partir de 2014. Para o jornalista político Paulo Correa Lopes, a reeleição é o ponto menos importante do debate, pois se os políticos não fazem um bom mandato, a própria urna acaba não os reelegendo. Quanto à forma de eleger deputados e vereadores, ele entende que a mais coerente seria o voto majoritário. No entendimento de Lopes, os mais votados são aqueles que têm que ser eleitos. Partidos debatem assunto As questões são tão polêmicas que não há consenso nem dentro do próprio governo. Para o PT, sigla da presidente Dilma Rousseff, a reforma política tem de ser debatida com a sociedade. O PMDB, do vice- presidente Michel Temer, sofreu um racha porque não está conseguindo fechar uma posição sobre o tema. No PSDB, principal partido de oposição ao governo, o assunto ainda está sendo discutido em parceria com institutos de formação políticas ligados aos tucanos. “Se a reforma política for feita de maneira correta, o país ganhará muito. Caso contrário o Brasil só tem a perder”, disse o cientista político Adelmo Moraes de Almeida. Se o conjunto das mudanças propostas for aprovado, as eleições entrarão em uma nova fase. Mais do que alterar a forma de se eleger e ser eleito, o que a reforma proporcionara será uma transformação no modo de se fazer política.


Motores turbo voltarão à Fórmula 1 em 2013 10

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ceaimore.com.br

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O Conselho Mundial da Fórmula 1 confirmou a volta dos motores turbo em 2013, ausentes desde 1988. Também foram aprovadas limitações técnicas nos câmbios e no peso total dos carros, que não poderá ser inferior a 660 quilos. O objetivo das mudanças é reduzir em 35% o consumo de combustível.

Opinião

Índio Capilé fora da Segundona Gabriel Pereira dos Reis Redação Jornalística III

Um dos mais tradicionais clubes do Rio Grande do Sul, o Clube Esportivo Aimoré terá que conviver com algo nunca antes ocorrido em sua história, a Terceira Divisão Gaúcha. No dia do rebaixamento, 17 de abril, o Aimoré fazia uma tímida torcida para o Sapucaiense, seu maior rival, mas o seu duro esforço foi insuficiente e o clube rubro-negro perdeu para o Guarany-CAM, rebaixando automaticamente o time do estádio Monumental Cristo Rei. O clube de sete décadas e meia de vida terminou em 24º lugar na Segundona do Gaúchão 2011 decepcionando os torcedores aimoresistas, que durante todo o campeonato jamais cogitariam um rebaixamento do Índio Capilé. O clube não montou um time competitivo, mas estava longe de ser uma equipe que conviveria com os lugares mais baixos da tabela de classificação. Círio Quadros, treinador que rebaixou o clube de Sapucaia do Sul abriu mão da metade de sua rescisão, pois entendeu que teve parcela de culpa no sepultamento da equipe na Segundona. Os aimoresistas ainda procuram respostas convincentes para tal acontecimento e buscam forças para enfrentar as duras batalhas que estão por vir na Terceirona. Trabalho este que exigirá muito apoio e provará quem são os verdadeiros torcedores. Não há tempo disponível para lamentos e discursos raivosos por parte dos aimoresistas, que devem buscar novas energias e colocar o velho Índio Capilé em seu devido lugar, que é a série A do Campeonato Gaúcho, de onde nunca deveria ter saído.

Dificuldade: clube já consagrou vários jogadores, mas hoje vive um momento de contenção de gastos para tentar se reerguer

Mesmo na terceira divisão, torcida não deixará de acompanhar o Aimoré

Rebaixados e idolatrados Camila Capelão Édson Luís Schaeffer Redação Jornalística II

O

rebaixamento do clube de futebol de São Leopoldo para a terceira divisão do Campeonato Gaúcho não tira a paixão de seus fieis torcedores. Ele já foi vice-campeão gaúcho, mas há anos não consegue voltar à primeira divisão. Em abril deste ano, teve mau desempenho na segundona gaúcha e foi rebaixado para a terceira divisão. O Clube Esportivo Aimoré, também conhecido por Índio, já consagrou vários jogadores, como o ex-técnico da seleção e que, anos depois, trouxe o Pentacampeonato para o Brasil, Felipão. A derrota não afastou os mais apaixonados pelo clube. A torcida até se mobilizou para fazer um protesto por conta do rebaixamento. Para o torcedor Ismar Kötz, a culpa da situação atual do Clube não é apenas de uma pessoa, quando se trata de um esporte coletivo. “Todos tem uma parcela de culpa: direção, comissão técnica, jogadores e, até mesmo, a torcida”, ressalta. O torcedor acredita que, para levantar o Aimoré, a comunidade leopoldense, incluindo empresários e o Poder Público, devem dar apoio financeiro. “Para um clube se manter sempre na ponta de cima, precisa de jogadores qualificados, mas isso envolve um suporte financeiro muito bom”, acredita Ismar. O fato de seu time estar na terceira divisão do Gauchão não é problema para Álvaro Blanco, mais conhecido como

Digue, que não esconde sua paixão pelo Aimoré. Até porque ela é visível. Ele tem tatuado em seu corpo o símbolo maior do clube, o Índio Capilé. “Desde que nasci, o Aimoré é uma religião, o elo de ligação da família”, revela. Sua paixão pelo time vem da influência de seu pai, que torce para o Índio desde criança, vendo, inclusive, o Aimoré ser vice-campeão do Gauchão em 1959, na final contra o Grêmio. “Desde lá meu pai foi acumulando funções e, em 1978, se tornou o presidente mais jovem da história do Clube”, expõe. Fato esse que levou Digue a ficar fanático pelo Aimoré. “Outra razão forte pela minha paixão foi o fato de morarmos a uma quadra do estádio, o que fez o Cristo Rei (estádio do clube) ser quase nosso pátio de casa”, conta. Sobre o rebaixamento, ele acredita que isso ocorreu por causa da escalação de um time fraco, sem nenhum jogador conhecido no Estado. “A nova direção trouxe jogadores desconhecidos do Nordeste, que nunca haviam jogado no Sul. O resultado foi desastroso. A culpa foi da direção em não saber montar um time forte”, lamenta Digue. “Clubes pequenos dependem muito de os diretores serem também torcedores, que façam aquilo por amor, senão o resultado é desastroso”, observa. O torcedor acredita que a torcida vai diminuir muito. “Eu vou continuar indo ao estádio, porque torço para o Índio independente de qualquer diretoria”, declara Digue, que não deixou de

acompanhar nenhum jogo do Aimoré, dentro e fora de casa. A terceira divisão começará em agosto de 2012. “Será a verdadeira caravana da miséria, apenas com times amadores sem apoio financeiro algum. Na segunda divisão, os clube recebem cota de teve, patrocinio do Banrisul, da Claro, coisas que não teremos na terceira divisão”, compara. Hora de conter gastos Presidente do clube desde o ano passado, Márcio Picoli, salienta que futebol é um investimento financeiro. “Sem ele não se consegue montar um bom time”, ressalta. As campanhas criadas em 2010 para sócios vão continuar este ano, conforme o presidente. “Quando assumi, eram apenas dois planos de mensalidade, hoje há quatro, um deles com o valor bem acessível”, expõe. Mas o momento é de conter gastos. Como alternativa para driblar custos extras e continuar contratando jogadores, os médicos do Esporte Clube Aimoré estão fazendo uma triagem com atletas da região, para evitar despesas com alojamento. “Temos contratos que foram assinados no início do ano e que têm duração de doze meses. Isso irá nos ajudar nesse momento”, diz Picoli, que necessita do apoio do Poder Público e da torcida para levantar o Índio. Mas, mesmo estando na terceira divisão, a paixão de Digue, e também a de Ismar, pelo Aimoré não acaba. Prova de que, mesmo com dificuldades, a torcida consegue ser fiel ao seu time.


Grêmio contrata o atacante Miralles

esporte

O atacante argentino Ezequiel Miralles foi apresentado como novo reforço do Grêmio para a temporada. Miralles estava no Colo-Colo, do Chile, e terá liberação judicial para jogar a partir do dia 20 de junho. O volante Gilberto Silva também foi contratado pelo Tricolor.

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http://dibjr.wordpress.com/

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(Guilherme Endler / Agexcom)

Esporte Clube Novo Hamburgo completa 100 anos e reforça categorias de base

Anilados comemoram centenário Marília Bissigo

Cássia Oliveira Cássio Pereira Redação Jornalística II

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ovo Hamburgo, cidade que divide os vales do Sinos e Paranhana, não sente orgulho apenas por ser a capital nacional do calçado. Outro sentimento aflora há 100 anos no coração dos moradores. Muitos não torcem para o Grêmio, nem para o Internacional, os dois principais times de futebol do Rio Grande do Sul. O coração bate mais forte mesmo quando o Estádio do Vale abre as portas e o Esporte Clube Novo Hamburgo entra em campo. No início do mês de maio, o “Nóia”, como é conhecido o clube, comemorou seu centenário, feito incomum para times fora de Porto Alegre. Distante 40 quilômetros da capital, o clube sofre com dificuldades estruturais e financeiras, assim como os demais clubes espalhados pelo interior do Estado. Além disso, fez uma campanha tímida no último Campeonato Gaúcho. Mesmo assim, não deixou de receber apoio das arquibancadas. Prova dessa estreita relação é o recente fortalecimento das categorias de base. O volante Márcio Rã é um jogador extremamente identificado com o Esporte Clube Novo Hamburgo. Desde 2003, entre idas e vindas, são mais de 100 jogos com a camisa azul anil. “E não foi por falta de propostas, eu realmente me sinto bem aqui, eu quis ficar”, salienta. Aguerrido, unindo técnica e força, é uma unanimidade entre os torcedores anilados. “Fico muito feliz por fazer parte dessa história. É um clube que vem num crescimento constante”, afirma o atleta, que, no entanto, vai jogar a próxima temporada no Caxias, time da Serra Gaúcha. Mesmo com a provável partida, Márcio Rã não esconde que o Nóia é seu time do coração. “Sempre procuro me dedicar ao máximo nos clube por onde passo, mas principalmente aqui. Novo Hamburgo é a cidade onde moro, o time que me acolheu quando voltei do exterior, que me deu muitas alegrias. Aqui me sinto em casa.” Sintonia com o clube Apesar da ausência de títulos recentes, o Nóia conta com uma torcida apaixonada. Em 2008 surgiu a Confraria Anilada, que conta com 350 participantes. Com camisa personalizada, a torcida se encontra uma vez por semana e em dias de

Treinamento: Novo Hamburgo prepara-se para fazer bonito no aniversário de cem anos do clube

Opinião

Amor centenário Rafael Kehl Redação Jornalística III

É indiscutível a paixão do brasileiro pelo futebol. É preciso fôlego para tentar entender este fascínio por 22 jogadores correndo atrás de uma bola. Enfim, o que leva multidões a vestirem a mesma camisa, indiferente de raça, cor, idade ou classe social, unidos, aguardando o momento da rede balançar? Que magia é esta? Seriam necessárias muito mais que algumas linhas para desenvolver uma tese sobre isto e, ainda assim, não seria fácil encontrar respostas para explicar tanta paixão. Paixão, palavra facilmente encontrada no dicionário do futebol, porém difícil de entender. É mais fácil compreender o amor do torcedor de um clube da elite do futebol. Afinal, grandes títulos

servem de alimento para aumentar esse amor. Mas e quando estes títulos não existem e você vive à sombra de duas potências do futebol nacional? É neste momento que aparece o verdadeiro torcedor. Falta dinheiro, estrutura, jogadores de maior qualidade, cobertura midiática, mas não falta o principal, o apoio da torcida, o maior patrimônio que um clube de futebol pode ter. E é nesta fidelidade de seus torcedores, que o centenário Esporte Clube Novo Hamburgo se apega e credita o crescimento da entidade nos últimos anos. É comum ao andar pelas ruas de Novo Hamburgo encontrar camisas do Grêmio e do Internacional. Mas basta assistir a um jogo no Estádio do Vale, ao lado da torcida anilada, para saber que o coração do torcedor, o verdadeiro, bate forte apenas pelas cores alvi-azul.

jogo. E mesmo quando o time não está disputando campeonatos, o encontro acontece. “São amigos que se reúnem em função do Esporte Clube Novo Hamburgo. Quando estamos disputando campeonato, são discutidas as atuações tanto do clube como de algum jogador”, explica um dos integrantes, Evandro Lover Schmidt. Com dívidas praticamente quitadas, novo estádio com acomodações mais adequadas e um time considerado um dos melhores do interior, era esperado pela torcida que o Novo Hamburgo chegasse às finais do Gaúchão de 2011, o que não ocorreu. Ainda assim, a torcida mantém a confiança para os próximos campeonatos. “Recentemente a aposta foi em grandes jogadores, mas que estavam no fim de carreira. E isso não deu certo. É preciso mudar de estratégia, investir nos jovens e, assim, trazer bons resultados. Hoje já se tem planos para, em poucos anos, o Novo Hamburgo formar jogadores em sua categoria de base profissionalizada”, ressalta Schmidt. Marcos Fezzi, ex-presidente do clube e dirigente há mais de 40 anos, representa aquele torcedor que se envolveu com a administração do clube para vê-lo crescer. “Quando assumi o conselho pela primeira vez, poucos estavam presentes na reunião. Não chegava a 20 pessoas, e fui convidado a assumir a presidência do conselho”, recorda Fezzi. Ele não sabia exatamente qual seriam sua funções, mas já vivia o dia a dia do clube e por isso aceitou o desafio. A paixão de torcedor se mistura às expectativas do dirigente. Segundo o ex-jogador e atual dirigente do Novo Hamburgo, Sandro Blum, as festividades alusivas ao centenário seguem até maio de 2012. Ele chegou ao Nóia em 2005 e logo criou um forte vínculo com o clube e com os torcedores. Blum destaca o trabalho sério que a direção vem realizando e prevê, em breve, novas glórias para o anilado. “A gente está melhorando, trabalhando, e vai chegar o momento em que vamos conquistar um novo título.” E completa: “Mas para isso, precisamos contar com o apoio do torcedor”. Blum ressalta a atenção que o clube está dando para a formação de jogadores nas categorias de base, que já contam com alojamento, nutricionista e, inclusive, um olheiro. “A cobrança por resultados começa desde baixo. Também temos que formar equipes vencedoras nas categorias intermediárias”, destaca Blum.


De gari à maratonista, um corredor campeão

esporte

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João Marcos Fonseca, o João “Gari”, vencedor da 28ª Maratona Internacional de Porto Alegre, usou o mesmo “método” de treinamento do colega Solonei Silva, vencedor do ano passado. Por 11 anos João correu atrás de um caminhão de lixo e deixou a função para se tornar um maratonista profissional. (Paula Silveira / Redação Jornalística I)

Antigo Santa Rosa recebe as divisões de base do Anilado

Rafael Martins Redação Jornalística I

Num tempo bem próximo, a comunidade da Vila Farrapos, situada no norte de Porto Alegre, poderá usufruir de 25 praças, dispostas de forma centralizada, a cada conjunto de três ou quatro quarteirões, que estão sendo reurbanizadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), num total de 3,8 hectares. Neste espaço serão implantadas nove quadras esportivas, quatro pistas de skate, 18 recantos infantis com brinquedos e um conjunto de equipamentos de ginástica. A revitalização faz parte do Projeto Integrado Entrada da Cidade (Piec), um programa que teve início em 2002. Ele integra um dos maiores programas habitacionais em andamento no Brasil, com investimento de

quase R$ 2 milhões. Esse conjunto de obras atende mais uma das necessidades que essa região carente da cidade vem passando ao longo dos últimos anos. “A reforma nas praças, muito mais do que um projeto que valoriza o bairro, dotando-o de novas áreas de lazer, faz parte de um sonho de infância de vários guris que nem eu”, afirmou o morador Mário Machado Lima, 30 anos, que reside no bairro desde que nasceu. As praças da nossa região são muito utilizadas. “Aqui vivem pessoas que não vão à praia, ao clube. O momento que a comunidade enxergar os primeiros trabalhadores arrumando nossas praças, vai ser muito feliz”, destacou a presidente da Associação Comunitária Barcelona, Lurimar Fiúza, 63, moradora há 43 anos do bairro.

Sapucaiense volta ao futebol só em 2012 Joane Garcia Redação Jornalística I

O Grêmio Esportivo Sapucaiense vai fechar as portas no primeiro semestre de 2011. O clube está liberando os jogadores que foram contratados para disputar a Série B do Campeonato Gaúcho de Futebol 2011. Mesmo com o clube devendo por volta de 600 mil reais, o presidente Ibanor Catto afirmou que a situação do clube está sob controle, pois conseguiu renegociar a parte maior da dívida. Presidente e também vice-prefeito de Sapucaia do Sul, Ibanor Catto frisou que o clube está impedido de receber qualquer verba pública atualmente, devido a problemas jurídicos na entidade. Ele informou que a administração do clube está efetivando as rescisões trabalhistas dos jogadores que estavam vinculados ao Sapucaien-

se. A atual diretoria herdou dívidas que estão pendentes desde 1953, informou Ibanor. O clube tinha um débito aproximado de R$ 2 milhões, mas com a criação de um conselho de gestão o Sapucaiense já negociou com credores aproximadamente R$ 1,6 milhão. A administração do clube tem a situação sob controle e está projetando 2012 para investir mais forte no futebol. O time principal não vai seguir treinando durante esse semestre, apenas as equipes de base juvenil e categoria junior. De acordo com o Secretário de Esportes e Lazer, Guilherme Vieira Filho, existe um incentivo financeiro da administração do município que é passado para o Grêmio Esportivo Sapucaiense, mas que o clube só vai voltar a utilizar a verba quando quitar suas contas, revelou.

Luís Francisco Caselani

Vila Farrapos aguarda reforma de 25 praças

Promessa: sob o olhar dos treinadores, infantis e juvenis dividem o campo que já pertenceu ao Noia Luís Francisco Caselani Redação Jornalística I

O

terreno que antes abrigava o Estádio Santa Rosa está à venda. Já sem arquibancadas, restam apenas o gramado, as duas goleiras e o escudo sujo de seu antigo dono. A área pertence, desde 2002, à Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur), mantenedora da Universidade Feevale. Ela serve agora como sede para treinos das equipes de base do Esporte Clube Novo Hamburgo (ECNH). O estádio foi comprado através

de leilão, sendo rebatizado de Complexo Esportivo Feevale. A aquisição surgiu para a Aspeur como um investimento financeiro. Eles ainda aguardam proposta de compra de alguma construtora. Mais prédios serão construídos na Vila Rosa, bairro residencial onde fica a área. O valor estipulado do terreno é de R$ 11 milhões. Essa quantia possibilitará a melhoria na infra-estrutura dos dois campi da universidade, conforme depoimento de Argemi Machado de Oliveira, presidente da Associação. Durante quase um ano, o terreno ficou às moscas. Após reclamações

de moradores do bairro, o mato foi cortado, e se percebia um gramado ainda praticável. Com isso, no início desse ano, o clube passou a utilizar o que resta de sua antiga casa para as divisões de base. Elenise Martins, assessora de comunicação do Novo Hamburgo, disse que a Feevale cedeu o terreno para os treinos. “Como nosso novo complexo abriga apenas o gramado principal e um suplementar, faltava espaço para algumas das categorias”, disse. Em troca a esse empréstimo sem custo, o ECNH cuida do gramado e do resto do terreno.

Sabará faz 52 anos e ultrapassa gerações Diego da Costa Redação Jornalística I

A Sociedade Esportiva Jardim Sabará, tradicional clube da zona norte de Porto Alegre, está completando 52 anos de paixão pelo futebol amador. Atualmente, são cinco times das mais variadas categorias que atuam durante o final de semana em campeonatos citadinos. Criado em 1959 por jovens moradores do bairro, o Sabará atravessa gerações e conquista pais e filhos. Os jogadores são formados por cerca de 120 associados que con-

tribuem com 50 reais por mês para a sobrevivência das instalações do clube. Os jogos são disputados aos domingos das 11h às 15h. Para otimizar os custos e bancar uniformes e vestiário, o estádio do Sabará é alugado de segunda à sexta para a Escolinha do Internacional. Emerson Lima, 42, ex-morador do bairro e radialista da rádio comunitária Integração 89.7 FM, de Cachoeirinha, sente orgulho em ver o clube seguir na ativa. “ O Sabará é uma tradição com a qual me criei. Vi meus tios e irmãos jogando ou assistindo os seus jogos”, contou. O ex-técnico do misto D do

Sabará, Alfio Mendes, 59, sabe na ponta da língua a escalação que treinou em 1984 e que julga ser a melhor da história: Victor; Romildo, Banana, Scalla e Walmir; Cabelo, Caminhão e Julinho; Quinha, Itacir e Charutinho. “Durante dois anos ganhamos tudo o que podíamos, aquilo sim era futebol ”, destacou. Os adversários tradicionais do Sabará sempre foram o Educandário e o Vasco, da Vila Jardim. O Maringá Futebol Clube, seu maior rival, não vive um bom momento e ficou fora do campeonato da última temporada.


Alimente-se como um atleta

saúde

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Se a intenção é emagrecer ou ganhar massa muscular, a alimentação na vida dos praticantes de atividade física deve ser feita com cuidado. A combinação de nutrientes, boa qualidade no sono e treino adequado são necessários quando se quer manter uma ótima saúde. (Glaucia Damazio / Redação Jornalística I)

Clarice Almeida

Estudo propõe qualificar profissionais para combater doenças no Vale do Caí

Uma ideia para a prevenção AUDREY LOCKMANN BARBOSA CLARICE ALMEIDA Redação Jornalística II

Quando o assunto é saúde, a nutricionista Silvana Schons acredita que tratar a prevenção de doenças vêm em primeiro plano. Em recente trabalho de campo realizado pela especialista, que é aluna do curso de Vigilância em Saúde, foram encontrados fatores determinantes que causam doenças em moradores do bairro Zootecnia, em Montenegro. A estudante da Fundação Osvaldo Cruz (RJ) abordou o tema “Vigilância de Base Territorial” no trabalho de conclusão do curso. Ela descobriu o que pode ser um futuro agente causador de enfermidades. A análise concluiu que os principais problemas de saúde no local estão associados às más condições de habitação, saneamento básico, trabalho informal, alcoolismo e drogadição e a presença de animais de rua. A ideia é que o trabalho desenvolvido seja adotado e aplicado em demais setores da comunidade. De acordo com a especialista a proposta é mostrar aos órgãos competentes que por meio da prevenção é possível garantir qualidade de vida e saúde à população. “Os municípios precisam dar mais atenção à prevenção”, salienta Silvana. ”Qualidade de vida é resultado de boa alimentação, atividade física, trabalho garantido e local para lazer em companhia da família”, complementa. Cerca de 30 famílias, a maioria

Opinião

composta por recicladores, receberam a visita da nutricionista, que levou dicas de alimentação saudável, de como evitar contaminação através dos materiais reutilizados e também como ser beneficiados pelos programas sociais do governo. ”Muita coisa mudou em nossas vidas depois do trabalho de Silvana”, conta a recicladora Maria Angélica Magalhães. A mulher de 48 anos afirma que acompanhou o desenvolvimento do projeto no bairro. Segundo ela, várias famílias foram direta ou indiretamente beneficiadas com a visita do grupo. “Meu marido tem problemas mentais, e eu não sabia como ajudá-lo, ela me explicou que existe um lugar onde ele pode receber tratamento gratuito”, conta. Atualmente, Paulo Adair da Silva, esposo de Maria, recebe atendimento no Centro de Atenção Psicossocial do município. Ações como esta são defendidas pela nutricionista na tese ”Vigilância de Base Territorial e Intersetorialidade.”. Ações para mudar a saúde Para a estudante, as soluções para os problemas de saúde não podem se resumir em levantamentos de dados e formulações ou uso de indicadores. Elas devem ser desencadeadoras de processos que resultem em melhores condições de vida e saúde para a população. Ela cita a necessidade da criação de programas com ampla participação do controle social, resultando no aprimoramento dos sistemas de coleta, tratamento e

O que é A Vigilância de Base Territorial e Intersetorialidade propõe que os municípios qualifiquem profissionais que possam agir no reconhecimento e combate a agentes causadores de doenças. A proposta é que se trabalhe em setores, que podem ser, por exemplo, os bairros. Silvana acredita que através da informação os moradores possam adotar medidas que os levem a ter uma vida mais saudável, mas para isso os governantes devem colaborar com a manutenção dos serviços públicos oferecidos.

disseminação de dados e também no entendimento da importância para o projeto de políticas mais eficazes e inclusivas. A ideia fazer mudanças no Sistema Único de Saúde (SUS) tem interessado outros municípios fora da Região do Rio Caí, como Esteio. “Hoje falamos sobre humanização, que não é um programa, mas uma política que atravessa diferentes ações e instâncias gestoras do SUS”, diz Flávia

Roberta Viecelli, enfermeira da Vigilância Sanitária do município. As ações em torno de prevenções às doenças são propostas, sempre de inicio, em sua maioria pelo Ministério da Saúde. A partir do momento em que a ação em torno de uma doença é proposta, o administrativo acata e elabora a campanha de conscientização. O setor responsável pela iniciativa aos programas é a vigilância sanitária, e os programas e serviços de prevenção são oferecidos pela secretaria municipal de saúde (SMS). Em um workshop realizado pela estudante na Universidade de Santa Cruz do Sul campus Montenegro, a médica falou a representantes da área de saúde de cerca de 17 cidades integrantes da Associação dos Municípios da Região do Vale do Rio Caí. Ela espera que as ideias apresentadas possam ser incorporadas as ações de saúde desenvolvidas na região e, quem sabe, no restante do Estado.

Família recicladora: Maria Angélica e Paulo foram orientados sobre como evitar contaminações com o lixo

A mania de remediar Bruna Vargas Redação Jornalística III

Pesquisadores mostram preocupação com os resultados de estudos sobre automedicação no Brasil. Atualmente, estima-se que 41% dos homens e 59% das mulheres costumam tomar remédios sem orientação médica. Nossa mania - espera-se que não irremediável – de gerenciar inconsequentemente a própria saúde

deve-se a vários fatores. A falta de condições de acesso a um convênio médico, combinada com o pavor das filas do serviço público de saúde, certamente é um deles. Fator positivo em contexto geral, a capacidade brasileira de minimizar os problemas é outra que contribui com a “cultura da aspirina”. Mas sofremos de um mal ainda maior. Uma doença incubada e desenvolvida dentro de casa. Uma alergia peculiar ca-

racterizada pela urticária à prevenção. Por que consideramos menos importante dedicar meia hora a uma caminhada que assistir à novela das oito? Por que achamos normal que as crianças se fartem de guloseimas e refrigerantes na escola? O problema está menos relacionado à saúde que à educação. Ignoramos que coisas simples, como uma boa alimentação ou a prática regular de exercícios físicos sejam determinantes

para a manutenção de nossa saúde. Assim, creditamos qualquer mal-estar a uma entidade maior, uma doença certamente crônica, provavelmente incurável, que existe, sim, mas em nossos próprios hábitos. Normalmente, a urticária à prevenção arrefece com o passar dos anos, até o dia em que se está pronto para compartilhar a sabedoria empírica com os netos: “é melhor prevenir que remediar”.


Meta de vacinados não foi alcançada

saúde

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SXC.HU

O Ministério da Saúde divulgou dados parciais da campanha nacional de vacinação contra a gripe. A meta de 24 milhões de pessoas não foi alcançada até o dia 13 de maio. Nos Estados onde a meta não foi atingida, estendeu-se o prazo até dia 20.

Junho/2011

(Daniel Grudzinski / Redação Jornalística I)

FERNANDA BORBA KAMILA KAROLCZAK Redação Jornalística II

Depois de acidentes e violência, a doença é a principal causa da mortalidade infantil no Brasil

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tratamento do câncer apresenta resultados positivos nos últimos 40 anos. Cerca de 70% das crianças e adolescentes com a doença são curadas se diagnosticadas precocemente.

Histórias que o câncer escreve

No Brasil, mais de 9 mil casos são esperados por ano, e, no Rio Grande do Sul, cerca de 350 casos são diagnosticados anualmente. As causas, nem sempre são identificadas, pois são poucos os fatores de risco. Entretanto, alguns tipos podem ter associação com infecções, genética ou até mesmo algumas crianças podem nascer com a doença.

Quando o câncer força o adeus caminho para o hospital trouxe lembranças que ninguém queria que voltassem. Na chegada, veio a notícia do médico: “Temos que interná-lo, a doença voltou!”. Dessa vez, Diego estava cansado. “Era como se o hospital fosse uma tortura”, diz o pai informando que o garoto negou-se a fazer outra cirurgia. Passaram-se seis meses e ele ainda estava hospitalizado. Nas últimas semanas de julho, o jovem teve diversas infecções. No inverno de 2005, não resistiu às complicações e faleceu. Nos últimos meses, o jovem não falava mais com a família. “Nosso filho morreu cansado”, lembra o pai. Seis anos depois, os Gonçalves tentam levar a vida como podem. Aos poucos, a alegria retorna ao lar com a chegada do primeiro neto, que deve nascer em julho deste ano.

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Diego Gonçalves descobriu que tinha câncer aos 12 anos, em 2000, quando sentia dores no corpo e desmaiava com frequência. Os pais, Tereza e Paulo Gonçalves, obrigaram-se a trocar os postos de saúde por hospitais. Após vários exames, os médicos diagnosticaram a leucemia. Os dois primeiros anos foram de luta e de bons resultados, mas em 2002, a doença voltou, forçando-o ao transplante de medula óssea, doada pelo irmão Leonardo, em 2004. A cirurgia foi um sucesso, e Diego, finalmente, estava livre da leucemia. No primeiro ano recuperado, dedicou-se ao que mais gostava, ir para praia. Também deixou o cabelo crescer, depois de dois anos careca devido à quimioterapia e trocou o hospital pela escola. Porém, em janeiro de 2005, retornou da praia com febre, e o

“Ele nasceu de novo” Opinião

A busca ao renascimento Juliana Barcellos Redação Jornalística III

A notícia de que se tem um filho com câncer, muda tudo. O fato altera a vida de toda a fa-mília. No primeiro momento há o choque da descoberta, muita tristeza... é como se o mundo desabasse sobre a cabeça de todos. A seguir vem o sentimento de revolta, geralmente acompanhado da descrença. Começa a desestruturação familiar gerada pela falta de conhecimento da situação e de como lidar com ela. Neste momento é de extrema importância a ajuda de uma equipe especializada formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e grupos de apoio para orientar a família em sua reestruturação e auxilio à criança enferma. Para mui-tas famílias o apoio multidisciplinar recebido faz com que retomem o equilíbrio de suas vidas, através do conhecimento da doença e da melhor maneira de

lidar com ela em prol do bem estar da criança e dos outros membros da família também dependentes de seus cuidados. Nessa hora procuram apoio na religião ou crença, seja ela qual for. É o momento em que toda a forma de ajuda é bem vinda e prevalece o antigo dito popular: “Se bem não faz, mal não haverá de fazer”. O sofrimento da criança, suas constantes idas e vindas ao hospital, com longos períodos de internação, o tratamento a que é submetido, desestruturam um lar, pela ausência de mãe ou pai, para cuidar do resto da família, pois priorizam as necessidades do internado. A vida muda completamente, e o que move essas famílias é a fé na cura, muitas vezes coroada de sucesso e renascimento. Outras vezes, são vencidos pela morte, significando então a derrota de uma grande e infeliz batalha. Seja como for, a vida dessas pessoas jamais será a mesma!

Em 2005, Daniele Rodrigues, 30 anos, descobriu que o filho Samuel, de três, tinha câncer de fígado. No verão, o menino estava sem camiseta e uma amiga disse que não era normal o abdômen da criança estar tão dilatado. Por isso, a mãe o levou ao médico. “Foi um choque quando soubemos o resultado do exame, perdi o chão. Foi a pior época da minha vida e eu ainda tinha um bebê recém-nascido”, afirma Daniela. Do diagnóstico às seções de quimioterapia e à cirurgia, o processo durou um ano. “Eu e o meu marido contamos com o apoio das psicólogas do hospital e conhecemos outras famílias que estavam passando pelo mesmo processo. Conversar e dividir as angústias amenizou um pouco o nosso sofrimento”, diz a dona de casa. No entanto, ela declara que sofria por não ter condições de ficar o tempo todo com Samuel no hospital, por ter que se dividir com o caçula. “Josué já não me reconhecia mais como mãe, pois

cheguei a ficar três semanas sem ir para casa. A sorte é que pude contar com a minha mãe e com a sogra”. Daniele passou por situações difíceis com Samuel no tempo em que ele ficou internado. O menino teve muitos vômitos, diarreias e se cansava facilmente, mas ele foi persistente e, mesmo fazendo quimioterapia, jamais desanimou. A dona de casa diz que, desde o início, teve um ótimo atendimento no hospital, o que ajudou bastante. “Todos os profissionais eram capacitados e preocupados com o bem-estar dos pacientes e seus familiares”. Depois de passar por todos esses processos – cirurgia, internação, quimioterapia – Samuel refez o exame que comprovou que ele não tinha mais câncer. “Senti que ele havia nascido de novo”, afirma a mãe. Mesmo o resultado negativo, durante dois anos, precisa refazer os exames semestralmente. “Todo cuidado é pouco”, declara Daniele.


CULTURA O Rock de Galpão mistura o tradicionalismo gaúcho com rock and roll P. 2

Opinião

O Brasil de Carlos Saldanha Lucas Reis Redação Jornalística III

A ideia de que animação é coisa de criança já está pra lá de ultrapassada. Hoje em dia o que se vê é um certo requinte por parte dos produtores, que apostam em roteiros mais ousados e tecnologias de ponta. A nova onda do século XXI é a tecnologia 3D, que a cada momento se aprimora mais e enche as salas de cinema. Talvez seja essa a explicação mais evidente para tais animações atraírem tanto jovens como adultos. Rio é a animação mais comentada do momento, tanto pelo sucesso de bilheteria quanto pela temática retratada. Como o próprio título já entrega, o filme tem como pano de fundo a cidade do Rio de Janeiro. Os protagonistas são duas araras azuis em extinção. Uma foi raptada quando ainda era filhote e levada para os Estados Unidos e a outra é uma fêmea durona que não se deixa intimidar. As duas precisam se acasalar para perpetuar a espécie. O filme é dirigido por um brasileiro, Carlos Saldanha, o mesmo da trilogia A era do gelo e Robôs; visualmente há um abuso de cores e de beleza, que combina e muito com o Brasil. A trilha sonora, também dirigida por um brasileiro: Sérgio Mendes acrescenta ainda mais brasilidade a animação. Apesar dos cuidados referentes ao conteúdo visual e musical, Saldanha peca na questão do roteiro e do retrato que ele faz do Brasil. É tudo tão clichê que mal parece ter sido dirigido por um compatriota. Não há como negar que, em termos de imagem e trilha sonora, Rio, apresenta um Brasil vivo e alegre com direito a cores e muito samba no pé.

Projeto de lei pretende liberar as biografias não autorizadas

Liege Freitas

P. 3

Aumento de usuários de jogos online faz o P. 8 mercado crescer

Animações conquistam cada vez mais diferentes faixas etárias e se destacam por convidar os espectadores a viver fantasias e ensinar lições

Para todas as idades Lorena Risse

Bianca Hennemann Priscila Gomes Redação Jornalística II

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uando uma animação entra em cartaz nos cinemas, é fato que as poltronas se encherão de indivíduos das mais diversas faixas etárias. Por ser uma forma lúdica de fazer um filme, desperta a capacidade de imaginar novos mundos e novas realidades. Elas são instigantes para as percepções e parecem um sonho que alguém conseguiu filmar. Um dos últimos sucessos desse gênero foi o filme Rio, do diretor brasileiro Carlos Saldanha que, só no Brasil, conquistou mais de três milhões de espectadores. “Rio é uma animação de técnica apuradíssima. Seus cenários e personagens são ricos em detalhes e interagem de maneira totalmente orgânica entre si”, destaca o pós-graduado e professor de cinema Ulisses Costa. Ele, que se considera um amante da sétima arte, afirma que a animação é tão antiga quanto o cinema. Conforme Ulisses, estruturalmente a realização de uma animação não é diferente de qualquer tipo de filme. Após ou mesmo durante a criação do roteiro, os produtores contratam os profissionais que trabalharão na obra, para começarem os esboços do visual dos personagens e cenários, a gravação das falas e, por fim, a animação propriamente dita. “A concepção de um filme de animação talvez seja o trabalho mais coletivo no meio audiovisual”, diz. Em relação à pesquisa dos elementos do filme, os profissionais se preparam conforme as necessidades. No filme Rio, a equipe de artistas visitou a cidade para tentar captar a sua essência visual. “No caso de longas que envolvam animais como personagens, o exemplo de Bambi é seguido até hoje. Para criar uma natureza realista, Walt Disney levou animais para o estúdio e fez seus animadores desenharem seus movimentos e atitudes”, destaca Ulisses. Para o pós-graduado em cinema, os filmes que se validam das técnicas de animação vêm se destacando entre os demais. “O próprio fato de, em meio à produção global, este gênero ainda ser raridade lhe dá um valor especial. Além disso, é uma maneira de extravasar os nossos pensamentos e fazer com que acreditemos em nossos sonhos e fantasias. Este é o segredo imortal desta arte”, diz. Não só aos críticos de cinema agradou o longa Rio. Diversas pessoas que prestigiaram o filme se surpreenderam positivamente. O estudante Rodrigo Galhardo, 19 anos, de Picada Café, que costuma assistir frequentemente animações, avaliou a trama. “Achei praticamente tudo interessante, com destaque

O filme Rio chamou a atenção de crianças e adultos, levando aos cinemas milhares de espectadores

para os detalhes de cor. A história retratou bem a realidade carioca e o tráfico de animais”, afirma. Roberto Lopes, 53 anos, morador de Portão, foi assistir ao filme com seu filho, Rogério Lopes, 10 anos. “A animação é muito bem pensada. Vim trazer meu guri para olhar e acabei gostando muito também. Vale a pena”, diz Roberto.

torna uma diversão para os baixinhos. A profissional diz que se assemelhar aos protagonistas pode ser uma brincadeira saudável. “É possível ressaltar a criatividade e desenvolver melhor o lado social. Além disso, as narrativas e os episódios possibilitam ensinamentos sobre a forma de convivência na sociedade.”

Animações também ensinam Hoje, assistir aos desenhos está no topo da lista dos passatempos favoritos. Porém, o que poucos pais sabem é que eles podem influenciar na vida dos filhos. De acordo com a psicóloga Maribel Dresch, gaúcha de Portão, as animações auxiliam na criação e desenvolvimento da imaginação. “O modo como as crianças veem o mundo fica diferente. A experiência também é importante porque as ajuda a entender melhor diversas coisas que elas ainda não entendem com clareza; como a morte, o amor, a separação, o nascimento”, ressalta. Quando o assunto é o personagem preferido, muitos já sabem qual herói que mais se identifica. Admirar e imitar o Homem-aranha, a Barbie, o Super Homem ou a Cinderela se

Evolução das animações l A primeira animação foi feita em 1914 e se chama Gertie, the Dinossaur l O filme alemão As Aventuras do Príncipe Ahmed, de 1926, foi o pioneiro no uso de cores

Com a disponibilidade de tecnologias digitais, os estúdios de Walt Disney se renovaram na década de 90. Outros estúdios passaram a organizar setores de animação l

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primeiro filme reconhecido por ter sido feito inteiramente com computação gráfica foi Toy Story, da Pixar (1995)


| Cultura | Babélia |

Música

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Unisinos n Junho/2011 n

André Pereira

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O baixista David Fontoura prepara-se para o ensaio do grupo em um galpão nos fundos da casa do tecladista Mestre Kó

Opinião

Hibridismo musical Camila Kehl Josué Braun

Em uma mistura de nativismo e rock, clássicos da música gaúcha voltam ao cenário musical com qualidade internacional

Rock de bombachas

Redação Jornalística III

A mistura do rock e da música tradicionalista tenta aproximar dois públicos aparentemente bem diferentes. A questão é: até que ponto isso pode dar certo, já que a principal característica que une os dois gêneros é que ambos têm fãs ortodoxos, que não encaram muito bem esse hibridismo musical. A banda Rock de Galpão, ao reclamar da falta de atenção da grande mídia em relação ao seu trabalho, talvez não tenha se dado conta de que isso se deve ao fato de que a mistura não repercute junto aos próprios fãs desses estilos. A iniciativa pode ser louvável, mas dificilmente agradará ao público mais conservador. Quem possui uma identidade musical formada normalmente prima pelo purismo. Se já é difícil que os fãs aceitem vertentes diferentes dentro do mesmo estilo, fica ainda mais complicado aceitar misturas tão distintas. Não podemos esperar que com essa iniciativa irá se formar um novo público que compre esse gênero. Aqueles que consomem esse tipo de música proposto pelo Rock de Galpão parecem fazer parte de uma audiência não muito exigente, que está mais interessada no consumo momentâneo e não na fruição mais demorada. A escolha de apresentar apenas releituras de músicas já conhecidas pelo grande público é um indicativo desse comportamento. Soma-se a isso, o fato da banda nem mesmo produzir e compor material próprio, pelo menos até agora. A mistura pode até gerar interesse e render boas apresentações por conta dos músicos de renome do grupo, mas dificilmente atingirá os guetos mais restritos de roqueiros e tradicionalistas mais fervorosos.

André Pereira Rodrigo Blum Redação Jornalística II

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nir a musicalidade do tradicionalismo gaúcho com o rock and roll é a proposta audaciosa do Rock de Galpão. O projeto foi idealizado pela banda Estado das Coisas e por Neto Fagundes, com a participação do gaiteiro Paulinho Cardoso e a produção de Hique Gomez, do Tangos e Tragédias. Os músicos apresentam uma releitura de clássicos de autores renomados, como Lupicínio Rodrigues, Jayme Caetano Braun, Nico e Bagre Fagundes e Elton Saldanha. O Rock de Galpão iniciou pelo talento que a Estado das Coisas tem para fazer versões de canções consagradas. Há oito anos a banda fazia parte do quadro de músicos fixos de uma casa noturna de Porto Alegre. Inaugurando um novo endereço, foi organizado um show com convidados especiais. A banda tocou uma versão da música Wish you were here, da banda Pink Floyd, junto com Renato Borghetti. Devido ao grande sucesso que a apresentação fez, a casa noturna organizou um dia da semana que juntava os músicos da banda com músicos tradicionalistas, inclusive Neto Fagundes. Durante uma das apresentações, o vocalista Tiago perguntou a Bagre Fagundes o que ele estava achando. Em resposta, ele comentou que era diferente, mas muito interessante aquele “Rock de Galpão”. “Na mesma hora, pedi para o Bagre repetir o que ele havia dito e repercuti o nome Rock de

Galpão para meus colegas de banda”, conta Tiago. O vocalista levou até Neto o convite para que eles se apresentassem em Santo Ângelo. Este foi o primeiro de muitos shows do, até então, embrião do projeto. No fim de uma temporada, veio a ideia de gravar um CD. De forma independente, a banda e o tradicionalista gravaram o disco (Rock de Galpão, 2006) e começaram a vendêlo nos shows. Logo depois, gravaram um DVD ao vivo (Rock de Galpão Ao Vivo, 2010), e os músicos chamaram para dirigir o espetáculo ninguem menos que o músico, produtor e ator Hique Gomez. Ele só aceitou dirigir o show porque lhe deram liberdade total. “Eu disse que entraria no projeto se eu pudesse mexer nas músicas, porque o meu trabalho é esse, música e performance”, afirma. O projeto na mídia O projeto Rock de Galpão entra no mercado com uma maneira diferente de homenagear velhos ídolos do tradicionalismo gaúcho. Tiago Ferraz conta que sempre que alguém conhece o trabalho se deslumbra, elogia muito e acaba comprando um dos discos. Porém, o que ele ainda não entende é por que a mídia gaúcha não incentiva o projeto. “O Rock de Galpão sempre andou sozinho. Nunca quisemos nos aproveitar do fato do Neto ser funcionário de um grande grupo de comunicação para divulgar nosso trabalho.” A mistura de gêneros não é nova no mercado. Mas a releitura de músicas já

consagradas em uma cultura tradicionalista é novidade. Um gênero de proposta semelhante criado no final da década de 60 é o samba-rock, uma fusão de samba com ritmos americanos como o jazz e o soul. Brunno Bonelli, vocalista da banda Calote SambaRock, afirma que a pouca valorização que a mídia dá a esses projetos é reflexo de uma sociedade alienada. “É uma grande oportunidade para a música tradicional gaúcha mostrar sua cara, a verdadeira música gaudéria, que passa bem longe das bandas de tchê-music, e andar de mãos dadas com o rock de qualidade produzido no Rio Grande”, declara. O projeto Rock de Galpão que, segundo Tiago, já está consolidado, vem caminhando a passos curtos. “Apesar de não saber até hoje por que o projeto ainda não decolou, sei que para tudo na vida é preciso tempo, mas vamos continuar batalhando para espalhar nossa ideia”, diz Tiago. Hique conta que o projeto recebeu até proposta de uma emissora nacional para fazer o volume 2. O próximo destino do Rock de Galpão agora é Santa Catarina. Os músicos acreditam que, por ter uma sonoridade diferente de tudo o que existe no mercado, talvez agora seja possível levar um pouco da cultura gaúcha para o resto do país. Segundo os músicos da banda Estado das coisas, convencer os outros de que o Rock de Galpão é bom não é necessário, basta fazer com que cada vez mais pessoas assistam ao show e percebam a qualidade de seu trabalho.


Literatura | Cultura | Babélia |

Unisinos n Junho/2011 n

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Pablo Furlanetto

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Projeto de Lei permitirá publicação de biografias não autorizadas

Liberdade para os escritores Augusto Turcato Giuliano Reis Mariana Zimmer Redação Jornalística II

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iografia é, segundo o dicionário, o gênero literário em que o autor narra a história de uma ou mais pessoas. Para isso, no Brasil, é necessário de autorização prévia do biografado. No país, o caso mais polêmico envolvendo biografias não autorizadas é o do escritor Paulo César de Araújo sobre o cantor Roberto Carlos, lançada em 2006. Na ocasião, o cantor entrou na justiça contra o autor e os livros foram tirados de circulação. Essa situação serviu de pano de fundo para um projeto de lei do ex-deputado e atual Ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, que está sendo, atualmente, comandado pela deputada federal Manuela D’Ávila do (PCdoB-RS) e pelo deputado Newton Lima (PT-SP). “Nós reapresentamos o projeto em acordo com o ex-deputado Antonio Palocci, pois entendemos que há uma imprecisão legal que opõe o direito de nosso povo de conhecer personagens importantes de sua história e sua cultura à nossa legislação”, explica a deputada Manuela D’Ávila. Seu projeto de lei, o 395/11 juntamente do projeto de lei 393/11 do deputado Newton Lima, que são idênticos, visam alterar o artigo 20 do Código Civil. Nesse está dito que a divulgação de informações biográficas de pessoas públicas devem ter, necessariamente, autorização prévia. No entanto, o projeto pode esbarrar na questão dos direitos da pessoa biografada. “O objetivo da inserção do parágrafo 2º no art. 20, do código Civil, é permitir a divulgação de ima-

gens, escritos e informações com finalidade biográfica, sem que seja necessária autorização. É preciso deixar claro que o Projeto de Lei não blinda a divulgação que atinja a honra, a boa fama e a respeitabilidade. Os direitos da personalidade continuam protegidos”, defende a deputada. Sobre um possível uso indevido das informações, a deputada é enfática. A mudança proposta visa também não permitir a utilização da imagem sem autorização para interesses comerciais que não impliquem em finalidade biográfica. Direitos do biografado Para a professora e advogada especialista na área de direito autorais Ângela Kretschmann, o debate é muito amplo e delicado, e todas as medidas devem ser tomadas caso a pessoa se sinta prejudicada. “Cada caso é específico e deve-se analisar bem para saber se é um caso de ação cível, com ímpeto indenizatório, ou também criminal. Também se ocorreu alguma ofensa tipificada como crime, racismo, injúria, calúnia, difamação”, afirma a professora. Se o caminho escolhido for o de procurar os seus direitos, isso deverá ser feito da forma mais correta possível, procurando um advogado especialista e entrando com um recurso. “É uma questão que em geral é feita por clientes que demandam isso num escritório de advocacia. De todo modo, costuma demorar pelo menos quase dois anos em primeiro grau e mais tempo ainda depois, em grau de recurso, e tendo cada dia menos chance de subir para Brasília, precisando antes passar pelo Tribunal de Justiça do estado competente”, explica a advogada sobre o caminho que um recurso faz até que chegue a uma decisão final. Entre os leitores de biografias –

autorizadas ou não – as opiniões são divididas. “Discordo da proibição das vendas de biografias não autorizadas quando essas vão de encontro aos direitos da pessoas, atingindolhes a honra”, diz o engenheiro de produção e leitor assíduo de biografias Leonardo da Silva, 26 anos. Entre as suas obras biográficas já lidas estão os livros sobre o Senador José Sarney, o cantor Roberto Carlos e, também, sobre o escritor João Guimarães Rosa. Curiosamente, essas duas últimas obras envolveram-se em polêmicas, já que o biografado ou familiares do mesmo entraram com recurso na justiça para determinarem a proibição da venda e a apreensão dos livros.

Já a contadora Márcia Dihl, 31 anos, é radicalmente contra a liberação de obras briográficas que não tenham autorização prévia. “Sempre leio biografias, mas sou totalmente contra a publicação dessas obras sem o consentimento do biografado, acho algo muito pessoal e considero desrespeitoso informações acerca de uma pessoa especifica serem expostas dessa forma”, afirma. O projeto de lei ainda precisará passar por algumas Comissões da Câmara – tramitação aplicada a todos os projetos propostos – para, após aprovação, ser encaminhado ao Plenário para votação. A expectativa da deputada é que, até o final do ano, o projeto seja votado.

Liberação de biografias não autorizadas gera controvérsias

Opinião

Censura para histórias reais Sabrina Didoné Redação Jornalística III

Quando se fala em biografia não-autorizada, lembra-se do caso do livro Roberto Carlos em Detalhes. A retirada da obra de Paulo César Araújo das livrarias trouxe à tona a discussão de até onde vai a privacidade de uma pessoa pública. Por um lado, se pensa que a vida é do Rei, e ele tem o direito de julgar o que quer que seja divulgado. Por outro, se reflete que o escritor pesquisou os fatos e, se não usou de má-fé, apenas divulgou o que se diz sobre o cantor. É uma questão de liberdade de expressão. Até que ponto a publicação de histórias não autorizadas é antiética? Segundo o Código Civil, os biografados podem impedir a circulação de biografias não-autorizadas.

Como consequência, cria-se uma espécie de pré-censura, fazendo com que um biógrafo desista de escrever por medo de ser processado. Tal lei significa que só deveriam ser publicadas histórias permitidas. Ser biografado é garantia de insuflar o ego. Às vezes, a verossimilhança pode ser prejudicada, pois é comum enxergar a própria vida com cores mais fortes. Assim se justificam as biografias não-autorizadas. Toda história tem dois lados, e nem sempre se consegue um distanciamento que permita analisar a própria trajetória com lucidez. Esse gênero da literatura vem ganhando amplo espaço editorial. A sociedade demonstra mais uma faceta do seu voyeurismo, já tão bem explorado nos reality shows. Mas prova também o culto aos heróis, onde todos precisam de um exemplo para se guiar.


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| Cultura | Babélia |

Ensaio Fotográfico

A vila é primeira capa Lorena Risse (Texto) Angelica Marques (Fotos) Fotojornalismo

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uem faz faculdade, trabalha e tem outras responsabilidades, geralmente tira o sábado para descansar e se organizar para a semana seguinte. Imagine ter que acordar cedo durante três sábados no semestre. E não é só isso. Passar a manhã inteira e ainda ter que ficar até umas 16h na faculdade discutindo o trabalho feito com o professor. Quem vos fala é uma aluna, que trabalha, estuda e com certeza tem outras responsabilidades, por isso posso dizer com propriedade. Acordava com gosto durante os sábados para registrar momentos e histórias da vida de moradores da Vila Brás, aqui de São Leopoldo. A experiência de conhecer de perto a realidade da vila, fotografar e depois retornar ao local para entregar o trabalho pronto é uma das sensações que compensam as oito horas mínimas de sono perdidas. O Enfoque Vila Brás é um mix de experiências que são fundamentais para a vida de qualquer pessoa que se proponha a ser repórter: entrar na casa de quem nunca te viu, mas que em poucos minutos pode abrir a vida para você contar depois, acompanhar as dificuldades e também as alegrias, tornando a felicidade e as boas iniciativas pautas que merecem a primeira capa. As saídas a campo são feitas pelas turmas de Redação Experimental em Jornal e de Fotojornalismo, em uma parceria de texto e imagem para a produção de três edições por semestre do jornal Enfoque Vila Brás.

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Teatro

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Ganhar a vida no palco requer ousadia. Inspiração é virtude do ator ou do grupo

A arte de viver encenando DARLAN SCHWAAB JAQUELINE LORETO Redação Jornalística II

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m grupo criado para divertir e encantar crianças. A Cia. Teatro di Stravaganza surgiu assim, fazendo peças infantis em meados dos anos 80, quase 90. As crianças que assistiam às encenações cresceram, e o grupo também amadureceu. Hoje, já soma 106 prêmios, desde melhor figurino à melhor direção de arte. Primeiro ato Os obstáculos enfrentados por Adriane Mottola – uma das fundadoras do grupo, juntamente com Luiz Henrique Palese – só fizeram com que as dificuldades trouxessem a experiência que hoje o grupo tem. Há 23 anos, ela fez a primeira peça infantil junto com Palese em nome da Stravaganza. Chamou alguns convidados para fazerem parte da encenação e, segundo ela, não se desgrudaram desde então. A Cia. tem o diferencial de que a comunicação com o público é o mais importante para dar mais vivacidade à peça. O humor, empregado de forma não comercial, faz com que ela já tenha uma identidade reconhecida. Segundo ato Para dar conta de tantos espe-

táculos e da mão-de-obra para a montagem, eles concorrem nos editais fornecidos para o patrocínio do projeto. Em Porto Alegre, integram a lista de concorrentes do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre (Fumproarte), que beneficia projetos artístico-cultural. Desses editais, adquirem cerca de R$ 70 mil. Entretanto, o dinheiro é usado nos figurinos e na montagem em geral. E é preciso que se faça um orçamento do que é recebido, pois estão incluídos o cachê dos atores, alimentação e o transporte. Adriane diz que os integrantes do grupo fazem somente teatro e trabalham com ele não só na Cia. Alguns participam de projetos educativos, dando aulas encenadas ou fazem leituras encenadas. Para ela, é possível viver de teatro. No entanto, tem que ter uma reserva econômica, pois há meses que são menos privilegiados. É necessário ser organizado, porque é um trabalho instável e sem salário fixo. Com os recursos certos e uma sabedoria de uma grande experiência, a Cia. Stravaganza faz as pessoas sorrirem e pensarem mais, não somente no Rio Grande do Sul, mas no circuito teatral internacional, arrecadando conquistas e sonhos. E fecham-se as cortinas.

Artista em cena É provável que a atividade não ofereça honorários de um médico, mas é possível atuar para viver. A atriz gaúcha Kayane Horlle defende a ideia. Kaya, como é chamada, contrariou opiniões e encarou o desafio. Ela começou a fazer teatro com 12 anos, na Oficina do Sapato Florido, com Sandra Possani, na Casa de Cultura Mário Quintana. Aos 13 anos, ingressou no Curso de Liderança Juvenil (CLJ) – grupo de jovens da igreja católica - onde começou a trabalhar com teatro. Os jovens se apresentavam para arrecadar alimentos não-perecíveis, doados a pessoas carentes. “Lembro-me de me divertir muito, de não estudar nada além das falas das peças. Acho que tornar o teatro uma profissão foi acontecendo naturalmente”. Ao perceber a dimensão que a arte ganhou em sua vida, o pai dela tentou proibi-la de atuar. “Acho que ele tinha medo de que eu não sobrevivesse disso.” Nesse momento, a atriz decidiu fazer da arte uma profissão.

A partir da censura, ela buscou outras atividades, como o magistério. Contudo, na hora de inscrever-se no vestibular, optou por Artes Cênicas. “A faculdade ampliou minha visão, foi uma experiência maravilhosa. Foi no teatro universitário que tive noção da grandiosidade que é a arte. Tive contato com técnicas, teorias e grandes artistas”, revela. No Departamento de Artes Dramáticas (DAD) da UFRGS, ela aproximou-se de pessoas com questionamentos semelhantes. Com isso, buscou oficinas fora da universidade. Eis que nasceu o Barraquatro – trupe teatral que escreve, monta e encena peças. “É a oportunidade de construir uma linguagem artística. Faço pesquisas, que me completam quanto artista e me impulsionam a criar”, explica. Atualmente, a atriz tem como fonte de renda os espetáculos do Barraquatro. “É difícil sobreviver de teatro em um local onde não se tem o hábito de assistir e apreciar a arte. Mas não é impossível” – encerra.

Opinião

Vivendo e atuando Bibiana Kranz Redação Jornalística III

Atuar, praticar teatro, nos ensina várias lições para a vida, e não estou dizendo só de decorar falas e fazer caretas. Aprendemos a descontrair, ser mais extrovertido, ter confiança na hora de falar as coisas. Notamos que os nossos dramas pessoais e problemas parecem bem menores do que o dos personagens que interpreta-

mos, e, dessa forma, conseguimos nos colocar no lugar dos outros. Além de instruir melhor como se trabalhar em grupo, e ajudar o próximo. O teatro nos reeduca, e tudo que deixamos para trás, como saber chorar ou sorrir para valer, nos apaixonar intensamente e despertar compaixão, dúvidas e sonhos, ele nos devolve. Não há nada mais humano que os sentimentos ressaltados nas feições de um ator.

Acredito que todos deveriam fazer teatro, nem que seja um cursinho de três dias, porque dessa forma, viveríamos melhor entre os outros, e libertar-nos-íamos da raiva, e do estresse do dia a dia expressando-os. Todos nós já desejamos ser outra pessoa, e desse jeito podemos. Entregarnos a outro personagem, outra vida, e por alguns instantes, mudar tudo que já nos aconteceu, até mesmo nossas origens, nossos pais, nosso país, nossa rea-

lidade. Viajar um pouco nunca fez mal a ninguém, certo? Mas é importante também sabermos quando a fantasia acaba e nossa vida começa. Não podemos sair por ai agindo como certos personagens homicidas, por exemplo. O que acontece por trás das cortinas, fica lá, ok? Fugir da realidade é bom, mas temos que saber voltar para ela, combinado? Só não esqueça: experimentar o teatro faz milagres na sua vida.


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Site Skoob reúne amantes da literatura e divulga autores

Foco na literatura: rede social com 300 mil usuários opta pelos debates sobre livros em vez de fotos e vídeos Angélica Dias Pinheiro Redação Jornalística I

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mbora o índice de leitura no Brasil seja de apenas 4,7 livros por pessoa por ano, segundo dados do Instituto Pró-livro, as redes sociais podem mudar esse cenário. O Skoob é uma delas. O site, criado em dezembro de 2008 pelo carioca Lindemberg Moreira, é o maior sucesso no Brasil e conta com cerca de 300 mil usuários cadastrados. Segundo o autor do endereço, em entrevista ao blog Meia Palavra (http://blog.meiapalavra.com.br/),

a ideia de criá-lo surgiu da necessidade de encontrar pessoas que compartilhassem a mesma paixão. Diferentemente das redes sociais convencionais, no Skoob não há espaço para fotos, vídeos e jogos. O que importa não são as aparências, mas o que se está lendo. Os usuários podem criar estantes virtuais com livros favoritos. Além de incentivar a literatura, o Skoob divulga novos escritores nacionais, como Janaína Rico, autora do livro Ser Clara e Maurício Gomyde, autor de O mundo de vidro. A escritora conta que a fer-

ramenta foi importante na sua carreira. “Com o Skoob pude divulgar meu livro pelo país todo e esgotei sua primeira edição”, revela. Gomyde considera que o site oferece espaço para seu trabalho. “Apesar de ser uma rede social pequena se comparada aos 30 milhões de usuários do Facebook, é totalmente voltada à literatura. Consegui encontrar o público ideal para o meu livro”, explica. O escritor acredita que quando as pessoas se identificam pelas idéias e não pela aparência, criam-se relações muito mais fortes.

Mistério na web: conheça DarkWriterBR Fernanda Reus Silveira Redação Jornalística I

Uma misteriosa figura vem conquistando espaço na internet. Desde 2010, DarkWriterBR – pseudônimo do escritor (ou escritora) – utiliza redes sociais para publicar e divulgar sua obra, a história de uma adolescente inglesa chamada Mary Prince. Por trás de uma máscara, DarkWriterBR mantém o sigilo sobre sua identidade e conquista cada vez mais pessoas. Seu perfil no Twitter conta com mais de 5 mil seguidores e a comunidade

no Orkut (onde há downloads dos capítulos da obra) ultrapassa 10.500 membros. A revelação do segredo que envolve o escritor ocorrerá quando o livro for publicado por uma editora. No mesmo segmento de histórias fantásticas, como as séries de livros Harry Potter e Crepúsculo, a história de Mary Prince passase em um mundo apocalíptico, onde estranhos fenômenos acontecem. Em entrevista ao Babélia, DarkWriterBR contou que começou escrevendo histórias sobre seus colegas de classe, no Ensino Fundamental. “Uma delas trans-

formou-se nos capítulos postados na comunidade”, explica. Mas o que há na história para chamar a atenção de tantas pessoas? De acordo com a estudante Alana Luiza Silva, 17 anos, que conheceu o “personagem” no Twitter, a originalidade e os mistérios da trama são elementos essenciais do sucesso. “DarkWriter consegue, a cada novo capítulo, dar um rumo inesperado ao enredo”, afirma Alana. Ficou curioso? Procure a comunidade no Orkut, ou então, siga o escritor no Twitter: @DarkWriterBR.

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Cinema tem preços baixos em Campo Bom Jéssica Sobreira Redação Jornalística I

O Complexo Cultural do Centro de Educação Integrada (CEI) de Campo Bom oferece duas salas de cinema com infraestrutura e preços populares, que facilitam o acesso e incentivam a cultura da comunidade e da região. Para quem quer economizar, de quarta-feira a domingo à tarde, a entrada é R$ 3,00. Fora do horário promocional, as sessões custam R$ 8,00 e R$ 4,00 (estudantes, crianças de até 12 anos e pessoas acima de 60 anos). Com um sistema moderno de equipamentos, muitos deles importados, é garantida excelente qualidade na exibição dos filmes, além de salas confortáveis e climatizadas. Apenas sete salas de cinema no Rio Grande do Sul têm tecnologia superior às do Complexo Cultural.

Eduardo de Mello, 19 anos, morador do município, costuma ir ao cinema com frequência. Já viu filmes como “Toy Story” e “Alice no País das Maravilhas”. “O preço é ótimo!”, conta Eduardo, apesar de sentir a falta de mais salas e uma em 3D pelo menos. “É fundamental preços mais acessíveis para o acesso ao cinema. Isso acaba mobilizando a comunidade para ter acesso à cultura, movimenta as cidades pequenas e estimula a produção audiovisual e a cadeia produtiva da cultura”, argumenta o professor e mestre de Jornalismo Daniel Pedroso. O cinema está localizado na Avenida dos Estados, 1.080, no centro de Campo Bom, próximo à Estação Rodoviária. É possível conhecer a programação, o horário e mais informações dos filmes no site da cidade http://novo.campobom. rs.gov.br/cinema.

Projeto promove a leitura em Viamão Natália Maciel Redação Jornalística I

Lançado em Viamão no mês de abril, o Projeto Gente que Lê está incentivando a leitura nas escolas do município. Com visitas mensais de escritores de literatura infanto-juvenil, os alunos participam de atividades que estimulam o aprendizado. Neste ano, de maio a novembro, oito escolas participam do projeto. A escolha, segundo a diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Viamão, Maria Antônia Sanguiné, foi feita a partir dos melhores desempenhos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Depois disso, as datas de encontro foram marcadas e os alunos receberam kits contendo livros do autor”, disse a diretora. O secretário de Educação de Viamão, Gilnei

Leite, explica que a maioria dos escritores visita as instituições de ensino e trabalha de forma dinâmica algum livro de sua autoria. “Eles interpretam o personagem, dramatizam a história”, completou. O projeto, que foi criado no município pela escritora Marô Barbieri objetiva despertar o interesse de aprendizado nas crianças. “Sempre acreditei que a leitura e a literatura fossem instrumentos poderosos na construção de um cidadão mais criativo e mais feliz”, declarou. A Secretaria de Educação planeja dar continuidade às ações a partir de março do ano que vem e pretende que mais escolas sejam abrangidas. “Ele foi bem-vindo por nós, pelos educadores e pelos alunos. Tem tudo para continuar dando certo e nós seguiremos trabalhando para isso”, entusiasmou-se a diretora pedagógica.

Natal Luz investe em cultura Biblioteca em novo endereço Projeto lança novos artistas A Escola das Artes Pedro Henrique Benetti forma e prepara jovens de Gramado em dança, teatro, escultura, técnicas vocal e circense, teclado e violino. Os alunos recebem o material necessário, não pagam taxas e ficam preparados para atuarem no Natal Luz. A seleção ocorre anualmente, e a idade mínima é de oito anos. Informações: escola@ natalluzdegramado.com.br ou (54) 9984.6046, com Lilian. (Aline Lima Deon / Redação em RP II)

Com o objetivo de melhorar o acesso da comunidade ao acervo, a biblioteca municipal Euclides da Cunha, de Sapucaia do Sul, passou a funcionar na Avenida Mauá. A mudança de endereço dobrou o número de cadastros em apenas dois meses, de acordo com a coordenadora Lisiane Pimentel Silva. O acervo é aberto a todos os habitantes do município e o cadastro é gratuito. (Laís de Oliveira / Redação Jornalística I)

Para promover talentos musicais em Gravataí, a Fundação de Arte e Cultura (Fundarc), criou o Circuito da Música. O projeto proporciona aos músicos locais a oportunidade de se apresentar em praças da cidade no terceiro domingo de cada mês. Ao todo serão oito circuitos ao longo do ano. Após cada show, a população poderá votar na sua banda preferida através do site da prefeitura (www.gravatai.rs.gov.br). (Luciana de Vargas Marques / Redação Jornalística I)


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Apenas diversão na adolescência, os jogos online podem tornar-se opção de trabalho na vida aulta

Fernanda Fofonca Marcelo Grisa Redação Jornalística II

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afael Muzykant dedica muitas horas do seu dia aos MMO’s (Massive Multiplayer Online, ou seja, jogos online para múltiplos jogadores) e, dentre os vários títulos existentes, o seu favorito é Ragnarök Online. O título, que simula um mundo de aventuras baseado na mitologia nórdica, foi apresentado ao jovem, então com 12 anos, no final de 2003, quando a empresa filipina LevelUp! Games o trouxe ao Brasil direto da Coréia do Sul. Ainda hoje Rafael consome o “Rag”, como muitos chamam carinhosamente o jogo. Entretanto, esse não é o único MMO que ele joga, tendo ido, desde 2003, atrás de diversos outros títulos exclusivos para jogar na rede mundial de computadores, independente de serem cooperativos (disputas contra o sistema do jogo) ou competitivos (entre jogadores). Apesar disso, Rafael não joga mais de dois títulos na mesma semana. “Se for para jogar dois, tem que ser de gêneros diferentes”, explica. Depois da LevelUp!, outras publishers (distribuidoras de jogos) a seguiram, acompanhando o começo das instalações de redes de banda larga no país. Hoje, entre acesso a servidores internacionais e novos espaços criados exclusivamente para os players brasileiros, já existem pelo menos 20 jogos disponíveis. Entre os jogos traduzidos, o título de ação Grand Chase atingiu, no início do ano, a marca de 40 mil jogadores simultâneos nos servidores nacionais. Segundo o IBGE, essa é a média da população de 90% dos municípios brasileiros. Sobre os servidores, Rafael, que faz curso Técnico em Informática no Colégio Cristo Redentor, em

Jogos na internet tornam-se mais acessíveis e proporcionam maior interatividade entre usuários

Cenários online são febre entre jovens no país Opinião

Por melhores condições Samantha Gonçalves Redação Jornalística III

Reunindo milhares de gamers ao redor do mundo, os jogos online, com a popularização da internet banda larga, tornaram-se uma prática comum no Brasil. A acessibilidade é a maior característica deste segmento no mercado nacional visto que, por serem online, não contam com os altos impostos atribuídos aos jogos em mídias físicas. A pleno vapor, o mercado brasileiro de jogos online está atrás apenas de Estados Unidos, Rússia e Alemanha e oferta distintas oportunidades de trabalho para quem já atua ou pretende atuar na área. A ascensão da classe média e a quantidade de jovens que integram a população são alguns dos principais fatores que dão notoriedade ao Brasil nesta área. Por aqui, nunca se

jogou tanto nas plataformas online. A LevelUp! conta com cerca de 1,5 milhão de jogadores por mês – o que motiva o interesse de empresas e investidores na área. A boa fase do mercado é propícia também para quem pretende seguir carreira no meio. Apesar da popularização dos games online, o Brasil ainda não é prioridade àqueles que dominam o setor. Há um enorme descaso com os jogadores brasileiros que são obrigados a migrar para servidores internacionais para terem uma boa experiência de jogo. A triste realidade pode estar com dias contados, visto que, cada vez mais, as empresas da área têm investido em redes para jogos online. A prática, além permitir aos jogadores a interação com oponentes de qualquer parte do planeta, inibe a pirataria – um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de jogos no país.

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Canoas, normalmente prefere os internacionais. Para ele, os jogadores brasileiros são antiéticos, se aproveitando exaustivamente dos erros do sistema e da ingenuidade de jogadores iniciantes. “Quem mantém o servidor aqui não dá a atenção devida ao jogador”, reclama. Segundo o professor João Ricardo Bittencourt, coordenador do curso de Jogos Digitais da Unisinos, atualmente o online também é uma modalidade padrão para qualquer jogo que se utilize de alguma rede social, como o Colheita Feliz, do Orkut, ou o Farmville, do Facebook. Esses se tornam mais acessíveis e proporcionam uma interatividade maior com outros usuários. Além disso, Bittencourt considera que os jogos online são mais difíceis de serem pirateados, já que não necessitam de uma mídia física. Mesmo existindo diversos servidores privados (considerados pirataria), o professor declara que, enquanto produto, é muito fácil copiar o jogo; mas a transformação da experiência online em serviço torna o servidor original mais atraente. Ele cita o caso de World of Warcraft, da norte-americana Blizzard, o mais jogado no mundo. “Até existem servidores piratas, mas a experiência de jogo vendida no servidor oficial é tão boa que vale a pena pagar e não vale ter uma experiência ruim em um servidor pirata”, frisa. Apesar de preferir os jogos de tiro em primeira pessoa no mundo online - para Rafael, são mais dinâmicos -, o seu favorito continua sendo o RPG Ragnarök, mesmo depois de passados mais de sete anos: “O primeiro fica sempre na memória, é especial de alguma forma”, explica. Apesar de muitos outros jogos com características técnicas mais apuradas terem sido produzidos no período, isso não o leva para longe do título. Oportunidades na rede Com o aumento expressivo de usuários de jogos online, também aumentaram as oportunidades de trabalho neste segmento. Embora o mercado nacional ainda seja muito dependente da exportação, principalmente depois de crise financeira de 2008, é uma área que tem potencial expressivo. São inúmeras plataformas e informações sobre e para o desenvolvimento de games, que geram uma tendência de crescimento. “Está muito mais fácil para um desenvolvedor criar um jogo, lançar e obter receita com ele”, afirma Bittencourt. Jovens que dedicam a maior parte de seu dia aos games invariavelmente acabam por procurar um curso como o de Jogos Digitais da Unisinos. Segundo Bittencourt, os alunos chegam muito jovens, com expectativas de poderem jogar, mais do que desenvolver. Entretanto, muitos se frustram ao descobrir que a carreira exige que eles joguem cada vez menos, em uma rotina carregada de programação. “Todos aqueles efeitos especiais belíssimos dos filmes da Pixar, por exemplo, são matemática pura e aplicada”, diz o professor. Rafael, quando perguntado se quer trabalhar no ramo, diz que acredita que seria muito interessante estar na equipe de um MMO. “Não é bem um sonho, mas gostaria muito”, declara. Enquanto isso, ele se dedica às aulas de programação em seu curso técnico. O objetivo: unir o útil ao agradável.


Cíntia Antunes

Unisinos tem serviço de saúde gratuito

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A Unisinos disponibiliza gratuitamente, no Centro Administrativo, atendimento médico para os alunos em caso de emergência. O local atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h30min. Informações: (51) 3591-1122, ramal 5331, e para emergências (51) 3590-8234. (Cíntia Antunes / Redação em RP II)

Hospital de Clínicas da Capital tem superlotação

Gramado promove o Dia “D” para mulheres Laura Gallas Redação Jornalística I Andressa Dorneles da Silva

Atendimento comprometido: HCPA recebe até o triplo da capacidade de pacientes em casos emergenciais Andressa Dorneles da Silva Redação Jornalística I

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emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), com estrutura para 49 leitos, trabalha com o dobro da capacidade. Quando esse número excede, surgem as adversidades. Simone Maria Schenatto, chefe da unidade de enfermagem da emergência, diz que pode-se perder o controle quando o número de atendimentos é três vezes maior que o de leitos. Por isso, é preciso dar alta para alguns internados, o

que possibilita a entrada de novos pacientes em estado grave. Quando grande parte da população vai à emergência, é necessário buscar reforços dentro do próprio hospital, trazendo enfermeiros e técnicos que atendem em outras áreas. Todos que chegam à unidade clínica fazem uma triagem para que se possa classificá-los em pacientes de risco imediato, alto risco, risco intermediário e baixo risco. Aqueles em risco imediato são atendidos na hora. Correspondem a 3% dos casos. Os de alto risco esperam em média 10 minutos e

somam 17% dos pacientes. Os de risco intermediário são 70% dos casos e levam de uma a quatro horas aguardando. Baixo risco são aqueles que podem ficar na fila por até seis horas, e fazem parte desse grupo 10% das pessoas. Nos dias em que não há possibilidade de atender a demanda, o hospital avisa, por meio da imprensa, que as pessoas não se desloquem ao local. “Pedimos para que busquem primeiro os postos de saúde antes de virem, para dar possibilidade de atendimento àqueles que realmente estão em estado grave”, diz Simone.

Pronto atendimento é novidade em Canoas Daniele Brito Redação Jornalística I

Desde o ano passado, Canoas conta com um reforço na saúde. Além das 23 Unidades Básicas de Saúde (UBS), o município agora tem quatro Unidades Distritais de Pronto Atendimento (UDPA) destinadas a pacientes em situação de urgência e emergência. A novidade desafoga os hospitais Nossa Senhora das Graças (HNSG), Universitário (HU) e de Pronto Socorro (HPS). Na UBS o usuário continua tendo o mesmo atendimento, que são as consultas

básicas. Além disso, pode ser encaminhado a outros especialistas. A criação das UDPAs mudou a cultura de atendimento. Com funcionamento das 7h às 23h, de segunda à sexta-feira, e das 7h às 18h, aos sábados, as unidades têm ambulâncias para transportar pacientes graves aos hospitais. Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura de Canoas, uma pesquisa feita pelo HNSG, após a criação das UDPAs, apontou a redução de 25% na busca de atendimento de emergência. Usuária da UBS União, no bairro Mathias Velho, Sirlei dos

Santos, 36 anos, está satisfeita com os novos serviços. Antes, ela ficava cerca de três horas na fila em busca de uma ficha. Agora, o processo não é mais demorado. Para a vice-prefeita e secretária de Saúde de Canoas, Beth Colombo, a melhora na saúde beneficia usuários e o próprio sistema de saúde. Pois hoje, no total, há 30 locais de atendimento de saúde oferecidos pelo município. “Os moradores, que antes sofriam nas filas, esperando horas nas emergências, hoje têm essa nova forma de atendimento nas UDPAs”, afirma a secretária.

Gramado está aprimorando os atendimentos da saúde pública. Desde abril, o município conta com o Projeto Dia “D”, um sistema de atendimento especializado para mulheres. São realizados exames de pré-câncer durante a última semana de cada mês. A Vigilância em Saúde (VISA), optou por cuidar dos casos de perto, criando a semana de prevenção do câncer de colo de útero. Milena Santos, gerente da VISA, afirma que a iniciativa foi da secretaria de Saúde e deve ser bem aceita. “A nossa ideia é a busca ativa precoce do câncer nas mulheres da comunidade”, enfatiza. O órgão do município possui um convênio com o Estado para realizar o diagnóstico dos exames. Os atendimentos são agendados mensalmente

nas unidades básicas de saúde (UBS), e o resultado do preventivo sai em no máximo, 45 dias. O cuidado da secretaria é de agilizar consultas e não deixar as pacientes esperando. “Cheguei e já fui atendida”, comenta Lili Trecksler, 56 anos, moradora do bairro Floresta. Outro elogio das pacientes foi em relação à higienização do ambiente. “Fui muito bem tratada e o aspecto do consultório é ótimo, muito limpo”, contou Nair Moschen, 63 anos, que todo ano faz o pré-câncer. A divulgação do serviço é feita pelos jornais locais, rádios e postos de saúde. Toda mulher deve fazer o preventivo, a partir da primeira relação sexual ou após os 18 anos. Para se consultar nos postos de saúde de Gramado, é necessário um documento de identificação e o cartão do SUS.

Indústria da beleza atrai mais adeptas Letícia Fagundes Redação Jornalística I

O padrão de beleza atual, idealizado pela sociedade e disseminado em campanhas publicitárias e revistas voltadas para o público feminino, nunca esteve tão distante da mulher comum. As pessoas mudam a cor e corte do cabelo, fazem dieta, modificam a moda de seus armários e outras adotam a cirurgia plástica para modificar a aparência e talvez melhorar a autoestima. De acordo com a pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, no Brasil, entre 2007 e 2008, foram feitos 1.252 procedimentos estéticos por dia no país, sendo 402 mil, mulheres. As próteses de silicone no peito é a cirurgia mais procurada por menores de 18 anos. Segundo a psicóloga Rachel Moreno, em en-

trevista concedida ao site do IG, o padrão de beleza é fácil de determinar: “A mulher ideal é jovem, branca, magra e de preferência com cabelo loiro e liso”, define a psicóloga. Rachel ainda diz que a forma como essas mulheres são representadas reforça essa imagem como algo positivo. “Na novela, elas representam valores do século passado: enquanto a bonitinha é recompensada com casamento, a que não segue o padrão é punida de alguma forma”, exemplifica. Mas há casos como o da corretora de imóveis Carmen, mãe de uma menina de 16 anos, não agüentava mais ver a filha chorar e sofrer no colégio por razão do tamanho do nariz. Ela assinou a autorização para a filha fazer a cirurgia de rinoplastia. “Minha filha necessitava da cirurgia pela saúde e pelo psicológico.”


Banco Mundial combate mudanças climáticas

meio ambiente

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O Grupo C40, formado por representantes de grandes cidades de todo o mudo, recebeu a promessa de ajuda financeira do Banco Mundial para o combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas. O banco vai auxiliar também a controlar as emissões de gases do efeito estufa. (Marina Cardozo / Agexcom)

Alimentos sem agrotóxicos atraem novos produtores em busca de qualidade

Natureza e humanos saudáveis Simone Ludwig

Rodrigo Karam Wolff Simone Ludwig Redação Jornalística II

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abuso por parte dos produtores no uso de agrotóxico é um risco ao meio ambiente e à saúde. O Brasil é o maior consumidor de defensivos agrícolas no mundo. O perigo já conscientiza agricultores, que optam pela agricultura orgânica. Este é o caso de um agricultor do município de Feliz. Com a aplicação indisciplinada nas lavouras do Brasil, o uso de agrotóxico está deixando de ser uma questão relacionada unicamente à produção agrícola e se transforma em um grave problema ambiental. A contaminação de alimentos, poluição de rios, erosão dos solos, intoxicação e morte de agricultores são graves consequências do seu uso indiscriminado. Pensando nisso, o agricultor José Remi, de 55 anos, aboliu de sua produção o uso de qualquer tipo de agrotóxico. A maneira é uma solução natural para combater pragas. “No lugar de adubo químico, eu uso esterco, compostos orgânicos, humos como folhas podres e secas, restos de frutas e verduras, capins, madeiras podres, cinzas, serragens, tudo que se decompõe”, conta. Remi produz tanto para consumo próprio, quanto para comercialização. A produção é composta por aipim, alface, pimenta, tomate, brócolis, couve, alho e chuchu. Todos são cultivados com uma composição orgânica artesanal. “Eu uso um adubo chamado folhar, que a gente faz através da fermentação, com 100 litros de água, 10 kg de esterco, 2 kg de melado, cinzas, cascas de ovos e cal. É preciso deixar fermentar durante um mês e coar. A aplicação pode ser feita tanto na folha, como no caule do vegetal”, descreve Remi. A proposta da agricultura orgânica é criar um sistema onde a planta que está em cima do solo seja saudável, oferecendo um alimento benéfico à sociedade, sem prejudicar a natureza. Esse tipo de agricultura veio em contraposição a um modelo convencional, que utiliza muito agrotóxico. Dessa forma, contamina as águas e o solo, e isso acaba tendo efeito direto no copo de água que os cidadãos bebem.

Cultivo: pimenta é um dos alimentos produzidos sem agrotóxicos por Remi

Opinião

Saúde se põe na mesa Fernanda Becker Rita Rodrigues Redação Jornalística III

Os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes para a agricultura do País. O Brasil é o terceiro maior consumidor desses produtos no mundo. São destinados aos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, e de outros ecossistemas. Porém, os produtos cultivados à base destes agroquímicos trazem malefícios para nossa saúde. Todas aquelas frutas e verduras mais vistosas disponíveis nos mercados escondem em sua película externa esses venenos utilizados na lavoura. Uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2010, apontou que 29% das amostras de alimentos coletadas apresentaram

algum tipo de irregularidade, como resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou ingredientes ativos não autorizados. O correto seria consumir apenas alimentos cultivados com adubo orgânico. Entretanto, este tipo de agricultura não é incentivado pelo governo, o que encarece e dificulta a comercialização. A produção orgânica auxilia no equilíbrio do ambiente e se baseia em processos que não agridem a natureza. A maioria das pessoas não sabe que esses venenos, utilizados no cultivo de alimentos, não foram criados para a agricultura, mas, sim, para serem usados como poderosas armas químicas destinadas à guerra. Então, como algo que foi criado para matar pode fazer bem à nossa saúde? Isso sem falar nos problemas que o meio ambiente sofre com esses produtos que modificam a fauna e flora.

A qualidade do produto independe do uso de agrotóxicos. Aqueles que utilizam a composição química atingem preços de mercado superiores. A única desvantagem em escolher seguir agricultura sem agrotóxico é o aumento o custo da mão de obra. “A gente produz em menor quantidade. Isso acontece porque a agricultura orgânica requer muito trabalho”. Composição natural Remi lembra que a utilização da composição química prioriza matérias primas saudáveis. “Por exemplo, eu tenho uma lavoura e quero plantar feijão nela. Eu vou ter que preparar um terreno que está cheio de inço. O que o agricultor convencional faz? Ele vai lá e passa defensivos químicos em cima do inço, que morre, e daí ele planta. Para fazer isso, ele leva no máximo uma hora. Se ele fosse roçar braçalmente, ele levaria em torno de quatro dias”, explica Remi. Na hora da venda, a diferença é notada. Hoje existe uma grande aceitação e procura por produtos saudáveis e livres de agrotóxicos. “Nós vendemos tudo. Poderíamos vender mais se tivesse”, diz Remi. O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. O agrônomo Marco Antônio Lucas, da Embrapa, afirma que os alimentos que contém a substância podem ser utilizados desde que bem lavados. “O consumidor precisa lavar em água corrente os produtos depois de adquiridos. Essa prática vai eliminar as bactérias e resíduos do veneno”, destaca. Mais de um bilhão de litros de venenos foram aplicados nas lavouras em 2010, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola. Remi considera que novas descobertas podem amenizar esse crescimento. “Eu diria que a ciência tende a se empenhar para descobrir produtos que não sejam agressivos ao meio ambiente. Por isso, acredito que não aumente muito o consumo (de agrotóxicos) futuramente”, declara. A preservação dos recursos naturais, como solo, água e ar deixa para todos a reflexão de quem são os grandes beneficiados e prejudicados pelo uso descontrolado de produtos químicos nas lavouras brasileiras.


Jucá pede meio ano para código florestal

meio ambiente

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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pediu seis meses para os senadores analisarem a reforma do Código Florestal. A solicitação também inclui maior prazo para o decreto que suspende os efeitos da Lei de Crimes Ambientais. (Marina Cardozo / Agexcom)

Clara Allyegra Lyra

Revitalização do Guaíba promete melhorar as praias e atrair o público

À beira do esquecimento Júlia Klein Matheus Kiesling Redação Jornalística II

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m dos cenários mais lembrados do Rio Grande do Sul passa por um longo período de ostracismo. O lago Guaíba, conhecido popularmente como “rio Guaíba”, é um dos principais pontos turísticos da Capital gaúcha. Assistir ao pôr-do-sol às margens deste que é considerado um dos cartões postais do Estado é tarefa quase obrigatória para quem mora ou está de passagem por Porto Alegre. Contudo, tanto as barreiras naturais, quanto os diques de contenção, e, principalmente, a poluição, impedem uma maior convivência da população com o lago. As histórias do Guaíba e de Porto Alegre se confundem. A cidade se originou a partir da chegada de casais açorianos, em meados do século XVIII, a maioria por meio fluvial. Alguns historiadores afirmam que o nome da cidade se deve a sua localização, às margens do lago. Com o crescimento da capital e das cidades mais próximas, o Guaíba teve sua preservação deixada para segundo plano. Os lançamentos de esgotos, efluentes industriais, agrotóxicos, além do afluxo das águas também poluídas dos rios Gravataí e Sinos, contribuíram diretamente para a deterioração do local. Aos poucos, o lago foi perdendo espaço para o desenvolvimento urbano. Revitalizar e preservar o Guaíba. Esses são alguns dos objetivos de dois projetos que estão sendo desenvolvidos pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre: o Guaíba Vive e o Grupo de Trabalho da Orla (GT Orla). O Guaíba Vive – um programa da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (Smam) – desenvolve projetos para recuperar, preservar e revitalizar a orla, além de monitorar a qualidade da água. Ações de tratamento e saneamento ambiental das águas do lago são desenvolvidas em um trabalho integrado entre a Smam, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), buscando ampliar todo o potencial de lazer e balneabilidade do lago. As construções de Estações de Tratamento de Esgoto em bairros das zonas sul e norte da cidade, além da implantação das estações para coletar e tratar todo esgoto da Capital, são ações importantes para a preservação do lago. Segundo o

biólogo Rodrigo da Cunha, um dos responsáveis pelo projeto, tratar o esgoto é passo fundamental para o sucesso do Guaíba Vive. “Não adianta recolhermos o lixo das margens e investirmos em limpeza urbana se o esgoto continuar a ser liberado no Guaíba. Investir no tratamento da água é uma de nossas prioridades”, afirma. Diversas ações estão sendo planejadas para atrair o público de volta às praias do Guaíba, como a instalação de vestiários, quiosques com churrasqueiras e higienização das praias. Águas mais limpas Segundo relatório divulgado em janeiro deste ano pela Smam, apenas duas praias do Guaíba estavam impróprias para banho. Para medir a balneabilidade da água é preciso colher cinco amostras e somente uma delas pode apresentar mais de 800 coliformes fecais para cada cem mililitros. Monitoramentos da qualidade da água são realizados permanentemente pela prefeitura, que ressalta que as obras de saneamento são constantes. “Porto Alegre tem uma dívida histórica com sua população: o fato de a cidade estar à beira de um recurso d’água desse tamanho sem que seus habitantes possam se relacionar com o Guaíba”, diz o arquiteto e urbanista Marcelo Allet, coordenador do GT Orla. A cidade, mesmo desfrutando de uma posição geograficamente privilegiada, não utiliza boa parte de seus recursos naturais. Segundo Allet, estudos indicam que as populações que vivem à beira da água possuem uma melhor qualidade de vida. O projeto divide a orla em setores, que iriam da Usina do Gasômetro ao Iate Clube Guaíba. De acordo com o planejamento, serão construídas linhas de reconexão da cidade com a orla, além de vias de passeio público, ciclovias e estacionamentos ao longo de todo o trajeto, a fim de facilitar o acesso do público ao lago. Nas margens do Guaíba, bares, restaurantes, quadras esportivas e uma arena multiuso serão de livre acesso para a população. O investimento estimado é de R$ 27 milhões. O progresso deu seu preço, e nós pagamos por ele. O Guaíba sofre com décadas de descaso, tanto por parte das autoridades, quanto da população. As soluções estão postas à mesa. No entanto, para que essa ideias tomem forma, é necessário apoio político e privado. Não é uma tarefa das mais fáceis,mas, se for posta em prática, trará o Guaíba de volta à vida.

Futuro: o Guaíba Vive e o GT Orla são projetos que objetivam revitalizar e preservar o Guaíba

Opinião

Lazer, uma questão básica Douglas Bonesso Redação Jornalística III

A situação da orla do Guaíba realmente está horrível. É interessante ver como os portoalegrenses e visitantes da nossa capital conseguem driblar inúmeros problemas básicos para terem lazer. Quem nunca foi para a Usina do Gasômetro matear, conversar e ver nosso magnífico pôr-do-sol? A última vez que fui passei vergonha! Levei um amigo que veio de Curitiba para conhecer Porto Alegre. O primeiro local que cogitei foi um de nossos cartões postais: Usina do Gasômetro. Enquanto passeávamos pela beira do lago nos deparamos com muito lixo no chão, mendigos dormindo entre as árvores, cheiro

horrível das águas poluídas e ruas esburacadas com poças enormes água parada. A vontade que tinha era me enfiar no primeiro buraco que visse pela frente - fiquei com muita vergonha. O projeto Guaíba Vive, se deferido por nossos políticos, vai garantir para nós gaúchos um ambiente de lazer adequado à nossa exigência. Precisamos de um local com boa infraestrutura para levarmos nossos filhos para passear, apresentar nosso ponto de referência aos amigos turistas ou, simplesmente, tomarmos nosso chimarrão tranquilo com os amigos queridos. A Prefeitura e o Estado não podem fechar os olhos a um programa que melhora a qualidade de vida dos cidadãos! Merecemos isso! Afinal, pagamos tanto imposto para quê?


Semae quer aumentar captação de água

meio ambiente

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Arquivo Semae

São Leopoldo sofre com a falta de água em alguns meses do ano, com maior ocorrência no verão. Por isso, o Serviço de Água e Esgotos (Semae) aprovou projeto de melhorias do serviço, como a adição de bombas de captação no Rio dos Sinos. Cidadãos reclamam a dificuldade vivida em épocas quentes. (Nathalia Spindler / Redação Jornalística I)

GABRIELA BOESEL Redação Jornalística I

O Rio dos Sinos é tão poluído quanto Tietê, constatou o diretor-executivo do consórcio público Pró-Sinos, Julio Dorneles. Nos últimos cinco anos, o afluente do Guaíba sofreu com a mortandade de peixes. Prefeituras do Vale dos Sinos prometem aumentar a fiscalização de indústrias ribeirinhas. Em 2006, cerca de 1 milhão de animais morreram. No fim de 2010, mais de 10 mil peixes

surgiram mortos no rio. Segundo o biólogo Joel Garcia, “o oxigênio na água é baixo e prejudica a vida aquática. Mas a causa das mortes foram os resíduos”, disse. Durante anos as empresas ribeirinhas realizaram própria fiscalização própria. Julio explicou que “cada uma fazia seu relatório e não havia confirmação dos fatos. Poluentes eram jogados à noite e aos fins de semana”. O biólogo acredita que a recuperação do rio levará de 5 a 10 anos.

Alunos aprenderão a plantar orquídeas LARISSA TASSINARI Redação Jornalística I

Contando com três trilhas ladeando o rio, um Centro de Educação Ambiental e um espaço de lazer, o Jardim Botânico de São Leopoldo abriu suas portas à visitação pública no dia 22 de março já com uma variedade de projetos em processo de desenvolvimento. Entre eles está a parceria da prefeitura, mantenedora do parque, e a Sociedade Leopoldense de Orquidófilos (SLO), entidade sem fins lucrativos que trabalha pela

preservação da área verde na região. “Com essa parceria pretendemos duas coisas: a repovoação da vegetação rente ao Rio dos Sinos, chamada mata ciliar, e a disseminação do nosso conhecimento para as novas gerações”, disse Dania Schneider, tesoureira e Relações Públicas da SLO. As aulas de plantio de orquídeas e árvores serão importantes para as crianças, que passarão a dar mais valor a toda flora que veem diariamente, alegou Dania.

Projeto mostra como preservar área verde Rubiane Lazzeri Redação Jornalística I

O projeto O Povo na Praça idealizado e realizado pela Secretaria do Meio Ambiente (Smam) da Prefeitura de Porto Alegre, teve início no sábado, 7 de maio. O Parcão, no Bairro Moinhos de Vento, foi palco de atividades para incentivar a população a cuidar das áreas verdes. No dia, foram apresentados conceitos de educação ambiental e voluntários verificaram

pressão e batimentos cardíacos de frequentadores do parque. A coordenação é de responsabilidade do secretário, Luiz Fernando Záchia, que destacou a mobilização do povo para o cuidado do meio ambiente. O projeto incluiu, ainda, mutirão para podas nos bairros próximos ao parque ao longo da semana. Mensalmente, o projeto será levado a parques da capital. A programação dos mutirões pode ser vista no site da Smam.

Ação retira mais de 5 mil quilos de lixo do Taquari Camila Kalsing Redação em Relações Públicas II

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5ª edição do projeto “Viva o Taquari Vivo”, organizada pela ONG Parceiros Voluntários, bateu recorde das edições passadas. Foram recolhidos 5,5 tonelas de lixo nas margens do rio. Entre os materiais estão tecidos, madeiras, pneus e plásticos. Realizada na manhã do dia 14 de maio, a ação contou com cerca de 20 embarcações e mais de 300 pessoas, divididas em dois grupos, um por margem. Em Lajeado, as equipes se concentraram no Porto dos Bruda. Já em Estrela, o ponto de encontro foi a Associação Ecológica de Canoagem (Aeca). Os voluntários, com ajuda da Brigada Militar, bombeiros e pescadores, navegaram até as encostas e recolheram o lixo com auxílio de luvas, sacos e ganchos. Os objetos recolhidos foram separados, quatificados e classificados. “A parte mais exaustiva é separar e classificar o lixo” disse Cinara Girotto, coordenadora do Projeto Parceiros Voluntários, de Lajeado. O lixo advém principalmente do descaso da população e das enchentes, explicou. Parte desse lixo encontra-se exposto na praça Menna Barreto, em Estrela, e tem como objetivo “causar indignação e mudança nos hábitos e atitudes,” frisou a Secretária do Meio Ambiente de Estrela, Ângela Schossler. “A população precisa perceber a importância de atitudes responsáveis da destinação dos materiais do nosso cotidiano”, destacou. Depois da exposição pública, os materiais seguirão para as usinas de reciclagem e aterros sanitários de suas respectivas cidades. Os voluntários Maiara Borges dos Santos e Jonatas Hauschildt acreditam que o projeto conscientizará a população.

Camila Kalsing

Recuperação do Sinos pode levar uma década

Limpeza: mais de 300 pessoas, em 20 embarcações, navegaram pelo rio

PAC do Arroio Kruse benefecia famílias Marina Cardozo Redação Jornalística I

“Todas as famílias foram realocadas e as casas, já previstas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Arroio Kruse, tiveram a construção antecipada”, disse o coordenador da Defesa Civil, Silomar Gomes, sobre as mais de 50 famílias leopoldenses desabrigadas pelas enchentes de fevereiro e abril. A região mais atingida pelo Arroio Kruse, o bairro Santo André, já tinha um PAC próprio. A catástrofe acelerou o programa.

A antecipação ocorreu na sexta-feira, 5 de fevereiro, quando o prefeito Ary Vanazzi ordenou o início das obras do PAC nas áreas I (bairro Santo André) e III (bairro Feitoria). Três dias depois, São Leopoldo registrou 25% da média de chuva do mês todo, o que causou transbordamento do arroio. Gomes destacou que as cheias do Kruse são normais e inevitáveis. “O único jeito de impedir que atinja as pessoas é tirando-as das áreas de risco”, disse. O PAC do Arroio Kruse na área I deve ser concluído em cerca de três meses. Estão previstas 73 ca-

sas, sendo 56 sobrados, 14 casas para idosos ou deficientes e três adaptadas para cadeirantes, além de quatro módulos para pequenos comércios. A área III ainda está em obras de infraestrutura, como abertura de ruas, drenagem e pavimentação. A conclusão é em um mês. “Nunca teria condições de seguir em frente sozinha”, afirmou Maria Berenice Rocha, moradora das margens do Arroio Kruse. A diarista disse que tentou um financiamento para construir sua casa, mas a renda foi insuficiente. O PAC do Arroio Kruse vai beneficiar 1.378 famílias.


Divulgação

Kit antipreconceito será repensado

educação

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O ministro da Educação, Fernando Haddad, pretende refazer o kit contra homofobia, suspenso pela presidente Dilma Rousseff. Haddad busca debater outros tipos de preconceito no novo projeto. O ministro afirmou que levará a proposta a pleito. (Guilherme Endler / Agexcom)

Marcos Ludvig

Opinião

Escolha das escolas Tamires da Fonseca Redação Jornalística III

Mudanças: na década de 1980, a cada cem crianças, 40 repetiam o primeiro ano. Em 2009, essa taxa ficou em 5% e ainda é considerada alta pelo Governo

A recomendação do MEC de não reprovar alunos é discutida nas escolas

Aprovação garantida Nathalie Abrahão Córdova Luana Cunha Redação Jornalística II

C

om dados do censo escolar de anos anteriores, o Ministério da Educação (MEC) recomendou que as escolas públicas e privadas não reprovem mais alunos matriculados nos três primeiros anos do ensino fundamental. A ideia é não desestimular os alunos reprovados no início do período escolar, pois a evasão – quando a criança sai e não volta mais para a escola – tem aumentado nos primeiros anos de estudo. Reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 (LDB), até a segunda etapa do 1º ano, a criança passa por uma promoção, não sendo de caráter avaliativo, mas obrigatório, onde o educando está atravessando por um processo no desenvolvimento integral em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Segundo o MEC, na década de 1980, de cada 100 crianças, 40 repetiam já no primeiro ano. O último levantamento realizado mostra que em 2009 a taxa ficou em 5%, mas o governo ainda considera muito. A proposta é criar o ciclo de alfabetização em três anos. “Ser alfabetizado é mais do que traduzir o texto escrito, é compreender e processar o significado da mensagem. Neste momento, entra a perspectiva do letramento, fazendo com que o aluno exerça sua condição de alfabetizado, sendo realmente um interlocutor do texto, aceitando ou questionando o conteúdo que lê”, afirma a pedagoga da Secretaria de Educação do Estado Tânia Freiberger de Mello.

A recomendação é que as escolas passem gradativamente para este novo método, que substituirá os três primeiros anos do ensino fundamental por um ciclo de alfabetização e letramento, no qual as instituições terão de identificar os alunos com dificuldades de aprendizagem e traçar estratégias pedagógicas para recuperá-los sem a necessidade de reprovação. Que as crianças precisam aprender ninguém discorda, mas a aprovação automática ainda divide opiniões. “O governo pode estar certo em acreditar que pode haver desmotivação, mas é tudo questão de bom senso. Devemos pensar na criança para que ela esteja apta em seu tempo para aprender coisas novas e seguir o caminho escolar.” Esta é a opinião de Sirlei Zimmer, professora do segundo ano do ensino fundamental em Gravataí. Na escola de ensino público onde Sirlei leciona, os diretores aderiram à recomendação e buscam não reprovar alunos de séries iniciais, o que, segundo a professora, gera confusão entre os mestres e os seus superiores. “Tentamos fazer o possível para que o aluno alcance o resultado desejado, porém alguns têm mais dificuldades, mas quando pensamos na possibilidade de reprovação, somos vetados e acabamos tendo que passar um aluno que não estará no ritmo no ano seguinte”, lamenta. Há quem tenha uma opinião diferente. Greice Born, que trabalha como professora no Serviço Social da Indústria (SESI), acredita que a promoção na primeira etapa não atrapalha e, sim, contribui para o melhor desenvolvimento da criança na fase seguinte. “Nessa primeira fase a criança terá tempo necessário para se habituar nesse novo contexto que está sendo inserida e se preparar para então dar início ao

processo de alfabetização”. O ponto de vista dos pais Manuela Borba, oito anos, está repetindo a segunda série do ensino fundamental, em uma escola municipal de Gravataí, pois no último ano teve dificuldades em cálculos de soma e subtração, além de problemas ao escrever. Para a mãe, Joice Borba, a experiência foi encarada de forma tranquila, pois acompanhava durante o ciclo letivo o desempenho da filha, e a reprovação não foi surpresa. “Havia conversado com a professora durante todo o ano e ela sempre me apontava os problemas. Em casa, trabalhavamos alguns exercícios, mas ela tinha bastante dificuldade.” Para Joice, independente de passar de ano ou não, o importante é a educação da filha. “Prefiro que a minha filha repita e realmente aprenda o que deve, do que tenha mais problemas no próximo ano e não consiga acompanhar a turma.” Denise da Silva, de Novo Hamburgo, enfrenta outro problema em casa. O filho Guilherme, de sete anos, que está na segunda etapa, ao escutar o assunto na escola, chegou em casa afirmando que não seria mais reprovado. “Guilherme disse para o irmão de 14 anos que ele não iria mais ficar de castigo, pois não pode ser reprovado. Não sei como lidar com a situação e explicar para meu filho, pois nem estava por dentro do assunto.” Apesar de diferentes, as opiniões defendem o mesmo objetivo, a melhoria na educação das crianças brasileiras. Com a recomendação seguida ou não, o que todos querem é que ela seja avaliada de forma a proporcionar beneficios aos alunos e à educação brasileira. Precisamos.

A recomendação do Ministério da Educação (MEC) sobre a não reprovação de crianças do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental está gerando diversos comentários. O objetivo do MEC é que as escolas encarem os três anos iniciais como um bloco único do processo educativo. Não é lei, apenas uma recomendação feita. As últimas pesquisas mostram que a evasão escolar, quando a criança sai e não volta mais para a escola, tem aumentado nos primeiros anos de estudo, porém a aprovação automática ainda divide opiniões. Nessa discussão toda, só existe um consenso: as crianças precisam aprender. O desafio é o que fazer para que elas aprendam. Não reprová-las nos primeiros anos? Alguns educadores e o MEC acham que esse pode ser o caminho. O projeto é muito interessante na teoria, mas na prática não será bem assim. Como será a reação de uma criança ao se deparar com a possibilidade de não ter mais que estudar, pois já é garantida sua aprovação? O MEC pecou no próprio objetivo, pois sem um acompanhamento rígido, essas crianças poderão cair na “gandaia” sem aprender nada. O ser humano tem que ter compromisso desde cedo, ter a noção de que deve estudar para se tornar um cidadão de cultura, e que mais tarde isso contará e muito para sua vida. Agora, a decisão sobre o novo sistema, e a sua adesão ou não, ficará apenas nas mãos das escolas. Tema que deverá ser muito bem pensado.


Chrome ultrapassa Firefox no Brasil

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O browser da Google, lançado em 2008, já tem mais usuários no País que o equivalente da Fundação Mozilla. O Chrome está em 26,83% dos computadores, contra 26,08% do Firefox. O Microsoft Internet Explorer mantém a ponta, com 45,7% do mercado no Brasil. (Marcelo Grisa / Agexcom)

Comércio virtual movimenta mais de R$ 10 bilhões no mercado brasileiro

Praticidade X insegurança Juliana Fogaça de Freitas Karina Sgarbi Redação Jornalística II

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ender produtos na internet é mais simples do que manter uma loja e bem mais prático para quem compra. A crescente demanda do comércio na rede mundial de computadores chama a atenção justamente pela facilidade. Só que, para muitas pessoas, há desconfiança no momento de comprar. Shoppings, leilões virtuais e sites de compras coletivas são as principais formas encontradas na rede para aquisição de produtos. Nos shoppings virtuais, o consumidor tem a possibilidade de visualizar o produto e adicioná-lo a um carrinho de compras. Os sites de leilão pela internet são usados normalmente para os usuários colocarem os seus produtos à venda. As compras coletivas surgiram recentemente e, pelos preços excelentes que oferecem, são o grande sucesso do momento. Mas o maior movimento comercial da internet não é visto pelos usuários comuns. É o business-to-business, comércio entre as empresas, que movimenta grandes quantidades de produtos e, logicamente, de dinheiro. Entender o funcionamento de um site de vendas é fundamental para avaliar se é seguro ou não comprar os produtos ofertados. Renan Soares trabalha no site istores.com como auxiliar de estoque. Ele explica que a empresa tem um contrato com os Correios, no qual as agências são reponsáveis pela entrega. Em caso de perda sem justificativa, a loja virtual arca com os gastos. O produto chega na loja, é fotografado e disponibilizado na vitrine do site. O usuário que faz a compra passa primeiro por um processo de aprovação de crédito, em que o cartão do cliente e o endereço são verificados. Após essas etapas, o produto passa para a expedição, que vai fazer a reserva e a embalagem. O atendimento fica completo após a emissão da nota fiscal e o encaminhamento para os Correios. No caso do comerciante Miguel Ballin, dono de ótica há 29 anos, o comércio pela internet não interfere tanto nas suas vendas. O que atrapalha um pouco são os preços atraentes que os sites oferecem e que ele não consegue igualar. “Eu tenho que pagar impostos para obter um produto que vou ter que revender com um valor maior, e uma pessoa que

SXC.HU

vende pela internet, provavelmente, não paga tanto imposto”, acrescenta o proprietário. Prova disso é o estudante de jornalismo Lucas Möller, que, ao invés de comprar um celular na loja, optou por comprá-lo na loja virtual da operadora. Segundo Möller, o preço reduzido e a comodidade de receber o produto em casa, sem precisar enfrentar filas, foram determinantes na escolha. “Os prazos de entrega foram respeitados, e o produto é de boa qualidade, não há do que reclamar”, acrescenta. O comércio virtual em dados Para se ter uma ideia, em 2001, o comércio online no Brasil movimentou R$ 0,54 milhão, e, em 2009, esse valor aumentou para R$ 10,60 bilhões. As políticas de crédito e parcelamento que se intensificam cada vez mais e as medidas de inclusão digital adotadas pelo governo contribuem para o aumento tão significativo. A faixa etária que mais consome vai dos 35 aos 49 anos, e o grau de escolaridade que predomina é o nível superior completo. No Brasil, o grupo B2W, união das empresas Submarino e Americanas. com, fatura cerca de R$ 500 milhões por mês, correspondentes a 54% de todo o faturamento de varejo online do país. Nos Estados Unidos, em comparação, a Amazon, maior e-commerce do mundo, detém menos de 10% do mercado interno. No ranking do comércio virtual brasileiro, em primeiro lugar está a B2W, seguida por MagazineLuiza.com, Comprafacil.com, PontoFrio.com e o Extra.com. Para não cair no golpe da rede, toda precaução é necessária. Por isso é importante avaliar a credibilidade, pesquisando nos sites de busca se há reclamações de clientes, ou no www.reclameaqui.com.br que é específico para esse tipo de registro. O endereço físico também deve ser verificado, e é recomendado não optar por empresas que só possuam telefones celulares. A privacidade dos dados que são colocados no site antes da compra também deve ser questionada. É preferível usar o seu próprio computador aos públicos, que podem estar infectados com vírus maliciosos. E lembre-se, ofertas muito tentadoras podem ser golpe. Na internet, tudo é mais fácil, basta um clique e está resolvido, mas nunca se sabe quais as intenções de quem está do outro lado.

Em casa: apesar de muitos ainda desconfiarem do comércio na web, ele chama a atenção pela facilidade

Opinião

Dúvidas no ato da compra CASSANDRA DOS REIS Redação Jornalística III

Desde a invenção da escrita, nenhum instrumento de comunicação entre seres humanos evoluiu tanto e tão rapidamente a ponto de se tornar essencial, imprescindível à vida econômica, profissional, científica, social e cultural das pessoas, como a internet. Segundo o Data Popular, as classes C, D e E respondem por 75% dos internautas no país e 63% do total de domicílios com internautas. Entre janeiro e junho deste ano, dois milhões de usuários brasileiros fizeram sua primeira compra na web, sendo 59% deles da classe C. É fato: as ofertas na internet estão cada vez mais atraentes, e os preços mais vantajosos do que nas lojas físicas. Há mais variedades de marcas e modelos de qualquer lugar do mundo, além da comodidade de não precisar

sair de casa na hora da compra. Na hora de escolher sua forma de pagamento on-line, escolha aquela em que você não precise digitar inúmeras vezes seu cartão de crédito e que armazene suas informações em sua base, de maneira que o comerciante efetive a venda e receba o pagamento sem ter acesso aos dados financeiros do comprador. O consumidor também deve evitar os sites que solicitam no momento da compra o número de cartão de crédito várias vezes. Esses sites não oferecem um nível de segurança que você espera. Mesmo com todos os cuidados, se ocorrer algum tipo de imprevisto, o consumidor goza de todos os direitos e prerrogativas previstas no Código de Defesa do Consumidor. O consumidor possui a garantia legal quando o produto apresentar defeitos, devendo notificar a empresa no prazo de 30 dias.


Site faz sátira aos programas de culinária 21

gastronomia

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Reprodução

Larica Total é uma sátira aos programas de culinária convencionais. Paulo de Oliveira apresenta receitas totalmente baseadas na realidade da geladeira do trabalhador brasileiro, além de criar clássicos da culinária de guerrilha. Confira mais em laricatotal.com.br (William Mansque / Agexcom)

Boa comida, bebida de qualidade e amigos reunidos é a melhor forma para celebrar a vida

A refeição que aproxima pessoas Larissa Schreiber de Azevedo Redação Jornalística II

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ão é ilusão quando dizem que os dias parecem estar cada vez mais curtos e corridos. No meio de tantas atividades, muitas vezes, o encontro com os amigos acaba em segundo plano. Uma das soluções encontradas para manter o contato e reforçar a amizade está revolucionando o mercado gastronômico: a criação de confrarias. O conceito vem da antiguidade, quando pessoas que moravam próximas se reuniam para devotar a um santo ou a uma imagem em especial, fortalecendo, assim, os laços da vizinhança. Agora as reuniões, exclusivas e restritas, tornaram-se uma prática comum. Atiçar o paladar com novos sabores, descobrir receitas inusitadas e degustar drinques elaborados transformou-se na tendência atual quando o assunto é lazer. A Confraria Pagã, Não Batizada, por exemplo, nasceu em maio de 2009 e é formada por sete casais de amigos, na maioria advogados. Conheceram-se porque trabalhavam juntos no Núcleo Jurídico do Banco do Brasil. Depois que se aposentaram, os amigos sentiram falta do convívio e decidiram formar o grupo que se reúne mensalmente. A proposta é que, no último sábado do todo mês, um casal, determinado por sorteio e rodízio, abra a casa, receba os amigos e prepare todo o cardápio da noite. Da entrada à sobremesa, incluindo as bebidas, são responsabilidade dos anfitriões. As duas regras básicas são não repetir nenhuma receita e sempre inovar sabores.

No último encontro, o prato servido foi purê de aipim e bacalhau gratinado com cebolas fritas no shoyo. “Ninguém havia pensado em misturar um peixe nobre com aipim, tradicionalmente esses sabores não combinam. Foi exatamente por esse motivo que optamos por servi-lo”, conta Vânia Zancanaro, endocrinologista e anfitriã da noite. De sobremesa, sorvete de gengibre e, para beber, vinho branco e espumante. O nome do grupo surgiu depois de dois anos de discussões sem fim sobre como chamá-lo. “Pensamos em algo em outro idioma, mas remeteria a uma determinada gastronomia, e não é essa a nossa ideia”, relata João Lace Kuhn, um dos mentores do projeto. “O grande objetivo é termos esse momento nosso, onde podemos relaxar, conversar e desopilar do estresse do cotidiano”, finaliza Kuhn. Seguindo a tendência, São Leopoldo conta desde 2007 com a Confraria do Vinho e da Champagne. Na primeira terça-feira de cada mês, reúnem-se as principais figuras do cenário social capilé em algum restaurante tradicional da cidade. A cada evento são convidadas a demonstrar seus produtos vinícolas da Serra Gaúcha, apoiando e incentivando, assim, o consumo do material produzido na região. Fundada e idealizada pelas socialites Maria Elis Pedraza e Celeste Porto, a reunião tem espaço garantido nas colunas sociais locais. O ingresso é pago, e nele está incluso o jantar, que é programado em conjunto com o sommelier da casa e o enólogo da vinícola para combinar os sabores, a degustação das bebidas e a diversão com os amigos.

Dicas para economizar A mania está tão popular que as reuniões migraram para a internet. Coloque ‘blog sobre comida’ no Google e descubra mais de 20 milhões de sites sobre o assunto. Alguns auxiliam no preparo de refeições mais complexas, outros fazem fóruns, além de promoverem concurso de receitas. A Times Online divulgou em fevereiro uma lista com os melhores blogs gastronômicos no mundo. Apesar de nenhum ser brasileiro, todos são ótimas fontes para quem quer se aventurar junto ao fogão. Confira: Orangette http://www.orangette.blogspot.com/ Cannelle et Vanille http://www.cannelle-vanille.blogspot.com/ The Wednesday Chef http://www.thewednesdaychef.com/ Delicious Days http://www.deliciousdays.com/ David Lebovitz http://www.davidlebovitz.com/ Chez Pim http://www.chezpim.com/ Matt Bites http://mattbites.com/ Serious Eats http://www.seriouseats.com/ 101 Cookbooks http://www.101cookbooks.com/ Smitten Kitchen http://smittenkitchen.com/

sxc.hu

Confraria: as principais atividades sociais estão ligadas aos prazeres gastronômicos

Opinião

O boom gastronômico Natália Mussi Redação Jornalística III

Restaurantes temáticos, Botecos futebolísticos, Pub’s Irlandeses, todos cada vez mais especializados no gosto do consumidor. Agora quem está na moda é a Gastronomia. Há uma legião de novos empreendedores, na maioria jovens, concretizando os lugares abstratos que existiam apenas em sua imaginação. Certamente, a gastronomia não é influenciada apenas por esse fator. A variedade de cursos oferecidos, o grande volume de informações relacionadas e a nova onda de alimentos saudáveis ( que superam o tão clássico fast-food que os brasileiros adaptaram da cultura norte-americana, trazendo consigo os problemas causados pela obesidade e má alimentação) incrementam a busca por novidades.

Os espaços físicos estão mais sofisticados e, nos levam a qualquer canto do mundo que desejarmos conhecer. O ambiente oferecido, na maioria das vezes, supera os cardápios, o que leva os clientes a consumirem mais as paredes e decorações que saborear melhor a comida que é apresentada no prato. A indústria Gastronômica tem uma importância clara na economia do país, na geração de empregos, renda, tributos pagos ao governo., Não pode ser vista apenas como algo supérfluo, pois se torna uma instituição cultural, da identidade de cada lugar que representa as diversidades em uma refeição sem preconceitos. E assim temos o modismo do momento, a Gastronomia no país do Fome Zero, um Brasil que tem como prioridades programas políticos sociais de combate a fome estabelecidos pelo Governo Federal, enquanto saboreamos uma comida indiana.


Unisinos recebe doação de agasalhos

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Os pontos de coleta da Campanha do Agasalho 2011 já estão espalhados por São Leopoldo. Podem ser doados roupas, calçados, cobertas ou cobertores em bom estado. Parceira da iniciativa, a Unisinos recebe donativos nos postos de atendimento de cada área. (Lílian Stein / Agexcom)

Duas pessoas que recolheram animais de rua contam suas histórias

Vida de cão, vida de rua Emerson Ribeiro Venise Vieira Borges Redação Jornalística II

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a correria da vida cotidiana, algumas coisas passam despercebidas. Os animais abandonados são um exemplo disso. Esquecidos na rotina frenética das grandes cidades e pelos seus donos, cães e gatos vagam pelas ruas famintos, feridos e doentes. A maioria das pessoas já se acostumou com eles, nem se sensibiliza. No entanto, ainda existem pessoas que não só se emocionam com os animais sem donos, mas também agem para mudar esse triste estigma da urbanização. Lester Vieira Borges, 21 anos, nunca imaginou que um simples passeio ao shopping poderia virar uma história de amor e solidariedade. Quando chegou ao pátio de estacionamento do Shopping do Vale em Cachoeirinha, avistou de longe um cãozinho deitado muito doente. Foi averiguar a situação um pouco mais de perto e, para sua tristeza, o animal encontrava-se em estado deplorável. Com os olhos inchados, não podia enxergar. Na cabeça, tinha um enorme buraco com muita bicheira (proliferação de larvas de moscas), o corpo coberto de feridas não podia nem mesmo se levantar. “Quando vi aquilo, fiquei muito triste e sensibilizado, comecei a chorar no primeiro momento”, lembra Lester. Lester conseguiu um hotel de animais onde hospedaram o cão, que logo ganhou o nome de Mozart. Lá ele foi medicado e teve os cuidados de uma médica veterinária. Passados 20 dias, já melhor, Mozart foi transferido para uma ONG (que abriga animais), porém com uma condição, Lester teria a inteira responsabilidade sobre o animal. Quando parecia estar tudo resolvido, mais um problema surgiu: Mozart estava com cinomose, uma doença que ataca o sistema nervoso dos animais e, se não tratada, pode levar à morte. Devido à situação, ele não poderia mais continuar na moradia, pois corria o risco de contaminar os outros animais do local. Lester também não podia levá-lo para sua casa, pois já possui outros bichos. Até que conheceu um casal que morava em uma simples casa de madeira. Prontificando-se a ficar com Mozart na casa deles, prometeram cuidar com muito gosto e ajudar no que fosse preciso. Lester apadrinhou o cão, que ficou na residência do casal. Com emoção e orgulho pelo fato de não ter se anulado diante de uma situação que hoje

Dierli dos Santos

é um problema social, Lester diz que os animais nas ruas são vítimas da ação do homem. Forte ligação Outra pessoa apaixonada por animais é um veterinário de Porto Alegre que, se pudesse, não deixaria sequer um animal abandonado. Otávio de Souza, 39 anos, tem acolhidos em casa cinco animais encontrados na rua. “Desde pequeno possuo uma ligação forte com os bichos, tenho certeza que nasci para exercer a função que tenho”, afirma Souza. O veterinário fala da impotância das pessoas terem ciência do quanto é fundamental o enfrentamento da questão dos animais de rua. “Ajudar um bichinho não é apenas uma questão de respeito à qualquer forma de vida, é, sim, uma questão de utilidade pública.” Souza diz que as pessoas podem contrair inúmeras doenças por meio dos animais de rua. “Imagine quantos quilômetros um cão perdido pode andar durante um único dia, nesse percurso ele pode tanto contrair, quanto disseminar milhares de vírus”, explica. O “filhos adotivos”, como diz o veterinário, são três cães, um gato e um papagaio. Ele exalta o quanto faz bem para as pessoas o convívio com animais. “Eles despertam nossa humanidade, estimulam nossa afetividade, li dezenas de artigos relacionados a isso.” Souza já socorreu muitos animais desde que se formou em Veterinária há oito anos. O caso que mais sensibilizou o profissional foi o de um menino que bateu à porta de sua casa. A criança trazia dentro da caixa filhotes de uma cadela que foi atropelada numa rua próxima. Era inverno e não havia pessoas na rua. Quando o menino viu a cadela que atravessava a rua ser atropelada, correu pra ver mais de perto. Foi quando percebeu que ela tinha filhotes. A cadela estava agonizando e, mesmo assim, conseguiu parir quatro filhotes ainda vivos. A criança não pensou duas vezes, pegou uma caixa de papelão de uma lixeira e colocou os cachorrinhos dentro. “O guri me contou que andou o bairro inteiro à procura de alguém que cuidasse dos animais da caixa. Perguntei onde ele morava, e ele disse que não tinha casa”, revela Souza, que acabou acolhendo não só os filhotes, mas a criança também. Em seguida, o veterinário entrou em contato com Conselho Tutelar, que deu um lar ao menino.

Amizade: Lester salvou o cachorro Mozart, que estava doente e abandonado perto de um shopping

Opinião

O abandono em pauta Juliana Spitaliere Redação Jornalística III

Cara de pidão, orelhas caídas, corpo esguio e olhos de súplica. Ainda há quem resista, sem sentimentos, à imagem de um animal abandonado. O bom é que a maioria não. E são estes que não se importam muito com raça, cor e tamanho. O que interessa é o ato de ajudar seres indefesos que, na maior parte das vezes, são vítimas de donos sem a mínima noção de responsabilidade. Muitos donos não sabem, por exemplo, da existência de leis para crimes praticados contra animais. E, quando não há a denúncia, resta apenas remediar a situação. Nos últimos meses, imagens e informações sobre cães e gatos abandonados ganharam destaque em jornais, blogs e fóruns. Seja com intuito de promover suas mídias, ou pelo aumento do interes-

se do público, o tema tem rendido boas pautas em veículos como Zero Hora e Diário Gaúcho. Os cases de Pimpoo (o cão fugitivo) e Rosinha (a cadela cor-de-rosa), foram manchetes por dias seguidos e trouxeram à tona questões sobre a lealdade animal e falta de escrúpulo humano. Fazendo ressurgir o gosto por amparar pequenas almas caninas, ou até mesmo despertando um amor recolhido por animais, as matérias estimulam a participação dos leitores. O blog Bicharada, mantido pela Zero Hora, faz a mediação entre doadores e interessados, e surte bons resultados. Diariamente são postadas fotos de animais encontrados na rua junto a uma descrição sobre sua situação. O mais bonito é perceber que a concorrência é cada vez maior. E melhor ainda é ler: “Este animalzinho já tem um lar”.


Eu-cidadão promove inclusão digital

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Na Unisinos, equipamentos de hardware substituídos nos laboratórios e escritórios se transformam em ferramenta de inclusão digital. Desde 2003, o projeto Eu-cidadão destina esses materiais a outras entidades, contemplando áreas como educação, atenção ao idoso e economia solidária. (Lílian Stein / Agexcom)

Vanessa Freitas

Opinião

A favor de surfistas e pescadores Marcus Von Groll Redação Jornalística III

Luta: Neuza Rufatto mantém intacto o quarto do filho Thiago, surfista vítima de uma rede de pesca que motivou a criação da ONG

ONG MaRSeguro luta por melhores condições de surf e pesca no litoral

Pelo fim das mortes Nathália Mendes Renata Gomes Redação Jornalística II

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om o objetivo de melhorar as condições de surf e pesca no litoral gaúcho, amigos e parentes que sofreram com a morte de Thiago Rufatto, de 18 anos, no dia 1º de novembro do ano passado, criaram a Ong MaRSeguro. Enquanto surfava na praia de Capão da Canoa, Thiago ficou preso num cabo de pesca de rede fixa, tornando-se a 49º vítima deste tipo de acidente no Estado. Para evitar que mais familiares sofram a dor da perda, o Instituto Thiago Rufatto vem lutando pelo fim da morte de surfistas com a extinção das redes de pesca fixas sem demarcação. A ONG tem como objetivo a conscientização de surfistas, familiares, banhistas, entidades e comunidade em geral para entrarem juntos nessa luta. Desde 1983, 49 vítimas de redes ilegais de pesca morreram em praias gaúchas. Surfistas e banhistas de todas as idades tiveram suas vidas interrompidas pela falta de sinalização e demarcação de áreas de pesca no litoral. Em busca de apoio para criar formas alternativas de pesca, responsáveis e colaboradores da ONG vêm procurando as autoridades competentes. O escritor Felipe Longhi Malheiro é um dos 87 colaboradores do Instituto. Segundo ele, a intenção da ONG não é tirar a subsistência dos pescadores, mas sim criar um ambiente onde haja condições de convivência da comunidade do litoral. “Nossa ideia é contribuir na conscientização e educação dos ‘usuários’ do litoral e lutar pela substituição das re-

des de pesca por maneiras mais seguras e rentáveis aos pescadores”, explica. Ele ressalta, ainda, que a Instituição não deseja tirar o espaço dos pescadores, mas sim criar uma possibilidade de diálogo entre as partes, para que, juntos, trabalhem em prol da segurança no nosso litoral. “É preciso quebrar a cultura de que veranistas e moradores do litoral são adversários. Oferecer condições de desenvolvimento para a população litorânea seria uma bela forma de alavancar as referências culturais de que as pessoas de lá dispõem, e elas próprias vão querer melhorias que talvez nem saibam que podem existir”. A passos lentos Os resultados já estão aparecendo. Segundo a ONG, houve evolução, ainda que precária, para por fim a esse tipo de crime, no qual ninguém jamais foi punido. Foi assinada, pelo governador Tarso Genro, a lei que ampliará a área de surf, de 400 para 2100 metros. Os horários dos salva-vidas também foram ampliados. Antes, no horário do almoço, as guaritas ficavam vazias. Agora, os salva-vidas permanecem na praia entre 13h e 15h, horário de maior movimento no mar. Para a mãe de Thiago e presidente da ONG, Neuza Rufatto, o maior passo da luta já foi dado. “A criação da MaRSeguro foi o passo mais importante, mas temos muito trabalho pela frente”, diz. Os participantes da ONG já realizaram caminhadas, mobilizações nas praias, foram ao Ministério Público e até à ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, pedindo segurança e respeito pela vida no mar gaúcho. Não ao 50º e Praia Segura,

Surf Legal são algumas das campanhas realizadas pelo Instituto. Para Neuza, a sociedade tem um papel importante na causa. “É fundamental o papel da sociedade exigindo segurança, sinalização e demarcação nas praias gaúchas.” Ela enfatiza, ainda, a importância das praias contarem com salvavidas equipados com recursos mais modernos e com melhores treinamentos. Para ela, isso é uma exigência do nosso litoral, que é um dos mais perigosos do mundo. Vale lembrar que, para maior segurança no mar, as demarcações devem ser extremamente claras e visíveis de dentro do mar, e, principalmente, respeitadas por todos os envolvidos. Qualquer irregularidade à beira-mar pode, e deve, ser denunciada, por qualquer um, pelo número 190. O trabalho de divulgação das mobilizações também é um fator importante para atingir os objetivos da organização. No último verão, foi feito um trabalho de divulgação através de panfletos com dicas para mais segurança no litoral. “Cabe também à comunidade e ao poder público fiscalizar e denunciar irregularidades observadas no litoral em relação a sinalizações e demarcações”, pontua Neuza. A presidente da ONG lembra, ainda, a importância da mídia na divulgação do projeto. “A mídia é fundamental, pois nos possibilita alertar a comunidade sobre os perigos no mar gaúcho e a cobrar segurança e fiscalização do poder público.” Para os interessados em entrar junto nessa luta e participar da ONG, o site www. ong-marseguro.blogspot.com disponibiliza todas as informações sobre as mobilizações e projetos futuros.

A polêmica gerada após a morte do estudante e surfista Thiago Rufatto, 18 anos, no dia 1° de novembro de 2010, na praia de Capão da Canoa, reacendeu a discussão sobre o espaço destinado ao surfe e à pesca no litoral do Rio Grande do Sul. Desde 1978, 49 surfistas morreram presos em cabos de redes, contabilizando a marca de uma vítima a cada oito meses. A mobilização de parentes e amigos do Thiago e a criação do Instituto Thiago Rufatto/ONG MaRSeguro, presidido por sua mãe, Neuza Rufatto, contribuiu para que o foco de atenção das pessoas se voltasse ao conflito de espaço entre lazer e trabalho nas praias gaúchas. O objetivo central da ONG não é ser contra os pescadores, mas sim a favor da vida e da segurança no mar. De um lado, famílias sofrem com a perda de seus parentes queridos que praticavam um esporte saudável no mar. De outro, pescadores clamam pelo direito de exercer a atividade que lhes fornece o sustento da família. A nova lei estadual aprovada pelo governador Tarso Genro, que revê a demarcação das áreas de surfe e pesca no litoral gaúcho, foi um passo bastante importante para que este assunto encontre uma solução e um final feliz. O que nos resta agora é aguardar para ver se tanto os surfistas quanto os pescadores criam consciência e passem a respeitar, cada um deles, o espaço do outro. Se não houver este respeito e cumprimento da lei por parte de ambos, penas severas devem ser aplicadas, pois, somente assim, o jovem surfista pegará suas ondas e o pescador realizará o seu trabalho com tranquilidade nas praias gaúchas.


Estação industrial será inaugurada em 2013

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O Lar Betel para idosos, de Esteio, será fechado por falta de estrutura. A instituição deve encerrar suas atividades até o final do ano. Representantes do Conselho Municipal do Idoso, juntamente com a Promotoria da cidade, alegam que o local não atende às exigências descritas no Estatuto do Idoso. Pelo menos 30 idosos que vivem no lar estão sem ter para onde

ir. A prefeitura procura outros asilos na região para acolher os anciãos. A outra casa de repouso, o Lar de Idosos Paz e Amor, iniciou reformas para atender as exigências do Estatuto. A casa, que abriga 50 mulheres, é mantida por doações e mensalidade de dois salários mínimos por interno. O presidente do asilo, Atair Canova, alegou que os custos para manter o padrão da entidade, com as exigências e os salários dos funcionários, são elevados.

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Francine Santana

Redação em Relações Públicas II

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Trensurb tem sua inauguração adiada para 2013, segundo matéria do Jornal NH. As razões para o adiamento são a inclusão da Estação Industrial e o melhoramento na vazão no Arroio Luiz Rau. A Estação estava fora do projeto licitado inicialmente e o Arroio pode gerar problemas durante e após as obras. (Tainá Hessler / Redação Jornalística I)

Prefeitura não sustenta promessa de casas populares

Sem recursos, asilo terá portas fechadas Daniela Canova

Unisinos

Andressa Pazzini /Trensurb

Ação social prepara jovens para o futuro Luísa Costa Redação Jornalística I

O Projeto Construir um Futuro Melhor abre as portas do Centro Sinodal de Ensino Médio, de Sapiranga, para alunos de escolas estaduais e municipais da cidade. A ação social oferece aulas de iniciação profissional e cidadania. “O objetivo é oportunizar a esses jovens um aprendizado teórico e prático que lhes permita entrar no mercado de trabalho”, disse Cinthia Flores, coorde-

nadora do projeto. Os alunos são capacitados para a criação de sites em curso básico de webdesign e aprendem noções de comportamento e postura no mercado de trabalho em aulas de cidadania, teatro e empreendedorismo. Eles vêem nessas aulas um momento para aprender a viver em sociedade. “Utilizo no dia-adia o que aprendo aqui, pois a cidadania está em tudo o que a gente faz”, disse a aluna Alice Cardoso, 16 anos.

Reforma em colégio traz mais segurança Helena Caliari Redação Jornalística I

Quando os alunos voltaram às aulas em março deste ano, encontraram uma grande mudança na Escola Estadual de Ensino Médio Affonso Charlier, de Canoas. O novo diretor, Marcos Hermi Dal’Bó, fez modificações na escola que refletiram na mudança de comportamento dos pais. A reforma privilegiou muros de concreto, janelas, mesas e cadeiras novas, paredes coloridas e câmeras de seguraça, o

que resultou numa nova fase na proposta educacional da Affonso Charlier. Após trocar os quadros de giz por quadros brancos, foi feita a pintura das salas, com o apoio de uma empresa que financiou parte das tintas. O trabalho foi concluído antes do início do ano letivo, para que os alunos percebessem a importância de um ambiente limpo e organizado para o ensino. Com a boa reputação do colégio, outros pais estão procurando-o para colocarem seus filhos.

Enxurrada: casa destruída pelo transbordamento do arroio FRANCINE SANTANA Redação em Relações Públicas II

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promessa de construção de casas populares na Vila Vargas, em Sapucaia do do Sul, não passa de uma grande confusão, disse o diretor geral da Secretaria de Habitação do município, Átila Vladimir Andrade. Ele mesmo prometeu ir até a Vila para esclarecer o caso aos moradores. As fortes chuvas que caíram na região em fevereiro danificaram 200 casas e dasalojaram 800 moradores da Vila Vargas, contabilizou a Defesa Civil. A residência de Wag-

ner Sperb, 24 anos, virou canal de passagem das águas e foi completamente destruída. O transbordamento do arroio é frequente e, segundo os moradores, a prefeitura prometeu, no ano passado, realocá-los em outra parte da cidade, com novas construções bancadas pela prefeitura, fora do alcance das cheias do arroio. O secretário de Habitação, Tita Nunes, afirmou que o único projeto habitacional em andamento no município é o do programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal. Moradores alegam que a

assessoria de comunicação da prefeitura os teria informado que até 31 de dezembro de 2010 estariam morando no novo loteamento organizado pelo governo da cidade. Jéssica, 23 anos, mãe de três filhos, teve os pertences destruídos pela segunda vez, no ano, devido as enxurradas que provocam o transbordamento do arroio da Vila Vargas. Ela sustenta a família “pela boa vontade de pessoas” e não tem a mínima condição de adquirir uma residência pelo Minha Casa, Minha Vida. Jéssica aguarda a construção das casas populares prometidas pela prefeitura.

Projeto diminui violência em área carente Daiane Dalle Tese Redação Jornalística I

Com iniciativas proporcionadas pela Brigada Militar, a comunidade do Chapéu do Sol, localizada na zona sul de Porto Alegre, reduziu em 60% o número de ocorrências envolvendo jovens. Construído pela prefeitura, o local abriga 700 famílias vindas de outras áreas da capital, consideradas de risco. Adultos e jovens são capacitados para o mercado de trabalho, como alternativa de minimizar o desemprego e suas consequências. Com foco na complemen-

tação educacional, cultural e formação profissional, o Núcleo Comunitário e Cultural Belém Novo realiza o projeto social desde 2003. O tenente Carlos Augusto Medina, gestor do Núcleo, explicou que o projeto prioriza a conscientização das crianças e jovens por meio da cidadania contra a criminalidade. Mesmo com poucos recursos, o Núcleo consegue atender grande parte da população carente dos bairros Belém Novo, Lami e Ponta Grossa. Só neste ano, mais de mil alunos estão inscritos nas atividades

oferecidas e há lista de espera. A iniciativa oferece capacitações profissionais e educacionais para auto-sustentação econômica das áreas carentes. “Aqui tenho oportunidade de conhecer coisas novas e pensar no futuro”, disse Leonardo Braga, estudante de 13 anos. São oferecidos gratuitamente cursos de garçom, cabeleireiro, auxiliar contábil e de cozinha, inglês, informática, aulas de violão e percussão, capoeira, balé, jazz, e teatro. Há ainda aulas de reforço escolar, biblioteca com 8 mil livros e ocorre distribuição de sopa.


Centro de mídia para a Copa de 2014 será no Rio

turismo

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Divulgação

O Centro Internacional de Transmissão da Copa do Mundo de 2014 ficará no Rio de Janeiro. O local escolhido para receber o QG da imprensa mundial será o Riocentro, em Jacarepaguá. A previsão é de que os profissionais de comunicação injetem na cidade R$ 50 milhões com a ocupação dos hotéis cariocas.

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Opinião

Um tour pela Cidade Maravilhosa Estefânia de Souza Camargo Redação Jornalística III

Cartão postal: a beleza das praias atrai milhões de turistas o ano inteiro

Descubra por que a cidade maravilhosa será a sede mundial do rock

Qual é o som do Rio? MARIANA STAUDT NÁDIA STRATE Redação Jornalística II

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ilberto Gil já dizia “O Rio de Janeiro continua lindo”. Uma cidade quente, com cheiro de maresia, cercada por montanhas e paisagens deslumbrantes. A exuberância das cores, as praias movimentadas e a energia podem ser sentidos em qualquer época do ano. Além disso, é conhecida como a cidade dos corpos bonitos. É comum ver pessoas andando de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas, correndo pela orla de Ipanema ou jogando futevôlei na Barra da Tijuca no meio da tarde de um dia qualquer. A temperatura elevada e os belos cenários do lugar são um convite à prática de esportes ao ar livre. Agora, a cidade se prepara para receber o maior evento de música e entretenimento do mundo, o Rock in Rio. Serão mais de 150 atrações entre os dias 23, 24, 25 e 30 de setembro, 1º e 2 de outubro. O festival acontece dentro da nova Cidade do Rock, ocupando uma área de 150 mil metros quadrados, na Barra da Tijuca. As atrações estarão divididas entre o Palco Mundo, Tenda Eletrônica, Palco Sunset e Rock Street. Rock in Rio 2011 A venda oficial de ingressos está esgotada em todos os pontos de venda. Para quem não conseguir garantir a entrada, ainda há algumas chances. Os patrocinadores e parceiros do festival ainda realizarão ações para presentear os fãs com ingressos para o Rock in

Rio 2011. Fique atento às redes sociais! Diversas atrações nacionais e internacionais estão confirmadas. Entre as principais, destacam-se Elton John, Paralamas do Sucesso, Snow Patrol, Ivete Sangalo, Shakira, Lenny Kravitz, Coldplay, Maná, Guns N’Roses, Erasmo Carlos e Evanescense.. Você pode conferir a programação completa no site: rockinrio.com.br. O estudante Pablo Furlanetto, da Uni-

sinos, é fã da banda norte-americana Red Hot Chilli Peppers e comprou o ingresso ainda nos primeiros dias de venda. “Desde os 10 anos de idade, eu sou um grande fã. Foi a primeira banda de rock que eu escutei”, afirma Pablo. O estudante, que vai ficar quatro dias na cidade, está com grandes expectativas, pois nunca foi no Rock in Rio nem viajou para o Rio de Janeiro.

Saiba mais Pontos Turísticos Se você quer conhecer o Rio de Janeiro a fundo, não se limite ao Cristo Redentor e ao Pão de Açúcar. A cidade maravilhosa tem muito mais a oferecer. A vista do Mirante Dona Marta, situado no Parque Nacional da Tijuca, apresenta praticamente o mesmo cenário visto do Corcovado, porém você não paga nada para subir até lá. As praias reconhecidas internacionalmente por sua beleza, são consideradas um atrativo a parte, como Ipanema, Copacabana, Arraial do Cabo e Leblon. Não há nada melhor que tomar uma água de coco, sentado em um quiosque e acompanhar o movimento. Destino de muitos surfistas, praias como Grumari, Prainha e Macumba ficam em meio à natureza e trazem paz de espírito para qualquer visitante. A tranqüilidade e a sensação de

liberdade é tanta, que no local não é permitido construções, pois fazem parte de reservas ecológicas da Mata Atlântica. Baladas A noite carioca está disponível para todos os públicos. Baladas, rodas de samba, barzinhos, fica difícil escolher entre tantas opções freqüentadas por pessoas do mundo inteiro. Uma casa tradicional é a Nuth Lounge, na Barra da Tijuca, que conta também com uma filial na Lagoa Rodrigo de Freitas. Aberta diariamente, com um ambiente descontraído, a festa conta com diferentes atrações, passando por todos os estilos musicais e atraindo muita gente bonita. Conforme o carioca André Madeira de 26 anos, não só da Barra se faz o Rio de Janeiro. Para ele, a noite na Lapa é movimentada e a que mais atrai turistas “tem uma série de casas noturnas e choperias. Sendo

que você encontra de tudo, rock, samba, forró, reggae, hip hop. A Lapa é a cara e o jeito do legítimo carioca”. Durante a noite, as ruas são fechadas e as pessoas se concentram lá mesmo, o que se torna uma forma barata de se divertir. Agora, se você não se importa de gastar um pouco mais, é indispensável procurar pela Baronneti Club, na Zona Sul. O espaço, além dos tradicionais drinks e DJ’s nacionais e internacionais, conta também com um sushi bar. Vale a pena conferir! Transporte Para facilitar, a prefeitura do Rio, vai disponibilizar linhas de especiais de ônibus ligando os aeroportos Galeão e Santos Dumont à área dos shows. Quem pretende viajar de ônibus, chegando até a rodoviária Novo Rio, não precisa se preocupar, pois de lá também sairão linhas especiais para atender aos roqueiros.

Rio de Janeiro cidade maravilhosa, que serve de inspiração para músicos, artistas e a todos que a contemplam. Podemos começar falando da Lagoa Rodrigo de Freitas, que é linda, localizada na Zona Sul da cidade, área nobre. Ela serve de palco para as novelas do Maneco, Manoel Carlos. Chegando lá encontramos o famoso passeio dos patinhos e os turistas que amam dar voltas na sua margem. E da Pedra da Gávea, localizada na Zona Sul, bem próxima da Lagoa, é possível fazer o passeio de Asa Delta. Do bondinho podem ser vistos os pontos para observação. Na lagoa é onde as pessoas passeiam com as crianças e bebês, gente andando de bicicleta pessoas se exercitando e tudo, ao redor, é muito lindo. De lá também dá para ver o Cristo Redentor que além de ser um belo monumento oferece a vista mais linda da cidade. No centro ocorrem rodas de samba, o comércio, o chope, a boa e velha malandragem. Na Lapa passava o antigo trem que ligava a cidade a outras partes do estado. E tem os famosos Arcos que são Aqueduto em estilo romano. Ipanema é uma das praias mais famosas e oferece uma das mais belas paisagens. Concentra gente bonita em suas areias e suas eternas “garotas de Ipanema”. A praia da Barra da Tijuca tem águas esverdeadas e límpidas. Ela é ideal para a prática do surfe, windsurfe, bodyboarding e pesca de beira. Ainda possui muitos bares, restaurantes e quiosques, iluminação noturna e ciclovia. Não podemos nos esquecer do Pão de Açúcar que tem dois teleféricos para atender aos turistas também tem opção de escalada. Dele contempla-se a Baia da Guanabara, a Enseada do Botafogo e uma boa parte da Fortaleza de Santa Cruz. Já o Jardim Botânico e Leblon, que são outros bairros nobres e badalados da cidade encerram nosso turismo pelo belíssimo Rio de Janeiro, mas tudo isso, atrelado com os costumes e com a cultura local, que fazem dela efetivamente a cidade maravilhosa.


Padre Marcelo Rossi no Rock in Rio

religião

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classichitspaulista.com.br

Além de Elton John, Rihanna, Katy Perry e Parangolé, a organização do Rock in Rio confirmou a presença do padre Marcelo Rossi no festival. Segundo os promotores do evento, o objetivo é atrair os mais variados tipos de público.

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(Ana Paula Figueiredo / Agexcom)

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A face moderna da crença atual

Religião é um tema que gera dúvida e discordância entre adolescentes brasileiros Martielle Martins Thaís Zimmer Martins Redação Jornalística II

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ara muitos adolescentes, a religião não tem significado. É justamente a descrença que liga as estudantes Monique Gaviraghi, 19 anos, e Bianca Louise Boessio, 16 anos. O histórico religioso das meninas se iguala, apesar de a primeira ter participado da igreja evangélica e a segunda ter cumprido à risca todas as atividades que o catolicismo exigiu. A desistência da religião foi natural. “Simplesmente deixei de crer por não haver motivos para isso”, revela Monique. Ela alega que o acesso à informação possibilita seguir outro caminho que não o imposto pela sociedade. “Eu acredito em uma força maior, e não especificamente em Deus. Às vezes, em casa, eu agradeço. Só que digo ‘obrigada, Deus’. Nossa, que estranho! Eu não acredito, mas agradeço a Ele”, analisa a mais nova. Depois de pensar na afirmação, ela argumenta que a maioria da população cresce ouvindo tanto sobre um ser superior que acaba guardando, inconscientemente, apesar de não acreditar por completo. Para o estudante de Psicologia Juan Rodrigues Santos, 18 anos, assumir qualquer extremo de opinião é um apego emocional e, de qualquer modo, ter fé. Logo, a definição de ateísmo é contraditória. “Mesmo que haja algum tipo de Deus, não acho que seja nenhum dos que a sociedade atual prega”, defende Juan. Ele explica que a religião é um modo de domesticar e controlar a massa. É incoerente a falta de assimilação da população. “Dois objetivos das igrejas: marketing e controle político de um povo”, define o garoto. Se a crença não determina o caráter de uma pessoa, por que depositar convicção nas instituições que pregam, talvez erroneamente, a “palavra de Deus”? Por que acreditar em uma imagem construída (ou destruída) pelos seres humanos? São essas as perguntas que a juventude atual se depara e dificilmente consegue achar respostas. “Não uso palavras para definir minha crença. Tenho minhas próprias ideias e deposito minha fé nas pessoas”, esclarece Monique. O importante é que as escolhas feitas tragam felicidade, apesar da religião. Alguns ainda acreditam A juventude não excluiu por completo a tradição. É o caso de Jonatas Machado, 19 anos, que

frequenta a igreja evangélica duas vezes por semana. O jovem cresceu no ambiente devoto instigado por seus pais. Ele acredita que a família o influenciou para a religiosidade e conta que diversas vezes sofreu preconceito pela escolha. “Amigos e conhecidos zoam de mim por eu ser religioso”, reclama. Mesmo assim, o adolescente diz que não se intimida em frequentar a igreja e que o preconceito existe pelo fato de muitas pessoas não acreditarem no Criador, o que é o caso dos amigos dele. No caso de Larissa Guerra, 16 anos, a família também foi determinante. “No começo eu ia para a missa e adorava, mas estudei sobre a Igreja Católica e vi que ela não respondia os meus questionamentos. Acredito em Deus, mas a religião deixou de fazer sentido. Acho que, como tudo o que o homem criou, ela é mais um meio de conflito e de discriminação”, afirma a menina. Segundo o líder Omar de Moraes, da entidade espírita União Faz a Força, de Esteio, a crença no ser superior surge de cada um de nós, independentemente de crescer em ambiente religioso. Omar acredita que os ateus alimentam um vazio. “Todos nós passamos por dificuldades alguma vez na vida, e é nestes momentos que as pessoas mais se lembram de Deus. Por isso me pergunto onde eles encontram forças para superar as dificuldades?”. A resposta vem do pastor da Igreja Batista de Sapucaia do Sul, Edelberto Ramos. Ele diz que os descrentes não existem, já que com anos de pregação se deparou com muitos casos de indivíduos que diziam não alimentar crenças. Porém, com alguma dificuldade foram à procura de ajuda, almejando a força divina. Necessidade de crer “Ter fé, mesmo não sendo no denominado criador, é válido.” A afirmação é do teólogo e mestre em Ciências da Religião Emílio Mendonça. Segundo ele, o ser humano tem necessidade de crer. Os que afirmam serem ateus se perdem nas respostas que frequentemente assaltam as pessoas, como “para onde vamos?” ou “qual a origem de tudo?”. A teóloga Silvia Lemes defende o uso da Bíblia para tirar conclusões e explica que nenhum dos escritores do Velho e do Novo Testamento tenta provar ou argumentar em prol da existência divina.


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opinião

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Junho/2011

Beijo na boca já é passado Aline Ferreira Neto Redação Jornalística III

E o primeiro beijo gay das telenovelas brasileiras saiu do horário nobre, - leia-se novela das oito da Rede Globo, - e foi parar no SBT. Aconteceu no folhetim “Amor e Revolução”, entre a advogada Marcela e a proprietária do jornal “O Brasileiro”, Mariana, vividas, respectivamente, pelas atrizes Luciana Vendramini e Giselle Tigre. A cena foi ao ar em 12 de maio, com duração de (raros) 40 segundos. Bom, se o beijo – que por sinal teve direito à “levantadinha” de perna – foi bem encenado, se as atrizes estavam à vontade ou se houve os erros de continuidade, pouco vem ao caso. O que interessa, na verdade, o que me chamou atenção foi se os seis pontos no Ibope ou os 58 mil domicílios ligados no capítulos vão provocar a mesma ira causada em 2005. Naquele ano, a patrulha sem-

pre atenta da moral e dos bons costumes estava a postos com bandeiras ideológicas em punho, dedos em riste e os olhos vidrados na telhinha durante a novela América (Globo). Diretores negam veementemente. Atores não confirmam, mas veladamente foi esse grupo o responsável por transformar a cena do beijo entre os personagens Junior (Bruno Gagliasso) e o peão Zeca (Erom Cordeiro) em um selinho, que passou batido, durante o último capítulo da novela. Sinceramente, o canal de leilões estava muito mais emocionante. Enfim, qual a diferença entre os beijos? Por que em um são homens e no outro, mulheres, o fetiche de 10 entre 10 rapazes? Será que esses vigilantes do comportamento televisivo acreditam que beijos gays ou relações homoafetivas são maus exemplos para as crianças? As traições, as intrigas e o sem número de outras cenas desnecessárias? Pode?

Influência polêmica Priscila da Silva Redação Jornalística III

Até que ponto nossas vidas podem ser influenciadas pelos artistas e pela cultura pop? Essas respostas podem ser encontradas na breve análise dos últimos acontecimentos do mundo pop. Lady Gaga foi eleita no ranking da “Forbes 2011” a personalidade mais influente do mundo. Além da apresentadora Oprah Winfrey, que levou o prêmio nos últimos anos, Gaga deixou para trás diversos artistas como U2, Elton John e Paul McCartney, Angelina Jolie, Johnny Deep e Leonardo DiCaprio. Segundo alguns críticos, a influência dela tende a crescer cada vez mais com a divulgação de seu novo álbum, “Born This Way”. Inicialmente, alvo de comparações com Madonna, a Rainha do Pop, Gaga mostrou que seu trabalho tem estilo próprio e autêntico, não apenas no que diz respeito às suas músicas, mas tam-

bém às suas atitudes, seu jeito de vestir e seus video-clipes polêmicos, e mega produzidos. A supremacia da cantora é tanta que, no Twitter, ela reúne mais de 10 milhões de seguidores, mais até que Barack Obama. Lady Gaga é a polêmica em pessoa, como se não bastasse sua aparição durante o MTV Music Awards (2010) usando uma roupa feita de carne, este ano, ela chegou a bordo de um ovo gigante à entrega do Grammy. Seus fãs, de uma maneira geral, se identificam com ela não apenas por sua espontaneidade excêntrica, mas também pelas suas músicas. O novo álbum traz melodias grudentas, batidas eufóricas, letras que tratam de religião, liberdade e, principalmente, identidade sexual, tudo isso como se fosse um livro de auto-ajuda, porém, executadas pela figura mais popular e carismática do mundo pop nos últimos tempos, e isso faz toda a diferença.

Um salve pra essa gente André Seewald Redação Jornalística III

Metrô, preconceito, mobilidade urbana, redes sociais e churrasco. Estes foram os principais ingredientes de uma manifestação que ocorreu recentemente em um dos bairros mais tradicionais da elite da capital paulista, o Higienópolis. O motivo do protesto foi o anúncio, por parte da empresa que administra o Metrô de São Paulo, de que vai alterar o local de uma futura estação, que seria construída no bairro. A causa da mudança seria um abaixo-assinado feito pelos moradores, que não gostariam de ter uma linha do metrô passando por lá, pois iria popularizar o local. A confusão ficou maior quando uma moradora, teria dito à Folha de S. Paulo que a estação atrairia “drogados, mendigos, uma gente diferenciada”. Pronto, uma expressão fresquinha saía do forno para os tuiteiros

e uma polêmica estava instalada. No Facebook, um usuário propôs uma manifestação contra o abaixo-assinado, em frente a um shopping chique do bairro: o “Churrascão da gente diferenciada”. Cerca de 50 mil pessoas aderiram à ideia. No dia 14 de maio, cerca de 150 pessoas compareceram para assar queijo coalho em uma catraca de metrô incendiada. Aos poucos, a manifestação ganhou corpo e virou uma passeata com quase mil pessoas. Agora, o Metrô de São Paulo precisa apresentar estudo que justifique a alteração. E é bom que seja aceitável, pois mesmo que os moradores do bairro tenham seus motoristas particulares, muitas pessoas dependem do transporte público e o metrô é uma das melhores soluções. Espero que o protesto surta efeito. E salve o Twitter, salve o Facebook e salve essa gente que tem ideias diferenciadas para lutar pelos direitos daqueles que não tem o espaço devido.

As novas tecnologias e meu pai Lisiane Machado Redação Jornalística III

Toda semana, ou até algumas vezes neste período de tempo, meu pai repete a frase “E eu que pensei que tinha comprado um computador bom!”. Não que o computador dele seja ruim, mas a exclamação é sempre posterior a alguma notícia relacionada à tecnologia, ao lançamento de algum novo smartphone ou tablet prometendo mil e um novos recursos. Os constantes avanços nas tecnologias de comunicação ainda podem assustar algumas pessoas desacostumadas ao ritmo de suas atualizações, mas de uma forma geral o consumidor deste tipo de produto está cada vez mais antenado e exigente. As tecnologias de comunicação contribuíram para a diminuição das distancias. Essa facilidade, que já é intrínseca em nossa sociedade, tende cada vez mais a expandir estes produtos no mercado mundial, tornando-os mais baratos.

A modernização e a facilidade de acesso a essas tecnologias vêm permitindo muito mais do que a possibilidade de estar sempre disponível mas oferece uma infinidade de recursos que são personalizáveis. A grande febre do momento, o novo iPad 2 da Apple é um bom exemplo desta fase de constantes atualizações (as quais meu pai se refere). Ele é um produto evolucionário e não revolucionário, pois trás um melhoramento da maioria de seus recursos e poucas notáveis novidades. Hoje há inúmeros estudos que analisam as mudanças provocadas pelas tecnologias de comunicação em nossas vidas, e todos eles concordam que nós dependemos de uma forma ou de outra delas e que elas vieram pra ficar. Desde aquela pessoa que só usa o celular para comunicar-se com quem quiser a qualquer hora até mesmo quem utiliza vários dos mais sofisticados aplicativos, uma coisa é certa, ninguém mais vive sem estas facilidades.


Publicação Experimental do Curso de Jornalismo da Unisinos

São Leopoldo/RS Junho de 2011

CULTURA Lorena Risse

/Central Histórias de vida Alunos do Curso de Jornalismo retratam a realidade da Vila Brás, em São Leopoldo Angelica Marques

/Capa A magia do cinema O sucesso do filme Rio, do diretor brasileiro Carlos Saldanha, confirma que as animações cada vez atingem mais faixas etárias

/2 Rock e chimarrão Projeto da banda Estado das Coisas une o rock com a musicalidade do tradicionalismo gaúcho


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