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INTERAÇÕES ABIÓTICASPLANTA E CLIMA

Nessaaula nós vamos falar sobre o relacionamento entre o solo, as plantas e o clima. Traremos aspectos a respeito do consumo de água de diferentes culturas nos diferentes estágios fenológicos.

O sucesso do desenvolvimento de uma planta é um conjunto entre os fatores bióticos e abióticos. Lembrando que os fatores bióticos são aqueles ligados às atividades dos seres vivos como doenças e pragas Já os abióticos estão ligados aos fatores externos, como deficiência hídrica, temperatura alta e baixa, salinidade, alagamento, luminosidade e vários outros fatores que impactam no desenvolvimento das culturas, tanto de forma positiva quanto de forma negativa.

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A relação das plantas com os fatores abióticos, embora inicialmente pareça distante, não é. São as condições abióticas que definem o período do ano no qual a safra ocorrerá, algumas delas como: a radiação solar e a temperatura são exemplos de componentes indispensáveis para o desenvolvimento das plantas e que não podem ser aplicados na lavoura de forma artificial.

Quando as condições, tanto abióticas quanto bióticas, são ideais para o desenvolvimento vegetal as plantas alcançam os níveis máximos de potencial produtivo, expressando alta produção de biomassa vegetal quanto de grãos ou frutos. Porém, quando algum fator ambiental interfere nas condições de desenvolvimento dos vegetais, impedindo que não alcancem seu potencial genético pleno, nos deparamos com um fenômeno denominado de estresse.

Por exemplo, analisando os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, é importante compreender o princípio chamado de Lei de Liebig ou Lei do Mínimo que correlaciona a disponibilidade de recursos à produtividade da planta.

exigem em média de 450 até 800 mm com exceção do feijão que demanda cerca de 400 mm. Evidentemente esse volume pode variar em função do genótipo de cada cultura.

As plantas perenes, como café, e semi perenes, como a cana-de-açúcar, necessitam de níveis mais elevados de água nos cafezais. Por ciclo cada planta consome de 800 a 1200 mm e nos canaviais de 1500 a 2500 mm.

É importante destacar que durante o estágio reprodutivo, algumas plantas chegam a requerer o dobro ou, até mesmo, o triplo de água em relação à média dos demais estágios. Inclusive, a falta dela nesse período pode comprometer seriamente o rendimento da produção, mas como identificar, ou ainda como saber quanta água cada cultura está consumindo?

O rendimento de uma cultura é limitado pelo elemento que está em concentração inferior a um valor mínimo, ou seja, embora todos os elementos estejam presentes e em concentrações ideais, de nada adianta aumentar as quantidades dos outros quando existe um que está limitando a produtividade.

Por diferentes razões, cada cultura consome uma determinada quantidade de água ao longo de seu ciclo, as plantas anuais mais populares como: milho, soja, arroz e algodão pelo coeficiente da cultura indicado pelos valores das colunas. Consequentemente há um aumento na evapotranspiração da cultura, que está ilustrado pela linha.

Bem, para isso, inicialmente você deve conhecer os estádios fenológicos das plantas cultivadas. Essas informações serão fundamentais para o manejo da irrigação. De forma geral, as fases de pré e pós-florescimento são as mais sensíveis ao estresse hídrico porque coincide com o período, no qual as plantas apresentam os máximos níveis de evapotranspiração.

Podemos estimar a quantidade de água que está sendo absorvida pelas plantas através da relação entre os índices de evapotranspiração e do coeficiente da cultura.

A evapotranspiração é influenciada diretamente pelas condições climáticas do local, ou seja, pelos ventos, pela radiação solar e pela temperatura. Além disso, dependendo do estádio fenológico que a cultura se encontra, teremos diferentes coeficientes. Então, quanto maiores forem esses índices, maior será a evapotranspiração real e, consequentemente, maior será o volume de água demandada e absorvida pelas plantas.

Para saber a quantidade de água que deve ser aplicada na lavoura, o entendimento sobre capacidade de campo e ponto de murcha permanente são fundamentais. Esses conceitos são a base das duas principais estratégias de irrigação e nós já os abordamos no Módulo 2.

A primeira delas consiste em aplicar água até que o solo atinja a capacidade de campo. Tendo em vista que o solo argiloso possui maior potencial de armazenamento, muita água teria que ser aplicada.

Sendo assim, existe a segunda estratégia que se resume em utilizar uma lâmina reduzida, porém com maior frequência. É importante lembrar que a escolha do manejo de irrigação depende, especialmente, do volume de água disponível na propriedade, do estádio da cultura, das condições climáticas, do método de irrigação e do rendimento operacional do sistema.

Nesta imagem podemos ter uma ideia do que foi comentado anteriormente. Aqui temos o ciclo da cultura do milho, onde se pode observar os diferentes estádios fenológicos. À medida que a planta se desenvolve, nota-se um aumento na demanda de água representado

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