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FERRAMENTAS PARA O MANEJO DA IRRIGAÇÃO

Naunidade anterior discutimos os diferentes métodos de irrigação e os parâmetros que devem ser observados para selecionar o melhor para a sua lavoura. Considerando que na aula anterior já entendemos como planejar o sistema. Agora falaremos sobre as ferramentas que auxiliam no manejo da irrigação.

Secar o solo e obter a relação entre a massa úmida e seca é um exemplo, porém, como já comentado, realizar isso no campo e ainda, com frequência, não é nada prático. Por isso, os métodos indiretos acabam sendo boas opções de substituição. Entre esses métodos temos: os tensiômetros, a sonda de nêutrons e os sensores FDR e TDR que significam, respectivamente: reflectometria no domínio da frequência e do tempo.

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O tensiômetro é um dispositivo que mede o potencial matricial.

Tecnologias para auxiliar o produtor no cultivo de alimentos são constantemente desenvolvidas e utilizadas. Muitas delas, até hoje, são pouco precisas, ou ainda, pouco práticas. Sendo assim, ao longo desta unidade, iremos comentar sobre as diferentes tecnologias capazes de monitorar a umidade do solo.

O nível de água no solo é um excelente parâmetro para saber a hora de irrigar. Ela pode ser mensurada através de métodos diretos ou indiretos que variam em função do preço, do tempo de leitura e da precisão das mensurações. Geralmente, os métodos diretos são complexos de serem aplicados no dia a dia do produtor rural, devido às dificuldades operacionais.

Como vimos na aula três, lembrando: quanto mais seco estiver o solo, mais dificuldade a planta tem de absorver água, ou seja, maior será a tensão indicada pelo manômetro e vice-versa. A partir da leitura do tensiômetro, é necessário converter o seu valor para conteúdo de água (umidade) do solo, através da curva de retenção de água do solo.

Nesse gráfico conseguimos verificar a relação entre a resposta do tensiômetro em potencial matricial de água no solo convertida para conteúdo de água no solo. Outros parâmetros de umidade como capacidade de campo, ponto de murcha permanente e água total disponível são variados para as diferentes classes texturais de solo.

No eixo x, observamos o potencial matricial e no y a umidade volumétrica. A curva de retenção de água no solo está diretamente relacionada com esses dois índices.

Como vimos anteriormente, esses parâmetros variam para os diferentes tipos de solo, mas a capacidade de campo sempre irá representar a máxima quantidade que o solo consegue reter sem que hajam perdas e o ponto de murcha permanente e o menor percentual de umidade no qual as plantas ainda conseguem absorver água.

SAIBA MAIS: precioso, seja aplicado sem necessidade e acabe sendo não utilizado pelas plantas, ou seja, perdido. Esse tipo de ferramenta conversa com a raiz da planta e com o solo te dizendo quando e quanto irrigar.

Conheça outras informações sobre o tensiômetro clicando aqui.

Já a sonda de nêutrons, embora seja muito prática por determinar a umidade sem deformar a amostra do solo e ainda, sob uma profundidade específica, tem sido pouco utilizada devido a sua fonte radioativa que pode ser prejudicial à saúde. Em função disso, existem normas e leis que regulamentam e fiscalizam rigorosamente o uso desses materiais.

Por fim, os sensores de reflectometria são mais apropriados para quem está buscando facilidade e precisão. O dispositivo dotado dessa tecnologia funciona mais ou menos assim: um circuito envia sinais a um sensor que está instalado no solo. Os três principais componentes do solo: ar, água e minerais induzem o sinal a se comportar de maneiras diferentes em função das constantes dielétricas de cada um deles.

No caso da reflectometria no domínio tempo, o TDR, o parâmetro utilizado para estimar a umidade do solo é o tempo de resposta, ou seja, o tempo que o sinal leva entre ser enviado e recebido pelo circuito.

A constante dielétrica da água é alta, próxima de 80. Enquanto no ar ou no vácuo é próxima de um e no solo entre três e oito. Sendo assim, o dispositivo TDR realiza várias médias, junta, analisa e retorna um valor entre zero e oitenta que seria o índice de umidade de água no solo. Quanto mais próximo de zero, menos água e quanto mais próximo de 80, mais água.

É importante destacar que para cada classe textural o sensor terá uma calibração, ou seja, uma equação diferente visto que, como observamos na unidade dois, a água se comporta de maneiras distintas.

Mas essa calibração não precisa ser realizada pelo produtor, não se preocupe! No caso da Raks, que desenvolve sensores TDR, o sistema já é enviado aos clientes pronto para uso e com fácil instalação.

A utilização de sensores TDR, como os desenvolvidos pela Raks, permitem que o produtor verifique, em tempo real, a umidade do solo. Essa possibilidade de monitoramento dá ao produtor segurança na hora de irrigar, fazendo com que a água seja bem aproveitada pelas plantas e pouco desperdiçada.

SAIBA MAIS:

Para um entendimento mais completo sobre o funcionamento dos sensores TDR, leia o material completo no blog da Raks.

Sendo assim, a utilização dessa tecnologia, além de assessorar o produtor a ter mais produtividade, é aliada da sustentabilidade, pois evita que a água, um recurso

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