Diferenças na cobertura da Rede Globo de Televisão sobre as manifestações de 2013 e 2015

Page 1

OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

DIFERENÇAS NA COBERTURA DA REDE GLOBO DE TELEVISÃO SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013 E MARÇO DE 2015 NO BRASIL

Mariana Smania Estudante de Jornalismo

Resumo: Este artigo tem como objetivo mostrar as diferenças entre a cobertura da Rede Globo de Televisão nos protestos de junho de 2013 e março e abril de 2015, que ocorreram em todo o país. Em 2013, segundo a emissora, eram apenas estudantes “baderneiros” e “vândalos”. Já em 2015, a família brasileira promovia a “festa da democracia”. Em 2013, o movimento “feria o direito de ir e vir dos trabalhadores honestos”, em 2015 “o protesto foi pacífico e ocupou os dois lados da Avenida Paulista”. Em 2013, quem ia às ruas era “a classe média apolitizada”; em 2015, os “brasileiros”. Por entonação, adjetivos, manchetes e espaço cedido na programação, a Rede Globo demonstrou uma maior afeição pelos movimentos que aconteceram em um ano em que não existiam preparativos para evento que transmitiria.

Palavras chave: Mídia, Manifestações, Política, Brasil.

1. Introdução As manifestações ocorridas no mês de junho de 2013 tiveram seu início decorrente do aumento dos preços das passagens do transporte público em todo Brasil. Guiados pelo Movimento Passe Livre, a primeira imagem de manifestantes divulgada pela grande mídia televisiva foi a de um grupo relativamente pequeno fechando a Avenida Paulista, principal avenida da cidade de São Paulo, enquanto corriam de policiais que usavam de extrema violência para a dispersão. Enquanto isso, os principais apresentadores das bancadas da Rede Globo de Televisão narravam 1


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

guerras entre “vândalos”, “baderneiros” e a Polícia Militar, que “apenas fazia o seu trabalho de garantir o direito de ir e vir dos trabalhadores honestos”. Dois anos depois dos protestos que pararam o Brasil, a Rede Globo voltou a fazer cobertura de protestos grandes. Dessa vez, eram famílias inteiras vestindo verde e amarelo gritando pelo fim da corrupção, o impeachment de presidenta Dilma e a tomada de poder de qualquer outro partido que não fosse o PT (Partido dos Trabalhadores). A característica e as reinvindicações dos protestos deste ano não paravam de ser repetidas em reportagens, que interrompiam programações antes jamais interrompidas, e em títulos de notícias no portal online da emissora. Vale lembrar que 2013 foi um ano importante para a emissora, que tinha o direito das transmissões dos Jogos da Copa do Mundo de Futebol, enquanto 2015 é o ano após a reeleição da Presidenta de um partido ainda considerado de esquerda. A linguagem audiovisual, verbal e textual deixa clara a intenção das notícias veiculadas nos dois anos. O tom e o espaço cedido para cada matéria em termos televisivos mostram o que tem mais importância para a emissora mais tradicional do país.

2. A “baderna” de 2013 Na primeira semana de junho foram registrados os primeiros protestos em São Paulo, quando a prefeitura e o governo estadual, do PSDB, reajustaram as tarifas dos ônibus, metrôs e trens urbanos de R$ 3,00 para R$ 3,20. A movimentação seguiu como qualquer outra manifestação: a grande e esmagadora maioria reivindicando seus direitos pacificamente. Não foi isso o que os veículos de comunicação mostraram. Desde o início, houve uma forte repressão policial sobre a manifestação, sendo utilizadas bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para deter todo e qualquer manifesto, pacífico legítimo ou arruaça desenfreada. Muitos foram os feridos e detidos logo nos primeiros dias. Ouvia-se muito os adjetivos “baderneiros”, “arruaceiros”, “vândalos” e “perturbadores da ordem pública” em telejornais importantes da TV Globo. Enquanto viam-se manifestantes

2


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

pacifistas, ouviam-se lamentos por parte dos jornalistas sobre momentos isolados de vandalismo. No dia 12 de junho, durante o programa global matinal Bom Dia Brasil, o repórter Rodrigo Bocardi chama a reportagem de Jean Raupp da seguinte maneira: A população cansada, que passou o dia trabalhando, gente que queria voltar para casa em segurança; pessoas que precisaram sair correndo de dentro dos ônibus porque eles foram atingidos por pedras enormes... Acompanhe os detalhes de mais uma noite de confusão (BOM DIA BRASIL, 12/06/2013).

Segundo a emissora, o movimento era composto por estudantes sem causa, baderneiros desenfreados que visavam apenas prejudicar o coletivo. Em sua maioria, as manifestações tiveram mesmo um caráter jovem, mas não significa que estes mesmos jovens também não fossem trabalhadores dignos de um transporte público com o preço justo e melhores condições de uso. E se eram ou não trabalhadores, pouco importa, uma vez que o transporte coletivo é o que o próprio nome já diz, coletivo, e deveria atender às necessidades de todos.

3. O “manifesto pelo impeachment” de 2015 “Manifestantes protestam contra Dilma em todos os estados, DF e exterior”, “Protestos reúnem milhares contra a corrupção, o PT e a presidente Dilma”, “Manifestantes fecham Av. Paulista no maior ato anti-Dilma deste domingo”, foram algumas das manchetes que ilustravam o portal online da Globo em março e abril do ano de 2015, quando aconteceram as duas principais manifestações mais verde e amarelo dos últimos anos. Os protestos aconteceram aos domingos, com a justificativa de que era o dia da semana no qual ninguém trabalha, o que, portanto, não traria transtornos à população. Eram famílias inteiras, da avó à criança de colo. Todos vestindo camisetas da Seleção Brasileira de Futebol, ou qualquer roupa que lembrasse as cores da bandeira do Brasil (verde, amarelo e azul). A cada imagem eram repetidos os motivos pelos quais aquelas milhões de pessoas estavam protestando num domingo durante o dia. A edição do dia 12 de abril de 2015 do Fantástico, programa que vai ao ar todos os domingos no período da noite, abordou o tema numa

3


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

reportagem em que os apresentadores tinham postura séria, mas a matéria era de um tom alegre e festivo. Cartazes de “Fora PT e leve o Lula com você” e “Minha bandeira jamais será vermelha” atravessavam a narração da reportagem, ilustrada com momentos de alegria nos quais as pessoas sorriam com os rostos pintados de verde e amarelo e exibiam faixas exclusivamente contra o governo petista. Os espaços cedidos pela emissora para abrilhantar o movimento eram significativos e tratavam não apenas de imagens das pessoas, mas também de dados sobre a quantidade de adeptos. A cada mudança de imagens, de região para região, os motivos eram repetidos e reforçados. Os números eram muito bem destacados, como se dissessem “olha a quantidade de gente pedindo pelo Impeachment! Você que ficou em casa realmente quer ficar fora do próximo?”, ou “O Brasil está realmente insatisfeito com o governo, é só olhar para os números”.

4. Momentos nacionais Em 2013, um ano antes da Copa do Mundo de Futebol acontecer no Brasil, evento cujo direito de transmissão era da Rede Globo, o discurso que insistiam em proferir era o de que os manifestantes, apolitizados, não sabiam o que queriam. Em 2013, não foram poucas as vezes em que a Rede Globo, ao tentar entrar nas manifestações para registrar imagens, era expulsa e recebia em troca palavras de ordem. Em 2013, a narração das reportagens só era interrompida por barulhos de explosões de bombas e gritos desesperados. A emissora fazia questão de dar pouca importância para o direito de protesto das pessoas que iam às ruas. Os protestantes pediam não só a diminuição da passagem, como também por mais atenção às necessidades do país, desprezando os gastos dos preparativos para a Copa. Cartazes com os dizeres “Queremos hospitais padrão FIFA” deixavam claras as insatisfações populares. Em 2015, ano imediatamente após à terceira reeleição petista, para a emissora, os brasileiros nas ruas eram apartidários, queriam apenas um país sem corrupção. Em 2015, a Rede Globo conseguia captar imagens e entrevistas com qualquer pessoa. Em 2015, as pessoas queriam aparecer na televisão, nos telejornais mais assistidos da emissora mais assistida. 4


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

O momento era de insatisfação por parte da oposição do governo PT, que conseguiu uma reeleição e entrava no quarto mandato seguido. Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado no segundo turno por Dilma, fez questão de divulgar a participação nos protestos e chamar a população através de um vídeo especialmente produzido para circular no WhatsApp (aplicativo para celulares).

5. Bom Dia Brasil O programa Bom Dia Brasil é exibido todas as manhãs, de segunda à sexta, na Rede Globo. Analisando os espaços dos programas cedidos para falar sobre as manifestações, podemos perceber uma grande mudança entre os protestos de 2013 e os de 2015. Na edição do dia 12 de junho de 2013, o apresentador Renato Machado, ao lado de Renata Vasconcelos, passa a palavra para Rodrigo Bocardi da seguinte forma: “Vamos falar com Rodrigo Bocardi. Mais uma vez, Rodrigo, a população ficou acuada entre as pedras dos manifestantes e as bombas de gás da polícia”, dando muito mais ênfase à parte em que fala das pedras dos manifestantes. A reportagem mostra imagens apenas dos confrontos entre manifestantes e policiais, sempre destacando momentos em que os civis atacam a Polícia Militar. O espaço de tempo tomado pela reportagem é de apenas quatro minutos. Por outro lado, na edição do dia 16 de abril de 2015, foram quase três minutos de informações numéricas sobre o protesto pelo impeachment. Renata Lo Prete gesticulava e enfatizava que o governo se surpreendeu pela grandiosa adesão aos protestos, comparou, inclusive, com o dia 20 de junho de 2013, o que chama de “pico das manifestações daquele ano”. Renata completa: Resultado: com menos de 100 dias de estrada, o governo que até aqui já estava lidando com crise econômica, instabilidade da sua base parlamentar, essa Caixa de Pandora que já é a Operação Lava-a-jato[...] e a impopularidade da presidente, agora está lidando também com a impopularidade que ganhou as ruas (BOM DIA BRASIL, 16/04/2015).

5


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

Renata praticamente zomba da decisão do governo de colocar dois ministros para comentar as manifestações. E terminando a fala, coloca que a pauta dos protestos de 2013 era difusa, deslegitimando a manifestação.

6. A mídia e a política Um estudo executado pelo Projeto Donos da Mídia, classifica o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), do governador de São Paulo na época dos protestos de 2013, Geraldo Alkmin, e do ex-candidato à presidência nas eleições de 2014, Aécio Neves, como o terceiro partido com maior número de políticos sócios de veículos de comunicação. Enquanto o PT, partido da presidenta reeleita em 2014, ocupa o 10° lugar. Porcentagem de políticos sócios de veículos de comunicação

DEM – 21,4% PMDB – 17,71% PSDB – 15,87% PP – 8,49% PTB – 5,9% PSB – 5,9% PPS – 5,17% PDT – 4,8% PL – 4,43% PT – 3,69%

Fonte: Projeto Donos da Mídia

6


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

O Capítulo V da Constituição Federal de 1988 proíbe políticos de serem donos de concessões públicas, porém, ainda sim, segundo o Donos da Mídia, é significativa a participação direta. Em São Paulo, o PSDB aparece com 9 políticos, enquanto o PT nem aparece no gráfico. Partidos com participação direta na mídia paulistana

Fonte: Projeto Donos da Mídia

7. Os interesses que interessam As redes sociais foram importante componente para os dois momentos de protestos. Em 2013, serviu para desmascarar a emissora que tanto deslegitimava os protestos, insistindo em passar somente os momentos de vandalismo e desespero. Para ambos, foi parte importante na organização dos acontecimentos. Enquanto em 2013 quem estava por trás do movimento não importava, em 2015, numa matéria do G1 (portal online do Grupo Globo), foram listadas todas as lideranças dos movimentos que se juntaram.

7


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

Pode-se que a Rede em 2013, depois dos três primeiros dias de movimento, vendo que nas redes sociais circulavam postagenss mostrando manifestações legítimas, substituiu matérias intituladas com pré julgamentos, por vezes pejorativos ao que se dizia respeito aos manifestantes, foram substituídas. Os discursos que antes narravam uma guerra absurda entre os “vândalos” e o resto da população, de uma hora para outra passaram a defender o direito de manifestar-se legitimamente, mostrando imagens e narrando o decorrer dos acontecimentos como meros espectadores. Artistas globais passaram a postar fotos e vídeos de suas participações no movimento. A Polícia Militar, que antes apenas fazia seu trabalho de “garantir os direitos de ir e vir dos trabalhadores honestos”, utilizando da força bruta, passou a agir “com extrema violência”, “violência desnecessária”. Coincidência ou não, o que antes era de responsabilidade do Movimento Passe Livre, depois da mudança de discurso da Globo, agregou famílias inteiras. As manifestações cresceram e suas pautas diversificaram. O discurso elitista que mascarava-se na neutralidade ressurgiu quando alguns poucos desavisados puxaram o grito sobre a não representação de partidos. Bandeiras vermelhas, características de movimentos de esquerda e do Partido dos Trabalhadores, foram levantadas e na mesma hora hostilizadas pelos próprios manifestantes. E foi o que bastou. A imprensa se viu novamente na frente e apoiou o repúdio aos partidos populares, salientando até demais os gritos dos que se consideravam “sem partido”. A mudança de comportamento da emissora perante os protestos de 2013 vai de encontro ao interesse nos protestos de 2015. A imprensa brasileira é intolerante a tudo o que não cheire a classe média (NASSIF, 2013). Em 2015 usou de todos os fundamentos para destacar o apartidarismo, quando o movimento claramente havia sido idealizado pelos partidos de oposição. Enquanto os desavisados insistiam na agressão aos partidos que levantavam suas bandeiras junto ao movimento desde o começo em 2013, o poderio da comunicação ria e possivelmente brindava em 2015.

8. Bibliografia

8


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

FATTORI, Marília. Protestos e manifestações: redes sociais x mídias tradicionais. Disponível em: <http://www.dp6.com.br/protestos-e-manifestacoes-redes-sociais-x-midias-tradicionais>. Acesso em: 25 de mai. de 2015. G1. Saiba quem são e o que pensam líderes de protestos neste domingo. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/03/saiba-quem-sao-e-o-que-pensam-lideres-deprotestos-neste-domingo.html> Acesso em: 28 de mai. De 2015. G1. Manifestantes fecham Av, Paulista no maior ato anti-Dilma deste domingo. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/03/protesto-contra-governo-fecha-avenidapaulista-em-sao-paulo.html>. Acesso em: 28 de mai. de 2015. G1. Manifestantes protestam contra Dilma em todos os estados, DF e exterior. Disponível em: <http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/manifestantes-protestam-contra-dilma-emestados-no-df-e-no-exterio.html>. Acesso em: 29 de mai. de 2015. GÓES, José Cristian. Jornalismo, jornalistas e o dever da verdade. Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed754_jornalismo_jornalistas_e_o_ dever_da_verdade>. Acesso em: 27 de mai. de 2015. LIMA, Venício A. de. As manifestações de junho e a mídia. Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed752_as_manifestacoes_de_junho _e_a_midia>. Acesso em: 27 de mai. de 2015. Programa Bom Dia Brasil. 12 de jun. de 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-diabrasil/videos/t/edicoes/v/sao-paulo-tem-mais-uma-noite-de-protestos-contra-o-aumento-daspassagens-de-onibus/2629451/>. Acesso em: 25 de mai. de 2015. Programa Bom Dia Brasil. 16 de mar. de 2015. Disponível em: <http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-brasil/v/tamanho-das-manifestacoes-dedomingo-15-surpreende-o-governo/4037729/>. Acesso em: 25 de mai. de 2015. Programa Fantástico. 12 de abril de 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/04/protestos-reunem-milhares-contra-corrupcaoo-pt-e-presidente-dilma.html>. Acesso em: 25 de mai. de 2015. 9


OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA JORNALISMO / PUBLICIDADE E PROPAGANDA – PEDRA BRANCA CICLO DE ESTUDO COMUNICAÇÃO, MÍDIA E POLÍTICA – 2017/1

Site oficial Projeto Donos da Mídia. <http://donosdamidia.com.br/>. Acesso em: 29 de mai. de 2015.

10


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.