UseFashion Journal - Abril 2010

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ANO 7 • nº 75 • abril 2010 • Edição Brasileira

moda profissional

matérias-primas

preview inverno 2011

Antecipando as análises de tendências | pág. 64

R$20,00

Legado recente de Alexander McQueen | pág. 30 O mundo de Alice na vitrine da Printemps | pág. 40 Responsabilidade social na moda | pág. 44

ISSN 1808-6829

Os destaques da Pitti Filati | pág. 12




4

nesta edição fotos: © Agência Fotosite e UseFashion

64

Capa: Look Rodarte de Nova York, em destaque. Ao fundo, mescla de materiais que identificam as tendências antecipadas pela UseFashion.

na capa

gente

12 vestuário

08 é moda

Os destaques da Pitti Filati.

Looks comentados de Paris e Munique.

30 masculino

10 paparazzi

O legado mais recente de Alexander McQueen.

Pele em destaque na primeira fila dos desfiles de NY.

40 visual de loja

54 perfil

O mundo de Alice nas vitrines da Printemps.

O design de Tutu Ferreira.

24

61 Estilo

44 reportagem

5 imagens escolhidas por Carla Lamarca.

Responsabilidade social na moda. 64 EDITORIAL DE MODA

Preview de matérias-primas para o inverno 2011.

moda 18 calçados & bolsas

Confira os componentes para o verão 2011. 24 acessórios

As gemas brasileiras e o design nacional. 26

28

34

36

RADAR INTERNACIONAL Na selva x No mar.

61

curtas 06 Portal usefashion.com

RADAR NACIONAL Elas x Eles.

Eventos de abril no Portal UseFashion: comportamento de consumo para o inverno 2011; lançamentos Lineapelle; e Rede Social UseFashion.

INFANTIL Tecidos e fibras tecnológicas.

07 dicas da redação

INFANTIL REPORT Inspiração náutica para os meninos.

A exposição Urban Africa David Adjaye, em Londres; A mostra Playing with Pictures, em Nova York e o Romantismo, a arte do entusiasmo, em São Paulo. 38 ACONTECE

As novidades da Première Vision de Paris e da Ispo de Munique. 58 campus 34

44

Os croquis selecionados no Concurso dos Novos do Dragão Fashion entre outros destaques da academia. 78 MEMÓRIA

Alexander McQueen.


expediente negócios 56 negócios

A importância do gerenciamento de matérias-primas.

opinião O lugar maldito da aparência. Por Eduardo Motta.

design 50 design

A esperança em uma bola; banho inovador; joias de lápis; trash bag; e simples e funcional.

Diretor-Presidente Jorge Faccioni Diretora Alessandra Faccioni Diretor Executivo Wilson Neto Diretora de RH Patrícia Santos Diretor de Planejamento e de Redação Thomas Hartmann Diretora de Pesquisa Patrícia Souza Rodrigues

Núcleo de Pesquisa e Comunicação

52 cultura

56

5

60 opinião

A pesquisa de campo para o desenvolvimento de produtos de moda. Por Dorotéia Baduy Pires. 52

50

Editora-Chefe Journal Inêz Gularte (Mtb 7.775) Edição de Moda Eduardo Motta (consultoria) Subeditora Portal Aline Ebert (Mtb 13.687) Redação Fernanda Maciel (Mtb 13.399), Eduardo Pedroso e Juliana Wecki (assistentes). Projeto Gráfico Ingrid Scherdien Núcleo de Design Carine Hattge (coordenadora de design), Ingrid Scherdien (designer gráfica), Jucéli Silva e Vanessa Machado (web designers), Daiane Padilha, Daiane Silva, Francine Virote, Patrícia Hagemann, Renata Brosina e Thaís de Oliveira (classificação e tratamento de imagens). Equipe de Pesquisa Náthali Bregagnol (coordenadora de Pesquisa), Nájua Saleh (assessora de pesquisa de moda) e Aline Romero (assistente de pesquisa). Consultores Angela Aronne (malharia retilínea), Daniel Bender (inovação), Eduardo Motta (vestuário feminino e masculino), Juliana Zanettini (beachwear e jeanswear), Kamila Hugentobler (calçados), Paula Visoná (malharia circular), Renata Spiller (infantil, acessórios, surfwear e underwear) e Vanessa Faccioni (visual de loja). Colaborou nesta edição Dorotéia Baduy Pires.

UseFashion Journal (ISSN 1808-6829) é uma publicação mensal do Sistema UseFashion de Informações Tiragem: 10.000 exemplares Impressão: Midia Gráfica - RBS Vários dos conteúdos que abordamos nesta edição podem ser complementados no portal usefashion.com. Alguns são de acesso exclusivo para assinantes do portal. Ligue 0800 603 9000 e veja como acessar. Os textos dos colunistas e colaboradores são de responsabilidade dos mesmos e não representam necessariamente a opinião da empresa. Todos os produtos citados nesta edição são resultado de uma seleção jornalística e de consultoria especializada, sem nenhum caráter publicitário. Todas as matérias desta edição são de responsabilidade do Núcleo de Pesquisa e Comunicação da UseFashion. Proibida a reprodução, no todo ou em parte, sejam quais forem os meios empregados, sem a autorização por escrito do Sistema UseFashion de Informações.

ao leitor Nesta edição, o UseFashion Journal traz um preview de matérias-primais para o inverno 2011, que aponta características comuns entre os materiais da temporada. Nossos pesquisadores dividiram o preview em quatro grupos: Ação do Tempo e Natureza; Tradição e Renovação; Conforto e Sensibilidade; Excesso e Expressão. Cada um deles apresenta os materiais, os aspectos técnicos e os estilos que darão o norte da estação. Além disso, a Reportagem destaca a responsabilidade social na moda, enfatizando empresários, estilistas e entidades que se movimentam em prol de famílias que buscam geração de trabalho e renda, dignidade e inclusão. Veja ainda o trabalho do renomado estilista Alexander McQueen, que morreu recentemente, em duas editorias: Masculino e Memória; o

melhor da Pitti Filati, em Vestuário; e os componentes que estarão em alta no verão 2011 em Calçados e Bolsas. Confira a coluna de Eduardo Motta, que trata sobre o fascínio da aparência, em Cultura; a entrevista com a designer de acessórios Tutu Ferreira, em Perfil, e o especial Alice no País das Maravilhas nas vitrines da Printemps, em Visual de loja.

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Jorge Faccioni Diretor-Presidente

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por tal u se fa s hion .com

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co n t e ú d o para a s s i n a n t e s

Comportamento de consumo inverno 2011 Por Aline Ebert

fotos: UseFas hion

Depois das Megatendências com os materiais de inverno 2011 (veja no Editorial de Moda nas páginas 64 a 77 desta edição), o portal publicou a segunda parte, sobre comportamento de consumo, utilizando tais matérias-primas para propor direcionamentos estilísticos aplicáveis em produtos. São três cenários indicados: “Equalização”, onde têm lugar as migrações de valores culturais e econômicos. Utiliza-se de materiais do tema “Tradição e Renovação”, ou seja, aspectos do passado alinhados com a moda que vem por aí; “Reinvenção Urbana”, que engloba as estratégias para se viver nas grandes cidades. Utiliza-se desde materiais do grupo “Conforto e Sensibilidade”, ligados à performance, ao “Excesso e Expressão”, que traz estilo individual necessário nos lugares superpovoados; “Pretérito Perfeito”, onde se convergem as correntes de fundo ecológico. Utiliza-se de materiais do tema “Ação do Tempo e Natureza”, itens que, por mais que pareçam desgastados, sujos, entre outos aspectos, têm muita tecnologia para isso. Home>Tendências>Megatendências>Comportamento de consumo

Lineapelle | Inverno 2011

Lineapelle Feira de couros ocorreu na segunda quinzena de março e apresentou novidades para a temporada verão 2012. Material da foto foi exibido na edição anterior de inverno 2011 e fecha com a megatendência proposta pela UseFashion “Excesso e Expressão”.

abril

Home>Feiras>Matéria-prima

Rede social UseFashion

calendário 13 a 16 - Fimec

20 a 21 - Indigo

25 a 28 - Dragão Fashion

UseFashion vai lançar sua própria rede social. O espaço reunirá profissionais e estudantes de moda para troca de informações, ideias, publicação de fotos e vídeos, chat e muito mais. O nome está sendo escolhido mediante concurso, durante o fechamento desta edição do Journal. O premiado receberá uma senha de 30 dias do portal. Aguarde mais informações deste novo canal.


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dicas

da redação Urban Africa David Adjaye

foto: reprodução

O renomado arquiteto David Adjaye fotografou e documentou cidades-chave na África como parte de um projeto para estudar novos padrões de urbanismo. Ele montou a exposição “Urban Africa David Adjaye”, que está em cartaz até o dia 5 de setembro no Design Museum de Londres. O objetivo é apresentar um outro ponto de vista do continente marcado pelo subdesenvolvimento, pela pobreza e pela miséria, traçando um perfil cultural dos prédios e edificações sob um ponto de vista global. Informações: http://designmuseum.org/ exhibitions/2010/urban-africa-a-photographic-journeyby-david-adjaye

foto: reprodução

Playing with Pictures Até o dia 9 de maio, o The Metropolitan Museum of Art de Nova York abriga a exposição “Playing with Pictures: The Art of Victorian Photocollage” (Jogando com Figuras: a Arte de Fotocolagem Vitoriana). A mostra apresenta o trabalho das mulheres vitorianas, que experimentavam a fotocolagem, 60 anos antes da adoção da técnica por artistas de vanguarda do início do século XX. A exposição, organizada pelo Instituto de Arte de Chicago, apresenta 48 obras de 1860 e 1870, de coleções públicas e privadas. Na imagem, Kate Edith Gough (English, 1856–1948), Sem título, página do álbum Gough, 1870. Confira: http://www.metmuseum.org/special/

Romantismo: a arte do entusiasmo

Va até lá: Av. Paulista, 1578 - São Paulo (SP), ou ligue (11) 3251-5644.

foto: reprodução

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) apresenta, até o dia 8 de maio, a exposição “Romantismo – A arte do entusiasmo” com curadoria de Teixeira Coelho. São 79 obras-primas divididas em nove seções e expostas em um painel que reúne alguns dos grandes pintores do final do século XV até os dias de hoje. Entre os 63 artistas apresentados estão El Greco, Bosch, Turner, impressionistas como Gauguin, Van Gogh, Renoir, Monet, modernos e contemporâneos como Dali, Rodin, Matisse, Amélia Toledo, León Ferrari e Marcelo Grassmann. Com patrocínio do Banco PSA Finance Brasil e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a mostra fica na Galeria Georges Wildenstein, no 2º andar do Museu.


h le Sa ua áj N r Po

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Quebrando a dureza da produção, o hairstyle é descontraído e relaxado. A maquiagem é leve, equilibrando o look.

Com corte alinhado, o blazer curto foge do despojamento, entoando elegância. Atenção para o detalhe de renda nos punhos, ressaltando o estilo gótico, assim como as unhas escuras.

Peep toe com solado vermelho dá cor ao visual. Na gáspea, transparência ganha destaque pelo aplique de spikes.

Macacão tomara-que-caia em couro é alvo da produção. Atente para a modelagem ajustada na parte superior e como vai, de maneira leve, relaxando nas pernas, uma vez que o comprimento deixa enrugar o material. O diferencial está nos recortes e aplicações de flores do próprio couro, que vão da coxa ao tornozelo.


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Seguindo a linha clássica, boina de lã é a vedete charmosa da estação.

fo to U s: se s Fa hi on

Jaquetas acolchoadas são hit de inverno para o masculino. Materiais brilhosos como nylon são bem-vindos.

Luvas de couro são perfeitas contra o frio e deixam o visual com estética refinada.

A bolsa atravessada é a preferida para a correria do dia-a-dia. Jeans na medida, com tonalidade escura e mescla, devido aos efeitos de lixados. Sapato tradicional e desgastado é a opção para quebrar o look urbano.


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p ap ara z zi

Pele, pele, pele...

fotos: ©

otosite A gência F

Por Nájua Saleh

ira r na prime na Wintou n A ra o it d Ae figer Tommy Hil desfile da

fila do

Mary-Kate Olsen no desfile d a grife Proenza Sh ouler

Na semana de moda de NY para o inverno 2011, os variados tipos de peles eram as opções confirmadas contra o frio e os responsáveis pelo glamour dos convidados que marcaram presença na primeira fila. Anna Wintour, editora da Vogue americana, escolheu um mix de texturas, cores e recortes para conferir o desfile de Tommy Hilfiger. Já Mary-Kate Olsen, conhecida pelo seu estilo hippie-chic, optou pelo clássico preto na primeira fila de Proenza Shouler. Carine Roitfeld, da Vogue Paris, abusou da pele mesclada no desfile de Max Azria. Atente para o volume dos casacos, para as calças superjustas ou para meias-calças, estas são as principais escolhas para compor um look equilibrado. Vale lembrar que em tempos de consciência ecológica, escolher peles sintéticas é sempre a melhor opção.

Carine Roitfeld marcou presença na primeira fila da Max

Azria



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ve s t uário

po n to d e v i s ta

e t n e g i l e t n i mo u s s e r n b o o c n s i a i r e t e ma g Por An

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ostuelhos c v m o c s s hábito res, como... 2012 o novar o ã no e r r e e e m adis v s e e d ência rmas tr i eia d d t fo id n a a te l ta i s o f m e n e Pitti o retor arecem valoriza crever car tas; mes, ap e s r tano e p d n im o es ais il’, o ples e o e -ma ç ã o co m vento m início a N e ‘ o ic o d n , n u mida sim a a o m D id c o v . c a ú a d d e e d em a retilín rização ara os cionais ilati é, s ra nor te p imas e de malh nt’- valo a m r to A Pit ti F u u n e a ta m a ter s ic m r e a ind No r o se g tato co rias-p ‘ ir n a té fe r o a c a ia a c p m o , n s d te dê oà utiva ; rização s de ten ia prod que diz respeit caseira et’- valo s fórun k a à cade o r d , a o s a sum o n á m n r s li fi o. A os; supe dor e ria a ivo con a e ic m s o r c s n u r p s N e â ‘ a c n g m m x p r o o o e c o c c ma de n s ar n o rodutos fazendo anter u ências e d os p ine’- pe h am a m ativo da feira, ro às tend c e is a v m m ú is n a r zm or c ashing ob r e s e o maio cada ve lico comprad - ‘No w m fios n imas, e is com e ia r is b te ú a a p m ; m a z us s- p r co m o d a á gu cada ve idor matéria mpre se m o m e o de ta c u d s s o s n te p e s o na fiaçã is s. um c ões a inaçõ que e e ç to b a d r a r e m a fi a s c o d s p a a c li n A a ma qu om l de onta freu ados, c ada vez para de alta possíve feira ap nceiro que so c c s ti a s o e s , e fi õ m o u o iç u ã s q s d n a to o ta estaç e m co n usto alt ta no co sentam aque fin Para es m um c em às om o b também ne’, que apre m apos ifica que as c u tê r o s fó o id fi c O s re u n ra fi do ssadas. amadu não sig que este que eles atrib focado no fios ‘ult significa o. Isso ções pa b e m os o id ta a m d ho s d S u a e e in . lt . s o s m u m ã ia a s o io du o re m ca stalg mac ue ter u te e c o s q n n a a s ie h e m a c il d s , tr m n a ado O tricô enores, mais co r to clim onsuo m e rc teriais pensa. deste c serão m valores, um ce m o s r o a c r tu . p z s fu so. Ma e a m s u o s s lh co o o a a m c n lh s m . ia e e e v d a r te rno a inteliclasse A qualida ncia no ça constante d de reto público onsumo ggi, ceito consciê ndem a c n n e e e o o c s s c d e ia n r c o o a p n ta la aria s fios tr encontr Inteligê e levan rado pe o da C alolã Mas, o vem ao feira qu sume v trabalh is assomb s a a o a r, n 0 -10 0% n i o 8 e io a / fo u id c h 2 q n n m lo u o a o m p v if p ti lt m m (N m u u e le g m ca ex lo ia ial co o ns para a tibacter m b om neste c notecno deamento e o n U a s a A n n . d e e te ia m p p n Atente o o e lo c p O e g , fio Anti s que s Car ’, a responsáveis. tratado erdícios p or e traz o de ‘ N o bactéria plicação perior), os d e s p u á is u s a q h a s a e d m to o u n n is % q fi a 9 ate pé ultra ante ao . As ão de 9 so consiste na ra res e pa cada vez mais merino ais vigil que consome a reduç s m apto pa e r e c z a it a e o c c r v m fi fi r p a e s o d te p to a s tã e u c E deve n n u d e . a e á q s fio ewe r. cido d os p r o idor ser s no de b r a s. O e loung duz m no te , fi a s it s to a s a consum atérias-primas suas pesquisa n ic o e m n p c u m re em alg sm proveita r tivas, té pliar a, pois trás da rão am om apelo de a om matériasda prata de peças espo -prima é ótim e m v e d e u s a s q tê ria sc sc ão empres p e s so a a maté produç produto produto s e a e u . m d q a e te r r n e a to a ie , n br os p io amb volvime s desperdícios Vale lem civa dos tecid s de s ao me o to o s o n o e d e r n ais gran n e m o a d evit os . o a açã ercentu gem ridam ic s m p g g la a o r a d ic c m lé c e s o a e u m c a r q , alé m as fios pre s s de a s le m o d o b E e lh primas o s . r a m s p e é b o o d mb eda. % od m fi s tra m-se ta roduçã iez da s mam e o m o 55 a, vimo r a c p c r ir a fo a , a s fe s c m d s n e a e r s ta a a s n b N o m e tr De esto acredita teriais n co do linho co is que s lando r s de ma e materia up estão recic m fios. A feira m novos s e d e u q ro ae se s do to Pinori G nsformando-o dência apoiad , ao conmistura e n a d tr te a e a id s, jeans osta n simplic alizado res e ap associados à p e r son , s o c a ti , tes valo ó is xo a ex is natur os de lu cia. Produtos conceit materia n e iê c d s n o o ã ç àc valoriza for to e valer a m e z fa que


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Destaques Manifattura Sesia fotos: UseFashion

Fios leves e transparentes; Produtos artesanais; Tricô moderno em camadas; Formas sinuosas; Fios brilhantes; Aspecto natural dos fios; Tratamentos inovadores, sempre com respeito ao meio ambiente.

Fios de luxo com seda, 100% seda shape Nm 2/12000 x 2 e Emphasis, misto de seda (85%) poliéster metalizado (8%) e poliamida (7%), o que garante ao fio um efeito brilho. Seda shape (65%) e poliéster com aplicações de lantejoulas (35%).


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ve s t uário

po n to d e v i s ta

novidades Botto Poala

Fio ultranobre de 55% seda e 45 % linho.

Outra matéria-prima interessante é esta mistura de 88% seda e 12% nylon, que traz um efeito sintético com o toque macio e natural da seda.


Chiavazza Zegna Baruffa fotos: UseFashion

Destaca-se com os materiais 100% naturais, primando pelo conforto. Cashmere, lã, linho e algodão. A lã está cada vez mais adequada ao verão, em versões cada vez mais finas, quase transparentes e impalpáveis.

Pinori Group

Traz fios produzidos com o denim reciclado.


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ve s t uário

po n to d e v i s ta

Lanecardate

A fiação é especializada na produção de viscose. A novidade veio nos fios Apagon, 100% viscose com efeito pixel obtido da mistura de três cores; Platax, viscose pura e metalizada, quase cromada; Allure, misto viscose/stretch e Canneté, misto viscose/nylon.

Trouxe fios com efeito chifon para a malha retilínea. O fio é muito fino e com toque suave. Ele é feito com um fio penteado, 100% lã superfina, uma das fibras mais sutis do mundo. Apesar de ser mais fina que o cashmere chinês, é bem mais forte. A lã vem da Austrália, mas é lavada, penteada e fiada na Itália.

fotos: UseFashion

Filpucci



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c alç ados e bol s a s

Mosaico fashion os coMPonEntEs quE estarão EM alta no vErão 2011 Por Eduardo Motta Um produto pronto é a soma de muitas partes e, em cada uma delas, é que se define o estilo e se desenha o caminho que leva à excelência técnica e à composição do preço final. Neste momento, em que acontece a maior feira de componentes do setor coureiro-calçadista do país, a Fimec, no Rio Grande do Sul, acompanhe o mosaico de materiais, aspectos, adornos, saltos e solados que têm o poder de deixar seu produto alinhado com a moda do próximo verão.

Couros Cobra monocromática Croco grande

Chloé | Paris

Acabamento natural

Blumarine | Milão

Salvatore Ferragamo | Milão


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mais Couros e outros materiais Camurça

Tecidos leves

Cetim no casual fotos: © Agência Fotosite

Miu Miu | Paris

Ráfia Paul & Joe | Paris

Metalizados

Bottega Veneta | Milão

Fendi | Milão

Vinil e acrílico

Tecido rústico

Roksanda I Lincic | Londres

Laminados sedosos Bruno Pietro | Londres

Canvas

Marc Jacobs | Nova York

Chanel | Paris

Donna Karan | Nova York


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c alç ados e bol s a s

aspectos Enferrujado

Réptil “mescla”

Bottega Veneta | Milão

Jil Sander | Milão

Rochas | Paris

Alexander McQueen | Paris

Efeito localizado

Vazados

Tressê

Tramas abertas

Just Cavalli | Milão

Missoni | Milão


SALTO, SOLADO, PALMILHA E FACHETE Salto recuado reto e palmilha anatômica fotos: © Agência Fotosite

Stella McCartney | Paris

Meia-pata dentada

Amanda Wakeley | Londres

Cortiça

Construção em várias partes

Basso & Brooke | Londres

Fachete tonalizado

Stella McCartney | Paris

Anna Sui | NY


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c alç ados & bol s a s

METAIS E ADORNOS Correntaria

Enfeite de gáspea precioso

Versus | Milão

Bordado

Chanel | Paris

Cordões e nós náuticos

Fendi | Milão

Flores

Pedraria

Gucci | Milão

Fitas e elásticos

Viktor & Rolf | Paris

Marc by Marc Jacobs | Nova York

Badgley Mischka | Nova York


Adorno de metal

Porta alça e corrente

Fecho militar fotos: © Agência Fotosite

Chanel | Paris

Blugirl | Milão

Chloé | Paris

Fivela de madeira

Fendi | Milão

Fivela com estampa tressê

Fivela de metal com florais

Pucci | Milão

Bottega Veneta | Milão

Fivela com motivos marinhos e pedraria

Blumarine | Milão


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aces sórios

Ametistas em destaque nos brincos da Vianna.

Turmalinas Melancia nos brincos da Vianna.

Ágatas negras nos brincos da Lugre.

Preciosidades Gemas brasileiras e design nacional Anel em ouro amarelo 18k com quartzo conhaque e diamantes da Bruner.

por Inêz Gularte Consultoria: Renata Spiller A nova joalheria se rendeu à beleza e à multiplicidade de cores das gemas do Brasil. “O mercado da joalheria contemporânea abriu espaço, em todas as suas vitrines, para as gemas coradas - pedras preciosas - brasileiras”. A declaração é de Regina Machado, consultora do IBGM, Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos. Segundo ela, além das gemas em alta, o país hoje exporta também design de joias, “uma passagem altamente significativa da mudança de posição da joalheria brasileira na dança das cadeiras do mercado globalizado.” Em visita à 50ª Feninjer (Feira Nacional da Indústria de Joias, Relógios e Afins), que aconteceu em fevereiro, em São Paulo, a UseFashion já havia coberto esta movimentação no mercado joalheiro. Nossa consultora Renata Spiller já anunciava: “observamos o crescente uso de pedras brasileiras, valorizadas pela mudança nos

conceitos que a joalheria vem ganhando. Pedras como as turmalinas, citrino ou quartzos ganham espaço devido às suas múltiplas cores. Este colorido das pedras nacionais, suas diferentes lapidações e a mistura com novos materiais criam identidade, inclusive, servindo como referência em outros países”. Regina Machado reforça que os quartzos são, sem dúvida, as gemas da vez. “Estou falando de nossas ametistas, citrinos, quartzo rosa, fumê e os incríveis rutilados”. E, para as próximas temporadas, ela conta que aposta nas ágatas. “Elas estão prontas para serem redescobertas pela joalheria, assim como já foram pela produção de moda”. E por falar em ágatas, quem gosta de novela com certeza vai lembrar dos colares da personagem Goretti, uma das filhas de Leal (Antônio Fagundes) na novela Tempos Modernos, da Rede Globo, interpretada por Regiane Alves.

Anel em quartzo rutilado e brilhantes da Vianna.


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Colar mesclando quartzo conhaque e quartzo rutilado da Vianna.

fotos: divulgação

Obra-prima pingente da tela Abaporu de Tarsila do Amaral desenvolvido pela Sigma.

Obra-prima Por Juliana Wecki

Peça vencedora do Prêmio IBGM categoria Lapidação Diferenciada. Colar em ouro amarelo e quartzos fumês de Maíra Paiva.

E se as gemas brasileiras e o design nacional estão em alta, o que dizer de unir tudo isso às artes plásticas? A ideia foi da Sigma, que lançou, durante a Feninjer, a coleção especial “Joias de Tarsila colecionável”, criada pela designer Bialice Duarte. Inspirada na obra da pintora modernista Tarsila do Amaral, a coleção tem todas as peças registradas, numeradas e validadas pelo responsável legal da família que detém os direitos autorais. Da tela “Abaporu”, uma das mais famosas de Tarsila, foi feito um pingente, fiel em proporções. De seu “Auto Retrato”, nasceram dois berloques, um em forma de olho, outro em forma de boca. Do estudo da ilustração e da tela finalizada de “Rio de Janeiro”, um modelo que representa o Pão de Açúcar. As obras “Paisagem” e “Bicho Antropofágico” deram origem à peça de coqueiro. E da obra “A Cuca”, um pingente de sapo cururu. Dos quadros “Sol Poente”, “A Cuca”, “Religião Brasileira” e “Abaporu” foram feitas reproduções fotográficas, protegidas por polímeros vítreos e com molduras especiais de ouro. De um esboço sem nome, surgiram os brincos e os anéis Palmeira Imperial.

Peça vencedora do Prêmio IBGM categoria A Cara do Brasil. Brinco de ouro branco, diamantes, cristal rosa, topázios azuis Sky e London prasiolita e ametista roxa de Carla Abras.

Para a criação das peças, foram usados ouro branco, amarelo e rosa, ágata, brilhantes e tsavoritas.


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rad ar intern ac ion al v e r ão 2011

Na selva Para quem aprecia a fauna e flora terrestre, esta é uma vertente da qual se pode tirar boas composições de acessórios, bolsas e calçados. Ela engloba tanto os safáris urbanos, de Yves Saint Laurent dos anos 1970, quanto as experimentações orgânicas, como esta de Alexander McQueen. Tem a ver mais com a biologia, nas texturas, do que com os étnicos que dominaram as estações passadas.

Angelo M

Elena Miro | M

ilão

Alexander McQ

Elena M

Gucci | Milão A

iro | M

y|L Wakele m an d a

ueen | Paris

ilão

o n dr e s

Pin Up Sta

Alexander McQueen | Paris

arani | Mil

rs | Milão

ão


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No mar As influências náuticas e marítimas costumam aparecer nas coleções de verão. Entretanto, para esta temporada de verão 2011, elas são elevadas à potência máxima, sugerindo desde elementos que adotam o tema ao pé da letra (como conchas, pérolas e corais) até a adoção de acessórios que sinalizam com o estilo de forma depurada.

ilão

fotos: © Agência Fotosite

eneta | M Bottega V

Fisico | Milão

Blumarine | M

ilão Badgle

Antonio

aris R o ch a s | P

y Misch

M ar r a s

ka | No va York

| Milão

Margareth How

ell | Londres

Tommy Hilfiger | Nova York


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r ad ar n ac ion al i n v e r n o 2010

Elas Reforçando clichês, a cor rosa continua a fascinar o olhar feminino na hora de compor o guarda-roupa. Atentas ao gosto das consumidoras, algumas marcas fizeram do rosa parte importante da cartela de inverno. A julgar pela variedade de tons, há produtos tanto para as garotas de estilo romântico acentuado quanto para as que preferem a cor em tonalidade discreta na composição do look.

Schutz

Choice

Fasolo

Capodar te

Werner

Carrano

Usaflex Erika Ikezili | SPFW


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Eles Rigorosamente dentro da tradição da visualidade masculina, entram em cena os abotinados, para aventuras urbanas, além dos sapatos clássicos, acompanhados de pastas e carteiras lisas. A elegância, para eles, retoma um pouco do passado e vai do trabalho para a rua com personalidade contemporânea.

Fasolo

Fasolo

Jorgito Donad

elli

Kildare

fotos produtos: UseFashion e divulgação

Jorgito Donad

elli

TNG | Fashion Rio

fotos desfiles: © Agência Fotosite

Kildare


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Alexander McQueen | Milão | inverno 2011

All printed Segundo Alexander McQueen Por Eduardo Motta O legado mais recente deixado pelo Alexander McQueen é esta coleção masculina, desfilada em janeiro em Milão. Trata-se de uma arriscada incursão pela junção de padrões e estampas levada ao ponto da saturação. O all printed é uma das escolhas que mais desastres já causaram no histórico de quem se deixou levar pela tentação. Não é o caso do McQueen. McQueen era reconhecido como um estilista brilhante e subversivo desde o começo da carreira (na página 78, em Memória, você pode saber mais sobre a trajetória do estilista). O que pouco se fala é do domínio técnico perfeito, exercitado no tempo em que ele trabalhou com alfaiataria clássica na Saville Road, o tradicional reduto da melhor tradição inglesa em roupa masculina. É com esta base reguladora que o que seria excesso toma forma convincente pelas mãos dele. Os apressados, que se encantavam com o que ele destinava aos olhos, rendiam-se ao travar contato com a excelência da roupa deste inglês, que saiu de cena de forma tão perturbadora como eram suas coleções. Entre muitas e boas realizações, ele deixou este trabalho que apresentamos agora. Ternos Começamos pelos ternos. No primeiro deles, o paletó é acinturado, o fechamento é com apenas um botão e a correção da modelagem salta aos olhos. No segundo, McQueen sobe consideravelmente o ponto de terminação da lapela, introduz um abotoamento oculto e o formato final é reto nas laterais, deixando a silhueta mais geométrica. Calças retas e discretas, uma com vinco outra não, dão substância e maturidade ao conjunto. O casaco, à direita, é outro exemplo da maestria do estilista. O caimento, na região dos ombros, é perfeito, obtido com cortes precisos balanceados pelo toque e espessura do couro.


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Estampas e padrões As manchas de McQueen, lado a lado, com as estampas de ossos, têm caráter orgânico e não de mera abstração. O animal print reverbera por aqui, também sem se consumar. É tudo sobre impacto visual, mas também sobre sutilezas da representação, que nunca é óbvia a ponto de se explicar. No terno, à direita, o mesmo padrão é levado para a camisa e para a gravata, sem criar ruídos.

Detalhes Modelagem requintada para a calça com pregas manipuláveis pelo zíper, e liberdade de cortar a fio no casaco.


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Acessórios Muito bem cuidados, os complementos da coleção estão integrados ao conjunto pela adoção dos mesmos motivos da estamparia do vestuário e pelas proporções bem dosadas. A bolsa é para viagens curtas. O calçado tem frente alta e os efeitos acolchoados dos esportivos. O cinto reproduz em metal e com sutileza a mesma trama da estampa da camisa e da calça.


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Tecidos e fibras tecnológicas Para garantir o conforto e o bem-estar das crianças Por Renata Spiller O bem-estar dos pequenos é foco das indústrias que trabalham com moda infantil. Cada vez mais, a aposta é em materiais que proporcionam maior conforto e benefícios. Para o verão 2011, algumas das principais empresas têxteis já têm seus lançamentos. E eles estão bem alinhados com as megatendências propostas pela UseFashion para a temporada. Com foco no conforto, no bem-estar, tirando proveito do que há de mais avançado em tecnologia, de forma sustentável. A Lenzing, por exemplo, destaca o TENCEL® como a fibra perfeita para o público infantil. A combinação de propriedades sensoriais, o controle de umidade e o fato de que o TENCEL® não foi contaminado por nenhum pesticida são ideais e extremamente importantes para as crianças, já que, com frequência, esse público acaba sofrendo por ter uma pele sensível, reagindo à poluição e aos produtos químicos. Além disso, o TENCEL® - capaz de absorver 50% de água a mais do que o algodão - fornece automaticamente uma higiene natural, interrompendo o crescimento de bactérias provocado pelo suor.

Outra proposta para a temporada é a fibra “Tencel LF”, que pode ser facilmente misturada com algodão e se adapta bem às malhas. A solidez alcançada com a fibra faz com que a roupa infantil seja mais resistente ao desgaste e garante a durabilidade perfeita mesmo após repetidas lavagens. A adição de 25% deste tencel ao jeans clássico favorece o bem-estar da criança. Além disso, representa economia de 25% no consumo de água, uma vez que o cultivo do algodão para a produção da peça, com adição da fibra, corresponde a uma área de terra menor. Também a fibra Modal® aparece como ótima opção para as roupas dos pequenos. Por possuir características muito similares ao algodão, inclusive na tinturação, pode ser facilmente misturada a ele. Outro ponto a favor é que o Modal® pode ser mercerizado sem nenhuma dificuldade, construindo peças mais duráveis. Pensando nas mães que preferem usar em seus filhos tecidos confeccionados em 100% algodão, a Doptex destaca sua linha de estampados criada especialmente para o segmento infantil, em 100% algodão penteado. Com temas diversos que destacam a natureza como inspiração central, as

estampas são coordenadas, criando composês que ampliam as possibilidades de criações. Na Horizonte Têxtil, a novidade fica por conta da cartela de cores em tecido plano que segue as mesmas tonalidades da cartela da malha, otimizando estoques e produção. Para facilitar ainda mais a criação, as estampas também acompanham a cartela de cores, ampliando as possibilidades. Como nas peças infantis é muito comum combinar malha e tecido plano, para facilitar os movimentos, a proposta vem a calhar. A empresária, Beatriz Zuanazzi, proprietária da marca infantil Chispita, comentou na Première Vision Brasil, que aconteceu em janeiro, em São Paulo, que achou a proposta fantástica, pois a busca por materiais diferentes, nas mesmas tonalidades, costuma ser trabalhosa e demorada. “Muitas vezes, temos que desistir da criação de uma peça, em determinada cor, pela dificuldade em encontrarmos materiais”.


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Inspiração náutica Por Renata Spiller fotos: © Agência Fotosite e UseFashion

Calvin Klein | Pitti Bimbo

John Lewis

Monnalisa | Pitti Bimbo

Billionaire | Pitti Bimbo

Monnalisa | Pitti Bimbo

A referência navy é uma das apostas do verão 2011 para os meninos. O visual tradicional de marinheiro, os símbolos, os brasões e a inspiração nos esportes aquáticos de elite se misturam ao look casual, criando peças mais despojadas e confortáveis para eles. Listras podem estar em modelos mais clássicos, próximos ao visual característico dos anos 1920, como é a proposta da Calvin Klein. Elas também podem envolver peças esportivas e mais despojadas, como os hoodies da John Lewis. Camisas polo ficam mais descontraídas com bordados localizados, ribanas e costuras contrastantes, além das listras em diferentes combinações, como fez a Billionaire. Já a malha circular foi a base para jaquetas e conjuntos mais esportivos, exemplo da Monnalisa. Tudo, é claro, nas clássicas cores azul marinho, vermelho e branco. Para saber mais acesse www.usefashion.com no link Report.



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Conforto, funcionalidade e cores vibrantes em alta para os artigos esportivos 70º Ispo | inverno 2011 Com o recorde de 64 mil visitantes, a 70º Ispo (Feira Internacional de Moda e Artigos Esportivos) realizada entre os dias 7 e 10 de fevereiro, reuniu 2.045 estandes, de 45 países, para apresentar os lançamentos de inverno 2011 na cidade de Munique, na Alemanha. Funcionalidade e conforto foram os temas predominantes na feira. Em destaque, os avanços tecnológicos em tecidos cada vez mais leves e inteligentes, proporcionando uma modelagem com menos volume, mais justa e

elegante, mesmo para baixíssimas temperaturas. Até mesmo as tradicionais jaquetas com penas de ganso foram apresentadas em versões mais finas, o que agradou principalmente ao público feminino. Roupas de baixo com isolamento, que permitem a transpiração ao mesmo tempo em que mantêm o calor do corpo, chamaram bastante a atenção no evento. A marca Skins, por exemplo, mostrou a comodidade de suas peças com uma apresentação de grupo de capoeira e de outras modalidades esportivas. Além da tecnologia e inovação nos produtos, o tema ecologia também esteve em pauta. Materiais reciclados e recicláveis, biodegradáveis, orgânicos certificados e comércio justo eram frequentes nos estandes. Na cartela cromática há uma enorme variedade de escolha. Porém os tons fortes e vibrantes, como laranja-queimado, pink, vermelho, verde, azul e amarelo estão com tudo, principalmente em combinação com o preto. Isso vale tanto para o vestuário como para calçados e acessórios, infantil ou adulto, como mostraram nas marcas Westbeach, Cacao, DC, Etnies, Bogner e Chillouts.

foto: UseFadshion

Nas estampas, desenhos assimétricos, pixels, texturas e textos. Para os homens, tons tradicionalmente femininos, como o lilás e pink, vêm sendo usados com muita liberdade. Já nos detalhes, os pelos continuam em alta; zíperes coloridos contrastam nas peças; recortes, bordados e aplicações de cristais são recorrentes. Bogner

Para ver outros produtos da feira acesse o portal www.usefashion.com, link Feiras.

Criar e inovar foram propostas-chave Première Vision | verão 2012 Cerca de 700 expositores, oriundos de 110 países, marcaram presença durante a Première Vison, realizada entre os dia 9 e 12 de fevereiro no Parque de Exposições de Villepinte, em Paris. Eles apresentaram os principais tecidos para o verão 2012, apostando em duas palavras-chave para a temporada: criar e inovar.

Forum Distinction (distinção) - o universo estruturado e formal, onde se enfatiza algodão, sarjas, linhos, lãs, camisaria, tecidos planos e malharia na confecção de ternos, camisaria, tailleurs, malha polos. Itens que têm movimento, volume e transparência.

No Fórum Geral, estava a cartela de cores do verão 2012, reforçando três temas centrais. O primeiro, chamado de Opulência confrontada, aponta para o mix de fragilidade e impertinência, provocação e sedução, luxo e lúdico, fluído e inflexível, natural e tecnologia por meio de com desenhos esboçados a lápis, colagens de palavras e figuras. Une renda, bordado e jacquard com materiais como plástico, borracha e silicone. O segundo, Formal regenerado, reforça a seriedade com certa frivolidade, de uma elegância leve e relaxada, ressaltando as misturas de lã e linho, pigmentos foscos, amassados leves. Já a temática Indiferença borbulhante mostra o cotidiano com uma nova energia que muda a realidade, apostando para a flexibilidade do algodão, elasticidade dos semiplanos e relevo do tweed leve.

Forum Relax - reforça o universo descontraído e do conforto, em que silhuetas gráficas e multicoloridas criam um movimento dinâmico. O espaço foi dedicado aos tecidos do universo casualwear, sportswear e jeanswear, como algodão, malhas e sintéticos.

O salão ainda destacou os Fóruns por universo, em que são apresentados os tecidos mais inovadores desenvolvidos pelos expositores. São eles:

Forum Actualisation (atualização) - mostrou uma seleção mais recente do que foi apresentado em setembro de 2009, e que agora desponta em

Forum Pulsation (pulsação) - é o universo do esporte e da tecnologia que explora tecidos de alta tecnologia, usados para favorecer a prática esportiva. Forum Special Dernieres (últimos lançamentos) – este espaço foi montado nas últimas 24 horas que antecederam ao salão, e foi mantido fechado até a entrada dos primeiros visitantes da feira. Neste local, o mix do real e do imaginário, do natural e do artificial, foram a temática na apresentação dos tecidos.

coleções de inverno 2010 do hemisfério norte. Destaque para os materiais de extremo conforto e refinamento. Além dos fóruns, junto a esta feira, também aconteceram os salões Indigo, Mod´Amont, Zoom by Fatex, Le Cuir e Expofil, este último para o inverno 2012. Para saber mais, acesse o link Feiras do www.usefashion.com.

Geral

Geral

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fotos: UseFadshion

Como de costume, através dos foruns temáticos, os organizadores da feira enfatizaram suas análises de moda, destacando texturas, estampadas e cores.

Forum Seduction (sedução) – apresenta o universo das rendas, sedas, algodão, fitas, bordados, malhas, lãs e falsas peles, em que o mundo imaginário destaca desenhos de flores, nuvens, pássaros, peixes e outros elementos.



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O mundo de Alice Maravilhas nas vitrines da Printemps, às vésperas da estreia do filme Por Vanessa Faccioni | Arquiteta

Alguns filmes são tão badalados e esperados que “respingam” referências do seu enredo em vários segmentos: da moda à decoração, da música à arte. Recentemente, vimos a “febre vampiresca” espalhada pela saga iniciada por Crepúsculo. Anos antes, foi a vez de um jovem feiticeiro tomar conta do espaço com os livros e filmes de Harry Potter, cuja história ainda não teve fim. Nenhum deles, porém, tem o apelo da história de difícil compreensão e de várias interpretações, conhecida desde 1865, quando foi publicada por Lewis Carroll. Agora, somada à irreverência do diretor Tim Burton, tem tudo para ser o filme do ano. A expectativa é tamanha que Alice no País das Maravilhas já vem figurando, há tempos, em revistas, como referência para objetos de decoração e, mais recentemente, em vitrines. Com a estreia do longa se aproximando (o filme foi lançado nos Estados Unidos em março, e chega ao Brasil neste mês de abril), a Printemps se apropriou com criatividade e imaginação – peças-chave na história de Alice – do mundo mágico descoberto pela menina e transformou todas suas vitrines com enormes objetos facilmente identificados no enredo.


foto: divulgação

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Cenas do filme mostrando alguns cenários criados pela equipe de Tim Burton contextualizam os enormes objetos brancos, como esta garrafa com o líquido que fez Alice diminuir de tamanho – por isso o manequim pode sentar-se sobre ela. As roupas estão bem de acordo com a época em que a história acontece – período vitoriano da Inglaterra – e, aqui, adquirem contornos de cenografia.


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Aqui fica comprovado que alterações na montagem são possíveis e muito bem-vindas. Na imagem do projeto, os manequins seguiam o padrão normal, mas trocar o rosto deles por o de um coelho – e, em alguns casos, com longos cabelos loiros - deixou a história ainda mais presente e fez jus à loucura deste “mundo subterrâneo”. Embora estas peças de roupas possam ser vendidas e usadas normalmente, aqui, novamente, assumem papel cenográfico. Sutis referências como o baralho da Rainha de Copas deixam a montagem mais encantadora e com a cara do mundo de Alice.


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O QUE ESTILISTAS, PROFISSIONAIS E EMPRESÁRIOS DO RAMO ESTÃO FAZENDO EM NOME DA RESPONSABILIDADE SOCIAL Por fernanda maciel

No início dos anos 1980, o Brasil começava a profissionalizar a responsabilidade social corporativa. O avanço da globalização, o crescente poder tanto econômico quanto político das grandes corporações e as reações dirigidas por ativistas foram alguns dos fatores que levaram o tema à agenda do país, culminando no Rio 92. Tempos depois, a indústria da moda começou a demonstrar avanços importantes nesta área. Grifes, estilistas e outros profissionais do ramo estão cada vez mais empenhados no desenvolvimento de projetos com o intuito de valorizar e incentivar o trabalho de grupos e comunidades, empregando, gerando renda e, acima de tudo, oferecendo oportunidades. O UseFashion Journal conversou com pessoas que revelam de que forma trabalham a responsabilidade social na moda unindo talentos, geração de renda e troca de experiências.


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uando iniciamos, imaginei que estaria cooperando com a parte financeira, mas na verdade a recuperação da dignidade e aumento da autoestima é muito mais importante”, disse a designer capixaba Sara Hakul. Com sua marca Flor de Cafezal, ela teve uma atitude responsável que está conquistando butiques de Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo. Juntamente com mulheres quilombolas e trabalhadoras da colheita de café está produzindo bolsas e acessórios. A parceria começou há quatro anos, quando Sara foi morar na zona rural de uma região do município de Brejetuba, maior produtor de café arábica do Espírito Santo. “Conhecendo a região, notei um grande número de mulheres socialmente carentes, com poucas opções de trabalho e filhos pequenos dificultando a lida com a lavoura. Então, veio a ideia de lançar uma marca que criasse peças artesanais e que acolhesse essas mulheres”, explica. No projeto “Mulher aprendiz, mulher feliz”, 20 mulheres foram capacitadas com bordados, crochê, tricô, montagem de bijuterias. Já com as Mulheres Quilombolas do Morro da Arara, a ideia foi criar respeitando a identidade cultural destas pessoas, ou seja, utilizando a fibra de taboa, usada por quilombos há várias gerações. Dificuldades como a falta de reconhecimento dos órgãos públicos para a estruturação física das ações existiram, mas foram atenuadas por outros apoios: “O Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural) fez a doação de tecidos e capacitou as quilombolas”, reconhece. As conquistas também começam a aparecer. A Flor de Cafezal participou de uma feira de produtos artesanais brasileiros no Japão e já enviou mercadorias para Itália e Estados Unidos. Dentro do Brasil, os produtos da marca estão nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Brasília, Bahia e Rio de Janeiro. Mesmo profissionais consagrados estão escolhendo voluntariamente este caminho. Há 10 anos, o estilista Walter Rodrigues atua em parceira com cooperativas. Para ele, o contato vai além de um trabalho social. “É um privilégio muito grande dividir nossos conhecimentos e partilhar experiências com quem está tão envolvido em preservar aquilo que aprenderam durante a vida e, geralmente, com suas avós e pessoas mais velhas, descobrindo no fazer uma maneira de temperar a vida e ainda assim aumentar a renda mensal da família”, argumenta. Walter conta que o Museu A CASA, com sede em São Paulo e que trabalha na preservação de técnicas artesanais, o convidou a participar de uma intervenção em uma comunidade pesqueira situada em Ilha Grande – ao lado da cidade de Parnaíba, no Piauí, junto com a estilista e estudiosa de moda Suzana Avelar. “Lá, em um bairro chamado Os Morros da Mariana, há uma enorme cultura em torno da renda de bilro, e tinha uma Associação de Rendeiras um tanto quanto desanimadas pelo retorno, mas com muita vontade de trabalhar. Então utilizei a técnica e inseri cor e outros tipos de fio. Procurei

respeitar as origens e os pontos mais comuns da comunidade, apenas exaltando um colorido que partia do preto para uma enormidade de outras cores”, explica. O estilista, aliás, soma parceria com entidades. Já trabalhou com o Sebrae Piauí em projetos de capacitação de artesãs em Teresina para a coleção verão 2003; atuou com a Cooperativa da cidade de Bananal, em São Paulo, para coleção de inverno 2005, e hoje atua em Quipapá, em Pernambuco, junto com a Secretaria de Desenvolvimento do Estado, contribuindo para capacitação de costureiras oriundas da zona rural. “A ideia é torná-las experts em técnicas que estão desaparecendo no universo da costura ligadas ao segmento de luxo. Este trabalho será apresentado no Fashion Rio verão 2011, em maio”, adianta o estilista. Para ele, há muitos diferenciais quando se trabalha desta forma: “Aprender sabendo que tudo o que está sendo doado – carinho, expertise, disciplina, conhecimento, network, visibilidade, confiança, respeito, dignidade –, pode ser feito com um pouco de dedicação por parte de nós designers. Receberemos de volta um brilho no olhar e um sorriso demonstrando que o futuro dessas pessoas já está impregnado de mudanças, e que o trabalho feito por suas mãos não apenas lhes trará reconhecimento, autoestima, mas também um gosto melhor para suas vidas.” Outro estilista que tem experiência no assunto é Beto Neves. Ele foi convidado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para assessorar a formação de uma identidade para o núcleo de moda da Acomb (Ação Comunitária do Brasil). O resultado dessa parceria foi mostrado durante o Fashion Rio em 2008, com a coleção de inverno confeccionada pelas mulheres da Cidade Alta, comunidade carente da Zona Norte do Rio de Janeiro. “O bacana é a possibilidade de interferir na vida dessas pessoas, resgatando primeiro a autoestima. Existe um potencial paralisado pelo preconceito e pelo distanciamento”, alerta Beto Neves, ressaltando que projetos como esse só prosseguem devido ao apoio e patrocínio de investidores, como o que a entidade recebeu da Petrobras. Conforme ele, do grupo de alunas que tinha no projeto, três foram estagiar na sua empresa, e depois de um ano se tornaram profissionais. União faz a força das cooperativas A Coopnatural, uma cooperativa de produtos têxteis cuja base é o algodão, também comemora os resultados de quem se une para o bem da sociedade. A presidente, Maysa Motta Gadelha, explica como tudo começou: “No ano de 2000, fomos à Embrapa saber como estava a pesquisa do algodão colorido, que já estava pronta, só faltava colocar no mercado. Criamos um consórcio de exportação, Natural Fashion, com oito empresas, e em 2003 criamos a cooperativa de nome Coopnatural. Hoje, beneficiamos diretamente cerca de 800 pessoas, entre agricultores, pequenos empresários e artesãos”. A organização trabalha com toda a cadeia produtiva do algodão orgânico e colorido natural-

mente. Segundo Maysa, são quatro cores sem nenhum tingimento, certificados pelo IBD. Ela explica o passo a passo: “No campo, apoiamos desde o envio da semente, corte de terra, informações técnicas, certificação, treinamento, até a compra garantida do produto final com quase 100% de acréscimo no preço do algodão convencional. Mandamos buscar no campo, descaroçar, fiar e tecê-lo em unidades certificadas”. Apesar das dificuldades encontradas pelo grupo, especialmente pela falta de apoio financeiro, os integrantes da Coopnatural nunca desanimaram. Bem pelo contrário. Como a entidade não beneficia apenas os cooperados, mas toda a cadeia produtiva – desde os agricultores até os artesãos –, percebeu-se tanto o fortalecimento financeiro do grupo como a autoestima e a cidadania. “São pessoas incluídas no mercado de trabalho e na sociedade. Pessoas que, como eles mesmos dizem, conhecidas na cidade e no Estado”. De acordo com a presidente, a Coopnatural está no projeto Organics Brasil da Apex, que proporciona a participação do grupo em feiras e, além disso, conta com a parceria do Sebrae, da Federação das Indústrias da Paraíba, através do Senai e IEL (Instituto Euvaldo Lodi). “Com nossa estrutura comercial, fazemos as vendas, que beneficiam diretamente os agricultores, os artesãos e os cooperados que são os microempresários”. Mas só o apelo ecológico não é o suficiente: quando já estão com a matéria-prima em casa, um setor de design concebe produtos dentro das tendências mundiais de moda, levando em conta o trabalho de todos os grupos e técnicas artesanais presentes na Paraíba. Design que também se destaca no projeto da cooperativa Lã Pura, composta por artesãs da região da Campanha e da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, e presidida por Eva Kuffner. Em janeiro de 2006, apresentou sua primeira coleção durante o Fashion Business, no Rio de Janeiro, fez parceria com estilista Ronaldo Fraga na coleção de inverno 2009 e já participou da feira Prêt-à-porter em Paris, em setembro passado, do qual participarão novamente em 2010. As atividades começaram em 2005, confeccionado acessórios femininos através do Talentos do Brasil, uma iniciativa da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com o Sebrae, Caixa Econômica Federal e Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer). Segundo a gestora estadual de Turismo e Artesanato do Sebrae/RS, Vânia Fernandes, o projeto atua junto a grupos de pequenos agricultores que usam o artesanato para aumentar sua renda e tem o intuito de possibilitar a troca de conhecimentos, valorizando a identidade cultural de sua região, promovendo a geração de empregos e agregando valor aos seus trabalhos por meio da moda.“O trabalho modifica a vida das artesãs em relação à renda e ao designer porque o próprio grupo já desenvolve, cria e é protagonista de sua história. Tem até mais sucesso e reconhecimento do que quando cria peças em parceria com estilistas”, orgulha-se Vânia.


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Beto Neves e as integrantes do núcleo de moda da Acomb

Mulheres de Quipapá em parceria com Walter Rodrigues

Sara Hakul da Flor de Cafezal e suas peças produzidas em parceria com mulheres quilombolas e trabalhadoras rurais

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fotos Silvia Pavesi/divulgação

foto: Fábio Del Re/divulgação

Grupo Lã Pura divulgando seu trabalho em Paris, na Prêt-à-porter

Coleção Crioula Lã Pura


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Cantão Daspu

Números de quem investe O Gife (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), que reúne 123 organizações de origem privada e financiadoras de projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público, realizou um mapeamento do investimento social feito por seus associados. O Censo, referente aos anos de 2007 e 2008, organizado em parceria do Ibope Inteligência/Instituto Paulo Montenegro e do Instituto Ibi, revelou que, de uma base de 101 associados, pode-se destacar que os 80 respondentes investem em torno de R$ 1,15 bilhão em diferentes áreas sociais, principalmente educação (83%), formação para o trabalho (59%), cultura e artes (55%) e geração de trabalho e renda (53%). Apenas na área de educação são beneficiadas direta e indiretamente mais de 52 mil entidades e cerca de 4 milhões de pessoas. “Cada vez mais

Lã Pura

percebe-se no Brasil e no mundo que esse tipo de investidor social tem características específicas: o corporativo revela-se mais operador de seus próprios projetos do que financiador de terceiros, tem horizonte de planejamento e ação de mais curto prazo e concentra suas áreas de ação em temas mais relacionados ao seu entorno e a seu ambiente de negócios”, afirma Fernando Rossetti, secretário-geral do Gife. Entre os associados, 77% atuam em programas para jovens (em pelo menos uma das três faixas etárias – de 15 a 17 anos, de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos). Moda responsável é a moda do futuro Grifes internacionais renomadas estão criando linhas específicas, feiras têm salões relacionados e inclusive semanas de moda, como a London

Fashion Week, que mantém o espaço Esthetica, e trazem moda ética, social e ambiental. Observe ainda que as megatendências vem apontando pistas que chegam a esta temática, tal qual Grau Zero (verão 2010), Encadeamento (inverno 2010), Bem-Estar (verão 2011) e a atual Conforto e Sensibilidade (inverno 2011). Publicações como o recente livro “Eco Chic”, de Matilda Lee (Larousse do Brasil), vão além da moda sustentável tão falada para entrar em indústrias e, e aposta: quem for por este caminho, vai perder menos adiante. A autora ainda sugere: “olhe atrás da etiqueta”, ou seja, propõe que as pessoas comecem a olhar mais de onde vem suas peças de moda. Sendo assim, quem estiver fazendo moda responsável estará na frente. Os consumidores passarão a dar mais bola para isso.


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Criado e sediado no Rio de Janeiro, o Instituto-e é uma associação privada civil sem fins lucrativos, voltada para a promoção do Brasil como “país do desenvolvimento sustentável”, através de “projetos e parceiros envolvidos com o desenvolvimento social, ambiental, cultural e econômico, atuando nas esferas da educação, do empoderamento e da mobilização social”.

Através da iniciativa da ONG Davida, formada por prostitutas, a grife Daspu foi criada para fortalecer a luta contra discriminação e pela regulamentação da profissão.

Nina Braga, diretora do projeto, afirma que a “visão empresarial do setor privado é fundamental para que o desenvolvimento sustentável de uma comunidade se torne um negócio capaz de gerar benefícios para os todos os envolvidos”. Para Nina, o setor privado pode ajudar esses grupos comunitários a lidar com questões importantes como ganho de produtividade, otimização do processo de produção, prospecção e criação de mercados para produtos confeccionados pelas comunidades de modo a gerar renda e inclusão social. Para ela, a moda é democrática, sendo um meio de comunicação com diversos tipos de público. “Ao utilizar materiais e produtos sustentáveis a moda estará não só fomentando esta cadeia produtiva, como também ajudará a expandir o universo da sustentabilidade”, reforça.

Criada em julho de 2005, a grife começou a vender camisetas pelo site www.daspu.com.br com estampas de mensagens irônicas e bem-humoradas sobre cidadania, liberdade, sexualidade e prevenção de DST e Aids, inspiradas nas prostitutas e em seu universo. “Somos más, podemos ser piores”; “PU davida”, “Moda pra mudar” e “Antes do show, afine o instrumento” – são algumas das frases, emolduradas por imagens de preservativos, de mulheres ou casais. Entre dezembro de 2005 e janeiro de 2006 foram realizados os primeiros desfiles. E de lá pra cá não parou mais. Nem a produção e nem o sucesso. Grife Refazer Fundado em 1995, o Refazer é uma organização social que presta assistência a crianças, adolescentes e gestantes adolescentes tratados pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF). Atendendo famílias, que vivem com uma renda mensal entre 0 e 1 salário mínimo, a entidade lançou, em 2006, a Grife Refazer,

a fim de criar um programa de geração de renda que beneficiasse diretamente as mães das crianças e adolescentes assistidos. Uma vez por semana as mães comparecem no ateliê, aprendem a confeccionar as peças e levam material para produzir as encomendas em casa. “Tudo melhorou na minha vida depois que entrei para a grife. Consigo o meu próprio dinheiro, já que o meu marido está desempregado por motivo de doença. Com o que ganho na grife compro comida para toda a minha família. O aprendizado possibilitará que eu tenha o meu negócio próprio. Quero fazer mais bijuterias e cursar faculdade de moda”, afirma Ana Fernanda Soares Pinto, de 19 anos, moradora da Rocinha que tem um filho de 1 ano atendido pelo Refazer. Atualmente, a organização recebe encomendas da New Order, Cantão, Wöllner, Santa Cor, Alfaias e muitos outros. Na parceria com a Cantão, a entidade utiliza as sobras têxteis das coleções passadas que se transformam em produtos que compõem a linha Casa Cantão, com luminárias, canecas, capas de almofada e bandejas para laptop, entre outros.

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Mães integrantes da grife Refazer aprendem a confeccionar as peças e levam o material para produzir as encomendas em casa.

Gabriela Leite, fundadora da Daspu, e Valquiria Ribeiro, mestre de cerimônia do desfile Daspu na Vai-Vai.


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por Carine Hattge e ingrid scherdien fotos: divulgação e reprodução

A esperança em uma bola Em países como a Tanzânia, Ruanda, Burundi, Somália e Congo, a miséria é tão grande que, para as crianças, o futebol é uma das poucas coisas que dão a esperança de escapar da pobreza. Por não poder comprar uma bola nova, utilizam sacos plásticos ou folhas de coqueiros para criar uma bola de futebol. Pensando nisso, o estúdio coreano Unplug Design desenvolveu um projeto eficiente e muito emocionante. Levando em consideração os aspectos de design sustentável, a caixa de ajuda humanitária foi remodelada, possuindo tiras onduladas que podem ser destacadas e encaixadas de forma a se transformar em uma bola. De acordo com o tamanho da caixa, podem ser montadas bolas de vôlei, handball e outras. O projeto considera que, dando a essas crianças suas próprias bolas para brincar, dá-se também esperança. Acesse: www.unplugdesign.com

Banho inovador A designer Arina Komarova foi ousada ao desenvolver um protótipo de chuveiro bem diferente. Inspirada no formato dos casulos de borboletas, a cabine para banho Cocoon tem formato parecido com um ovo, e possui portas transparentes que deslizam ao abrir e fechar, como se fosse uma flor. Além da ducha, possui uma banheira de hidromassagem na base e iluminação própria. O produto ainda não está à venda, mas uma pesquisa em sites de busca na internet mostra diversas outras imagens.


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Joias de lápis A italiana Maria Cristina é uma designer de joias com um trabalho realmente diferenciado. Além de utilizar metais preciosos, como ouro e prata, e não-preciosos, como o latão, ela tem desafiado os conceitos clássicos, criando joias com lápis de cor. Seu trabalho gera perspectivas ainda não exploradas e formas multicoloridas. Essas joias podem ser adquiridas no endereço: www.milano20121.com/it/brand/ Maria_Cristina_Bellucci/32

Trash bag A bolsa Raindrop Besace, da Louis Vuitton, é um bom exemplo de como uma marca pode valorizar um produto. Com inspiração em sacos de lixo, a peça é uma edição limitada, feita em lona com revestimento impermeável e fechamento em corda, disponível em dois modelos. Criada por Marc Jacobs para a coleção de verão 2011 da marca, a bolsa custa US$ 1.960. As peças são tão exclusivas, que ainda não estão no site, mas outros modelos podem ser conferidos em www.louisvuitton.com

Simples e funcional Um bom design de produto não precisa ser complicado. E disso o designer Sang-hoon Lee entende muito bem. O lápis Edge, produto criado pelo coreano, tem uma ponta com ângulo de 90º em seu diâmetro. Por este simples fato, o conforto na hora de escrever aumenta, e o lápis não sai rolando ao ser largado. Veja outras criações em www.sanghoon-design.com

Mais confortável

Hexagonal

Circular

Edge


c ul t ura

foto: Pedro David/divulgação

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por E d uar d o Mot ta

O lugar maldito da aparência Não é verdade que todos que sucumbem ao fascínio da aparência excluem o pensamento crítico sobre ela. Nem o contrário é verdadeiro. Mesmo quem abraça o assunto como objeto de estudo eventualmente se rende ao apelo sedutor das roupas e outros aparatos de cuidado pessoal. Neste ponto, o passado tem exemplos de sobra. Não se envolvia com as futilidades do guarda-roupa o poeta Byron? Não era um vaidoso consumado o talentoso Oscar Wilde? E, para atualizar um pouco a conversa, quando aceitou a contragosto a encomenda de filmar um documentário sobre o Yamamoto, o Wim Wenders não realizou um clássico que retrata a própria rendição à ascendência do vestuário sobre nossas formas de sentir e pensar?

Há também casos extremados de quem faz da arte de permanecer na superfície a suprema realização da existência. A história tem um exemplar seminal, o dândi, personificado pelo inglês Beau Brummell. Homem tão bem vestido e chegado à vida social que mereceu a inveja de príncipes e nobres entre os séculos XVIII e XIX. Brummell seguiu fascinando nos séculos seguintes e sobrevive ainda bem saudável no atual. Balzac escreveu sobre ele, Baudelaire idem, e Albey d’Aurevilly também. A Editora Mimo juntou extratos dos escritos dos três em um livrinho só, o Manual do Dândi. Nós, que não temos as rendas - em ambos os sentidos -, que permitiam a Brummel exercitar com absoluta perfeição a arte do ócio e da vida elegante, temos que aprovei-

Eduardo Motta é designer, consultor de moda da UseFashion, com formação em Artes Plásticas e autor do livro “O Calçado e a Moda no Brasil - Um Olhar Histórico”.

tar o tempo disponível para praticar o luxo da literatura (li o livro no pouco de indolência que as férias de hoje nos permitem). Veja este trecho do d’Aurevilly em nota na página 185: Brummell vestia luvas que moldavam suas mãos como uma musselina umedecida. Mas o dandismo não era a perfeição dessas luvas que, tal como a carne, adquiriam o contorno de suas unhas; o que consistia um ato de dandismo era que elas tivessem sido feitas por quatro artistas especiais, três para as mãos e um para o polegar. O aparato em torno das luvas de Brummell informa sobre este período de exacerbação do way of life aristocrático, que entrara em decadência e se amaneirava apropriado e reinterpretado por


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franco atiradores sociais como Brummell. No texto, o autor considera que não era a forma perfeita da luva em si o mais importante, mas o fato de que ela demandava uma força de trabalho desproporcional. Especializada, sofisticada, exagerada, francamente abusiva e destinada a suscitar adjetivos por onde ele passava.

harmonia, sem a simplicidade relativa.

Curiosamente, este fausto que precedia o objeto, e que era pressentido, compartilhado e admirado, não implicava em gerar uma luva vistosa.

O apreço de um dândi pela aparência e por códigos de comportamento afetados era um reflexo dos gostos e privilégios exclusivos da aristocracia. Tinha algo de revolucionário na maneira como eles se apoderavam de códigos de aparência e hábitos da classe dominante, para fazer deles o que bem entendessem. Muito além do impacto visual da sua presença, eles escancaravam o fim de uma era. Isto ajuda a entender por que é que Brummell entrou para a história sem ter escrito uma linha, pintado um quadro ou tocado algum instrumento.

Veja o que diz o Baudelaire, na página 14: O dandismo não é nem mesmo, como muitas pessoas pouco sensatas parecem acreditar, um gosto imoderado pela toalete e pela elegância material. Essas coisas não são, para o perfeito dândi, senão um símbolo da superioridade aristocrática do seu espírito. Também no texto do Balzac, montado em torno de aforismos tratados como preceitos para a vida elegante, aparece esta ideia de equilíbrio na forma de se vestir associada ao dândi. A roupa deve ser tratada com esmero, mas sem deslizar para a vulgaridade.

Olhando cá do século XXI, os dândis são como mediadores entre o vestuário do passado, destinado à identificação das classes sociais e a moda na era moderna, acessível a todos que puderem pagar por ela e sujeita a expressões individuais.

Baudelaire anotou: O dandismo é o último rasgo de heroísmo nas decadências.

O princípio constitutivo da elegância é a unidade

E eram abusados estes rapazes, como registrou o Barbey d’Aurevilly:

Não existe unidade possível sem esmero, sem a

Um dia, dá para acreditar?, os Dândis chegaram

a ter a fantasia do traje lixado. Isso ocorreu precisamente durante o reinado de Brummell. Estavam no auge da impertinência e não conseguiam mais se conter. Descobriram que era muito dândi (não conheço outra palavra para exprimi-lo) mandar lixar seus trajes, antes de usá-los, em toda a extensão do tecido, até que não fosse mais que uma espécie de renda - uma gaze. Eles queriam andar vestidos de gaze, esses deuses! Era uma operação bastante delicada e demorada e, para isso, utilizava-se um pedaço de vidro afiado. Eis aí um verdadeiro ato de Dandismo. O traje pouco importa. Praticamente, ele não existe. Nota na página 184/185- Barbey d’Aurevilly. Lendo este Manual do Dândi, o que dá gosto é a qualidade da escrita sobre moda, realizada tanto tempo antes dela se tornar área especializada do jornalismo ou digna da atenção acadêmica. Estes autores, que se dedicavam à literatura, à poesia, à filosofia já se perguntavam por que é que nos vestimos desta ou de outra forma e por que, principalmente, nos vestimos de maneiras tão particulares e aparentemente sem nenhuma funcionalidade. Tanto tempo depois, temos um sem fim de respostas e a pergunta continua pertinente. A moda idem.

foto: divulgação


foto: divulgação

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p er f il

Tutu Ferreira Bijus que misturam materiais e surpreendem Por INÊZ GULARTE Ela é a responsável pela coleção de bijuterias que esteve nas passarelas do SPFW no desfile do Alexandre Herchcovitch. Supercomentadas, surpreenderam pela criatividade e, imediatamente, se transformaram em objetos de desejo do público feminino para este inverno. Tutu Ferreira encantou público e imprensa com adornos diferenciados, feitos em correntes e pingentes de metal em forma de sinos e guizos. Algumas correntes tinham um aspecto de madeira que fazia toda a diferença. Que o inverno 2010 é das correntes, a gente já sabia. Entretanto, junto com a equipe de Herchcovitch, esta paulista conseguiu dar um ar de novidade aos acessórios da temporada. Quer saber um pouco mais sobre ela? Formada em publicidade, Tutu Ferreira criou com a ajuda da mãe, Miriam Zarif Yamin, em 1999, a grife de acessórios que leva o seu nome. Mais tarde, a irmã Renata Ferreira entrou para a equipe, cuidando da parte administrativa. Hoje, a grife tem uma loja-showroom em São Paulo e está presente em 80 multimarcas nacionais. No exterior, já chegou a lojas de Portugal, Suécia, Itália, França, Turquia e Estados Unidos.

Acompanhe mais detalhes desta trajetória:

UF: Como é sua rotina de trabalho?

UseFashion: Como começou a trabalhar com acessórios?

TF: Na parte da manhã, me dedico só à criação. Deixo a tarde para o desenvolvimento private label e para contatar fornecedores.

Tutu Ferreira: Trabalho com moda desde os 17 anos, e entrei para o ramo de acessórios com 21. No período da faculdade, trabalhei em lojas bacanas como Empório Armani, Lita Mortari e Reinaldo Lourenço. Nesse tempo, percebi um gap nas lojas: vi que elas não tinham acessórios e bijus. Há 11 anos, tudo que havia era imitação de joia ou de peças em prata. Aí, entrei no mercado. UF: Com que tipo de matérias-primas gosta de trabalhar? TF: Uso pedra natural, metal, cristal, murano, resina, tecidos, bordados hand made... Buscamos inovar nos materiais sempre. UF: Em que suas criações se diferenciam? TF: Pelo mix de materiais na mesma peça. Nossa coleção é grande, lançamos 200 modelos diferentes por estação, sempre atendendo todos os tipos de mulheres.

UF: Em que se inspira? TF: A minha inspiração é na beleza da natureza, suas cores e materiais, nas artes, nas pessoas: sua individualidade, elegância e estilo. UF: Como suas peças são comercializadas? TF: Temos um showroom-loja na Rua Caçapava, 42, no Jardins, em São Paulo. Ali, vendemos para varejo e atacado. Também vendemos para lojistas em todo país. Neste mês estreamos nossa loja virtual. UF: Você já criou para outros estilistas, além do Herchcovitch. Como funciona esta parceria? TF: Sim, além do Alexandre Herchcovitch, desenvolvi para Adriana Degreas, Adriana Barra, Cori, Lita Mortari, Le Lis Blanc, Spezzato, Rosa Chá, entre outros. Normalmente, os estilistas conhecem nosso trabalho e pedem desenvolvimento de acordo com a coleção que estão planejando. Outro tipo de parceria


Alexandre Herchcovitch | SPFW | inverno 2010

Alexandre Herchcovitch | SPFW | inverno 2010

fotos: © Agência Fotosite

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Alexandre Herchcovitch | SPFW | inverno 2010 fotos: divulgação

que fazemos muito é a de adaptar nossa coleção para as marcas que entram em contato conosco. UF: Pode contar um pouco como foram criados os acessórios do desfile do Alexandre Herchcovitch?

UF: Como foram escolhidos os materiais? TF: O Antonio (responsável por acessórios dentro da marca do Alexandre Herchcovitch) trouxe os aviamentos em metal com banho de madeira que nós misturamos com as minhas correntes em ouro velho e gotas âmbar da minha coleção. Eu traduzi o briefing do desfile em acessórios.

TF: Nossa parceria é antiga, já fizemos Cori (quando ele assinava a coleção) e Rosa Chá. Ele me procurou com alguns aviamentos e imagens UF: As correntes de aspecto amadeirado depara eu montar os Elmos. As ram mesmo um resultado surpeças ficaram tão incríveis que preendente, não é? Comente um aumentamos os modelos e fipouco sobre elas? zemos colares e pulseiras para As peças ficaram tão incríveis TF: Sim. Esse banho incrível foi todos os looks. O Alexandre que aumentamos os modelos desenvolvido pelo Alexandre. As coresteve bem presente durante são em metal com uma pátina e fizemos colares e pulseiras rentes todo o processo. Foi muito para ficar com aspecto de madeira. para todos os looks. específico e complicado, porém prazeroso!!! Quanto UF: No cenário internacional, mais complicado melhor!!! que marcas você admira? As peças são muito ricas em detalhes e misturamos muitos materiais. TF: Chanel, Valentino, Tom Binns, Stella McCartney,

Butler&Wilson, Vera Wang, são tantas... UF: Suas criações já estiveram nas novelas, não é mesmo? TF: Sim, em várias. Mais recentemente, na global Caminho das Índias. UF: Um hobby? TF: Andar de bike com meus filhos aos domingos. UF: Um livro? TF: Adoro os livros da Danuza Leão, é uma leitura leve. UF: Um lugar? TF: Mar. Renova a energia.


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negóc ios

Entre a prancheta e a linha de montagem A importância do gerenciamento das matérias-primas na entrega do produto final Por Daniel Bender

Garantir que aquele produto interessante, vendável e lucrativo saia da linha de produção exatamente como planejado pelo estilista não é uma tarefa das mais fáceis, como sabem todos os fabricantes de moda. Uma entre as principais dificuldades é garantir que os materiais certos estarão à disposição na hora de produzir. Em alguns casos, a criação é subvertida para aproveitar-se da oferta de um material diferenciado que irá valorizar o produto final. Para equilibrar a entrada de material e a saída – afinal, estoque parado não gera lucro –, existe a especialização em gerenciamento da cadeia de suprimentos (ou supply chain management), um campo em que a administração de empresas se encontra com a engenharia para garantir o bom funcionamento das indústrias. A professora Doutora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Ana Beatriz Lopes de

Sousa Jabbour, explica a importância da disciplina: “Independentemente do setor industrial, a falta ou atraso na entrega de matérias-primas compromete a programação das operações de um sistema de produção. Dentre as consequências deste episódio pode-se destacar: parada de linha e baixa produtividade da linha de produção. Isso sem falar nos custos adicionais para reprogramar a entrega ou buscar fontes alternativas de suprimentos”. Duas fábricas em uma A DeMillus, confecção de moda íntima fluminense, produz rotineiramente mais de 4 mil modelos em suas duas fábricas, mas um componente é comum a quase todos eles: a microfibra de poliamida. “Para manter nosso estoque equilibrado, optamos por fabricar boa parte da microfibra que consumimos”, explica Eva Goldman,

diretora de marketing. Na prática, a empresa decidiu manter uma fábrica exclusiva dedicada a fornecer microfibra para cada uma das confecções da empresa. Na unidade da Paraíba, por exemplo, optou-se por manter uma tecelagem de microfibra ao lado da confecção. Verticalizar dessa forma tem vantagens e desvantagens. Um dos principais argumentos contra é o investimento em uma área que não é o core business (coração) da empresa. O risco é perder o foco no negócio. “Atualmente, a tendência das organizações é se concentrarem em suas competências centrais e buscar coordenação com outras organizações que possam supri-las em componentes ou subprodutos, que não fazem parte do seu escopo de competência. Ou seja, buscar viabilizar uma gestão da cadeia de suprimentos”, observa a doutora Ana. Por outro lado, a iniciativa praticamente garante um


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fotos: divulgação

Rotineiramente, a DeMillus produz mais de 4 mil modelos em suas duas fábricas

suprimento mínimo da principal matéria-prima utilizada pela DeMillus. Materiais exóticos Devido à legislação ambiental brasileira, o uso de matérias-primas provenientes de cobras nativas é vedado. Com isso, Jorge Bischoff, empresa calçadista gaúcha, precisa importar as peles e beneficiá-las em um curtume credenciado para assim poder fabricar em torno de 100 pares por dia de calçados com couro de cobra. Vale a pena? Certamente é um produto diferenciado que encontrou seu espaço no mercado, ainda que seja pequeno. Porém, esta estratégia tem um custo alto. Devido à complexidade no fornecimento, é preciso manter um estoque de vários meses e saber lidar com as exigências do Ibama. Entre outras coisas, cada pele tem um registro que deve constar na nota fiscal de venda na loja. No entanto, couro de cobras não é o único material especial utilizado pela empresa. Para seus modelos também trazem tecidos especiais da Itália. “São produtos que os fabricantes nacionais ainda não conseguem fazer”, explica Rafael

Cidade, responsável pelo desenvolvimento de materiais da indústria. “Geralmente invertemos o processo criativo. O estilista percebe um metal interessante, um acessório especial ou um couro que valorize o produto final e desenha o calçado a partir dele”, conta. Como gerenciar suprimentos Todas as empresas encontram dificuldades em algum ponto de sua cadeia de suprimentos. Alguns exemplos são a alteração na data de entrega, mudança do mix do pedido, mudança de volume ou peso e problemas de qualidade diversos. Isso quando o problema não é o fornecedor do fornecedor. Segundo Ana, esses fatores podem gerar reprogramação na linha de produção, aumento de estoque em processo, renegociação de pedidos de compras com os fornecedores e não atendimento no prazo combinado de entrega dos produtos para o cliente. Há várias soluções para estes problemas, como sugere a professora: “compartilhamento frequente de informações com os clientes e fornecedores, busca de um relacionamento de parceria

com os fornecedores de itens críticos, adoção da política de pelo menos duas fontes de suprimentos para um mesmo item e realização de workshops com clientes e fornecedores para verificar o desempenho das operações e intermediar soluções de problemas conjuntos”. Isso sem falar nas soluções possibilitadas pela tecnologia de informação. De acordo com a professora Ana, é possível encontrar programas para facilitar e viabilizar a troca de informações acuradas e instantâneas, e tendo como efeito positivo a redução de estoques, redução de custos e atendimento a real necessidade dos clientes. “A ideia é evitar a falta de confiança e a assimetria de informações entre as partes”, conta. Entre as ferramentas mais utilizadas estão: VMI (Vendor Managed Inventory ou estoque gerenciado pelo fornecedor), ERP (Enterprise Resource Planning – programa de gestão de recursos), CPFR (Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment – planejamento colaborativo, previsão e reposição).


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c am pu s

Seleção do Concurso dos Novos Dragão Fashion Brasil 2010 divulga os vencedores A organização do Dragão Fashion Brasil 2010 divulgou a lista dos selecionados na primeira etapa do Concurso dos Novos. A seleção aconteceu nos dias 25 e 27 de fevereiro no Centro de Convenções do Hotel Holliday Inn, perante uma análise criteriosa da comissão

julgadora formada pela artista visual e arquiteta Joana Sales, pelo educador e estilista especialista em figurino José Pires (J´opis), pelo estilista Lindebergue Fernandes e pelo arquiteto e estilista Mark Greiner. Conforme o edital do concurso, oito equipes apresentarão seus trabalhos através

de desfile durante o Dragão Fashion Brasil 2010, que acontecerá entre os dias 25 a 28 de abril. Confira os selecionados em ordem alfabética e suas respectivas temáticas:

fotos: divulgação

Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio/SP - Nó do Chico.

Faculdade Católica/CE Das Correntes às Marés.

Faculdade para o Desenvolvimento do Nordeste(FADESNE)/CE Da Pesca à Liberdade.

Universidade Estácio de Sá/RJ Liberdade, Asas para nossos Sonhos.

Universidade Federal de Goiás Os Três lados de Chico.

Universidade Federal de Minas Gerais - Línguas Brancas da Liberdade.

Universidade Federal do Ceará Dragão da Matilde, Chico do mar.

Universidade Vale do Acaraú/CE Couraça de Dragões.


59 fotos: Instituto Rio Moda/divulgação

Instituto Rio Moda Programação de workshops 2010 O Instituto Rio Moda divulgou a programação dos workshops para 2010 que acontecerão na sua sede, localizada na rua Prudente de Morais, 730/303, em Ipanema, Rio de Janeiro. Mais informações pelos telefones (21) 2523-9975 e (21) 2522-2620 ou www.institutoriomoda.com.br

JULHO Estratégia, processos e pessoas em indústrias criativas Lisete Almeida 13,20 e 27/07 - 18h30 às 22h30 Design de moda e cultura material Sheila Gies

ABRIL

AGOSTO

Processo criativo

Design de superfície - técnicas e aplicação em moda

Walter Rodrigues 24/04 - 9hs às 18h30

Workshop com Jum Nakao - Desconstrução de referências de moda

24/07 - 9h às 18h30

Renata Rubim 07/08 - 9h às 18h30

MAIO

Marketing sensorial

Planejamento de compras e OTB

Sylvia Demetresco

Leonardo Marques

20 e 21/08 - 14h às 21h e 9h às 16h30

13, 20 e 27/05 - 18h30 às 22h30 Imagem e moda Silvana Holzmeister e Mario Queiroz 22/05 - 9hs às 18h30 JUNHO

SETEMBRO Moda, criação e criatividade Ronaldo Fraga

Ronaldo Fraga no workshop Moda criação e criatividade realizado em 2009

18/09 - 9h às 18h30 OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

Set styling: cenário para moda

Desenvolvimento de coleção

Alberto Renault

Alessandra Marins

Branding em moda - criando valor relevante e reconhecido

02/10 - 9h às 19h30

4 e 6/11 - 17h às 21h e 9h às 16h30

Construção de imagem e marca

Styling

Estamparia

Ana Paula de Miranda

Michael Roberts

Celaine Refosco

26/06 - 9h às 18h30

22 e 23/10 - 14h às 21h e 9h às 16h30

26 e 27/11 - 14h às 21h e 9h às 16h30

Coolhunting Julian Posada

foto: Sergio Caddah/divulgação

11 e 12/06 - 14h às 21h e 9h às 16h30

Paolo Riva 3 e 4/12 - 17h às 21h e 9h às 16h30

6ª Edição do Colóquio de Moda Fique atento aos prazos

Mario Queiroz Estilista é o novo diretor da escola de moda do IED O estilista Mario Queiroz é o novo diretor da Escola de Moda do Istituto Europeo de Design. Sua nomeação reforça o corpo docente da instituição e adiciona uma nova experiência aos alunos, integrando-os a mais uma visão do universo profissional atual. Entre os planos da nova gestão está o de oferecer projetos especiais e inovadores no campo da moda internacional, interagindo com as demais escolas da Europa.

O 6º Colóquio de Moda, congresso científico de moda brasileiro, está divulgando as datas importantes para aqueles que queiram participar do evento. Neste ano, o colóquio acontecerá em São Paulo, entre os dias 12 e 16 de setembro, e conta com o Centro de Pesquisa em Design e Moda da Universidade Anhembi Morumbi como a instituição responsável pela sua organização. Anote: Submissão de trabalhos para os GTs (comunicação oral e pôster): até 30 de abril. Inscrições para participação como ouvinte: de 5 de maio até 31 de agosto. Divulgação dos trabalhos selecionados: até 10 de junho. Confirmação de participação e apresentação de trabalho: até 10 de agosto. É importante lembrar que as vagas para o evento são limitadas. Mais informações: http://coloquiodemoda.com.br


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opinião

A PESQUISA DE CAMPO PARA O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS DE MODA Por Dorotéia Baduy Pires* Para Andrea Branzi, o modelo brasileiro de design traz uma imagem refletida e rebatida da Europa1. Essa distorção atinge também a cultura de pesquisa em design de moda, que acabou estabelecendo uma estratégia para a coleta de informações, incluindo rotas de viagens aos países que mantêm a hegemonia da inovação no setor, como Itália e França. Tais rotas, que chamo de expedições de estudo, passaram a despertar meu interesse como objeto de pesquisa e, após quase uma década acompanhando tais expedições, observei que, na base da problemática, está o excesso de informações de caráter visual disponíveis nos campos de pesquisa, que prejudica a percepção e a leitura de informações de caráter teórico-científico. Tal fato é compreensível, uma vez que ver é um instrumento da comunicação humana que passou a significar compreender. Por ser veloz e requerer pouca energia e esforço, preferimos informações visuais, pelo seu caráter direto, o que sugere a ausência da necessidade de se desenvolver a capacidade de ver e visualizar.

Ampliou-se o papel do designer para além das questões relacionadas diretamente ao produto final, como forma, função e mercado. É preciso combinar as informações de novas maneiras para produzir inovações. O novo século teve início em um cenário de grandes desafios para o designer, que passa a projetar não apenas o produto, mas seu ciclo de vida – pré-produção, produção, distribuição, uso, pós-uso, reuso, outro produto –, ocupa-se não apenas do produto, mas em sua configuração como sistema, quando outras questões indiretas são consideradas. Hoje, podemos dizer que a relação entre a forma e função se dá também entre a forma e a fruição, isto é, na satisfação do prazer e das necessidades mais intangíveis do usuário. Além disso, as necessidades do consumidor/usuário são mais emocionais e espirituais e os valores desejados são mais simbólicos. Na pesquisa de campo, é importante perceber os sinais visuais das diferentes fases do ciclo de vida dos bens de consumo para o corpo, da in1

a percepção e a inventividade; educar o olhar; desenvolver a capacidade de observação e análise; ampliar a sensibilidade estética, além de enriquecer o repertório e a cultura visual.

Outra variável que deve alterar de modo substancial o olhar daquele que projeta a cultura material, sobretudo pelas questões ambientais, é a crescente valorização da ética pelos usuários. Isto é, cresce a importância dada às estratégias e aos processos de produção, em detrimento ao produto propriamente dito, quando ele tem seu ciclo de produção monitorado pela web.

Nas nove edições realizadas, os migrantes aprendizes, em geral, apresentaram dificuldade em perceber o que não era físico, visual ou tangível; demonstraram especial interesse pelo que, aparentemente, está ligado de modo direto à área da moda; dificuldade em estabelecer outras conexões menos óbvias e que, na realidade, estão ligadas ao design e à moda.

Estas são algumas mudanças em curso que nos motivam a perceber que, apesar do design ser de caráter sistêmico, desde sua origem, nunca, as variáveis e critérios a serem considerados foram tantos e tão complexos. Portanto, as recorrentes expedições de estudos ou viagens de pesquisa devem tornar-se cada vez menos visuais e mais atentas às questões subjetivas e simbólicas.

O projeto demonstrou que é possível ir a campo para coletar informações, não apenas com o olhar curioso e ágil de um raptor de imagens e objetos. No caso de Milão, percebendo, de modo sensível e crítico, um território que fornece exemplos de como fazer de uma vocação local, um diferencial de dimensões globais: a capital internacional do design.

Com o intuito de estudar melhor o tema da importância da pesquisa de campo para o desenvolvimento de coleções e encontrar possíveis soluções, no ano 2000, projetei uma ação que orientasse o pesquisador em situações de deslocamentos geográficos, para substituir a mera coleta da informação pela transformação da informação em conhecimento, proporcionando ao “migrante” uma pesquisa mais autônoma, crítica e eficiente. O programa migratório denominado “Projeto Milano: cultura, design e criação em moda” traçou objetivos como: entender a cultura de produto do made in Italy e a relação entre design e território; ampliar a cultura de moda e de design; internacionalizar os profissionais e empresas do setor; conhecer os espaços de promoção do design e da moda italiana; conhecer como se realiza o processo de pesquisa de moda; compreender a cidade e seus espaços; investigar a estética da cidade; decodificar as informações coletadas em produtos de moda; atualizar métodos de gestão, criação e produção; desenvolver

*Dorotéia Baduy Pires dedica seus estudos, pesquisas e publicações à área de design de moda. É docente e chefe do Departamento de Design da Universidade Estadual de Londrina. Desenvolve ampla atividade acadêmica no Brasil e no exterior. Mestre em Educação – PUCPR; Bacharel em Desenho Industrial - PUCPR; Bacharel em Pintura - Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Atuou como Presidente da Comissão Verificadora da Área de Design – MEC/Setec, de 2001-2006. Atua como Avaliadora do MEC desde 2000. Coordena o “Projeto Milano: cultura, design e criação de moda” – Itália e França, desde 2000. Organizadora e autora da obra “Design de moda: olhares diversos” da Editora Estação das Letras e Cores, 2008. Coordena o Fórum das Escolas de Moda do Colóquio de Moda. Integra o Conselho Empresarial do Instituto Zuzu Angel, Conselhos Editoriais da Editora Memória Visual e revistas Dobras.

MORAES, Dijon. Análise do design brasileiro: entre mimese e mestiçagem. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.

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Qualquer acontecimento visual é uma forma com conteúdo, um texto visual, e, para criar algo, é preciso tanto saber ler adequadamente qualquer manifestação visual como compreender objetos pertencentes a histórias e geografias diversas. Para desenvolver produtos com elevado conteúdo de design, torna-se também necessário ao profissional desenvolver a capacidade técnica e o amor à beleza.

trodução à substituição de uma moda sucessiva, relacionar os aspectos materiais e imateriais, o serviço, a distribuição e a logística, a imagem e a comunicação com o mercado.


es t ilo

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CARLA LAMARCA 5 IMAGENS MOSTRAM O ESTILO DE VIDA DA APRESENTADORA Ela tem apenas 27 anos e um currículo admirável. Formada em Publicidade e Propaganda pela FAAP, Carla Lamarca fez curso técnico de moda no SENAC e concluiu sua pós-graduação em Music Business and Management pela University of Westminster, de Londres, em 2008. Sua carreira deslanchou em 2003, quando foi escolhida como a nova VJ do programa Disk MTV, o de maior audiência da emissora, lugar onde também comandou o Jornal da MTV. Além disso, trabalhou na Apple de Londres, onde foi responsável pela curadoria de conteúdo do iTunes para toda a Europa. Tempo depois, partiu para outros países a fim de aperfeiçoar um dos seus grandes hobbies: o aprendizado de novos idiomas. Afinal, Lamarca é fluente em alemão, inglês, italiano e francês. Trabalhando como apresentadora do programa TVMag da Fashion TV Brasil, desde novembro de 2008, já entrevistou nomes como Gilberto Gil, Constanza Pascolato, Ney Matogrosso, Ana Paula Padrão, entre outros. Conheça um pouco do estilo de Carla Lamarca.

fotos: divulgação

Box do Seinfeld vício por séries s” representa o meu “The Complete Serie os meus gêneros ama e comédia são de TV americanas. Dr re, passo assisliv parte do meu tempo preferidos e, grande us favoritos.” me os s e/ou revendo dio isó ep s vo no a tindo

Música “Amo música, ador o rock. Portanto, ga rimpar e achar um single como esse, em 7 inch (disquinho em vinil produzido em 7 polegadas), pr a mim é um dos ma iores prazeres que posso ter na vida”.

Nova York ferida no munnte, minha cidade pre me ral lite , NY ) art (he “I e, se um dia for lá durante um tempo do. Gostaria de morar to no Village.” za terei um apartamen muito rica, com certe

Cinema mim é tão essencial “Assistir a filmes pra -Cola. Sem eles, me quanto... beber Coca só o do cinema não sinto pobre, precis rta ce a um mo co s ma como entretenimento, .” ão aç pir ins de forma

Ícone de moda de dos maiores ícones “Kate Moss é um mo co jo ve a eu e ão, moda da minha geraç e tem um estilo muiqu lo de mo e nd gra uma Além disso, admiro tam to forte e marcante. ba – p ho ps To pas para bém sua linha de rou uiu eg ns co e qu lo mode sicamente, a única sso.” ce su de fe gri a ter um




Rodarte | Nova York


edi torial de mod a

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Pr e v i e w i n v e r n o 2011

Materiais Inverno 2011 Woolmark | Première Vision

AÇÃO DO TEMPO E NATUREZA Tendência General Forum | Silenciosos | Première Vision

CONFORTO E SENSIBILIDADE direção de pesquisa: patrícia souza rodrigues texto e edição de moda: Eduardo Motta equipe: Angela aronne, juliana Zanettini, Paula Visoná e Renata Spiller colaboração: Thomas Hartmann fotos desfiles: © Agência Fotosite

fotos feiras: UseFashion

CELC | Première Vision

TRADIÇÃO E RENOVAÇÃO Tendência General Forum | Excessivos | Première Vision

EXCESSO e expressão Este é o Preview de matérias-primas do inverno 2011. Ele prepara o terreno para as análises de tendências, e aponta características comuns entre os materiais da estação, reunidos em quatro grupos distintos. Cada um deles engloba aspectos técnicos, táteis, visuais e estilísticos que auxiliam de maneira eficaz no entendimento das bases que darão corpo e alma aos produtos da temporada. A ampla disponibilidade de aspectos e texturas faz do inverno 2011 um painel estupendo de materiais, atraentes para os olhos e para o tato.


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ten dên c ia s

Ação do tempo e natureza Woolmark | Première Vision

No topo da lista entram matérias-primas que preservam, ou simulam através da tecnologia, aspectos envelhecidos ou originais. Algumas exibem a aparência de intocados pela máquina, sugerindo que o aspecto que tem é natural, ou resultante da ação dos elementos e do tempo. Para chegar a toda esta naturalidade é provável que tenham passado por processos complexos.

New Wash | Denim by Première Vision

Tratamentos que reproduzem tonalidades envelhecidas e efeitos oxidados. Processos como sobretingidos, alvejados e escovados são fundamentais em termos de customização. O sobretingimento castanho foi previamente desgastado por pasta de cloro, ressaltando o aspecto de sujeira. Bottonificio B.A.P | Denim by Première Vision

All in One & Co. | Denim by Première Vision

Alcantara | Milano Unica-Moda In


edi torial de mod a

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Pr e v i e w i n v e r n o 2011

Marc by Marc Jacobs | Nova York

Dsquared2 | Milão

O algodão 100%, nos planos e nas malhas, tem desgastes provocados no acabamento ou na tecelagem. Os amassados e a naturalidade do material é o que conta.

C.P. Company | Milão

Tendência Relax | Première Vision


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ten dên c ia s

Tradição e renovação Tendência Distinction | Première Vision

Outra linha de influência com muito apelo sobre o consumidor vem dos materiais resgatados do passado. Aqueles que se reconhece ao primeiro olhar como parte de uma tradição. Nesta lista, entram os clássicos de alfaiataria e as padronagens que nunca saem de moda. Naturalmente, uma boa repaginada cuida da atualização destes aspectos. Lãs muito leves e estampas redimensionadas em efeitos difusos ou manchados.

Tendência Seduction | Première Vision

Gianfranco Ferré | Milão

Foco nas mesclas de lã com fibras finas, que criam tecidos resistentes e de caimento pesado, sem perder o aspecto sedoso. Mercerizados em gabardines e acetinados de lã.

Tendência Distinction | Première Vision


edi torial de mod a

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Pr e v i e w i n v e r n o 2011 Tendência General Forum | Nobreza Testada | Première Vision

Padrões rítmicos, no tradicional pied-de-poule e em círculos e florais.

Carbi.pel | Lineapelle

Tendência General Forum | Nobreza Testada | Première Vision

Tendência General Forum | Nobreza Testada | Première Vision

DKNY | Nova York


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ten dên c ia s

Conforto e sensibilidade Tendência Pulsation | Première Vision

Suavidade pressentida pelo olhar e comprovada pelo toque: outra vertente forte. Nela, a tecnologia não se esconde e há uma evidente quebra de tabus na compreensão e aceitação das qualidades próprias dos fios sintéticos, puros ou misturados aos similares naturais.

Estruturas que registram o movimento e dão efeito escultórico a materiais quase sem peso.

Tendência Pulsation | Première Vision

Louis Vuitton | Paris

Nylon sedoso, fios delicados na lã e tecidos finos para a camisaria.

Forum Actualisation | Menswear | Première Vision

Tendência Distinction | Première Vision


edi torial de mod a

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Pr e v i e w i n v e r n o 2011

Suavidade ao extremo. Bi-stretches com toques cremosos. Características antibactericidas e de secagem rápida. Glamour em tonalidades carne, mate e satinada. Estampas e vazados floridos, cintilantes e metalizados.

Tendência Pulsation | Première Vision

Tendência Pulsation | Première Vision

Tendência General Forum | Silenciosos | Première Vision

Texturas em materiais leves. Também as cores tornam-se suaves, fazendo par com a sutileza dos aspectos.

Max Azria | Nova York


72

ten dên c ia s

excesso e expressão A linha de materiais de visualidade forte fica por conta da expressividade intensa que vem dos brilhos, das tramas cheias e da estamparia vistosa. Bottega Veneta | Milão

Marc Jacobs | Nova York

Peter Som | Nova York

Tendência Pulsation | Première Vision

Acetinados de alfaiataria e padrões de gravatas.

Be.Mi.Va | Pitti Filati

Tendência Distinction | Première Vision

Tendência Pulsation | Première Vision


edi torial de mod a

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Pr e v i e w i n v e r n o 2011

Isaac Mizrahi | Nova York Be.Mi.Va | Pitti Filati

Thakoon | Nova York

PaetĂŞs e cristais nas tramas. Uma infinidade de desenhos ĂŠ explorada nesta vertente.

Cristallized | Pitti Filati


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ou t r o s d e s ta q ue s em m a teriai s e a s p ec to s

Veludo

Padrões reinventados

Dupla face

Gucci | Milão

CELC | Première Vision

Tendência Pulsation | Première Vision

Tendência General Forum | Excessivos | Première Vision

Tendência Latest News | Première Vision

Arco Texteis | Milano Unica-Shirt Avenue

O veludo é a vedete do próximo outono-inverno. Lisos, falsos planos e veludo cotelê, muitas vezes em versão bi-stretch.

Padrões tradicionais como xadrezes espinha-depeixe voltam à cena reinventados na trama, na proporção e no volume do fio na tecelagem.

Efeitos duplos, como duplas faces de estampas ou cores, acolchoados, envelope com construções compactas são essenciais no outwear da próxima temporada.

Denim comfort

Berto | Denim by Première Vision

Italdenim Spa | Denim by Première Vision

Tavex | Denim by Première Vision

Visando o conforto e a durabilidade, fibras elásticas foram exploradas ao extremo. A Special XLATM da Dow e a Lycra® T400 da Invista não reagem quimicamente ao cloro, suportando diversas lavagens. A Re:Flex4TM, também da Dow, tem como principal característica a possibilidade do corte tanto no sentido da trama quanto no do urdume no momento da confecção.


edi torial de mod a

75

Pr e v i e w i n v e r n o 2011

Denim com brilho

Delicadeza

Visualidade forte

Kuroki | Denim by Première Vision

Tendência General Forum | Silenciosos | Première Vision

Tendência Pulsation | Première Vision

Kuroki | Denim by Première Vision

Tendência Latest News | Première Vision

Tendência General Forum | Excessivos | Première Vision

Superfícies extremamente polidas, obtidas em acabamento posterior à tecelagem ou no próprio fio.

YKK | Milano Unica-Moda In

Denim cardado com fibra de lamê, efeitos metalizados e madrepérola em acetatos, sedas, lãs e estampados.

Tendência Pulsation | Première Vision

Padrões delicados e algodão orgânico.

Preciosismo

Puntoart | Milano Unica-Moda In

Superposição de elementos e uso generoso de tiras trabalhadas.

Puntoart | Milano Unica-Moda In


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ou t r o s d e s ta q ue s em m a teriai s e a s p ec to s

M alh a s Leveza

Lourdes Sampaio | Première Vision

Woolmark | Première Vision

Woolmark | Première Vision

Malhas extraleves e de bom caimento.

Suavidade

Trama e textura

Fios cheios, pontos grandes

Lora Festa | Pitti Filati

Zegna Baruffa | Pitti Filati

Cotonifício Ferrari/Filclass/Liniapiú | Pitti Filati

Tendência General Forum | Silenciosos | Première Vision

Lanificio dell Olivo | Pitti Filati

Cotonifício Ferrari/Filclass/Liniapiú | Pitti Filati

Aspen é nome de um fio de lã superfina, entrelaçado com cashmere e seda, e que dá um toque de leveza ao produto.

Superfícies rústicas escondem toque agradável e revelam estética artesanal nos acabamentos e aplicações. Conforto extremo, com visual cru e fibras de efeito irregular.

Tramas e volumes exagerados movimentam as superfícies e interferem na silhueta.


edi torial de mod a

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Pr e v i e w i n v e r n o 2011

C ouros

Antica Manifatura | Lineapelle

Conceria Victoria Cormorano | Lineapelle

Laser para reinventar os motivos florais.

Tendência Blanc Page-Frugalite | Le Cuir à Paris

Peles elegantes, de texturas ritmadas e acabamentos secos e foscos.

Le Cuir à Paris

Todas as apostas nesta linha convergem para o toque aveludado e para a extrema maciez da pele.

Lanvin | Paris

Napas em acabamento transparente e toque extramacio continuam no topo das referências.

Tendência Blanc Page-Frugalite | Le Cuir à Paris

Nas texturas, a aposta é nos répteis: cobra, jacaré, exóticos como iguanas e salamandras.

Conceria Arnella | Lineapelle

O colorido inusitado e as texturas, que deixam o couro cheio e aerado, contribuem para reforçar a ideia de conforto aliada à delicadeza.

Tendência Blanc Page-Performance | Le Cuir à Paris

Cortes ritmados e pelo longo para criar peles extraordinárias. A regra é interferir ao máximo no material original.

Tendência General Forum | Excessivos | Première Vision

Desenhos superdimensionados e em alto-contraste abrem a gama de estampas.


memória

foto: © A gê

ncia Fotosite

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sentado Calçado apre verão de o na coleçã . 2011 em Paris

ivulgaç

foto: divulg

ação

foto: d

A mente

Alexander McQueen Gênio do nosso tempo Lee McQueen nasceu no dia 17 de março de 1969, em Londres. Filho de um taxista e de uma professora, ele era o mais novo de seis irmãos e, desde cedo, sabia que a sua vocação era a moda, pois adorava desenhar vestidos para as suas irmãs. Aos 16 anos, abandonou a escola para ocupar um lugar de aprendiz de alfaiates no ateliê Anderson and Shepherd, que existe desde 1906 na badalada rua Savile Row. Mais adiante, por consequência de trabalhos também em outros estabelecimentos, ele desdobrou diversas técnicas de alfaiataria, desenvolvendo, então, uma incrível habilidade em termos de construção e reinvenção das formas, elementos que, posteriormente, foram úteis para o reconhecimento de suas criações. Foi neste período que o então aprendiz desenvolveu modelos para Mikhail Gorbachev e também para o Príncipe Charles. Após sua experiência com a alfaiataria, McQueen foi recebido para um estágio pelo estilista japonês Koji Tatsuno, aos 20 anos de idade. Aos 21, mudou-se para Milão para trabalhar como assistente de estilo para Romeo Gigli. Ao retornar para Londres, em 1994, foi convidado pelo próprio diretor da Central St. Martins College para estudar em um dos cursos de mestrado da instituição em função de seu impecável portfólio. Sua coleção de formatura foi vista com bons olhos pela imprensa e, principalmente, por Isabella Blow, que a comprou inteira. Foi Isabella quem convenceu Lee a deixar de lado o seu nome de batismo e a optar por Alexander McQueen.

Por Juliana Zanettini

Frente ao grande sucesso, em 1996, foi convidado para trabalhar como diretor de criação da Maison Givenchy, na qual sucedeu John Galliano. Contudo, esta foi uma passagem um tanto conturbada. McQueen afirmou que sua criatividade foi abafada pela rigidez do grupo LVMH, lhe sendo reservada a concepção de modelos um tanto comportados que ele não gostava de criar. Apesar da insatisfação com o conglomerado detentor da Givenchy, o estilista permaneceu no grupo até 2000, pois, em dezembro deste ano, a Gucci adquiriu 51% da linha Alexander McQueen, contratando o estilista também como diretor criativo da marca. Foi ele o responsável pela criação de fragrâncias, além de uma linha de acessórios, expandindo mercados e auferindo maior liberdade de criação. Ele foi um dos mais jovens estilistas a ganhar o título de “Designer Britânico do Ano”, pela primeira vez em 1996, depois em 1997, 2001, e 2003, além do prêmio internacional oferecido pelo The Council of Fashion Designer’s of America (CFDA) em 2003. Foi também neste ano que Alexander McQueen foi intitulado membro honorário da Ordem do Império Britânico. Por fim, em 2004, foi eleito o designer do ano pela revista masculina GQ. O “bad boy da moda”, como era chamado por alguns, trazia em suas criações elementos difusos entre a moda e a arte, por vezes pouco comerciais. Suas criações sempre transmitiram algum tipo de sentimento aos espectadores, seja estranhamento, seja entusiasmo. Inovador, ele

imprimiu elementos tecnológicos e irreverentes na moda. As famosas calças “bumster”, que deixavam parte das nádegas das modelos à mostra, são prova disso. Foi também ele um dos primeiros a colocar modelos indianas na passarela. Além disso, ele causou emoção ao convidar a modelo e atleta paraolímpica, Mullins McQueen, para um desfile no ano de 1998. A ausência das pernas da moça foi substituída por um incrível par de botas de madeira. Sendo um dos grandes trunfos criativos de McQueen, sua linha de calçados é sempre tão aguardada quanto a de vestuário, por conta da atenção especial que ele reserva a este detalhe. Na sua coleção de verão 2011, ele surpreendeu o público ao apresentar diversos sapatos em formato orgânico, pouco convencionais. Além disso, desde 2006, o estilista colaborava com uma linha de calçados para a marca esportiva Puma, reformulando o conceito de sportswear. Assim como fez sua grande amiga Isabella Blow, em 2007, Alexander McQueen tirou a própria vida no dia 11 de fevereiro de 2010. O estilista foi encontrado morto em sua casa na Green Street, em Londres. Segundo relatos, ele não resistiu à morte da mãe, Joyce, que aconteceu dias antes. McQueen faleceu antes de mostrar pessoalmente a sua coleção de inverno 2011. O grupo PPR, detentor da Alexander McQueen, afirmou que a marca continuará a existir, mesmo com a morte de seu fundador homônimo, e que esta é a melhor homenagem que poderiam prestar ao genial criador.

ão

criativa do estili d a c an tora Bjö sta rendeu-se a r k . Em desenv 1997, fo os encantos olver a i convid c ap a d ado a o álbum H omo g enic.



PESQUISA DE MODA Como nascem as tendências

Workshop UseFashion na Fimec 2010

com a diretora de pesquisa Patrícia Souza Rodrigues Data: 14 de abril Horário: 15 horas Local: Auditório Mezanino Principal da Fimec (Av. Nações Unidas, 385. Novo Hamburgo/RS) Você é nosso convidado! Inscreva-se gratuitamente no portal usefashion.com, as vagas são limitadas. Para maiores informações acesse www.usefashion.com ou ligue 0800 602 5221


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