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Falta de controle dos gastos

Falta de controle dos gastos

De acordo com os planos do fundador, a base fi nanceira para a manutenção nos primeiros anos seria a contribuição de cada novo membro que entrasse na colônia. A sucessiva vinda de novos participantes do projeto abasteceria o caixa da comunidade. Mas a realidade se mostrou diferente. Os custos de manutenção eram bem superiores às entradas. Além disso, alguns dissidentes denunciaram a falta de controle dos gastos e a contribuição diversifi cada de alguns participantes do projeto. Teriam sido aceitos membros com contribuição parcial ou nenhuma contribuição, gerando insatisfação entre os demais.3 Outro motivo de insatisfação era o fato de que os primeiros, os pioneiros, escolheram os melhores lotes quando, de acordo com o que havia sido combinado, a distribuição seria feita por sorteio. O secretário da Associação São Rafael, que em julho de 1933 visitou a colônia, registrou em seu relatório: “A experiência indica que, depois de 12 meses, o estatuto deveria ser modifi cado, pois os 17 pioneiros já começaram a construir para si quando o estatuto prevê dois anos. Os sócios dão a entender que não estão dispostos a trabalhar comunitariamente por dois anos, mas por um ano. É forte a opinião de que cada

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3 Hans Elsen, em carta ao cônsul de Blumenau sob o título “A verdade sobre a Colônia Comunitária de Jovens Heimat no Sul do

Brasil” denuncia a admissão de pessoas na comunidade sem a contribuição prevista no estatuto. Cita como exemplo um dos três jovens que o Padre Beil trouxe consigo em 1931 ao trabalhar com os teuto-russos em São Carlos, mas que apareceu em Heimat de mãos vazias. Trata-se de Gerhard Tie e que foi aceito na colônia e que, mais tarde, após o casamento com Johanna Anna

Hahmann, fi lha de Paul Hahmann e Gertrudes Boeing, de Forquilhinha, mudou-se para o norte do Paraná.

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