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Abandono da colônia

Tudo era diferente do que haviam imaginado: o transporte precário até a colônia, pouco conforto no alojamento, a comida, o clima, a temperatura, tudo diferente daquilo a que estavam acostumados, colegas desconhecidos e de outras regiões da Alemanha falando outros dialetos, o trabalho pesado da construção de estradas, da derrubada de mato e outras atividades a que não estavam afeitos, insetos como pernilongos e borrachudos, mato e morros em vez de planuras e terra preparada para plantar. Observamos que os documentos produzidos pelos idealizadores do projeto descrevem praticamente apenas aspectos positivos, ao passo que aqueles produzidos por dissidentes, ou por outros de olhar mais crítico ou realista, mostram a face menos idílica da colônia.

Abandono da colônia

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Já nos referimos várias vezes, ao longo desta exposição, à questão das deserções. E esse problema merece uma atenção especial porque a saída ou o abandono do estabelecimento traz à tona os inúmeros problemas que levaram os jovens a tomar tal decisão. À medida que o tempo foi passando, a euforia da novidade deu lugar a uma tomada de consciência da realidade da vida. Casamentos foram acontecendo e famílias se constituindo. Havia chegado a hora de uma autonomia pessoal, de independência da direção central. Mas viver de quê, se a terra era improdutiva? Como a maioria era de origem urbana ou, pelo menos, tinha vinculação estreita com a vida urbana, o melhor seria procurar por um lugar onde as condições de vida fossem menos penosas. Por isso, muitos procuraram se estabelecer em

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