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Política e cidadania Nos primeiros anos da colônia os moradores de Dona Emma pouco se envolveram nas questões de política. Viviam isolados em seus lotes e pouco contato tinham com as autoridades municipais e menos ainda com as estaduais e federais. Ocupados nas lides diárias, não lhes sobrava muito tempo para este tipo de atividade. Além disso, muitos colonos eram imigrantes estrangeiros e, como tal, não gozavam de plenos direitos como os demais cidadãos brasileiros. Estavam mais preocupados com o começo na nova pátria e por isso não pretendiam, por motivo de prudência, envolver-se na política. Uma vez bem estabelecidos, os contatos com as lideranças do distrito Itajaí-Hercílio (Hamônia) tornaram-se mais freqüentes. Muitos deslocavam-se até a cidade de Hamônia para saldar as prestações de seus lotes; outros para buscar junto à Sociedade Colonizadora a solução de algum problema. Este ia para freqüentar o comércio; aquele por motivos de saúde. Em casos especiais o colono se dirigia à cidade de Blumenau que, além de ser a sede do município, era um centro maior com toda a sorte de recursos. A viagem era relativamente cômoda pois a ferrovia era, para a época, um meio de transporte seguro e barato. O contato com as autoridades políticas teve início e se desenvolveu a partir das necessidades concretas dos colonos e o primeiro e maior problema eram as vias de comunicação. O colono necessitava de estradas em qualquer época do ano para o seu deslocamento e escoamento de produtos. Nos primeiros anos 125