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f ) Os interesses do Brasil

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4 Ano Novo

4 Ano Novo

tinha, na Alemanha, um tear doméstico e tinha na tecelagem importante fonte de renda.9

Na região do Mosela e do Hunsrück a situação não era muito diferente. A população crescia e a terra tornava-se cada vez mais escassa e, com isso, o número de pobres aumentava. Muitas pessoas, para poderem sobreviver, entregavam-se à mendicância. Más colheitas, altos impostos e outros encargos faziam as pessoas perderem a esperança no futuro. Em algumas regiões, antes que a situação se tornasse insuportável, as autoridades tomavam a decisão de incentivar a emigração como válvula de escape para os problemas sociais que se agravavam. Os interessados em emigrar tinham subvencionados os custos da viagem para a América com a condição de não retornarem à terra de origem. Em outras localidades, as autoridades determinavam quantas pessoas podiam permanecer e quantas deviam emigrar. Caso o número de candidatos à emigração expontânea não alcancesse a cota estabelecida, as autoridades determinavam por conta própria quem mais devia emigrar e quem podia fi car. Mais que uma emigração, era uma expulsão.

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e) A propaganda dos agentes

Havia também os agentes, verdadeiros profi ssionais a serviço de companhias colonizadoras ou de navegação, em combinação com outros intermediários no negócio das migrações como hoteleiros, barqueiros dos rios e até mesmo carroceiros. Esses agentes propagavam e alimentavam a “febre” da emigração que periodicamente assolava determinada região. Como ganhavam por pessoa arregimentada, suas propostas eram tão atraentes e sedutoras que de nada adiantavam as recomendações das autoridades do governo e da Igreja. Durante a semana o agente atuava na aldeia. No domingo, após a missa ou culto, o assunto entre amigos era emigrar. Isto explica porque se encontravam numa mesma leva tantos parentes e conhecidos de determinada região, pois um convidava outro

9 Praticavam a tecelagem doméstica na Alemanha as seguintes famílias de imigrantes procedentes da Vestfália e radicadas em São Martinho: Franz Anton Beumer, Joseph Heinrich Buss, Johann Bernard Dirksen, Johann Joseph Bernard Heerdt, Gerhard

Heinrich Hoepers, Heinrich Wilhelm August Hülse, Franz Joseph Hülse, Joseph Viktor

Hülse, Johann Bernard Anton Lehmkuhl, Johann Bernard Po meyer, Franz Joseph Selhorst e Bernard Joseph Voss, entre outras.

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