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I A Pátria que deixaram

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4 Ano Novo

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Este trabalho é também memória pessoal. É a história que o autor vivenciou desde a infância com os pais, os vizinhos, os amigos e conhecidos. É a experiência de vida vivida entre aqueles que fi zeram a história de São Martinho.

Há também muitas informações que alguém poderá considerar como banais ou irrelevantes. No entanto, entendemos que, na vida das pessoas, individualmente ou em coletividade, nada é insignifi cante ou menos importante. Determinados fatos podem ser banais para os outros, mas são essenciais para quem os vivenciou.

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Os primeiros colonos descendentes de imigrantes alemães se estabeleceram nesta região em meados de 1866. A partir de então, nossos antepassados adotaram esta terra como nova pátria e aqui construíram um novo lar. Ao longo desses anos muitas gerações se sucederam. Muito se fez e muito aconteceu. Coisas boas e ruins. Coisas agradáveis e desagradáveis. Muitas alegrias e também tristezas. Muito trabalho e não menos sacrifícios.

O colono do Capivari sempre foi pobre. Também nunca lhe faltou o necessário. Havia pouco dinheiro, mas sua mesa sempre foi farta. Fotografi as e descrições mostram-no vestido de “calça listrada e pés descalços”. Sem estradas e sem meios de transporte, o colono andava a pé e descalço, cruzando vales e montanhas, para ir à igreja, ao comércio, visitar amigos e – as crianças – frequentar a escola. No rude trabalho da lavoura, encontrou no “riscado” o tecido melhor e mais econômico para sua indumentária.

O conteúdo deste livro não pretende abarcar toda a história de São Martinho e muito menos esgotar o assunto. Além do mais, muitas dúvidas fi caram sem solução e outras tantas perguntas continuam sem resposta por falta de documentos e informações. Também não pretende ser um tratado de natureza teórica. Visa tão somente retratar a vida e o cotidiano de homens e mulheres, jovens e crianças que viveram e labutaram em São Martinho. A linguagem é simples e o estilo, direto. Falo dos colonos para os colonos. Escrevo para gente que não tem a erudição acadêmica, mas a sabedoria da vida. Escrevo para pessoas que querem conhecer a própria história para construir o seu futuro.

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