Chafariz
de Arruda
Câmara de Arruda limpa terrenos mas espera mais apoios do Governo
Bimestral • Director: Miguel A. Rodrigues • Nº 6 • 5 de Abril 2018 • Gratuito
Jornadas da Educação em Arruda ambiciosas Câmara de Arruda implementa reforma na Área Social
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A Tauromaquia de Catarina Bexiga, Paixão de uma Arrudense
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S. Tiago dos Velhos à espera da conclusão da obra do centro de convívio esde 2001 que adquiriu o estatuto de instituição particular de solidariedade social, e há muito que a obra do novo centro de convívio para idosos é um sonho da freguesia de S. Tiago dos Velhos. Desde 2012 que foi para o terreno a sua construção mas até chegue o seu fim ainda vão demorar anos. O custo é de 300 mil euros, mas ainda falta verba que a IPSS vai conseguindo através da realização ao longo do ano das mais diversas atividades. A obra foi pensada inicialmente para centro de dia, mas como a dimensão do projeto não chegaria levou a direção da IPSS a abandonar a ideia, até porque não conseguiu ter acesso a fundos comunitários para o efeito. O horizonte não deixa de ser esse ou até quem sabe a valência de lar. O terreno
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doado por uma figura da terra daria para esse fim, mas até à data o foco será, por enquanto, este centro de convívio com a possibilidade também de atendimentos por parte da unidade móvel de saúde do município. “Seria importante para prestar um serviço à nossa população mais envelhecida”, refere Filipe Bento, vice-presidente da instituição. O projeto contemplará gabinete médico, quarto de recobro, sala de enfermagem e casas de banho. Recentemente, a CCDR entregou um apoio à entidade de 49 mil euros para arranjos exteriores. Também a junta tem ajudado bem como a Câmara de Arruda dos Vinhos que neste caso deu um apoio de 10 mil euros, para além da componente logística que tem sido fornecida ao longo dos anos. Já foram investidos 170 mil euros. Ainda longe dos 300 mil que seriam
necessários. Nesta altura apenas estão colocadas as paredes e as portas no edifício. Filipe Bento calcula que dentro de três anos, o centro de convívio possa ser inaugurado. Os idosos da freguesia de S. Tiago dos Velhos estão, nesta altura, a serem encaminhados para a Santa Casa da Misericórdia de Arruda ou para o Centro Social da freguesia de Arranhó. “Quando esta valência estiver a funcionar poderemos com mais facilidade aceder aos pedidos das famílias para acolher os idosos num horário mais cedo, fazendo com que as pessoas possam ir trabalhar descansadas. Funcionarmos no fundo como as creches”. Em 2018, a IPSS vai levar a cabo mais alguns eventos com vista à angariação de verbas como passeios, almoços, ou até uma garraiada, bem como as festas de S. Tiago.
Dirigentes esperam que obra esteja pronta dentro de três anos
Filipe Bento dá a conhecer o projeto
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Uibi Hub – Um projeto ecológico e de aproximação à comunidade unciona em Arruda dos Vinhos, um projeto inovador de aproximação à comunidade. Trata-se do Uibi Hub cujo um dos objetivos passa por colaborar ativamente na construção de projetos inovadores, e ao mesmo tempo acolher ideias, e as mais variadas iniciativas. A atividade é tão diversificada que pode ir desde uma sessão sobre como gerir as finanças pessoais, ou uma aula de yoga. Apesar de o projeto ter nascido em 2009, chegou a estar “em banho-maria durante algum tempo, mas entretanto voltou a ganhar nova vida”, refere Gabriel Ludovice Simões, o criador da Uibi Hub. Intitulando-se como coach, o coordenador deste projeto refere que o mesmo assenta nos princípios da aproximação à comunidade, desenvolvimento humano, e aprendizagem, assente também numa lógica ecológica perante o mundo. Esta associação trabalha também a nível dos novos conceitos como o mindfulness. A funcionar na Rua Cândido dos Reis, num edifício centenário, a associação tenta reforçar os laços entre as pessoas da comunidade, e tem ao dispor dos que queiram: diversas salas e até um terreno onde as mais diversas atividades podem ser levadas a cabo. Uma delas prende-se com o “Círculo de Mulheres” em que um grupo se reúne e consoante as fases
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Coordenador do projeto deseja atrair mais arrudenses para as atividades da Uibi da lua, fala do que “lhes faz sentido como alterações hormonais ou fisiológicas, ou outros temas”. O objetivo “é que este espaço seja onde possamos ser autênticos e em conexão connosco e com os outros”, desde que se encontre “dentro do nosso código de valores”. Aberta a quase todo o tipo de sugestões, a associação recusa colaborações com “entidades poluentes” só a título de exemplo. “Fundamental-
mente somos universalistas, com uma forte componente ecológica, e defendemos um outro modus vivendi, talvez próximo do budismo, e assim possamos ser mais felizes”. Frequentam este espaço, pessoas vindas de várias localidades do distrito de Lisboa, e Gabriel Ludovice Simões explica que o contexto informal destes encontros deverá ser acentuado nos próximos tempos e refere
que tem tentado trazer todo o tipo de oradores, exemplificando – “Pode ser desde um poeta que queira mostrar a sua obra, ou um pintor, ou um doutorando que deseje dar a conhecer a sua tese, ou até um estudante do nono ano porque não”. A ideia à posteriori é que o indivíduo uma vez confrontado com a audiência também se sinta à vontade. É nesta altura que também entra em campo, a função de coach
do coordenador do projeto – “Não queremos que as pessoas se sintam atiradas às feras”. Muitos dos facilitadores/oradores são de Arruda e isso é algo que deixa satisfeito Gabriel Ludovice Simões. “Temos tido desde pessoas ligadas ao yoga, passando pelo círculo de mulheres mas também com ligação à agricultura biológica”. Normalmente as atividades são gratuitas, mas no caso dos workshops “cabe
ao facilitador cobrar algum eventual valor”. Observando os que frequentam este projeto, o coordenador refere que a necessidade de interagir e de se dar a conhecer é algo bastante presente, mas basicamente “a descoberta de algo espiritual que as pessoas têm dentro delas e que desconheciam”. Refere ainda que na associação “não se tenta levar as pessoas a fazerem algo que não queiram”.
Arruda eleva 14 de agosto a dia das Tertúlias Móveis Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos aprovou, na reunião de 5 de março, a institucionalização do dia 14 de agosto como o Dia das Tertúlias Móveis, refere o município no seu site. “Consciente de que Tertúlias Móveis fazem parte de uma ancestral tradição taurina em Arruda dos Vinhos, as largadas de toiros pelas ruas da vila, integradas nos Seculares Festejos em Honra de Nossa Senhora da Salvação - que anualmente se realizam no mês de agosto - e constituem uma manifestação cultural que mobiliza toda a comunidade arrudense, como parte de um processo de so-
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cialização, a Câmara Municipal tem em curso o reconhecimento das Tertúlias Móveis como manifestação do património cultural imaterial para efeitos da sua inventariação na base nacional de dados de acesso público”, pode lerse. As Tertúlias Móveis resultam da evolução de uma tradição com cerca de um século, iniciada com antigas “galeras” colocadas no interior dos recintos das largadas que atualmente se caracterizam por espaços de amizade, familiarização e também de fortalecimento da afición local, são, por isso, um inquestionável facto identitário dos arrudenses que habitam em Arruda e daqueles que regres-
sam em agosto à sua terra natal para participar nos Festejos em Honra de Nossa Senhora da Salvação. Como forma de promoção e reconhecimento do papel que as Tertúlias Móveis assumem no património cultural imaterial dos arrudenses, a Câmara Municipal aprovou que o dia 14 de agosto seja institucionalizado como Dia das Tertúlias Móveis de Arruda dos Vinhos, destinado à realização de atos de reconhecimento, celebração e promoção desta manifestação cultural, com projeção interna e externa ao município, sempre que possível, integrados nos Festejos em Honra de Nossa Senhora da Salvação.
Em curso está também uma candidatura a património nacional
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Contagem decrescente para prova de ciclismo entre Arruda e Cardosas ciclismo regressa ao concelho de Arruda dos Vinhos no próximo dia 27 de maio. A iniciativa conjunta entre as freguesias de Arruda e Cardosas é destinada nesta primeira edição a amadores. Fábio Amorim, que partilha também o gosto pelas bicicletas, revela ao “Chafariz de Arruda” que a ideia estava no programa eleitoral, mas foi o colega de Arruda dos Vinhos, Fábio Morgado, que o impulsionou a fazer neste primeiro ano de mandato. A prova que “não tem fins lucrativos” é “a semente” de uma iniciativa maior. Os autarcas querem ver como corre a edição deste “Grande Prémio” para depois decidirem em conjunto se a prova “subirá o pódio” em direção a escalões profissionais. Fábio Amorim, habituado a estas coisas das bicicletas, revela por seu lado que esta prova tem tudo para ser um sucesso. Tudo foi pensado ao pormenor “desde a logística à segurança” sendo que o colega de Arruda reforça que a articulação com a GNR será fundamental para o bom ritmo da prova e da segurança dos atletas e população. Fábio Morgado refere por isso que este grande prémio terá igualmente a participação dos bombeiros, que assegurarão uma parte importante do socorro aos espetadores e aos ciclistas. O circuito é de resto importante para atrair mais ciclistas. Nesse sentido o presidente da Junta de Cardosas lembra que no passado esta prova era feita durante as festas da aldeia, e destaca a geografia do concelho e da sua freguesia como relevan-
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Autarcas apostados no sucesso da prova tes para atrair os apaixonados pela modalidade, ao ponto de ter sido criado um prémio de montanha, neste caso patrocinado por Paulo Viduedo da Remax de Arruda dos Vinhos. Aliás os apoios têm sido parte importante neste evento, já que nele participam as empresas Supermercados S. Lázaro e Realmacos. Já os troféus, estes são oferecidos pela Câmara Mu-
nicipal de Arruda dos Vinhos que apoia o evento também com alguma logística. Ao todo, refere Fábio Amorim, já existem 74 inscrições. Um número que tem vindo a crescer todos os meses e que à medida que se aproxima a iniciativa, vai chegando ao objetivo. Amorim salienta que esta prova está dimensionada para 100 atletas. Este é “um
número ideal em termos de segurança”, refere o autarca que aponta a centena como um objetivo modesto frisando que o percurso como está desenhado não consegue absorver nesta fase mais ciclistas. Aliás, todo o percurso está pensado ao pormenor. Desde os banhos ao almoço, passando pelas voltas dentro de Arruda ou Cardosas, referem
os organizadores, tudo será maximizado ao nível do impacto turístico. Dar a conhecer o património de ambas as localidades é um dos objetivos. Por outro lado, focar a prova na salutar competição desportiva, embora amadora, é outro, já que referem que o concelho vai ter cerca de duas dezenas de participantes, que povoam algumas provas de norte a sul do país.
Bombeiros de Arruda dos Vinhos vão ter Equipa de Intervenção Permanente concelho de Arruda será um dos que receberá uma equipa de intervenção permanente por parte da Secretaria de Estado da Proteção Civil. Deste modo, os Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos passarão, ainda este ano, a contar com uma EIP, constituída por
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cinco bombeiros profissionais, habilitada a assegurar, em permanência, o serviço de socorro às populações durante todo o ano. A remuneração desta equipa será assegurada em 50% pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e 50% pela Câmara Municipal, num investimento que em 2018 rondará os dez mil e oitocentos euros, corres-
pondente a um ordenado que rondará pouco mais de 600 euros por mês. A EIP de Arruda dos Vinhos será criada após a assinatura de protocolo entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Município de Arruda dos Vinhos e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos a que se seguirá a fase de recrutamento.
As expetativas são para já muito positivas. Fábio Morgado, presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos, salienta o impacto que poderá trazer à restauração local, e frisa que na sua opinião os restaurantes facilmente poderão servir cerca de centena e meia de refeições, caso grande parte dos atletas que em regra, viaja com as famílias, decida optar por as efetuar em Arruda. A vila de Arruda é assim o ponto de partida dos atletas, que passarão pelas ruas mais antigas da localidade, proporcionando assim que todos os habitantes possam ter contato com os atletas. Por outro lado recorda que embora a meta seja em Cardosas, bem como a entrega de prémios, os banhos e os almoços serão em Arruda, onde existem aliás melhores condições para o fazer. Embora esta prova seja apenas “a semente” de outras que poderão ser mais profissionais, a organização convidou um atleta do concelho vizinho de Sobral de Monte Agraço para padrinho. Tratase de António Pereira Barbio “ciclista profissional da equipa Miranda/Mortágua”. “Que é natural do Sobral e ganhou no ano passado uma etapa da Volta a Portugal”. Fábio Amorim e Fábio Morgado colocam assim nesta prova muitas expetativas no futuro da modalidade em Arruda dos Vinhos. Amorim vinca que se tudo correr bem “esta prova com amadores será apenas o início”, mas a esperança é que no futuro seja uma empresa a organizar em Arruda dos Vinhos, provas para amadores e profissionais, como aliás já vai acontecendo noutras localidades.
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Cartoons de Vasco Gargalo em Arruda dos Vinhos
Galeria Municipal do Centro Cultural do Morgado em Arruda dos Vinhos, recebe de 8 a 30 de abril, uma exposição do cartoonista vilafranquense Vasco Gargalo. A mostra que tem como título “Ensaios sobre a atualidade” reúne alguns dos melhores trabalhos do ilustrador que recentemente “irritou” o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump com um cartoon divulgado internacionalmente. Foi no entanto o cartoon “Alepponica” que despoletou a carreira de Gargalo internacionalmente, correndo o mundo nos vários meios de comunicação social. Gargalo apresenta em Arruda dos Vinhos uma exposição itinerante que tem vindo a correr o país de norte a sul, nomeadamente em Lisboa e Porto. Ao Chafariz o artista explica
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que se tratam de quarenta trabalhos, e que esta exposição vai estar patente ainda noutras localidades depois de Arruda. Vasco Gargalo salienta que tem recebido alguns convites e por isso esta mostra continua ainda atual. Sobre estes quarenta trabalhos, o cartoonista refere que representam a atualidade “uns têm sido publicados, outros não”. A mostra inclui alguns trabalhos premiados do autor, nomeadamente o cartoon “Alepponica” que correu mundo e que versa a guerra na Síria. O percurso profissional de Gargalo começou cedo. Os desenhos, começou a fazêlos quando o pai comprava o jornal “A Bola”. Começou por desenhar algumas figuras do desporto, que num ápice ia, depois, mostrar ao pai, que lhe dava as indicações de como devia melhorar.
Vasco Gargalo lembra que tudo começou em casa. Quando usava o jornal que o pai comprava para fazer os primeiros desenhos. Jornal esse, sempre muito esperado, com trabalhos de Francisco Zambujal, uma das suas primeiras referências, às quais acrescentaria mais tarde António Antunes. Anos mais tarde, o empenho que Vasco viria a colocar nos seus trabalhos valeu-lhe os primeiros prémios e o aplauso do público que ainda hoje lhe reconhece o trabalho e a dedicação. Ao jornal Valor Local em 2015, Vasco Gargalo salienta a importância do “Cartoon” sem palavras. Algo que é comum no colega António e também nos seus próprios trabalhos. Vasco diz que “é um desafio conseguir passar a mensagem sem palavras”, mas ainda assim é algo que vai fazendo nos seus trabalhos.
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Seriedade e Responsabilidade! ão há dúvida de que 2017 foi um ano negro para a história de Portugal. Mais de uma centena de vidas perdidas, e milhares de hectares ardidos. O Estado falhou na prevenção e no auxílio às pessoas. E todos nós, de uma forma ou outra, nos sentimos impotentes face à catástrofe. Para 2018, a palavra
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de ordem foi prevenção. O prazo para a limpeza de matas e florestas foi estabelecido. Estávamos ainda em fevereiro e António Costa desafiava os cidadãos e entidades privadas e públicas a fazerem de março “um grande mês de limpeza da floresta”. Em março, mês limite estabelecido para a limpeza dos terrenos, o primeiro-ministro anunciava que seria adiado o prazo para
a aplicação de multas. No mesmo dia, o mesmo primeiro-ministro desafiava os deputados a juntarem-se ao Governo e ao Presidente da República numa ação nacional de limpeza das matas e florestas. Ficou bem na fotografia. Ou será que não? Porque não se lembrou António Costa desta ação de marketing, perdão, de sensibilização, dentro do prazo que o
Governo tinha estabelecido desde início? A estranheza começa aqui, sendo ainda maior quando vimos a saber que afinal o primeiro-ministro nem sete minutos demorou a arregaçar as mangas e limparos terrenos. O Oeste não foi esquecido neste roteiro. António Costa esteve na Estrada Nacional 361 – 1, junto a Campelos. A seu lado, o ministro da Agricultura. E foi in-
teressante ouvir o chefe do Governo afirmar que “é necessário preparar os meios de combate”, quando dias depois chegava a notícia de que o Governo só garantiu 22 dos 50 meios aéreos que precisa para o Verão. É tempo de seriedade. De apostar efectivamente na prevenção. O que aconteceu no ano passado não mais se poderá repetir. E esta missão
Lélio Lourenço* cabe a todos. Ao Governo, à oposição e aos autarcas. Cabe a todos os portugueses.
Comunicações electrónicas: encher a “mula” à pala de ilegalidades… sem conta nem peso nem medida e Figueiró dos Vinhos, de um consumidor vilipendiado: “Convenceram-me a mudar para a fibra: e assim fiz. Prometeram-me ligações a todos os compartimentos da casa: e assim não aconteceu. E 130 canais de televisão: e fiquei com os mesmos 70. Reclamei. Paguei o telefonema da reclamação. Mais 40€ de deslocação dos técnicos, mais 65€ de… Pretendi reclamar: alguém da ANACOM me dissuadiu a que o não fizesse porque de reclamações está a caixa a abarrotar…” A situação descrita parece ocorrer com inusitada frequência. E há nítido excesso
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da operadora. Claro que qualquer pessoa intui que para se reclamar com fundamento nada haverá que pagar. Mas ninguém tem certezas… Na circunstância, aplica-se a Lei das Garantias dos Bens de Consumo de 2003. E é de garantia que se trata. Sem mais nem menos. Porque tal lei não se aplica exclusivamente aos contratos de compra e venda, como muita gente supõe. E a capa do opúsculo da Direcção-Geral do Consumidor sobre a matéria pressupõe: “Guia das Garantias na Compra e Venda”. A Lei das Garantias aplica-se aos contratos de: • compra e venda, • empreitada, • outras prestações de
serviço • locação (aluguer e arrendamento, consoante a natureza dos bens). E, nos termos do n.º 1 do artigo 4.º, “em caso de falta de conformidade do bem com o contrato, o consumidor tem direito a que esta seja reposta sem encargos, por meio de reparação ou de substituição, à redução adequada do preço ou à [extinção] do contrato”. Ora, a expressão “sem encargos”… “reporta-se às despesas necessárias para repor o bem em conformidade com o contrato, incluindo, designadamente, as despesas de transporte, de mão-de-obra e material. Por conseguinte, a operadora, no caso a MEO, não pode cobrar qualquer montante
porque indevido. Ao fazê-lo, comete, ao menos, um crime de especulação, nos termos da Lei Penal do Consumo de 1984, passível de prisão de seis meses a três anos e multa não inferior a 100 dias. O crime deve ser denunciado ao Ministério Público para a instrução dos correspondentes autos. E terá de devolver o montante indevidamente cobrado ao consumidor lesado. Se fosse no Brasil, teria de devolver, ao menos em dobro, tal montante. Dinheiro fácil é o que tais empresas auferem por ganância própria e ignorância alheia. E tal não se pode de nenhum modo consentir. E de harmonia com o que
prescreve a Lei dos Serviços Públicos Essenciais, no seu artigo 3.º, “O prestador do serviço deve proceder de boa-fé e em conformidade com os ditames que decorram da natureza pública do serviço, tendo igualmente em conta a importância dos interesses dos utentes que se pretende proteger.” E, no artigo subsequente: * “O prestador do serviço deve informar, de forma clara e conveniente, a outra parte das condições em que o serviço é fornecido e prestar-lhe todos os esclarecimentos que se justifiquem, de acordo com as circunstâncias. * Os prestadores de serviços de comunicações electrónicas informam regularmente,
Mário Frota* de forma atempada e eficaz, os utentes sobre as tarifas aplicáveis aos serviços prestados, designadamente as respeitantes às redes fixa e móvel, ao acesso à Internet e à televisão por cabo.” O facto é que todos estes dispositivos são, entre nós, mandados às malvas. Sem consequências de qualquer ordem. Desafortunadamente… * apDC – DIREITO DO CONSUMO
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Câmara de Arruda com sete mil euros para limpeza de terrenos Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos tem levado a cabo a limpeza das matas e caminhos do concelho. Mesmo antes da determinação do governo para limpar as matas em redor das casas e localidades, o município colocou “mãos à obra” e iniciou uma série de limpezas um pouco por todo o concelho, nomeadamente, em locais que são propriedade municipal e que estão perto de habitações. Numa destas manhãs, o Chafariz acompanhou uma operação de limpeza em Ado-Baço, uma localidade da freguesia de Arranhó, num terreno adjacente da Quinta da Murzinheira, local onde nasceu a escritora Irene Lisboa. O local envolto em muitas silvas, estava próximo de uma habitação e a limpeza coordenada pela Proteção Civil Municipal foi fundamental para proteger uma vivenda mesmo ali ao lado de possíveis incêndios florestais. Rute Miriam, vereadora com o pelouro da Proteção Civil da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, vincou à nossa reportagem, que a Câmara já tem vindo a fazer este trabalho de limpeza, independentemente das campanhas do governo. Os fogos em Pedrogão foram efetivamente marcantes, mas o que é certo é que desde o ano passado que a Câmara dispõe de verba para limpar os seus terrenos e também intervir nos terrenos dos particulares, se bem que neste campo a vice-pre-
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Acácio Raimundo e Rute Miriam deram a conhecer o que está a ser feito no terreno sidente, diz preferir alertar os proprietários, dado que se o município tiver de o fazer, somar-se-ão aos custos da limpeza algumas coimas, o que poderá agravar a situa-
ção de algumas famílias, que já de si não têm capacidade económica de limpar e manter os seus terrenos. Ao Chafariz, a Vice-Presidente salienta a existência
de casos de carência económica neste aspeto “e que estão a ser analisados pela Câmara Municipal”. Há no entanto questões que ainda estão por esclarecer. A autarca salienta que está em estudo uma linha de crédito para ajudar as famílias carenciadas a limpar os seus terrenos, mas neste caso as regras ainda não foram definidas. A título de exemplo, a vereadora questiona como se poderá eleger uma família para receber essa linha de apoio. Não está acertada para já “nenhuma percentagem de rendimento da família para que possamos dizer com certeza que essa família reúne essas condições” e isso “pode levar a interpretações bastante diferentes em cada um dos municípios portugueses e assim gerar dúvidas e desigualdades”.
É nesse sentido que a autarca reclama regras mais definidas: “Devia existir uma fórmula para podermos usar na caracterização desse agregado familiar por forma a dizermos que está parametrizado” e se se insere no âmbito desta ajuda. Por outro lado, a autarca revela, no entanto, a existência de uma dificuldade acrescida para chegar ao contato com os proprietários. Muitos não têm os dados atualizados nas finanças, defendendo Rute Miriam, a necessidade “da Autoridade Tributária partilhar com os municípios a identificação dos proprietários”. Ao todo o município de Arruda dos Vinhos prevê gastar com a limpeza da floresta cerca de sete mil euros anuais. A verba inscrita nos orçamentos do município arru-
dense desde 2014 tem servido para limpar terrenos ao longo do ano, até porque segundo a vice-presidente da autarquia, ao Chafariz, este é um trabalho “de manutenção” assegurando que tal tem tido reflexos nos últimos anos com o aumento da limpeza das matas. Segundo Rute Miriam, a população tem aderido aos apelos do município, nomeadamente, no que toca às queimadas. A responsável pelo setor da proteção civil de Arruda dos Vinhos, refere a existência de um impresso nos serviços da Câmara, para que a população possa dar conta dos locais e das horas em que pode fazer as queimadas. Tal, segundo a própria, serve para um controlo destas situações, ao mesmo tempo, que informa as autoridades locais, a GNR e bombeiros.
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Abril 2018 Na prática, o município tem um serviço para despistar alertas sobre um potencial incêndio. Com este sistema, as autoridades ficam automaticamente informadas, evitando que se envie para o local, meios que à partida são desnecessários. Uma medida reforçada pelo Comandante Operacional de Proteção Civil Local, Acácio Raimundo, que vinca igualmente o trabalho levado a cabo com as juntas de freguesia locais, para a construção de acessos à floresta. Aliás, o comandante, vinca essa cooperação como muito importante na gestão do território, salientando o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos. Acácio Raimundo refere que embora a adesão da população ao programa de limpeza de terrenos tenha sido positiva no concelho, os serviços de proteção civil “têm estado sempre no terreno e vamos avisando as pessoas do que devem fazer”, refere o responsável que aponta esse motivo como uma das causas da fraca adesão à sessão de esclarecimento que teve lugar em Arruda dos Vinhos. Ainda assim no concelho de Arruda, parece que as políticas implantadas têm vindo a
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Este trabalho tem sido feito em articulação com as juntas dar resultados. As populações limparam em 2014 perto de um hectare. Já em 2015 foram limpos sete hectares, em 2016 oito hectares e em 2017, até ao momento registou-se a maior subida com as populações a limparem cerca de 31 hectares. Ainda assim, este é um mu-
nicípio com uma geografia complicada e com a freguesia de S. Tiago dos Velhos a liderar as preocupações. Acácio Raimundo vinca que, nomeadamente, na freguesia de Arranhó, muitas das vinhas de outros tempos, estão agora ao abandono e transformadas em terrenos
Arranhó e S. Tiago dos Velhos são as freguesias mais complicadas
perigosos, onde o mato se acumula em conjunto com materiais usados, outrora, como é o caso, por exemplo do arame. Todavia, uma das preocupações é identificar os proprietários. Neste último caso, a vice-presidente salienta a dificuldade em conseguir os dados da auto-
ridade tributária. Muitas das propriedades estão desatualizadas e chegar aos seus proprietários não é tarefa fácil. Já no que toca a S. Tiago dos Velhos, a vice-presidente destaca que “esta freguesia está identificada a nível nacional como prioritária”. A
responsável salienta que a freguesia “teve uma área ardida muito maior no ano passado”, sendo agora uma prioridade para o município que está a trabalhar em conjunto com as juntas de freguesia, para minimizar o risco de incêndio em S. Tiago dos Velhos.
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Câmara de Arruda implementa reforma na Área Social Câmara de Arruda está a preparar um pacote de medidas na área social que deverão ser levadas a cabo, a maioria delas, nos próximos meses. Alguns regulamentos vão ser também levados, com vista à sua alteração, junto do órgão deliberativo com o intuito de poderem chegar a mais cidadãos, tendo em conta que nesta altura, a autarquia respira outros ares em termos financeiros Ouvido pelo Chafariz relativamente ao trabalho que o município faz junto das IPSS’s, o presidente da Câmara, André Rijo, refere que a autarquia procura trabalhar dentro de uma lógica de rede. Mas entre as valências na área social desempenhadas pela autarquia, que se pretenderá incrementar, está por exemplo o banco solidário com interação com as conferências vicentinas, santa casa, centros sociais, através da atribuição de subsídios às famílias carenciadas para pagamento de alimentação. A Câmara também efetua a doação de géneros alimentícios em conjunto com o banco alimentar contra a fome. Diz o autarca que este trabalho levado a cabo junto dos mais carenciados, tem-se feito ainda através do pagamento de rendas, luz e água “no âmbito desta lógica do banco solidário”. Para André Rijo, os apoios sociais precisam de dar “uma igualdade de oportunidades e de direitos e não propriamente promover uma espécie de solidariedade do género sopa dos pobres”. “O objetivo é que no futuro essas pessoas possam ser autossuficientes e trilhar o seu próprio caminho, até porque de um momento para o outro qualquer cidadão pode ficar numa situação mais frágil”. No acompanhamento à população mais jovem o município prevê aumentar os valores das bolsas de estudo e no próximo orçamento comparticipar também a componente
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Para André Rijo, os apoios sociais precisam de dar “uma igualdade de oportunidades e de direitos” do estudo acompanhado para as famílias de fracos recursos. “ Há alunos que têm mais dificuldade em obter sucesso escolar porque os encarregados de educação não têm possibilidades de lhes pagar explicações, por isso estamos a trabalhar nesta medida e no regulamento”. A autarquia espera a sua aprovação até setembro para que possa ser aplicado a partir de janeiro de 2019. Ainda na área social, existe o programa da oficina domiciliária cujo regulamento também será levado à próxima assembleia municipal a realizarse no mês de abril, à qual também vão ser levados outros regulamentos desta área. A ideia é que a oficina domici-
liária possa abranger mais cidadãos. Como nesta altura, a autarquia dispõe de mais funcionários afetos ao estaleiro, “teremos capacidade para dar mais resposta a esse tipo de situações, relacionadas com, por exemplo, mudar uma lâmpada ou uma torneira, ou uma pequena reparação”. Esta medida pode ainda servir para os casos de pessoas com fraca autonomia que necessitam de algum tipo de apoio. O cheque farmácia que já vinha do anterior mandato será também alvo de uma reformulação com aumento de capacitação, o leque de beneficiários será maior para que “ninguém tenha que optar no final do mês entre comprar a
medicação ou comprar alimentação”. Na forja estará ainda um banco de medicamentos para sua reutilização. A autarquia aguarda por luz verde do Infarmed e da União
das Misericórdias. “Todos os anos deitam-se fora milhares de euros em medicamentos que podiam ser reaproveitados para outros que necessitem de receituário idêntico”.
Loja Social do município é uma das valências
Ainda no campo da assistência ao idoso, o presidente da Câmara pretende também implementar a figura do cuidador informal que possa prestar um serviço junto de pessoas das faixas etárias mais elevadas “porque se sabe que hoje em dia as famílias atrasam o mais possível a institucionalização dos seus entes queridos mais velhos, logo fará todo o sentido existir esta possibilidade de alguém que possa tratar ou deslocar-se a casa dos idosos”. Para isso está pensada uma parceria com a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Hospital de Vila Franca de Xira, e Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. “Temos de garantir uma rede de apoio e um núcleo de respostas a esse cuidador que é submetido a uma grande pressão ao lidar com esse tipo de população mais idosa”. A habitação social é outra das áreas com a reabilitação de 16 fogos no Bairro João de Deus e a criação de mais 15 novas habitações, “e assim dar resposta a estes cidadãos”. Os novos fogos terão uma componente ecológica de reaproveitamento de águas. Numa parceria com a empresa municipal da Câmara de Lisboa, Gebalis, o município de Arruda vai destinar duas habitações para cidadãos com mobilidade reduzida devidamente adaptadas às suas necessidades, sem barreiras arquitetónicas.
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Jornadas da Educação em Arruda vila de Arruda dos Vinhos recebe a 13 e 14 de abril, a primeira edição das Jornadas da Educação cujo objetivo passa por afirmar na região e no país que Arruda dos Vinhos é também “um concelho educador de excelência”. Ao Valor Local, André Rijo diz que o município quer estar entre os melhores e estas jornadas são um passo no sentido de discutir o futuro da educação no concelho de Arruda dos Vinhos. O presidente da Câmara Municipal de Arruda, salienta que esta iniciativa saiu da realização da conferência “Arruda 2025”, identificandoa como um elemento estratégico para o concelho. André Rijo quer fazer de Arruda uma “Smart Citiy” na área da educação, confessando que está a colocar “a fasquia muito alta” neste setor. A iniciativa aberta à comunidade escolar e não só, tem de resto um programa bastante ambicioso. O autarca destaca entre os conferencistas o antigo ministro da educação, Marçal Grilo, que abrirá estas jornadas, ao passo que o ministro da edu-
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O futuro da Educação no concelho em debate cação Tiago Brandão Rodrigues fará o seu encerramento. Já no que toca à inovação, o autarca destaca a presença de oradores da Microsoft, e da Fundação Aga Khan, referindo aqui a importância da
introdução das tecnologias nas aulas. Presente vai estar ainda João Couvaneiro, vice-presidente da Câmara de Almada, que “foi durante muitos anos considerado um dos melhores professores do país que vem falar da escola
do futuro”. Vinca igualmente a apresentação de alguns projetos municipais já em curso no país, como são os casos das Câmaras de Óbidos, Odemira e Cascais que vão expor os seus projetos educativos. Foi ainda convi-
dada a estar presente a Fundação Calouste Gulbenkian que lançou um projeto piloto junto de 80 alunos com a introdução das novas tecnologias de informação, que veio a traduzir-se “num aumento notável do sucesso escolar”.
A Escola da Ponte, na Vila das Aves, que tem um modelo único de ensino bem como a Escola do Farol, em Torres Vedras, que implantou um modelo finlandês, também foram convidadas para dar a conhecer os seus casos de sucesso. Durante a iniciativa, vários temas serão alvo de debate, nomeadamente, os relacionados com as problemáticas das dependências e dos comportamentos desviantes. “O objetivo é envolver toda a comunidade. Já temos a colaborar connosco os agrupamentos, a escola profissional, as comissões de pais, a CPCJ, entre outros”, refere o presidente da Câmara, que relembra que há mais de 15 anos que Arruda não organizada umas jornadas da educação. Esta é uma iniciativa que está para já programada para o auditório municipal de Arruda dos Vinhos, mas André Rijo admite que dado o número de inscrições até ao momento, a localização poderá vir a ser alterada. O programa das jornadas já está fechado, e pode ser consultado na íntegra no site da autarquia em www.arruda.pt.
Inaugurado o Laboratório Irene Lisboa no Centro Escolar de Arruda oi oficialmente inaugurado no dia 23 de março, o Laboratório de Ciências Irene Lisboa, na escola básica de Arruda. Na presença das diversas entidades, alunos do primeiro ciclo deram já mostras de saber fazer algumas experiências. Cerca de 335 alunos dos 3º e 4º anos que frequentam as escolas do Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos (AEJIA) vão poder realizar experiências científicas neste laboratório e participar no projeto “Da vinha à mesa” concebido para as idades destes pequenos cientistas. Para o diretor do agrupamento, João Raposo este é um passo em frente na Educação no município. Trata-se de “privilegiar o ensino orientado para o sucesso escolar dos alunos”. Agradeceu por isso o empenho da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e do seu presidente André Rijo bem como de Mónica Baptista do Instituto da Educação. Esta, também na altura dos discursos, elogiou a comunidade arrudense focando que
F
este é um laboratório a pensar na ciência das coisas, tendo em conta, nomeadamente, as empresas do setor agrícola local, as vinhas e as adegas que estão ligadas ao projeto experimental que vai envolver todas as escolas do concelho e esta nova valência escolar. André Rijo, presidente da Câmara Municipal, lembrou Irene Lisboa e o quão feliz estaria com este projeto. O autarca pretende agora que no futuro se possam estreitar outras parcerias entre a escola, no domínio das ciências, nomeadamente, com o programa Ciência Viva, e o Externato João Alberto Faria bem como os seus professores, contando ainda com os empresários locais. O presidente da Câmara que falou num investimento de mais de 20 mil euros neste projeto referiu-se ainda ao sonho de poder um dia contar com o ensino politécnico no concelho, “até porque o concelho de Arruda é um dos que regista no país uma das maiores taxas de crescimento populacional”. Já a secretária de Estado da Ciência e Ensino Superior,
Maria Fernanda Rollo, presente nesta iniciativa, demonstrou o seu regozijo por
Arruda receber esta experiência piloto, ao mesmo tempo que assumiu o combate do
ministério ao decréscimo dos ingressos no ensino superior, sendo esta uma luta futura,
Pequenos cientistas mostraram ter vocação para este projeto
pois apenas um em cada três alunos opta por tirar uma licenciatura.
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12 Entrevista
Abril 2018
A Tauromaquia de Catarina Bexiga, Paixão de uma Arrudense Paulo Beja atarina Bexiga tem pela Festa de Toiros uma paixão (quase) sem limites. Quem a conhece, sabe do que falamos. Nasceu em Vila Franca de Xira, mas escolheu o concelho de Arruda dos Vinhos para viver. Para além de ser uma presença assídua nas principais praças de toiros do nosso país, a sua afición levou-a mais longe, e hoje é um nome falado na Imprensa da Especialidade. Após uma fase de aprendizagem, sobretudo em Rádios Locais, no início do novo século foi convidada para Chefe de Redacção da Revista Novo Burladero. Em 2013, venceu o prémio Carreira de Imprensa Taurina outorgado pela Tertúlia Aeminuum de Coimbra e em 2017, conquistou uma Menção Honrosa concedida pela Tertúlia Festa Brava de Azambuja. Este mês fomos descobrir o “seu” mundo:
C
Chafariz de Arruda – Como é que nasceu a sua afición à Festa de Toiros? Catarina Bexiga – A Festa de Toiros sempre foi uma realidade muito próxima de mim. Nasci em Vila Franca de Xira e cresci em Arruda dos Vinhos. Duas terras adicionadíssimas! Sempre me lembro de ser apaixonada pela Festa de Toiros, sem que precisasse que me explicassem ou convencessem. Acho mesmo que faz parte do meu ADN. Catarina Bexiga que recordação tem da sua infância? Os meus pais são aficionados, iam aos toiros com frequência, e eu acompanhava-
os para todo o lado. Tenho uma foto, com dois anos, na praça de toiros Palha Blanco! Sempre vivi a Festa de Toiros com muita intensidade. Recordo-me que nas vésperas das largadas de toiros em Arruda dos Vinhos nem dormia… Na escola, a minha afición sempre foi sobejamente conhecida pelos meus professores e colegas. De aficionada a crítica taurina foi um salto… Acho que posso afirmar que a minha afición é insaciável. Sempre procurei ouvir os mais velhos, aqueles que viveram outros tempos, que ouviram outras pessoas; sempre gostei de ler livros de toiros, de ver vídeos de toiros… Inclusive, lembro-me de fazer o meu próprio dicionário taurino. Tudo isto reunido numa jovem de 17 anos chamou a atenção. Um dia fui convidada pelo doutor Cordeiro de Brito para uma entrevista no programa de tauromaquia da Rádio Ribatejo, entrei como convidada e, duas horas depois, saí como colaboradora. Esse foi o meu primeiro grande desafio! Depois seguiram-se outras colaborações, com colegas responsáveis em outras estações, como por exemplo o Maurício do Vale, até que surgiu a possibilidade fazer um programa de tauromaquia na Rádio Voz de Alenquer, onde estive durante 13 anos. Inicialmente, com o Paulo Beja como diretor e posteriormente sozinha. O último grande desafio chama-se Revista Novo Burladero. Um convite por parte de João Queiroz que sempre me encheu de orgulho. Trata-se, simplesmente, da revista mais importante que alguma vez se edi-
Desde pequena que Catarina Bexiga se considera um aficionada tou, sobre tauromaquia, em Portugal. Comemora este ano 40 anos de vida, e no meu caso 18 anos de colaboradora! Por outro lado, na rede social do Facebook sou também responsável pela página Falar de Toiros, onde de forma mais frequento publico artigos de opinião. Quiçá, o futuro me reservará novos projetos… Somar conhecimento, para poder emitir opinião leva o seu tempo… Sim leva, mas é um processo natural de aprendizagem, como exige qualquer outro tema. O que acontece é que quando se tem gosto e quando se quer aprender, tudo pode ser mais rápido. Mas nunca se sabe tudo, muito
menos de toiros. Imagine que os ganaderos, com a experiência que têm, juntam uma vaca brava e um toiro bravo, na expectativa que nasça um animal bravo, e mesmo assim às vezes saem mansos! Emitir opinião é também uma enorme responsabilidade, exige reflexões, uma atualização constante sobre o tema, e sempre, sempre, sempre, muita vontade de aprender! Ser mulher foi uma vantagem ou uma desvantagem para vingar neste mundo? Sinceramente, acho que não teve grande influência, apenas o fator novidade, porque em Espanha existiam mulheres a escrever de toiros, em Portugal fui a primeira. Mas sempre me senti bem recebi-
da! É preciso ter inspiração para se escrever constantemente sobre o mesmo tema… Essencialmente é preciso ter muita afición. Contudo, é fundamental que se tenha argumentos para se defender o nosso ponto de vista. Uma tarde de toiros pode ter muito que analisar, desde as expetativas ao resultado do próprio espetáculo; desde os acontecimentos positivos aos acontecimentos negativos, etc… O importante é sermos sinceros com o que escrevemos. Para mim, enaltecer uma tarde de toiros, é como se também, nós, triunfássemos. Alguma vez se arrependeu
de alguma coisa que tenha escrito? Sinceramente não! Escrevi sempre o que pensei, e tenho a consciência que sempre defendi os valores que são elementares para a sobrevivência da Festa de Toiros. Se me perguntar se gostava de ter escrito diferente? Isso sim. Gostava de ter escrito melhor. Sou exigente comigo própria. Mas nunca escrevi para os outros, escrevi sempre para mim. Como se fosse eu depois a ler! Como vê o atual momento da Festa de Toiros no nosso país? Há sempre duas formas de olharmos para o copo, meio cheio ou meio vazio. Eu prefiro ser otimista! Estamos em
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Atualmente é diretora da revista Novo Burladero fase de mudança. Talvez por falta de personalidade, os cavaleiros mais novos estão a demorar, muito tempo, a convencer os aficionados. Em relação ao toureio a pé, existem três nomes que merecem que os empresários e os próprios aficionados olhem para eles com mais carinho. Depois também há outra coisa que me preocupa, hoje as atuações deixaram de ter improviso e perderam muita emoção, e penso que brevemente as coisas terão que cambiar, porque o improviso e a emoção fazem parte da natureza do espetáculo. Um filme visto, duas vezes, é
sempre igual; nos toiros, nunca há duas tardes iguais. Por outro lado, a crise também fez com que os portugueses tivessem que estabelecer prioridades, mas o importante é que nunca deixaram de ir aos toiros. Está a começar mais uma temporada. Em média a quantas corridas de toiros assiste por ano? Já assisti a mais! Cheguei a ver cerca de 70 corridas por ano entre Portugal e Espanha, inclusive no ano de 2012 fui ver corridas ao México; mas atualmente a média é de 50 corridas por temporada. Não se torna cansativo?
Entrevista 13
Ao lado de duas figuras maiores da tauromaquia no feminino Nunca me incomodaram os quilómetros percorridos, às vezes cansam-me mais as desilusões. Há um provérbio espanhol que diz “corrida de ilusión, tarde de decepción”. E isso quando acontece duas ou três vezes seguidas, afecta-me! Preocupam-lhe os ataques anti-taurinos? Os movimentos anti-taurinos preocupam-nos a todos. São pessoas que desconhecem a realidade e que se sabem mobilizar. Contudo, a Festa de Toiros está no sangue que corre nas veias do povo português. Creio que a Prótoiro tem feito um trabalho notável
em defesa da Festa de Toiros. Os próprios municípios também têm que se salvaguardar… Claro que sim! É indispensável conhecer a identidade cultural de cada terra. Veja o que aconteceu com Viana do Castelo. Uma terra aficionadíssima, onde a Festa de Toiros existe há centenas de anos, e por ignorância e carolice de um Presidente (Defensor Moura) foi declarada a primeira cidade anti-taurina de Portugal. E os seus munícipes afetados. Em contrapartida, veja a posição do Município de Arruda dos Vi-
nhos, reconhecendo a Festa de Toiros como identidade cultural. Em 2012 declarou a Tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal; em 2017 institucionalizou o 14 de Agosto como Dia das Tertúlias Móveis de Arruda dos Vinhos e neste momento está a tratar do processo de reconhecimento das mesmas como Património Cultural Imaterial. É um exemplo a seguir! (Aqui ficam as palavras de uma das maiores aficionadas que conhecemos neste nosso mundillo taurino… Ao longo da entrevista, no Restau-
rante O Barril, em Rondulha, local de eleição dirigido pela nossa entrevistada e onde o toiro bravo está bem presente na decoração e nos pratos confecionados, não demos pelo tempo passar. Os seus olhos brilham ao falar do que gosta e aqui fica só o historial da crítica taurina mas os cavalos, outra das suas paixões está bem presente e já se tornou normal encontrá-la com alunos da Quinta da Boa Vista em passeios equestres pelos caminhos da nossa região. É o seu mundo e aos 40 é sem dúvida uma mulher feliz fazendo tudo aquilo que ama!)
14 Rubricas
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Fruta da época: O Morango
NA HORA DE COMPRAR CASA...
um dos frutos mais apreciados e populares no mundo e existem actualmente algumas centenas de variedades diferentes. O morango é originário dos climas temperados nos hemisférios Norte e Sul e pertence ao género Fragaria. Surge entre os meses de Abril e Agosto. Tânia Tomás* Por cada 100g de alimento consumível tem apenas 34 calorias e 5.3g de hidratos de carbono. É um alimento muito rico em água, vitamina C, fibra, ácido fólico e potássio. É conhecido que o morango reúne uma série de características/benefícios para a saúde, entre os quais: - Propriedades anti-inflamatórias, anti-oxidantes e anti-cancerígenas. - Redução do risco de doença cardíaca e enfarte. - Regulação dos valores de pressão arterial. - Promoção do bom funcionamento intestinal. - Regulação dos valores de açúcar no sangue. - Durante a gravidez actua na prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural que possam surgir no feto. De consumo fácil e sabor agradável está presente muitas das vezes em lanches, snacks e até mesmo em receitas de refeições principais. Estas são algumas das opções para introduzir o morango na alimentação diária: - Utilizar em saladas de fruta (sem açúcar adicionado). - Misturar com iogurte magro e frutos secos. - Colocar sobre tostas integrais com queijo magro de barrar. - Utilizar na preparação de smoothies e batidos de fruta. - Cortar em pedaços e adicionar às saladas de carne/ peixe/ legumes, etc.. - Utilização em compotas caseiras, sobremesas e sumos naturais de fruta.
Antes da decisão! (Fase 1) Antes de procurar casa comece por analisar cuidadosamente o seu orçamento familiar, de forma a perceber o montante máximo que pretende e/ou pode suportar. Aconselho sempre os meus clientes a pedir simulações bancárias antes de começar a visitar casas, as mesmas irão ajudar a fiPaulo Viduedo xar o valor máximo de aquisição e ajudá-los a perceber quanto podem gastar mensalmente. Independentemente do empréstimo que vão contrair será sempre importante dispor de algumas poupanças, pois será necessário alguns capitais próprios para fazer face a despesas para além do valor da casa, tais como abertura e estudo do processo (bancário), avaliação do imóvel , escritura e impostos. Só depois de termos (eu e os meus clientes) a noção dos valores que são suportáveis e confortáveis para eles é que procuramos a casa indicada às suas necessidades e gosto. Procurar casa.... (Fase 2) Quando começar a procurar casa existem vários factores que deve ter em conta: localização, acessos, estado de conservação, exposição solar, relação qualidade/preço. A compra de imóveis a precisar de obras também pode ser uma boa opção mas só se valor investido na remodelação mais o valor de compra da casa for igual ou superior ao seu valor comercial! Um abraço, Envie as a suas questões para pviduedo@icloud.com
É
*Nutricionista, Membro efectivo da Ordem dos Nutricionistas tctomas0756@onutricionistas.pt
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Pesquisa 15
Capela do Palácio do Morgado o final do século XVIII, o palacete foi edificado por ordem de António Teodoro de Gambôa e Liz, cavaleiro da Casa Real e Capitão-mor de Arruda dos Vinhos, cuja traça terá ficado a cargo do arquitecto Mateus Vicente de Oliveira. Mateus Vicente de Oliveira nasceu em Barcarena em 1706 e faleceu em Lisboa em 1785. O arquitecto, discípulo de Ludovice, terá vivido em Arruda dos Vinhos, na casa do seu genro, o Doutor José Falcão Encerrabodes. Sãolhe atribuídas a construção do antigo Aqueduto, da Quinta da Ponte (Quinta dos Corações), da Capela do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos e do Chafariz pombalino cuja data, 1789, se encontra esculpida no próprio monumento. Conhecido como “Palácio do Morgado”, este monumento integrou o património municipal em meados dos anos oitenta, sendo actualmente designado Centro Cultural do Morgado, um pólo onde se concentram várias actividades culturais. O Palacete apresenta um estilo “rocaille” e neoclássico. A frontaria aristocrática com sete janelas de varanda exi-
N
be, ao centro, um Brasão de Armas. Trata-se de um escudo partido em pala: de um lado as armas da família Gambôa; do outro, as armas os Lizes. O Solar, dividido em dois andares, andar nobre, residência do proprietário e família, e o rés-do-chão para apoio à casa e à propriedade agrícola, cujos vestígios são ainda visíveis, observando-se a existência de um antigo pombal nas imediações da antiga Quinta. O último herdeiro não deixou descendentes directos pelo que, Francisco de Gambôa e Liz legou os seus bens ao Doutor José Vaz Monteiro, feitor e médico da sua família, residente em Lisboa. No cemitério de Arruda dos Vinhos existe um mausoléu dedicado à família Gambôa e Liz, onde: “repousam os restos mortais do Barão de Arruda Par e Grande Reino, Capitão-Mor da Vila de Arruda…”. Ocupando um terço da fachada, a capela adjacente comunica com o interior e exterior do complexo arquitectónico. De uma só nave e altar, o acesso para a via pública ostenta a data de 1781 e teria por orago São Domingos. Crê-se que em tempos existiria uma imagem desse Santo na Capela assim como uma
tela relativa a esta iconografia hagiográfica. A 25 de Março de 1955 foi levado a cabo um pedido de utilização para culto na capela do Morgado ao Patriarcado de Lisboa, com a indicação de oratório público sob a invocação de São Domingos de Gusmão, como se pode verificar no antigo documento, pela família Vaz Monteiro. O altar de talha verde e dourada ostenta colunas rectan-
gulares, cuja luz natural entra através de duas janelas em arco. O tecto, de abóbada de berço, apresenta uma interessante figuração de um cordeiro, e ao centro, uma representação mais contemporânea, com uma Cruz envolta por Anjos. As floretas, florões e as formas geométricas que decoram este tecto são em gesso pintado. Com acesso à sacristia, a Capela tem uma escadaria co-
municante com o andar nobre. A Saleta da Tribuna, espaço de representação social, permite através da Tribuna Nobre, vislumbrar as paredes da nave forradas a azulejos azuis e brancos do século XVIII. Na ficha registada pelo Engenheiro João Miguel dos Santos Simões em 16 de Março de 1958 sobre a “Casa nobre dos Barões da Arruda do Exmo. Sr. João Vaz Monteiro de Carvalho”, presente na Colecção Santos Simões - Inventário e Estudos sobre Azulejaria (Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian) lê-se o seguinte: “No nobre solar do último quartel do séc. XVIII (na verga da porta da capela data 1781) foram instalados azulejos na escadaria e nas salas. São painéis de pintura policroma e marmoreada do tipo grinaldas D. Maria I. Na capela onde avulta uma magnífica tela com N.ª S.ª dando Rosário a S. Domingos, estão as paredes decoradas com um silhar de painéis recortados, pintura azul, emolduramentos concheados, tendo nos campos centrais emblemas marianos. Este silhar assenta sobre um rodapé marmoreado amarelo. Toda esta azulejaria deve ser coeva da construção assinalada com a data 1781”.
Ana Raquel Machado* Sabe-se que aos emblemas marianos, oriundos das Litanias e em louvor à Virgem Maria estão associados os seguintes elementos: sol, estrela, lua, espelho, cipreste, lírio e rosa. Estão presentes na capela do Morgado sete emblemas, que passamos a enunciar: cão com vela sobre o globo; cruz dupla; lírios; poço; estrela; sol e lua. Aos dois primeiros associamos a iconografia de São Domingos e da Ordem Dominicana, o que de vem de acordo com a informação que temos vindo a recolher sobre esta capela; os últimos, emblemas marianos, relacionam-se também com as cartelas que encimam o altar e que invocam o culto a Nossa Senhora: “Avé Maria”. * Licenciada em História da Arte e Mestre em Arte, Património e Teoria do Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Pós-graduada em Gestão Cultural pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.
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