Jornal Valor Local Edição Maio 2023

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Valor Local

Entrevista Luís Mira, secretário-geral da CAP

Entrevista na 10 e11

presidente da Câmara de empurrar problemas com a barriga e de querer “um concelho para inglês ver”

Política na 21

Pedra de Ouro em Alenquer, um segredo bem escondido da Arqueologia

Infraestruturas de Portugal

Infraestruturas de Portugal

prepara revolução em Vila Franca tendo em vista a passagem do TGV

prepara revolução em Vila Franca tendo em vista a passagem do TGV

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Jornal Regional • Periodicidade Mensal • Director: Miguel António Rodrigues • Edição nº 123 • 18 maio 2023 • Preço 1 cêntimo
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Vila Franca de Xira Vereadora da CDU acusa
“Não convidámos nenhum membro do Governo para a Feira da Agricultura como forma de protesto”
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Sociedade na
Sociedade na

Inaugurada a requalificação do Jardim da Praça da República em Salvaterra

ACâmara Municipal de Salvaterra de Magos inaugurou na segunda-feira, 1 de maio, a obra de requalificação e beneficiação do Jardim da Praça da República, em frente ao edifício dos Paços do Concelho.

Na cerimónia, o Presidente da Câmara Municipal, Hélder Esménio mostrou-se orgulhoso com o resultado final e frisou que “além de melhorarmos passeios e zonas de circulação pedonal e de definirmos estacionamentos, ampliámos áreas verdes e de lazer, plantámos mais quase duas dezenas de árvores e reforçámos o mobiliário urbano”.

“Há muitas formas de tratar intervenções como a que aqui fizemos, o que nunca aceitámos foi tentar fazer uma réplica do que existiu em dado momento da história, pois não passaria de uma tentativa de imitação, sem valor histórico ou patrimonial”, referiu, acrescentando “optámos sim, em respeito a essa história e memória, por deixar painéis em azulejo pintados à mão com algumas imagens que preservam para a posteridade este espaço, as suas vivências e utilizações”.

A intervenção realizada preservou o busto, que já existia no local, do rei D. Dinis, que outorgou foral a Salvaterra de Magos a 1 de junho

de 1295 e dotou a Praça de um outro busto – do rei D. Manuel I, que em 1517 concedeu um novo foral a Salvaterra de Magos.

Foi também assinalada, com um elemento vertical em cantaria, a localização que o pelourinho, possivelmente manuelino, teria nesta

Praça. “Deixámos apenas um testemunho da sua localização e não uma réplica”, explicou Hélder Manuel Esménio.

A requalificação e beneficiação do Jardim da Praça da República teve um valor de 453 mil 91 euros e contou com apoio de Fundos Estruturais Europeus (FEDER), no âmbito do Portugal2020, PO Alentejo, Programa de Apoio à Regeneração Urbana (PARU).

A praça da república

Foi em torno desta praça, atualmente designada da República, que Salvaterra de Magos desenvolveu um povoado medieval, cuja referência mais antiga remonta a 1295, aquando da outorga de foral pelo rei D. Dinis a esta localidade. Ao redor desta praça encontravam-se os principais edifícios históricos: Igreja Matriz, construída em 1296, o Paço Real do séc. XIV e os Paços do Concelho. A partir desta Praça são definidos vários arruamentos retilíneos que vão dar ao Cais da Vala, importante entreposto fluvial, que teve grande importância comercial desde a Idade Média até à primeira metade do

séc. XX. Era a este Cais que aportavam os elementos da família real quando se deslocavam sazonalmente, durante os meses de inverno, para o Paço Real de Salvaterra de Magos.

No que respeita à toponímia, esta praça era conhecida por “Praça do Pelourinho”, que foi apeado em 1872. Em 1904 foi designada por “Praça Dr. Oliveira Feijão”, um importante agricultor que desempenhou o cargo de Presidente da Real Associação Central de Agricultura Portuguesa e que se dedicou à promoção da viticultura de Salvaterra de Magos. Em 1910, com a implantação da República, passa a designar-se Praça da República, uma mudança simbólica e ideológica, topónimo que ainda hoje mantém.

Para não perder a memória histórica deixaram-se na requalificação, testemunhos, em painéis de azulejos pintados à mão, de imagens representativas das vivências e utilizações deste espaço. Foi também assinalada, com um elemento vertical em cantaria, a localização que o pelourinho, possivelmente manuelino, teria nesta praça.

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Presidentes da Câmara e da União de Freguesias no descerrar da placa de inauguração

Miguel Nabeto da Alunos de Apolo de Azambuja apela à Câmara para que reconheça o mérito dos atletas do concelho

AEscola de Dança “Alunos de Apolo de Azambuja” está a completar 11 anos de atividade. Com novas instalações na Associação Cultural e Desportiva dos Casais de Baixo, Miguel Nabeto, o responsável, faz um balanço positivo de todos estes anos, pese embora a escola tenha sofrido com a pandemia. Ainda assim, Miguel Nabeto refere que a sua escola tem alcançado bons resultados no panorama regional e nacional. Contudo faltam incentivos por parte da Câmara, nem que seja anímicos, e nesta entrevista ao Valor Local recorda um pedido que fez aos candidatos nas últimas autárquicas – que a Câmara distinga os atletas do concelho como já se faz noutras localidades.

Para o professor, e fazendo um balanço da atividade da escola “felizmente temos conseguido sempre ultrapassar todos os obstáculos que nos aparecem no caminho” e reforça: “Não deixo de ter atletas em pódios, a maioria deles, todos ou quase todos estão sem-

pre nos três primeiros lugares”. Miguel Nabeto dá como um dos exemplos uma aluna mais nova que começou por ficar nos últimos lugares, “mas desde o ano passado por hábito consegue ficar nos primeiros quartos lugares entre 30 e tal atletas”, explicando que este tipo de resultados só se consegue com empenho dos alunos e professores e através das condições proporcionadas, “porque os resultados são francamente bons para uma escola que tem 11 anos”. Para o professor, é necessário existir “uma entrega muito grande da parte dos professores e acima de tudo sermos amigos dos nossos alunos”, referindo que acima de tudo tem de existir confiança entre aluno e professor para se obter bons resultados. Com lugares em pódios nacionais, a Alunos de Apolo de Azambuja, tem vindo a conseguir também outras posições de destaque a nível nacional, mas Miguel Nabeto realça acima de tudo “o orgulho” de representar o concelho.

O professor lembra que, indepen-

dentemente, de tudo, e das questões individuais, o nome que se realça sempre é do concelho, e lamenta a atual política de apoios do município de Azambuja. “Não vou estar a dizer que não apoiam, mas apoiam aquilo que lhes convém e não aquilo que deviam”, e recorda o debate promovido pela escola

sobre a política desportiva do município aquando das últimas autárquicas.

Na altura “uma das coisas que pedi junto dos candidatos relacionava-se com uma homenagem de mérito aos atletas, tendo em conta as suas classificações e representações”, recorda. É algo que se-

gundo Miguel Nabeto podia ser importante para a motivação dos atletas, assim como acontece noutros municípios. Até ao momento, refere que não viu esse passo ser dado, mas recorda que a Câmara já pediu as classificações dos atletas, o que na sua opinião, pode ser um primeiro passo.

“O objetivo seria homenagear, digamos, a parte desportiva, o mérito desportivo. Não falo só da minha escola, mas de todo o desporto concelhio”, diz, reforçando que isso já se passa na maioria dos concelhos do país.

Ainda assim, refere, que os tempos são de mudança e de retomada do pós pandemia. Miguel Nabeto assume que o regresso está a ser mais lento do que esperava. Daí que tenha criado incentivos através de algumas mensalidades gratuitas.

Para o professor, o regresso é lento e foi mais notório nas danças sociais, já que estamos a falar de pessoas mais velhas, que de uma certa forma ainda encaram com desconfiança o regresso à normalidade.

No entanto, Miguel Nabeto acredita que esta é apenas uma fase, e que a escola está a demonstrar bons resultados, o que aliado às boas condições das novas instalações poderá proporcionar mais alunos e praticantes de danças de salão.

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Escola de dança tem alcançado bons resultados a nível nacional

Pedra de Ouro em Alenquer, um segredo bem escondido da Arqueologia

Noconcelho de Alenquer, na localidade da Pedra de Ouro, recentes escavações arqueológicas prometem guindar este sítio ao patamar em que já se encontram outros na região. Com ocupação no fim do Calcolítico, a denominada Idade do Cobre (3300 a 1200 A.C), a Pedra de Ouro é um recinto murado classificado como monumento nacional desde 17 de julho de 1990. Uma das particularidades que tem vindo a desafiar a comunidade arqueológica, nos últimos tempos, prende-se com a estrutura subretangular do sítio que só encontra paralelo com outras congéneres no sul de França, a que acresce o facto de ter conhecido um povoamento mais rápido e tardio em comparação com outras estruturas do mesmo tipo na região como a Ota, Vila Nova de S.Pedro, ou Forte do Paço em Arruda dos Vinhos, todas elas do período Calcolítico. André Texugo, arqueólogo do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ), deu a conhecer o sítio da Pedra de Ouro à reportagem do Valor Local que se desenvolve ao longo de um hectare com três muros. O local podia servir de defesa. O monumento fica num cabeço com vista privilegiada para o Rio Grande da Pipa e ao longe ainda é possível vislumbrar o Tejo pelo que é possível que aquele fosse um sítio de defesa das populações.

Este é mais um dos sítios calcolíticos descobertos e explorados por Hipólito Cabaço (1934), entre as décadas de 1930 e 1940, e dos quais não há registos diretos das intervenções. Estas encontraram eco nas publicações de Afonso do Paço (1940 e 1966), Ernâni Barbosa (1955 e 1956), Vera Leisner e Hermanfrid Schubart (1966 e 1969) e, mais recentemente, Gertrudes Branco (2007). Ainda assim, não se conhece a localização das intervenções, não existindo qualquer tipo de registo de campo e mesmo do tempo despendido no sítio. A classificação da Pedra de Ouro foi proposta em 1990 pelo professor catedrático Victor Gonçalves, após a segunda intervenção (e última) de escavações arqueológicas no sítio. Um dos grandes desafios passa agora pela sua limpeza, algo que o município de Alenquer pretende levar a cabo, de forma que possam ser desvendados mais segredos desta pérola arqueológica do concelho. “Segundo Vera Leisner e Schubart é possível que o sítio não se remeta apenas a esta plataforma, podemos ter aqui socalcos do género do Douro que podem ter sido ocupados”, acrescenta André Texugo. A identificação, por outro lado, daquilo que podia ser uma torre com estrutura funerária, composta por pedras de variadas dimensões, de forma circular, e que remeteriam para a existência de enterramen-

tos, os denominados Tholei, também é uma das particularidades do local. Torres Vedras, SintraPraia das Maçãs, e Lourinhã têm estruturas deste tipo, mas em Alenquer ainda não tinham sido identificadas. “Este sítio tem coisas extremamente singulares. O facto de ter este formato subretangular é muito raro. Questiona-se se esta estrutura é menos antiga do que outras do mesmo género no Calcolítico. Por outro lado, será esta uma adaptação ao esporão da Pedra de Ouro?”, deixa no ar o arqueólogo. O monumento que terá cerca de 4500 anos, datado do Calcolíti-

co Final, conheceu depois um enterramento 1000 anos depois já na Idade do Bronze de uma mulher e de uma criança acompanhadas de uma cerâmica, o que também não deixa de ser “um dado curioso”. “Queremos perceber por que se foram enterrar aqui. O recipiente encontrado não é típico do Calcolítico”. “Seriam estas pessoas originárias daqui? É o que pretendemos vir a estudar através de datações por radiocarbono”. Atualmente a ciência já consegue fazer um mapeamento dos locais habitados por um ser humano através de estudos isotópicos à dentição humana em que, por exemplo, se con-

segue determinar as fontes de água consumidas, que podem ter muitas variações geográficas consoante o seu predomínio de metais nesta ou naquela região ou até por localidade. Limpar a Pedra de Ouro; perceber a cronologia de cada um dos muros e como se conjugam para entender a evolução arquitetónica do sítio e por fim averiguar da estratégia ocupacional do mesmo são os próximos objetivos deste trabalho coordenado pelo arqueólogo André Texugo. No Museu Arqueológico do Carmo estão também expostos materiais resultantes das escavações que tiveram lugar na

FERSANT promove mais uma vez a região no CNEMA

A34.ª edição da FERSANTFeira Empresarial da Região de Santarém, iniciativa da NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém decorre de 3 a 11 de junho no CNEMA, em Santarém, em paralelo com a Feira Nacional da Agricultura / Feira do Ribatejo.

A feira conta com a presença de empresas de vários setores, desde a indústria e comércio, pas-

sando pelo turismo, tecnologia, energias renováveis, entre outros. Além disso, esta edição da feira destaca a oferta formativa da região, com a participação de escolas profissionais e ensino superior da região.

Uma das “grandes vantagens” de participar na FERSANT, sustenta a organização em comunicado de imprensa, prende-se com “a oportunidade de networ-

king com outras empresas, clientes e fornecedores, bem como de conhecer as últimas tendências e inovações do mercado”.

As empresas têm ainda a oportunidade de apresentar os seus produtos e serviços a um público vasto e diversificado, o que pode resultar em novos negócios e parcerias.

Além da presença de empresas, a FERSANT conta com um pro-

grama de atividades diversificado, que inclui conferências, workshops e exposições, que visam a partilha de conhecimento e a promoção da inovação e do empreendedorismo.

Este ano, destaque ainda para a cimeira internacional do projeto “Farm to Fork New Business”, financiado pelo Compete 2020 e Portugal 2020 no âmbito do Fundo Social Europeu, que se reali-

zará no dia 6 de junho. O evento visa discutir o crescimento e competitividade do setor agroalimentar, promovendo um debate alargado em torno de temas relacionados com a sustentabilidade, em linha com o Pacto Ecológico Europeu, incentivando, desta forma, a criação de novos negócios na área agroalimentar e promovendo a produção local focada na sustentabilidade am-

Pedra de Ouro, inclusive “uma importante figura em argila feminina”.

A Pedra de Ouro que terá tido uma ocupação humana de apenas 500 anos ao que se acredita numa diacronia mais fechada do que sítios contemporâneos na região vai permitir um olhar mais incisivo, segundo o arqueólogo, sobre a história deste povoado pré-histórico. O objetivo é também dar a conhecê-lo junto da população que desde já se encontra entusiasmada com as mais recentes escavações que devem regressar até ao ano que vem.

Rui Costa, vice-presidente da Câmara de Alenquer, destaca o trabalho desenvolvido pelo arqueólogo André Texugo, também ele natural do concelho, “pois despertou em nós um olhar diferente para a Pedra de Ouro, que tinha sido pouco valorizada no passado”.

“Queremos olhar para este monumento com mais interesse histórico. Temos previsto voltar a limpar o espaço num futuro próximo, e adquirir parte dos terrenos privados a três proprietários de algumas das parcelas, no sentido também de ultrapassar esta fase. O município já é proprietário de parte dos terrenos. A partir daí, queremos também organizar um projeto de valorização arqueológica de forma a criar um programa de visita mais organizado e que se continue a estudar a Pedra de Ouro”, destaca ao Valor Local.

biental.

Neste momento, a NERSANT ainda tem disponíveis as últimas vagas para a exposição de produtos e serviços no certame empresarial. As empresas interessadas em ser expositores devem contactar o Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos da Associação através dos contactos dame@nersant.pt ou 249 839 507.

Novo quartel da CVP de Aveiras vai ser uma realidade em setembro

Onovo quartel da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) de Aveiras de Cima deverá ser inaugurado em setembro próximo. Precisamente um ano depois do lançamento da primeira pedra com Ana Jorge, presidente daquela estrutura nacional de socorro, o empreiteiro encarregue da obra, prepara-se para a entregar à delegação de Aveiras de Cima. O processo teve avanços e recuos, mas depois de muitas vicissitudes, a obra, que vai custar cerca de um milhão de euros, to-

mou forma e promete melhorar a operacionalidade dos socorristas junto da população. Pedro Vieira, coordenador local, mostrou as instalações ainda em construção ao Valor Local, e fez questão de salientar as diferenças para os socorristas, que terão agora melhores condições para pernoitar no espaço, com zonas diferenciadas para homens e mulheres bem como uma área de lazer e outra para logística da instituição, que há muitos anos socorria-se de vários espaços na fre-

guesia para armazenar bens doados para distribuir à população.

Pedro Vieira sublinha também a necessidade de obter alguma fonte de receita, o que vai acontecer através da cedência de um bar a privados. Para junho, o empreiteiro deverá entregar o edifício à CVP. Depois vai caber à instituição alguns arranjos como as pinturas exteriores e os madeiramentos das janelas e das portas no interior. Os ajardinamentos e os arranjos exteriores vão ficar a cargo da Câmara Municipal de

Azambuja, que se comprometeu a fazer estes últimos melhoramentos.

Pedro Vieira fala num sonho que vai ser uma realidade em breve “e se existir quem ainda tenha dúvidas que esta obra está a acontecer, pode vir visitar-nos e constatar”. O coordenador recorda também que ao nível da gestão das viaturas, agora “vai ser tudo mais fácil” com parqueamento da frota no mesmo espaço, quando até aqui “tínhamos os carros espalhados pela vila”.

O responsável salienta que algumas obras ficaram de fora do caderno de encargos, porque considerou-se que a CVP tinha capacidade de as fazer à parte. Ainda assim conseguiram alguns apoios importante de várias empresas.

Em causa estão as loiças sanitárias, as pinturas interiores e exteriores e até os painéis fotovoltaicos para a energia diária da instituição. Tudo isto com recurso a donativos, e com mais valias para a instituição.

Em setembro último, António Tor-

rão, presidente da Junta de Aveiras de Cima, destacou o momento como importante, sobretudo tendo em conta a necessidade de um novo edifício para a instituição. Também Silvino Lúcio, presidente da Câmara, vincou o apoio do município a esta obra, relevando o papel da CVP no socorro no concelho. Já Ana Jorge, a presidente da direção nacional, sublinhou a importância do ato para a motivação e para a operacionalidade dos socorristas da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima.

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André Texugo mostra uma estrutura circular onde terá ocorrido um enterramento

Infraestruturas de Portugal prepara revolução em Vila Franca tendo em vista a passagem do TGV

Aquadruplicação da linha de caminho de ferro entre Vila Franca de Xira e Alhandra vai mesmo avançar. Segundo estima a Infraestruturas de Portugal (IP) a obra deverá ir para o terreno depois de sujeita a Avaliação de Impacte Ambiental de todo o projeto. Até 2030 a linha de alta velocidade que liga Lisboa ao Porto deverá entrar em funcionamento. Este é um desígnio que integra o Plano Nacional de Investimentos 2030 e que tem um custo de 3,5 milhões de euros. Representantes da IP estiveram presentes numa reunião de câmara extraordinária de Vila Franca de Xira, no início do mês, onde deram a conhecer, entre outros aspetos do projeto, que a atual estação da CP de Alhandra será para demolir, parte do Jardim Constantino Palha, na sede de concelho, será afetado e pode desaparecer, assim como, um conjunto de casas que será sujeito a expropriação, mais um leque assinalável de árvores a arrancar, sobretudo em Alhandra. Os responsáveis da IP enfatizaram que haverá mais e melhor transporte ferroviário, novas possibilidades de ligação ao transporte rodoviário e mais lugares de estacionamento nas duas localidades do concelho afetadas.

Carlos Fernandes, vice-presidente da IP, e Manuel Gil, gestor do projeto, referiram que a intervenção a ter lugar no concelho de Vila Franca de Xira terá um grande impacte nas ligações de alta velocidade en-

tre as duas principais cidades do país, dado que atualmente o maior foco de congestionamento no tráfego ferroviário acontece sobretudo à passagem por aquele concelho afetando assim os cerca de 1600 comboios de passageiros e mercadorias que todos os dias utilizam a Linha do Norte. Com a nova linha em perspetiva, o objetivo é que se faça a ligação entre Lisboa e o Porto em uma hora e 15 minutos. O TGV terá paragem nas estações de Campanhã, Aveiro, Coimbra B, Leiria e Lisboa (Gare do Oriente), e será compatível com o futuro aeroporto e a terceira travessia do Tejo. Segundo o projeto apresentado pelos técnicos da IP, será para demolir a atual estação da CP na localidade de Alhandra, e a nova será construída sobrelevada às vias. Haverá ainda necessidade de utilização de um espaço onde permanecem algumas casas devolutas da Cimpor para dar lugar a um parque de estacionamento, com 33 lugares a nascente e 215 a poente. Já em Vila Franca de Xira perspetiva-se construir uma nova estação da CP que garanta “novas acessibilidades rodoviárias francas”, com uma nova praça e uma toda uma centralidade que vai mudar a face daquela zona da cidade. A estação vai contemplar ainda espaços comerciais. A atual estação será uma espécie de núcleo museológico. Serão criados na envolvente 65 lugares de estaciona-

Técnicos da IP deram a conhecer o projeto

mento. Contudo a IP prevê que todo o projeto alavanque o estacionamento no geral e dos atuais 372 passem a ser 751 lugares. Já quanto à passagem de nível junto ao cais, o projeto prevê a sua supressão, sendo que a solução que está mais perto de ser consensual por parte da IP aponta sobretudo para a construção de uma passagem superior de mobilidade suave em espiral de uma ponta à outra da rua, na zona onde hoje se realizam as esperas de touros, a escassos metros da praça de touros. O acesso ao cais onde hoje se encontra também a Fábrica das Palavras seria acessível apenas às viaturas de socorro, dado que será fundamental para o projeto conquistar a área de estacionamento existente tendo em vista o desígnio da quadruplicação da via.

Será ainda necessário proceder-se à expropriação de alguns moradores residentes naquela zona da cidade.

O abate de árvores será uma das faces visíveis do projeto, cerca de 160 no total, e durante a apresentação, o presidente da União de Freguesias de Alhandra, S. João dos Montes e Calhandriz, Mário Cantiga, expressou a sua preocupação, tendo em conta que uma das importantes cortinas arbóreas da vila pode vir a ser derrubada com este projeto. Também o presidente da Câmara de Vila Franca, Fernando Paulo Ferreira, solicitou que a IP assinale devidamente na sua documentação quais as zonas de incidência neste arranque de árvores. Foi garantido por parte do organismo do Estado que se prevê a replantação com novos exem-

plares muito além das 160 árvores. A IP garantiu ainda face às questões da oposição PSD, Chega e CDU, e de alguns populares, que embora o comboio de alta velocidade não pare na estação de Vila Franca, o concelho vai beneficiar por via indireta do aumento do número de composições suburbanas, numa espécie “de metro à superfície com comboios de cinco em cinco minutos”. Foi garantido ainda que os níveis de ruído não serão amplificados com a quadruplicação, dada a tecnologia utilizada nos novos comboios. “O próprio material circulante já reduz o ruído e este não será superior ao que já existe”, apesar do aumento do número de composições em perspetiva. Os proprietários que podem vir a ser alvo de expropriação serão contactados em tempo oportu-

A última lavadeira dos tanques de Vila Nova de S. Pedro

Ainda há quem vá lavar a roupa nos tanques municipais na região. É o caso de Maria Leonor Martins que encontrámos, numa destas últimas semanas, nos tanques de Vila Nova de S.Pedro, no concelho de Azambuja. A União de Freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de S. Pedro, no último mandato, procedeu à requalificação do espaço, nomeadamente, com a instalação de uma peça de azulejo que dá outro colorido. A água já brota daquela fonte “há mais de um século”, refere à nossa reporta-

gem o presidente da junta, José Avelino Correia. O telhado foi recuperado, e no espaço foi colocado um novo tanque com capacidade para mais de cinco mil litros de água com transbordo de água para o tanque de lavar a roupa. Por outro lado, fica também acessível para a agricultura. O autarca lembra que em outros tempos todas as mulheres vinham lavar a roupa a este tanque, “mas ainda vão subsistindo algumas”. É o caso de Maria Leonor Martins que todos as semanas cumpre a rotina de lavar alguns algui-

dares de roupa neste que é quase uma espécie de passatempo ou de desporto ao ar livre, conforme queiramos considerar. “Enquanto puder venho todas as semanas”. Confessa que tem máquina de lavar roupa em casa, mas não dispensa para já vir lavar a roupa no tanque da freguesia, até porque “a roupa fica mais bem lavada se for à mão”. A mãe e a avó lavaram no rio, mas hoje não são muitas as mulheres da terra a optarem por esta forma de cumprirem uma das tarefas domésticas mais exigentes. As máquinas vieram

poupar tempo e muita trabalheira. “Eu quando me canso a lavar a roupa, fico uns minutos a descansar. Tenho tempo”, apressase a dizer. Hoje os tanques da aldeia são especialmente escolhidos pelos habitantes da terra quando toca a lavar tapetes. “Em outros tempos este era o local onde tudo se ficava a saber quando as mulheres vinham lavar a roupa”, um pouco como as tabernas para os homens. A habitante de Vila Nova de S.Pedro saúda a obra da junta “até porque assim poupamos água e luz em casa, e fazemos exercício”.

Carregado: Zona de lazer junto ao Tejo “sem condições”

Overeador do PSD na Câmara de Alenquer, Nuno Henriques, lamentou a falta de condições existente numa zona de lazer junto ao Tejo na freguesia do Carregado, onde “as pessoas fazem os seus piqueniques em churrasqueiras que precisam de manutenção, e onde nem sequer existe uma casa de banho”. Há longos anos

que o espaço grita por uma requalificação, mas apesar de alguns contactos entre a Câmara e as entidades proprietárias do terreno em causa, a EDP e a EPAL, até hoje não foi possível dar outra dignidade àquela zona junto ao Tejo na freguesia do Carregado. “As pessoas têm o direito de usufruir da natureza. O espaço apre-

senta-se degradado e sem condições. Podemos ter ali um problema de saúde pública. Façam alguma coisa nem que seja colocar casas de banho provisórias. Muitos dos frequentadores que são também munícipes fazem ali assados sem condições nenhumas”, lamentou Nuno Henriques. Na resposta, o presidente da Câ-

mara, Pedro Folgado, argumentou que esta preocupação com aquela zona de contacto com o Tejo “existe há muitos anos”. “Ainda antes do senhor ter vindo para o concelho de Alenquer”, sentenciou. O local é composto por uma faixa que se insere no espaço público municipal, mas “é necessária autorização dos outros dois proprietários

(EDP e EPAL), nomeadamente, no primeiro caso estamos a falar de um mostro burocrático, e apesar das pressões, até por ofício, que temos vindo a efetuar ao longo dos anos não tem sido possível que se possa avançar com um projeto de requalificação daquela frente ribeirinha”, que começa na Escola Básica Integrada do Carregado. Fol-

no, durante 2025, e será o tribunal a decidir sobre qual o valor das indemnizações. Para Carlos Fernandes, o que está em cima da mesa “é seguramente melhor do que aquilo que tínhamos no passado, que previa a construção de um novo troço que rasgava completamente Vila Franca de Xira”. Já o presidente da Câmara de Vila Franca apelou a uma minimização dos impactes, e que o projeto do TGV não se faça às custas do sacrifício deste concelho. “Deve ser minimizado o ruído, acauteladas e até aumentadas as ligações a Lisboa a partir da Castanheira, devemos ter aqui no concelho uma periodicidade e uma rapidez como se de um verdadeiro metro se tratasse”.

Depois desta apresentação, o tema levantou celeuma numa reunião de Câmara posterior com a CDU e o PSD a lamentarem que o projeto possa vir a destruir as vivências ribeirinhas de Vila Franca com as zonas do jardim Constantino e da beira rio a serem as mais afetadas, pelo que o município, no entender daquelas forças políticas, deve fazer o que estiver ao seu alcance para que Vila Franca não pague a fatura do desenvolvimento do país à custa das servidões inerentes ao projeto do TGV. Fernando Paulo Ferreira referiu que aguarda pelo envio de mais documentação por parte da IP, mas que partilha das mesmas preocupações.

gado acrescentou que a União de Freguesias de Carregado e Cadafais “de alguma forma tem feito manutenção, embora não de forma recorrente”. O autarca respondeu ainda que vai agilizar junto da união de freguesias para que providencie, pelo menos nesta fase, casas de banho públicas para o local.

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Maria Leonor Martins mostra que ainda tem genica para este exercício semanal

Crimes de violência doméstica crescem na região mas há mais vítimas a denunciar

No ano de 2022 e na área de abrangência do nosso jornal, na zona que compreende os concelhos da Lezíria do Tejo de Azambuja, Cartaxo, Salvaterra de Magos e Benavente aumentou o número de queixas de violência em 2022, segundo os últimos dados. A realidade da violência doméstica acaba por ser o tipo de queixa mais predominante. Segundo Gustavo Duarte, psicólogo do Associação Portuguesa de Apoio à Vítima- Santarém, em declarações ao Valor Local, no ano passado, através da Equipa Móvel de Apoio à Vítima da Lezíria do Tejo, registaram-se os seguintes dados – No Cartaxo 35 utentes denunciaram casos de violência o que resultou em cerca de 134 atendimentos e diligências. Em Azambuja 35 pessoas recorreram à ajuda da APAV, e daí procedeuse a 144 atendimentos e diligências. Já em Benavente foram registadas queixas de 43 pessoas (182 atendimentos e diligências).

Por último, no concelho de Salvaterra de Magos foram registados 29 utentes (58 atendimentos e diligências).

Ainda por concelho e segundo estes mesmos dados, no do Cartaxo, a maioria dos utentes em 2022

(81 por cento) eram do sexo feminino, restando 16 por cento do sexo masculino. Mais de 60 por cento das denúncias referiam-se a crimes de violência entre adultos com prevalência para casos de crimes praticados na mesma casa

Complexo de padel abre

U m grupo de empresários criou um projeto de padel para Arruda dos Vinhos, cuja primeira fase da obra será inaugurada, ao que tudo indica em junho. Amantes da modalidade abraçaram o projeto que resultou de uma hasta pública lançada pelo município com vista a criar um complexo da modalidade. Pedro Martins, da associação Arruda Fun Padel, um dos

responsáveis do projeto, destaca que o complexo vai ter três campos para a prática deste desporto, sendo que o objetivo final é construir mais dois no espaço de um ano.

O complexo situado na Urbanização Fonte do Ouro na sua globalidade tem uma área de 1900 m2 que contempla para além dos campos para a modalidade, uma área social. O projeto teve

onde vivem vítima e agressor. Em Benavente, a prevalência também vai para esta faixa etária. Contudo a violência contra crianças e jovens já chega aos 30,2 por cento podendo estarmos aqui perante casos explícitos dentro da vertente da violência no namoro. Na globalidade das denúncias 72 por cento dos utentes eram do sexo feminino e 9,21 por cento do sexo masculino. Já no concelho de Azambuja, 27 dos utentes em 2022 eram do sexo feminino e seis do sexo masculino. Também aqui a violência doméstica domina, sendo 65,7 por cento das ocorrências registadas entre pessoas entre os 18 e os 64 anos. Em Salvaterra de Magos, 62,1 por cento dos utentes eram do sexo feminino e 17,2 do sexo masculino. O crime de violência doméstica atinge cerca de 58,6 por cento neste concelho com preponderância nas freguesias de Marinhais e Foros de Salvaterra, quando nos outros concelhos a maioria das incidências tem

lugar no principal centro urbano ou na principal freguesia de cada um. Neste último concelho “temos tido um crescimento da nossa intervenção”, destaca Gustavo Duarte, daí o número de casos ser menor em comparação com outros concelhos, embora tenham subido pois no ano passado apenas se registaram 24 denúncias. Gustavo Duarte explica que apesar de alguma subida dos números ainda que muito ligeira (na ordem de um ou dois casos a mais por concelho) também há mais vítimas a denunciar, “devido ao fim da pandemia”. O responsável sustenta que o quadro da violência doméstica apresenta muitas nuances e que há que estar atento aos primeiros sinais que passam pela violência psicológica que não deve ser subestimada, que se apresenta sob formas de controlo e de humilhação da vítima. “As pessoas alimentam a esperança que o parceiro ou parceira vá mudar de atitude e continuam numa relação tó-

em junho em Arruda dos Vinhos

um custo até à data de 300 mil euros, uma quantia reunida pelos sócios. O projeto também do município de Arruda dos Vinhos contempla um horizonte temporal de 20 anos, revertendo após esse período para o município, tendo em conta também a amortização dos investimentos. Nesta fase, procede-se à cobertura do espaço, “algo importante para permitir a prática do des-

porto independentemente do estado do tempo”. O complexo abarca ainda uma loja, bar com esplanada, e balneários.

“A procura por este desporto começa a ser crescente, e há um aparecimento de novos clubes, porque na zona de Lisboa já escasseiam os espaços. A área social era importante porque também quisemos ter aqui algo de requinte, que não apenas os

O Serviço de Esterilização no HVFX, EPE – Finalidade e Importância

O serviço de esterilização, do HVFX, EPE presta um serviço fundamental para a Segurança das pessoas e Qualidade da assistência prestada aos doentes e pauta-se por elevados níveis de excelência.

O enfermeiro da esterilização trabalha em conjunto com os restantes profissionais de saúde de toda a unidade hospitalar por forma a garantir que o circuito dos Dispositivos Médicos, desde a utilização até ao reprocessamento e vice-versa, decorra sem incidentes.

O enfermeiro do serviço de Esterilização, para além das funções que são transversais a todos os serviços onde a enfermagem está presente, deve ainda:

* Ser o garante da qualidade e segurança por forma a promover a melhoria contínua da qualidade.

* Supervisionar e garantir o adequado reprocessamento dos materiais;

* Zelar pela integridade e funcionalidade dos mesmos;

* Assegurar as manutenções preventivas e o tratamento das avarias dos equipamentos;

* Assegurar as calibrações (confirmação dos parâmetros pressão, humidade e temperatura) dos equipamentos;

* Assegurar a utilização de indicadores químicos em cada processo para que o utilizador visualmente confirme a sua mudança de cor;

* Assegurar a utilização de Indicadores biológicos de acordo com o instituído;

* Ser o elo de ligação “da comissão de controlo de infeção” (UL-PPCIRA), zelar pela prevenção das infeções e pela implementação e manutenção de normas que asseguram o

excelente funcionamento do serviço;

O Serviço de Esterilização, é uma unidade de apoio clínico, com autonomia técnica, recursos materiais e humanos com o objetivo de realizar todas as tarefas inerentes ao reprocessamento de Dispositivos Médicos reutilizáveis, ou seja, todos os materiais necessários utilizados nas salas de bloco operatório para se realizarem, com sucesso, as cirurgias.

A Central de Esterilização funciona 16 horas por dia, das 8h00 às 23h00 horas, todos os dias da semana, de modo a assegurar a quantidade de material processado atempadamente aos diversos serviços utilizadores. A proximidade com o Bloco Operatório quer em termos físicos quer de relacionamento, permite uma resposta em tempo útil, contribuindo para um desempenho eficaz e eficiente nos diferentes atos cirúrgicos.

O serviço de esterilização divide-se em duas zonas completamente distintas, zona de descontaminação (receção triagem e lavagem de materiais) e zona de preparação (inspeção, preparação, embalagem, esterilização e armazenamento (dos referidos materiais).

Todos os Dispositivos Médicos que penetram no corpo humano, quer por intervenção cirúrgica quer por qualquer outro procedimento invasivo, são considerados materiais críticos e requerem um processo de esterilização.

A esterilização de um dispositivo médico é um processo desenvolvido e validado para eliminar a carga microbiana, nas suas várias formas, assegurando a sua esterilidade.

O processo de recolha, lavagem, inspeção, embalagem, esterilização, armazenamento e entrega são efetuados pelos

xica. Há quem nos procure num momento de crise, e depois dá-se o retrocesso e pedem para não as contactarmos, mas mais tarde acabam por nos procurar de novo”.

A APAV fornece ainda dados quanto à violência sobre idosos. Sendo que no ano passado foram registadas três queixas deste género no concelho do Cartaxo; quatro em Benavente; seis em Azambuja e duas em Salvaterra de Magos. Esta é uma variante muito difícil de denunciar “porquanto a vítima ainda é mais dependente do agressor”. “Normalmente vivem com os filhos, que acabam por praticar este tipo de crime através da subtração de quantias financeiras e da negligência. Muitas das queixas que são feitas chegar acabam por partir de amigos ou vizinhos que desconfiam de algum tipo de comportamento”. “Sendo um crime público é dever de todos denunciar este tipo de crimes”, sublinha.

campos em si. No nosso caso, queremos dar resposta aos praticantes da modalidade da zona Oeste e norte de Lisboa”, enfatiza Pedro Martins. Após a inauguração, a utilização dos campos terá de ser feita mediante pagamento com reserva prévia. A Câmara de Arruda dos Vinhos reservou a possibilidade de os alunos das escolas frequentarem esta nova valência no muni-

cípio.

De modo a atrair mais entusiastas para a modalidade, a associação está a levar a cabo uma campanha de comunicação “com distribuição de conteúdos impressos e online” para dar a conhecer o complexo, em que “as pessoas podem jogar ou ter aulas”. O complexo vai estar a funcionar todos os dias da semana.

Valor Científico

Assistentes Operacionais, profissionais da esterilização devidamente integrados e treinados, sempre auxiliados por equipamentos específicos e supervisionados pelos profissionais de enfermagem.

Os profissionais que trabalham no serviçoo de esterilização não prestam assistência direta aos doentes, mas são elementos cruciais na prevenção das infeções, pautando-se por elevados níveis de excelência para a Segurança das Pessoas e Qualidade da assistência prestada.

6 Valor Local jornalvalorlocal.com Sociedade Maio 2023
APAV sustenta que campanhas de informação levadas a cabo têm levado a que mais pessoas denunciem estes crimes Enfermeiros do serviço de Esterilização do Hospital de Vila Franca de Xira
Parceria entre o jornal Valor Local e o Hospital de Vila Franca de Xira

Madalena Tavares e o sonho da nova escola secundária de Azambuja

É com otimismo que a professora Madalena Tavares, diretora do Agrupamento de Escolas de Azambuja, se refere à remodelação da Escola Secundária de Azambuja. Os passos têm sido pequenos e as decisões tomadas a conta gotas, mas a única secundária do concelho, prepara-se agora para uma nova fase. No dia em que o agrupamento celebrou o seu dia, a 28 de abril, Madalena Tavares dizia à reportagem do Valor Local que estava confiante, porque a existência do projeto, como é o caso, já seria meio caminho andado.

“Acredito que haja boa vontade e presumo que agora alguém acima de nós tenha apenas de desembolsar qualquer coisa para que se passe do sonho à realidade”, acredita.

Na escola ninguém quer acreditar que as obras de remodelação não vão ser uma realidade e por isso foram espalhados, neste dia do agrupamento que juntou centenas de crianças e jovens, “alguns cartazes com as imagens do projeto das obras para que comecem o quanto antes”, refe-

re Madalena Tavares que tomou posse para mais um mandato como diretora da escola nas últimas semanas.

A professora que sublinha o desgaste provocado pela pandemia e pelas paragens no ensino tradicional, vinca igualmente que para este mandato, um dos de-

sígnios será o retomar do tempo perdido.

“Estes anos de pandemia trouxeram constrangimentos maiores do que aqueles que a escola poderia antecipar, nomeadamente, o facto de os nossos alunos não terem estado em contato uns com os outros e não te-

rem estado em contato com a parte prática das diferentes disciplinas nas aulas”.

Para Madalena Tavares, essa ausência “trouxe-lhes menor ritmo de aprendizagem, às vezes maior dificuldade de articulação e de comunicação”. “Estamos, neste mandato, apostados em

reforçar toda essa componente da aprendizagem prática para que os alunos efetivamente não tenham resultados apenas com base no seu estudo teórico, mas através também do conhecimento prático”.

Para Madalena Tavares é importante que os alunos “desenvol-

vam cada vez mais as competências de comunicação, de autonomia e de boas escolhas no seu futuro” e acrescenta: “Começámos já no sétimo ano com a orientação vocacional para que cada vez mais cedo os jovens e as famílias percebam que há apostas que têm de ser feitas”.

Centro Tecnológico Especializado de Informática com apoio de 1 milhão e 100 mil euros

Uma das apostas da escola passa pelo novo Centro Tecnológico Especializado de Informática. O projeto já recebeu um financiamento de um milhão e cem mil euros, o que para a professora se traduziu numa “excelente notícia”. Baseou-se numa candidatura da escola “feita em condições um bocadinho difíceis no verão”. Sendo este um grande desafio, Madalena Tavares assume que maior será o desafio de o colocar em prática. “Somos a única escola secundária e por isso queremos ser a melhor resposta para todos os nossos alunos”.

7 Valor Local jornalvalorlocal.com Sociedade Maio 2023 PUB
Madalena Tavares tomou posse para mais um mandato à frente do agrupamento e fala das suas expetativas para as obras na Secundária
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convidámos nenhum membro do Governo para a Feira da Agricultura como forma de protesto”

Numa altura em que a relação dos agricultores portugueses está a ferro e fogo com a ministra do setor, Maria do Céu Antunes, entrevistamos Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal sobre os problemas na Agricultura, a falta de apoios, e o que falta fazer para o setor se modernizar. A escassos dias do início da Feira Nacional da Agricultura, Luís Mira revela que a ministra não foi convidada a estar presente na feira nem nenhum membro do Governo.

Valor Local - Estamos novamente a passar um quadro de seca severa em Portugal e no imediato o que pedem os agricultores? Foram anunciadas algumas medidas pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, mas consideradas com pouca consistência por parte dos produtores. Luís Mira- Nem o Governo nem a classe política em Portugal têm a noção ou a preocupação necessárias em relação ao recurso água. Ano após ano estamos a ter este debate porque estruturalmente não se consegue perceber isto, porque não faz parte da agenda política do

Governo nem da oposição. Vou dar aqui o exemplo de França que também está a passar por uma seca, só que o ministro francês da Agricultura foi, esta semana, aos Pirenéus Orientais e garantiu um caudal mínimo para a rega para que de alguma forma se consiga amortizar as perdas da produção. Assinalou que isso era importante para a sobrevivência das plantas. Cá não se tem noção disso. Tudo isto entronca na soberania alimentar francesa em última análise. Por outro lado, o Governo daquele país cobrirá as perdas resultantes da seca, incluindo as dos agricultores que não têm seguros. Será ainda atribuído um subsídio de solidariedade

nacional às produções mais afetadas pelos efeitos da seca. Cá ainda se esteve à espera que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) viesse dizer que estamos a atravessar uma seca para se tomar uma decisão, quando desde janeiro que não chove. Tudo isto só para compararmos as diferenças na abordagem aos problemas e as soluções encontradas.

Os nossos agricultores não estão à espera de grandes medidas por parte do Estado português.

Há uma grande falta de noção e de sensibilidade para os problemas. Apenas lhe li as medidas francesas, podia agora continuar com as espanholas. Ainda

em França, o Governo vai implementar um desagravamento fiscal sobre os terrenos agrícolas e um alargamento das contribuições sociais e pediu ainda um adiantamento à União Europeia das ajudas da Política Agrícola Comum. Contudo no site do ministério da Agricultura estão patentes algumas medidas para ajudar nesta situação da seca, nomeadamente, apoios para a construção de charcas.

O que se passa é que depois a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não dá autorização para a construção das charcas nem para a captação da água do furo. Portanto esse apoio é inexistente e passa por enganar

mais uma vez as pessoas. Ainda hoje vi nas notícias que a APA permitiu que se fizesse um furo no Algarve. É isto que o Governo mostra. O Governo vai andando com estas manobras de distração. Com a Confederação dos Agricultores de Portugal e a ministra de costas voltadas é difícil chegar a consensos e resolver os problemas do setor.

Continuamos a falar com a ministra, apenas não a convidamos para festas e feiras do setor, como será o caso da Feira Nacional da Agricultura. Nenhum membro do Governo será convidado. Há muitas formas de manifestar o nosso protesto. Al-

guns membros tiveram de ser desconvidados porque não há condições para estarem na feira. O Governo não mostra sensibilidade nenhuma para os nossos problemas. Como é que chegámos a este ponto? É apenas um caso de insensibilidade e de intransigência da ministra?

O que se passa é que as medidas não chegam aos agricultores. Nenhuma delas que foi aprovada no ano passado chegou aos agricultores. O Governo tem as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e entendeu que não faziam falta para o recurso –água. Isso é gravíssimo. Espanha investiu 25 mil milhões na

10 Valor Local jornalvalorlocal.com Entrevista Maio 2023
Luís Mira, secretário-geral da CAP
“Não
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gestão eficiente da água e Portugal 300 mil euros com a barragem do Pisão. Está tudo dito! Muito se fala aqui para o Ribatejo e nesta questão da seca, da criação do projeto Tejo, que se baseia numa autoestrada da água com expansão da área regada no Vale do Tejo com mais açudes e barragens naquele curso de água. Como é que a CAP vê este projeto?

É um projeto importante, mas importa que se saia do papel. Temos de decidir e concretizar essa solução de gestão eficiente da água. Mas voltamos ao mesmo: o Governo português não tem sensibilidade para um projeto desses.

Ao mesmo tempo assistimos a um galopar dos preços de bens essenciais alimentares nos supermercados, e mesmo com o IVA a zero por cento, o Governo já veio avisar que os preços de alimentos como o tomate, o pão e a batata podem aumentar, devido à seca.

É mais um constrangimento para os agricultores e para os consumidores. Quando temos uma seca desta dimensão, temos uma redução na produção de cereais de mais de 50 por cento, a que se juntam as contingências da guerra na Ucrânia. Não é com o IVA zero que se vai resolver isto.

As cadeias de hipermercados vieram culpar os produtores pelo aumento da inflação, ou seja, apontaram o dedo ao primeiro elo da cadeia. Como

é que viu esta tomada de posição?

Toda a gente sabe que os custos de produção aumentaram. Os adubos subiram 150 por cento, a energia 200 por cento, como tal tudo tem de ser refletido nos preços. Agora os agricultores não ganharam mais dinheiro com isso. Aliás o Instituto Nacional de Estatística adiantou que os agricultores tinham reduzido o seu rendimento em 12 por cento. Neste esquema todo de preços quem ganhou mais com esta conjuntura foi o Estado através dos impostos.

Um estudo da Pordata sustenta que em quase três décadas, a agricultura perdeu quase um milhão de trabalhadores, o que dá uma média de 30 mil por ano. Como é que analisa estas conclusões?

Esse estudo também pode ser revelador da crescente mecanização da agricultura. Basta olharmos para as vindimas, apanha da azeitona e do tomate, que hoje são maioritariamente com recurso a máquinas. Apenas a apanha de alguns frutos e hortícolas ainda recorre ao trabalho humano, mas caminhamos para que possa ser substituído pelo braço robótico.

Como é que tem sido a adaptação dos agricultores portugueses às alterações climáticas?

Têm-se adaptado através de ajustes nas culturas, introdução de novas tecnologias como o sistema gota a gota, sensores no solo, informação gerida por

computadores, procura de espécies mais bem adaptadas à seca. E não deverão ficar por aqui dado que as alterações climáticas são cada vez mais notórias e a seca é um reflexo disso.

Tudo isso aliado à necessidade de mais sustentabilidade ambiental?

Sim, mas há algo fundamentalprecisamos de uma cobertura 5G na agricultura para que com mais tecnologia possamos passar para um patamar mais elevado na sustentabilidade ambiental. Temos aparelhos que tratam cada metro quadrado do campo consoante as culturas e as necessidades do terreno e passa por aí a eficiência dos fatores de produção. É importante que os agricultores possam ter acesso a estas ferramentas que sabemos que não são para amanhã, mas são o futuro.

Foi anunciado o Plano Nacional do Regadio em 2018 que pretendia criar mais 100 mil hectares de novos regadios até este ano de 2023. Isto mesmo foi o que disse numa entrevista ao Valor Local o antigo ministro da Agricultura Capoulas Santos. Qual é o estado deste plano?

Tenho a certeza que esse plano tem andado muito lentamente e não está nada perto dos 100 mil hectares, mesmo a grande área que se projetava para esse objetivo, a do Alqueva, está com valores muito reduzidos em relação ao que se desejava inicialmente.

11 Valor Local jornalvalorlocal.com Entrevista Maio 2023
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Luís Mira acusa o Governo de falta de visão e de capacidade

Impasse na contratação de médicos pela Cerci

Flor da Vida imposto pelas entidades do Estado

Continua num impasse a assinatura do protocolo entre a Cerci Flor da Vida e as entidades da saúde tendo em vista a implantação do programa “Bata Branca” no concelho de Azambuja para dirimir a falta de médicos. Com a criação em perspetiva de uma nova estrutura para a gestão dos centros de saúde através da Unidade Local de Saúde que vai congregar no mesmo organismo o Hospital de Vila Franca e os centros de saúde dos concelhos de Azambuja, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Benavente, e Vila Franca, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) ficou despojada das suas competências para firmar por escrito este acordo que já tinha sido alcançado nos primeiros meses do ano de forma informal. A IPSS tem em carteira um conjunto de cinco clínicos disponíveis para em horário pós-laboral (das 17h30 às 22h30) prestar consultas no centro de saúde de Azambuja, mas segundo Armando Martins, do Movimento Cívico pela Saúde em Azambuja, segue-se agora um novo compasso de espera até que a nova entidade possa acelerar o processo e proceder à assinatura do protocolo.

Ao Valor Local, Armando Martins lamenta as falhas de comunicação que decorreram ao longo deste processo que apenas fizeram atrasar a entrada em funcionamento do projeto e com consequências

para os utentes, dado que no concelho continua a existir uma carên-

cia de clínicos. Apenas a diretora do centro de saúde, Raquel Cae-

tano, presta consultas de medicina geral e familiar. “Penso que quem de direito na ARS-LVT ou não tratou do assunto da melhor forma, ou então não percebeu o que se pretendia, porque quando dissemos que as consultas seriam em horário pós-laboral demonstraram novamente abertura”, refere Armando Martins. Recorde-se que na nossa última edição demos aqui conta que o processo tinha caído num impasse porque as entidades da saúde depois de terem concordado com a contratação dos médicos pela Cerci, voltaram atrás e argumentaram que estavam impedidas de prosseguir devido a um suposto imbróglio jurídico, dado que os médicos que já são pagos pelo SNS não podiam receber a dobrar pela mesma entidade. “Agora como perceberam que era fora do horário de trabalho, concordaram”, dá a conhecer Armando Martins. No passado dia cinco de maio, o presidente da Câmara de Azambuja reuniu-se com Manuel Pizarro, ministro da Saúde, que deu conta que vai tomar este assunto em mãos e inteirar-se do estado do programa “Bata Branca” para que o concelho não espere e desespere mais tempo pela disponibilização de médicos através da Cerci Flor da Vida. Ao Valor Local, Silvino Lúcio, presidente da autarquia, dá conta ainda que foram abertas

nove vagas para médicos para o concelho de Azambuja através do regime de colocação de clínicos da ARS-LVT, sendo que duas dessas vagas são indicadas como prioritárias, beneficiando os profissionais de incentivos financeiros à fixação. Os últimos concursos têm ficado desertos no concelho.

Ainda no concelho de Azambuja, um grupo de munícipes de Alcoentre foi à última reunião de Câmara queixar-se do facto de ainda não terem arrancado as obras, orçadas em 250 mil euros, na extensão de saúde local. Silvino Lúcio informou que houve atrasos na abertura do concurso para esta obra que ficará a cargo da ARS-LVT com recurso a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O autarca referiu que apenas foi informado da abertura do aviso nos últimos dias, lembrando que a ARS-LVT desejava encerrar definitivamente a extensão e só por insistência da Câmara é que não o fez. António Loureiro, munícipe de Alcoentre, lamentou a falta de informação relativa a este estado de coisas na freguesia em reunião de Câmara, dado que a extensão de saúde já deveria ter entrado em obras no início do ano. Atualmente os utentes daquela freguesia são obrigados a deslocar-se à unidade de saúde de Manique do Intendente para efeitos de passagem de baixas e de receitas médicas.

Câmara de Alenquer assina acordo com faculdade de medicina para melhores cuidados de saúde no concelho

Omunicípio de Alenquer formalizou um compromisso com a Faculdade de Ciências Médicas | NOVA Medical School (NMS) com a assinatura de um protocolo no âmbito do plano local de saúde, que visa o desenvolvimento de projetos e atividades conjuntos, de caráter clínico e pedagógico, com o propósito da promoção da saúde.

Os objetivos deste protocolo contemplam a criação do programa de prevenção de obesidade infantil; a criação do programa de promoção de saúde no trabalho; a

promoção de saúde do idoso; e ainda a criação de uma academia de formação para internos da especialidade de medicina geral e familiar, que prevê o acesso dos médicos internos às formações pós-graduadas da NMS a custo mais acessível.

Pedro Folgado, presidente do município de Alenquer, citado em nota de imprensa do município, afirmou que este protocolo vem “consolidar a relação com a NOVA Medical School, que já conta com várias edições da iniciativa Med On Tour, visando a

promoção de rastreios médicos gratuitos em todo o concelho”. Destacou ainda “a pertinência destas ações para minimizar o problema da falta de médicos e o seu impacto negativo no território”.

Helena Canhão, diretora da NOVA Medical School, destacou a importância das ações previstas neste protocolo numa “lógica de prevenção, capacitação, valorização de competências e também na promoção da saúde da população”, um dos objetivos maiores desta colaboração. Reforçou ain-

da o compromisso da NMS em ajudar a promover a saúde e o bem-estar no concelho de Alenquer, na prossecução de um concelho mais saudável e mais feliz.

Para Paulo Franco, vereador da Câmara Municipal de Alenquer com o pelouro da saúde, esta é a formalização de uma parceria que tem vindo a ser construída ao longo dos anos, mais concretamente desde 2018, e cujos efeitos da celebração deste protocolo “farão, seguramente, toda a diferença na promoção da saúde da população do concelho”.

Assinatura de protocolo entre a Câmara e as entidades envolvidas

Consulta Aberta com balanço positivo no Hospital de Vila Franca de Xira

OHospital de Vila Franca de Xira faz um balanço positivo da modalidade de Consulta Aberta implementada naquela unidade. O objetivo passa por “aliviar” as urgências. A funcionar desde novembro de 2022, a “Consulta Aberta”, já está a produzir alguns resultados, não só para os utentes como para os clí-

nicos.

Alfonso Graffe é um dos médicos que faz “Consulta Aberta” e destaca, citado em comunicado de imprensa, que esta modalidade permite que “cada doente se sinta mais perto do médico e por conseguinte que o hospital lhe está a dar uma melhor atenção”. Antes de chegarem à consulta

médica, os doentes são triados na urgência e depois encaminhados para a consulta de enfermagem. “Inicialmente vão à enfermeira, vemos os seus antecedentes, o que os traz cá e o que os preocupa, e depois seguem para o médico” como explicou a enfermeira Catarina Couceiro. Caso seja preciso, e depois da

consulta médica, poderá ser administrada alguma terapêutica, e nesse caso o doente regressa ao gabinete de enfermagem. O mesmo acontece se existir algum tipo de necessidade na realização de exames complementares ou análises.

“Esta é uma consulta dirigida a doentes urgentes, mas mais sim-

ples, de pulseira cor verde ou azul”, salienta o médico Alfonso Graffe que faz questão de deixar a mensagem de que “esta não é uma consulta para passar baixas ou mostrar exames ou análises, mas dirigida a doentes urgentes”.

A modalidade de “Consulta Aberta” foi implementada em novem-

bro de 2022 com o objetivo de descongestionar o Serviço de Urgência. A “Consulta Aberta” é de adesão voluntária e oferece aos utentes que se dirigem ao serviço de urgência, a possibilidade de consulta de enfermagem, consulta médica e acesso a análises e a exames complementares.

12 Valor Local jornalvalorlocal.com Saúde Maio 2023
Armando Martins destaca que ainda não foi desta que foi desfeito o nó na contratação de médicos pela Cerci

Vereadora da CDU acusa presidente da Câmara de empurrar problemas com a barriga e de querer “um concelho para inglês ver”

Avereadora da CDU na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Joana Bonita, acusa o executivo de Fernando Paulo Ferreira (PS) de “empurrar os projetos e as decisões com a barriga”. Numa entrevista de balanço de mandato, a vereadora sublinha que o atual executivo não tem como prioridade as pessoas, e por isso é crítica das decisões tomadas em reunião de Câmara, onde diz existir um “acordo quase tácito” com o PSD nas grandes questões.

No entanto, tem sido gradual a perda de votos por parte dos comunistas não só em Vila Franca, como no país, ainda assim e mesmo sem a presidência de nenhuma junta de freguesia no concelho de Vila Franca, e apenas com oito eleitos na Assembleia Municipal, a vereadora diz que não sente que a CDU esteja sozinha.

“Não nos sentimos sozinhos porque sabemos que são justas as reivindicações e as propostas que levamos. Temos a certeza de que representamos a solução para os problemas das pessoas”.

Joana Bonita faz um balanço positivo da atuação daquela força política no concelho, e recusa a ideia assente no facto de o partido ter feito parte da solução de Governo em 2015 em conjunto com o PS e Bloco de Esquerda, como algo que tenha estado na origem da perda de votos do PCP.

“O nosso balanço demonstra que não fazemos as coisas e não dizemos as coisas da boca para fora” e recorda: “Temos neste momento mais de 80 propostas e requerimentos apresentados na Câmara Municipal, e ainda um largo conjunto de outras propostas nas várias freguesias e na Assembleia Municipal. Todas ligadas aos 10 eixos que apresentámos na altura da campanha eleitoral, alicerçadas naquelas que são as vontades e as necessidades da população”.

Joana Bonita refere que a CDU está atenta aos problemas da população e dá como exemplos as áreas da saúde ou do ambiente, tendo em consideração as diferentes intervenções relativas à Pedreira de A-dos-Melros no segundo caso e a falta de médicos em todo o concelho no primeiro.

São menos os eleitos daquela força política, mas isso, refere a vereadora, acaba por ter um papel motivador “com a mesma garra, o mesmo compromisso e a mesma

força ou até mais”. “Como dizemos sempre, nós não viramos a cara à luta nem baixamos os braços”.

Ainda assim, a vereadora salienta que uma das razões que levaram à derrota dos comunistas, terá sido “a chantagem que foi sendo feita ao longo da campanha eleitoral relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência e a necessidade de manter, ou de virar a cor política das juntas de freguesia” na tentativa de ficarem “da mesma cor da Câmara Municipal”. No entanto, conclui, que ano e meio passado, o facto de todas as juntas serem PS “não resolveu absolutamente nada no concelho de Vila Franca de Xira”. Refere ainda que o atual presidente da Câmara prefere trabalhar com outras forças políticas como o PSD ou o Chega, e a CDU aparece como último recurso. “Aquilo que sentimos é que o PS não quer trabalhar connosco prefere trabalhar com o PSD, e muitas vezes com outras forças políticas ali representadas”, e lamenta que o executivo de Fernando Paulo Ferreira prefira “manter estas opções que tem vindo a tomar ao longo dos últimos 26 anos de poder socialista”.

A vereadora dá como exemplo o chumbo de uma proposta da CDU que isentava os comerciantes de taxas de ocupação de via pública, mas fê-lo para a empresa que tem a concessão das trotinetes durante os próximos dez anos. Nesse

sentido, Joana Bonita refere que a autarquia tem dois pesos e duas medidas.

Joana Bonita acusa Fernando Paulo Ferreira de “criar um concelho para inglês ver” e sublinha que essa não é a visão da CDU. “Não

queremos ser Lisboa. A CDU não tem esta visão política para o concelho de Vila Franca de Xira. Queremos beneficiar desta proximidade à capital, mas queremos manter a identidade do concelho”.

Joana Bonita defende ainda a

criação de espaços culturais no município, e recorda que existem associações que estão a sair de Vila Franca na área do teatro “porque neste momento não dispõem de espaços de ensaio”.

Joana Bonita recorda ainda o estado em que se encontra o Teatro Salvador Marques em Alhandra e a inexistência de uma sala de cinema, algo também notado pelo realizador João Botelho, numa passagem pelo concelho.

A vereadora lamenta também que não tenha sido possível realizar a reposição das freguesias. A proposta foi travada pela Assembleia Municipal pelo PS, e vinca que tal como estão não conseguem servir as pessoas, quer pelos horários das delegações, quer pela falta de transportes no concelho.

Segundo Joana Bonita, a construção da Loja do Cidadão no edifício da Auchan em Alverca não resolve os problemas das pessoas. A vereadora refere que a autarquia tem edifícios próprios e que se substitui ao estado neste campo.

Para a vereadora, as “vivendas das OGMA” seriam uma solução, que segundo o projeto da CDU, serviriam não só para habitação social, como vai acontecer agora no âmbito do programa 1º Direito, como para um posto central de apoio à população com os vários serviços que constam numa loja do cidadão.

Ouça esta entrevista na integra em podcast em jornalvalorlocal.com

21 Valor Local jornalvalorlocal.com Política Maio 2023 Vila Franca de Xira
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Joana Bonita entende que o concelho não melhorou agora que o PS lidera todas as juntas e a Câmara

Não nos TAPem (mais) os olhos!!

Ospolíticos Portugueses andam, quase todos, a contarnos mentiras sobre a TAP há demasiados anos. Em abono da verdade a empresa não recebe apoios diretos do Estado há mais de 20 anos (porque Bruxelas não o permite), mas a situação financeira da TAP já se vinha a deteriorar muito antes de 2019 e a desculpa da pandemia foi o pretexto para que o Estado lá enfiasse 3,2 MM de euros de di-

nheiro dos contribuintes. Apesar de não receber diretamente dinheiro do Estado, só se conseguia financiar com as condições com que se financiava, porque os empréstimos tinham a garantia explícita ou implícita do Estado.

Desde 2000, a TAP só apresentou lucros em 2 anos. Mesmo antes da pandemia, os prejuízos acumulados já tinham colocado a companhia aérea de bandeira

com capitais próprios negativos, ou seja, a TAP já estava em situação de falência técnica antes do impacto da COVID-19. Portanto a Covid acabou por ser a tábua de salvação da TAP. Quando o governo de Passos Coelho privatizou a TAP em 2015 fez muito bem. O Estado não tem que ser dono de companhias aéreas e sim deve concentrar-se naquilo que é absolutamente relevante para os cidadãos, não

numa lógica de Estado Mínimo, mas numa lógica de Estado que possamos pagar. E a gestão de companhias aéreas não cabe aqui seguramente.

Peço que me ajudem a perceber qual foi a vantagem para Portugal da reversão feita por António Costa da privatização da TAP feita pelo governo de Passos Coelho.

E agora aqui chegados com a comissão de inquérito parlamen-

tar em curso vão desfilando perante os nossos olhos e ouvidos aquilo que muitos já suspeitavam. A TAP “tem sido a vaca sagrada do regime socialista e da sua governação. Indemnizações milionárias sem qualquer escrutínio, nomeações de boys and girls gestão por WhatsApp, fitas do tempo apagadas e reconstituídas, amnésias individuais e coletivas, exonerações, demissões em direto, pareceres que existem

e deixam de existir, ocultações, mentiras, meias-verdades, dissimulações, desculpas semânticas, ministros a contradizeremse, reuniões que não podiam ter acontecido, perguntas e respostas combinadas entre pessoas que nunca deviam ter reunido, classificação de documentos para escaparem ao escrutínio da Comissão Parlamentar, assessor despedido por telefone, cenas de pancadaria, discussões próprias de tabernas, mulheres barricadas na casa de banho, adjunta socorrida em hospital, bicicleta atirada contra as janelas, computador roubado, Policia Judiciária em campo, Policia de Segurança Publica chamada a intervir, Serviços Secretos requeridos à margem da lei para recolher um computador em casa particular, sucessão alucinante de notícias, comunicados e contra comunicados. Uma vergonha aos nossos olhos. É o canto do cisne da governação socialista!!”

O que está na origem da remoção desta barreira no Rio Alviela

OProjeto Rios Livres do GEOTA tem como missão promover, proteger e restaurar os rios portugueses, em prol da natureza e das pessoas. Neste contexto, as ações do projeto Rios Livres GEOTA promovem o restauro dos ecossistemas ribeirinhos com foco na melhoria da conectividade fluvial. Graças ao financiamento, ao longo de 3 anos, da Fundação MAVA podemos desenvolver um conjunto de iniciativas e desde sempre que pensamos em promover a remoção de uma barreira obsoleta. Em estreita colaboração com a Divisão de Ambiente da Camara Municipal de Santarém, foi-nos sugerida esta hipótese de remoção de um açude no rio Alviela, com características únicas e que correspondiam aos nossos objetivos iniciais de modo a aplicarmos a metodologia programada.

O que representa e a importância desta remoção para o GEOTA? E para o país?

O GEOTA, ao longo dos seus mais

40 anos de atividade em prol do ambiente e das pessoas em Portugal, sempre se pautou por estar na linha da frente no que respeita aos nossos quadros técnico-científicos. Há muito, que advogamos a importância do restauro dos ecossistemas ribeirinhos e da melhoria da conectividade fluvial, pois estamos cientes que rios em bom estado ecológico e livres de barreiras são a base para a conservação dos nossos recursos hídricos, essenciais para mitigar os efeitos das alterações climáticas e da seca que assola estruturalmente o país. Tem o valor simbólico de ser um projeto de reabilitação e remoção de um açude no rio Alviela concretizado por uma ONGA em total cooperação institucional com dois municípios vizinhos (Santarém e Alcanena). Significa que é possível colaborarmos em estreita colaboração com entidades governamentais e da sociedade civil. Julgo que pode constituir por si só um exemplo concreto de que as coisas fun-

cionam desde que haja querer e vontade política!

Em que consiste este projeto de reabilitação?

A intervenção, iniciada em dezembro do ano passado, foi realizada numa extensão aproximada de 100 metros do rio Alviela teve como objetivo promover a sustentabilidade ecológica, social e económica no seu todo.

Começou pela recuperação e estabilização de margens, corte e retirada de espécies invasivas, adaptação, poda de vegetação existente e plantio de espécies nativas da zona. E os trabalhos foram de facto rapidamente efetuados. O mau tempo que se fez sentir no final do ano e grande parte do mês de janeiro, impediu-nos de proceder à 2 fase da operação, correspondente à remoção do açude. Esta fase da remoção, neste caso particular, foi realizada com intervenção de máquinas, desimpedindo o curso do rio de uma pequena barreira de pedras com cer-

ca de 1 m de altura por 14 m de largura.

Com esta intervenção, recuperamos a conectividade fluvial, em cerca de 3.3 km, (sensivelmente 6% da extensão total do Alviela) restabelecendo a livre circulação de espécies e de sedimentos na área intervencionada. Restauramos a galeria ribeirinha promovendo a conectividade com as áreas envolventes com especial enfase na valorização da paisagem do espaço envolvente.

Este projeto integrou as várias medidas de conservação e reabilitação das redes hidrográficas e zonas ribeirinhas, previstas na Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, na sua última redação dada pela Lei n.º 44/2017, de 19 de junho) e foram aplicados os parâmetros técnicos no que respeita a implementação da Diretiva Quadro da Água (DQA), na medida em que visa obter o bom estado ou o bom potencial das respetivas massas de água.

Por que motivo esta remoção marca o início de uma nova era para o país no que diz respeito à proteção dos rios livres?

Acredito que marca de fato uma nova etapa, pois na Europa calcula-se a existência de mais de um milhão de barreiras à conectividade fluvial e em Portugal temos cerca de 13 mil! Enquanto noutros países já se remove não só barreiras, mas igualmente barragens obsoletas, nós só agora estamos a começar e todas as iniciativas até agora realizadas ou em curso resultaram de atuação de particulares ou da iniciativa de ONGAS. De acordo com a estratégia para REMOÇÃO DE BARREIRAS

PARA RESTAURO DE RIOS, da Comissão Europeia, existe uma barreira por cada 1,5 km nos rios europeus. Destas, estima-se que 150 mil sejam obsoletas, ou seja, que não têm qualquer uso, valor económico ou função social. A Europa estabeleceu a meta de libertar 25 mil km de rios e nós vamos

Azambuja

ter de cumprir as quotas! Estou convicto que com esta chamada de atenção, com o tipo de envolvência entre as diferentes entidades agregadas pelo GEOTA a este projeto, este é realmente o caminho para se promover a implementação, em Portugal, de uma estratégia nacional de remoção sistemática de barreiras obsoletas! E cada vez que removermos uma barreira fluvial obsoleta estamos a contribuir para o aumento da biodiversidade conseguida pela recuperação da conectividade na linha de água e a promover a resiliência às alterações climáticas e de forma indireta a aumentar a literacia e a sensibilidade ambiental das comunidades pelo seu envolvimento nos projetos localmente.

* Presidente do Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

561 23 38 Correio eletrónico: valorlocal@valorlocal.pt; comercial@valorlocal.pt Site: www.valorlocal.pt Diretor: Miguel António Rodrigues • CP 2273A • miguelrodrigues@valorlocal.pt Redação: Miguel António Rodrigues • CP 2273 A • miguelrodrigues@valorlocal.pt • 961 97 13 23 • Sílvia Agostinho • CP 6524 A • silvia-agostinho@valorlocal.pt • 934 09 67 83 Multimédia e projetos especiais: Nuno Filipe Vicente • Nuno Barrocas • multimédia@valorlocal.pt Colunistas: João Santos • Mário Frota • Lélio Lourenço • Rui Alves Veloso Paginação, Grafismo e Montagem: Milton Almeida • paginacao@valorlocal.pt Cartoons: Adão Conde Diretor Financeiro: Luís Plarigo Departamento comercial: Rui Ramos • comercial@valorlocal.pt Serviços Administrativos: Metaforas e Parabolas Lda - Comunicação Social e Publicidade N.º de Registo ERC: 126362 Depósito legal: 359672/13 Impressão: Gráfica do Minho, Rua Cidade do Porto –Complexo Industrial Grunding, bloco 5, fracção D, 4710-306 Braga Tiragem média: 8000 exemplares Estatuto Editorial encontra-se disponível na página da internet www.valorlocal.pt

22 Valor Local jornalvalorlocal.com Opinião Maio 2023
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Scarmind vencem Alverca Band Fest e esperam que o concurso abra portas

OCentro Cultural do Bom Sucesso foi nos dias 29 e 30 de Abril, palco da primeira edição do Alverca Band Fest. Este concurso de novas bandas, em busca de uma oportunidade de singrar no mercado da música, teve a organização da União de Freguesias de Alverca e Sobralinho e nele participaram dez bandas e os grandes vencedores foram os Scarmind, uma banda que se descreve a si própria como um projeto de Hard Rock/Metal Melódico, onde as harmonias e a melodia se conjugam com os rifs e a batida do metal. O Valor Local esteve à conversa com Márcio Belezas, vocalista e guitarrista, que nos falou da trajetória da banda e do que significou para os seus elementos a vitória neste concurso.

Segundo Márcio, os Scarmind já têm alguma história. Começaram em 2013, a partir de um projeto que este tinha com um colega baterista. Nessa altura entraram um baixista e um segundo guitarrista que também asseguravam as vozes e com algumas experiências foram encontrando o seu estilo que, na altura, diz Márcio era um

pouco mais ligeiro, na linha do rock, sem aqueles rifs de guitarra que hoje caracterizam a banda,

como se podia perceber no seu primeiro EP de nome Newborn. A banda que recolhe as suas in-

fluências em bandas como Alterbridge, Metallica e Iron Maiden, teve um pequeno travão com a

pandemia que os impediu de ir para a estrada, mas, por outro lado, ajudou ao processo criativo

e à distância criaram o seu segundo EP, onde no seu estúdio, Márcio apenas não gravou as baterias, tendo cantado e tocado todos os restantes instrumentos. Paralelamente a isto, gravaram um DVD documental sobre o processo criativo deste EP e que está em fase de final de produção. Algo que como é natural, foi muito do agrado dos Scarmind, foi a vitória no Alverca Band Fest. Segundo Márcio, foi a primeira vez que participaram em algo do género. E foi uma excelente experiência, segundo ele, com “bandas muito boas e com uma grande diversidade musical, sem amarras de estilos”. Agora este triunfo também é um cartão de visita que poderá abrir outras portas, “pois é sempre bom apresentar no currículo a vitória num certame deste tipo”. Além disso, a vitória também valeu aos Scarmind, a participação nas festas de São Pedro em Alverca, no próximo mês de junho. Será esta uma boa oportunidade de os voltarmos a ver ou vivo e escutar este estilo diferente que é o Hardrock /Metal Melódico.

Nuno Vicente

25 Valor Local jornalvalorlocal.com Cultura Maio 2023
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Com várias influências, a banda conquistou o público de Alverca
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Diretor da SAD do UDV está

“a atirar areia para os olhos dos sócios”

David Pato Ferreira foi o primeiro convidado de Paulo Afonso Ramos no “Debate Total”, programa que passa a ser exibido mensalmente na Rádio Valor Local.

David Pato Ferreira é sócio do União Desportiva Vilafranquense (UDV) desde sempre, foi atleta durante mais de 15 anos entre futebol e judo nas camadas jovens, e posteriormente treinador-adjunto.

Pato Ferreira foi também fundador e diretor-geral da SAD, e tem sido uma das vozes críticas sobre o estado da SAD, constituída em 2013, e do clube. Para David Pato Ferreira, esta alteração acabou por ser agridoce. “Por um lado, foi uma aposta ganha, por outro nem por isso”, sustenta.

No entanto, atualmente a SAD do Vilafranquense prepara-se para jogar no norte do país na próxima temporada. A SAD argumenta com a falta de condições no Campo do Cevadeiro, sendo que nestes últimos anos, acabou por disputar os jogos em casa no Estádio de Rio Maior. Para a grande maioria dos adeptos e até dos administradores da SAD, esta é uma decisão que não faz sentido, sendo que agora a SAD do UDV vai mudar-se para a Vila das Aves.

David Pato Ferreira discorda da decisão da administração da SAD,

que tem argumentado com o facto de a autarquia não construir um estádio em Vila Franca. David Pato Ferreira discorda da medida e diz acreditar que o motivo não será o estádio, até porque “o presidente da SAD, o Henrique Sereno, disse numa assembleia geral do clube, que mesmo que o estádio estivesse pronto amanhã, ele iria embora na mesma” e, portanto, acusa Henrique Sereno de atirar “areia para os olhos das pessoas”. “Ou seja, vamos ser sérios. Se eventualmente no início isso era um tema, hoje já não o é porque haverá outros interesses até do ponto de vista socioeconómico”, e anuncia que “a SAD do Aves já está constituída, a UDV Futebol, SAD já tem um registo com o nome: AVS – Futebol, SAD desde desta semana”, esclarece.

“Parece-me que o estádio não é hoje a razão pela qual o futebol profissional vai embora de Vila Franca, haverá outras justificações, nomeadamente, o facto de algumas pessoas que lideram os destinos do clube terem proximidade com o clube nortenho, e daí a transferência do UDV para norte”.

David Pato Ferreira interroga-se ainda sobre o fato de a SAD prontificar-se a “fazer obras de requalificação no estádio da Vila das Aves para que tenha condições

David Pato Ferreira acredita que a mudança para a Vila das Aves se dá por razões de conveniência pessoal da atual direção

para a Segunda Liga mas não o ter feito em Vila Franca”. No seu entender “o problema nunca foi o estádio, mas isso deixo para as pessoas avaliarem e tirarem as suas próprias ilações”.

Quanto ao futuro, David Pato Ferreira, recorda que é necessário que o União Desportiva Vilafranquense se reorganize. “Organizarse é abrir as portas”, e defende igualmente transparência neste processo “para que as pessoas saibam o que ali aconteceu, que negociação foi feita, e como é que

foi feita”, defendendo também a envolvência da comunidade vilafranquense.

O também antigo administrador recorda que quando surgiu a ideia da SAD, foi através de um conjunto de gente ligada a Vila Franca, “com pessoas que tinham uma ligação ao clube, que o conheciam com muita profundidade” e tal levou a que aceitasse fazer parte desse projeto desde o início.

A ligação das pessoas ao clube é, segundo David Pato Ferreira, “inigualável no panorama concelhio”

AMCEI e Alenquer Real Clube fortalecem parceria com título de campeões da AFL

AAssociação Multicultural para um Carregado mais Empreendedor e Inclusivo (AMCEI) em 2022 fez uma parceria com o Alenquer Real Clube. O intuito era juntar dois mundos distintos: o futebol de rua praticado pela AMCEI e o futsal praticado pelo Alenquer Real Clube. Este projeto está assente em dois pilares: desportivo e inclusão social.

O Alenquer Real Clube no ano 2022/23 contou com mais de 20 atletas inscritos nos seus diversos escalões de formação oriundos da AMCEI, em que a maior parte destes nunca tinha praticado desporto ao nível federado.

Se esta parceria é sólida no plano inclusivo, no plano desportivo, o Alenquer Real Clube acaba de se sagrar campeão da série-1 do campeonato de Infantis da Associação de Futebol de Lisboa e vai de seguida disputar o título distrital com outros cinco clubes com forte tradição na modalidade. Para a associação este é um motivo de orgulho e regozijo. Os dirigentes da associação vão estar na Rádio Valor Local no programa Hora Local no próximo dia 1 de junho, pelas 18h00, para dar a conhecer esta vertente da AMCEI bem como outros projetos em curso

e foi essa conexão que esteve na ideia de se investir no futebol.

O clube não tinha condições para investir, mas uma Sociedade Anónima Desportiva já teria, e daí o passo para a constituição desta possibilidade, recorda David Pato Ferreira, que reforça que a componente dos ganhos financeiros para o clube também estava nos planos da equipa diretiva. Existiram ganhos, nomeadamente desportivos, e em parte a aposta foi ganha, e por isso refere: “Se me dissessem em 2013, que pas-

sados quatro ou cinco anos depois estávamos na Segunda Liga, diria que era impossível porque conheço o sítio em que começámos”.

Lembra-se de um episódio depois da constituição da SAD: “Quando entrámos no posto médico – e posso dizer-vos, que normalmente não acredito nestas coisas – que o assunto me arrepiou: nós abrimos uma porta de um armário que tinha uma vela dentro de um copo e a vela estava a arder”, situação que remeteu de imediato para algo como as crendices e superstições do futebol. “Quisemos conseguir limpar este bruxedo que se abateu sobre o clube nos últimos anos, tentar reverter este bruxedo e a verdade é que foi conseguida essa parte”, recorda.

David Pato Ferreira refere que foi possível trazer as pessoas de volta “com mais público ao Cevadeiro” e lembra que conseguiram ao longo destes anos “três ou quatro subidas, praticamente seguidas”. “Não foi mais cedo porque caímos no Play-off de acesso à Segunda Liga ainda antes, mas o fundamental era isto, era trazermos competitividade e qualidade também às camadas jovens e isso foi conseguido”.

Ouça esta entrevista na integra em podcast em radiovalorlocal.com

Miguel António Rodrigues

27 Valor Local jornalvalorlocal.com Desporto Maio 2023 Transferência
do futebol para a Vila das Aves
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Paulo Afonso Ramos

Alenquer e Azambuja arregaçam as mangas e recolhem 960 litros de lixo na estrada da Ota

Osmunicípios de Alenquer e Azambuja recolheram no passado sábado, 960 litros de embalagens de plástico, de metal e resíduos indiferenciados, nas bermas da estrada da Ota. Foram assim enchidos cinco sacos de 120 litros com embalagens de plástico e metal e seis sacos de 60 litros com resíduos urbanos indiferenciados. Esta foi uma ação simbólica, que pela primeira vez juntou os dois municípios, numa ação que tem vindo a ser feita mas de forma individual.

De acordo com o vereador com a pasta do ambiente da Câmara de Alenquer, Paulo Franco, esta iniciativa insere-se no projeto “Alenquer Limpa”, vincando que em causa está um trabalho para a promoção de uma “cultura para a sensibilização ambiental e desenvolvimento” com o objetivo de “levar as pessoas a mudar de comportamento”.

O vereador lamenta o ainda pouco civismo no que toca aos comportamentos das pessoas, nomeadamente quando deitam lixo pela janela do carro de forma indiscriminada, sem pensar nas consequências dessas ações.

É por isso, que refere à Rádio Valor Local, a necessidade urgente de “se tentar mudar mentalidades, para que as pessoas possam pensar duas vezes, quando estão num carro, e abrem a janela para deitar lixo para a estrada”. Estas ações, fazem parte de um projeto levado a cabo pela Câmara de Alenquer e que segundo

Paulo Franco “está enquadrado naquilo que é a nossa estratégia na área, não só, da ciência, como nas áreas da educação e sensibilização ambiental”, vincando que nesta ação que decorreu na estrada de Ota, participaram pela primeira vez dois municípios em conjunto, algo que garante, vai acontecer mais vezes.

Programa “Agir” já chega a 25 empresas no concelho de Alenquer

Já são 25 as entidades do concelho de Alenquer que aderiram ao “Projeto Agir” fomentado pela Águas do Tejo Atlântico (ADTA) em parceria com a Câmara Municipal local. Este é um projeto que foi apresentado a 4 de maio do ano passado, que tem como objetivo, a erradicação de efluentes indevidos, nomeadamente, águas residuais industriais sem o devido prétratamento, e o seu subsequente tratamento e valorização nas Fábricas de Água (ETAR) da Águas do Tejo Atlântico.

Nesse sentido, o município e a Águas do Tejo Atlântico vão levar a cabo um workshop de boas práticas e de formação às empresas. No entanto, Paulo Franco, vereador do Ambiente na Câmara de Alenquer, esclarece que ainda não existe uma data definida, nem programa detalhado, salientando ainda assim que este workshop vai decorrer no próximo mês de junho.

Não sendo obrigatória a permanência neste projeto, Paulo Franco fala numa boa adesão por parte das empresas locais. Ao Valor Local, o vereador sublinha que “neste momento, temos um número muito próximo das 25 entidades e em-

Com este programa vários municípios servidos pela ADTA querem dar um passo em frente no tratamento dos efluentes industriais

presas no nosso território que aproveitaram e perceberam a mais-valia que é integrar um projeto como o ‘Agir’.”

Paulo Franco realça a importância deste programa para “olhamos para este projeto como uma oportunidade de excelência para todos”, vincando a existência de “algumas situações que têm de ser corrigidas”. Ainda assim sublinha que “o município de Alenquer não tem problemas tão graves como os que existem noutros municípios”.

O vereador reafirma a necessidade de se aprender com este processo, como de resto estão também “a aprender a as próprias en-

tidades, as empresas envolvidas, e até a Águas do Tejo Atlântico”, até porque esta empresa que gere o saneamento em alta na região é responsável pelas ETAR. Paulo Franco enfatiza ainda mais a “abertura das empresas”. “Temos empresas com dimensão e tipologias de atividade económica diferentes” e sublinha que “todas aceitaram esse processo para realmente se perceber quais as melhores práticas que devem ter para reajustar aquilo que é o seu comportamento no nosso território”. Vincando que “muitas destas empresas têm como missão a exportação, e por isso têm de cumprir alguns requisitos ambientais”.

O vereador refere que esta falta de civismo, não é um problema só em Alenquer. Alastra-se a todo o país, mas sublinha que a autarquia tem vindo a fazer um esforço junto das camadas mais jovens, nomeadamente, em ambiente escolar, no sentido de as dotar de mais conhecimento e sensibilização para o tema.

De acordo com o vereador, é também importante que a comunicação social, divulgue estes projetos. Paulo Franco fala na necessidade de se chegar ao maior número de pessoas e camadas da população e reafirma que estas ações, são formativas, mas importantes.

O autarca enfatiza a criação de

outros projetos na área do ambiente no concelho e recorda por exemplo a colocação de ecocentros, locais para a deposição de pilhas e lâmpadas em todas as freguesias.

O vereador fala em resultados positivos e refere que nos dias de hoje “olhamos para o nosso município, e posso dizer que já não vejo coisas que via há algum tempo atrás, naqueles locais que são, ou eram mais crónicos.” Estiveram presentes cerca de uma centena de participantes, entre o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) a Guarda Nacional Republicana, a Valorsul, a EcoAmbiente, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Alenquer e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Azambuja, alunos dos Agrupamentos de Escolas do Carregado e Vale Aveiras (no âmbito do projeto EcoEscolas), o Agrupamento de Escuteiros do Carregado 514, o Agrupamento de Escoteiros de Vila Nova da Rainha e alguns voluntários que se juntaram a esta ação. Foram ainda sensibilizados 60 condutores durante a iniciativa.

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Alenquer e Azambuja deram as mãos nesta ação de limpeza

Festival do Arroz Carolino em Benavente

OFestival do Arroz Carolino em Benavente vai para a sua quinta edição. De 19 a 21 de maio a zona ribeirinha de Benavente recebe os entusiastas de pratos confecionados a partir do arroz carolino das lezírias ribatejanas que vão poder provar, entre outros, desde Carolino à Pato com Laranja à Chef; Carolino de Terra e Mar; Carolino no forno com enchidos e touro bravo. A música também não vai faltar. No dia 19 sobe ao palco Matias Damásio a partir das 22h30; no dia 20 de maio Bárbara Tinoco pelas 23h00 e no dia 21 de maio, David Fonseca às 22h30. Na apresentação de mais uma edição do certame, a vice-presidente da Câmara, Catarina do Vale, sublinhou que este festival significou um momento de viragem na promoção daquele território com uma “forte aposta no turismo e na atração de visitan-

tes” em consonância com a Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo. “Este é mais do que um festival de gastronomia, porque tem trazido a projeção regional e nacional que sempre ambicioná-

mos, em paralelo com outras áreas que desejamos desenvol-

ver, na componente económica”, referiu, acrescentando que o concelho é o segundo maior produtor de arroz do país, que se desenvolve “ao longo dos nossos caminhos de Santiago, graças à nossa biodiversidade que todos apreciamos”. Portugal é o país europeu que mais consome arroz per capita na Europa “e o nosso concelho é um dos que mais contribui, e estou certa de que os nosso orizicultores se preocupam em levar o melhor ao prato de cada um”. A autarca lembrou que este produto, o arroz carolino, tem algumas inconveniências aquando da sua confeção, “mas temos tido connosco os melhores, nomeadamente, a restauração, que faz deste um alimento de excelência”. Ao longo do certame estão à disposição dos visitantes cerca de 25 pratos confecionados com arroz carolino.

Feira da Agricultura promete surpreender com escultura gigante dedicada ao ovo na entrada do certame

OOvo é o tema central da Feira Nacional de Agricultura (FNA) / Feira do Ribatejo na sua edição 2023, que decorre no Centro Nacional de Exposições (CNEMA), em Santarém, de 3 a 11 de junho. Segundo a organização do evento, “a escolha deste alimento está relacionada com a atual preocupação da sociedade com uma vida saudável”. A feira nesta edição de 2023 vai contar com algumas modificações de modo a ir ao encontro das necessidades de expositores e visitantes. Nos claustros do CNEMA, um dos espaços mais nobres da feira, estará patente uma exposição de empresas ligadas ao ovo, desde a produção, transformação e distribuição, que dinamizarão atividades relacionadas com o sector.

O figurino da FNA também vai ser modificado. Este ano vai ser criado um espaço próprio e individualizado para a animação - bares, carrosséis, concertos – “de modo que estas atividades não colidam com outras iniciativas e permitam um maior conforto aos visitantes”, segundo nota de imprensa da organização.

Para esta edição, será aumentada a oferta gastronómica com espaços mais amplos nas zonas de restauração e tasquinhas e o sistema de ventilação da Nave C vai ser melhorado. Com o objetivo de reduzir cada vez mais a pegada ecológica a FNA 23 aposta em copos reutilizáveis por 1,50 euros (com retorno) e no recinto estarão instaladas vários ecopontos para a reciclagem

de papel, vidro, plástico e embalagens de metal.

A Feira Nacional de Agricultura, em colaboração com a Rodoviária do Tejo, terá à disposição dos visitantes um serviço de autocarros gratuitos, com autocarro elétrico. Este ano, a organização vai colocar no espaço da entrada principal da FNA uma intervenção plástica de Henk Hofstra, artista holandês internacionalmente reconhecido. Trata-se da “Eggcident” que já esteve patente em várias cidades do mundo como Roterdão, São Petersburgo, Nova York, Santiago do Chile e Wuhan (China). Agora, estará em Santarém. A instalação promete surpreender já que inclui uma exposição de ovos gigantes relacionada com o tema da feira e que aborda o problema da seca que serviu de mote à ideia do artista cujos projetos refletem sempre aspetos polémicos e convidam a um olhar diferente sobre o mundo que nos rodeia. “Este casamento perfeito, dará assim as boas-vindas aos visitantes da FNA23”, realça a organização.

Os seminários e os debates decorrem quase todos nos dias úteis com destaque para a “Conferência Global de Avicultura” organizada pela Associação Nacional de Avicultores Produtores de Ovos (ANAPO) e a “Aplicação do PEPAC em 2023”, promovido pela Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), ambos no dia 7 de junho. As habituais mostras de gastronomia, maquinaria, artesanato, agropecuária, e atividades equestres fazem também parte do cartaz da feira como habitualmen-

te. Os concertos também não podiam faltar. No dia de abertura, 3 de junho (sábado), atua Nininho Vaz

Maia; no dia 7 de junho (quarta-feira) é a vez dos D.A.M.A; a 9 de Junho (sexta-feira) as atenções viram-se para os “Calema”; por últi-

mo, dia 10 de junho (sábado) destaque para o concerto de David Antunes e seus convidados Bárbara Tinoco e Paulo Gonzo.

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Festival do Arroz Carolino com mais de 20 pratos em evidência O ovo é o tema da feira da agricultura deste ano
30 Valor Local jornalvalorlocal.com Publicidade Maio 2023 PUB

Feira de Maio com Gisela João e Tony Carreira

Azambuja recebe de 25 a 29 de maio mais uma edição da centenária Feira de Maio. A iniciativa que este ano conta mais uma vez com sardinha assada, pão e vinho gratuitos, na sexta-feira do certame, vai envolver também as associações e coletividades do concelho de Azambuja. Silvino Lúcio, presidente da Câmara Municipal, referiu à Rádio Valor Local que Azambuja “sabe bem receber, e prova disso é a noite da sardinha assada com o envolvimento das tertúlias e da população”.

O autarca reforça que, este ano, a Câmara vai distribuir mais de uma tonelada de sardinhas, mais de mil litros de vinho, e pão nos habituais postos espalhados pela vila. Este é um dos momentos altos da festa. O autarca garante que a autarquia não disponibiliza sardinhas às tertúlias. A noite da Sardinha Assada é de resto um dos cartões de visita. Depois das esperas e da entrada de campinos à luz dos archotes, o visitante tem direito a bailes e a fado vadio, bem como bandinhas itinerantes pelas ruas da vila até ser dia.

Para 2023, a expetativa é alta. Já sem pandemia, o presidente da Câmara Municipal, realça a necessidade de continuarem a existir al-

guns cuidados, tendo em consideração que a pandemia já acabou, mas a Covid 19 permanece. Apostado em ter cabeças de cartaz musicais com algum tipo de sucesso, o presidente da Câmara referiu a necessidade de Azambuja voltar aos grandes concertos. Depois de nomes como Camané, GNR, ou HMB, a autarquia convi-

dou este ano a fadista Gisela João e o cantor Tony Carreira para dois espetáculos, na quinta-feira e no sábado, respetivamente. Silvino Lúcio destaca a Feira de Maio como um dos eventos “âncora” do concelho, não só por via das questões económicas como também das sociais. No que toca às novidades, este

ano as esperas de touros vão decorrer nos horários habituais com a exceção de quinta-feira. “Vai darse um atraso de meia hora para dar tempo aos convidados que assistem à inauguração, poderem presenciar a largada de toiros.”

Este ano dá-se o regresso da praça das freguesias com as tasquinhas novamente ao Campo da

Feira, mas ainda sem a componente ligada às empresas e ao artesanato. O Páteo do Valverde será ocupado com espetáculos musicais.

Neste pavilhão estarão representadas as coletividades do concelho de Azambuja que aproveitam o certame para mostrarem as iguarias de cada freguesia, e assim ga-

nharem também algum fundo de maneio para as suas atividades anuais.

A Feira de Maio de Azambuja também é conhecida pelas atividades ligadas ao touro e aos cavalos. Neste caso, falamos dos concursos de modelo e andamento e também a prova Vladimiro Alexandre que vão decorrer na Rua Engenheiro Moniz da Maia no próximo sábado dia 27 de maio. A realçar também a homenagem ao campino, que decorre dia 28, domingo, no Largo do Município. Este ano o campino homenageado é António José Cruz Gordo, que vai receber o pampilho de honra com o nome de José Carlos Semeador.

Ainda neste domingo, a destacar a Corrida de Toiros à Portuguesa, na Praça de Toiros Dr Ortigão Costa. Na segunda-feira temos o último dia do certame com um até já para 2024. Este é também o dia de entrega de prémios aos participantes do concurso de “janelas, fachadas e montras”, que ao longo da feira, são ornamentadas com os motivos alusivos à festa. Na inauguração do certame vai marcar presença a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e na homenagem ao campino, Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo.

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Miguel António Rodrigues Habituais largadas serão um dos pontos altos da festa
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