JORNAL VALOR LOCAL EDIÇÃO NOVEMBRO 2022

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Valor Local

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Jornal Regional • Periodicidade Mensal • Director: Miguel António Rodrigues • Edição nº 117 • 24 Novembro 2022 • Preço
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Regional • Periodicidade Mensal • Director: Miguel António Rodrigues • Edição nº 117 • 24 Novembro 2022 • Preço 1 cêntimo PUB Rádio Valor Local - www.valorlocal.pt - Ouça em todo o lado PUB Destaque da 14 a 18 Investidores querem construir revolucionário ecoparque industrial na Nacional 366 Aveiras Eco Valley, o projeto que está a fazer sonhar… Câmaras da Lezíria preparam megaoperação com empresa de transporte rodoviário sem privados Sociedade na 7 Presidente da Câmara do Cartaxo confidencia que é preciso muita criatividade para contornar dívida de 50 milhões de euros Sociedade na 9 Valor Local Alenquer quer deslumbrar no regresso do parque temático de Natal Eventos na 25
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Castanheira do Ribatejo

Moradora vive em casa com fissuras por todo o lado e não consegue ajuda

Paula Rocha vive na Rua Vasco Moniz em Castanheira do Ribatejo. As rachas são profundas no interior da sua habitação, um rés-do-chão, e o piso abateu numa das divisões. Abriram-se buracos no interior da casa, e facilmente aparecem ratos. Paula Rocha foi recentemente buscar um gato ao centro de recolha, pois vive aterrorizada com a perspetiva de dar de caras com um roedor a qualquer momento. O edifício não é antigo, mas a construção não é sólida. A vizinha do rés-do chão tem o mesmo problema. Paula Rocha é mãe solteira. Já pediu uma habitação social à Câmara

A moradora enfatiza que a vizinha do rés-do-chão a contas com o mesmo problema fez obras, mas as paredes voltaram a danificar-se. O defeito será mesmo da construção original, salientando que no seu caso, o piso já abateu quatro centímetros. O condomínio prefere não ajudar a suportar as obras, apesar de o rés-do-chão ser o piso que sustenta o prédio. Já quanto ao senhorio, está na expetativa para o veredicto dos engenheiros que ainda não chegou. Já estiveram no local, mas não conseguiram identificar a raiz da

questão. Quando veio viver para o prédio há sete anos, a habitação apresentava algumas “fissuras fininhas que foram tapadas”, mas “nada como hoje”. Com rendas em dia, de 200 euros por mês, vive com o coração nas mãos.

No seu dia-a-dia acontecem fenómenos caricatos dentro de casa como estar a tomar banho e a água correr para a sala, “porque sai pelo rodapé”. A sanita “não está presa ao chão, porque o piso continua a abater e não vale a pena colocar silicone”. O lava-louça da cozinha está solto também à mercê das deficiências estruturais da casa.

Colocou “uns pés por baixo do fogão porque caso contrário cai para a frente, e o mesmo acontece com os móveis”. O edifício apresenta defeitos de construção, “mas possivelmente se o problema tivesse sido tratado mais cedo não chegava a este ponto”. Os engenheiros da Câmara “disseram que estamos a viver num sítio muito perigoso e desde aí que vivo com o coração nas mãos”. Sem solução à vista, Paula Rocha já recorreu à Segurança Social, mas sem sucesso. “Até uma pensão que tinha, foi cortada assim que arranjei um emprego”, desabafa. “Infelizmente

determinadas pessoas da nossa sociedade têm mais regalias do que quem trabalha, acho injusto.” Com dois filhos, um com 7 e outro com 17, “quero fazer obras na casa de banho, porque corre-se o risco de um dia para o outro as louças sanitárias cederem e o meu filho mais novo poder cortar-se”. Fora “os bichos que entram, baratas e carochas enormes, desde há três anos para cá”.

Um outro prédio na mesma rua teve idênticos problemas e foi intervencionado – “Ouvi dizer que estes prédios foram construídos com vigas de madeira e não de ferro”.

soluções não estão a seu alcance. As rendas são mais caras e são exigidos dois a três meses de caução. Com ordenado mínimo e sem outras ajudas para além de dois abonos de família, sendo mãe solteira não consegue mais apoios.

“Todos os dias levanto-me às quatro da manhã, às seis já estou a trabalhar. Não deixo que nada falte aos meus filhos.

Pago 100 euros a uma ama só para levar o meu filho à escola porque estou no emprego a essa hora. Só queria ter uma casa em condições.

Ruas de Azambuja sem iluminação de Natal devido às obras

Com as obras nas principais ruas da vila de Azambuja a decorrer e um apelo a que os municípios não exagerem na iluminação de Natal, a Câmara de Azambuja vai mostrar-se mais contida este ano.

Em entrevista ao Valor Local, o vice-presidente da Câmara, António José Matos, fala na necessidade de poupar e refere que, este ano, o município vai gastar apenas oito mil euros em iluminação, contra os anos anteriores em que a fatura disparou para cerca de 40 mil euros.

O autarca salienta que estando

as ruas em obras, “não faz sentido fazer grandes apontamentos de Natal”, e anuncia apenas iluminação nas rotundas poente e nascente na Estrada Nacional 3 e também na Rotunda do Cavador, junto ao Campo da Feira, que terá também um presépio.

A juntar a isto, recorda que está prevista a atividade: “Jardim de Natal”, um parque temático com vários motivos de atração no Jardim Urbano Dr. Joaquim Ramos, com os habituais divertimentos e pista de gelo.

Este ano a autarquia volta a apostar no presépio em tamanho

real, que como, habitualmente, estará no largo do município. Fruto da passagem do tempo, o presépio está agora a ser recuperado. “Tínhamos poucas peças. Uma partidas, outras degradadas, e outras até roubadas, e por isso este ano solicitámos a recuperação dos diversos componentes daquele quadro do presépio com as figuras dispostas entre o Largo do Município e a Igreja Matriz de Azambuja”. Espera-se assim um presépio totalmente recuperado e que ficará até ao dia de Reis no Largo do Município e com as peças completas.

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Problema tem-se intensificado nos últimos anos de Vila Franca de Xira mas sem sucesso. Paula Rocha espera apenas que lhe arranjem a casa, dado que outras Iluminação de Natal nas principais artérias não será uma realidade este ano

Bombeiros de Azambuja e o “sonho” do veículo “canivete suíço”

Os Bombeiros de Azambuja continuam sem carro de desencarceramento em condições. Os soldados da paz azambujenses têm feito “autênticos milagres” no que toca ao socorro em acidentes de viação, pois a viatura que possuem nem sempre funciona e às vezes para mesmo pelo caminho.

Ricardo Correia, comandante dos bombeiros, salienta que esta é uma situação que não é de agora e que os bombeiros chegaram mesmo a “transportar o material de desencarceramento numa carrinha de caixa aberta para os acidentes”.

Na Rádio Valor Local, o operacional lamentou o estado em que a viatura atual se encontra, e disse ser urgente a aquisição de um veículo em condições, dado que a atual “sempre que um bombeiro sai com ela” fica “com o coração nas mãos”.

Com uma Estrada Nacional 3, onde o tráfego de pesados é elevado e uma ferrovia com muito movimento, o comandante, refere a necessidade de uma viatura que abranja quase todos os cenários. Foi por isso que os bombeiros propuseram ao anterior presidente da Câmara, Luís de Sousa a aquisição de uma viatura mais compacta, mas com uma

capacidade operacional mais eficaz. À época Luís de Sousa mostrou disponibilidade, mas apenas até determinando montante, o que obrigava a corporação a repor a restante verba.

A situação remonta aos dois últimos anos, e na altura, já esta viatura fazia falta. No entanto, o estado financeiro do município, não daria para o financiamento deste carro que à época já custava mais de 290 mil euros.

Este tem sido uma matéria para a qual os bombeiros têm ainda assim trabalhado, e remonta a uma época em que a autarquia comparticipou uma outra viatura para os bombeiros de Alcoentre.

Ricardo Correia fala num carro “tipo canivete suíço”, já que intervém nos mais variados cenários de acidente, sublinhando que os atuais equipamentos serão integrados nesta nova viatura, porque estão em bom estado e a “associação não é rica”.

Ora o problema são agora os valores que têm vindo a subir. Manuel Arraião, presidente da associação, sublinha na Rádio Valor Local, que o valor desta viatura já aumentou, “ainda não para o dobro, mas estará lá muito perto”. Nesta altura, os valores já dispararam para perto de 450 mil euros. A guerra na Ucrânia expli-

ca a subida de preço, que é indexado às matérias-primas.

O presidente da associação, recorda que se a viatura tivesse sido comprada há dois anos, seria mais em conta, ainda assim, vinca que em qualquer dos cenários, os bombeiros de Azambuja não conseguem adquiri-la sem o apoio do município, que diz estar no bom caminho, já com uma pequena verba garantida pelo presidente da Câmara para o próximo ano.

A juntar a isto, o presidente da associação recorda que as verbas que têm sido doadas aos bombeiros serão para ajudar na

compra da viatura. Em causa estão cerca de 5000 euros provenientes da Junta de Freguesia de Azambuja, através da receita do festival de verão “Azambuja CultFest” e de outras campanhas como as festas realizadas em maio pela Tertúlia CCM, bem como verbas angariadas na campanha promovida pelo Pingo Doce, que também ofereceu um desfibrilhador.

Manuel Arraião sublinha que quanto mais tempo passar, mais a viatura encarece, sendo que a aquisição quase imediata, só será possível com a ajuda da autarquia e de privados.

Ricardo Correia, sustenta, entretanto, que as mais-valias deste “canivete suíço” das viaturas de desencarceramento, fazem toda a diferença, no teatro de operações e esclarece que este veículo terá uma vida útil de quase trinta anos.

Bombeiros de Azambuja celebram 91 anos de existência

Numa altura em a vila de Azambuja é um estaleiro a céu aberto, os bombeiros de Azambuja ainda não sabem se a parada do aniversário que se assinala em ja-

neiro, pode ser realizada à frente do quartel.

A atingir um século de vida, a associação prepara-se para um aniversário um pouco “fora da caixa” já que segundo o comandante dos bombeiros, as cerimónias de receção às entidades oficiais será, caso exista bom tempo, no parque de estacionamento adjacente à Praça de Toiros.

Ricardo Correia refere que nas últimas comemorações, o espaço existente à frente do quartel já foi pequeno para albergar as entidades oficiais, fanfarra e bombeiros, e isso “é um bom sinal”, salienta o operacional.

Arruda dos Vinhos apresenta incubadora agroindustrial em Arranhó

OArruda

Lab que pretende ser um centro de inovação e uma incubadora agroindustrial, no concelho de Arruda dos Vinhos, tem vindo a dar vários passos nos últimos tempos. Na última Festa da Vinha e do Vinho decorrida em outubro, foi apresentado o projeto da Quinta da Murzinheira ligado ao Arruda Lab, que pretende ser uma incubadora de base rural. Neste momento estão abertas as candidaturas para aquisição de parcelas naqueles terrenos. De acordo com Carlos Alves, vicepresidente da Câmara de Arruda, à Rádio Valor Local, o projeto tem ainda agregada a criação de uma comunidade energética em Ados-Arcos com base nas energias

renováveis.

A ideia, segundo o autarca, “é atrair pessoas que queiram desenvolver através da existência de um banco de terras os seus projetos agrícolas” assente “em estudos que já foram levados a cabo para aquela zona” com tónica nas culturas de sequeiro. No fundo “será um laboratório em parceria com a Food4Sustainability – Associação para a Inovação no Alimento Sustentável” com o objetivo de “percebermos o que temos de fazer do ponto de vista da agricultura para fomentarmos esse empreendedorismo com vista a sermos cada vez mais um bioterritório”. Esta quinta situada em A-dos-Arcos foi onde nasceu

Em causa 9 painéis

a escritora Irene Lisboa, sendo que o Arruda Lab tem a sua sede em Arruda dos Vinhos no antigo quartel da GNR. Para além de ter surgido como polo dinamizador do ensino superior em Arruda, estende-se agora ao território rural daquela propriedade na freguesia de Arranhó com 35,36 hectares, em que cerca de 26 hectares podem ser utilizados para fins agrícolas com vista às experiências descritas pelo vice-presidente. No protocolo assinado com a Food4Sustainability preconiza-se a economia circular a implantar no projeto, com práticas agroecológicas, regenerativas e suportadas por ecorregimes, de conversão de sistemas agrícolas.

Câmara de Alenquer multa três empresas com outdoors ilegais

Oconcelho de Alenquer temse destacado pela negativa pela proliferação de outdoors ilegais, agora o município decidiu mover vários processos de contraordenação tendo em vista a remoção daquele tipo de publicidade estática. Em causa estão as empresas Frenetik Smile Unipes-

soal Lda; Resulta Publicidade

Lda, e Cláusula Sólida Unipessoal LDA. A primeira com sete processos de indeferimento, a segunda três e a última com um. O município insta agora aquelas entidades para que removam a publicidade ilegal. O vereador do PSD, Nuno Henriques, em reu-

nião do executivo, estranhou que alguns processos que já remontam a 2019, apenas agora tenham conhecido o seu desfecho. O autarca opinou que o município esteve à partida sem receber qualquer tipo de receita face à situação de ilegalidade mantida por aquelas empresas, e como

tal devia ter agido mais cedo. Nuno Henriques quis saber ainda se o município colocou publicidade das suas iniciativas em algumas daquelas estruturas ilegais, dando conta que gostaria de ter acesso ao processo na sua globalidade. Segundo fonte da autarquia ao Valor Local, a Câmara

recorre a uma outra empresa para este efeito, cujos painéis encontram-se legalizados.

Ao Valor local, Nuno Henriques diz mesmo que alguns desses painéis “até se encontram em plena autoestrada do Norte”.

Dora Pereira, vereadora com o pelouro do Urbanismo, salientou

que o município não recebeu receitas face à situação de ilegalidade, argumentando que não se conseguiu agir mais cedo por causa da pandemia, e porque “algumas entidades às quais são pedidos pareceres como a IP têm sido mais demoradas a produzir as respostas”.

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Comandante e presidente dos Bombeiros continuam empenhados em assegurar este novo veículo Será neste território que será instalada a incubadora agroindustrial

Alverca e Sobralinho assinalam Natal com atividades na rua

Colóquio “Conversas à Capela”

Arruda dos Vinhos atrai mentes criativas

AUnião de Freguesias de Alverca e Sobralinho volta a celebrar o Natal com muitas iniciativas alusivas a esta quadra festiva. Segundo uma nota de imprensa da autarquia, desenrolam-se de 1 a 29 de dezembro em parceria com o movimento associativo local. As festividades arrancam logo a 1 de dezembro, data em que acontece o primeiro mercado de Natal, na Praça de São Pedro em Alverca. Durante a manhã e até às 17 horas, artesãos e comerciantes locais juntam-se para esta mostra de artesanato e produtos regionais, que acontece também na Praça Eng.º José Vaz Guedes, na Urbanização da Malva Rosa, a 8 de dezembro, e onde se podem encontrar “propostas para presentes de Natal originais e personalizados”. Segundo a nota da junta de freguesia, haverá animação musical junto aos mercados de Alverca e Choupal nos dias 10 e 17 de dezembro com o objetivo de incentivar as compras no comércio local. Outro dos pontos altos, é a “Parada do Pai Natal” que é este ano alargada a cinco territórios da União de Freguesias. No dia 3 de dezembro, o Pai Natal vai percorrer as ruas do centro de Alverca e do Sobralinho, com passagem também por Arcena, Bom Sucesso e Urbanização da Malva Rosa.

Já nas tardes dos dias 4 e 10 de dezembro, regressa a animação aos jardins, com insuflável, jogos tradicionais e a presença do Pai Natal, entre outras atividades, no Jardim José Álvaro Vidal em Alverca, a 4 de dezembro, e no Jardim do Palácio do Sobralinho no dia10 de dezembro.

No dia 18 de dezembro, às 17 horas, o destaque vai para o Presépio Vivo, com um espetáculo musical, que terá lugar na Igreja do Divino Espírito Santo no Sobralinho, com a participação do Rancho Folclórico e do Coro e Orquestra da Casa do Povo de Arcena. Mais uma vez este ano, a junta voltou a convidar as mais variadas associações para promover ações de Natal. Entre as associações convidadas da freguesia, estão o Grupo Coral Ares Novos, APOGMA - Associação de Pessoal das OGMA, Casa do Povo de Arcena, Cegada - Grupo de Teatro, Paróquias de Alverca, Moto Clube de Alverca, SFRA - Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense; UDCASUnião Desportiva e Cultural da Aldeia do Sobralinho.

Asegunda edição de “Conversas à Capela” organizada pelo município de Arruda dos Vinhos em parceria com a Rádio e Jornal Valor Local teve lugar no dia 16 de novembro, com o tema: “Arruda dos Vinhos: Território Criativo”. A iniciativa moderada pelo vice-presidente da Câmara, Carlos Alves, contou com a participação de novos arrudenses que têm dado cartas em setores criativos, nomeadamente, Rui Romano, Graça Romano e João Delicado.

Ao longo da sessão, muitos foram os temas abordados pelos convidados e até pelo público que não quis deixar de participar nesta iniciativa que juntou alguns dos novos habitantes de Arruda, com provas dadas em vários setores criativos.

Rui Romano é natural de Lisboa e vive atualmente em Arruda dos Vinhos. Tem curso de design industrial feito na Academia de Artes & Tecnologias.

Sendo um dos pioneiros na área de 3d em Portugal, criou, entretan-

to, toda uma linguagem visual para centenas de empresas como Samsung, Vodafone, NOS, Meo, Optimus, Duracell, Sagres, Super bock, Via Verde, e ganhou diversos prémios nacionais e internacionais ao longo da sua carreira, sendo que o prémio com maior destaque foi em 2005 em que venceu com o melhor site a três dimensões do mundo no Festival FlashForward em São Francisco. Outra das convidadas, Graça Romano, é licenciada em Direito, exerceu advocacia até 2010, altura em que se mudou definitivamente para Arruda dos Vinhos e começou a explorar o seu lado mais criativo como artista plástica. Com vários projetos em simultâneo, destaca-se na assessoria da revista de arte “Direct Arts Internacional”, em que teve contacto próximo com a “massa” criativa portuguesa, e com aquilo que de melhor se produz artisticamente a nível nacional.

Já João Delicado é fã desde cedo de desenhos animados. Depois de

Alenquer cria Confraria da Codorniz

Durante o próximo ano, vai ser criada a Confraria Gastronómica da Codorniz de Alenquer. O projeto, de cariz municipal, vai envolver parceiros e agentes económicos do concelho, tendo em vista a consolidação da codorniz como marca da gastronomia alenquerense. O anúncio foi feito por Rui Costa, vereador com o pelouro da cultura, à margem da entre-

ga dos certificados de participação da oitava Quinzena Gastronómica da Codorniz de Alenquer. A iniciativa, que decorreu entre 1 e 15 de novembro, voltou a bater recordes. Pela primeira vez, foi ultrapassada a barreira das 8 mil codornizes vendidas, o que representou um crescimento de pelo menos quatro por cento por comparação com a edição anterior.

“Desde 2019, temos vindo a crescer em número de codornizes vendidas e verificou-se de novo um aumento este ano, que foi um pouco menos substancial, mas que mostra o crescimento da Quinzena, que é o mais importante”, referiu Rui Costa, enquanto alude ao crescimento desta marca graças aos parceiros da mesma.

Através da Quinzena Gastronómica da Codorniz, “Alenquer procura impulsionar a codorniz como marca gastronómica e difundir a cultura e tradição alenquerenses, assentes na valorização da qualidade dos produtos endógenos e na arte dos chefs locais, numa combinação com os vinhos do concelho”, descreve o município em nota de imprensa.

alguns concursos de desenho e ilustração nacionais e internacionais e alguns trabalhos artísticos para algumas instituições arrudenses, concentra-se agora ao serviço de várias campanhas publicitárias, assumindo o cargo de Diretor de Arte, “motion director” e designer, com trabalhos para várias marcas nacionais como a Deloitte, Vodafone, IKEA, Nokia, entre outras. E foi de comunicação que se falou. Dos desafios dos mais velhos em entender os mais novos e as novas tecnologias. Falou-se de problemas que a classe artística tem no dia a dia, mas também de soluções. Soluções que os convidados desta edição trouxeram para cima da mesa, nomeadamente, a forma de chegar aos mais variados públicos para os quais, por exemplo, o município de Arruda, deve direcionar os seus eventos.

Todos os convidados destacam “Arruda” como um bom local para residir e uma boa fonte de inspiração. Arruda e as suas lendas como a do “gigante”, a do “Vale

Encantado” ou a da “Bruxa” podem e devem ser aproveitadas como uma base para dar a conhecer melhor o território. Aliás este foi um tema consensual entre os convidados desta sessão que apontam efetivamente Arruda como um “território criativo”.

Aliás os convidados consideram que estas lendas devem ser aproveitadas para merchandising como livros, bonecos e muito mais, algo que já vai sendo feito por algumas pessoas da comunidade, no entanto, estando ainda longe de uma massificação no que toca à criação de uma outra marca.

Território calmo e a meia dúzia de quilómetros de Lisboa, e com “uma boa oferta cultural”, Arruda dos Vinhos surge, segundo os convidados, como um “Vale Encantado”. As boas condições e a harmonia com a natureza, acabam por ser o “mote” para que tantos artistas nas várias áreas, “possam escolher este território para residir”, opinaram os convidados.

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Este ano foram batidos todos os recordes durante o certame com 8 mil codornizes servidas Sessão com novos residentes que se destacam na área da criatividade União de freguesias dentro do espírito natalício
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André Salema defende variante na Nacional 3 entre Azambuja e Vila Nova da Rainha

Oaumento de pesados na Estrada Nacional 3 em Azambuja tem sido uma preocupação dos autarcas e da população. Os constantes acidentes entre pesados e ligeiros, em que alguns levaram à perda de vidas, tem sido também uma batalha da sociedade civil, que se juntou em 2017 para constituir uma plataforma de entendimento, para chegar à mais altas instâncias e pedir uma solução para o tráfego de pesados. Recentemente foram apresentadas ideias para suavizar este quadro numa assembleia municipal.

Há muitos anos que se fala numa variante para as viaturas pesadas, algo que interessa aos autarcas e população, mas também às empresas de logística que operam nesta zona industrial que

buja, vincou que as preocupações de Azambuja são idênticas às da freguesia de Vila Nova da Rainha e por isso em conjunto com esta autarquia, apresentou três hipóteses, todas elas bem recebidas. A construção de uma via alternativa entre a empresa de logística HAVI e a DHL no total de 318 metros; a execução da restante via entre a empresa de distribuição postal DHL e a Nacional 3 no sentido descendente, num total de 125 metros, e por último a construção de uma via entre os terrenos da SIVA com um percurso de 435 metros.

Em tempos, a autarquia, liderada por Joaquim Ramos, deu início a uma variante paralela à Nacional 3 que fica a norte de Vila Nova da Rainha. O problema é que esta via está a ser construída de for-

Criada a Associação Mundial do Enoturismo

José Arruda, atual presidente da Associação de Municípios Portugueses do Vinho com sede no Cartaxo, é agora também o homem forte da recém-criada, AMETUR – Associação Mundial de Enoturismo.

A nova associação com sede no Mercado Municipal de Torres Vedras, foi inaugurada no dia 11 de novembro, com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. José Arruda, está interinamente no lugar, até à realização de eleições que decorrerão em 2023.

Em entrevista à Rádio Valor Local, José Arruda fala numa estratégia da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, que tem como

objetivo potenciar todos os aspetos ligados ao vinho. É nesse sentido que surge esta nova associação mundial que tem como objetivo a promoção do enoturismo que está em crescimento em Portugal e no mundo.

José Arruda salienta que um dos objetivos desta nova entidade passa, por exemplo, pelo debate com especialistas de enoturismo dos vários cantos do mundo sobre os principais desafios que se colocam a este setor, que é cada vez mais visto como um dos setores económicos que mais cresce em Portugal e no mundo, ao mesmo tempo que é também objetivo dar a conhecer casos de sucesso, e trocar experiências.

ma muito lenta, apenas à medida da fixação de empresas, e como não fica perto da Nacional 3, são menos as firmas que ali se fixam. Mais recentemente, Silvino Lúcio, presidente da Câmara de Azambuja, disse ao Valor Local que a autarquia tem vindo a estudar algumas hipóteses de variante, como aquelas que já discutiu com o presidente da junta de Azambuja, André Salema, mas também deu como hipótese a construção de uma via entre Vila Nova da Rainha e Aveiras de Cima, em que o objetivo seria a ligação entre as duas zonas industriais.

No entanto, esta última solução não está para já sequer projetada. Obriga a expropriações e conversações com a Infraestruturas de Portugal e proprietários.

André Salema defende, entretanto, também a construção de duas rotundas em Vila Nova da Rainha, junto da Sonae e a chamada Estrada do Campo bem como a construção de uma passagem superior, ou inferior em Vila Nova da Rainha.

Esta é uma via com muito tráfego e segundo André Salema, entre os anos 2000 e 2015 verificaramse 457 acidentes graves, dos quais resultaram 30 mortos, 67 feridos graves e 533 feridos ligeiros, sendo que as ultrapassagens mal calculadas, o excesso de velocidade e as viragens à esquerda, estão na origem de grande parte destes acidentes.

Com estas propostas, o autarca diz querer criar condições para a promoção do ordenamento e qualificação do parque logístico.

este projeto.

O responsável sublinha igualmente que o objetivo “é mostrarmos o que temos de melhor no mundo rural”. “Vamos dar a conhecer os estabelecimentos de turismo rural, padarias e queijarias. E é um projeto que em 2023 vai seguramente avançar, agora em paralelo com a Associação Mundial de Enoturismo.”

tas

José Arruda não tem dúvidas, os vinhos portugueses estão em crescimento qualitativo. Para o responsável, o grande concorrente é a Itália, mas Portugal, está a fazer um bom trabalho nas várias regiões para dar a conhecer os vinhos portugueses em todo o mundo.

Doze restaurantes vão ter Torricado todo o ano em Azambuja

A campanha gastronómica da “Gula” em Azambuja já deu frutos este ano. Se nos anos anteriores a adesão já era significativa, na edição de 2022, não só foi significativa como atraiu novos projetos.

Em entrevista à Rádio e Jornal Valor Local, o vice-presidente da Câmara de Azambuja e res-

ponsável pelo turismo, António José Matos, salientou que nesta edição participaram 20 restaurantes.

O número já foi mais alto, mas o empenho destes restaurantes trouxe também novidades, é que segundo o autarca, “doze destes restaurantes vão passar a ter sempre o torricado nas

ementas o que é fantástico” refere o vereador. António José Matos salienta que a edição de 2022 foi muito positiva e que os restaurantes que participaram, “fizeram mais negócio”.

Para o vereador “já é um ganho”. “É este o trabalho que andamos a fazer para que os restaurantes percebam que não

estão a fazer um sacrifício, mas algo que poderá alavancar mais a sua atividade”.

O vereador diz que este pode ser o elemento diferenciador entre os restaurantes, “já que não existem muitos sítios noutros concelhos onde se possa fazer o torricado, principalmente com a categoria que o nosso tem

porque é o original”. O autarca anunciou ainda que outros seis restaurantes já assumiram que vão ter o torricado por encomenda, enquanto outros dois não vão confecionar este prato típico do Ribatejo fora da campanha gastronómica, mas o facto de 12 restaurantes passarem a incluir o torricado nas emen-

Agrifood Open Day chega a Arruda dos Vinhos

Todos os caminhos da inovação agroalimentar vão dar a Arruda dos Vinhos no dia 13 de dezembro. O hub português do EIT Food, liderado pela Building Global Innovators (BGI), vai organizar a primeira edição do seu evento anual no município. O “Agrifood Open Day”, assim se chama a iniciativa, acontece na Quinta da Tojeira, e vai debater o estado do setor agroali-

mentar em três diferentes níveis - regional, nacional e europeu -, bem como discutir o papel da inovação e do empreendedorismo na catalisação e promoção da resiliência do setor.

Este evento será o ponto de partida para reposicionar o município de Arruda dos Vinhos, “conhecido pelos sabores tradicionais da gastronomia e pela sua zona vinícola, no contexto da

inovação agroalimentar”. “Arruda dos Vinhos oferece uma simbiose entre rural e urbano, entre tradição e inovação. Este é o ambiente ideal para acolher o principal evento do EIT Food em Portugal.” - afirma Diogo Ramalho, gestor de projetos de Alimentação na BGI e responsável operacional pelo hub português do EIT Food. Para além de criar um debate

sobre a inovação dos sistema alimentares, o “Agrifood Open Day” terá um momento reservado à apresentação de um novo relatório sobre inovação e empreendedorismo na área agroalimentar, desenvolvido pela BGI e pelo EIT Food. Este relatório pretende identificar o TOP 10 das startups portuguesas mais promissoras, com base no capital levantado, nas receitas gera-

das, no número de colaboradores, no tempo de mercado e na relação capital/receita. As empresas que ocuparem os três primeiros lugares da lista serão apresentadas e galardoadas durante o evento.

O dia também será dedicado a fomentar potenciais sinergias entre vários players do setor, como startups, PMEs, instituições científicas, entidades públi-

tas é motivo de satisfação. O torricado é marca registada de Azambuja, e é rei da campanha gastronómica “A Gula” e de vários eventos, nomeadamente, a ParaiSabor em Vale do Paraíso, e a Festa do Torricado, organizada em parceria entre o Rancho de Azambuja e o Grupo Desportivo local.

cas e outras partes interessadas em explorar novas formas de colaboração, com vista a contribuir “para uma cadeia de valor agroalimentar mais sustentável, confiável e resiliente”, evidencia a organização em nota de imprensa. Os interessados nestas temáticas poderão participar gratuitamente, realizando o seu registo prévio na plataforma do evento.

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não para de crescer. Durante uma assembleia municipal recentemente decorrida, André Salema, presidente da junta de Azam- Autarca apresentou proposta em conjunto com Vila Nova da Rainha A este projeto, junta-se a “Rede de Aldeias Vinhateiras”. Segundo José Arruda, será lançado já em dezembro, em conjunto com jun- de freguesia. Nesta altura 400 já mostraram interesse em integrar Associação tem sede no Oeste e foi apadrinhada por Marcelo Rebelo de Sousa

Câmaras da Lezíria preparam megaoperação com empresa de transporte rodoviário sem privados

Está em marcha a constituição de uma empresa intermunicipal para a gestão do transporte rodoviário nos 11 concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). Enquanto autoridade de transportes, a CIMLT considerou que não valerá a pena continuar a lançar concursos na esperança de que apareçam empresas interessadas, até porque foi impugnado o último concurso público internacional, lançado em 2020, pela Rodoviária do Tejo por não prever “lucro razoável”. Ouvido pelo Valor Local, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio é da opinião de que o lançamento desta operação vai levar a um esforço considerável por parte dos municípios cabendo à autarquia entregar 171 mil euros para a constituição do capital social. O município de Benavente também vai salvaguardar, segundo apurámos, a inclusão de 200 mil euros no orçamento municipal para o mesmo fim.

Pesando os prós e os contras, é certo que os autarcas e também a população estão descontentes com a qualidade atual do serviço de transporte rodoviário na área da CIMLT. Horários que não são os mais convenientes, deficientes condições de conforto, atrasos constantes são queixas há muito ouvidas. O Governo decidiu depositar nas CIM’S a gestão e a concessão dos transportes públicos, mas os problemas têm-se sucedido. Silvino Lúcio refere que ainda não foi estimado o investimento que a CIMLT possa vir a efetuar, sendo que os municípios querem prescindir de parceiros privados, indo seguir um modelo diferente da vizinha Comunidade Intermuni-

Com esta decisão, terá de ser a CIMLT a investir totalmente em autocarros que serão em segunda mão, de acordo com o autarca de Azambuja, à nossa reportagem, e em recursos humanos, neste caso motoristas. (Recorde-se que a Carris Metropolitana, empresa de transportes da Área Metropolitana de Lisboa, atrasou a sua entrada em funcionamento nos concelhos a norte, nomeadamente, Vila Franca de Xira, devido à dificuldade em contratar motoristas).

peração financeira, tanto mais que não há intenção de recorrer a um privado, como aconteceu com a Águas do Ribatejo”. O objetivo “é que tenhamos um serviço mais eficaz, até porque no alto do nosso concelho, só temos um transporte de manhã e outro à noite. Temos de conjugar uma melhor oferta sem esquecer a rentabilidade”.

António Torres diz estar consciente da enorme dimensão do projeto

Ao Valor Local, o primeiro secretário da CIMLT, António Torres, revela que o capital social que os municípios deverão alocar a este projeto deverá ser de dois milhões e 100 mil euros, encontrando-se a comunidade a “efetuar um estudo de viabilidade económico-financeira” para que depois se tome uma decisão”. O responsável fala na aquisição de 128 autocarros, “no máximo com oito anos quando o que existe atualmente são veículos do setor privado com mais de 15 anos na área dos nossos municípios”. Quando questionamos António Torres sobre o facto de os fundos estruturais, nesta altura, estarem vocacionados para o financiamento de novas formas de transporte, nomeadamente, o elétrico e se isso não poderá ser um revés, dada a intenção da CIMLT em adquirir veículos em segunda mão ainda a energias fósseis, refere que a comunidade está atenta aos quadros programáticos dos fundos da União Europeia, nesse aspeto, “nomeadamente para as pequenas carreiras para trajetos mais pequenos” em que os autocarros elétricos tenham mais viabilidade. “Como sabemos e para percursos mais longos, há ainda muitos constrangimentos nos veículos elétricos, em que é necessário recarregar as viaturas”, salvaguarda. António Torres diz estar, ainda, atento ao facto de ser cada vez mais difícil recrutar motoristas, como de resto acontece com “todas as transportadoras que operam no mercado”.

Quanto ao facto de não existir abertura para um privado, esclarece que não é por questões políticas, mas o facto de ter sido lançado um concurso e o privado ter colocado a CIMLT em tribunal também acabou por fechar portas futuras.

A empresa deverá operar para além dos circuitos da rede primária de transporte e de circuitos urbanos, e terá de fornecer ainda a modalidade do transporte a pedido em zonas de baixa densidade, “onde a população seja superior a 40 habitantes”. A Câmara de Azambuja ainda não fez as contas ao que terá de investir para além do capital social. Já quanto à concordância dos autarcas na execução deste projeto, Silvino Lúcio refere que houve divergências porque uns quererão avançar em conjunto com um privado, “para diminuir custos e beneficiar do

know-how técnico”, e outros não. Contudo o Valor Local sabe que esta iniciativa da CIMLT recolhe a opinião negativa de alguns autarcas, como o presidente da Câmara de Santarém, segundo apurámos nos bastidores. “Vamos ver como corre, para já o primeiro secretário da CIMLT (António Torres) tem estado bastante entusiasmado e tem sido o grande motor de tudo isto”. Quando questionado sobre a quantidade de autocarros a adquirir, Silvino Lúcio sorri e refere que serão “muitos”, consciente da possível megalomania de toda a empreitada. Já quanto ao número de motoristas serão 100. A empresa intermunicipal financia todos os anos com mais de 400 mil euros as verbas do Programa de Apoio à Redução Tarifária. Os valores que deverão estar em causa nesta fase serão muito superiores a este investimento, que “deverá demorar um ano e meio a dois a colocar em prática”.

O transporte a pedido para territórios de baixa densidade será também atendido e é intenção da CIMLT lançar projetos piloto para o transporte flexível já numa primeira fase. A empresa a constituir também fará o transporte escolar.

O primeiro secretário da CMILT acredita que após concluído o estudo, submetido o projeto a Tribunal de Contas e contraído o empréstimo é possível colocar a operação no terreno no prazo de um ano e meio a dois anos.

António Torres responde ainda a Rui Corça referindo que os administradores da futura empresa não vão receber ordenado, tal como acontece com a Águas do Ribatejo (AR). Sabendo que uma empresa de transportes não tem nada a ver com a uma de águas acredita que muitos dos princípios seguidos na AR podem vir a ser aplicados neste novo projeto, “como o da solidariedade entre concelhos, porque na altura nem todos os municípios tinham o mesmo valor quanto a verbas disponível”. Vereador

Silvino Lúcio adianta que será necessário um empréstimo bancário para fazer face a uma empreitada com contornos tão exigentes, bem como o recurso aos fundos estruturais, se houver essa possibilidade. “O esforço financeiro será enorme para montar esta megao-

Ouvimos

a oposição da Câmara de Azambuja sobre este assunto. Rui Corça, do PSD, adianta desde já que o seu partido vai votar contra quando esta questão for apresentada em reunião do executivo. “Vejo todo esse cenário com muita apreensão, o qual está a ser desenhado sob a bandeira da estatização do serviço. Até porque vemos que há muitas dificuldades em colocar uma operação desse tipo no terreno. Veja-se o que está a acontecer com os diversos lotes dos transportes da Área Metropolitana de Lisboa, devido à falta, sobretudo, de motoristas.” No entender de Rui Corça, “as câmaras da CIMLT deveriam ter arranjado, antes, melhores condições para os operadores privados se interessarem pelo concurso”. Rui Corça vai mais longe e não se coíbe – “Eu só consigo olhar para todo o cenário em perspetiva de uma forma – Possivelmente há alguns presidentes de Câmara da CIMLT, em fim de mandato, que estão a olhar para essa empresa como uma forma de arranjarem um emprego de administradores após 2025, porque se os concursos lançados não atraíram interessados, em que as empresas concorrentes se queixaram dos valores (80 milhões de euros a cinco anos) imagine quanto é que não vai custar, agora, a CIMLT fazer tudo sozinha nesse projeto”. “A Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) está a ter dificuldades na subconcessão dos transportes a privados, mas vai acionar cláusulas indemnizatórias. Se a CIMLT avançar para o que se propõe vai penalizar-se a si mesma? Creio que quem vai sair a perder é quem precisa de transporte e não o vai ter” Já Inês Louro, vereadora do Chega, prefere não aprofundar o tema, dado que ainda não foi apresentado por Silvino Lúcio, mas reconhece que os transportes rodoviários do concelho funcionam mal, e por isso aguarda mais informação oficial para se pronunciar.

7 Valor Local jornalvalorlocal.com Sociedade Novembro 2022
cipal do Oeste (Oestecim) que optará por adquirir a maioria do capital da Rodoviária do Oeste, como de resto o Valor Local tem vindo a noticiar.
do PSD na Câmara
de Azambuja “Há
autarcas em fim de carreira que querem um lugar de administradores, após 2025, nessa empresa”
Transporte para povoações com menos de 40 habitantes poderá ser uma das novidades
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Presidente da Câmara do Cartaxo confidencia

que é preciso muita criatividade para contornar dívida de 50 milhões de euros

Acompletar um ano de mandato, João Heitor, atual presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, faz um balanço positivo destes primeiros meses. O autarca, que preside também à concelhia laranja, sublinha que não têm sito tempos fáceis e que as questões financeiras são um problema. A recuperação das principais vias do concelho e a aposta na reabilitação urbana ao abrigo do programa 1º Direito estão entre algumas das medidas para 2023.

João Heitor conseguiu uma maioria absoluta, e conseguiu também em conjunto com a sua equipa, um feito em toda uma região dominada pelo PS nas autarquias. O Cartaxo foi assim o primeiro concelho onde o PSD venceu, sobretudo porque este fora um concelho, desde o 25 de abril, dominado pelo PS.

Em entrevista à Rádio Valor Local, o autarca que nunca fez qualquer comentário à gestão de Pedro Ribeiro, anterior presidente da Câmara, sublinha que entre os vários projetos, as obras na escola secundária e na rua Serpa Pinto, que estão a decorrer são já uma evidência deste seu início de mandato.

O autarca frisa a recuperação na área cultural que esteve praticamente parada devido à pandemia. Também na área do urbanismo João Heitor garante ter conseguido

fazer algumas alterações, nomeadamente, ao nível do reforço da equipa.

Segundo João Heitor os dias têm sido de alguma azáfama, e aponta também como importante o regresso dos certames e o turismo, assim como a atividade económica em geral, depois de mais de dois anos e meio a meio gás por via da Covid, destacando igualmente as inúmeras iniciativas desportivas e na área da saúde que a Câmara tem levado a cabo.

Com uma dívida de cerca de 50 milhões de euros herdada do executivo de Paulo Caldas, João Heitor, não esconde que o desafio é grande, “e por isso a resiliência tem de ser ainda maior”.

João Heitor vinca que no programa eleitoral do PSD não estão promessas, mas propostas e objetivos. O autarca esclarece que vigora a criatividade da equipa “pois temos de ir à procura de apoios, de financiamentos e de recursos que não nos onerem a um ponto a que

não possamos chegar”. O autarca assume que existe uma grande parte da fatia do orçamento anual alocado ao pagamento dessa dívida.

O autarca assume a existência de problemas estruturais no concelho do Cartaxo. Nesta entrevista João Heitor salienta que o estado das vias de comunicação “condiciona a qualidade de vida das pessoas no concelho e essa é uma prioridade que já estamos a atacar”.

O presidente da Câmara fala num

Empresa de contentores do Carregado desmantelada alivia população

Acabou o pesadelo para a comunidade educativa do Carregado, após o abandono das instalações da antiga Peri por parte da empresa de contentores da Rail Logistic SA que, nos últimos meses, tem vindo a transferir a sua atividade para o Cabeço da Rosa, em Bucelas. A empresa ocupou o espaço à revelia da lei em zona de Reserva Ecológica Nacional (REN) e à revelia do PDM tendo sido instauradas duas contraordenações por parte do município de Alenquer, extensível ainda à ausência de licenciamento. Para Rui Pires da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas do Carregado esta é uma notícia “bem-vinda” e que significa o culminar dos esforços desenvolvidos junto da Câmara, da Junta do Carregado-Cadafais, e de outras entidades para colocar um término àquela realidade. Recorde-se que este parque de contentores ficava paredes meias com a escola básica e foi sempre

um motivo de preocupação fase ao intenso tráfego de pesados

trabalho de preparação para fazer o levantamento de todas as estradas e anuncia que para 2023 “contamos conseguir intervir em algumas vias que se consideram prioritárias”.

Ainda no domínio das acessibilidades, João Heitor garante que o seu executivo não abandonou a ideia de reabrir a Nacional 3, interrompida pela construção do parque de estacionamento subterrâneo na altura de Paulo Caldas. No entanto, o autarca sublinha que

essa ideia “embora não tenha sido abandonada” deverá ser bem pensada. João Heitor sublinha que esta obra condicionou o trânsito de forma severa e recorda que o parque de estacionamento e a sua dinâmica prejudicam a abertura da estrada.

Por outro lado, João Heitor, rejeita quase por completo algumas ideias que estiveram em foco nas redes sociais, e que pediam à Câmara um túnel paralelo à entrada do parque de estacionamento e que ligasse à Rua Serpa Pinto. O autarca duvida da sua exequibilidade em termos técnicos e financeiros.

Para além dos acessos, a habitação é outro dos problemas do Cartaxo. Já vem do mandato anterior o processo da candidatura ao 1º Direito, mas João Heitor recorda que essa é também uma prioridade sua.

O autarca sublinha que a Estratégia Local de Habitação, focada na reabilitação urbana, decorre no concelho a bom ritmo, e que a mesma vai alocar fundos do 1º Direito e do PRR. “São 38 fogos, os necessários para o Cartaxo e mais 21, já habitados e que necessitam de obras”. Mas refere que a resposta a estas situações, alguma identificadas como habitação indigna, passam pela conversação com os proprietários e a disponibilidade do próprio mercado.

gerado no local. “Desde muito cedo que começámos a movimentar-nos e o culminar deu-se com a garantia por parte da Assembleia da República de que aquela infraestrutura não cumpria a lei”. O representante da associação recorda que também encontrou eco junto do proprietário da empresa face “a esta situação menos correta”, embora a Rail Logistic SA tenha demorado dois anos a desfazer aquele quadro. Embora não tenham acontecido situações de maior cuidado “90 por cento dos jovens chegam a pé à escola e com o trânsito de pesados naquele local podíamos ter corrido grandes riscos, até porque a somar a isto temos passeios completamente inadequados”. “Até demos a ideia de incluir em Orçamento Participativo a criação de uma ciclovia para dar outras condições na desloca-

ção dos jovens e crianças”. Segundo Rui Pires até final do ano o cenário deverá ser reposto quanto ao que existia ali antes dos contentores.

Este parque foi enquadrado no Carregado em substituição do parque de contentores da Bobadela. Apresentava-se junto das empresas de transporte de contentores marítimos, pela denominação de ALB Carregado. Desde cedo enfrentou a oposição por parte da autarquia, população e comunidade educativa. O impacto visual e do ruído, e as condições de circulação foram os principais motivos. Segundo apurámos junto do município de Alenquer, até final do ano toda a atividade será eliminada do local de implantação, continuando a correr termos as duas contraordenações movidas contra a empresa em tribunal.

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Atividade foi sempre contestada pela população Habitação e reabilitação das estradas entre os objetivos para 2023

Falta de interessados em integrar órgãos sociais Associações de Alenquer debateram os seus problemas

AAssociação das Coletividades do Concelho de Alenquer (ACCA) debateu os caminhos do associativismo local, numa iniciativa que teve lugar no final do mês de outubro. Segundo Pedro Cordeiro, presidente desta associação, a pandemia veio trazer mais desafios, e entre coletividades com atividade intensa, e aquelas que funcionam enquanto café da localidade e que fazem um evento por um ano, a conjuntura não é favorável, até porque há cada vez menos pessoas interessadas em fazer parte dos órgãos sociais das associações que têm assim muitas dificuldades em dinamizar a sua atividade.

A ACCA que faz parte da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), presta apoio a vários níveis às suas associadas, “até porque as exigências são

taxas”. O desinteresse pelas atividades proporcionadas pelas coletividades é um problema “porque as pessoas tendem a refugiar-se nos seus contextos pessoais, pelo que muitas vezes o trabalho passa por tentarmos captar os mais jovens para as associações”. Outra das condicionantes em muitas associações relaciona-se com “a presença de estatutos obsoletos”, “como por exemplo na associação que dirijo, a Liga dos Amigos de Alenquer, que datavam da década de 50, em que as mulheres não podiam votar, sendo consideradas sócias de segunda. Tivemos de rever os estatutos. Muitas outras associações enfrentam também esta realidade a nível dos estatutos e dos regulamentos internos”. Este é um trabalho do qual podem beneficiar as associações ligadas à ACCA, 23 no total das 90 coletividades do concelho.

“Hoje, se uma associação quiser pedir um apoio à Câmara ou inscrever-se para receber fundos comunitários, há uma série de questões que devem ser atendidas desde o relatório e contas, entre outras burocracias, e muitas delas não têm essa base organizada. É nessa altura que entramos com o nosso apoio”.

Sobre os apoios da Câmara Municipal de Alenquer, é da opinião de que não pode ser atirada toda a responsabilidade na dinâmica das associações ao município, “até porque cabe a cada um de nós, coletividades, desenvolver projetos, devidamente cabimentados, e não esperar que seja a autarquia de per si a fazer um apoio único”. “Partilhar experiências e encontrar o rumo para conseguirmos ir em frente com os nossos projetos é o objetivo numa lógica de aprendizagem com os erros”, conclui.

Comissões de utentes convidam Presidente da República a visitar centros de saúde da região

As comissões de utentes dos concelhos de Azambuja, Benavente, Vila Franca de Xira, e Alenquer entregaram, esta quarta-feira, dia 23 de novembro, na presidência da República um convite para que Marcelo Rebelo de Sousa visite os centros de saúde onde não há médicos de família em número suficiente na área daqueles quatro municípios. Esta é uma forma dos diferentes movimentos cívicos sensibilizarem a principal figura da nação para a situação caótica em que se encontra a saúde na área do Estuário do Tejo. Mais de 90 mil utentes naqueles concelhos não têm médico de família.

Ao Valor Local, Domingos David, da comissão de utentes de Benavente, espera que a missiva tenha o melhor eco junto de Marcelo Rebelo de Sousa, e não descarta um pedido de audiência, se assim tiver de ser. Os quatro movimentos vão ainda enviar cinco mil postais ao primeiro-ministro em que cada postal deve ser assinado por um utente “a desejar

boas festas e de preferência com saúde, ao mesmo tempo que alertam para o quadro em causa”. Esta é mais uma forma simbólica de assinalar o protesto por melhores cuidados de saúde. Depois do Natal, e no dia de Reis, os movimentos pretendem ainda ir cantar as Janeiras à porta de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, sempre com a problemática em pano de fundo.

Azambuja fixa mais um médico no Centro de Saúde Numa das últimas reuniões de Câmara, a vereadora com o pelouro da Saúde, Ana Coelho, informou que o centro de saúde local, onde existe apenas uma médica para todo o concelho, conseguiu fixar mais um médico. Tratase do médico Viscainho que já prestava serviço mas através de uma empresa de trabalho temporário passando agora a figurar nos quadros da Unidade de Saúde de Cuidados Personalizados de Azambuja. Em Alcoentre onde

um dia por semana se desloca um médico, “a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo está a tentar fazer um contrato com o mesmo para que passe a poder estar todos os dias

na área do município de Azambuja”. Na calha está ainda a vinda de uma nova médica “que está a apenas a aguardar a homologação das notas para entrar em dezembro”. Ao Valor Local, Silvino

Lúcio dá conta que estes clínicos já estão a usufruir do incentivo de 400 euros por mês por parte do município. Sobre a instalação de balcões SNS 24 nas freguesias, dado que apenas Vale do Paraí-

so dispõe desta valência, refere que o tema está a ser tratado com o Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, esperando que seja uma realidade no ano que vem.

Hospital de Vila Franca fez mais serviços de hemodiálise

OServiço de Nefrologia do Hospital de Vila Franca de Xira registou, de acordo com nota de imprensa, “um crescimento significativo no número de sessões de hemodiálise de ambulatório nos três primeiros

trimestres de 2022, face ao mesmo período do ano anterior”.

Em 2021 tinham sido realizadas 2082 sessões de Hemodiálise até 30 de setembro e no corrente ano de 2022 foram realizadas

mais 1693 sessões, num total de 3775 sessões de hemodiálise de ambulatório.

No primeiro trimestre de 2022 realizaram-se 1171 sessões de hemodiálise de ambulatório, mais 576 do que no 1º trimestre

do ano de 2021, ano em que se realizaram 595 sessões.

No segundo trimestre deste ano, 2022, foram realizadas 1282 sessões, mais 580 do que em período homólogo de 2021. O terceiro trimestre de 2022

mantém o crescimento face ao ano anterior, tendo sido realizadas 1322 sessões de hemodiálise de ambulatório, mais 537 do que em igual período no ano de 2021.

No total, e até 30 de setembro

de 2022, foram realizadas 3775 sessões de hemodiálise de ambulatório, valor que expressa a dinâmica de crescimento assistencial do Serviço de Nefrologia no Hospital de Vila Franca de Xira.

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cada vez maiores e a necessidade de informação é muita”. Pedro Cordeiro enfatiza que mui- tas das coletividades têm dificuldades em manter a atividade a funcionar por motivos financeiros, “em que o retorno dos eventos é escasso, porque muitas das verbas angariadas são gastas só em Iniciativa realizou-se nos Paços do Concelho com casa cheia Comissões de utentes foram a Belém à espera de boas notícias

Concurso dos Resíduos empatado na Câmara de Azambuja leva a mais um ano de Ecoambiente

porta-a-porta

A Câmara de Azambuja ainda não conseguiu encontrar o rumo quanto à atribuição do serviço de recolha de resíduos urbanos. Na última reunião do executivo, o município levou a discussão mais uma extensão por um ano do contrato com a Ecoambiente, empresa que tem motivado muitas queixas nesta componente no concelho. A mesma empresa colocou a Câmara em tribunal a par da SUMA quando deu conta que o vencedor do concurso para a atribuição do serviço a quatro anos tinha ido para a Pragosa Ambiente SA no valor de sete milhões de euros.

Em declarações ao Valor Local, o presidente da autarquia, Silvino Lúcio, dá conta que o novo concurso está a ser desenhado, até porque o anterior chumbado, em 2021, pelo Tribunal Administrativo Central Sul, obriga ao lançamento de um novo procedimento, mas até que isso seja concretizado, a Ecoambiente vai ficar mais um ano a operar.

Inês Louro, vereadora do Chega, ao Valor Local, diz que a Câ-

mara já sabe há meses da decisão do tribunal, mas que tem deixado arrastar esta situação, “o que é inexplicável”. “Todos sabemos que a recolha não é bem feita, que existe falta de planeamento, de estratégia, que é muito deficiente, e que a empresa prejudica toda a população reiteradamente há anos”. Razão suficiente no seu entendimento para a Câmara não querer fazer prolongar este tipo de vínculos com prazos de um ano com a Ecoambiente, que ganhou a anterior concessão ainda durante os mandatos de Joaquim Ramos, sempre com muito descontentamento junto da população, desde há 16 anos. A autarca espera que a nova concessão possa ser fiscalizada de uma forma mais efetiva pelo município para “acabarmos com o panorama presente com monos espalhados pelos passeios, deficiente recolha do lixo, falta de higienização dos próprios contentores”.

A autarca resume que “pouco é dito quanto às dificuldades e constrangimentos no que toca ao lançamento de um segundo

concurso”.

Já Rui Corça, da vereação PSD, resume: “Parece que vamos ficar mais um ano a beneficiar este infrator, a Ecoambiente que faz um péssimo serviço no concelho”. O autarca está preocupado pois para além do “presidente da Câmara pouco adiantar”, há novas variáveis a equacionar no contrato que se prendem com “o tratamento seletivo dos biorresíduos”, estratégia que tem de ser implementada pelos municípios até 2025, bem como a obrigação da taxa de resíduos deixar de estar indexada aos consumos de água na fatura, neste caso, da Águas da Azambuja. Rui Corça refere que importa saber qual a política de redução de custos a nível dos resíduos junto dos consumidores domésticos, “em que por exemplo a compostagem pode ter um papel importante em algumas zonas do nosso concelho”. Rui Corça entende ainda que deve ser revisto o valor do concurso de sete milhões de euros “porque muita coisa mudou nos últimos dois anos, podendo, o valor, ser insuficiente face às

exigências atuais”. Recorde-se que no acórdão do tribunal emitido em 2021, ao qual o Valor Local teve acesso, é referido que a Câmara usou, grosso modo, de uma fórmula para classificar os diversos itens do caderno de encargos como os equipamentos, o preço do serviço, os veículos de recolha, entre outros, de forma viciada o que acabou por beneficiar a Pragosa. “Uma das empresas que está sempre a ganhar concursos na Câmara de Azambuja”, atira o vereador da oposição. Silvino Lúcio recusa a observação – “Não desenhamos concursos para beneficiar ninguém”. O presidente da Câmara refere que o rumo dos concursos é “imprevisível” tendo em conta que podem ser “sempre alvo de contestação por parte de quem perde”. Já quanto às queixas dos munícipes e tendo em conta que a Ecoambiente vai continuar no concelho, garante que estará atento, “mas que reclamações há em todo o lado, basta que um carro avarie ou um motorista falte para se gerar um problema”.

Depois de ter sido anunciado, em 2019, o lançamento de um projeto pioneiro de recolha de resíduos porta-a-porta entre os concelhos que compõem a Ecolezíria – Almeirim, Alpiarça, Coruche, Benavente Salvaterra de Magos e Cartaxo, em que este último serviria de município piloto de todo o projeto, eis que se dá o retrocesso e foi anunciado, agora, que aquele objetivo já não vai para a frente.

Em reunião de Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, presidente da autarquia, referiu que a recolha tem um custo acrescido de cerca de trinta euros por tonelada e, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e a política do utilizador/pagador, esse custo teria de ser refletido nos valores cobrados aos munícipes e, portanto, os seis municípios que integram a Ecolezíria “entenderam que, face à situação que o país atravessa e à debilidade financeira das famílias, não deveriam imputar um custo daquela natureza, que significaria um aumento do custo dos resíduos em cerca de 60 por cento”. Referiu, ainda, que a empresa não avançou com a colocação das ilhas ecológicas, dado que envolveria “um investimento bastante elevado” pois cada uma custa cerca de sessenta mil euros. O município pretende agora avançar sozinho na recolha porta-a-porta nos centros históricos, enquanto projeto-piloto.

A vereadora do PSD, Sónia Ferreira, comentou a desistência da Ecolezíria deste projeto assinalando que os factos em causa são uma demonstração de falta de estratégia da empresa intermunicipal. Na Rádio Valor Local, João Heitor, presidente da Câmara do Cartaxo, pronunciou-se sobre este aspeto aludindo aos “gastos dispendiosos que seriam necessários para fazer essa recolha”. A Ecolezíria, segundo o autarca, preferiu nesta fase e tendo em atenção aquilo que é a estratégia para o tratamento dos biorresíduos até 2025 “submeter, antes, uma candidatura ao Fundo Ambiental que consistirá à posteriori na atribuição de baldes com tecnologia de ponta”, destinados à coleta domiciliária de biorresíduos, que possuem filtros que conseguem eliminar os maus cheiros dos lixos. Acredita que o porta-a-porta é o futuro, mas também “é preciso incutir uma outra disciplina nos cidadãos”.

ERSAR premeia Câmara Municipal de Vila Franca de Xira no setor dos resíduos

ACâmara

Municipal de Vila Franca de Xira foi premiada com o “Selo de Qualidade do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos – 2022”. A distinção foi atribuída pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), sendo esta iniciativa organizada pela ERSAR em parceria com o Jornal Água &Ambiente.

A Vice-Presidente Marina Tiago, responsável pelo pelouro de Ambiente e Espaço Público, recebeu o prémio na cerimónia de encerramento do 16º Fórum Nacional de Resíduos, que teve lugar no dia 18 de novembro, em Lisboa. A iniciativa da ERSAR identifica e distingue casos portugueses de referência relativos à prestação dos serviços de gestão de resíduos

tendo em conta a avaliação de parâmetros

Projeto pioneiro abandonado Ecolezíria deixa cair recolha
11 Valor Local jornalvalorlocal.com Ambiente Novembro 2022
urbanos, como reciclagem de resíduos de recolha seletiva e cobertura de gastos. Câmara de Azambuja ainda presa ao enguiço do concurso dos resíduos Recolha seletiva adiada depois de ter sido erguida como uma bandeira da empresa Vereadora Marina Tiago recebe prémio das mão de Vera Eiró, presidente da ERSAR
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13 Valor Local jornalvalorlocal.com Publicidade Novembro 2022 PUB
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Aveiras Eco Valley, o projeto que está a fazer sonhar…

A veiras Eco Valley é o projeto de que se fala. Nos últimos meses um grupo de investidores adquiriu uma área significativa de terrenos do lado direito da Nacional 366 entre Aveiras e Alcoentre. O promotor apresentou junto da autarquia um master plan, ao qual o Valor Local teve acesso. O investimento com capitais americanos é representado em Portugal pelo advogado Joaquim Mota. Num espaço temporal de 10 anos, e se o projeto for para a frente poderá surgir uma nova cidade aos pés de Aveiras de Cima, um ecoparque, uma das formas mais inovadoras de pensar a indústria, a habitação e a sustentabilidade. Até lá e face ao excelente impacto que todo o projeto já teve junto dos principais atores políticos, faz-se figas para que não tenhamos uma versão atualizada da Lusolândia, projeto que previa um mega parque de diversões no concelho de Azambuja e Alenquer e que ficou pelo caminho. A centralidade de Aveiras de

14 Valor Local jornalvalorlocal.com Destaque Novembro 2022
Investidores querem construir revolucionário ecoparque industrial na Nacional 366
Cima e o facto de ser uma porta de entrada para a Grande Lis- boa tendo em conta as vias de comunicação, e daí para outras paragens na Península Ibérica fizeram com que a opção re- caísse sobre aquela localização no concelho de Azambuja. Para já e segundo o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino PUB Será no lado direito da Nacional 366 que o projeto se vai implantar

Novembro 2022

Lúcio ao Valor Local o valor do investimento na aquisição de terrenos ascende perto dos 10 milhões de euros, “mas o estudo económico do projeto e o valor do investimento total ainda não é conhecido”.

Vinte mil postos de trabalho, sendo que 200 fogos serão habitacionais, e a possibilidade de atrair 10 mil novos residentes, quando atualmente e segundo os últimos censos vivem no concelho de Azambuja 21 mil 422 habitantes, é a ambição deste projeto que pretende conciliar em cerca de 200 hectares de forma harmoniosa atividades de indústria, inovação, logística, habitação, comércio, hotel, espaços verdes, e à partida também áreas de lazer. A intenção da empresa teve o melhor acolhimento possível, nesta fase, por parte de toda a Câmara Municipal. “Pelo que sei neste momento, estão com uma dinâmica incrível a adquirir terrenos naquela zona. Têm andado a comprar tudo o que há à volta da CLC naquele corredor até à Quinta da Torre Bela, estando em negociações pelo que sei para adquirirem as terras do Bairro dos Suíços neste momento.” Segundo o que foi relatado à Câmara, “a ideia passa por criar um parque onde o emprego e a habitação ficam na mesma área, sem necessidade

ali

renos

tes

15 Valor Local jornalvalorlocal.com
Destaque
de deslocações de automóvel”. Silvino Lúcio não duvida da enorme “implantação” que o Aveiras Eco Valley possa produ- zir “a médio prazo”. “Aveiras vai com certeza dar um grande salto, até porque há mais investimentos que querem fixar-se como a Santos e Vale que adquiriu os terrenos do BES, mas também empresas de hidrogénio que já sabem de ter- disponíveis e a Carreras que pretende construir um novo armazém”. A passagem do futuro TGV vai trazer condicionan-
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“porque a linha será desenhada à quina da CLC mas à partida não terá implicações nesse projeto do Eco Valley, fi- Será nesta área de terreno contígua à Tiel que o ecoparque industrial pretende desenvolver-se

cando fora da área de servidão”.

Os promotores ficarão responsáveis pela infraestruturação de

todo o parque e “estão a ser pensadas duas rotundas para aquela zona para que não aconteça o mesmo que na Nacional

3”. O conjunto de intenções estará de tal forma adiantado que os investidores já se reuniram com a Infraestruturas de Portu-

gal (IP) com o objetivo de financiarem essas obras na Nacional 366, tendo “obtido eco positivo da IP para esse objetivo”. O fan-

tasma da especulação imobiliária “está de todo afastado por aquilo que percebemos”. O projeto vai contar com planos de

pormenor para contornar algumas pequenas zonas de Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN). Segundo Silvino Lúcio “a Câmara não tem de dar o estatuto de interesse público municipal porque a figura do plano de pormenor é o suficiente. Obviamente que depois estará sujeito a parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Agência Portuguesa do Ambiente, Direção Regional de Agricultura e Pescas, mas penso que não deverá ter muitas dificuldades na obtenção dessas autorizações”. Já a empresa na documentação consultada pelo Valor Local exprime a sua preocupação pelo facto de o Plano Diretor Municipal (PDM) de Azambuja não estar aprovado, o que “pode causar alguns atrasos”.

Inês Louro, vereadora da oposição Chega, considera que o projeto “parece algo muito avançado para o que estamos habituados” e que “trará muito desenvolvimento a Aveiras de Cima, revolucionando a forma de estar no concelho”. Uma das suas preocupações na reunião com o representante dos investidores e da sua equipa foi questionar acerca da manutenção do parque depois de pronto “porque estamos a falar de um

Novembro 2022
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Partidos políticos presentes na reunião acentuaram necessidade de preparar a Nacional 366 para este investimento
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mega condomínio”, sendo que lhe foi assegurado que “haverá uma continuidade na gestão do espaço”. A autarca ficou agradada com a explicação, “bem como com toda a componente ecológica inerente, com espaços pedonais e ciclovias”. Outro ponto positivo, no seu entender, “relaciona-se com marcar uma continuidade no espaço público com a vila de Aveiras de Cima”.

Na dita reunião, “foi ainda deixada a porta aberta para trazerem um polo de ensino pelas ligações que mantêm”. Inês Louro conclui – “O projeto é de tal forma bom que é preciso termos os pés bem assentes na terra”, explicando – “Quando temos o exemplo daquilo que é o mau crescimento de uma zona logística como a de Azambuja- Vila Nova da Rainha na Nacional 3, temos os problemas identificados, os quais não queremos que sejam replicados na Nacional 366. Percebi que os representantes dos investidores fica-

sante, mas temos de aterrar, e estudar, analisar muitas condicionantes”, consubstancia. Neste aspeto “a Câmara tem a faca e o queijo na mão, porque é a responsável pelas operações urbanísticas, e pode ir fiscali-

nhecer ao presidente da junta de Aveiras, António Torrão, que evidencia que será “algo de muito bom para aquela zona do concelho e até do concelho do Cartaxo”. O facto de já existir um projeto, de o proprietário ter adquirido os terrenos, “denota que existe uma intenção forte”. Acredita que possa “ser uma fonte de emprego para as pessoas de Aveiras de Cima, pelo menos em algumas áreas”. O autarca ficou agradado com a possibilidade de o projeto contemplar uma ligação com a vila de Aveiras “através de ciclovias e vias pedonais”. “Com a desertificação que tivemos no alto do concelho, acredito que este projeto possa vir a fixar pessoas. Temos qualidade de vida, e é importante que possamos repovoar aquela zona.” O autarca brinca e sentencia – “Agora é que vamos ter um centro escolar. Se calhar tínhamos razão quando defendemos com unhas e dentes o centro escolar”.

ram sensibilizados, e tomaram boa nota do que fomos sugerindo”.

Uma das preocupações no entender da vereadora prende-se com a escassez de determinados serviços no concelho, como escolas, “porque se a população aumentar não temos oferta suficiente”.

Já Rui Corça, vereador do PSD, também se mostrou agradado, “por ser fora do comum e com uma escala que não é habitual no nosso concelho”, e que “vem ao encontro daquilo que temos dito ao longo do tempo de que Aveiras tem uma posição estratégica para atrair investimento de qualidade”.

Contudo não esconde a sua preocupação pelo “enorme impacto que o projeto vai ter a nível da rede viária, com mais 20 mil pessoas, porque o que está a ser projetado é uma nova vila” que começa no Sítio dos Poços à saída de Aveiras e vai até à CLC. “O projeto é muito interes-

zando tudo o que ali se vier a desenrolar, de forma que Aveiras não seja uma réplica de Azambuja-Vila Nova da Rainha, e para que de hoje para amanhã não tenhamos surpresas”. O projeto também foi dado a co-

O Valor Local contactou a JMCSG, escritório de advogados de Joaquim Mota, para obter declarações sobre este projeto, que ficaram adiadas pelo facto de o mesmo se encontrar no estrangeiro.

18 Valor Local jornalvalorlocal.com Destaque Novembro 2022
Silvino Lúcio Rui Corça Inês Louro

Sebastiano Raimondo vence

Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira

Está de portas abertas mais uma edição da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira no Celeiro da Patriarcal. Este ano o vencedor foi Sebastiano Raimondo com o tema “Reduce-Re” que segundo o autor explora a paisagem nas Madonie na Sicília e alguns mitos enraizados naquela zona do planeta, retratados nesta exposição, ligados à morte, e às colheitas agrícolas. O prémio para o vencedor da BF 22 consiste na atribuição de um valor monetário de cinco mil euros. O prémio concelho (1000 euros) foi para Stefano Martini com “Linha”, que retrata momentos, pessoas e paisagens fotografados ao longo da Linha do Norte. Rafael Antunes venceu o prémio Tauromaquia (1000 euros) com “Forcados - Os últimos gladiadores”. Foi ainda dada uma menção honrosa a Bruno Silva com “Ermo 2020-2021”

No discurso de inauguração, no dia 12 de novembro, o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, enfatizou a qualidade dos trabalhos a

concurso com curadoria de Ana Rito. O autarca focou que o evento ao longo dos tempos tem-se destacado e pode resumir-se em duas palavras “consistência e rutura”, sobretudo desde 2016, altura em

que, na sua opinião a BF deu um salto em frente.

São três as exposições que integram o programa da BF22: no Celeiro da Patriarcal, até 15 de janeiro, estarão patentes trabalhos dos

11 candidatos selecionados. Já no Museu Municipal e Fábrica das Palavras, poderão ser visitadas, até 26 de fevereiro, as exposições do programa curatorial, respetivamente, “Diante-Dentro” e “Não

olhamos duas vezes a mesma imagem”.

Miguel Marquês, Sebastiano Raimondo, Rafael Raposo Pires, Maria Peixoto Martins, Joana Duarte, Bruno Silva, João Salgueiro Bap-

tista, Rodolfo Gil, Rodrigo Vargas, Rafael Antunes e Stefano Martini são os artistas cujos trabalhos podem agora ser apreciados, escolhidos por Conselho de Curadores composto por Pauliana Valente Pimentel, Sofia Nunes e Claudio Garrudo.

Já no que se refere ao programa curatorial, da responsabilidade da artista, que é também curadora da exposição para além de investigadora na área das artes, Ana Rito, este é composto por trabalhos de artistas nacionais e internacionais de renome, como Gary Hill, Pierre Coulibeuf, Batia Suter, Marcelo Moscheta, Noé Sendas, Henrique Pavão, Manuela Marques, Os Espacialistas & Gonçalo M. Tavares, Rita Castro Neves & Daniel Moreira, Raquel Melgue e Paulo Lisboa, numa seleção que, de acordo com a curadora, procurará marcar a história do evento, ao mostrar trabalhos de uma fotografia “expandida, cruzada, intermedia e híbrida”, conjugada, entre outros, com a Arquitetura, a Escultura ou o Vídeo.

Exposição nos bastidores da pandemia em Vila Franca

Luísa Ferreira, fotógrafa, esteve na linha da retaguarda durante a primeira vaga da Covid-19. Acompanhou o trabalho de bastidores realizado em laboratórios, universidades, unidades de testes de despistagem, empresas de produção de zaragatoas, entre muitos outros locais, e tentou captar a essência daqueles dias que abalaram o mundo entre os profissionais fotografados e também a população, dado que também há imagens do confinamento. O resultado desse trabalho está

“O

agora numa exposição que pode ser visitada no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira com o nome “A Ciência Cura”.

Ao Valor Local, Luísa Ferreira explica que não esteve propriamente em unidades hospitalares, “onde pudesse ter visto pessoas a sofrer”. “Não deixei de ter algum medo, mas também respeito por aquilo que estava a acontecer. Nos locais onde estive apercebi-me que não seria fácil travar a pandemia, que ainda demoraria tempo

até a conseguirmos dominar”. David Santos, diretor do Museu do Neo-Realismo, é também o curador da exposição e foi quem escolheu as fotografias. Entre as fotografias que podemos ver na exposição, Luísa Ferreira salienta a das mãos com luvas calçadas atrás das costas que “é icónica e muito forte”. Este trabalho resulta de um convite que lhe foi dirigido.

“Fiquei feliz por ter tido esta oportunidade” por parte de Manuel Heitor, antigo ministro do Ensino Superior e da Ciência.

25 de Abril, Angola 1974-1975 e Três Histórias de Amor”

Escritor azambujense Américo Brás Carlos estreia-se no romance

Oescritor azambujense Américo Brás Carlos tem um novo livro “O 25 de Abril, Angola 19741975 e Três Histórias de Amor”. Trata-se, segundo o autor, de um romance ficcionado, onde a realidade se cruza com a ficção. Em conversa com o Valor Local, Américo Brás Carlos, esclarece que que este livro começa nas suas memórias da época, sendo que a história é atravessada por três personagens e pelas suas vivências. A história traz à luz o 25 de Abril, a descolonização e os últimos dias de combate em Luanda.

Com mais de meia centena de livros técnicos escritos na área da fiscalidade, este é, segundo o autor, o primeiro romance da sua bibliografia. O autor escreveu também uma série de livros de poemas, mas destaca o seu trabalho sobre “uma greve camponesa que existiu em maio de 1934 em Azambuja”, que representa uma investigação histórica sobre aquele facto.

Já este novo livro centra-se em factos “que vivi por dentro que são os desenvolvimentos militares na manhã de 25 de Abril de 1974 e os anos anteriores à inde-

pendência de Angola”. Segundo o autor, esta história traz-nos ao conhecimento os problemas atravessados por três gerações que embora ficcionados, alertam-nos para a realidade daquele período da história portuguesa ainda bem vincada na memória de muitas pessoas.

Brás Carlos que é autor de obras de vários géneros, diz conviver bem com as duas personalidades. Por um lado, a escrita de trabalhos densos ligados à finança, por outro o autor mais ficcional e romancista através de poema e prosa.

O autor assume de resto em jeito de conversa “a existência de dois escritores”. “Mas o escritor que trata de impostos e de finanças, dá-se muito bem com o escritor que escreve poemas e romances”, alude.

Américo Brás Carlos, azambujense, apresentou esta obra no passado dia 16 de novembro na sede da Sociedade Portuguesa de Autores. Esta é aquela que considera como a sua casa, e garante que fez toda a diferença durante a pandemia na ajuda a sócios que passaram dificuldades.

19 Valor Local jornalvalorlocal.com Cultura Novembro 2022
Miguel É também autor de livros técnicos na área das Finanças Trabalho de Luísa Ferreira captado durante a primeira fase da pandemia Sebastiano Raimondo, segundo a contar da esquerda, distinguiu-se pelo trabalho que realizou na Sicília

Câmara de Arruda investe meio milhão de euros em saneamento básico em 2023

A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos pretende investir 500 mil euros em saneamento básico em 2023. A verba foi incluída no orçamento do próximo ano. Paulo Pinto, vereador com esta área no município, refere ainda que as obras da Águas do Tejo Atlântico na ETAR de Arruda dos Vinhos devem ser consignadas até final do ano, em virtude de o concurso ter conseguido atrair duas empresas interessadas, sendo que uma delas será escolhida, entretanto, para efetuar a empreitada. Já quanto ao aumento dos tarifários de água e saneamento, Paulo Pinto refere que sofrerão um aumento em virtude da taxa de inflação (que será de 4 por cento para 2023) a que se juntam mais três por cento no terceiro escalão para os consumidores domésticos, e os mesmos três por cento no segundo escalão para os empresariais e comércio.

O investimento em saneamento é assumido como “um grande desafio”, nomeadamente, na designada Bacia do Carrasqueiro, “que é uma das três grandes obras previstas para este mandato”. Em 2024 “avançaremos com a colocação dos esgotos na Carvalha, e em 2025 em A-doMourão”. Já quanto à rede de água assume a substituição de condutas em troços onde subsiste o fibrocimento ou o PVC “que mais parece folhas de pa-

Cartágua

pel vegetal”, “material que era usado há 30 anos quando começaram a surgir os primeiros poliméricos que apenas suportam seis quilos de pressão quando hoje temos tubagens que suportam 16 quilos”. Caminho do Casal do Doutor; Estrada do Outão; Caminho do Casal do Bispo são algumas das zonas identificadas

tendo em vista essa substituição.

O investimento na melhoria do sistema de abastecimento público de água deu os seus frutos com a atribuição, este ano, por parte da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) do “Selo de Qualidade Exemplar da Água para

Consumo Humano”. “Isto é muito relevante e significa que as pessoas do nosso concelho podem beber água da torneira sem problemas”.

O vereador relembra o percurso que o município efetuou de grande investimento na rede pública de abastecimento, em que conseguiu reduzir as perdas de

água de 50 para 29 por cento desde 2017, “mas nos últimos dois meses, segundo os últimos dados, estamos mais próximos dos 25 do que dos 30 por cento, e se fizermos a comparação entre 2022 e o ano passado a variação é de 5,78 por cento”, dá conta. A aposta na telemetria e telegestão têm ajudado nesse desiderato, controlando tempos de rega em espaço público. O município levou também a efeito, nos últimos anos, “o cadastro da rede, a colocação de contadores em todos os pontos de consumo público de água, substituição de contadores ‘em número considerável’ nos domicílios dos clientes, mas também a substituição de condutas obsoletas, e investiu na reparação rápida de roturas”, acrescenta.

Águas do Tejo Atlântico conseguiu parceiro para efetuar obra na ETAR de Arruda

Depois de dois concursos lançados em que não apareceram concorrentes para a obra de reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Arruda dos Vinhos a cargo da Águas do Tejo Atlântico (AdTA), ao terceiro será mesmo de vez. Segundo Paulo Pinto “temos dois concorrentes com arcabouço neste setor”. O valor do concurso de 4,2 milhões de

euros pode subir até 20 por cento acima desse montante, de acordo com o recente decreto-lei número 36 de 2022, “até porque as duas propostas situam-se já próximas dos cinco milhões”, “Se o concurso não produzir reclamações estou crente de que até final deste ano possamos consignar a obra, que deverá arrancar para o ano e demorará um ano e meio até ficar pronta”. Recorde-se que em causa, está o facto de a ETAR de Arruda não ter capacidade para tratar os efluentes de origem industrial, que seguem depois em direção ao Rio Tejo, com impacto na bacia hidrográfica e lençóis freáticos. A ETAR de Arruda dos Vinhos, que entrou em funcionamento em 2004 e cuja empresa responsável é a Águas do Tejo Atlântico, foi concebida para receber águas residuais domésticas, tratadas através do sistema de lamas ativadas com nível de tratamento secundário. No entanto, em 2014 terão sido efetuadas ligações à rede da zona Industrial das Corredouras que, até aí, descarregavam diretamente para a linha de água. O problema identificado nesse ano perspetiva um investimento numa “grande fábrica de água”, referia André Rijo, presidente da Câmara, orçado em 2 milhões de euros, três concursos públicos e oito anos depois vai custar mais do dobro.

João Heitor: “É uma possibilidade remota voltarmos a gerir a água”

Ojá longo braço de ferro com a Cartágua que perdura desde 2013 e atravessou os mandatos do anterior presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro, estará para durar, se bem que nesta altura numa versão mais suave. O novo presidente da Câmara do Cartaxo João Heitor esteve na Rádio Valor Local e deu a entender que permanece na expetativa quanto ao que o tribunal arbitral vai decidir. A empresa gerida pelo grupo Lena/Aqualia assinou contrato para 35 anos, mas ao cabo de 11 e sem ver as suas pretensões asseguradas no que se refere aos aumentos da tarifa por parte do concedente, decidiu processar o município, abrindo caminho a uma rescisão do contrato e respetiva indemnização. João Heitor reconhece que o município agora gerido pelo PSD tem feito um caminho de proximidade com a empresa “de forma a garantir a qualidade do serviço”, ao contrário do anterior

autarca, que mantinha uma relação tempestuosa com os responsáveis da Cartágua. Mas o futuro da concessão permanece no limbo.

Recorde-se que aquando da tomada de posse do antigo presidente, este desconfiou do aumento negociado entre Paulo Varanda, seu antecessor, e a Cartágua, que previa um aumento do tarifário faseado em 30 por cento ao longo de seis anos. Pedro Ribeiro pediu inclusivamente uma auditoria junto da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos que lhe veio a dar razão em vários aspetos acerca da forma como os tarifários tinham sido aumentados no decorrer dos escassos anos desde a constituição da empresa em 2010, e até acerca da forma como foram incluídas algumas cláusulas aquando da assinatura do contrato “de forma lesiva para a Câmara e para os munícipes”, pode ler-se nas conclusões apresentadas pela

ERSAR. A entidade fez um conjunto de recomendações, ressaltando que a empresa mascarou as contas e favoreceu-se à conta das alterações de critérios variáveis como a inflação, os encargos fiscais, regras de contabilidade, e diversas alíneas financeiras. João Heitor considera que o processo ainda vai fazer correr muita tinta. O autarca compara o preço da água no concelho com o de Azambuja e é da opinião de que no município vizinho paga-se mais, estando o Cartaxo a meio da tabela dos municípios com a água mais cara do país – “Não é bom nem mau. É o que é”, limita-se a considerar. O autarca defende que o preço deve ser sustentável tendo em conta que a água é um bem escasso, mas o município de per si não tem condições para montar o sistema de novo. “É uma possibilidade remota! Talvez através de um sistema supramunicipal com ganhos de escala”.

20 Valor Local jornalvalorlocal.com Dossier: Águas Novembro 2022
Autarca dá a conhecer os investimentos previstos João Heitor revela que tem tentado manter boas relações com a Cartágua em prol da qualidade de serviço
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132 anos é muito tempo!

Há números que nos deixam alerta. E há fatos que nos explicam porque é que os homens e as mulheres não ganham o mesmo.

A efetiva igualdade de direitos entre as mulheres e os homens, bem como a participação paritária em todos os domínios da vida política, económica, cultural e social é uma luta diária, por vezes inglória, mas fundamental para uma mudança estruturada.

Mas comecemos pelos números que revelam disparidades sociais que não podemos ignorar: faltam 132 anos para que o salário seja igual entre géneros. Ou seja, a igualdade salarial entre homens e mulheres, segundo a estimativa da décima sexta edição do World Economic Forum no “Global Gender Gap Report 2022”, irá acontecer apenas em 2154!

As fortes disparidades de género relacionadas com o mundo do trabalho aumentam a necessidade de fortalecer os mecanismos de proteção social e laboral, a par do reforço dos programas de requalificação e de reintegração profissional das mulheres, principais alvos do desemprego e da perda salarial em contexto de crise económica global.

Se estreitarmos a análise e circunscrevermos o problema ao nosso país, então o fosso salarial entre homens e mulheres aumentou de 10,9 por cento em 2019, para 11,4 por cento em 2020. Os

dados são da Pordata e não deixam margem para dúvidas: estamos a viver um retrocesso porque agora as mulheres trabalham 51 dias gratuitamente Na taxa de risco de pobreza, as mulheres são, uma vez mais, as que saem mais penalizadas. Segundo o relatório anual “Portugal, Balanço Social 2021. Um retrato do país e de um ano de pandemia”, elaborado pela Nova SBE Economics for Policy o risco de pobreza revelou-se mais acentuado no sexo feminino com um aumento de 2,5 pontos percentuais de 2019 para 2020. E agora um dado curioso: embora

a receber menos que os homens, as mulheres têm níveis mais elevados de escolaridade. Dados do relatório “Education at a Glance 2021” indicam que as mulheres entre os 25 e os 34 anos têm maiores probabilidades de frequentar uma carreira universitária nos países da OCDE. Em Portugal, 49% das mulheres nesta faixa etária tinham um diploma universitário, em comparação com 35% dos homens.

Desde 1986 que há mais alunas matriculadas no ensino superior, e em todas as áreas, com exceção das Ciências, Matemática e Informática, dos Serviços e das

Engenharias. Mas apesar de serem as mulheres que têm maior tendência a concluir a formação universitária, continuam a registar taxas de empregabilidade mais baixas, menor probabilidade de serem contratadas mesmo quando eles têm menos formação académica Não obstante os significativos avanços que temos registado, nas últimas décadas, na promoção da igualdade de direitos e no reconhecimento da diferença e da valorização da emancipação da mulher, existe ainda um longo caminho a percorrer para uma sociedade verdadeiramente paritá-

REDUFLAÇÃO, um primor, um palavrão com um forte sabor a especulação…

Rima com imaginação, mas também com especulação: “reduflação” é o processo mediante o qual os produtos diminuem de tamanho ou quantidade, enquanto o preço se mantém inalterado ou sofre um qualquer acréscimo, mantendo eventualmente a aparência do original.

Perante a redução da quantidade e, quiçá, da qualidade dos alimentos processados, fenómeno a que se dá o nome de reduflação [que resulta da aglutinação de duas palavras: ‘reduzir’ e ‘(in) flação’], parece que há quem, entre nós, considere que não há, no facto, qualquer ilícito.

Um exemplo recente: uma margarina com nome feito na praça apresentava-se anteriormente numa embalagem com 500 gr: a

marca reduziu a quantidade de produto, primeiro para 450 e, depois, para 400 gr., mas manteve o continente com as mesmas características e a aparência de antanho. E o preço disparou de 3 para 5,54€… Ainda que se mantivesse!

Na base da embalagem, de forma dissimulada, rotulagem com indicação da quantidade actual.

Não haverá qualquer ilícito só porque a quantidade alterada consta da base, do fundo da rotulagem?

Se não houver inteira conformidade entre o produto e a rotulagem, a moldura típica em que se enquadra tal factualidade é a da “fraude sobre mercadorias” que o n.º 1 do artigo 23 da Lei Penal do Consumo de 20 de Janeiro de 1984 contempla como segue:

“Quem, com intenção de enganar outrem nas relações negociais, fabricar…, tiver em depósito ou em exposição para venda, vender ou puser em circulação por qualquer outro modo mercadorias:

b) De natureza diferente ou de qualidade e quantidade inferiores às que afirmar possuírem ou aparentarem, será punido com prisão até 1 ano e multa até 100 dias…”

Aliás, ainda que haja, após a redução do produto, conformidade entre a quantidade alterada e o constante da rotulagem, é possível entrever a aplicação de um tal dispositivo porque, sem alteração da embalagem e dos mais elementos, a aparência é a do produto original, com 500 gr., que não a

de 400 gr. em que por fim se ‘converteu’, com a manutenção do preço original ou o que é mais, na circunstância, com a sua quase duplicação [de 3 € para 5,54 €].

Se a factualidade, porém, não assentar no quadro do crime de fraude sobre mercadorias, há que excogitar se não cabe no enquadramento dos ilícitos de mera ordenação social (nas contra-ordenações económicas), tal como o configura a Lei das Práticas Comerciais Desleais de 26 de Março de 2008, no seu artigo 7.º, sob a epígrafe “acções enganosas”: “é enganosa [uma qualquer] prática comercial que contenha informações falsas ou que, mesmo sendo factualmente correctas, por qualquer razão, nomeadamente a sua apresentação geral, induza

ria, sem discriminações de género.

Importante sublinhar que entendo que o combate às persistentes desigualdades entre mulheres e homens se faz com a participação de todas e de todos. É uma luta que se faz com toda a sociedade! É importante sublinhar a necessidade da primazia de uma visão ampla da intervenção da mulher na nossa comunidade. Para isso será necessário derrubar os estereótipos erigidos em torno das identidades femininas e masculinas.

E derrubar esses estereótipos é afirmar que o combate às desi-

gualdades faz-se com mulheres e com homens. Faz-se com a família e com as diferentes gerações que a compõem. Faz-se com os diferentes partidos políticos, mas também com o mundo associativo, com os diferentes movimentos sociais, empresariais e com a mobilização da comunicação social para este tema central no campo da defesa dos direitos humanos. Num momento de crise económica à escala global e neste tempo em que discutimos o Orçamento de Estado para 2023 deixo o apelo para que as forças políticas democráticas consagrem a paridade de género como um objetivo central das suas propostas políticas e das suas práticas para construirmos um futuro melhor para as gerações vindouras.

O combate às discriminações que persistem no mercado de trabalho, o combate à violência doméstica, à homofobia e transfobia, ao racismo e à xenofobia precisam muito da nova geração de cidadãs e de cidadãos. O futuro das nossas comunidades, o futuro da nossa região depende disso. Mais informação sobre esta temática em www.weforum.org/reports/global-gender-gap-report22/)

ou seja susceptível de induzir em erro o consumidor em relação a um ou mais dos elementos… e que, em ambos os casos, conduz ou é susceptível de conduzir o consumidor a tomar uma decisão de transacção que de outro modo não tomaria…”

A apresentação das embalagens [da imagem física da embalagem] ilude os consumidores porque é em tudo igual à anterior: há que precaver, pois, os consumidores contra eventuais “ilusões de óptica”, independentemente da conformidade do produto [composição, qualidade e quantidade…] com a rotulagem.

A aparência é também elemento decisivo na modelação da fraude… e na decisão negocial que o consumidor vier a tomar.

A transparência é, por tal modo, preterida, afastada, comprometida…

E isso conta.

Fenómeno dos tempos que correm, só se enraíza, só se generaliza se os Governos se mostrarem desatentos e permissivos, como parece suceder em Portugal…

O Governo francês, por exemplo, acaba de anunciar medidas de combate à reduflação.

O Brasil já o fizera!

* presidente emérito da apDC –DIREITO DO CONSUMO, Portugal

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Ana Bernardino Mário Frota*

O poder absoluto

Oactual governo de maioria absoluta do Partido Socialista parece cada vez mais um rolo compressor que esmaga tudo e todos. O governo, embora com apenas 6 meses, em funções, está de rastos e arrasta-se numa interminável agonia de casos e casinhos que apenas desgastam a imagem do executivo e das nossas instituições. Os casos de alegadas incompatibilidades en-

volvendo vários membros do governo são o melhor exemplo disso mesmo. António Costa parece confundir maioria absoluta com poder absoluto e o resultado não é brilhante. O governo e o primeiro-ministro em vez de se concentrarem na governação, no combate à inflação, na aposta no crescimento, na aplicação célere da basuca europeia (o tão falado PRR), que é uma oportunidade

única para sairmos da cepa torta, enfim, em vez de estarem focados naquilo que realmente interessa aos Portugueses passam o tempo em justificações e a correr atrás do prejuízo.

Destaco aqui o caso de Miguel Alves, ex-secretário de estado Adjunto do Primeiro-Ministro, que acabou por sair do Governo tarde e a más horas. Era tudo uma questão de tempo, escrito nas

estrelas qual era o desfecho do caso. Miguel Alves sai “esturricado”, mas António Costa sai igualmente muito muito mal nesta fotografia. Como foi possível convidar alguém para integrar o governo sabendo que ele era arguido em dois processos e mesmo assim decidiu convidá-lo para o Governo. E a polémica recente em que quando era autarca em Caminha ter adiantado sem qual-

quer garantia cerca de 300 000€ a um vendedor de banha-da-cobra. E é aqui que esta questão entronca na maioria absoluta; o poder é nosso e fazemos tudo o que queremos, é assim que pensa António Costa. E este tem sido sempre o modus operandi de António Costa em todos os casos que envolvam o seu governo. Dir-me-ão que sempre foi assim mas a tendência tem vindo

a agravar-se com o governo de maioria absoluta. Esta é a forma de actuação do velho Partido Socialista, que nos trouxe até ao pântano com António Guterres, desembocou na bancarrota de José Sócrates e nos encaminha para a falência completa dos serviços públicos com António Costa.

É uma governação sem rumo e sem objetivos estratégicos para Portugal e para os Portugueses.

Nunca a carga fiscal foi tão grande e nunca os serviços públicos estiveram tão degradados. Basta ver o que se passa no Serviço Nacional de Saúde, na Escola Publica ou na Segurança Social. Experimentem renovar o Cartão de Cidadão, a carta de condução ou o passaporte e todos compreendem aquilo de que falo. O País precisa claramente de virar a página e mudar de vida e essa mudança só pode ser protagonizada pelo PSD e por Luís Montenegro. Estamos a construir uma alternativa para Portugal!!

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Alenquer quer deslumbrar no regresso do parque temático de Natal

De 30 de novembro a 30 de dezembro, regressa a Alenquer o seu evento mais conhecido de Natal. “Alenquer, Presépio de Portugal” tem novidades “que prometem fazer as surpresas dos mais pequenos, mas também de toda a família”, evidencia o município em nota de imprensa.

O principal destaque deste ano é o regresso do parque temático de Natal, a funcionar durante o mês de dezembro, que de acordo com a organização, será o maior em área coberta do país. Neste recinto, situado no Parque Urbano da Romeira, haverá uma pista de gelo natural, também ela coberta, e um circo de Natal, outro dos regressos esperados. Fábrica de brinquedos do Pai Natal, oficinas do presépio, exposições e mercado do presépio, um labirinto do presépio, carrosséis ou pista de kart são também motivo de atração.

A escassos metros do parque temático, existe uma outra vila de Natal, que tem no histórico Presépio Monumental a principal atração. Um trilho de iluminação natalícia vai conduzir os visitantes ao coração da vila de Alenquer, onde há igualmente atividades para todos.

Mercado de Natal, diversões, exposições, museus ou mesmo visitas guiadas ao icónico presépio da vila. Fazem parte do programa as exposições de presépios, no Museu do Presépio e, nos Paços do Concelho, onde estará patente um espólio do Major-General Canha da Silva, maior colecionador privado do país. O comércio local também vai aderir à quadra natalícia com os habituais prémios para quem efetuar compras em estabelecimentos do concelho.

“Temos uma das vilas mais boni-

tas de Portugal e estará ainda mais bonita por estes dias. Recomendamos que cheguem de manhã cedo e passem o dia no parque temático. Assim que escureça, podem dirigir-se ao centro da vila e aproveitar as bonitas instalações noturnas e o mercado de Natal, subir a encosta e fazer uma visita guiada ao Presépio Monumental, culminando com uma visita às exposições de presépios na parte mais alta da vila”, refere Rui Costa, vice-presidente da autarquia.

“O município vai investir cerca de 250 mil euros na dinamização do evento, convicto do retorno que este tem para o território e para as suas gentes”, acrescenta.

“O Natal de Alenquer é o mais autêntico do país e já se tornou ponto de passagem quase obrigatório. Cerca de 80 por cento dos visitantes vêm de fora do concelho, prova de que o Natal de Alenquer é cada vez mais

uma referência no país. Isso justifica a aposta que o município tem feito na criação de identidade e na promoção do território”, acrescenta o vereador.

A edição de 2022 do “Alenquer, Presépio de Portugal” será também sensível à necessidade de redução de consumos energéticos, com o município a reduzir os valores em cerca de metade, cumprindo assim a meta dos 30 por cento de reduções, recomendada pelo Governo.

“Vamos reduzir o número de iluminações, que serão 100% LED e terão um horário reduzido, das 18h à meia-noite. O Presépio Monumental será desligado todos os dias, por volta da 1h, altura em que o tráfego reduz bastante no centro da vila. Tínhamos outros equipamentos pensados, mas foram também eliminados, numa lógica de ajudar o planeta e de reduzir custos”, revela Rui Costa.

O início das festividades acontece no Presépio Monumental, na encosta mais conhecida do concelho, na noite de 30 de novembro, com um espetáculo piromusical com início marcado para as 22h30 e onde marcará presença o presidente da República, Mar-

celo Rebelo de Sousa. Já quanto às entradas no parque temático, o bilhete diário é de cinco euros e dá acesso a várias atividades, embora não inclua a utilização da pista de gelo e do carrossel. Há ainda um livre-trânsito, que custa 20 euros, para muníci-

pes, durante todo o mês, e preços especiais de 20 euros para famílias numerosas (sócios da APFN). Os horários variam entre as 9h e as 19h (de 2.ª a 5.ª feira) e as 11h e as 20h (6.ª feira, fins de semanas e feriados). O espaço encerra nos dias 24 e 25.

25 Valor Local jornalvalorlocal.com Eventos Novembro 2022
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Depois da pandemia vários eventos estão planeados no regresso em força do Alenquer, Presépio de Portugal Alenquer volta a receber o certame
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Campanha “Natal e a Economia Local” no concelho de Salvaterra de Magos

ACâmara Municipal de Salvaterra de Magos está a promover, até 1 de janeiro de 2023, a Campanha “Natal e a Economia Local”, em parceria com a Associação de Comerciantes dos Concelhos de Coruche e de Salvaterra de Magos, que pretende incentivar os munícipes a escolherem o comércio tradicional para as suas compras, premiando-os com a atribuição de 20 vales de compras, entre os 30 e os 200 euros. Ao mesmo tempo, a autarquia, com a colaboração das associações, coletividades, comissões de festas, IPSS’s e juntas de freguesia do concelho, apresenta um programa de iniciativas, desde teatros infantis, concertos, Feira do Livro de Natal, exposições, animação de rua com Pai Natal e duendes, entre muitas outras de cariz cultural, desportivo, recreativo e solidário

A Feira do Livro de Natal arranca no dia 26 de novembro e decorre até 30 de dezembro na Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos, contando com a realização de atividades lúdicas, apresentação de livros para diferentes públicos e sessões de animação, as quais vão também passar pelos espaços das Bibliotecas do Espaço Jackson, em Glória do Ribatejo e do Mercado de Cultura de

Marinhais.

Também no dia 26 de novembro, o Centro Cultural do Escaroupim será palco (16h00) da apresentação da peça de teatro “Avieiras” pela Companhia Teatro do Silêncio, um espetáculo que parte de uma pesquisa etnográfica e de uma recolha de testemunhos junto de mulheres avieiras para criar uma ficção a múltiplas vozes e que evoca a viagem que a jornalista Maria Lamas realizou nos anos cinquenta do século XX para escrever o livro, As Mulheres do Meu País.

No dia 1 de dezembro, a Câmara

Municipal vai assinalar (15h00), na Falcoaria Real, o 6º Aniversário da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade com a inauguração da exposição “A Falcoaria, a minha Arte e a minha Terra”, por Ana Teresa Pontífice, uma homenagem ao Professor Filipe Themudo Barata e a inauguração da exposição “Falcoaria no Mundo”.

A 3 de dezembro (15h30), no Mercado de Cultura de Marinhais inaugura a exposição “Art & Wood”, de Wenceslau Soares, que reúne um conjunto de peças

em madeira que versam diversos temas e que procuram mostrar o trabalho desenvolvido pelo artista no último ano.

Também a nível de exposições, no Espaço Jackson, em Glória do Ribatejo, continua patente, até 15 de janeiro, a exposição “Artes da Nossa Terra”, com peças de madeira em miniatura de Manuel Filipe Monteiro.

A programação inclui também teatro infantil (todos pelas 11h00) com a apresentação da peça “Semente da Verdade” pelo Grupo Palco de Chocolate, um espetáculo interativo, repleto de surpre-

AVISAN no CNEMA de 2 a 4 de dezembro

OCentro Nacional de Exposições, em Santarém, recebe a Avisan – Exposição Nacional de Aves, Animais de Companhia, Equipamentos e Acessórios, certame que decorre entre 2 e 4 de dezembro.

A mostra comercial de equipamentos e acessórios, as exposições de aves, os animais domésticos e exóticos, os répteis, os gatos, os cães e as diversas iniciativas que aqui decorrem pretendem atrair os profissionais do sector além do público em geral.

Com a presença de criadores nacionais e internacionais, a Avisan “é um ponto de encontro de milhares de visitantes e contará com uma programação diversificada para que este evento seja atrativo e representativo do sector”, subli-

nha a organização em nota de imprensa.

28ª Exposição Canina Nacional e 22ª eExposição Canina Internacional

A 28ª Exposição Canina Nacional de Santarém e a 22ª Exposição Canina Internacional de Santarém decorrem a 3 e 4 de dezembro, respetivamente.

Estas iniciativas que contam com a direção técnica do Clube Português de Canicultura, são regidas pelos regulamentos da Fédération Cynologique Internationale e do Clube Português de Canicultura, aberta aos exemplares de todas as raças e variedades oficialmente reconhecidas, registados em Livros de Origens ou com Re-

gistos Iniciais emitidos por organismos reconhecidos pela Fédération Cynologique Internationale. No âmbito das exposições caninas realizam-se Monográficas de Bulldog Inglês, Bullmastiff, Cão de Fila de São Miguel, Cão de Pastor Alemão, Cão de Pastor Belga e Dogue Alemão.

11ª Exposição Internacional de Gatos de Santarém

A 11ª Exposição Internacional de Gatos de Santarém realiza-se a 3 e 4 de dezembro e é organizada pelo Clube Português de Felinicultura, único órgão reconhecido oficialmente em Portugal, detentor do Livro de Origens Português e membro da Federação Internacional Felina – FIFe.

sas, com truques de magia e dança - no dia 4 de dezembro no Espaço Jackson, em Glória do Ribatejo, no dia 11 de dezembro no Edifício do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos e no dia 18 de dezembro no Mercado de Cultura de Marinhais.

Nos dias 15 e 16 de dezembro, vai decorrer a Festa de Natal dos idosos e reformados do concelho, nos Pavilhões das Festas de Marinhais e de Foros de Salvaterra, respetivamente.

A 17 de dezembro, o Pai Natal e os duendes saem à rua com animação no Mercado Diário de Sal-

vaterra de Magos e nas freguesias do concelho. Nas Piscinas Municipais realiza-se a iniciativa “Natal nas Piscinas” (10h), numa organização da Câmara Municipal e do Clube Náutico de Salvaterra de Magos.

A nível musical, destaque para o Concerto “Padre Borga com Banda”, a 17 de dezembro (21h) na Igreja Matriz de Salvaterra de Magos e o Concerto de Natal com Patrycja Gabrel (Soprano), Jorge Batista da Silva (tenor) e Nataliya Kuznyetsova (pianista), a 18 de dezembro (15h30), na Casa do Povo de Muge.

Até 1 de janeiro decorre também o projeto “Arte(s) na(s) montra(s)”, que pretende incrementar dinâmica no comércio tradicional, estimulando a interação entre artesão, pintor ou escultor e lojistas e tornando os estabelecimentos também em espaços de divulgação artística e cultural, onde se promove o artesanato local.

Já a 7 de janeiro de 2023 (16h), no Mercado de Cultura de Marinhais terá lugar o Concerto de Ano Novo com a Banda da Sociedade Filarmónica de Muge.

Para 13 de janeiro (15h) está marcada a sessão de encerramento da 10ª Campanha “Natal e a Economia Local” na Falcoaria Real de Salvaterra de Magos.

27 Valor Local jornalvalorlocal.com Eventos Novembro 2022
O universo da bicharada em destaque na Avisan Várias atividades de Natal a decorrer em dezembro no concelho de Salvaterra
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