Jornal chafariz fevereiro 2018

Page 1

Bimestral • Director: Miguel A. Rodrigues • Nº 5 • 8 de Fevereiro 2018 • Gratuito

Chafariz

Arruda com mais capacidade para fazer face a ruturas de água

de Arruda

Pág. 7

Os caminhos da Educação em Arruda

Start Up Cultural na antiga escola da Quinta da Serra Pág. 11

Carnaval de Arruda cada vez mais participado

Pág. 15

Escola recebe projeto-piloto de um laboratório para os alunos do primeiro ciclo

Págs. 8, 9 e 10


Chafariz de Arruda

2 Sociedade

Fevereiro 2018

Arrancaram as obras no Centro Escolar de Arruda s obras de requalificação do Centro Escolar de Arruda dos Vinhos já estão em curso. O projeto contempla obras na Escola do Plano Centenário, jardim-de-infância, refeitório e espaço exterior. De acordo com o presidente da Câmara de Arruda, André Rijo, o projeto que durará seis meses, terá em conta a minimização da perturbação do bom funcionamento das aulas e ao mesmo tempo a segurança dos alunos, professores e auxiliares. A obra que foi já apresentada à comissão de pais, custará cerca de 738 mil euros, e será comparticipada em 85 por cento de fundos comunitários, representando “uma mais-valia para os alunos e aquele agrupamento muito em breve”, já que de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, “esta é uma obra há muito desejada”. O autarca revela que o Centro Escolar de Arruda dos Vinhos, já tinha sofrido obras em 2000, mas ainda não atingia todas as condições necessárias para alunos e professores. O centro que é atualmente o que mais alunos acolhe do concelho de Arruda dos Vinhos, apresentava até aqui uma lacuna no dia-a-dia do mesmo para os

A

Lançamento do projeto

Obra explicada aos vários intervenientes escolares funcionários e alunos. Acontece que o mesmo não dispunha de condições para a confeção de refeições escolares, sendo que estas vinham de outra escola, acarretando algumas dificuldades de logística por exemplo. Com a intervenção no refeitório, o Centro Escolar passa a dispor também de espaço para confeção de refeições, igualando assim os outros centros escolares do concelho. Também o jardim-

de-infância vai ser intervencionado. O autarca fala na criação de mais salas polivalentes, com o objetivo de tornar o espaço mais funcional. André Rijo fala igualmente na recuperação “do espaço exterior que era uma aspiração antiga e que aliás também foi referida no orçamento participativo” pelos encarregados de educação. O presidente da Câmara salienta que o atual recreio está vedado aos alunos, até porque é lá que decorrem as

obras e vinca que durante as mesmas o acesso à escola e jardim-de-infância, que normalmente se fazia por uma entrada na rua de cima, será feito pelas traseiras do edifício. Este, segundo o autarca, será o preço a pagar pela segurança das crianças e bom andamento da obra que estará pronta provavelmente em meados de julho. Aliás, André Rijo, salientou ao Chafariz que as candidaturas demoraram um pouco

mais do que o esperado, mas este foi o “timing” possível para que o projeto alcançasse agora a velocidade de cruzeiro até ao Verão. Obras nos outros centros escolares André Rijo salienta que neste momento e após discussão dos projetos de intervenção nas outras escolas, com a comunidade escolar, estão a ser reformulados projetos de arquitetura e de

execução, em conformidade, e em 2019 deverão ser apresentadas candidaturas já com os projetos revistos de modo a avançar-se com mais uma intervenção, deixando as restantes para os anos seguintes. “Não significa isto que não estamos permanentemente atentos às necessidades de intervenção e manutenção nos nossos centros escolares, antes pelo contrário, sendo que inclusivamente no início do ano, criámos uma equipa de primeira intervenção (“faz tudo”) que está adstrita a este serviço e que percorre semanalmente os nossos centros escolares e tem resolvido variadas situações identificadas”, diz. Recorde-se que em Arranhó, estão previstos cerca de 141 mil euros para reabilitação do recreio, construção de bancadas no campo de jogos e instalação de infra-estruturas para proteger as crianças do sol. Em Casal Telheiro, o município vai investir 98 mil euros em arranjos exteriores na zona de recreio e também em melhores condições de segurança para os alunos. Já em S. Tiago dos Velhos, a Câmara vai reabilitar o recreio, construir um telheiro para abrigar os alunos à entrada da escola e instalar infra-estruturas para proteger as crianças do sol, obras que estão orçadas em cerca de 26 mil euros.


Fevereiro 2018

Chafariz de Arruda

Publicidade 3


Chafariz de Arruda

4 Sociedade

Fevereiro 2018

Junta de Arruda distribui cabazes sociais

Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos vai implantar em parceira com a Câmara Municipal local o projeto dos “Cabazes Sociais”. Segundo Fábio Morgado, presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos, este é um projeto que já vinha no seu manifesto eleitoral e que na prática pretende tornar a junta mais proativa para que não seja “apenas aquele local onde as pessoas se deslocam para pedir o arranjo de caminhos ou fazer requerimentos”. O responsável salienta que este projeto tem como objetivo fornecer às famílias já identificadas como carenciadas, produtos de higiene pessoal ou para a limpeza de casa ou mesmo roupa. Fábio Morgado considera que já existe resposta social para os bens de primeira necessidade como alimentação ou roupa, mas muitas vezes é descurado o resto, que na sua opinião é também importante, seja para a autoestima,

A

seja para uma higiene cuidada. O autarca revela a parceria com a “Missão Sorriso” do Continente como uma das principais patrocinadoras, mas refere também que a junta terá de investir em alguns produtos para compor estes cabazes. O autarca salienta que para esta “missão” a autarquia vai disponibilizar cerca de 1600 euros anuais para fazer face a este projeto, vincando que “este é o ano zero” e que a verba poderá subir no futuro. Numa altura em que a junta de freguesia já tem a sua situação financeira controlada, o autarca vinca que pode “olhar” de outro modo para a situação social dos fregueses. Ao todo são cerca de sessenta famílias que receberão este cabaz “e que serão acompanhadas pelo município”. A ideia, segundo o presidente da junta, é acompanhar o evoluir da situação, e tentar perceber se a ajuda, neste caso da junta, chega, ou não tendo em conta possíveis reajustamentos no futuro.

Cabazes serão compostos na sua maioria por produtos de higiene

Incêndio em coletividade de Tondela deixa autarcas em estado de alerta município de Arruda em conjunto com a Proteção Civil está a levar a cabo um inventário das coletividades e associações no que diz respeito às normas de segurança e à existência de portas de emergência a funcionar devidamente. O vereador do PSD na autarquia, Luís Rodrigues, apresentou uma proposta para um regulamento municipal tendo em linha de conta a importância do tema, e o que aconteceu no passado mês de janeiro em Tondela, quando dez pessoas morreram e várias dezenas ficaram feridas ao

O

tentarem fugir de um incêndio desencadeado por uma salamandra numa coletividade local. O presidente da Câmara, André Rijo, informou que a Proteção Civil e os serviços municipais têm levado a cabo ações de sensibilização junto das associações, “pois há situações que podem ser de risco”, alertando ainda para “algumas obras que se possam fazer que não comportem custos avultados”. Pelo que tem conhecimento, situações como a verificada na coletividade de Vila Nova da Rainha, Tondela, onde uma salamandra por si só conseguiu provocar uma forte ig-

nição na cobertura da estrutura não existem nas associações do concelho. Quanto à proposta de um regulamento municipal com medidas preventivas e cautelares, André Rijo reforçou que tal instrumento só poderia ser viabilizado, ao que tudo indica, pela Associação Nacional de Proteção Civil. “Podemos quanto muito verificar o que nas associações se encontra ou não dentro da lei quanto a extintores, portas de segurança, mas um regulamento é complicado tendo em conta a especificidade das tipologias, com edifícios muito diferentes entre si”.


Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018

Sociedade 5

Alunos do IPAM criam plano estratégico para Arruda dos Vinhos mpulsionado pelo Presidente do Conselho Estratégico Económico de Arruda dos Vinhos – CEEAV, Tim Vieira, foi lançado um desafio aos alunos do último ano do curso Gestão de Marketing do IPAM para a criação de um plano estratégico, que posicionasse o Concelho de Arruda dos Vinhos no mapa, assente na dinamização do enoturismo. A apresentação dos trabalhos ocorreu no passado dia 16 de janeiro, no auditório da faculdade, e estiveram presentes alguns empresários do Concelho de Arruda dos Vinhos, o Presidente da Câmara Municipal e o Presidente do

I

CEEAV, Tim Vieira. Durante uma das últimas reuniões de Câmara, o vereador do PSD, Luís Rodrigues, mostrou a sua satisfação pelo projeto, salientando que também fazia parte do seu programa eleitoral. Na resposta André Rijo, presidente da Câmara, salientou que esta iniciativa não tinha objetivos relacionados com a campanha eleitoral, até porque o desafio lançado a Tim Vieira já era anterior ao período autárquico de 2017. O autarca salientou que o IPAM é uma instituição reconhecida a nível do Marketing que tem levado a cabo trabalhos no domínio do marketing territorial que interessam ao concelho.

Apresentação de trabalhos


Chafariz de Arruda

6 Sociedade

Fevereiro 2018

Ciclismo vai regressar ao concelho de Arruda dos Vinhos s freguesias de Cardosas e Arruda dos Vinhos uniram-se para fazer regressar as provas de ciclismo ao concelho. Esta é uma modalidade que deixou marcas nas duas freguesias e que ainda tem muitos adeptos. O regresso das provas de estrada está marcado para o dia 27 de maio e contempla um circuito entre as duas freguesias, numa organização conjunta, e com o apoio do Município de Arruda dos Vinhos, da Associação de Ciclismo de Lisboa e da Federação Portuguesa de Ciclismo. Sendo esta uma aposta importante para o regresso deste desposto. Segundo Fábio Amorim, presidente da Junta de Cardosas, esta é uma prova que será “aberta a atletas amadores, semiprofissionais e profissionais” todavia as inscrições ainda não estão abertas, revelando que este circuito está inserido no calendário reginal de Lisboa

A

Regresso de uma modalidade que deixou saudades na modalidade de prova aberta”. De acordo com o autarca, existirão 4 classificações (2 masculinas: geral e sub 23 / 2 femininas: geral e sub 23)

com direito a prémio, referindo que será um ciclista profissional, “vencedor de uma etapa da Volta a Portugal de 2017, que será o padrinho da prova”, mas sem

revelar quem. A partida será em Arruda dos Vinhos, passará pelo Centro Histórico da vila e entrará no Prémio de Montanha com meta no Largo

Humberto Delgado. Para além deste percurso há ainda um outro circuito de cerca de quatro quilómetros que será feito na freguesia de Cardosas.

Neste caso, Fábio Amorim, destaca que um dos objetivos será também promover as duas freguesias, as empresas locais, bem como o comércio local.


Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018

Ambiente 7

Limpeza de caminhos: Câmara de Arruda condena Governo por falta de meios e prazos apertados Governo determinou que até dia 15 de março os privados procedam à limpeza dos seus terrenos. Se tal não for efetuado terão de ser as autarquias a assumir essa responsabilidade, onde a limpeza das faixas de combustível não se concretizou, dispondo para o efeito até final de maio para que tal aconteça. O contrarrelógio está na estrada. Se assim não for, já foi deixado o aviso de que as autarquias poderão sofrer um corte de 20 por cento do duodécimo das transferências correspondentes ao Fundo de Equilíbrio Financeiro. O presidente da Associação Nacional de Municípios, o socialista Manuel Machado, afirmou que a medida nos termos em que é apresentada consiste numa “ofensa ao poder local” e que não é razoável o tempo proposto. A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos liderada pelo PS também não esconde a sua apreensão. O presidente da Câmara, André Rijo, refere que apesar de não ser um concelho problemático dado

O

que não possui vastas áreas florestais como noutros pontos do país, “a verdade é que se verificam também aqui situações de difícil identificação”. Como tal “não se pode ter a pretensão de se fazer em escassos meses aquilo que não se conseguiu fazer em anos”. Mais grave ainda, explica o autarca, é o facto de as autarquias “não terem visto reforçadas as suas transferências do Orçamento de Estado para assumir este tipo de situações de incumprimento dos particulares”. No caso concreto de Arruda, o município tem dotações (no orçamento municipal de 2018) para fazer face a limpezas de terrenos municipais e linhas de água, efetuadas ao longo dos anos, “mas não teremos capacidade financeira para nos substituirmos a todos os privados que não cumpram a lei”, refere André Rijo. E esta “sanção” de cativar receitas então “é claramente ilegítima e merece a nossa profunda discordância”. “Acompanhamos aqui aquilo que tem sido dito pela Associação Nacional de Municípios e também pelos autarcas socialistas”,

consubstancia. Apesar das dificuldades no terreno e do trabalho hercúleo que espera este concelho assim como outros, a autarquia sublinha que tem feito algum trabalho de campo, dado que desde há dois anos a esta parte e em parceria com o Serviço Municipal de Proteção Civil e o GIPS da GNR tem levado a cabo a “Operação Ignição Zero”, no sentido de fazer ações inspetivas e de sensibilização que têm resultado como positivas. Entre 2016 e 2017 foram sinalizados 131 terrenos/situações que careciam de operações de limpeza (em desrespeito pela legislação em vigor), tendo daí resultado que cerca de metade desses processos se concluíram positivamente neste período. Ou seja, entre 2016 e 2017 foram limpos mais de 40 hectares no concelho de Arruda, entre terrenos municipais e terrenos privados. Este é, no entanto, um trabalho contínuo que o Serviço Municipal de Proteção Civil “tem feito duma forma muito próxima e que continuará a ser feito.” André Rijo reforça ainda que tem tido também a colabora-

ção dos Sapadores Florestais de Torres Vedras que uma vez por ano, nos últimos anos, têm feito um trabalho no terreno, identificando e resolvendo algumas das situações identificadas. Equipas de sapadores florestais é ambição Um dos grandes objetivos deste concelho passará no futuro e em articulação com a Comunidade Intermunicipal do Oeste e com o Governo pela constituição de equipas de sapadores florestais intermunicipais, e de primeira intervenção preventiva, com maquinaria adstrita, “mas

esta é uma discussão que se iniciou há pouco e que levará o seu tempo até produzir frutos” dá conta. Em conclusão, André Rijo reforça que partilha da opinião da Associação Nacional de Municípios nesta matéria, pelo que “o Governo não andou bem”. “É uma sanção inadmissível e ilegítima esta potencial cativação de verbas, e uma forma de desresponsabilização total do Estado Central que se condena veementemente”, diz. “Estava à espera de uma outra atitude do Governo, parece até que se está a transferir o ónus para as autarquias caso voltemos a passar no verão

deste ano por situações semelhantes às que, infelizmente, vivemos no país no verão e no início de outono de 2017, o que me parece claramente injusto”, acrescenta. Para este autarca, e por uma questão de proximidade “as autarquias deveriam ter mais meios e competências, nomeadamente para fiscalizar, e resolver no terreno, até entrando administrativamente, sem esperar uma autorização judicial nos terrenos, e tendo meios financeiros para o efeito, o que infelizmente e daquilo que vou falando com colegas de outras câmaras não me parece que esteja a acontecer.”

Arruda com mais capacidade para fazer face a ruturas de água concelho de Arruda dos Vinhos já tem alternativas ao abastecimento de água. Nesta altura o município, tem duas alternativas para o caso de existir uma rutura grave, como aquela que existiu no último verão e que levou à interrupção do abastecimento de água, durante várias horas, deixando assim a população e os serviços numa situação complicada. A situação era descrita como grave e por isso o município iniciou conversações com a EPAL (Empresa de Águas de Lisboa) no sentido de encontrar uma segunda linha de abastecimento em alta. O assunto ficou resolvido e foi testado de forma positiva num simulacro no passado dia 16. Este foi um exercício real, onde participaram a Proteção Civil Municipal, GNR, EPAL e técnicos muni-

O

cipais, com um “balanço positivo” segundo André Rijo, presidente da Câmara, que se congratulou com o facto de existir a partir de agora alternativas seguras ao abastecimento no concelho. No entanto, existiu também por parte do município, um

investimento nos depósitos locais, que passaram a ter mais capacidade de reserva: “Conseguimos aliás quase que triplicar a autonomia em termos de disponibilidade de água” refere o edil. Ao todo foram precisos cerca de seis meses de traba-

lho, em que a capacidade de reserva da água que entra no município foi triplicada, sendo por isso na opinião do autarca “um passo muito positivo e todos saímos a ganhar com isso”. André Rijo considera positiva também a articulação do

trabalho levado a cabo pelas várias entidades que participaram na obra e no simulacro, destacando que o mesmo “é benéfico para as populações”. Por outro lado, o autarca refere que vai existir por parte da Câmara Municipal de Ar-

Através de um simulacro testou-se a eficácia dos novos pontos de abastecimento

ruda dos Vinhos um investimento importante no setor. Nesse sentido recorda que o município quer fazer de 2018 a 2019 o “ano da água” através de investimento nos reservatórios e na rede. O edil salienta também que a Câmara quer reduzir o número de perdas de água na rede cujos valores oscilam até aos 50 por cento, sendo que o objetivo é atingir os 25 por cento anuais. Já José Sardinha, presidente do Conselho de Administração da EPAL, salientou o esforço levado a cabo pelo município de Arruda, enaltecendo a parceria neste simulacro. O responsável vincou os comuns objetivos de ambas as entidades, apontando para a modernização e monotorização dos caudais dos depósitos e das perdas de água, que segundo o próprio, continuam a ser uma prioridade da EPAL.


Chafariz de Arruda

8 Educação

Fevereiro 2018

Projeto piloto do ministério da Educação

Escola de Arruda vai contar com laboratório de ciências no primeiro ciclo oão Raposo é diretor do Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos, que para além do centro escolar de Arruda, abarca ainda o de Casal Telheiro, Arranhó e S. Tiago dos Velhos, desde 2015 com as valências de jardimde-infância e primeiro ciclo. Para o diretor, o concelho tem uma educação de excelência o que eleva a fasquia para todos os estabelecimentos escolares do município, incluindo ainda o ensino profissional. Neste momento a fasquia está ainda mais alta porque vai ser uma das escolas do país a receber um projeto piloto do ministério da Educação. O diretor conta que o facto de o Externato João Alberto Faria se situar em posições de destaque no ranking das escolas nos exames do nono e secundário traz uma pressão acrescida também para as escolas onde os alunos iniciam o seu percurso escolar – “Penso que o

J

João Raposo assegura que Arruda está no bom caminho quando se fala de Educação paradigma da Educação também está a mudar neste sentido. Fomos convidados pelo ministério para apre-

sentar um plano de promoção do sucesso educativo, e um dos objetivos passa pelo ensino experimental

O sonho de um laboratório está próximo para os mais pequenos

das ciências”, informa. Ainda neste ano letivo, o Centro Escolar de Arruda vai passar a contar com um la-

boratório onde os alunos podem fazer as suas experiências. Uma novidade que se estende apenas a mais algumas escolas do país. Tratando-se de um projeto piloto que Arruda tem a sorte de o acolher, estando pensado para crianças até aos 10 anos. Será patrocinado pela Câmara em 20 mil euros. Naturalmente, “as expetativas são muito altas tendo em conta o futuro”. Em curso, no Centro Escolar de Arruda estão as obras que visam um novo refeitório, dado o crescente número de crianças que frequentam este estabelecimento, cerca de 420. Não se afigurava como prático que se continuasse a receber as refeições confecionadas e depois embaladas e transportadas a partir do Centro Escolar do Telheiro. O professor e diretor do Agrupamento refere ainda que em Arruda não se recorre às ditas empresas que costumam estar no foco da polémica sempre que se fala em refeições escolares, sendo preparadas nas escolas onde há cantinas a funcionar. No caso de S.Tiago dos Velhos recebe as refeições

provenientes de Arranhó. Refere o diretor que na área do concelho, não estão identificados alunos com especiais carências alimentares. “Se há casos sociais estão camuflados, pode existir alguma fragilidade, mas tentamos sempre compensar com os nossos mecanismos”. Neste momento, o agrupamento tem traçado também um plano para combate ao insucesso escolar no 2º ano de escolaridade, visto que do primeiro para o segundo ano não há chumbos, e como tal é importante preparar os alunos desde que entram para a escola para que não sofram o impacto de uma reprovação no segundo ano. A ideia é ter um acompanhamento extra de cerca de seis a sete horas por semana em algumas disciplinas logo a partir do primeiro ano. Das 16h00 às 18h00, a escola inclui ainda as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC’s) que no entender do diretor e dada a exposição do aluno a um contexto de aula, eliminam a necessidade de mais trabalhos de casa, que apenas


Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018 faziam sentido quando o aluno passava ou a parte da manhã ou a parte da tarde na escola. A ditas AEC’s, frequentadas em Arruda por um elevado número de alunos, acabam por também sobrecarregar o dia-a-dia do aluno. João Raposo não tem dúvidas, a escola como se apresenta hoje em dia em Portugal ao aluno tiralhe a possibilidade de brincar mais. “O que tentamos fazer é com que a família também colabore em determinado trabalho que a escola peça para a criança fa-

zer”. Regra geral, a resposta dos pais sempre que a escola os chama “é positiva”. Outra das questões sempre que se fala de ensino e que vem à baila prende-se com a reutilização dos manuais escolares. Apesar de a defender, o diretor do agrupamento acha que também traz inconvenientes e problemas, principalmente quando estamos a falar do primeiro ciclo como é o caso, em que os manuais são instrumentos de trabalho – “Um livro que já foi es-

crito não dá para ser reutilizado.” A diferença é que estamos a falar de um manual de trabalho e não de um manual orientador. Em Cardosas surgiu recentemente um projeto de ensino doméstico tendo como modelo inspirador o da Escola da Ponte em Santo Tirso, mais voltado para a autonomia do aluno, o que para o professor “faz sentido se a família for da opinião de que a escola não consegue dar esse suporte”. Já no caso da Escola da Ponte “trata-se de uma filo-

sofia diferente, mas não vou dizer se é melhor ou pior”, refere, prosseguindo – “Se me perguntar se em Arruda conseguiríamos fazer uma Escola da Ponte diria que não, porque só aqui no centro escolar de Arruda temos 420 alunos, entre o pré-escolar e o primeiro ciclo, já a Escola da Ponte do pré-escolar ao nono ano tem 200 alunos, o que faz com que tenha um corpo docente mais estável, sem muitas entradas e saídas de professores todos os anos, o que lhes permite trabalhar e

Educação 9 consolidar aquela filosofia através de um núcleo fixo de docentes”. Para se operar uma mudança deste género em Arruda seria necessário mudar um paradigma – “Podemos quanto muito aproveitar alguns bons exemplos dessa escola”. Para João Raposo, independentemente dos ciclos políticos do país, e das novidades que vão sendo trazidas a cada ano letivo “este setor das escolas, dos pais, alunos e professores tem tido uma extraordinária

capacidade de adaptação”. Sendo a Educação tantas vezes uma bandeira dos governos, ou até uma área onde alguns municípios gostariam de fazer desta uma marca distintiva nos seus territórios. “Temos três instituições de ensino: o agrupamento, a Gustave Eiffel e o Externato com um bom relacionamento em que estamos sempre a tentar encontrar pontos em comum, tendo em vista que o aluno não note grandes diferenças na passagem de uns ciclos para os outros”

Arruda recebe Jornadas da Educação em abril m abril, Arruda recebe as Jornadas da Educação cujo objetivo passa por afirmar na região e no país que Arruda dos Vinhos é também “um concelho educador de excelência e com elevados pergaminhos e resultados que o demonstram”, sendo claramente “a Educação um dos setores mais competitivos que temos”, diz André Rijo, presidente da autarquia. André Rijo salienta por isso os resultados dos rankings das escolas, em que uma vez mais Arruda dos Vinhos e sobretudo o Externato João Alberto Faria “ estão de parabéns pelos excelentes resultados obtidos”. Os bons resultados que este externato tem alcançado ao longo dos anos servem também de mote para as jornadas. “Queremos que estas Jornadas sejam mobilizadoras de toda a comunidade escolar, e que saíamos depois de 14 de Abril, todos juntos, reforçados neste objetivo que é construir uma escola de acesso público e sem reservas, de igualdade de oportunidades para todos, de extraordinária qualidade, e que prepare os nossos jovens para serem primeiro excelentes cidadãos e boas e responsáveis pessoas, e depois grandes profissionais altamente qualificados e preparados para poderem ser bem-sucedidos e sobretudo serem felizes no futuro”, diz. Relativamente aos painéis eles vão desenrolar-se ao longo de dois dias com vários convidados, nomeadamente, responsáveis da Escola da Ponte, em Santo Tirso, considerada como modelar devido ao tipo de ensino que ali é ministrado e à taxa

E

de sucesso dos seus alunos. Recentemente uma comitiva composta por elementos da Câmara e do Agrupamento de Escolas de Arruda esteve na Escola da Ponte. Trata-se de uma escola que procura dar mais autonomia ao aluno, e que o papel do professor em contexto de sala de aula surge como orientador e não tanto como expositivo. Para André Rijo, presidente da autarquia, trata-se de um modelo ao qual vale a pena estar atento mas dificilmente se conseguiria reproduzir em Arruda. Contudo salienta o papel da Escola da Ponte na procura de uma cidadania humanista e com “modelos de participação democrática muito interessantes” (primeiro o cidadão, depois o aluno). Segundo o presidente da Câmara, a comitiva saiu de lá “muito entusiasmada com o que viu.” “Mas naturalmente que não se pode, de uma visita, retirar conclusões sobre mudanças a introduzir até porque não se carrega num botão e as mudanças surgem”. O autarca acredita que em contexto escolar, as mudanças devem ser partilhadas por toda uma comunidade escolar que tem que estar mobilizada para as mesmas “e têm o seu tempo de maturação, sem experimentalismos que possam prejudicar os alunos”. Contudo esta visita serviu, pelo menos e tendo em conta os bons exemplos, para se poder efetuar algumas “alterações e projetos, em contexto escolar, que nos parece podem ir ao encontro de um modelo de ensino que permita aos nossos jovens estarem mais preparados para os desafios que esta sociedade globalizada e da tecnologia lhes coloca.”

Visita à Escola da Ponte por comitiva de Arruda

Arruda de novo no topo dos rankings egundo os rankings dados a conhecer nos últimos dias pelo Ministério da Educação, o Externato João Alberto Faria em Arruda dos Vinhos volta a destacar-se no contexto da região e até do país. Segundo o jornal Público, a escola em questão conseguiu nos exames do secundário ficar em 50º lugar entre as mais de 600 do país, onde tiveram lugar exames, com uma média de 11,97 por cento. No âmbito da região Oeste, o externato apenas é suplantado pela Escola Raul Proença, em Caldas da Rainha, com média de 11,99 por cento. Outras escolas da cidade termal surgem também nas posições cimeiras. Mais abaixo e ainda na região a Madeira Torres, Torres Vedras, obteve 10,66 por cento ficando em 211º. Sobral de Monte Agraço ficou em 219º com a Escola Básica e Secundária Joaquim Inácio Cruz Sobral a conseguir uma média de pelos 10,62 por cento. Em Vila Franca de Xira, o estabelecimento de ensino a conseguir a melhor média nos exames do Secundário foi a Reynaldo dos Santos com 10, 3 por cento na posição 274. Já nos exames do 9º ano para um total de 1209 escolas onde foram realizadas as provas de Português e de Matemática, Arruda dos Vinhos e o seu externato conseguiram ficar na posição 67 com uma média de 3,65 (de 0 a 5). Na região, a segunda melhor escola foi a Internacional de Torres Vedras na posição 101 com média de 3,46, seguindo-se na 182 a Raul Proença em Caldas da Rainha, com 3,26.

S


Chafariz de Arruda

10 Educação

Fevereiro 2018

Conceito de ensino doméstico pela “Caminhando” em Cardosas m novo conceito de aprendizagem está a ser implantado na antiga escola primária de Cardosas. Ainda a dar os primeiros passos, pretende dar uma nova perspetiva do ensino doméstico previsto pelo ministério da Educação, mas que há muito caíra em desuso. Nos últimos tempos e tendo em conta que são cada vez mais os pais a procurarem outras abordagens fora do ensino oficial, tal método tem vindo a ganhar espaço em algumas partes do país. Rute Baptista, psicóloga, e Sandra Rodrigues, professora mas que neste contexto se afirma como tutora, dão a conhecer este espaço multidisciplinar que para além de se concretizar como um local de transmissão do mesmo tipo de conteúdos às crianças como se estivessem numa sala de aula tradicional, inclui ainda workshops voltados para os pais, e outras atividades, repartidas por várias salas da antiga escola num ambiente confortável e acolhedor. Assim nasceu a Associação Caminhando em março de 2017 que inclui não apenas o centro de aprendizagem mas também o projeto “Casa de Cultura” que inclui tertúlias e workshops com os pais, nomeadamente, relacionados com temáticas da criança e bebés, entre outros; e o projeto “Caminhando com a Natureza”.

U

Responsáveis da associação querem afirmar este conceito À primeira vista poderíamos pensar que a antiga escola funcionaria hoje como um simples espaço de Atividades de Tempos Livres (ATL) mas não é esse o âmbito. “O nosso objetivo passa por trabalhar com crianças cujas famílias apostem no ensino doméstico, mas não tem nada a ver nem com um ATL nem com um jardim-de-infância”, desmistifica Sandra Rodrigues. A associação acolhe crianças dos três aos cinco anos que frequentam as atividades de “oficinas e de play-

Espaço de aprendizagem e de brincadeira

groups (brincar em grupo)”. Neste âmbito, a Caminhando também consegue ter horários flexíveis para os pais, “que nos procuram porque querem dar uma outra resposta de educação aos seus filhos”, acrescenta Rute Baptista. Dos seis aos 10 anos, a criança tem uma aprendizagem dos conteúdos semelhante em parte ao que teria numa escola do ensino oficial, embora e segundo as duas responsáveis através de abordagens com outro nível de estímulo que podem passar por atividades ao ar

livre e de descoberta que em última análise pretendem ser, a título de exemplo, mais eficazes no ensino da Matemática ou do Português. As aulas acontecem neste espaço, mas os exames são realizados nas escolas do ensino oficial para estes alunos, (que continuam matriculados nas mesmas), de forma a ficarem em pé de igualdade em relação aos que não optem por esta via. Nesta altura, e tendo em conta que a associação começou a funcionar com o ensino doméstico em janeiro de 2018,

estão a frequentar as aulas três alunos no que equivaleria ao primeiro ciclo do ensino básico; e dois na sala da pré-primária, grosso modo. O objetivo passaria no futuro por quinze em cada sala, num total de 30 no máximo. Face à necessidade de um ensino mais acompanhado ou individualizado, Sandra Rodrigues refere que tal não chocaria com os objetivos deste tipo de aprendizagem “porque se o grupo for mais diversificado, em que cada criança tem a sua experiência pessoal, tende a existir uma maior entreajuda”, refere Sandra Rodrigues que concretiza – “Neste tipo de aprendizagem nem todas as crianças têm de estar a fazer o mesmo tipo de trabalho, funciona antes de acordo com o ritmo, e necessidade da criança, e dentro daquilo que a família estipulou”. Como há mais do que uma responsável da associação na sala “dá para perceber se determinada criança se está a sentir bem ou não com o que está a fazer”. Estes centros de aprendizagem não são propriamente muito comuns no país, e em Cardosas tem suscitado curiosidade por parte da população. Na Caminhando, a compra de manuais não é obrigatória. Segundo as responsáveis há vários à disposição naquele espaço. “Cada um escolhe o manual que

prefere acompanhar”. Sendo certo que “há sempre o compromisso com os pais de que este ensino é rigoroso”. Neste espaço, o valor que cada encarregado de educação paga é de 250 euros “que pode baixar no caso de ser o próprio pai/mãe a querer vir dar algumas aulas, até porque alguns deles são formados e têm conhecimentos”. Quando o aluno sai do ensino doméstico, e tem de passar para o ensino oficial, as dúvidas surgem natualmente. Neste aspeto Rute Baptista refere que um dos valores da Caminhando prendese com a autonomia, em que “a criança aprende a estudar”, o que por si só “já é um passo significativo” tendo em conta essa transição. Apesar de em Cardosas, o ensino doméstico estar previsto apenas até ao quarto ano, o mesmo pode prolongar-se por todo o ensino obrigatório como acontece, por exemplo, na Escola da Ponte em Santo Tirso, onde as responsáveis foram beber este modelo, alvo de estudo nacional e internacionalmente. Rute Baptista e Sandra Rodrigues não escondem que ainda há receios quanto ao ensino doméstico quanto “ao seu rigor, certificação e a adaptação à posteriori ao ensino oficial no 5º ano como é o nosso caso, mas aos poucos temos vindo a tentar eliminar esses mesmos receios”.


Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018

Cultura 11

Start Up Cultural na antiga escola da Quinta da Serra antiga Escola da Quinta da Serra na freguesia de Arruda dos Vinhos vai dar lugar a uma Start Up Cultural. O projeto é uma novidade no concelho de Arruda dos Vinhos, todavia o modelo já foi implantado noutros municípios como em Lisboa. Fábio Morgado presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos, salienta que esta ideia pretende fomentar a “arte”, dando ao mesmo tempo uso ao espaço da antiga escola já há muitos anos desativada. O autarca salienta que o facto do lugar da Quinta da Serra se encontrar afastado da sede de concelho foi também um dos motivos que levou a junta de freguesia em parceria com a Câmara Municipal a sedear ali este projeto. Para Fábio Morgado, a cultura deve ser descentralizada, por isso, na sua opinião faz sentido levar para fora dos centros urbanos projetos como estes que visam dar ferramentas aos artistas para que estes possam “criar” com algumas condições e sossego, que habitualmente não têm nas suas casas, locais onde em regra trabalham. Ao Chafariz, Fábio Morgado refere que este espaço tem como objetivo dar condições “aos artistas para que eles criem cultura” referindo que

A

Presidente da junta quer dar uma nova vida a escola desativada apostando na Cultura a antiga escola da Quinta da Serra deverá ser mais diversificada culturalmente. O autarca refere que as dimensões da antiga escola permitem o acomodamento de vários artistas, de vários setores, sendo que as divisórias serão amovíveis pelo “que se um artista precisar de um pouco mais de espaço, seja possível fazer essa adaptação”, embora numa primeira fase sem isolamento acústico, no futuro, esse passo poderá sofrer esse

tipo de ajustamentos. Fábio Morgado salienta que a escola permitirá acolher ateliers de artistas, bem como a construção de um pequeno auditório “para que por exemplo possamos ali descentralizar algumas reuniões da assembleia de freguesia”. Sendo esta também uma ideia do executivo. Pintura, arquitetura, barros, lavores, e música serão algumas das disciplinas que poderão funcionar naquele

Concerto de Folk do Ribatejo

omás, cantautor de Folk do Ribatejo, assim se designa atuou no dia 3 de fevereiro na sala jardim da Biblioteca Municipal de Arruda numa sala bem composta e com um público atento. Começou

T

a tocar e a compor a solo em 2010, e desde aí não parou. Pegando nas competências que adquiriu de uma anterior banda Punk (Suicídio Social) e com uma atitude DIY, decidiu começar a fazer as coisas de uma forma mais solitária e autodidática. Aliado

aos seus interesses políticos, desamores eternos, euforias induzidas por álcool e ao som que lhe era permitido por um pequenino cordofone acústico, entrou de pés juntos na sua sonoridade Folk atual. É assim que o mesmo se apresenta.

espaço, sendo que nesta altura e sem qualquer base de

dados, o autarca apenas sabe que existem interessa-

dos. Sendo o concelho de Arruda, um município com uma forte propensão cultural, Fábio Morgado diz que não haverá problemas em ocupar aqueles espaços, referindo igualmente uma parceria, ainda não formalizada, com a Universidade Lusófona de Lisboa. Fábio Morgado refere que os interessados deverão apresentar uma candidatura que será apreciada por um conselho consultivo. A partir daí, será feita a seleção dos artistas que deverão ter alguns objetivos, desde que exequíveis, a cumprir para beneficiar a custo zero daquele espaço. Esta é uma iniciativa que está na sequência dos objetivos previstos no plano estratégico “Cultura ao Morgado”, tendo em conta os planos de revitalização e valorização das escolas “desativadas” do concelho de Arruda dos Vinhos. A Start Up Cultural deverá ser uma realidade até final do ano.


Chafariz de Arruda

12 Opinião

Fevereiro 2018

Há, sim, os portugueses e sociais democratas que todos somos s mais atentos reconhecerão no título deste artigo uma frase de uma figura emblemática e ímpar da história contemporânea de Portugal. Falo, claro, de Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD. Não nos podemos esquecer que o Partido Social Democrata nasceu da vontade de um conjunto de homens e mulheres, unidos por um interesse comum: Portugal. Ontem como hoje, o PSD segue o princípio do Estado de Direito, o respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos portugueses. Segue, sempre, o princípio democrático e o pluralismo de ideias. Na nossa génese está também a valorização do diálogo e da paz. E a nossa valência europeísta e humanista. Agora que os social-democratas estão a poucos dias

O

de efetivar um novo líder, nunca é demais reafirmar estes valores. Se a história do PSD se confunde com a própria história da democracia portuguesa, então é tempo de um novo capítulo nesta jornada. É um tempo novo,

sem dúvida, mas é um tempo de esperança no futuro. Que ninguém tenha dúvidas de que é para isso que o PSD trabalha: para um futuro para os portugueses, com esperança e mais justiça social.

Rui Rio está agora à frente da oposição. À frente de uma alternativa de Governo. E tanto que os portugueses precisam dessa alternativa. Olhamos à nossa volta e o que vemos? Limitação da nossa liberdade de escolha.

Aumento de impostos. Níveis embaraçosos de investimento público. Degradação dos serviços de Saúde. Escolas fechadas por falta de funcionários. Professores que ainda lutam pelo seu lugar. Promessas adiadas e palavras

Lélio Lourenço* não honradas. Este não é o retrato que Portugal merece no século XIX. Portugal merece um tempo novo, longe desta governação das esquerdas. Rui Rio trá-lo-á. É sempre palpitante a esperança no futuro. Um tempo de novos desafios, de novos confrontos. Um tempo de debate e troca livre de ideias. Um tempo de preparar outra realidade para Portugal. O legado de Pedro Passos Coelho à frente do nosso País é inegável. Será sempre o herói que reergueu Portugal, e o seu legado permanecerá de forma indelével na nossa História. Foi, da minha parte, uma honra servir o País nestes últimos anos. E será uma honra servir sempre Portugal em nome do PSD. A social-democracia continua a ser o melhor projeto para Portugal. Porque estamos sempre com os portugueses.


Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018

Opinião 13

Ensinar a aprender vs aprender a ensinar esde sempre o ser humano foi transmitindo ao seu semelhante o conhecimento. Inicialmente, como todos os animais através da intuição e dos comportamentos repetidos que permitiam distinguir o que deve ser feito do que não deve ser feito. A evolução do neocortex ao longo de 4 milhões de anos foi permitindo que o cérebro humano passasse a possuir outro conhecimento que não somente aquele que é registado no cérebro primitivo composto pelo sistema límbico (com mais de 500 milhões de anos). O desenvolvimento do neocortex e a capacidade dos humanos em desenvolverem raciocínios lógicos e complexos veio transformando a sua vida num ser que acumula e transmite conhecimento ao longo da vida. Quanto mais o conhecimento, mais foram, desde sempre, discutidas as melhores formas de transmissão do mesmo, sendo por isso sempre um tema em debate. Desde a antiga Grécia até aos dias de hoje todos os métodos utilizados, reutilizados ou experimentados tiveram os seus momentos de maior

D

sucesso, mas também de profundas criticas quer dos educados, dos educadores, dos pais ou dos governantes. Enfim de toda a sociedade. Estando sinalizada a era atual como a época do conhecimento, cujas teorias sustentam fundamentadamente que esse atributo é a maior vantagem competitiva das pessoas e das empresas, a verdade é que nos debatemos com o tradicional problema de como o transmitir da melhor forma. Apesar das taxas abandono escolar serem as mais baixas de sempre, o dia a dia nas salas de aula mostra um abandono da escola como nunca antes registado. Não fisicamente, mas psicologicamente. Eles estão sentados ou de pé na aula, mas na verdade, a “mente” numa elevada percentagem deles, não está lá. Está no mensager, ou no WhatsApp, ou em outra coisa qualquer, mas não na aula. Mais do que nunca esta evidência aprofunda a necessidade de sabermos a melhor forma de ensinar de modo a conseguirmos que o principal interesse e entusiasmo para as crianças e para os jovens seja: aprender. Debatemos o tema, sobre

conteúdos, horários, atividades curriculares e extra curriculares e tantas outras metodologias que são algumas das razões para o melhor sucesso da tarefa, mas não chegará se não voltarmos a mudar o paradigma. Ao longo dos últimos séculos a transmissão do conhecimento tem-se baseado em ensinar competências e capacidades. Mas, a parte fundamental, que anteriormente numa sociedade em que os pais não tinham a lufa do dia a dia, era transmitida pela experiência de como viver em sociedade, essa não é praticamente transmitida nas escolas e em casa também não porque os pais, também já tiveram pais que não o conseguiam fazer. Esta evidência começou a ser profundamente sentida nas

organizações que desde há anos que recebem jovens com elevadíssimos conhecimentos técnicos, mas profundamente frágeis nas habilidades essenciais de sobrevivência e convivência como seja, o lidar com insucessos, evitar depressões, auto motivar-se, relacionar-se harmoniosamente ou manter um diálogo agradável. Tal facto, está na origem da crescente importância das investigações em Inteligência Emocional e, sobretudo, com os trabalhos de Daniel Goleman, sendo hoje uma das temáticas que assume caráter prioritários nos cursos para quadros de empresas, pósgraduações em gestão, licenciaturas e mestrados. Todavia, as habilidades emocionais que todos possuímos desde a criação do feto (ao

contrário do neocortex que só funciona em pleno a partir dos 3/4 anos de idade) necessitam de ser ensinadas e aprimoradas desde o nascimento. Para que isso suceda também teremos, nós pais e avós de aprender as técnicas de ensinamento de gestão das emoções, e também os educadores e assim por diante por toda a cadeia educativa. As sociedades orientais fazem-no ancestralmente e o mundo ocidental começa a despertar para isso. Em Portugal também já temos alguns estabelecimentos escolares (exemplo da escola da Ponte) que utilizam metodologias de ensino que seguem esta linha de atuação que dá primazia à formação do jovem, em primeiro lugar como pessoa e depois, como aprendente de conhecimentos e capacidades. De que serve uma criança falar três línguas aos 5 anos se não lhe ensinamos como reagir a uma nota que não foi tão boa como esperava ? de que servem essas competências se ela se fecha num quarto em jogos de vídeo. De que serve tudo isso, se vive o dia a dia irritada, revoltada e infeliz? Tudo isto acontece, não por

Casimiro Ramos* culpa dela, não por culpa dos pais, nem dos professores. Acontece porque precisamos de mudar o paradigma. Torna-se urgente aprender a sermos boas pessoas, a lidarmos com as emoções, a conseguirmos encontrar dentro de nós a força da nossa natureza, a gostarmos dos outros como eles são. No fundo a conhecermo-nos a nós próprios, das nossas forças e das nossas fragilidades e logicamente a desenvolvermos a capacidade de relacionamento social com os outros de forma pura e não somente virtual. Só assim poderemos aprender e ensinar os outros a serem em primeiro lugar, melhores pessoas. Transmitindo valores, princípios, regras e disciplina, os pilares da sociedade, mas também do conhecimento, porque não existem bons profissionais que não sejam em primeiro lugar, boas pessoas. *Docente Universitário do Instituto Superior de Gestão em Gestão de Recursos Humanos e coordenador no mestrado em Gestão do Potencial Humano. Investigador em Comportamento Organizacional e Inteligência Emocional.

Troca de bens: Mera cortesia ou obrigação do vendedor? Mário Frota* uito disparate se ouviu e leu, nesta quadra, acerca das trocas de bens ou sua devolução. Em Portugal como no Brasil. A compra e venda de bens de consumo, regularmente celebrada nos estabelecimentos comerciais, é, em geral, firme: uma vez efectuada, não permite ao consumidor dê o dito por não dito. As partes terão de cumprir as obrigações contratuais se conformes os produtos. Se não conformes (avaria, defeito, vício…), operará a lei das garantias. Não será assim quando a lei

M

permite ao consumidor que, em 14 dias, se retracte: compras fora de estabelecimento ou a distância, crédito ao consumo, etc. Hipóteses há em que é lícito ao consumidor ou a terceiro devolver o bem, recuperando o dinheiro. Neste caso, as vendas “a contento” e as “sujeitas a prova”. 1. VENDA A CONTENTO: o que é? É a que é feita sob reserva de a coisa agradar ao consumidor. Duas modalidades se descortinam: . a primeira, mera proposta de venda; . a segunda, como contrato (há já um contrato e não uma proposta) a que o consumidor pode pôr termo se a

coisa lhe não agradar. 1.1. PRIMEIRA MODALIDADE A proposta considera-se aceita se, entregue a coisa ao consumidor, este se não pronunciar dentro do prazo da aceitação (8, 15, 30 dias…). Neste caso, não haverá pagamento porque não há contrato, mas uma simples proposta: com uma caução, de valor equivalente ao preço. Devolvida a coisa, restituirse-á a caução na íntegra. Não há cá vales, com eventuais prazos de validade, com o fito de se não perder o valor da venda. 1.2. SEGUNDA MODALIDADE Se as partes estiverem de acordo sobre o fim do contrato, isto é, sobre a faculda-

de de se lhe pôr termo se a coisa não agradar ao comprador, o vendedor fixará tal prazo, se os “usos comerciais” o não consagrarem. A devolução da coisa obriga à restituição do preço, na íntegra e de imediato, sob pena de o vendedor incorrer em mora. Neste aspecto, como há já contrato, se a ele se puser termo terá de se operar a restituição do preço e a devolução da coisa. [A estratégia “SATISFEITO OU REEMBOLSADO” mais não é do que uma modalidade da “venda a gosto” ou “a contento”]. 1.3. DÚVIDAS SOBRE A MODALIDADE DA VENDA Em caso de dúvida sobre a modalidade, presume a lei que é a primeira, a de uma

simples proposta de venda, sem contrato, pois. 2. COMPRA E VENDA SUJEITA A PROVA: o que é? A venda sujeita a prova considera-se feita sob a condição (suspensiva) de a coisa ser idónea para o fim a que se destina e ter as qualidades asseguradas. Condição suspensiva: as partes subordinam a um acontecimento futuro e incerto a produção dos efeitos do negócio. Se o evento ocorrer, cumprese a condição: o negócio jurídico produz os seus efeitos. A venda sujeita a prova pode depender de condição resolutiva: as partes subordinam a um acontecimento futuro e incerto a extinção do negócio. Se o evento se verificar, o

negócio não produz efeitos. A coisa deve ser facultada ao comprador para prova: feita dentro do prazo e segundo a modalidade estabelecida pelo contrato ou pelos usos. Se contrato e usos forem omissos, observar-se-á o prazo dado pelo vendedor e a modalidade escolhida pelo comprador, desde que razoáveis. Se o resultado da prova não for comunicado ao vendedor antes de expirar o prazo, a condição tem-se por verificada quando suspensiva (isto é, o negócio produz os seus efeitos normais, o contrato passa a firme) e por não verificada se resolutiva (o mesmo,pois, nesta hipótese). * apDC Direito do Consumo


14 Rubricas

Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018

Laranja vs. Sumo de laranja natural

NA HORA DE COMPRAR CASA...

omo é do conhecimento comum, é um facto que a laranja tem um teor elevado de vitamina C. Mas além desta, a laranja também é um alimento rico em potássio e água. O seu consumo é muitas vezes feito sob a forma de sumo natural, no entanto do ponto de vista nutricional ingerir este ou ingerir uma laranja Tânia não é exactamente igual. Vejam-se as principais diferenças (comparação por 100g de parte consumível de cada um): Laranja Sumo de laranja natural Calorias 48 kcal 42 kcal Hidratos de Carbono 9g 9.5 g Vitamina C 57 mg 41 mg Potássio 160 mg 130 mg Fibra 1.8 g 0g Observando a tabela acima destacam-se os factos da laranja enquanto fruto apresentar quantidades superiores no que diz respeito à vitamina C, ao potássio e à quantidade de fibra. Esta última é bastante importante porque diminui a absorção dos açúcares naturalmente presentes na fruta e aumenta também o grau de saciedade ao consumi-la. O sumo de laranja por seu lado apresenta uma quantidade de açúcares um pouco superior e não tem fibra. Além disso, para se obter um copo de sumo natural, são precisas cerca de 2 a 3 laranjas. O que quer dizer que irá ser consumida a quantidade de açúcar presente naturalmente nessa quantidade de fruta com a desvantagem de não existir fibra porque esta ficou retida ao espremer a laranja. Não quer dizer que tenha que deixar de consumir sumo de laranja natural, apenas deverá fazê-lo de forma mais moderada e preferir mais vezes as peças de fruta não trituradas. No entanto se a escolha tiver que ser entre um sumo industrializado e um sumo natural feito na hora deve optar sempre por este último. *Nutricionista, Membro efectivo da Ordem dos Nutricionistas tctomas0756@onutricionistas.pt

Questão: Vale a pena transferir o meu crédito bancário para outro banco? R.: Se por vezes se questiona com esta pergunta, tenha em conta dois aspetos importantes, o valor do spread e os custos associados à transferência. O primeiro a fazer é perceber como é que se encontra a sua Paulo Viduedo situação económica atual, pois as condicionantes ao empréstimo bancário têm vindo a ser alteradas, e processos que foram aprovados anteriormente podem não o ser agora, pelo que pode ser importante perceber se reúne condições para trocar de banco. Não menos importante é conhecer as suas atuais condições do crédito, não apenas o spread mas também todos os produtos que estão agregados ao mesmo, tais como os seguros , cartões de crédito, domiciliação de ordenado, entre outros, para que numa nova simulação não tenha apenas em conta o valor da prestação mas o total de despesas mensais/anuais. Por fim, deverá ponderar os custos relativos à transferência do crédito, embora algumas instituições bancárias suportem (pelo menos uma parte das despesas), nem todas o fazem , e se assim for poderá de ter de pagar novas escrituras, avaliação do imóvel e até comissões por pagamento antecipado. No fundo, poderá poupar algum dinheiro com a troca de banco, desde que tenha em conta o que referi anteriormente, cada caso é um caso e se calhar vale a pena tentar... Um abraço, Envie as a suas questões para pviduedo@icloud.com

C

Tomás*

Ficha técnica:

Jornal Chafariz de Arruda • Propriedade, administração e editor: Metáforas e Parábolas Lda - Comunicação Social e Publicidade • NIPC 514 207 426 • Morada: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Sede de Redação: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Telefones: 263 048 895 - 93 409 6783 - 96 197 13 23 • Correio Eletrónico: chafariz@chafariz.pt • Site: www.chafariz.pt • Director: Miguel António Rodrigues CP 3351- miguelrodrigues@valorlocal.pt • Redação: Miguel António Rodrigues CP 3351, Sílvia Agostinho CP-10171 (silvia.agostinho@valorlocal.pt 93 409 67 83) • Multimédia e Projetos especiais: Nuno Filipe Vicente (multimedia@valorlocal.pt) • Colunistas: Hélia Carvalho, Joel Rodrigues, Paulo Beja, António Salema, Casimiro Ramos, Lelio Lourenço • Paginação, Grafismo e Montagem: Milton Almeida: paginacao@valorlocal.pt • Contactos Comerciais: chafariz@chafariz.pt, 263 048 895, 96 19 71 323 • Serviços administrativos: geral@metaforaseparabolas.pt • N.º de Registo ERC: 126987, Depósito legal: 126987/17 • Periodicidade: Bimestral • Tiragem Média: 2000 exemplares • Impressão: Gráfica do Minho, Rua Cidade do Porto – Complexo Industrial Grunding, bloco 5, fração D, 4710-306 Braga • O Estatuto Editorial encontra-se disponível na Página da Internet em www.chafariz.pt


Chafariz de Arruda

Fevereiro 2018

Eventos 15

Carnaval de Arruda cada vez mais participado

e 9 a 13 de fevereiro vivem-se mais umas comemorações do Carnaval. E este ano o Clube Recreativo e Desportivo Arrudense apresenta uma programação que não difere em muito dos anos anteriores, mas não deixa de haver surpresas. A principal resume-se às fantasias escolhidas. Em 2017, os diversos grupos tiveram de se trajar à época do foral de Arruda e aos seus 500 anos. Mas este ano deixa de haver essa obrigação, pelo que o limite é a imaginação. João Redol, da direção do clube, dá a conhecer, em primeiro lugar e inserido nestas comemorações, o torneio quadrangular de futebol que vai ter lugar no dia 10 de fevereiro que entre praticantes, pais, e treinadores deverá envolver cerca de 250 pessoas, no escalão de benjamins e infantis num total de várias equipas. O torneio inicia-se às nove horas. Quanto ao Carnaval propriamente dito, o destaque vai logo para o habitual baile de máscaras no sábado, 10 de

D

fevereiro, 21 horas, na sede do clube. Tem uma componente competitiva que pretende eleger as três melhores máscaras que se apresentem neste baile. A banda convidada a atuar é a “Raul, e Eu”, “já habitual nestes eventos”, destaca. As entradas têm um preço simbólico. As melhores máscaras da noite têm direito a um prémio que geralmente dá acesso grátis a produtos no comércio local. Quer no baile, quer no desfile de domingo ou ainda na matiné o número de entusiastas do Carnaval de Arruda não desilude, até tendo em conta que há vários entrudos com fama relativamente próximos como o de Alhandra, Torres Vedras ou Samora Correia. Fernanda Bexiga, do clube e do grupo cénico, destaca mesmo – “A casinha fica sempre composta”. Penso que há uma “boa comunicação boca a boca sobre o nosso Carnaval que traz sempre alguns forasteiros”, acrescenta João Redol. O desfile acontece no dia 11 de fevereiro, e ao contrário de outras localidades não se repetirá a 13, terça-feira gorda

de Carnaval, pelo menos de forma organizada. Há já grupos de mascarados vindos de fora escalados para participar oriundos de Cantanhede e de Torres Vedras, para além dos vários grupos compostos por elementos das coletividades e da sociedade civil arrudense. O desfile de Carnaval foi apenas recuperado nos últimos anos. Patrícia Amaral, do CRDA, até se lembra de nos primeiros anos se desfilar com os trajes das marchas, de forma mais ou menos improvisada. Mas à medida que a iniciativa foi-se desenvolvendo, cresceu o número de população a querer juntar-se ao desfile de mascarados. O mesmo é aplicável às coletividades como os bombeiros, o rancho, o motoclube. Este ano até há um grupo com 50 pessoas. “Todos os anos o número de pessoas a assistir bem como o número de pessoas a desfilar tem aumentado”, refere João Redol. A rota do desfile agora também é maior para que mais pessoas possam assistir. Neste carnaval o número de carros é reduzido, desenrolando-se o

Direção confiante no sucesso de mais um Carnaval de Arruda desfile na sua maior parte a pé. Para o dirigente “a vida associativa e este evento dão trabalho, mas há que ir para a frente e continuar sempre com ânimo”, refere João Redol ao mesmo tempo que tenta escapar à pergunta acerca

dos temas. “Está fechado a sete chaves”, acrescenta Patrícia Amaral. Segue-se depois do desfile a matiné, num ambiente de fim de festa, porque em Arruda não há Carnaval à terça. Na quarta-feira, enterra-se o Entrudo numa cerimónia que

tem captado cada vez mais a atenção da população. Um grupo de mulheres do CRDA faz o mesmo percurso das Janeiras e percorre as diferentes coletividades. O enterro com o largar do fogo acontece às 21 horas no jardim municipal.


Chafariz de Arruda

16 Empresas

Fevereiro 2018

Nônôfarma proporciona Saúde e Bem-Estar desde 2012 saúde e o bemestar andam de “mãos dadas” em Arruda dos Vinhos. Esse é o mote da empresa Nônôfarma, que faz de cada cliente um amigo. A empresa que surgiu em fevereiro de 2012, tem vindo a conquistar o seu espaço e hoje, é já procurada por muitos que procuram aliar aquelas duas componentes. Madalena Curado, proprietária da Nônôfarma, explicou ao Chafariz que a ideia era conceber um espaço onde se “pudesse encontrar no mesmo local produtos e serviços” tendo sempre em vista o bem-estar do cliente. A empresa que é hoje uma referência na região Oeste e não só, surgiu na sequência disso, aliada a uma dietética que começou no centro da vila. O espaço onde estava já não podia crescer mais face à necessidade da empresa e por isso a mudança para as atuais instalações foi um “up-

A

grade”, com o alargamento do leque de serviços a prestar ao cliente. Madalena Curado refere ainda que o espeço cresceu ao ritmo das necessidades dos

clientes e por isso a venda de medicamentos e a puericultura acabaram por vir a engrossar a gama de ofertas, às quais acresceram os suplementos alimentares e a orto-

Oferta diversificada num único espaço

pedia. Recentemente a Nônôfarma juntou novos serviços, estes também com muita procura segundo a proprietária da empresa.

Personal trainer, spa, fisioterapia e novos serviços de estética, enriquecem assim as ofertas da Nônôfarma. Madalena Curado destaca por isso “um vasto leque de

serviços, que abrange o bemestar, a estética e a saúde”. Por outro lado, refere a importância das consultas e tratamentos “de medicina alternativa com terapeutas credenciados e com vasta experiência, em cada área”, destacando “a medicina tradicional chinesa, a naturopatia e a osteopatia”. A responsável salienta entretanto que “a mais-valia destas medicinas surge no tratamento do indivíduo como um todo e não pelos sintomas”, vincando que “para nós é importante a alimentação e o estilo de vida das pessoas para assim conseguirmos tratar e modificar os erros habituais”. Já no que toca ao bem-estar refere que “tentamos dar uma nova visão da vida pelo relaxamento e exercício físico para lidar com o stress” acrescentando que “no campo da estética, temos grandes equipamentos que nos garantem tratamentos de excelência com bons resultados”.

Promoção válida até 13 de fevereiro


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.