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Rádio Valor Local - www.valorlocal.pt - Ouça em todo o lado Jornal Regional • Periodicidade Mensal • Director: Miguel António Rodrigues • Edição nº 108 • 24 Fevereiro 2022 • Preço 1 cêntimo
Aterro de Azambuja fecha portas
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Ambiente na 16
Obras em Alenquer entram em velocidade de cruzeiro
Sociedade na 5
Agricultores da região desesperados com a seca já pensam em desistir Destaque da 12 à 15
Junta de Alverca Sobralinho recupera 100 mil euros de dívidas do mandato anterior
Política na 11 PUB
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Mês da Enguia regressa a março a Salvaterra de Magos e 1 de março a 3 de abril, a enguia volta aos restaurantes, 15 este ano, do concelho de Salvaterra de Magos. Ao Valor Local, o presidente da Câmara, Hélder Esménio revela que na edição de 2022 ainda não terá lugar o habitual salão de artesanato que acompanha o certame, mas há vários outros motivos de interesse. Em 2021, o certame teve lugar em maio, mas dada a evolução positiva da pandemia, a autarquia acredita que estão reunidas as condições para o voltar a levar a cabo no seu mês tradicional. Enguias não vão faltar à mesa dos restaurantes apesar da seca e dos seus impactes no Tejo, afiança o autarca, saudando o esforço “dos empresários da restauração e da hotelaria” na captação de visitantes “para o nosso território”. Durante a apresentação do certame que decorreu no passado dia 17 de fevereiro, Pedro Dias, vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, salientou que “este elemento gastronómico é algo diferenciador” e destacou temas como a Falcoaria - Património Imaterial da Unesco -, a rota da Cultura Avieira, os Caminhos de Santiago, o Turismo Sustentável e o Turismo Literário. A Chef Noélia Costa, da Escola Profissional de Salvaterra de Magos, felicitou a Câmara Municipal pela realização da iniciativa e salientou que “enquanto formadora e Chef de Cozinha, tentamos sempre transmitir aos nossos alunos tudo o que a região tem de bom e temos muito respeito pelos produtos”. A componente cultural não está esquecida com várias exposi-
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Apresentação de mais uma edição do Mês da Enguia
ções espalhadas pelo concelho. Sendo assim teremos “Profissões d’Antigamente…O Carvoeiro”, no Mercado de Cultura de Marinhais; “Retrospetiva Fotográfica Glória do Ribatejo – Passado e Presente”, no Espaço Jackson, Glória do Ribatejo; “Salvaterra de Magos em meados do século XX”, exposição fotográfica de Alexandre Varanda e Cunha, na Galeria de Exposições da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos; e exposição de ilustração do livro infantil “Avieiros, uma vida entre o mar e o rio”, na Biblioteca Municipal
de Salvaterra de Magos. Terão lugar ainda espetáculos musicais e de stand up comedy. O movimento associativo também se junta ao certame nas suas mais diversas formas passando da cultura ao desporto, sendo que um dos pontos altos volta a ser a prova “12 Quilómetros de Salvaterra” na vertente de corrida e de caminhada, que está de regresso depois de dois anos de pandemia. Destaque para a final, no dia 5 de março, do Golden Voice Kids, organizada pela Academia de Artes O Batuque, no Espaço
Jackson, na Glória do Ribatejo. Já no dia 6 de março, o Pavilhão Desportivo Municipal de Salvaterra de Magos recebe o evento Haquidança, numa organização da Academia de Dança Vanessa Silva, no dia 12 de março realiza-se o aniversário do grupo motard Soulfly, na Várzea Fresca e o Campeonato Nacional de Shorinji Kempo no Pavilhão Desportivo Municipal de Salvaterra de Magos, pela Associação de Shorinji Kempo do concelho. A 13 de março a Associação de Cicloturismo do Granho organiza o passeio de bicicletas anti-
gas no Granho. A 19 de março decorre no Pavilhão Desportivo Municipal de Salvaterra de Magos o Festidance, organizado pela Associação Dream Dancing. No dia 20 de março, a Comissão de Festas em Honra de São Miguel Arcanjo leva a cabo o Festival das Sopas e do Pão Caseiro, no Pavilhão das Festas de Marinhais. A Barragem de Magos recebe no dia 26 de março uma Prova de BTT, organizada pela Escola de BTT de Marinhais, enquanto no dia 27 de março terá lugar a 20ª edição dos “12km de Salva-
terra e 2ª mini – Prova Professor António Lopes” e 14ª Caminhada “Mexa-se como nós”, com partida do Largo dos Combatentes em Salvaterra de Magos, organização dos Amigos da Corrida de Salvaterra. Um dos pontos altos acontece com o lançamento de uma obra a cargo do município relativa ao património dos “Bordados da Glória”, no dia 3 de abril no Espaço Jackson, recentemente consagrado como património cultural imaterial nacional, quando a autarquia prepara uma candidatura à Unesco.
O Sável regressa a Vila Franca de Xira A
inda com a pandemia em pano de fundo, o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, destacou na apresentação do certame, no dia 17 de fevereiro, a aposta em mais uma campanha gastronómica dedicada ao sável. O autarca sublinhou estar confiante no regresso à normalidade, até porque considera este mês “como o mês de Vila Franca de Xira”, recordando a visita dos “inúmeros” forasteiros aos restaurantes locais por altura deste certame gastronómico. Ao todo o concelho conseguiu juntar nesta edição 28 restaurantes aderentes “muito diferentes entre si e por isso vai ser possível experimentar o sável não só uma vez, mas muitas”. Ainda assim o autarca refere que
independentemente dos gostos de cada um será possível descobrir “um peixe que é também ele muito icónico desta zona do nosso rio Tejo”. O município de Vila Franca que tem vindo a apostar nos vinhos locais produzidos na Quinta Municipal da Subserra em Alhandra, volta mais uma vez a destacar este produto como um bom acompanhanto do sável. A produção de 2021 foi uma boa colheita e por isso o presidente da Câmara recorda que os vinhos produzidos nesta quinta “estão a impor-se em muitas das cartas dos restaurantes locais e até fora do nosso concelho”. Fernando Paulo Ferreira sublinhou também que está em fase de conclusão a vertente de alojamento local na Quinta da Subserra. O au-
tarca considera que este projeto será uma mais-valia no que toca ao alojamento no concelho de Vila Franca de Xira e destaca que o facto de estar situado numa localização a meia dúzia de quilómetros de Lisboa, poderá atrair visitantes ao concelho e à região. Na habitual apresentação à imprensa deste certame, estiveram presentes os Chefs José Maria Lino, e Luís Machado numa iniciativa narrada pelo enólogo Marco Crespo, que destacou as qualidades dos vinhos municipais. Como habitualmente, o programa de “Março, Mês do Sável” conta com provas de vinho na Quinta de Subserra, visitas a exposições, showcookings nos mercados municipais e ainda descontos em alojamento, lazer e produtos dos parceiros desta iniciativa.
Apresentação do certame decorreu na Quinta da Subserra
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Vila Franca Centro e o seu destino volta à baila situação do Vila Franca Centro continua num impasse. O assunto voltou à ordem do dia, depois de Fernando Paulo Ferreira, atual presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, ter admitido que a localização do centro e a forma de gestão, com lojas vendidas e não alugadas, ditaram “o fim daquele espaço”, tendo defendido a reconversão do mesmo em habitação. Numa altura em que urgem soluções para resolver o problema, Nuno Libório da CDU, questionou se já existia algum projeto nos serviços da câmara para a alteração do uso, isto depois de uma reunião entre a Câmara e os lojistas, onde este foi um dos assuntos abordados. Nuno Libório quis saber se a Câmara confirmava a existência de um pedido de informação prévia de licenciamento de outra natureza, “incluindo a alteração do uso do edifício para fim habitacional”, uma vez que, segundo o vereador comunista, a autarquia já tinha manifestado o interesse nessa reconversão. O vereador diz que a informação da existência dessa conversa tem circulado, e por isso quis saber junto do presidente da Câmara se tal se confirmava. Lembrou ainda que foi o próprio executivo socialista que anos antes firmou por escrito a possibilidade de conversão do edifício para
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serviços da Câmara, mas que agora faz tábua rasa do que assinou, nas suas palavras. Todavia, Fernando Paulo Ferreira, não se quis comprometer com qualquer decisão definitiva. O autarca reforça que a reunião que existiu com os proprietários foi positiva, mas sublinha que “todos os cenários estão em aberto” com vista à resolução do problema, no entanto preferiu não se alongar em soluções, uma vez que nesta altura ainda decorre o prazo dado aos proprietários para encontrar forma de resolver a questão. O autarca revela que a reunião foi aberta a todos e salienta que existe da parte da autarquia abertura “para uma solução, seja ela qual for para que se resolva o problema do edifício”. “Ou seja que deixe de estar fechado e degradado e passe a estar aberto, seja qual for a solução encontrada” entre todos. Comerciantes esperam pelo tudo ou nada quanto à venda das suas lojas Fátima Martins, uma das proprietárias de uma loja do Centro Comercial, neste caso um salão de cabeleireiros, confirmou ao Valor Local a existência da reunião, “embora tenha sido um bocadinho vaga”. “Não teve grande conteúdo, mas foi bom terem-se lembra-
Fátima Martins deixou para trás um sofisticado salão de cabeleireiros no Vila Franca Centro
do do nosso problema”, algo que nunca aconteceu durante os mandatos de Alberto Mesquita, segundo afiança. Recorde-se que os antigos lojistas que chegaram a comprar os seus espaços estão sem possibilidade de aceder ao seu interior e continuam a pagar IMI. Em alguns casos o recheio das lojas ainda está no interior do centro a degradar-se a cada dia que passa desde que o centro foi encerrado há 8 anos. Para a proprietária a nova forma
de estar do executivo vilafranquense “significa uma luzinha ao fundo do túnel”. “Não apareceram, contudo, soluções até porque estávamos à espera que existisse já algo concreto ou um alinhamento com dados mais concretos”. No entanto Fátima Martins, está expectante porque diz ter a noção de que esta é apenas a primeira de várias reuniões, ressalvando que a grande maioria dos proprietários, tendo a noção de que não voltará a abrir como antes “o que
querem é vender as lojas” sendo que há oito anos que anseiam por respostas. Fátima Martins é da opinião de que a autarquia precisa dos lojistas porque comprou o parque de estacionamento há dois anos e precisa de fazer obras no centro comercial. A proprietária salientou a presença dos vereadores da oposição, mas fez notar a ausência de responsáveis dos fundos associados a este edifício. Para o final de abril, está marcada
nova reunião com uma outra velha questão em cima da mesa que é o pagamento do IMI, algo que os comerciantes continuam a pagar, mesmo sem estarem no espaço. Sobre este assunto, Fernando Paulo Ferreira, terá dito aos comerciantes que iria avaliar a situação, sendo que de acordo com Fátima Martins, a esperança de não continuarem a pagar é diminuta. Citando o presidente da Câmara, a proprietária referiu que o autarca terá assumido dúvidas se tal seria possível. Nesta reunião, estiveram presentes cerca de meia centena de pessoas, todas elas com esperança que de que a próxima reunião já tenha mais conteúdo. O Vila Franca Centro foi edificado em 1994. A obra foi erguida nos últimos anos de mandatos da CDU, pelo presidente Daniel Branco e funcionou durante apenas 20 anos. Aquele que foi outrora o maior Shopping do Ribatejo abria as portas a 19 de novembro desse mesmo ano, no local onde no passado existira um cinema à moda antiga e com a grandiosidade de outros tempos. Hoje, o espaço está abandonado para tristeza daqueles que ali construíram memórias e dos que passam e que não conseguem ficar indiferentes a um edifício que parece estar condenado a ser o “elefante branco” da cidade.
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Parque Ribeirinho Alverca Sobralinho com concurso deserto icou deserta a primeira fase do concurso para a construção da ligação ribeirinha entre Alverca/Sobralinho que faz parte do Parque Linear do Tejo com valor base de seis milhões de euros. O município de Vila Franca de Xira vai rever os valores, e entretanto levou a reunião do executivo, no dia 9 de fevereiro, o protocolo com a Força Aérea Portuguesa que permitirá a conclusão do Trilho do Tejo e do Trilho das Comportas. Contudo a oposição está preocupada com os custos do projeto e com a boa concretização de alguns aspetos técnicos que no entender da CDU não foram bem esclarecidos. Recorde-se que já estão concretizados 12 quilómetros dos 22 que vão permitir ligar toda a margem direita do Tejo através de caminho ribeirinho, pedonável e ciclável. Nuno Libório, vereador da CDU, questionou o presidente da Câmara no sentido de apurar como serão as negociações com os proprietários de terrenos onde vão ser desenhadas as fases dois e três deste parque, até porque consta de um projeto a possibilidade de execução de um pavilhão multiusos por parte de um desses privados. “Isto estará em linha com os interesses do município”, questionou, abordando
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Projeto do parque ribeirinho entre Alverca e Sobralinho
ainda a obra prevista para a denominada Praia dos Tesos. O novo percurso, segundo notícia do Valor Local, aquando da apresentação deste projeto, em 2020, ainda pelo antigo presidente da autarquia, Alberto Mesquita, inicia-se junto à ponte da Ribeira da
Verdelha próxima daquela antiga zona balnear, um espaço com uma área de cerca de 8 hectares. Por outro lado, Libório considera que não estão asseguradas condições de segurança no atravessamento entre o final deste projeto e a zona urbana do Adarse,
“onde existe uma área desnivelada ferroviária sem segurança e assinalada como tal”. Por isso “quem assumirá a responsabilidade da sua eliminação, o que acarretará a construção de uma passagem superior”. O autarca lembrou ainda que a capacidade
de investimento do município é de seis milhões de euros quando a obra no total das três operações previstas é de 25 milhões e quando o concurso lançado para a primeira operação ficou deserto. O vereador do PSD, David Pato Ferreira, também questio-
nou sobre o ponto de situação neste concurso. Na resposta, o presidente da autarquia, Fernando Paulo Ferreira, referiu que os serviços estão a efetuar uma reanálise tendo em conta os preços de mercado até porque se assiste a um escalar do preço das matérias-primas na área da construção civil. Contudo o valor base terá de ser outro tendo em conta as circunstâncias. Já quanto “à totalidade da operação ainda estamos a estudar, sendo que há um conjunto de assuntos técnico jurídicos no sentido de avançar com os projetos”. Recorde-se que no anterior mandato, Alberto Mesquita equacionava a possibilidade de um empréstimo bancário, assumindo ainda a existência de dois projetos de construção de duas passagens superiores pedonais sobre a Linha do Norte, e uma outra passagem superior rodoviária e pedonal junto ao Adarse. Até ao momento, o município constata que ainda não está disponível financiamento através de instrumentos de apoio como sejam o Portugal 2020 ou no Plano de Recuperação e Resiliência, mas Fernando Paulo Ferreira não se comprometeu para já com a possibilidade de o financiamento poder vir através da banca.
CIMLT pode vir a criar uma empresa de transporte público rodoviário J á não é novidade. Os autarcas que integram a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) estão descontentes com a qualidade do serviço do transporte rodoviário. Horários que não são os mais convenientes, deficientes condições de conforto, atrasos constantes. O Governo decidiu depositar nas CIM’S a gestão e a concessão dos transportes públicos, mas os problemas têm-se sucedido. No caso da CIMLT em 2020 foi lançado um concurso público internacional impugnado por um dos concorrentes que agora corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria. Em causa segundo a empresa Rodoviária do Tejo, por o caderno de encargos não prever “lucro razoável”. Recorde-se que no caderno de encargos o contrato era válido por cinco anos, com valor base de 80 milhões de euros, envolvendo todos os serviços de transporte rodoviário de âmbito municipal, intermunicipal, e interregional, nos 11 concelhos da CIMLT. O contrato envolvia o fornecimento anual de, aproximadamente, 5,5 milhões de quilómetros em regime misto de concessão e prestação de serviços. Face ao imbróglio causado, Car-
Também a CIMLT está a dar curso a uma solução autónoma para o transporte rodoviário
los Coutinho, presidente da Câmara de Benavente, e vice-presidente da CIMLT, em declarações ao Valor Local refere que há uma forte inclinação, nesta altura, para que os municípios possam avançar com a constituição de uma
empresa intermunicipal para gerir o transporte rodoviário. Recorde-se que já na edição passada fizemos referência ao facto de a Comunidade Intermunicipal do Oeste (CimOeste) poder avançar com a compra das participa-
ções sociais de uma das empresas a operar naquela região como forma de assegurar por fim um serviço em condições às populações. Uma empresa está já a levar a cabo esse estudo que pode passar pela aquisição da Rodoviá-
ria do Oeste ou a criação de um serviço de raiz. “O Governo decidiu entregar esta gestão aos municípios e com a pandemia as dificuldades aumentaram. Estamos a estudar as possibilidades porque temos bons
exemplos de gestão como a Águas do Ribatejo embora num setor diferente”, acrescenta Coutinho. O autarca considera ser importante elevar este setor a outro patamar com forte aposta na descarbonização e torná-lo mais atrativo para as populações, “porque o que temos hoje são autocarros velhos com horários restringidos”. Para já os dados são escassos, “mas somos um conjunto de concelhos que já se mostrou competitivo noutros setores e se for essa a decisão quanto a montar uma nova operação adquirindo autocarros e contratando motoristas é uma viabilidade como outras”, refere sem querer adiantar demais conclusões. Recorde-se que é através das comunidades intermunicipais com as verbas do Programa de Apoio à Redução Tarifária que as empresas de transportes são financiadas, em grande parte, hoje em dia, o que leva a que as autarquias coloquem numa altura em que vão ter de assumir essa relação com as empresas através de transferência de competências por parte do Estado se é mais preponderante continuar a ser um financiador sem poder de decisão ou ter nas suas mãos o total controle da operação.
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Começou a correr depois dos 40
Sérgio Batalha soma e segue como atleta de triatlo Sílvia Carvalho d’Almeida érgio Batalha, o atleta de triatlo do concelho de Benavente, que se sagrou campeão no seu escalão no IronMan do ano passado, no primeiro campeonato do género em Portugal desde há mais de 20 anos, obteve também resultados muito significativos em corrida e corta mato. O campeão, que começou a praticar exercício físico mais regularmente após os 40 anos, não consegue explicar os resultados. Os resultados, estão à vista. Foi 3º no seu escalão e 11º na geral entre 351 no 14º memorial Francisco Lázaro em Lisboa, 1º e 3º em 231 na Glória do Ribatejo, 1º e 3º na São Silvestre de Alcochete, e 7º e 65º entre 5969 atletas na 14ª S. Silvestre de Lisboa, respetivamente. Para além disto, ficou em 1º lugar no corta mato de Santarém. O atleta federado, de 52 anos, pertencente ao clube 3B Triatlo, conta que praticamente não fazia exercício físico até aos 44 anos, mas que costumava levar o filho aos treinos de natação, e que foi a partir desta altura que se inspirou para começar a treinar, o que inicialmente levou “como uma brincadeira”. Revela que é “muito difícil” conciliar a rotina de treinamento com as atividades familia-
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Sérgio Batalha só começou a dedicar-se a estas lides depois dos 40 anos
res e laborais, mas que todo o seu tempo livre é destinado à prática das modalidades que representa. Com efeito, aproveita quando tem menos movimento na banca de flores que tem com a sua esposa, no mercado de Vila Franca de Xira, para treinar. Nessa altura, é frequente vê-lo
na localidade, em corrida, ou a “fazer rampas” numa rua com declive elevado que encontrou nas proximidades do mercado. Para a modalidade de natação, costuma usar a piscina municipal. O clube, para o qual contribui com uma quotização mínima de
3 euros, dá acesso a ter um treinador especializado que elabora os treinos e dá aconselhamento, no entanto, revela que “nem todos os clubes têm estas condições tão boas”. Lamenta por isso, que não sejam dados apoios a quem representa muitas vezes o país internacionalmente,
como é o seu caso, já que os atletas têm as despesas relacionadas com esta atividade desportiva inteiramente a seu cargo, tais como viagens, treinadores e equipamentos. Acerca das suas aventuras no mundo do desporto e o facto de os atletas não serem pagos para
se apresentarem nas provas, tendo que manter uma atividade profissional paralela, mas que lhes permita sobreviver, recorda o dia no qual teve duas provas e chegou ao pódio em ambas, no meio de um dia de trabalho, sendo que ficou em primeiro lugar numa delas, uma prova popular, e em segundo na outra, que era uma prova nacional. Sérgio soma resultados nas variadas modalidades a que se dedica, e revela que tudo lhe “sai naturalmente”, ou seja, “o que para outros pode ser muito difícil”, para ele é relativamente fácil. Sobretudo, gosta muito do que faz, e todo o seu tempo livre é consagrado à prática de desporto, seja ele triatlo, biatlo, cortamato ou atletismo. Para o atleta, participar é o mais importante, no entanto, não esconde a sua alegria quando é medalhado. Sérgio explica que enquanto concorre a alguns campeonatos amadores, normalmente, na região, por ser federado pela Federação Nacional de Triatlo, também faz provas do Campeonato Nacional de Triatlo. Recorde-se que o triatlo é uma das provas desportivas mais exigentes, a “atividade máxima, porque engloba as três modalidades: a natação, a corrida e o ciclismo”.
Falta de médicos em Benavente continua a ser gritante A
falta de médicos de família no concelho de Benavente continua a ser gritante. Recentemente e depois de um esforço, a extensão de saúde de Santo Estevão ficou também sem clínico. Em entrevista ao Valor Local, o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, refere que o profissional de saúde regressou à sua terra de origem, os Açores, e esse tem sido mais ou menos o mesmo tipo de desfecho para os clínicos que têm passado pelo concelho – “São na sua maioria do norte, ainda muito jovens, e querem arranjar trabalho mais perto de casa”. Neste momento, a autarquia tenta captar mais um médico para a extensão de saúde em causa junto de uma médica da Santa Casa da Misericórdia de Benavente, porque, neste momento, “não se con-
segue contratar médicos através de empresas de trabalho temporário”. “O ideal seria termos 40 horas semanais em Santo Estevão mas será difícil, queremos pelo menos verificar se a médica consegue estar na extensão de saúde algumas horas”. À semelhança de outros concelhos em Benavente também está em preparação um protocolo de incentivos que está à espera de ser aprovado em assembleia municipal que deverá passar por apoio no pagamento de renda de casa, entre outras benesses. No centro de saúde de Benavente e para um horizonte de 11 mil utentes, a unidade apenas dispõe de dois médicos quando seriam necessários quatro. As falhas acabam por ser colmatadas com as consultas de recurso, “o que não é o desejável”. Em Samora Cor-
reia não há carências porque sendo uma Unidade de Saúde Familiar de modelo B tem tido capacidade para ser atrativa quanto aos clínicos, “onde praticamente todos os utentes têm médico de família, porque os salários praticados são mais altos”. A Câmara tentou que a USF de Samora pudesse através dos seus profissionais gerir o centro de saúde de Benavente “mas foi nos dito que não teriam condições”. O autarca lembra que esta é uma luta de anos, e atribui fundamentalmente o êxodo de médicos do concelho devido à questão de não serem oriundos desta região, apesar de estar às portas de Lisboa. “São na sua maioria do Norte e não têm perspetiva de se fixarem, querem aproximar-se das suas localidades, e assim que têm uma oportunidade vão-se embora. De
acordo com os dados, a zona norte do país, por exemplo, não tem carências de clínicos”. “Lembro-me que andámos a negociar com quatro médicas que estavam no concurso, fizemos de tudo para que se estabelecessem no concelho, mas como eram da zona de Aveiro e de outras mais a norte acabaram por desistir”. O presidente da Câmara de Benavente encontra-se na expetativa assim como os demais autarcas da região face à promessa de criação de mais unidades de saúde familiares para fazer face ao caos na saúde, “tornando as carreiras também mais atrativas” por parte da tutela. “Propusemos medidas que passassem pela contratação de médicos no estrangeiro, ao que a ministra disse que era uma solução identificada” e que já foi usada no passado.
Presidente da Câmara de Benavente acredita que o modelo USF possa trazer mais valias a Benavente
A Feira de Maio está de regresso e pode ter mais um dia D
epois de um interregno de dois anos, a Feira de Maio de Azambuja regressa e com a possibilidade de mais um dia com esperas de toiros. O certame que tem lugar no último fim
de semana de maio, não terá este ano exposições, nem pavilhões segundo apurou o Valor Local. A juntar a mais este dia de esperas, o certame contará com as
atuações musicais dos Expensive Soul e de Toy, que abrilhantarão os momentos chave. Embora a autarquia ainda não tivesse confirmado o sexto dia de esperas parece ganhar cada vez
mais adeptos, nomeadamente junto da UTA (União das Tertúlias de Azambuja) que já fez saber o seu contentamento face ao regresso da Feira Maior de Azambuja.
Silvino Lúcio presidente da Câmara, sustentou em reunião do executivo, que a realização deste certame, está dependente ainda de uma série de regras, nomeadamente no que toca à Covid-19.
Em Azambuja, estará também de regresso a Ávinho já em abril. A “Festa do Vinho e das Adegas” realiza-se em Aveiras de Cima, e também estará sujeita a regras, que estão a ser definidas.
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Estudo sobre ecossistemas de Arruda identifica seis prontos nevrálgicos a proteger oi subordinada ao tema do ambiente e da sustentabilidade que decorreu, em Arruda dos Vinhos, mais uma conferência Arruda Talks. Com o nome “Avaliação, Mapeamento e Valorização dos serviços dos ecossistemas do concelho” representou o culminar de 10 meses de trabalho. Uma equipa de técnicos traçou um quadro geral a este nível apresentando diversas soluções ecológicas e amigas do ambiente para o território. O presidente da Câmara, André Rijo, alertou, a este nível, para o facto de os efeitos das alterações climatéricas já se encontrarem presentes nas nossas vidas, e re-
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forçou a ideia de que as decisões políticas devem ser tomadas com base em conhecimento científico. Por isso “recorreu à academia e às empresas” para tentar percecionar o que existe e o que ainda pode oferecer aos cidadãos, e “que possa ser fator de desenvolvimento sustentável, no futuro, no concelho”. O Arruda Lab, e este estudo que veio agora a público, “é mais um passo nesta estratégia”, sendo um “polo agregador da nossa inteligência coletiva enquanto concelho”. Isto implica que “a autarquia tem que investir” e que o estado e a autarquia local têm que “colocar todos os stakeholders a
dialogar” para que se incentive a investigação em Arruda dos Vinhos, reforçou. A Start up Natural Business Intelligence (NBI) é uma “consultora de negócios e ecologia”, que esteve encarregue do estudo que consistiu no levantamento dos bens naturais do concelho, a nível de espécies, ecossistemas, e recursos. No total, os dados avançados pelo estudo indicam que 37,3 por cento do território são zonas agrícolas, e que os matos representam 17 por cento, “concentrados no sudoeste e nordeste”. As zonas de pomar, olival e vinha são cerca de 14,2 por cento, “localiza-
dos maioritariamente no nordeste do concelho”, e as espécies relevantes, (raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção) encontradas, foram 112, distribuídas por flora (58), vertebrados (48) e invertebrados (6). No fundo e segundo a empresa ao nosso jornal passou pela identificação das zonas de maior valor natural e mais importantes para a conservação da natureza e a identificação das áreas mais relevantes para investimento em restauro ecológico – como rios, ribeiras, zonas de matos, florestas e prados, para as quais foram desenhadas medidas de gestão práti-
cas a serem implementadas no território e que possibilitam o envolvimento de todos os atores locais, como entidades públicas, privadas, associações e cidadãos. Como principais resultados da análise estratégica que a NBI desenvolveu em Arruda dos Vinhos destacam-se seis áreas consideradas como hotspots para a conservação e / ou restauro da natureza em Arranhó, A-do-Baço, Cardosas, S. Tiago dos Velhos, outra no centro do concelho de Arruda dos Vinhos e outra no limite norte do concelho. (A metodologia para encontrar as seis áreas cruzou a informação relativa às áreas com alto valor de conservação, ou
seja, importantes para a biodiversidade, e as áreas provedoras de serviços de ecossistemas) Dentro dos seis hotspots foram definidos lotes de gestão para os quais são sugeridas diversas ações concretas para a conservação e restauro de habitats nessas áreas. A título de exemplo, a NBI propôs o restauro de um troço do rio Grande da Pipa; a conversão de algumas manchas de eucaliptal em carvalhal e bosque nativo, e a gestão para a conservação da área de matos e pastos de orquídeas, através da abertura de caminhos e clareiras e da desmatação seletiva. Sílvia Carvalho d’Almeida
Bordados da Glória já são património cultural nacional O s bordados da Glória do Ribatejo já estão inscritos no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Esta inscrição reflete critérios que destacam “a importância da referida manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade e os processos sociais e culturais nos quais teve origem e se desenvolveu a manifestação do património cultural imaterial na contemporaneidade”, refere o anúncio em DR. A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos foi a proponente desta candidatura apresentada à DGPC, que contou com a colaboração da Universidade de Évora e o apoio da União de Freguesias de Glória do Ribatejo e Granho, instituições e associações locais e de toda a população de Glória do Ribatejo. “É uma enorme satisfação para o município de Salvaterra de Magos o sucesso que esta candidatura alcançou, em grande medida resultado do mérito da tipicidade dos bordados desta comunidade e do seu envolvimento neste projeto. Obrigado a todos!”, salienta o Presidente da Câmara Munici-
Os bordados são uma manifestação que se mantém ativa há várias gerações na Glória do Ribatejo
pal de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, citado em nota de imprensa. Em declarações ao Valor Local, o autarca diz que esta classificação é importante para que esta tradição perdure no concelho, e seja transmitida de geração em geração. “Importa ainda avaliar com os nossos parceiros se vamos partir para outro tipo de classificação", nomeadamente junto da Unesco, e quem sabe juntar ou-
tras “virtualidades” como “o seu falar, e o seu trajar, entre outros aspetos, reforçando o espólio local e que seja mais fácil classificar”. Os bordados são uma manifestação que se mantém ativa há várias gerações na Glória do Ribatejo e a sua inclusão na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial Nacional é, por si só, “uma importante e imprescindível medida de salvaguarda.”
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Este saber-fazer, transmitido oralmente e em contexto prático pelas mulheres de Glória do Ribatejo, era e é aplicado na elaboração de várias peças de vestuário quotidiano, na roupa da casa, e em
outros objetos de utilidades diversas. A simbologia e funcionalidade associadas à aplicação destes bordados “confere-lhes características que os diferencia dos outros
bordados, sem qualquer expressão comercial ou de ostentação de riqueza, já que estas peças deixam transparecer o rigor e o preceito de quem as “marca” / borda.
Câmara de Azambuja prepara regulamento para atrair médicos ilvino Lúcio presidente da Câmara Municipal de Azambuja diz esperar que o regulamento de apoio à fixação de médicos no concelho de Azambuja surta efeito. Em declarações ao Valor Local, o autarca tem esperança que os médicos se interessem pelo concelho de Azambuja e pelas condições que estão neste protocolo. Uma das soluções passava por fazer um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Azambuja que poderia suprir algumas falhas de médicos como de resto acontece em Benavente. Contudo os quatro médicos indagados pela instituição azambujense, recusaram entrar neste acordo. A Santa Casa terá levado uma “nega” por parte dos médicos, Manuel Ferreira, Lígia, Áurea e Casimiro, deitando por terra as pretensões de existir uma alternativa prestada por uma IPSS. Ainda assim o autarca diz que o processo não está fechado e por isso reafirma a necessidade “de aguardar porque ainda nada foi decidido”. A autarquia, tem enquanto isso a decorrer a consulta pública do regulamento sobre este apoio municipal. A escassez de médicos é a razão pela qual Azambuja e outras autarquias estão a levar a cabo este tipo de apoios, que passam muitas vezes pelo subsídio de rendas de casa, que podem chegar aos 400 euros mensais, viatura e combustível e até descontos em equipamentos municipais. O assunto da falta de médicos tem levado também a população a um estado de nervos tal, que já motivou a criação de um movimento cívico, que culminou com a recolha de assinaturas. Tem sido frequente os utentes esperarem por uma consulta de recurso à porta do centro de saúde, muitas vezes sem sucesso. Isso tem levado a constrangimentos diversos agora agravados com a saída de mais um clínico que por acaso era o diretor do Centro, Mário Esteves. Esta é uma situação que se estende de norte a sul do concelho, com as extensões de Aveiras de Cima, Aveiras de Baixo, Alcoentre, e Manique a reclamarem por mais médicos também.
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Teqball, uma modalidade em expansão no país e na região Sílvia Carvalho d’Almeida teqball, é uma nova modalidade desportiva que está a dar cartas em todo o mundo e também na região. O jogo que tem uma mesa parecida com a de ping pong, mas na qual se usa uma bola semelhante à do futebol, mas mais leve, está a ter adesão até de alguns futebolistas bem conhecidos do grande público. Para nos falar desta modalidade, entrevistámos Nuno Barata, vice presidente da Federação de Teqball, residente em Vila Franca de Xira. As regras do jogo são várias, mas para sumarizarmos, cada partida disputa-se à melhor de 3 sets, sendo que cada set é jogado até aos 12 pontos. O serviço, por sua vez, contempla duas tentativas, e troca a cada 4 pontos. Não é permitido tocar a bola consecutivamente com a mesma parte do corpo, nem com os braços e as mãos. O máximo de toques antes de devolver a bola ao adversário é de 3, e não é permitido devolver a bola ao adversário consecutivamente com a mesma parte do corpo, nem tocar na mesa ou nos adversários, segundo o site da federação. De acordo com Nuno Barata, “quem comece a treinar teqball,
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Uma modalidade com cada vez mais adeptos
em cerca de dois meses começa a dominar a técnica e a ter uma certa capacidade competitiva”. Outra das vantagens, é que para os clubes, é um desporto que pode ser praticado com um mínimo de investimento, já que uma mesa, necessária para jogar, custa aproximadamente 1500 euros. Um clube poderá, sugere Nuno Barata, inclusivamente alugar a mesa, o que facilitará o
pagamento. O teqball, é segundo o vice-presidente da Federação, “a modalidade que cresce mais rapidamente no mundo, ou seja é um fenómeno”. Existem no planeta cerca de 66 federações, neste momento, reconhecidas pela federação internacional, e em Portugal existem já 76 clubes que aderiram ao desporto. São cerca de 400 atletas que já
praticam teqball. O nosso país, “foi também o primeiro a ter um circuito nacional de clubes”, trabalho esse que tem sido desenvolvido pela federação portuguesa, desde novembro de 2019, data da sua fundação. Esta, por sua vez, não tem ainda utilidade pública reconhecida, mas este é um processo que está em curso, sendo que já preenche todos os requisitos.
Nuno Barata foi anteriormente responsável pela comunicação da Federação de Ginástica. Confessa que “não tem muita apetência” para a prática desportiva, no entanto deseja muito praticar teqball numa base regular. Um dos seus objetivos passa por ser juíz e treinador da modalidade, e para tal, deverá ingressar brevemente em formação para o efeito. Para si, é um “des-
Investigação sobre o cancro da mama no homem é um dos projetos do “Arruda Tem Valor” U ma investigação científica relacionada com o cancro da mama masculino é um dos projetos que chegou à Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, tendo em conta o mais recente projeto “Arruda Tem Valor”. A ideia é apenas uma, segundo Carlos Alves, vice-presidente da autarquia, entre muitas outras que chegam a este projeto que tem como objetivo valorizar os “valores locais”. A investigação foi candidatada por uma jovem arrudense, que tem passado os últimos anos a debruçar-se sobre esta temática que deverá ser apresentada ao público numa das sessões que o município levará a cabo nos próximos meses e que tem como objetivo principal aprofundar o conhe-
Vice-presidente da Câmara enaltece a qualidade dos trabalhos recebidos
cimento, ao mesmo tempo, que se divulga o que de melhor se faz naquele concelho nas mais variadas áreas. De acordo com Carlos Alves, o “Arruda tem Valor” “assenta na economia do conhecimento, como um eixo estratégico fundamental, focado nos recursos humanos endógenos” que aqui se materializa para “promover a difusão do conhecimento científico, académico e da investigação”, refere o autarca. A autarquia pretende assim dar a conhecer os trabalhos produzidos por locais nas mais variadas áreas e a prova de que isso tem vindo a dar resultados, são as inscrições que têm chegado à Câmara. Carlos Alves fala numa
Colete Encarnado está de regresso A cidade de Vila Franca de Xira prepara-se para receber mais uma edição do Colete Encarnado. A iniciativa não se realizou nos últimos dois anos, ainda assim Alberto Mesquita, anterior presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, fez um
ensaio com a Feira de Outubro, e com a realização de esperas de toiros. Este ano, o município já adiantou que vai realizar o certame que comemora noventa anos de existência. Como habitualmente a autar-
quia prepara as esperas na rua, algo que vai acontecer nos primeiros dias de julho, e outras iniciativas, que não conseguimos confirmar. No entanto já está dado como certa a realização do Colete Encarnado, até porque têm ocorri-
do algumas reuniões preparatórias, entre a autarquia e as tertúlias locais, que fazem parte integrante da festa, assim como algumas instituições da sociedade civil. Como forma de comemorar os 90 anos de existência da festa,
porto apaixonante a que ninguém fica indiferente, e que tem um potencial de crescimento enorme.” Para já, o seu grande objetivo é colocar mesas em parques urbanos, sendo que neste momento já existem câmaras municipais a comprar e a instalar o equipamento, para que haja “uma base social de apoio ao Teqball”, mais informal. O passo seguinte, passa pela prática a nível competitivo, especialmente quando surgirem mais praticantes. Este desporto poderá ser praticado individualmente, em equipas de dois, em duplas femininas ou masculinas, e também em mix double, ou seja, pares mistos. Para além disto “é uma modalidade em que o pai pode jogar com o filho, o avô com o neto, cuja tendência é reunir à volta da mesa a família e os amigos”. A mesa e o treinamento que propicia poderá também ajudar a melhorar a performance de atletas de futebol e de futsal, nomeadamente na receção da bola, e no jogo de cabeça. Este poderá ser um dos motivos pelos quais jogadores tais como Raúl Meireles e Bosingwa, já experimentaram, com aparente sucesso.
adesão muito importante por parte das empresas locais, mas afiança que os projetos individuais são “também eles muito surpreendentes”. O “Arruda tem Valor” não exclui nenhuma faixa etária, “antes pelo contrário, possibilitando que muitos trabalhos desenvolvidos, possam ver a luz do dia ao nível da divulgação e despertar o interesse de investidores ou das empresas parceiras do município”. O autarca recorda que este projeto que aparece em paralelo com o Arruda Lab, envolve ainda as escolas do concelho de Arruda dos Vinhos, e que tem a possibilidade de “desmistificar a ideia de que estamos a falar de projetos muito académicos ou muito cha-
tos”. Para Carlos Alves, o balanço é positivo até ao momento. “Estou muito satisfeito quanto à aceitação que está a receber” e acrescenta que “este projeto possui também essa missão de mostrar à comunidade aquilo que é a investigação nos universos do património cultural, da arquitetura, do urbanismo e da saúde”, neste caso levada a cabo “pelos nossos por aqueles que são os jovens que têm crescido e têm vivido entre nós, e que têm passado muitas vezes despercebidos naquilo que é o seu valor”. Ouça a entrevista completa em podcast em www.radiovalorlocal.com Miguel António Rodrigues
a autarquia vai levar a cabo no Celeiro da Patriarcal uma exposição com os melhores momentos da festa, algo que este ano soma um valor significativo, devido à paragem forçada pela pandemia. No ano passado, a Câmara le-
vou a cabo apenas alguns apontamentos simbólicos, sendo um deles a homenagem ao matador de toiros José Falcão que faleceu em 1974, através da inauguração de um busto junto ao Ateneu Artístico Vilafranquense.
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Bombeiros de S. Tomé e Príncipe em estágio em Azambuja quartel dos Bombeiros de Azambuja é por estes dias a casa de dois novos bombeiros muito especiais. São dois operacionais de S Tomé e Príncipe, que estão a assimilar conhecimento e técnicas para aplicar no seu país. Waldiney Leal e Yuri Abreu vão estar durante seis meses a frequentar um estágio, onde têm contacto com meios e técnicas inexistentes naquele país africano, algo que acaba por ser uma mais valia para aqueles operacionais que fazem de Azambuja a sua casa até pelo menos ao verão. A inclusão destes bombeiros neste estágio, resulta de um protocolo, já assinado com o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros de S. Tomé e Príncipe em setembro de 2020. Os operacionais estão alojados no quartel dos voluntários de Azambuja e vão poder também ter contacto com a cultura portuguesa. Em conversa com o nosso jornal, Waldiney Leal, subcomissário
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Estágio dos bombeiros de S. Tomé vai até ao verão
dos bombeiros locais, vinca que um dos objetivos desta vinda a Portugal, passa pela troca de experiências “para quando voltarmos ao nosso país levarmos este conhecimento para lá”. O opera-
cional salienta que os bombeiros de S. Tomé pertencem ao ministério da Ordem Interna, e considera benéfico o conhecimento que levará de Azambuja. “Acredito que vamos sair capaci-
tados desta formação” destacando que os bombeiros de Azambuja “estão muito bem equipados em comparação com as nossas ambulâncias e com as viaturas de combate a incêndios do nosso
país”. Também o Subchefe Yuri Abreu acredita que a troca de experiências será “um acrescento” na sua formação e que poderá levar conhecimento aos “camaradas”
que estão em S. Tomé, onde este serviço apenas foi criado no ano 2000, vincando também que a área geográfica de Portugal é bastante maior do que a da Ilha de S. Tomé, que só tem cerca de 1000 quilómetros quadrados de extensão. Já para Ricardo Correia, comandante dos bombeiros de Azambuja, esta iniciativa permite a partilha de conhecimento “para que o possam replicar no seu país”. Por outro lado, Ricardo Correia recorda que no passado os bombeiros enviaram para S. Tomé e outros países de África diversos bens. Esta é “uma missão humanitária e de partilha com um país amigo de língua portuguesa e firma de uma relação que vem de 2017, que começou com a doação de uma ambulância e tem-se fortificado com a doação de vários outros equipamentos”. Em causa, estão por exemplo alguns fardamentos “que para nós já não são úteis, mas não são lixo e para eles são ouro sobre azul”.
História da Igreja de Vale da Pedra retratada em livro Sílvia Carvalho d'Almeida oi a convite da paróquia de Vale da Pedra, no Concelho do Cartaxo, através do Padre Miguel Ângelo, que Ana Carina Azevedo, historiadora, aceitou investigar e escrever o livro “O Vale da Pedra e a criação da paróquia. Uma igreja desejada pelo povo”. A obra, que foi recentemente apresentada num evento que ocorreu no Centro Social Cultural e Recreativo de Vale da Pedra e Ponte do Reguengo, contou com a presença do Bispo de Santarém, D. José Traquina. A ideia surgiu pouco antes da pandemia de Covid-19, em 2020, quando a paróquia celebrou o seu aniversário. Ana Carina, teve por isso, o seu trabalho dificultado, já que foi mais difícil reunir com as pessoas, testemunhas dos factos
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que pretendia relatar, para entrevistas, uma vez que as recomendações de saúde estavam em primeiro lugar. Para a investigação, recorreu ainda a documentação da própria paróquia e do arquivo distrital, e todo o processo, desde o primeiro dia até ao lançamento do livro, demorou cerca de dois anos. O que pretendeu focar na obra, não foram tanto os factos ocorridos durante os 25 anos de vida da paróquia, mas todo o percurso que levou à sua criação, desde a formação da comunidade cristã na região, à construção da igreja. A paróquia, que foi criada em 1995, surgiu quando se deu “um desenvolvimento populacional muito grande na região”, quando a condição de haver já uma comunidade cristã pré-existente, estava
satisfeita. Com efeito, esta comunidade, que pertencia inicialmente à paróquia de Pontével, cresceu, com a vinda de fiéis dos territórios da Beira Baixa, e a eucaristia passou muitas vezes a ser celebrada em Vale da Pedra, por vezes em “espaços particulares”, revela o Padre Miguel Ângelo. Segundo o sacerdote, estas pessoas, que sentem a fé de uma maneira “diferente da ribatejana”, sentiam uma necessidade acrescida de “ter um espaço sagrado” próprio para as celebrações religiosas, até porque “antigamente as deslocações eram mais difíceis” sendo que “a igreja matriz, a de Pontével, é a cerca de 12 quilómetros e a de Valada, a cerca de seis, “o que para nós hoje em dia é pouco, mas na altura era bastante, já que a maioria das pessoas não tinha trans-
porte próprio”. Para Ana Carina, “tudo decorreu em paralelo, desde a vontade de criação de uma nova freguesia, até ao desejo de criar um novo centro de sociabilidade que acabou por ser o centro social e recreativo, que levou à construção da capela, depois a igreja, e por fim a paróquia”, tal como descrito no primeiro capítulo do livro. O segundo capítulo trata do crescimento da paróquia, desde as evangelizações, muitas vezes levadas a cabo pelos missionários, na rua, e pelo surgimento das primeiras catequeses. A partir deste ponto, “o livro avança para a construção da igreja, e constituição da paróquia”. A freguesia de Vale da Pedra, tem cerca de 1700 habitantes. Segundo o Padre Miguel Ângelo, a comunidade católica praticante no
pós- pandemia, conta com cerca de 70 a 100 pessoas, o que no seu entender é difícil precisar, já que a capacidade de mobilidade das populações é maior nos tempos que correm. Sente que a diminuição do número de fiéis, em geral, ao longo do tempo, “se deve a uma secularização das instituições”. No entanto, realça que “a igreja não é uma ilha” e que o decréscimo populacional a que se tem assistido também se reflete nestes números. Acrescenta ainda, que a paróquia de Vale da Pedra, “tem uma comunidade de voluntários” que se envolve ativamente nas atividades, “muito satisfatória”. Reflete ainda que durante a pandemia, com os confinamentos que existiram, “se perderam muitos hábitos de socialização”. Acerca dos mais recentes aconte-
cimentos internacionais, de preparação para uma possível guerra na Europa, diz-nos que o que está a faltar no mundo “é o que sempre faltou, a capacidade do ser humano superar o egoísmo natural que existe nele” o que quando se eleva ao relacionamento entre países, “levado ao extremo, resulta no desrespeito pela liberdade dos outros, pelo seu bem e segurança”, o que reflete “uma cobiça exacerbada”. Tem esperança que não se inicie um novo conflito em território europeu, que seria “uma tragédia”. O caminho para ultrapassarmos este condicionalismo passaria no seu entender por “olharmos para Jesus Cristo, e não nos concentrarmos unicamente no nosso bem, mas também termos a capacidade de nos desfocarmos e observarmos o bem do outro”.
Parque infantil com piso em brita está a preocupar em Casal da Serra O
s encarregados de educação com alunos a frequentar a Escola Básica e Jardim de Infância do Casal da Serra, na Póvoa de Santa Iria, estão desagradados com a colocação recente de brita no parque infantil daquele estabelecimento de ensino, em substituição da borracha. O assunto foi levado a reunião de Câmara pelo vereador do Chega, Barreira Soares. Na resposta o presidente da Câmara, Fernando Paulo Ferreira referiu que a cobertura em piso está dentro das normas e de “um conjunto de filosofias desenhado
para amortizar quedas” defendido pelos especialistas. Contudo disse estar a par das críticas que dizem respeito ao facto de as crianças chegarem a casa com brita nas roupas. O vereador do Chega referiu que o piso não tem capacidade para amparar as quedas, sendo mais comum agora as crianças acabarem com ferimentos. O presidente da Câmara referiu que está a acompanhar o assunto em conjunto com a direção da escola no sentido de poder efetuar uma alteração do piso no final do ano letivo.
Pavimento de brita não é do agrado
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Novo concurso para o Páteo do Valverde a última reunião de Câmara de Azambuja a autarquia aprovou o lançamento daquele que se espera seja o derradeiro concurso para a abertura do Restaurante Páteo do Valverde que nas últimas semanas esteve envolto em polémicas – de um lado o executivo e o único concorrente conhecido e do outro a oposição. Luís Espírito Santo é o proprietário da empesa Prime Alecrim Food & Events registada na Amadora mas com pelo menos um restaurante na nossa região que tinha vencido o anterior concurso público para a concessão do restaurante, em Azambuja, mas que acabou por ser anulado em virtude de alguns considerandos jurídicos não terem sido cumpridos. Em declarações exclusivas ao Valor Local diz-se agastado com os vereadores da oposição Rui Corça (PSD) e Inês Louro (Chega) por constantemente colocarem entraves ao concurso. “Azambuja precisa de um bom restaurante, precisa de nós, porque pelos vistos não se conseguiu ao fim de vários concursos que algum empresário pegasse naquilo. Pelo que ouço dizer a vila de Azambuja não tem uma boa unidade deste tipo, e por causa dessas pessoas, (especialmente Inês Louro, que foi quem, em dada altura, me sugeriu, quando era do PS, para tentar gerir o restaurante), não conseguimos dar a essa terra o que ela merece. Inês Louro esteve num dos meus restaurantes, disse que eu tinha um espaço lindo, e que seria ótimo que eu pudesse pegar no Valverde. Agora tem uma postura completamente diferente “, adianta, desabafando “Só posso deduzir que estas pessoas são ressabiadas e delirantes”. O empresário reforça que apesar dos prós e contras continua disponível para abraçar este projeto, não escondendo que é um sonho, e que já deitou as contas. O Restaurante Páteo do Valverde necessita de um investimento de 200 mil euros. Como tal prepara-se para concorrer a este novo concurso. Segundo o vereador com a pasta do Turismo, António José Matos, ao todo foi anulados três concursos, “numa altura em que a própria Câmara já podia ter realizado um ajuste direto, mas como quer ser transparente acabamos por andar aqui à mercê da oposição que está num constante bota abaixo”. No penúltimo concurso público lançado em outubro, e ao qual concorreu aquela empresa faltavam dois documentos que deveriam ter sido entregues até 3 de janeiro, nomeadamente, o registo de proprietário efetivo e a declaração de representante para a assinatura de contrato que ape-
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O enguiço continua e a Câmara espera agora que à quarta seja de vez
nas foram entregues a seis, três dias depois de ter expirado o prazo. Contudo a caução de 1104 euros foi depositada no prazo previsto. Tendo em conta que a empresa ultrapassou um dos prazos, a Câmara de Azambuja decidiu lançar mão de novo concurso. O empresário diz em sua defesa “que no dia 27 de dezembro a Câmara submete o pedido de documentação em que se esquece de referir que era preciso indicar o beneficiário efetivo, e que o prazo para a documentação era o dia três e o da caução no dia seis”. De acrescentar que as peripécias não param por aqui: neste penúltimo concurso tinha concorrido ainda a Cerci Flor da Vida, uma IPSS que presta serviços a pessoas com deficiência, no sentido de ali estabelecer uma escola de restauração para os seus utentes. Contudo e segundo o município, não carregou a tempo a documentação necessária na plataforma do Estado para os concursos públicos. A documentação foi entregue em mãos nos serviços camarários. Um expediente que não tem validade jurídica para o efeito. A instituição acabou por impugnar o concurso, e no entender de António José Matos “sem razão de ser porque houve um prazo de 15 dias para remeterem tudo. Pelo que sei acederam no último dia e não conseguiram. Fomos verificar e pelo que nos foi dito a plataforma nunca esteve em baixo. Por outro lado, não podíamos considerar como válida a entrega em mão, dado que apenas são considerados para estes efeitos os concorrentes que acedem pela plataforma”. O vereador acrescenta ainda que o muni-
cípio e os seus técnicos “não podem viciar ou de alguma forma condicionar o funcionamento de uma plataforma que é do Estado”. O empresário neste ponto concorda com o novo concurso agora aprovado para que as coisas fiquem esclarecidas de uma vez por todas . “Não temos nada a esconder, o que sabemos é que Azambuja precisa de um excelente restaurante. Tento não me cansar muito com isto, porque apenas concorri em 2021. Houve um concurso antes que ficou deserto, quando eu já tinha interesse em vir para cá, mas para que depois não andassem a dizer que a concessão tinha ido parar a uma pessoa que não era de Azambuja, decidi nessa altura não me candidatar. Penso que foi em 2017. Elogio a Câmara porque tem tido uma postura excelente nisto tudo. Cheguei a ser recebido pelo anterior presidente de Câmara que mostrou uma enorme disponibilidade. Só sei que andamos nisto para trás e para a frente e quem perde é a Azambuja”. Luís Espírito Santo desabafa mais uma vez - “Que o novo concurso público seja o mais divulgado possível, que se faça o maior espalhafato para que o máximo de entidades possam concorrer”. Ouvido o vereador do PSD, Rui Corça, este não comenta as declarações de Luís Espírito Santo que considera que a oposição está a ter um comportamento deplorável. O eleito refere que apenas fez o seu papel ao tentar perceber o que se tinha passado com a questão da Cerci no concurso, pedindo os necessários esclarecimentos à Câmara. “De-
pois o concurso desenrolou-se, e agora foi anulado por incumprimento do vencedor porque não entregou a documentação. É tão simples quanto isto”. Inês Louro, uma das principais visadas nesta história, opina que pode não ser má ideia entregar o Valverde à Cerci “porque segundo sei têm um escola que funciona muito bem, inclusivamente cheguei a encomendar salgados quando era presidente de junta para as nossas iniciativas e acho que seria interessante”. Já quanto a Luís Espírito Santo refere que não sabe que culpa é que tem “quando o empresário é que se esqueceu ou não conseguiu entregar a documentação toda”. “A própria Câmara é que diz que eles não cumpriram”. Por outro lado, sugere que o empresário e a Câmara é que se puseram a jeito, porque “da primeira vez que o contrato de arrendamento foi a reunião do executivo nem sequer vinha acompanhado dos respetivos anexos”. António José Matos contra-ataca e refere que não é hábito nestes contratos de pequena monta, em comparação, por exemplo, com o contrato de concessão das águas, os anexos serem apresentados, “mas mesmo assim solicitámos a Inês Louro que se dirigisse aos serviços e consultasse os anexos”. “Pelo que sei a senhora vereadora esteve lá 10 segundos e foi-se embora. Isto é mesmo o puro botaabaixo levado ao extremo”, queixa-se referindo que os vereadores da oposição não deixam a Câmara trabalhar pelo bem comum dos azambujenses. Inês Louro considera que os anexos “eram importantíssimos pois falavam dos equipamentos e dos va-
lores para os mesmos, nem que fossem residuais”. Refere ainda que o dossier relativo à participação da Cerci neste concurso estava incompleto, nomeadamente, a sua impugnação. “Pedi para consultar e o próprio vice-presidente disse que ia organizar o processo, mas entretanto retirou a proposta”. A vereadora deduz “Não criei quaisquer entraves, se há algo que correu mal a nível processual deve ser assumido pela Câmara”. Já quanto ao facto de ter sido a própria enquanto presidente de junta, eleita pelo PS, a fazer a sugestão a Luís Espírito para vir tentar a sua sorte em Azambuja na gestão do Valverde responde - “Sim de facto estive no restaurante Taxo e deixei a indicação ao senhor em causa, como fiz em outros restaurantes da nossa região. Fiz um pouco esse papel e não deixo de ter boa impressão desse restaurante, apenas acho que pode ser dada também oportunidade à Cerci”, elucida. Questionada sobre se a instituição terá arcabouço técnico e financeiro para embarcar na aventura do Valverde que exige um avultado investimento, e quando até há pouco tempo a Cerci se debatia com dificuldades financeiras, Inês Louro responde “Penso que não seja de desvalorizar a oferta da Cerci em termos de restauração, não sendo incompatível que também tenham um restaurante junto com essa escola”. A vereadora conclui que nesta altura “o senhor do restaurante até devia agradecer por agora ter mais tempo para organizar-se e submeter tudo nos devidos prazos”. Defensor desde a primeira hora
de um espaço nobre de restauração em Azambuja para o Páteo do Valverde, e que nesta nova configuração não deverá ter café, António José Matos reforça que a Cerci apenas submeteu a documentação via online no último dia, quando o concurso “foi amplamente divulgado até na imprensa nacional”. Instado quanto ao facto de a Câmara poder ter sido displicente quanto à gestão do concurso e às possíveis críticas dos vereadores, refere que tudo não passou de uma manobra “para colocar areia na engrenagem” porque nada a autarquia “tem a esconder”. Sobre se a Cerci terá condições para montar um restaurante de um nível acima dos existentes em Azambuja, considera que embora “não conhecendo o projeto da Cerci nesse aspeto na sua totalidade”, é da opinião de que “não terão condições para fazerem um restaurante do nível que pretendemos”. Contudo “se se candidatarem e cumprirem as regras, e se forem os que tiverem as melhores condições, podem ganhar”. O vicepresidente confirma que a verba a investir não deverá andar muito longe dos 200 mil euros estimados por Luís Espírito Santo. Quer os fogões quer a rede de frio estão em péssimo estado, mas também terá de ser efetuado investimento em ar condicionado e mobiliário. Segundo o empresário também terão de ser melhoradas as condições acústicas do local. O contrato a firmar com o futuro vencedor será válido para 10 anos. Sendo que a renda a pagar será de 300 euros até ao terceiro ano. E entre o quarto e o oitavo de 500 euros, entre o oitavo e o décimo de 800 euros.
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Obras em Alenquer entram em velocidade de cruzeiro Obras na envolvente ao mercado vão ter duração de um ano
Tiago Pedro deu a conhecer o ponto de situação das obras
stão a decorrer a bom ritmo as obras na envolvente e no próprio Mercado Municipal de Alenquer que fazem parte do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. No terreno, o vereador com o pelouro das Obras Públicas, Tiago Pedro, em entrevista ao Valor Local, referiu que a requalificação da envolvente criará uma nova centralidade com a criação de um jardim de inverno que vai dar apoio ao pronto a comer e ao café existentes no mercado. Compreende ainda construção de um novo arruamento de acesso à Avenida António Maria Jalles e uma nova ponte a edificar na margem oposta do rio, “o que é especialmente importante quando temos um estabelecimento de ensino na Vila Alta com a entrada e saída de crianças”. Sendo que o objetivo passa por evitar “aglomerações de trânsito naquele local”. A própria Rua Sacadura Cabral que ficará “à cota zero, inibirá o estacionamento indevido, melhorando as condições de circulação dos peões”. Já no interior do mercado, haverá uma reformulação total, mas
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com manutenção da sua traça exterior. O edifício foi inaugurado em 1949. O número de bancas vai aumentar com mais lojas “que serão rececionadas, porque juntámos umas e dividimos outras. Entretanto faremos a sua concessão. De um lado teremos a zona de frescos e na outra os processados”, exemplifica o vereador. Até que a obra seja inaugurada os comerciantes estão numa tenda gigante no parque de estacionamento da paróquia. Antes do início da obra, o espaço não cumpria com as regras para o seu funcionamento a nível térmico, as casas de banho não respeitavam as normais atuais e o piso também não era o aconselhado, pelo que serão atendidos estes requisitos neste investimento. A obra do mercado está orçada em 1 milhão 244 mil euros e a da envolvente em 808 mil 803 euros, sendo que a primeira deverá estar concluída dentro de seis meses e a segunda tem o prazo de um ano. “Apesar de ser mais problemática para a comunidade pelos incómodos causados é também a mais desafiante porque estamos a rever as infraestruturas enter-
radas e a rede pluvial”. Paralelamente decorrem ainda as obras na zona do Areal que se prolongam até às zonas adjacentes: edifício dos lavadouros municipais, Parque do Areal, Avenida Jaime Ferreira, Largo Rainha Santa Isabel, Parque das Tílias, e Jardim das Águas. “É muito desafiante também porque tem três hectares, nunca sofreu obras de grande monta. É o local onde se terá iniciado o aglomerado urbano da vila com muitas ruas estreitas”. Compreenderá voltar a infraestruturar “tudo o que temos no solo como separar o esgoto, substituir a canalização, e enterrar a cablagem elétrica”. A iluminação pública será trocada e será instalado gás natural. Todo o pavimento será ainda retocado. “Transformar aquela zona que é menos procurada e torná-la mais atrativa é um dos objetivos”, salienta o autarca. Por outro lado, o parque de estacionamento será também remodelado deixando de ser uma área informal de parqueamento em terra batida. Ficará com 250 a 300 lugares gratuitos. Por outro lado, reforça ainda que na margem di-
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Intervenção no Areal começou no final do ano passado
reita no centro da vila, na envolvente à Chemina, haverá 100 lugares, em parque de estacionamento semienterrado não gratuitos, mas com preços acessíveis. “O nosso objetivo é fazer com que as zona de maior procura sejam mais caras quanto ao estacionamento e as residenciais menos”. Toda esta intervenção ronda os 3 milhões de euros com prazo de execução de 550 dias, sendo que teve o seu início no passado mês de novembro. Já no que respeita à obra da envolvente à Chemina conheceu um compasso de espera por parte da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) porque se encontra na zona de influência da Igreja do Espírito Santo, e segundo aquela entidade estatal “poderia desvirtuar a singularidade do monumento”. A intervenção contempla os espaços públicos da Rua dos Guerras, o Jardim Vaz Monteiro e os edifícios da Sociedade União Musical Alenquerense (SUMA). Pretende-se melhorar as condições de acessibilidade, criar um parque de estacionamento, requali-
ficar espaços verdes, e demolir os edifícios da SUMA. A obra tem o valor de três milhões, 700 mil euros com prazo de execução de 550 dias. Tiago Pedro refere que as imposições da DGPC terão de ser ultrapassadas, mas dado que a vila está transformada num estaleiro “provavelmente será melhor aguardar algum tempo para não causar ainda mais constrangimentos”, nomeadamente “quando houver condições para que os alenquerenses consigam circular na Avenida 25 de Abril”. De resto e ainda nesta obra “a Administração Regional Hidrográfica também viabilizou a nossa obra do parque de estacionamento semienterrado porque está acima da cota de cheia”. “Se quiséssemos teríamos condições para arrancar com o lançamento da empreitada dentro de duas ou três semanas”. O impasse no edifício da Chemina A Câmara Municipal de Alenquer decidiu aguardar por uma nova
tomada de decisão quanto ao investimento na Chemina por parte do empresário asiático da Sunshine Life – Investimento Imobiliário Unipessoal que em finais de 2019 venceu a hasta pública para a transformação da antiga fábrica de lanifícios numa unidade hoteleira. O clausulado das obras não foi respeitado, tendo em conta também a pandemia. Em declarações ao Valor Local, o vereador com o pelouro das obras, Tiago Pedro reafirma o interesse do empresário que adquiriu o edifício por 1 milhão 100 mil euros. A obra deveria estar pronta em 2023 e ainda não arrancou. “Temos vindo a falar com a equipa de advogados, mas devido à pandemia, e por terem investimentos um pouco por toda a parte nem sempre é fácil, mas pelo que sei mantêm o entusiasmo, embora moderado devido à Covid”. O autarca refere que “num prazo de duas ou três semanas temos de ter aqui um veredicto final quanto à continuidade deste investidor nos moldes da hasta pública”.
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Junta de Alverca Sobralinho recupera 100 mil euros de dívidas do mandato anterior Rádio Valor Local está a ouvir os presidentes de junta eleitos pela primeira vez na nossa área de abrangência. Cláudio Lotra já completou 100 dias de gestão à frente da União de Freguesias de Alverca/Sobralinho. Pela primeira vez assume o lugar de presidente, depois de ter passado por outros lugares, nomeadamente na oposição, “mas tem sido uma experiência fantástica e com a possibilidade de desenvolver trabalho”, referiu embora reconheça que nestes primeiros meses de mandato, o grosso do trabalho tenha passado por “arrumar a casa e tentar perceber os mecanismos, levando a cabo procedimentos que não são visíveis para a população, mas que são importantes para o trabalho que se segue”. Em entrevista à Rádio Valor Local, Lotra fala numa equipa jovem, mas “experiente” e refere que nos últimos meses tem sido importante adaptar “a máquina àquilo que é a nossa forma de trabalhar”. O presidente da junta diz que a passagem de pastas do executivo anterior, liderado pelo comunista Carlos Gonçalves, aconteceu de forma pacífica, mas ressalva que só pôde ter acesso a muitos dos dossiers e pastas depois da posse, apontando sobretudo o dedo
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Cláudio Lotra deu conta dos seus projetos para a União de Freguesias de Alverca- Sobralinho
ao executivo anterior por ter desprezado a cobrança de verbas não recebidas provenientes do licenciamento de esplanadas na freguesia. Para o agora presiden-
te, a falta de fiscalização por parte do executivo de Carlos Gonçalves na junta de freguesia no mandato anterior, estará na origem deste défice, que representa para a au-
tarquia um valor de 200 mil euros. Cláudio Lotra fala em surpresa quanto ao assunto, salientando ao Valor Local, “a existência de esplanadas que estavam a trabalhar
e que não tinham sequer processo de licenciamento, ou seja não pagavam qualquer taxa à Junta de Freguesia”. O presidente da junta revela que foi feito um esforço por parte do executivo e através do contacto com os estabelecimentos, “temos conseguido fazer o licenciamento dos espaços e a recuperação das taxas”. Lotra revela que a autarquia tem falado com os devedores, “até porque havia empresas com dívidas dos anos de 2018 a 2020”. O autarca diz que as reações por parte dos empresários têm sido diferentes, mas “as pessoas regra geral entendem que há que funcionar dentro das regras e da legalidade” e acrescenta que com bom senso e as devidas explicações, os empresários percebem “até porque as verbas são devidas à freguesia e não ao executivo, a este ou ao anterior”. Ao Valor Local, o presidente da junta dá a conhecer que estão em curso vários planos de pagamento e que até agora, a autarquia conseguiu recuperar cerca de metade do valor não recebido nos últimos quatro anos. O autarca revela que aos poucos tem vindo a falar com os empresários do setor, e que até ao momento não encontra qual-
quer explicação para a falta de licenciamento e respetiva cobrança das taxas devidas. O Valor Local contactou Carlos Gonçalves sobre este assunto e as críticas do atual presidente, mas sem sucesso. Ainda nesta entrevista, Lotra sublinhou a intenção de abrir em breve o novo edifício da delegação da junta no Sobralinho, algo que tem estado nos planos deste executivo, desde que começou a tomar contato com a realidade no terreno. A acessibilidade para pessoas com deficiência, e as melhorias das condições de trabalho por parte dos trabalhadores da junta são tópicos que Lotra quer levar em linha de conta num futuro próximo. Na Rádio Valor Local, o autarca vincou que no que toca ao licenciamento dos outdoors, as juntas do concelho de Vila Franca de Xira estão comprometidas em criar um novo regulamento. A ideia é evitar a colocação “selvagem” daquele tipo de painéis de publicidade e minimizar a poluição visual nas freguesias. Esta é uma medida que está em estudo e até que o regulamento seja aprovado, não existirão novos licenciamentos. Ouça a entrevista na integra em podast em www.radiovalorlocal.com PUB
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Agricultores da região desesperados com a seca já pensam em desistir Sílvia Agostinho ortugal e Espanha pediram ajuda à União Europeia para minimizar os impactes da seca através do fundo de solidariedade. O país está a acusar gravemente a falta de água e os dias de tempo seco. Vários setores estão a ser afetados, com a agricultura à cabeça. Na nossa região, o clima que se faz sentir por estes dias também já acarreta os seus impactes e os agricultores começam a deitar as contas à vida. Produtores de arroz estão a pensar seriamente se vão cultivar o cereal este ano. Já quanto ao tomate convém que chova, entretanto, caso contrário esta cultura também pode sofrer os seus reveses. O Valor Local falou com vários agricultores da região que antecipam dificuldades, mais gastos, e produções perdidas. O tempo de seca extrema está também a trazer à tona a necessidade de mais uma barragem no Tejo cujo caudal se apresenta muito baixo. A chuva que caiu nas primeiras duas semanas do mês de fevereiro foi
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apenas de sete por cento para esta época do ano no país. Já janeiro correspondeu a apenas 12 por cento do valor normal. Foi assim o segundo janeiro mais seco desde 2000 e o sexto dos últimos 90 anos. A precipitação média em Portugal continental dos primeiros quatro meses do ano hidrológico 2021/22 foi de 213,9mm, o valor mais baixo dos últimos 20 anos, aquém do registado na seca de 2005, uma das piores de sempre com 223,1mm. Francisco Campino tem terrenos na zona do Reguengo, concelho do Cartaxo. Cultiva tomate que é encaminhado durante o tempo das campanhas, no verão, para as indústrias da região, mas também milho e trigo. Conta que já está apreensivo quanto às culturas de verão, “porque se o caudal do Tejo baixar muito podemos contar com a salinização da água que vai prejudicar, porque não podemos regar com água salgada”. “Estou bastante receoso. Apenas fico mais descansado porque no ano passado choveu, e num primeiro ano de seca
como este as águas subterrâneas, os ditos furos, ainda não dão grandes problemas, ao contrário do que acontece a quem rega diretamente da água do Tejo”. Para o cultivo do tomate correr bem “já devia ter começado a chover e bastante, porque se apenas ocorrer precipitação com frequência em abril, vamos ter que usar mais pesticidas”, dá conta. Agricultor desde 1984, confessa que nunca tinha visto o Tejo como se apresenta por estes dias, com um caudal “tão baixo!”. Por enquanto diz estar atento a possíveis sinais de salinização que possam começar a chegar vindos do mar na zona do Tejo no concelho de Vila Franca de Xira. “Sei que têm estado a medir os níveis mais a sul”. O fenómeno das alterações climáticas tem permitido a este agricultor perceber que “quando vem um inverno de seca é mesmo a sério com dias e dias sem chuva, e quando chove temos quantidades inimagináveis de água, o que quer num caso quer noutro
obriga a grandes custos”, e no fundo a uma constante reinvenção deste setor. “Nada como uma chuva certinha com a terra a absorver a chuva para os lençóis freáticos”. Contudo nem tudo serão reveses neste fenómeno das alterações climáticas, pois como “a temperatura média subiu alguns graus as plantas desenvolvem-se mais rapidamente”. “Contudo quando temos temperaturas a chegarem aos 40 graus, a floração do tomate fica arrasada”, junta. Para fazer face a estas condições “temos apostado em espécies cada vez mais resistentes, em híbridos, embora não se consiga fazer muito mais quando se chega aos 44 ou 45º. Só podemos regar o mais possível para a cultura não entrar em stress”. A poucos quilómetros, já no campo de Azambuja, fica a propriedade de José Gaga, com 600 hectares, igualmente produtor de tomate e de milho, mas que está a viver a experiência de não ter pasto para vender destinado à alimentação animal. A forragem está muito limitada por-
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José Gaga considera imprescindível mais uma barragem no Tejo
que a seca está ao rubro e confessa à nossa reportagem que tem estado a colher as plantas com poucos centímetros de altura tendo em conta a procura. Numa situação normal, refere, que podia estar a vender 20 fardos e agora só consegue aproveitar 10. “Comprei sementes para dar o dobro e apenas vou conseguir metade, claro que vou ter aqui um grande prejuízo. Estou a cortar as ervas com 30 centímetros quando devia cortar com 70, tudo para que haja alimento o mais depressa possível para as vacas, só para dar um exemplo”. Começa a plantar tomate daqui
a um mês, sendo que será imperativo que chova até abril, caso contrário os agricultores da região vão ter grandes dores de cabeça. O fantasma da salinização nos campos por via das marés também preocupa José Gaga. “Não temos uma barragem para segurar a água. Temos o Tejo todo assoreado, e ainda tem de se pagar para retirar a areia, quando a água é um bem necessário”. Na sua propriedade rega através da Vala Real, e vai recorrer a bombas para extrair água na maré baixa, “porque o sal vem é na maré alta”. Vai exigir um grande investimento nomeadamente em despesas de
eletricidade por força das condições climáticas. Este método tem sido pouco utilizado na sua propriedade, mas este ano não terá outro remédio. O facto de o Governo ter fechado as centrais a carvão e ter passado a recorrer à energia hidráulica para produção de eletricidade é mais um elemento a juntar ao caos, embora e desde o início de fevereiro tenha limitado a exploração das barragens para este fim, incluindo outros, em função da necessidade de reservar água para o consumo humano. Certo é que os agricultores continuam a sofrer na pele a falta de água, neste caso, no Tejo por via da barra-
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Francisco Campino está apreensivo quanto aos próximos tempos
gem de Castelo do Bode – “Estive lá há dias e a cota da água estava uma miséria. Não sei como foi possível ter descido tanto quando no ano passado ia cheia”. José Gaga não tem dúvidas em considerar como “muito importante” o denominado Projeto Tejo para a agricultura da região que prevê a construção de quatro açudes de baixa altura no baixo Tejo, a espaços de 20 quilómetros, entre a Azambuja e a Golegã, com mais dois açudes de média altura entre Almourol e Abrantes, munidos de eclusas para barcos e escadas de peixes, com o objetivo de criar o
uma “estrada” de água contínua de Lisboa a Abrantes. O investimento foi apresentado pela + TEJO – Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Tejo com um custo de 4500 milhões de euros mas não saiu do papel até à data. Em representação de uma das associações de produtores da região, falámos com Luís Hilário da Tomataza – Produtos Hortofrutícolas que consubstancia que o momento ainda não é muito grave para o setor do tomate, e que “se chover em quantidade ainda é possível recuperar. Temos de esperar que venham os meses de chuva que são tradi-
cionalmente março e abril”, refere refletindo que as preocupações ainda não são muitas, à exceção das culturas relacionadas com o alimento para os animais. Pedro Botelho, produtor da Herdade da Adema, em Samora Correia, esclarece por seu turno que as plantas forrageiras que tem, neste momento, destinadas aos animais “já estão muito comprometidas”. “Não cresceram e apresentam espigamento precoce”. Admite que se chovesse seria recuperável algum do investimento. “Ainda não estimei o prejuízo, porque até tenho receio de pensar nisso”. Contudo ainda vai tentar avançar com as culturas
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Empresário da Sugal diz-se na expetativa mas teme o pior (foto de arquivo) Produtor de alimento para animais até tem medo de fazer contas nesta altura (foto de arquivo) de verão. Recorre atualmente à água da lezíria de Vila Franca proveniente do Tejo. “Da forma como as coisas se apresentam tenho de pensar muito bem naquilo que vou fazer, porque o risco é enorme”. Pedro Botelho não se lembra de ter vivido um inverno tão seco desde que é agricultor. “Estamos a viver tempos de grande ansiedade, e acho que isto não pode ser apenas um problema da ruralidade, mas também dos urbanos, porque penso que nunca se viu a barragem de Castelo do Bode com tão pouca água”.
gue para a agricultura. Produtores de arroz já começaram a desistir de plantar este ano Da parte dos orizicultores, as
por cento são da Associação de Regantes da Lezíria Grande de Vila Franca. Ora quanto à primeira associação como beneficia das barragens de Montargil e do Maranhão “não está com problemas de fornecimento de água
para não semearmos o arroz muito tarde, porque o ciclo do cereal é de 140 a 150 dias. Com atrasos e face à seca podemos entrar em fase de colheita no outono, o que nos pode afetar porque não sabemos se nessa altu-
lhar é mais rentável assegurarlhes culturas para se alimentarem do que propriamente plantarem arroz”. O engenheiro diz-se surpreendido com os efeitos da seca que chegam ao norte do país com
tugal mas também em Espanha, pelo menos até Madrid, devido às barragens “para que se consiga ter o caudal necessário no Tejo, e o país vizinho ir cumprindo com os caudais ibéricos de forma contínua”. “Se chover mui-
Sugal muito preocupada com a próxima campanha do tomate A Sugal é um dos gigantes no mundo no processamento de tomate e a situação de seca está a causar também alguns embaraços a esta empresa com unidades fabris em Azambuja e Benavente que para além de produzir o seu próprio tomate também o recebe de agricultores da região, durante as campanhas de verão, como são os casos de José Gaga e Francisco Campino. Jorge Ortigão, diretor da empresa, ouvido pelo Valor Local reconhece que ainda é cedo para se tirarem “grandes conclusões”, sendo certo que se “não houver água suficiente nas barragens vamos ter problemas”. O maior risco prende-se essencialmente com o aumento da cunha salina do Tejo “que pode chegar aos campos de Azambuja”. O empresário reforça que a seca que estamos a viver “apesar de não ser inédita também não é comum”. Sobretudo arrisca que o facto de as “barragens estarem tão vazias nesta altura do ano é que de facto é inédito porque andaram a turbinar água acima do normal para eletricidade após o fecho das centrais a carvão”. Com a seca é provável que no verão não haja água suficiente nas barragens que che-
Empresa ainda tem stock de arroz suficiente para os próximos meses mas falta de água no Tejo afeta 50 por cento dos sócios
preocupações com a seca também já se fazem sentir. A Orivárzea é uma empresa sedeada em Salvaterra de Magos que se assume como o maior produtor de arroz de Portugal com uma forte aposta na exportação. João Alegria, engenheiro agrícola na empresa, dá a conhecer que entre todos os associados estão 4000 hectares de produção, sendo que 50 por cento está nas mãos da Associação de Regantes do Vale do Sorraia e os restantes 50
aos campos”, já em Vila Franca “a situação não é assim e as dificuldades são muitas bem como as preocupações”, mais uma vez por não existir nenhum sistema de retenção das águas estando dependente do que o Tejo proporcionar. “Para conseguirmos ter um bom volume deveríamos ter chuva nos próximos meses, desde que não seja uma grande precipitação com o perigo de arrastar estruturas. O ideal seria durante março, meados de abril
ra não vai estar a chover e com isso prejudicar a produção”. Os orizicultores “estão a preparar a campanha de forma mais ou menos natural, mas com algumas cautelas, procurando evitar riscos. Sabemos que alguns não vão cultivar arroz e estão a querer optar por outras culturas, mas ainda não tenho muitos dados concretos para já. Mas temos criadores da raça lusitana que vendem animais por preços bastante elevados e que se ca-
implicações na produção leiteira “que necessita de muito alimento para os seus animais, e no caso de existirem agricultores na nossa região a não quererem produzir arroz este ano, uma das alternativas passa por massa verde para o gado”. Até porque nas zonas de arroz “não se pode facilmente introduzir outras culturas, devido às condições do solo facilmente inundável”. João Alegria alerta que é importante que chova não só em Por-
to apenas cá conseguimos ter água para esta campanha, mas ficamos com a próxima em risco”. O projeto Tejo na sua opinião permitiria “equilibrar os caudais quer nos anos de seca quer nos anos de cheia”, porque o que temos hoje “é estruturas que não são mantidas, não são limpas e que prejudicam nos dois cenários, precisamos de fazer chegar água ou retirá-la quando está em excesso e esses canais estão obstruídos”.
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Luís Mira da CAP
Autoestrada da Água “é urgente” unto da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, secretário-geral, dá conta de situações de desespero dos agricultores, “em que as pessoas necessitam de alimento para os animais, que não existe porque está tudo seco. O pouco que nasceu foi queimado pelas geadas. Não há água e o campo está com um aspeto como se fosse setembro”. Por outro lado, “os prejuízos para quem fez culturas no outono e inverno estão aí bem patentes. Se não chover vão ficar sem nada”. Acresce ainda o problema na silvicultura “com árvores que não sabem o que é chuva há 10 meses”. O responsável é arrojado na forma como encara a falta de água na agricultura – “Podíamos fazer
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como os espanhóis e criar uma autoestrada da água, puxando-a do Douro para o Tejo e daqui para o Guadiana com barragens, o que custaria metade do dinheiro que o Governo português colocou na TAP”. “Não vale a pena dizer que a culpa é dos espanhóis que não enviam caudais. Nós é que temos de ter coragem política para mudar a situação”. Por outro lado, aponta o dedo ao Governo na gestão que está a efetuar com a captação da água das barragens para a produção hidroelétrica. “A gestão da água precisa de uma nova visão face ao que estamos a viver e às alterações climáticas. Alqueva foi bem feito, mas necessitamos de uma obra que beneficie todo o país”, Luís Mira considera que a floresta também necessita de um
olhar mais atento. Em conclusão ressalva “que não é possível regar-se tudo convenientemente e já não falamos em aumento das áreas de produção com aquilo que temos atualmente. As alterações climáticas e o aumento da temperatura têm de nos levar a uma mudança de paradigma”. Tendo em conta o atual quadro e a curto prazo e se não chover “aquilo que há a fazer prende-se com transportar água para onde há mais necessidade”. Por outro lado, “não é possível fazerem-se seguros contra a seca e corremos o risco de muitos agricultores desaparecerem se isto assim continuar, o que leva a terrenos abandonados e a mais incêndios no verão. Está cientificamente provado que onde há agricultura não há fogos”.
Alimentação para os animais é um dos setores mais comprometido
Luís Mira reforça a necessidade de uma mudança de paradigma na forma como o Estado olha para a agricultura PUB
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Empresa aposta agora numa choruda indeminização
Aterro de Azambuja fecha portas notícia apanhou todos de surpresa: a Triaza do grupo Mota-Engil está a selar a primeira célula por ter chegado ao seu limite e desde esta segunda-feira, dia 21 de fevereiro, que nenhum funcionário se encontra nas suas instalações na Quinta da Queijeira junto à Nacional 3 em Azambuja. A empresa que está numa situação de litígio com a Câmara não deu “cavaco” a ninguém e parece ter ido de armas e bagagens. É o que o próprio presidente da Câmara, Silvino Lúcio, confirma ao Valor Local – “Estamos de relações cortadas e com processos em tribunal é normal que não tenham dito nada”. Conforme tinha sido adiantado em reunião de Câmara, GNR, fiscais, técnicos entre os quais topógrafos, bem como a equipa de advogados da autarquia tinha como destino proceder a uma inspeção nesta unidade para aferir entre outras matérias se teria sido ou não ultrapassada a cota em altura do aterro, que recorde-se foi inaugurado em 2017. Previsto para três células ficou-se apenas por uma dada a forte contestação popular devido aos maus cheiros. Contudo ao chegarem ao local, no dia 23 de fevereiro, “estava tudo fechado e sem um único funcionário lá dentro”. Em exclusivo ao Valor Local, Silvino Lúcio adianta que “tem-se assistido a uma movimentação de terras limpas no sentido de tapar o que lá está, ou seja, se-
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Aterro já começou a ser selado pela empresa (foto arquivo)
lar”. Segundo o advogado da Câmara e face ao estado de coisas “nesta altura pode nem se justificar a verificação da altimetria, mas se for necessário vamos lá”. “Folgo em saber que o aterro tenha encerrado por opção deles porque caso contrário teríamos de ser nós a tomar essas diligências com mais um processo judicial”. Este era o desfecho mais ou menos esperado a partir do momento em que a empresa colocou a Câmara em tribunal em
plena campanha eleitoral a exigir uma indemnização de 12 milhões de euros em que por arrasto são também constituídos como réus no processo cada um dos autarcas do mandato anterior: Silvino Lúcio, Luís de Sousa, António José Matos, Sílvia Vítor, David Mendes, Rui Corça e Maria João Canilho. A novidade foi dada a conhecer, em primeira mão, pelo vereador da oposição PSD, Rui Corça, durante uma entrevista no âmbito das eleições autárquicas na Rá-
dio Valor Local. Em causa o facto de a autarquia não ter votado, em inícios de 2020, a favor da alteração do calendário para a abertura da segunda e terceira células da unidade explorada pela Mota/Engil e Urbaser. O Valor Local questionou o presidente da Câmara sobre que passos é que o processo já conheceu a nível judicial quanto a esta indemnização mas o autarca preferiu não tecer grandes considerações referindo apenas
que está a ser estudado pelos advogados do município. No caso de existir uma indemnização e se for aquela verba a pagar, não será algo fácil dado que o orçamento anual do município ronda os 25 milhões de euros em média. Por outro lado, não é conhecida fortuna pessoal a nenhum dos eleitos que permita estarem sossegados quanto ao futuro, isto se não for dada razão à Câmara. Recorde-se que o município escuda-se na afirmação de que a empresa deixou
O regresso das descargas poluentes à Ribeira do Sarra A Ribeira do Sarra voltou a ser notícia, depois de em 2016 ter sido resolvido o grande problema de poluição oriundo da fábrica da Nally com a construção de uma rede de esgotos de raiz para o efluente industrial num processo que demorou vários anos e com muitas queixas à mistura. Agora e no início do ano, e depois de uma visita à vila do Carregado, a comissão política do PSD, em nota de imprensa, salienta que “a ribeira está poluída, com um cheiro nauseabundo, e a deitar líquido castanho”. “Infelizmente, a Ribeira do Sarra é um bom exemplo do desleixo permanente que a Câmara Municipal de Alenquer tem para com a Vila do Carregado, pois o estado a que deixou chegar esta ribeira é a todos os níveis deplorável”, referia em nota de imprensa aquele partido. Em reunião de Câmara, o vereador com o pelouro do Ambiente, Paulo Franco, elucidou que o município esteve no local em finais de fevereiro quando se de-
Ribeira do Sarra volta a ser falada pelos piores motivos
parou com o cenário. Ainda se equacionou que a origem da po-
luição estivesse relacionada com o coletor de saneamento
mas após uma deslocação da Águas de Alenquer ao local con-
firmou-se que a origem não estava relacionada com o sistema de esgotos na alçada daquela empresa. De acordo com Paulo Franco, confirmou-se que “por a Nally estar a efetuar obras de substituição da sua ETARI fez com que um conjunto de efluentes desaguassem na ribeira sem tratamento”. Entretanto a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tomou nota da ocorrência em causa. O vereador apressou-se a confirmar que este episódio foi isolado, “e que nada tem a ver com a situação que encontrámos no primeiro mandato, 2013-2017”, quando o município levou a cabo um estudo junto de várias empresas da zona industrial do Carregado para se apurar a origem das constantes descargas. O autarca garantiu ainda que o equilíbrio ecológico da ribeira também fica garantido com a existência de vegetação através das denominadas galerias ripícolas, numa referência às críticas de que a Câmara não procedia a
ultrapassar prazos para submeter ao município o processo de autorização para movimentação de terras com vista à abertura da segunda célula, para levar a sua contenda a bom porto. O aterro de resíduos não perigosos de Azambuja foi inaugurado em abril de 2017. Prometia melhor ambiente mas foi praticamente desde o seu início uma obra rejeitada pela população a contas com maus cheiros a que se juntou ainda a polémica dos lixos vindos de Itália com dezenas e dezenas de camiões por dia com destino às instalações, mais o depósito de amianto misturado com os demais resíduos. Ao longo de quase cinco anos da sua permanência a administração nunca deu satisfações da sua atividade à população, exceto nos primeiros tempos com uma visita guiada quando os cheiros ainda não eram predominantes. Recusou sempre entrevistas à comunicação social com o Valor Local à cabeça Tratou-se de um investimento de 1,8 milhões de euros, que que previa receber durante 40 anos um total de 1.171.602 toneladas de resíduos enterradas por três células. No verão do ano passado conseguiu revalidar as licenças ambientais e de atividade, mas ficou sem o trunfo da licença para movimentação de terras que teria de ser dada pela autarquia, que entrou em rotura com a Triaza quando começaram a surgir as primeiras vozes da discórdia entre a população.
esse tipo de limpeza. Ao Valor Local, Carlos Corcino da empresa rejeita que tenha sido um derrame acidental defendendo o avultado investimento na ETARI e que por ser uma empresa que fabrica produtos de higiene não pode ser a causadora dos maus cheiros. Já o vereador do Ambiente, Paulo Franco, ao nosso jornal, refere que “deu-se de facto uma descarga de efluente não tratada” proveniente da Nally “porque estavam a fazer a substituição da sua ETARI que não correu bem”. Contudo frisa que esta empresa ao longo dos anos temse esforçado por contrariar as descargas e acredita que este episódio foi isolado. O autarca constata ainda que a Câmara vai fazer um novo estudo para apurar as origens das descargas nesta como noutras ribeiras. O processo foi encaminhado para o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente e também para a Agência Portuguesa do Ambiente que notificou a empresa.
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“Dipherent” um novo conceito Low Carb abre em Arruda dos Vinhos Clarisse Pedrosa dá as boas vindas no Salão de Chá Dipherent
vila de Arruda dos Vinhos tem desde esta segunda-feira, dia 21 de fevereiro, um salão de chá diferente do habitual. O conceito idealizado por Clarisse Pedrosa é original e a pensar nas intolerâncias alimentares que cada vez mais afetam os portugueses. “Dipherent” para além do conceito é o nome deste salão de chá que fica na principal rua da vila e a escassos metros da Câmara Municipal. Segundo Clarisse Pedrosa, a ideia começou “a germinar” quando esteve em lay off por causa da pandemia. A empresá-
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ria esteve sempre ligada ao mundo da hotelaria, e mais recentemente trabalhou nos barcos do Douro. “Uma área de que gosto muito” refere a proprietária deste novo conceito. O concretizar deste “sonho” surge agora em Arruda dos Vinhos, até porque este é um conceito único na região e segundo Clarisse, regressar “aos barcos depois do lay off já era complicado”, referindo que para si, este projeto para além da realização pessoal, acaba por ser uma mais-valia até porque está mais perto agora da família, algo que
no passado, quando esteve no norte do país, seria mais difícil. A proprietária revela que tem formação em nutrição e dietética. Agora o caminho é o futuro, e por isso aposta tudo neste conceito que tem tudo para dar certo em Arruda dos Vinhos. Esta é uma casa feita a pensar nas pessoas que não podem comer hidratos, entre as quais se encontra a filha de Clarisse, vincando ter a noção de que há cada vez mais intolerâncias alimentares. Clarisse Pedrosa diz-se esperançada na adesão das pessoas
SEM IR no Cadaval SEM IR continua a somar em Portugal e no mundo. A empresa gerida por José Eduardo Pereira, com sede em Vale do Paraíso, Azambuja, tem estado presente nos maiores projetos do grupo “Mosqueteiros” de norte a sul do país e desta vez mereceu a confiança por parte da gerência do Intermarché do Cadaval. A SEM IR vai avançar apara a instalação de uma Central Fotovoltaica de 150 kW, que vai produzir acima dos 45 % das necessidades de Energia Elétrica desta empresa, “alavancando a sua fatura de energia e contribuindo fortemente para a sua sustentabilidade e competitividade”, refere a empresa em comunicado. Com este novo projeto a SEM IR continua a consolidar a sua posição no marcado como parceiro tecnológico das lojas deste grande grupo.
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Novo conceito já está de portas abertas
ao conceito. Refere ao Negócios Com Valor que já publicitou este novo projeto, sendo que foi alvo de curiosidade na comunidade. “Perguntam se tenho take away, se podem levar o pão e claro que disse que sim”, pelo que espera agora uma boa adesão. O espaço possui uma área de café, ou chá, e a possibilidade de degustação ou a compra de chás oriundos de vários pontos do mundo, desde o Japão à Es-
panha, passando pela Turquia e Marrocos, dando ainda a conhecer produtos como pão sem glúten e sem lactose e sopas nutricionais. Estes são produtos difíceis de encontrar no mercado, contudo Clarisse tem os canais certos para fazer chegar à mesa das pessoas, estas iguarias internacionais. A proprietária vinca igualmente ter à disposição um vasto leque
de produtos sem hidratos, alguns feitos no estabelecimento e com a possibilidade de poderem ser levados para fora. No que toca aos doces, o “Dipherent” aposta em açúcares saudáveis à base de eritritol e o xilitol, dois açúcares aos quais se junta o açúcar de coco “que são todos naturais e que podem ser, por exemplo consumidos por diabéticos com uma dieta low carb”, refere.
RE/MAX “arrecada” Produto do Ano 2022 RE/MAX foi eleita Produto do Ano 2022. Os 61 produtos mais inovadores do mercado acabam de ser anunciados e, à 18º edição, a marca volta a ser distinguida. A RE/MAX “arrecada” o prémio Produto do Ano 2022 na categoria “Serviços no Imobiliário”. Os consumidores votaram e elegeram “o Serviço Exclusivo de Acompanhamento a Clientes Compradores!” O prémio Produto do Ano é a única avaliação mundial que premeia os produtos/serviços que se destacam pela inovação e resulta da intervenção direta dos consumidores. Em Portugal, é certificado com o ISO9001 em gestão de qualidade e o objetivo é guiar os consumidores até aos melhores produtos do mercado. Isto além de premiar os produtores / prestadores de serviços pela qualidade e inovação. Com 50% dos consumidores a apontar o selo Produto do Ano como uma das principais razões de incentivo à compra, “esta distinção é sem dúvida um padrão da confiança”. “Ou seja, este prémio reforça não só o reconhecimento que a marca detém no mercado imobiliário mas também a notoriedade conquistada”, refere a marca em comunicado.
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Opinião
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Preços dos combustíveis: a “desconfiança” não é de agora pesar do quadro internacional complexo que vivemos, a verdade é que a “desconfiança” face aos preços dos combustíveis praticados em Portugal não é de agora. Pelo contrário. Já em 2016, a presidente da Autoridade da Concorrência, assim que tomou posse, prometeu “estar atenta” ao mercado dos combustíveis, referindo, inclusivamente, que há “uma perceção” na sociedade de que o preço dos combustíveis sobe muito depressa (acompanhando a subida do preço do petróleo no plano internacional), mas depois desce muito devagar. Portanto, apesar da pandemia de covid-19 e de o preço do petróleo apresentar tendência de subida nos mercados internacionais, esta problemática não é nova em Portugal. Pelo contrário. Atualmente, esta questão pode ser analisada de três perspetivas distintas, mas que se complementam. Por um lado, a cotação em alta do petróleo nos mercados internacionais. Depois de o preço do petróleo ter descido na primeira fase da crise sanitária, por exposição desta matéria-prima ao défice de procura e às limitações da
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atividade económica e de mobilidade, agora é tempo de as petrolíferas recuperarem os seus lucros. Do ponto de vista empresarial é compreensível. Cabe às economias e às empresas avançar em direção à descarbonização das suas atividades, tornando-as menos dependentes desta matéria-prima. Depois, numa segunda perspeti-
va, devemos analisar o papel das gasolineiras internamente, no mercado nacional. Por exemplo, num primeiro momento, que posição adotaram as gasolineiras perante uma conjuntura de desaceleração muito acentuada do consumo (exceção feita ao consumo de bens essenciais)? Eventualmente, as gasolineiras não terão tido o (des)empenho
mais apropriado. Daí, agora, a Lei de Limitação das Margens das Gasolineiras, publicada há cerca de quatro meses e com o regulamento que a operacionalizará a ser desenvolvido. Finalmente, o peso que as contribuições (impostos e taxas) têm no preço que o consumidor final paga pelo combustível em Portugal. E nesta matéria, somos dos
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João Santos
piores da europa. Cerca de 60 a 65% do preço pago pelas famílias e empresas pelo combustível em Portugal é canalizado diretamente para os cofres do Estado sob a forma de contribuições dos contribuintes. Este contexto tem sido muito penalizador na gestão orçamental quer das empresas, quer das famílias portuguesas. O governo, carecendo de receita fiscal, é a este setor que vai recolher parte dessa receita. Como as contribuições resultantes dos produtos petrolíferos têm um grande impacto financeiro no Estado, a equação torna-se muito complexa. Por exemplo, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo espera arrecadar 3.503 milhões de euros em Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, um aumento da receita fiscal de 98 milhões de euros (mais 3%) em comparação com 2021. Um quadro destes (com 60-65% do preço final dos combustíveis a reverter para o Estado na forma de impostos e taxas) só seria compreensível se as famílias portuguesas tivessem alternativas válidas à utilização do transporte pessoal combustível. O sistema
de transportes públicos português é muito débil. Para um agregado familiar usar transportes públicas em vez de o seu automóvel pessoal, terá de estar disposto a perder muita qualidade de vida familiar, pelo tempo que gasta a mais no débil sistema de transportes público que temos. Por outro lado, parte das horas a mais gastas em transportes públicos pouco eficientes, corresponderá, também, decerto, a algum tempo adicional retirado à produtividade laboral, que é já em Portugal uma das mais baixas da Europa. Por isso, o sistema de transportes público português dificilmente é uma alternativa perfeita ao transporte pessoal. Por todas estas razões, a aceleração do processo de descarbonização das atividades económicas à escala global, nacional e das empresas é fundamental para diminuir a excessiva dependência das sociedades face à matéria-prima petróleo. Aplica-se o mesmo pensamento ao gás natural.
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Opinião
Anos de desafio!! a campanha eleitoral para as recentes eleições legislativas foi-nos vendido um país cor-derosa pelo PS, pelo governo e pelos média; depois das eleições o país real é o da cauda da Europa. Durante a pandemia, segundo a Comissão Europeia, em 29 países europeus, Portugal é o terceiro a contar do fim em termos do crescimento do PIB. A Irlanda é o primeiro com 27%, e Portugal é o vigésimo sétimo com 1,4%. O primeiro-ministro diz-nos que o seu objetivo é sair da cauda da Euro-
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pas sabendo muito bem que dos últimos 25 anos, o PS governou durante 19. Diz-se, e bem, que o PSD e o CDS-PP têm de encetar uma profunda reflexão interna no sentido de avaliar o que correu mal na campanha e na mensagem que não mereceram o voto dos eleitores e que devem aproveitar este tempo para reavaliar o seu posicionalmente e importância no nosso sistema político. Mas isso devia ser igualmente válido para todas as forças políticas que saíram derrotadas no último em-
bate eleitoral. O PCP continua a perder base eleitoral, eleição apos eleição. o BE afundou-se depois de se convencer que podia ditar os destinos do país, o PEV, que nunca foi a votos sozinho, desapareceu do Parlamento e o proibicionista do PAN regressou à sua dimensão mínima. É interessante notar que, ao contrário do PSD e do CDS-PP, as lideranças daquelas forças políticas de esquerda nenhumas consequências assumiram nas derrotas históricas. . António Costa prometeu um go-
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Lélio Lourenço verno mais pequeno e compacto, com menos ministérios e secretarias de Estado que atingiram um número record no governo cessante. Com o cenário de crises financeira no horizonte, com a escalada dos preços da energia, com a seca a abater se de forma severa sobre o Pais contribuindo desde já para a agonia do Mundo Rural e para depauperar ainda mais os rendimentos dos agricultores. Com a crescente instabilidade no Leste da Europa e na Ucrânia em particular numa espiral que
pode levar a uma guerra que a ninguém aproveita e de consequências absolutamente imprevisíveis à escala global, os tempos que temos pela frente serão muito exigentes. O próximo governo vai beneficiar de condições únicas na democracia portuguesa: uma maioria absoluta do PS, estabilidade política com sintonia entre Belém e São Bento, e a bazuca europeia conjugada com as verbas do Portugal 20/30 só por manifesta incapacidade não estaremos em condições de alcançar
um novo patamar de desenvolvimento e uma nova ambição e prosperidade para Portugal. Agora não há desculpas. Saibam António Costa e o seu governo estar à altura dos desafios, caso contrário será o nosso caminho das pedras enquanto Pais!!.
O impacto imediato da seca no desenvolvimento das culturas arvenses anuais e suas consequências
Pedro Lynce
oje é reconhecido por todos que o clima está a mudar e que são necessárias medidas estruturais, se tivermos em conta que se prevê para os próximos vinte anos uma subida da temperatura média anual de 2º C e a queda pluviométrica média anual poderá vir a sofrer uma quebra até 30 % no mesmo período. Entretanto foram surgindo períodos críticos nos últimos anos com implicações na atividade agrícola, cada vez mais frequentes que pedem medidas conjunturais para evitar situações irreversíveis. Ainda que outras dificuldades sejam previsíveis a curto prazo com as culturas de primavera x verão, arbóreas e arbustivas que necessitam de rega, vamos aproveitar este espaço para analisar o atual estado de desenvolvimento das culturas outono x invernais forrageiras e pastagens, base do Sistema agro-silvo-pastoril predominante em grande parte do nosso continente, designadamente no interior Norte e Centro e no Alentejo. Uma análise atenta deste Sistema e apoios efetivos à sua implantação futura, torna-se tão mais urgente quanto é certo que está associado a tecnologias que contribuem para a redução das emissões de carbono, per-
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mitem o sequestro do mesmo e minimizam as perdas de água, sem já falarmos do seu papel decisivo no combate à desertificação do interior do País. Para percebermos bem das dificuldades que os agricultores portugueses atravessam basta olharmos para os dados fornecidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPAM) referente a 15 de fevereiro último, onde se afirma que 91% dos solos de Portugal Continental estão em seca severa ou extrema, com muitas zonas onde já não há qualquer reserva de água para as plantas. Sabendo que a água disponível no solo referente a 30 de setembro de 2021 (IPMA) era já muito deficiente quando comparado com o ano anterior, concluímos que o desenvolvimento inicial das culturas outono x invernais estaria dependente da chuva caída em outubro, novembro e dezembro que foi insuficiente, com a agravante de que no sul do Pais a pluviometria se concentrou praticamente em dois períodos distintos: final de outubro/primeiros dias de novembro e nos últimos dez dias de dezembro. Em janeiro e fevereiro praticamente não choveu. Esta situação obrigou a alterações profundas na rotina sazonal da alimentação animal. O regresso às pastagens de sequei-
ro uns dias após as primeiras águas foi atrasado por deficientes crescimentos das mesmas. Deste modo, os agricultores tiveram de recorrer a produtos suplementares, designadamente palhas, fenos, feno silagem e silagem durante este período, quer aproveitando produções próprias armazenadas c ou recorrendo obrigatoriamente ao mercado. A estes elementos grosseiros poderemos adicionar as rações. A produção forrageira também não é mais animadora, pois as culturas que não foram já pastoreadas como recurso face à situação, os crescimentos são baixos com previsões pouco animadoras para o final do ciclo cultural, com consequências na escassez da alimentação dos animais a partir do próximo verão. Por fim a preocupação com a disponibilidade de água para a alimentação dos animais uma vez que os pontos de água próximos das pastagens começam a escassear. A procura de outras origens mais longínquas vai exigir o recurso a equipamentos apropriados, bombas e reservatórios, de que nem todos os agricultores dispõem para o seu transporte de distâncias mais longas e bebedouros. É difícil falar sobre esta situação, esquecendo as consequên-
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cias económicas que se vão já fazendo sentir sobre a situação financeira de centenas de empresas de norte a sul do País, agravando uma situação já debilitada com a subida dos preços dos fatores de produção verificados no último ano. Resolver os problemas urgentes é importante, mas seria um erro grave se não aproveitássemos o momento para lançar programas
estruturais específicos para este sector, que minimizem situações futuras. Tivemos o cuidado de analisar o comportamento do Sistema de Produção mais representativo entre nós e provavelmente o mais adaptado às alterações climáticas que se anunciam e que pode desempenhar um papel importante contra a desertificação do País. Era importante que as autoridades res-
ponsáveis utilizassem este caso, não só para apoios imediatos, mas também para decidirem sobre medidas estratégicas a integrar nos diversos Programas de apoio à Agricultura Portuguesa. Entretanto os subsídios que já se anunciam para atenuar esta situação são claramente insuficientes e tardam em chegar, designadamente os apoios específicos do Estado Português.
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Dossier Águas
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SMAS de Vila Franca de Xira aderem às faturas em braille s Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Vila Franca de Xira (SMAS) vão passar a disponibilizar faturas em braille aos clientes. Para João Pedro Baião, presidente do conselho de administração dos SMAS e também vereador da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, este é mais um passo na comunicação inclusiva, que se iniciou no site. Para o responsável o site é uma porta acessível e por isso foi o canal escolhido para começar a comunicar de forma inclusiva. Os SMAS incluíram no seu sítio na internet um “avatar” que faz a comunicação “em língua gestual portuguesa de todo o conteúdo que o site tem”, ao mesmo tempo que salienta a existência de textos em áudio e a possibilidade do aumento da letra para os amblíopes. João Pedro Baião, destaca a colaboração da ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal em todo este processo, que de resto foi vital para “explorar outras áreas aqui dos SMAS”. Uma destas áreas foi a disponibilidade da fatura em braille. O presidente do conselho de administração da empresa salienta que os SMAS não têm qualquer base de dados com a referência às pessoas cegas no concelho, mas refere que quem quiser, pode solicitar esta vertente da fatura nos serviços, e até através da ACAPO, que terá associados no concelho de Vila Franca de Xira.
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João Pedro Baião e Rodrigo Santos firmaram esta parceria Para o futuro, estão previstas outras ações para a informação inclusiva. João Pedro Baião aponta o mês de março para avançar na comunicação via telefone dos cortes de água ou outras informações junto das pessoas cegas ou amblíopes, bastando para isso que se registem junto dos SMAS. A partir daí, sempre que ocorram constrangimentos no abasteci-
mento de água na sua zona de residência, os serviços fazem um telefonema a avisar. Ouvido pela Rádio Valor Local, Rodrigo Santos, presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, considera que este é mais um passo na inclusão. Para o dirigente, esta parceria é importante e embora já existam
outro tipo de acordos como por exemplo com a EPAL, o dirigente confirma que o acordo com os SMAS de Vila Franca de Xira é mais extenso. Rodrigo Santos, diz que este projeto “é importante porque representa a possibilidade de qualquer pessoa, independentemente da sua deficiência, conseguir aceder da mesma forma que qualquer ci-
dadão à mesma informação. Sabermos o que estamos a pagar, porque estamos a pagar, quanto estamos a pagar e quando temos de o fazer”. O responsável salienta a relevância desta informação, destacando que assim “não é necessário que o conteúdo das faturas chegue através de terceiros, salvaguardando a privacidade da documen-
tação recebida”. Rodrigo Santos diz esperar que este acordo, agora assinado com os SMAS de Vila Franca de Xira, possa servir de exemplo a outras autarquias “e a todas a outras empresas idênticas de todas as autarquias do país e que possam perceber que têm em nós (ACAPO) um parceiro como o qual podem contar”.
Águas do Ribatejo apela à adesão à fatura digital A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo acabou de lançar uma campanha de adesão à fatura eletrónica. “A empresa intermunicipal pretende reduzir a pegada ambiental e aproximar os munícipes, através de uma maior rapidez e simplicidade na entrega das faturas eletrónicas, nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas”, refere em comunicado. Para premiar os clientes a AR vai oferecer uma garrafa reutilizável com a marca “A Água que nos Une” por cada adesão. A empresa lembra ainda que disponibilizou a app My Aqua para facilitar a comu-
nicação de leituras, e a emissão de faturas no contacto com os clientes. Considera a AR que “a digitalização dos serviços é uma ferramenta imprescindível na simplificação das relações com uma parte significativa do universo de 140.000 pessoas servido pela empresa”. Nestes últimos dois anos, e segundo a AR fruto das limitações trazidas pela COVID-19, a digitalização teve um impulso acentuado permitindo interagir em segurança e com eficiência. “A digitalização tem diversas vantagens para o cliente, como seja o facto da fatura eletrónica chegar mais rapidamente que em papel, poder ser facilmente consultada e
arquivada (ou simplesmente ficar no e-mail). O documento enviado por correio eletrónico é certificado e substitui o documento em papel, podendo ser utilizado para efeitos fiscais e é válido como recibo, após boa cobrança”, continua a enumerar. A campanha de adesão à fatura eletrónica, com oferta de uma garrafa reutilizável personalizada, irá decorrer até 30 de junho de 2022. A adesão pode ser feita através dos seguintes meios: via Email ou CTT, numa das unidades de atendimento da AR; através da app MyAqua, escolhendo a opção envio de fatura por email, ou registando-se no bacão eletrónico da Águas do Ribatejo no site.
Adesão prevê oferta de garrafa reutilizável
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Rádio Valor Local
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Rádio Valor Local volta ao debate político agora com “Café Central” streia no próximo dia 25 de março na Rádio Valor Local o programa “Café Central”. Trata-se de um debate de ideias, onde a “esquerda e a direita” tal como as conhecemos “vão ser confrontadas até com as suas incoerências”, refere Miguel António Rodrigues, o moderador deste programa que junta Rui Rei e Paulo Afonso, líderes do PSD e PS de Vila Franca de Xira, respetivamente, num estúdio. Segundo o jornalista “este não é apenas um programa com debate. É o debate. O debate que falta acerca das nossas ideologias, das nossas gentes e na nossa cultura” refere Miguel António Rodrigues, que sublinha a prontidão com que os convidados aceitaram fazer parte deste painel. O objetivo passa por conversar, porque se “a conversar é que a gente se entende” então será “um programa esclarecedor”, re-
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fere o jornalista que vinca que grande parte dos assuntos a tratar, estarão na ordem do dia, seja local, nacional ou internacional. Para o jornalista “este tipo de programas é obrigatório para uma consciência critica das populações”. “Obrigá-las a pensar e fomentar a formação e a informação que deverá ser o objetivo da comunicação social, e nós não nos furtamos a isso”. O jornalista e diretor da Rádio Valor Local, sublinha que nos tempos modernos a rádio já não é o que era. E que nos tempos que correm, tendo em conta que operamos na internet, “é importante disponibilizar todas as ferramentas aos ouvintes para poderem estar a par de tudo”. É por isso que releva o facto deste programa ser em direto na rádio e no facebook, mas também estar disponível on demand, ou seja em podcast “para
que quem não ouviu em direto, possa fazê-lo posteriormente de forma cómoda e quando quiser”, refere acrescentando que “isso já acontece hoje nas televisões”. “Quantas vezes chegamos a casa e colocamos o telejornal ou aquele filme que não vimos na box? Na nossa rádio passa-se o mesmo”. Rui Rei salienta que deste programa espera “um debate de ideias sobre a atualidade, sem preconceitos”. Aquele que foi o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, vai estar no “Café Central” sem tabus e sem filtros, até porque este programa é também sobre pessoas e sobre os acontecimentos. Rui Ribeiro Rei, destaca que este programa é para si “uma conversa e não um debate” vincando que quer “conversar sobre a realidade” e “sobre o dia a dia e sobre o nosso futuro coletivo”.
Também Paulo Afonso, presidente da concelhia local do PS e líder de bancada na Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, diz esperar deste programa “um bom momento de troca de ideias, uma conversa franca, direta e aberta sobre a forma como cada um vê a vida de todos os dias, o país e o mundo”. O comentador salienta ainda que quer “promover um momento em que possamos valorizar a política e a democracia, assim como, as ideias comuns e as incomuns” levando a “uma conversa de café que estimule a discussão, a interrogação, a reflexão e tenha a presunção de impactar quem nos esteja ou nos queira ouvir”. O Programa Café Central terá ainda convidados do mundo da política e das artes a nível local e nacional, e poderá vir a ser realizado num formato ao vivo com a participação de público.
Crónica de Nuno Vicente
As fantásticas ondas da Nazaré em exposição É considerada uma das praias mais típicas de Portugal e desde sempre foi um lugar de veraneio por excelência para as populações do Ribatejo e Oeste. Falamos claro está da Nazaré. A vila piscatória das mulheres das sete saias e que na última década está literalmente nas bocas do mundo e tudo por causa de uma onda de perto de 23 metros e 77 centímetros surfada por Garrett Mcnamara e que transformou a Nazaré na meca das ondas gigantes. E são essas ondas gigantes que captadas pelas lentes de Jorge Leal se transformaram em “Naza10”, uma exposição de fotografia e multimédia que retrata a história das ondas do Canhão da Nazaré entre 2011, ano do famoso recorde de Mcnamara (que entretanto já foi batido e que oficialmente pertence agora ao brasileiro Rodrigo Koxa, com mais setenta centímetros que o anteriormente estabelecido pelo havaiano) e 2021. Uma exposição que estará aberta ao público e de forma gratuita, até ao próximo dia seis de março, no Teatro Chaby Pinheiro no Sítio da Nazaré entre as 11h00 e as 19h00 horas. Para os amantes do surf e destas grandes ondas, a exposição não desilude. Ao entrarmos no teatro damos logo de frente e projetado no ecrã com um filme em que Jorge Leal nos mostra alguns dos momentos marcantes que ao longo destes anos foram fazendo a história do projeto Nazaré North Canon, um projeto ao qual o fotógrafo e
realizador está ligado desde o início. Acerca deste projeto, Jorge Leal diz o seguinte: “A minha ligação com a Nazaré começa antes da vinda do Garrett, mas é a partir deste momento (do qual faço parte desde o primeiro dia) que pretendo contar a história dos 10 anos da praia do Norte! Nesta mostra pretendo assim partilhar, pela primeira vez e num espaço tão especial o emblemático da vila da Nazaré, as principais fotografias e vídeos que contam este percurso da história e do futuro do Projeto Nazaré North Canyon. Espero transportar o visitante numa experiência emotiva e sensorial e convidá-lo a ‘sentir’ um pouco do movimento arrebatador das ondas e a emoção desmedida, a superação, a libertação do medo quando surfamos neste mar de história”. Depois de ver o vídeo o visitante é convidado a percorrer as salas e corredores do teatro, onde vai encontrar 32 fotografias, que nos mostram alguns dos momentos históricos da Nazaré, desde as suas ondas gigantes, aos momentos épicos de tempestade no North Canyon até aos surfistas que desafiaram as leis da gravidade e conseguiram surfar as maiores ondas das suas vidas, como Garrett McNamara, Hugo Vau, Maya Gabeira, Andrew Cotton, Sebastian Steudtner, entre outros. Ouça em breve esta entrevista na Rádio Valor Local no programa “Fogo de Artifício”
O fenómeno da onda da Nazaré começou há poucos anos mas catapultou a localidade para as bocas do mundo
Jorge Leal tem estado desde sempre ligado a este projeto
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