Programa Santa Maria Melhor

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE TECNOLOGIA_DCCA_ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO DE URBANISMO I_PROFª. KARENINA MATOS ALUNAS: BRUNA NEGREIROS_JÉSSICA CAVALCANTE_KATHARYNNE NORRANA_VANESSA CORDEIRO

melhor

O mapa conceitual sintetiza os problemas encontrados durante o diagnóstico realizado no bairro e os estudos de caso que representam as possíveis sosluções encontradas para o local. Em suma, foram detectados grandes vazios urbanos na área de estudo, das quais grande parte se encontram degradadas pela ação antrópica. Observou-se também a deficiência na drenagem de águas pluviais e de manutenção em vias, provocando o alagamento de vias e de aberturas nas vias, prejudicando a circulação de pedestres e de carros. A má gestão dos resíduos agrava este cenário devido ao acúmulo de lixo e a presença de esgotos a céu aberto na área.

PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO E URBANIZAÇÃO DO BAIRRO SANTA MARIA LOCALIZAÇÃO PIAUÍ . TERESINA . BAIRRO SANTA MARIA

CHAPADINHA

A expansão da cidade para além das margens do Rio Poty, no extremo norte, se deu junto ao aumento da população e a consequente necessidade de habitação e terras. O primeiro vilarejo a surgir na área foi chamado de Santa Maria das Vassouras devido à produção de vassouras de palha. Os primeiros moradores do Vassouras, vindos do Maranhão, se instalaram ali por encontrarem oportunidade de trabalho, principalmente através da extração do babaçu.

Por ser bairro de consolidação recente por parte da Prefeitura Municipal e pós último censo, não há dados socioeconômicos disponíveis, o que nos levou a aplicar um questionário para levantamento dos mesmos in loco. O questionário abrangeu diversos pontos, tais como perfil socioeconômico do entrevistado e das pessoas que coabitam com ele, percepções do espaço urbano, demandas sociais, anseios e grau de satisfação com a infraestrutura do bairro.

Alguns anos depois, o Município construiu a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Piauí – CODIPI, composta de dois pólos, sendo um no norte e o outro no sul da Capital. O pólo do norte se instalou na região do Santa Maria, criando o Bairro Cidade Industrial: lotes industriais, com promessa de grande infraestrutura urbana como, vias asfaltadas, abastecimento de água e subestação elétrica. Houve grande desmatamento na área, mas nunca, de fato, a construção das indústrias.

Foram entrevistadas 15 pessoas, abrangendo um total de 64 moradores do bairro. Dentre os entrevistados, a maioria afirmou possuir renda de até três salários mínimos. Apenas dois entrevistados declararam possuir renda familiar entre três e cinco salários mínimos. Estes dados demonstram que a composição dos habitantes do bairro conta, em sua maioria, com famílias de baixa renda.

Durante muito tempo, a área do extremo norte se apresentou como uma cidade satélite, tendo em vista o seu isolamento em relação a Teresina, em torno de dois a três quilômetros de faixa de fazendas. Foi somente em 1980, com a construção da Ponte Mariano Castelo Branco, que houve a ligação física de toda a região da CODIPI com o resto da cidade.

SANTA MARIA MONTE VERDE

Diversos eram os povoados que constituíam o grande Santa Maria da CODIPI: Parque Wall Ferraz (criado em 1990), Parque Brasil I, II e III, Pedra Mole, Monte Verde, Vila Paraíso, Santa Maria das Vassouras, Monte Alegre, Parque Stael, Francisca Trindade, Parque Firmino Filho, Residencial Santa Maria da CODIPI, entre outros.

LEGENDA RECORTE DA ÁREA DA PROPOSTA

Chapadinha

Foi somente em 2013, por meio da Lei nº 4.423, de 16 de julho de 2013, que houve a separação em bairros dessa região. O bairro Santa Maria, criado através dessa Lei e objeto de estudo deste trabalho, compreendeu o que antes eram: Santa Maria da CODIPI, Parque Wall Ferraz, Santa Maria das Vassouras, Parque Firmino Filho e Residencial Santa Maria da CODIPI (ver mapa abaixo).

Os moradores foram interrogados quanto ao grau de satisfação de viver no bairro Santa Maria em relação ao seu antigo endereço (caso houvesse), e prevaleceu a resposta de que atual é melhor (10 votos a 5), seguido da justificativa de que o Santa Maria é mais tranquilo.

Jacinta Andrade

10

2

3

Monte Verde

5 av.

1 2 3 4 5

poty o

velh

AV. MIN. SÉRGIO MOTA LIMITE DOS BAIRROS

AV. C. FRANCISCO NOGUEIRA AV. PROF. MARIANO DA S. NETO

0

20

4

RIO PARNAÍBA ÁREA DA PROPOSTA

5

Parque Brasil

RIO PARNAÍBA LIMITE DO BAIRRO SANTA MARIA POVOADOS NO SANTA MARIA SANTA MARIA DA CODIPI RESIDENCIAL SANTA MARIA DA CODIPI PARQUE WALL FERRAZ SANTA MARIA DAS VASSOURAS PARQUE FIRMINO 5FILHO

Meios de transporte

0

nº de pessoas

SANTA MARIA

Renda (em salários mínimos)

5

1

500m 0

50 100

200

Entre se locomover a pé, de bicicleta, moto, carro e ônibus, este último foi o mais citado dentre os entrevistados, seguido pelo carro na segunda posição. Este dado evidencia a necessidade de estudar a atual situação do transporte público no bairro, para propor as adequações necessárias.

Até 1 SM

1 a 3 SM

Bicicleta Moto

Carro

Ônibus

3 a 5 SM

À pé Moto Carro + + + Ônibus Ônibus Ônibus

Moto + Carro

Faixa etária (em anos)

15 10

10

5

5

0

0 Até 2

3a5

6 a 10 11 a 14 15 a 18 19 a 29 30 a 59 + de 60

nº de pessoas

PARQUE BRASIL

LIMITE ENTRE BAIRROS

Tempo de residência no bairro (em anos)

0a5

6 a 10

11 a 15

16 a 20

+ de 20

O SESC Lago é um conjunto de edificações e equipamentos locado à margem norte do lago. A proposta é trazer para o bairro uma instituição que uma diversidade de atividades aos moradores da região, dessa forma, o SESC Lago funcionará como centro cultural (com um teatro e salas de exposição), centro educacional (com cursos de idiomas, informática e creche) e um centro esportivo (com quadras e piscinas). Os edifícios que farão parte do SESC estão dispostos no terreno de modo a não interferir na livre circulação naquele espaço, facilitando o acesso entre os centros citados e estabelecendo uma maior interação visual com o Lago Norte e o Largo do Vassouras (que estão logo à frente).

LAGO NORTE

HORTA COMUNITÁRIA E FEIRA

Área consolidada a partir de corpos já existentes que passa a se constituir como mais um atrativo na região. O Lago Norte e sua orla contarão com atividades diversas como passeios de pedalinhos, pistas de cooper e ciclovias, academias públicas, playground, quiosques, além de equipamentos e mobiliário como bicicletários, bancos, lixeiras, totens e placas informativas, postes de iluminação, além de um posto policial e um ponto de informação turística. Dessa forma, o lago atrai uma maior diversidade de público por ser um espaço que possui vida durante todo o dia, estimulando a interação entre as pessoas. Três vias que transpõem o lago dão acesso das áreas mais internas do bairro ao Parque da Ribeira, guiando tanto moradores, quanto visitantes até a margem do rio Parnaíba, área que recebe destaque no projeto. Por fim, o lago possuirá vegetação semelhante à encontrada nas margens do rio, de forma a estreitar a relação entre as pessoas e o rio, e convidá-las a estabelecer uma maior interação com este elemento.

A horta comunitária já existente necessita de medidas de melhoramento para que funcione em plena capacidade e assim, se configure como mais um espaço de interação local. Para o processo de urbanização da horta, pensou-se na promoção da limpeza do local, implantação de calçadas adequadas, obedecendo à Lei das Calçadas, instalação de placas de identificação e sinalização das hortas, postes de iluminação, mobiliário urbano que viabilize a permanência e vegetação que proporcione sombreamento. Sendo assim, a proposta de requalificação da horta busca gerar mais empregos e, consequentemente, fontes de renda para a população sem que esta precise se deslocar grandes distâncias para obtê-las, fazendo também com que esse tipo de alimento esteja mais acessível à população. Foram propostas as aberturas de duas vias internas exclusivas para pedestres, facilitando o acesso da população a este equipamento e a interação entre os moradores e produtores locais por meio da implantação de feiras para os próprios horticultores, transformando-o em um espaço de vitalidade dentro do bairro.

LARGO DO VASSOURAS

O Largo do Vassouras surgiu da deficiência que o bairro apresentava para receber eventos públicos de grande porte e atividades temporárias (como parques de diversões e circos), dessa maneira, a noroeste do lago está a praça que funciona também como elemento de continuidade ao sistema de espaços livres (ver mapa do sistema) que foi proposto, integrando assim as diversas áreas do projeto. Além disso, o largo conta com um equipamento de lazer solicitado por parte da população durante o diagnóstico: a praça do skate, uma atividade que trará vitalidade para o largo em diferentes horários.

PARQUE RIO VERDE

Proposta desenvolvida na disciplina de Paisagismo II para área que margeia a atual intervenção. Dessa forma, o Parque se conecta à proposta de requalificação, fazendo parte do sistema de espaços livres e se constituindo elemento de relevância paisagismo dentro do contexto de bairro.

HORTA SOMBREADA

FEIRA + PERMANÊNCIA

AGROFLORESTA

HORTA À SOL PLENO

ESTAÇÃO DE COMPOSTAGEM

SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES O PROGRAMA SANTA MARIA MELHOR prevê nesta etapa a criação de um sistema de espaços livres, baseado no método de FORMAN (1995 apud TARDIN, 2008) que irá abranger toda a área de intervenção (conforme mapa ao lado), conectando todos os espaços livres do bairro de forma que as ruas e avenidas destacadas se caracterizam como corredores e as praças e parques como fragmentos (interligados pelos corredores). Além dos elementos já citados a Ecovilla também se destaca como parte do sistema. Desse modo, estes elementos juntos funcionam como uma matriz de fragmentos e corredores permitindo que o verde permeie toda a área até chegar à margem do rio Parnaíba. 500m 100 0 50

PONTE METÁLICA SOBRE O LAGO

200

POSTES

LIXEIRAS

LEGENDA FRAGMENTOS CORREDORES

ZONEAMENTO

PARQUE RED RIBBON Hefei // China A intervenção levou iluminação, assentos, interpretação ambiental e senso de orientação à margem de um rio que se encontrava mal cuidado, deserto, com difícil acesso e problemas de segurança. O projeto conserva o corredor fluvial o mais natural possível com uma solução minimalista que não interfere na paisagem.

Devido ao programa de urbanização e requalificação do bairro Santa Maria No etapa de diagnóstico foi constatada a deficiência de creches, a aqui proposto, foram necessárias algumas modificações quanto ao zoneamento. ineficiência da segurança pública e a má conservação das praças existentes. Em termos de modificação das especificações, caracterizou-se apenas zona resiLevando isso em consideração, a proposta traz 7 novas creches, com raio que dencial 2-70, devido à especificidade da ocupação, no entanto, as demais enconpassam a abranger todas as áreas do bairro; 3 novos pontos de policiamento, tram-se de acordo com a Lei Complementar de Uso do Solo Urbano de Teresina (nº além da delegacia já existente; e a revitalização de todas as praças, como 3.560). também a estruturação das áreas verdes já demarcadas (reservadas para a consAs novas áreas de praças e parques implantados, incluindo as hortas, adentrução de praças). tram na Zona de Preservação Ambiental 4 (ZP4). A área delimitada pela Avenida Outros equipamentos foram propostos (numerados no mapa e identificados Poty Velho e a área à sua direita ao norte, permanecem como ZC6 e ZC4, respectina legenda) para o perfeito funcionamento do bairro: hospital, centro médico espevamente. Algumas áreas de uso comercial e institucional (ZS1) foram delimitadas cializado em pediatria e geriatria, três novas escolas, mercado, Centro de Atenção próximo à orla e em toda o boulevard que leva ao IFPI, este último locado na Zona Psicossocial (CAPS), maternidade, subprefeitura, SDU, posto da concessionária de Especial 3 (ZP3) para concentração de atividades educacionais e de pesquisas energia elétrica, posto de triagem de resíduos sólidos, etc. científicas e tecnológicas. Pode-se destacar entre estes equipamentos a maternidade, que surgirá como um As áreas predominantemente residenciais permanecem inseridas na Zona edifício anexo ao hospital regional existente bairro. Ao lado do hospital há uma quadra Residencial 2 (ZR2), caracterizada por ocupação de baixa densidade, em lotes de esportiva que, segundo informações orais, é indevidamente utilizada além de se identificar médio porte, a qual permite instituições, serviços, comércio de âmbito local e a incompatibilidade entre as atividades desenvolvidas no hospital e a atividade esportiva. indústrias não incômodas, permitindo a diversificação do uso do solo. Dessa forma optou-se por locar na área ocupada hoje pela quadra os edifícios que sediarão a Quanto ao novo bairro implantado, a Ecovilla, o seu uso característico provocou maternidade. uma melhor caracterização da nova zona residencial 2-70 (ZR2-70). A ZR2-70 possui como grupo de atividades permitidas o H, C1, S1, I1, E1, ou seja, instituições, serviços, comércios de âmbito local e indústrias não incômodas, permitindo um uso variado do solo, acordado com a lei complementar de Teresina. No entanto, modificam-se os recuos e as características a depender do uso do lote (ver detalhamento da legislação em memorial impresso).

LEGENDA RIO PARNAÍBA

BURACOS NA PAVIMENTAÇÃO DEGRADAÇÃO PELA AÇÃO ANTRÓPICA VAZIOS DEFICIÊNCIA NA DRENAGEM MÁ GESTÃO DE RESÍDUOS (LIXO/ESGOTO) POLUIÇÃO NAS ÁGUAS DO RIO ACESSO RESTRITO À MARGEM DO RIO BARREIRAS BAIRROS: PARQUE WALL FERRAZ SANTA MARIA DAS VASSOURAS PARQUE FIRMINO FILHO

PASSEIG DE SAN JUAN Barcelona // Espanha O projeto tinha como objetivo dar prioridade ao pedestre no uso do boulevard e criar uma nova área verde na cidade, estendendo-a até o parque.

CORPORATE CAMPUS COYOACAN Cidade do México // México Os edifícios, com diferentes tamanhos, criam uma série de pátios que funcionam tanto como transições entre espaço interno e externo, como percurso permeando o conjunto. As plataformas e praças criam diferentes níveis proporcionando espaços agradáveis.

LARGO PAISSANDU E AV. SÃO JOÃO São Paulo // Brasil É um exemplo de intervenção em uma área já existente e consolidada. Tem como objetivo promover uma melhoria na experiência do uso do transporte público, espaços de encontro e locais de espera de alta qualidade.

BANCOS

500m 100 0 50

200

LEGENDA

BICICLETÁRIO

ZONA COMERCIAL 6 ZONA COMERCIAL 4 ZONA DE SERVIÇO 1 ZONA RESIDENCIAL 2 - ECOVILLA ZONA RESIDENCIAL 2 ZONA DE ESPECIAL 3 ZONA DE PRESERVAÇÃO 4 ZONA DE PRESERVAÇÃO 8 ZONA DE PRESERVAÇÃO 5

TOTEM

QUIOSQUES

FLUXOS

DIAGNÓSTICO

Na malha viária existente foram propostas algumas mudanças de fluxo das vias. As mudanças no trecho delimitado pelas Avenidas Conquista O Parque Ambiental dos Cocais, que já possuía equipamentos como anfiteatro, quadra de esportes e Francisco Nogueira e Flores de Maria campo de futebol, está abandonado e será revitalizado com o objetivo de dotar a área de atividades que convidem são justificadas pela falta de espaços a população a utilizá-la (posto de triagem de resíduos sólidos, ponto de coleta seletiva, bosques, trilhas para agradáveis para o caminhar dos caminhada, área de recreação infantil e mobiliário adequado), trazendo a vitalidade que foi perdida. A abolição das pedestres e, como resolução, foi cercas existentes melhora ainda fluidez do espaço e, consequentemente, possibilita o acesso livre aos pedestres. necessário diminuir a quantidade de Para o perfeito funcionamento do parque e sua manutenção (para que não volte a ser uma área ociosa), foi profaixas de carros para possibilitar o posto uma interação entre o público e o privado através de uma PPP (assim como no Parque da Ribeira) com o Comeralargamento das calçadas e, consecial Carvalho, empresa estabelecida próxima ao parque. quentemente, arborizá-las (ruas indiA localização do parque permite que ele sirva também aos bairros que o limitam, promovendo a interação entre cadas por setas amarelas no mapa). eles, e funcionando, ainda, como marco deste "encontro".

REVITALIZAÇÃO DO PARQUE AMBIENTAL DOS COCAIS

A análise segundo Lynch permitiu a organização mental do bairro por meio de alguns elementos: os caminhos, bairros, limites, pontos focais e marcos visuais. Destacados em rosa, vermelho e marrom, os caminhos representam os percursos feitos pelo grupo para o registro das imagens do lugar. Os mesmos coincidiram com a própria malha viária, uma vez que os quarteirões e a configuração urbana não viabilizam outra forma de experiência, e foram escolhidos devido às diferenças existentes na rede viária observadas em mapa. Foram percebidos, também, bairros ou pequenos distritos dentro do Santa Maria que ocorreram devido às diferentes ocupações no decorrer do tempo, que deixam claro diferentes núcleos urbanos tanto pelo traçado do local como pela distinção feita pelos próprios moradores. Na área escolhida, notaram-se os distritos Parque Firmino Filho (rosa), Santa Maria das Vassouras (rosa claro), Parque Wall Ferraz (roxo) e a Horta Comunitária (verde). Apesar da existência dos limites dos bairros estabelecidos pela Prefeitura, alguns passam desapercebidos ao se experienciar o local como, por exemplo, o limite mais ao sul do bairro formado pela Avenida Conquista Francisco Nogueira. Outros, no entanto, representam um limite claro entre duas porções extremamente diferentes como a Avenida Poti Velho. Analisar pontos focais e marcos visuais representou um desafio no decorrer do estudo, uma vez que faltam marcos diferenciados e que representem as características culturais e identitárias do bairro. Foi constatado, portanto, a presença de caixas d'água como marcos visuais e pontos de destaque no bairro, colaborando com a localização do homem no espaço, localizadas no Hospital Municipal Dr. Mariano Gayoso e no Parque Ambiental dos Cocais. HORTAS COMUNITÁRIAS

COMERCIAL CARVALHO

2

1 CAMPO DE FUTEBOL

CAMPO DE FUTEBOL HOSPITAL DR. MARIANO CASTELO BRANCO

LEGENDA

MARCO VISUAL 2

PONTOS FOCAIS LIMITES CAMINHOS: ROTA DE OBSERVAÇÃO 1 ROTA DE OBSERVAÇÃO 2 BAIRROS: PARQUE WALL FERRAZ SANTA MARIA DAS VASSOURAS PARQUE FIRMINO FILHO HORTA COMUNITÁRIA

Com objetivo de analisar a abrangência dos serviços de educação (instituições de ensino infantil, fundamental e médio), saúde (hospitais e unidades básica de saúde) e lazer (praças), foi adotado o método que o professor Adrian Pitts (2004) apresenta no livro Planning Design Strategies for Sustainable Urban Development, no qual, a partir da abrangência social que cada equipamento urbano desempenha nas moradias do seu entorno, se pode verificar a escassez de serviços ou a eficácia dos que são oferecidos em determinada área. Dessa forma, o autor define os raios máximos estabelecendo as áreas que cada um desses equipamentos é capaz de atender (ver mapas a seguir), sendo eles: Centro de Educação Infantil: 300 m Centro de Ensino Fundamental: 1.500 m Centro de Ensino Médio: 3.000m Posto de Saúde: 1.000 m Centro de Saúde: 5.000 m Parques, Praças de Vizinhança: 600m O que se percebe nos mapas de equipamentos educacionais é que, a nível fundamental e médio, os equipamentos disponíveis atendem de maneira satisfatória a demanda do bairro. No entanto existem outras duas faixas de escolaridade que não estão contempladas ou que ainda apresentam déficit: a educação infantil e as creches (para crianças entre 0 e 3 anos). A segunda deficiência é quanto ao ensino técnico e superior, cujas principais instituições de ensino (IFPI, UESPI e UFPI) estão a distâncias entre 8,8 km e 11,4 km de raio, dificultando a inserção dos jovens daquela região no mercado de trabalho. Quanto à saúde, a presença de um centro de saúde de grande porte, o Hospital Dr. Mariano Gayoso Castelo Branco (com leitos para internação e urgência e emergência 24h), permite a abrangência de toda a área do bairro. Além disso, existem ainda duas UBS (Santa Maria da Codipi e Dr. Ayres Brito - Parque Wall Ferraz), que reforçam o atendimento no bairro. Logo, quantitativamente, o bairro tem equipamentos suficientes para a adequada oferta de serviços à população. Em relação aos equipamentos de lazer, são poucas as áreas do bairro não atendidas pelas praças já existentes. No entanto, vale observar que a área a oeste da Av. Poty Velho apresenta um baixo índice de ocupação, de modo que, a partir das propostas de expansão no sentido da margem do rio, se faz necessária a previsão de construção de novos equipamentos urbanos que garantam a habitabilidade da região. Por fim, é necessário entender que esta análise avalia a capacidade de abrangência dos equipamentos em condições ideais de funcionamento, ou seja, não avalia os equipamentos de forma qualitativa.

N

3. ZONEAMENTO DIAGNÓSTICO A PARTIR DA LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

5. DIMENSÕES DE ANÁLISE DA ÁREA ABORDAGEM SEGUNDO A OBRA DE FREDERICO DE HOLANDA ASPECTO FUNCIONAL

Os aspectos funcionais se relacionam com a capacidade do local de atender às necessidades práticas da vida cotidiana. Notou-se que o bairro Santa Maria possui restrições nessa esfera. Isto ocorre devido à falta de diversos estabelecimentos, principalmente ligados à área de serviços, que poderiam facilitar o acesso da população a essas funções básicas sem que esta precisasse se deslocar para fora do bairro. Os moradores percebem a necessidade de outros empreendimentos institucionais e de serviço, como maternidade, agência de correios, agências bancárias, presentes apenas em áreas distantes do bairro Percebe-se uma maior diversidade de usos nos lotes adjacentes às avenidas e ruas principais, mais largas e regularmente arborizadas, com a utilização de áreas para a construção de quadras esportivas como equipamento básico de lazer. Nota-se também a falta de outras formas de lazer que atraiam mais a população em diferentes momentos do dia.

0

ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL 0 100

500

1500 m

escola de ensino fundamental _ raio de abrangência: 1500 m N

LEGENDA ZONA COMERCIAL 6 ZONA COMERCIAL 4 ZONA DE PRESERVAÇÃO 8 ZONA DE PRESERVAÇÃO 5 ZONA RESIDENCIAL 2 PREVISÃO DE VIAS

ESCOLAS DE ENSINO INFANTIL E MÉDIO 0 100

500

1500 m

escola de ensino infantil _ raio de abrangência: 300 m

escola de ensino médio _ raio de abrangência: 3000 m N

4. INFRAESTRUTURA VIÁRIA HOSPITAIS E UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE 0 100

500

1500 m

unidade básica de saúde_ raio de abrangência: 1000 m

hospital _ raio de abrangência: 5000 m N

0 100

500

1500 m

LEGENDA

praça _ raio de abrangência: 600 m N

POSTO POLICIAL 0 100

500

1500 m

posto policial _ raio de abrangência: 2000 m

SENTIDO DUPLO 6 FAIXAS COM CANTEIRO (3 E 3) 4 FAIXAS COM CANTEIRO (2 E 2) 2 FAIXAS SEM CANTEIRO SEM DEFINIÇÃO SENTIDO ÚNICO 2 FAIXAS

RESIDENCIAL COMERCIAL INSTITUCIONAL/SERVIÇOS INDUSTRIAL TERRENO BALDIO PRAÇA HORTA COMUNITÁRIA CEMITÉRIO

O aspecto climático propõe relacionar todos os atributos dos elementos arquitetônicos com a satisfação do nosso corpo em termos de conforto, abordando aspectos como temperatura, umidade, qualidade, aromas, entre outros. Os ventos advindos das direções nordeste e sudoeste penetram na rede viária do bairro Santa Maria e encontram barreiras físicas que impedem uma maior ventilação dentro das edificações, tanto pelo gabarito uniforme e mais baixo, quanto pela presença de muros raramente vazados que diminuem a intensidade dos ventos no interior do lote. Outro fator que influencia na ação dos ventos é a relação entre o edifício e o lote. Uma vez inseridos de forma a ocupar os recuos frontais e laterais do lote, o edifício bloqueia a passagem do ar tanto entre as edificações quanto no interior dele mesmo. Logo, a ventilação natural nem sempre é usufruída em sua capacidade máxima. Nas áreas onde a densidade habitacional é maior, ou seja, no interior do bairro, a leste da Av. Poty Velho, as temperaturas são mais altas devido à falta de arborização das calçadas e a alta concentração de casas geminadas. No entanto, Dentro dos lotes, e em avenidas principais como a Av. Conquista Francisco Nogueira e a Av. Professor Mariano da Silva Neto, a temperatura é amenizada devido à presença de árvores nos quintais e canteiros centrais. Já na porção oeste da Av. Poty Velho, mais próxima ao rio, percebe-se um clima diferenciado, onde a pouca densidade habitacional do local e o uso de materiais mais naturais, tanto na pavimentação das vias quanto nas construções, influenciam na diminuição das temperaturas, favorecida também pela maior presença de massas arbóreas.

O neologismo "topocepção" criado pela pesquisadora Maria Elaine Kohlsdorf, propõe estudar os atributos visíveis da arquitetura e urbanismo capazes de atribuir identidade aos lugares e favorecer a boa orientação no espaço urbano (HOLANDA, 2013). Os conceitos de "efeitos visuais" cunhados por Kohlsdorf foram utilizados juntamente com as concepções de análise visual de Lynch no estudo da dimensão topoceptiva apresentado. Durante as vivencias no bairro Santa Maria não foram identificados marcos visuais ou pontos focais fortes. Os elementos mais marcantes durante o trajeto foram as caixas d’água azuis em fibra instaladas no terreno das hortas comunitárias, e a grande caixa d’água cilíndrica em concreto que se localiza no limite sudeste do bairro. As numerosas escolas e campos de futebol também serviram como referência durante o percurso. Circulando pelo bairro foi possível distinguir alguns “distritos”, como nomeia Lynch (apud KOHLSDORF, 1996), zonas temáticas na estrutura da imagem, segmentos da malha com qualidades particulares que se diferenciam entre si diversificando a paisagem. Outro aspecto importante a ser citado é a relação da população com o Rio Parnaíba, a qual se torna distante e evasiva, uma vez que os moradores reconhecem a existência do mesmo, por vezes sabem seu direcionamento, mas não o utilizam em nenhuma de suas atividades. O mesmo não configura um elemento frequentemente utilizado como ponto de referência ou localização.

500m 100 0 50

VEÍCULOS AUTOMOTORES PEDESTRE (USO EXCLUSIVO) FLUXO RESTRITO SENTIDO: ÚNICO DUPLO

ECOVILLA LEGENDA

VEGETAÇÃO SIGNIFICATIVA CHEIOS VAZIOS

PARQUE DA RIBEIRA

TRAÇADO ORGÂNICO DA RUA CHICÓ CONRADO

EFEITO DE IMPEDIMENTO CAUSADO PELA HORTA

LEGENDA

CONTRASTE ENTRE O PERFIL DOS LOTES À ESQUERDA E À DIREITA DA AV. RIO POTI

CONDOMÍNIO JARDINS DO NORTE SE DESTACA NA PAISAGEM

AVENIDAS PRINCIPAIS LIMITES HORTA COMUNITÁRIA TRAÇADO ORGÂNICO PERCEPÇÕES DA MALHA MAIOR ADENSAMENTO VAZIOS

ESTRUTURA: 1 FAIXA 2 FAIXAS 4 FAIXAS 6 FAIXAS

PRAÇA

EFEITO DE CONTINUIDADE NAS FACHADAS

A orla do rio Parnaíba, no trecho em que este margeia o bairro Santa Maria, está dividida pela lei de uso e ocupação do solo em Zona de Preservação 5 (ZP5) e Zona de Preservação 8 (ZP8), como já foi visto. A ZP5 será trabalhada de modo a promover a interação entre os moradores do bairro e o rio através de uma passarela em madeira, com estrutura elevada que não agrida de forma grosseira a área, de modo que. A passarela, que terá acesso através de rampas e escadas, será dotada de uma série de mobiliários que permitirão o descanso e o uso adequado deste espaço. Com a passarela a população, que passa a ter o acesso físico e visual ao rio, pode ter contato com um elemento que até então estava esquecido e desligado do cotidiano do bairro. Esta área também receberá trilhas ecológicas que poderão ser feitas a pé ou de bicicleta. As espécies nativas ganharão placas de identificação e durante a noite receberão iluminação de destaque. Já a área definida como ZP8 terá a função de parque, o Parque da Ribeira, e contará com diversos equipamentos e atividades como pistas para corrida e caminhada, pistas para patinação e ciclismo, quadras de esporte, academia pública, parque infantil, bicicletários, vestiários, quiosques de alimentação, bebedouros, postos policiais e monumento. A diversidade de atividades e os diversos postos policiais dispostos ao longo do parque serão atrativos que trarão o público em diferentes horários durante o dia, transformando-o em um espaço de bastante vitalidade no bairro. Além disso, a Praça do Comércio (que fica à direita da Avenida Rio Parnaíba), será uma área pulsante de comércio, bares e restaurantes. BALNEÁRIO CHAPADINHA NORTE Durante o processo de projeto foi necessária a retirada de algumas residências (justificada em momento oportuno). Na área do parque não foi diferente, no entanto existe ali um balneário aberto ao público (Balneário Chapadinha Norte), que, devido à permissão de atividades com finalidade de lazer e recreação, nesta área optou-se por manter o empreendimento, inserindo-o no parque e modificando apenas o acesso de veículos, que agora se dará pela Via Parque (via de fluxo reduzido que dá acesso à área de estacionamento do parque). Além disso, será proposta uma parceria público-privada (PPP) para auxiliar financeiramente a manutenção do parque, e promover as interações entre os diversos públicos.

IFPI + SENAC _ CAMPUS SANTA MARIA

Para suprir a deficiência de ensino superior e técnico existente na região, a proposta traz um campus compartilhado entre as duas instituições, que juntas serão capazes de oferecer grande diversidade de cursos, atraindo diversos públicos: desde os que buscam ensino técnico aos que buscam cursos profissionalizantes. Além disso, se constitui em um importante elemento de acesso (tanto visual quanto físico) ao rio. A área é uma extensão do boulevard e se apresenta como agradável área de interação entre as pessoas, trazendo vitalidade ao espaço urbano. Os blocos deverão ter no máximo 2 pavimentos e ser locados de modo alternado, com espaço central livre de obstáculos para a circulação de pessoas, coberto por um pergolado que marca o caminho e protege do sol.

O Eco-bairro pretende promover espaços de circulação que facilitem a interação e a acessibilidade em todo o espaço e, consequentemente, o contato com o rio. Esse conceito urbanístico ocupa os vazios existentes na região oeste e cria diversos corredores verdes que facilitam a caminhada e o ciclismo dos habitantes, bem como a interação entre os moradores de um mesmo bloco, quebrando as barreiras existentes que dificultam este acontecimento. PLANO URBANÍSTICO Aproveitando-se das linhas de desejo existentes no local, a malha viária foi traçada de forma a favorecer os deslocamentos já existentes e priorizar o pedestre através da elevação de alguns cruzamentos de ruas. A mesma criou os quarteirões que são loteados de maneira que o conceito geral do bairro se adapta e é aplicado a cada um, dessa forma, procura-se manter um padrão de qualidade nas habitações, sem que haja o prejuízo de uma em relação a outra. Dentro de um quarteirão, existem caminhos destinados ao trânsito de pedestres ou, em alguns poucos casos, aos acessos aos lotes mais internos. Esses caminhos internos possuem um forte atrativo: o tratamento paisagístico com abundante arborização, estrategicamente pensado para se integrar aos espaços internos dos lotes, formando espaços semiprivados, facilitando o contato entre os moradores. Os jardins privados são rodeados por muros de baixa estatura (no máximo, 1,5 m) e intensa vegetação, criando corredores verdes e amenizando as temperaturas no local. O acesso de veículos é limitado apenas aos moradores em algumas quadras que possuem lotes internos, enquanto nas outras, esse acesso é proibido. As calçadas externas são largas e acessíveis com 2,5m, pavimentação em blocos de cimento permeável e com faixas destinadas à arborização e equipamentos urbanos. As calçadas dos caminhos internos se integram com a própria faixa da rua, de maneira compartilhada, e apenas servem de diferenciação entre o lote privado e a área pública. PLANO ARQUITETÔNICO O projeto não possui uma tipologia habitacional definida, sabe-se, no entanto, que o gabarito não deve ultrapassar a altura de dois pavimentos. A ocupação das casas é pensada para melhorar o microclima da região. As mesmas não podem ocupar todo o terreno, mantendo recuos frontais e de fundo de 5m e lateral de 2,5 m; no entanto, comércios e serviços de pequeno porte podem ocupar o recuo frontal ou de fundo do lote, sendo proibido a ocupação de ambos. As fachadas maiores estão direcionadas para o sentido norte-sul com o intuito de aproveitar melhor a ventilação e a iluminação naturais. As mesmas possuem jardins internos nos recuos frontais e posteriores para que, ao se conectarem com a vegetação da calçada e das ruas internas, criem corredores verdes e melhorem a qualidade do espaço.

Na área central do bairro, foi locada uma zona de serviços para facilitar o acesso à comodidades atualmente escassas na localidade. A zona é formada por três quarteirões de área institucional e uma praça adjacente. As vias que interligam estas quadras são de fluxo pedonal exclusivo, permitindo maior fluidez na circulação e integração entre os espaços. A área institucional oferece serviços, como agência bancária, órgão do Detran, filial do Setut, casa lotérica, Centro de Entrega de Encomendas dos Correios, Cartório de Notas, sucursal da Agespisa, e um Núcleo da Defensoria Pública do Piauí. Estas edificações estão locadas sob uma cobertura comum que possibilita a transição gradual entre interior e exterior. A praça promove a interação do entorno com a área institucional, dispondo de espaços de espera mais agradáveis. Através da concessão de serviços complementares como alimentação, é favorecida a circulação de usuários também no período noturno, proporcionando vitalidade ao espaço público nos mais diversos horários. Há ainda um posto policial para garantir a segurança dos transeuntes.

200

LEGENDAUSOS:

LEGENDA

ASPECTO BIOCLIMÁTICO

ASPECTO TOPOCEPTIVO

PRAÇAS

0

0 0 1 50

200

ABRIGO DE PASSAGEIROS

LEGENDA

RIO PARNAÍBA PONTOS DE ÔNIBUS COM ABRIGO CONSTRUÇÃO EXISTENTE CONSTRUÇÃO PROPOSTA LOTES PARTICULARES 1. PRAÇA DO COMÉRCIO 2. PRAÇA DO SKATE 3. PRAÇA DE EVENTOS 4. CENTRO ESPORTIVO 5. CENTRO CULTURAL 6. CRECHE 7. POSTO POLICIAL 8. ESCOLA 9. MERCADO 10. SDU 11. ELETROBRÁS 12. SUBPREFEITURA 13. HOSPITAL 14. CENTRO MÉDICO ESPECIALIZADO 15. INFORMAÇÃO TURÍSTICA 16. BALNEÁRIO 17. ÁREA PARA MUSEU 18. CAPS 19. DELEGACIA DE POLÍCIA 20. ANFITEATRO 21. POSTO DE TRIQGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS 22. MATERNIDADE 23. CENTRO DE PRODUÇÃO 24. ÁREA INSTITUCIONAL 25. QUIOSQUES 26. MONUMENTO

VIAS VIA COMERCIAL

1.ABORDAGEM LEITURA DO BAIRRO SEGUNDO A METODOLOGIA DE KOHLSDORF

2. EQUIPAMENTOS EXISTENTES ABORDAGEM SEGUNDO ADRIAN PITTS

500 m

ANTES

ANTES

ANTES

DEPOIS 3,0

6,0

1,4

6,2

1,4

6,0

3,0

4. BOULEVARD - PROLONGAMENTO AV. PROF. MARIANO DA SILVA NETO DEPOIS

2,5

4,5

2,5

1. RUA TIPO - SENTIDO UNICO

M

DEPOIS

2,2

5,3

1,0

5,3

2,2

AV. POTI VELHO

M

2. AV. CONQUISTA FRANCISCO NOGUEIRA ANTES

2,5

1,0

6,5

6,6

6,5

1,0

2,5

PERSPECTIVA RUA TIPO - DEPOIS

3. AV. PROF. MARIANO DA SILVA NETO

6. CRUZAMENTO - AV. POTI VELHO x BOULEVARD

M

DEPOIS 3,0 PERSPECTIVA RUA TIPO - ANTES

M

BOULEVARD

Foram utilizados três autores como embasamento teórico e prático para a realização da etapa diagnóstica. O primeiro, referente à metodologia de Kohlsdorf discorrida em seu livro "A apreensão da forma da cidade" acarretou no estudo topoceptivo do bairro e a análise do espaço urbano por meio de um processo cognitivo. O segundo, se refere ao estudo de Frederico Holanda em seu livro "Dez mandamentos da arquitetura" em que ele analisa as dimensões dos elementos arquitetônicos e do espaço urbano e seus efeitos sobre nós. Por fim, a metodologia de Pitts que relaciona os equipamentos comunitários em um tecido urbano e seu raio de abrangência para que possa resultar em uma distribuição equilibrada dos mesmos em toda a cidade, detalhando distâncias máximas recomendadas. Dessa forma, produziram-se mapas e gráficos para representar os resultados desse estudo e estes foram utilizados para embasar e justificar a proposta.

MARCO VISUAL 1

MAPEAMENTOS COMPLEMENTARES

NOVOS EQUIPAMENTOS

Das 64 pessoas que a entrevista abrangeu, 23 foram crianças/adolescentes, 32 adultos e 9 idosos. Analisar a faixa etária é um meio de traçar os perfis dos usuários e consequentemente dos tipos de equipamentos mais necessários no bairro, de acordo com seu público alvo. A maioria dos entrevistados reside no bairro há mais de 10 anos. E 5% deles estão no bairro há mais de 20 anos. O que caracteriza uma ocupação da área antes mesmo de sua consolidação e denominação de bairro por lei.

nº de pessoas

OBJETO DE ESTUDO Como objeto de estudo foi escolhido o bairro Santa Maria, no extremo norte da cidade de Teresina. Relativamente afastado da parcela mais expressiva da cidade, o bairro, atualmente, possui área estimada em 620 hectares e tem como bairros adjacentes, o Chapadinha, o Parque Brasil, o Jacinta Andrade e o Monte Verde. Como objeto de intervenção foi escolhido uma área de 332,8 hectares que abrange a parte mais ao sul do bairro Santa Maria, o que anteriormente era chamado de Santa Maria das Vassouras e Parque Firmino Filho, incluindo a área compreendida entre a Avenida Poty Velho e o Rio Parnaíba. A escolha ocorreu devido à constatação de maiores problemas por meio do questionário aplicado e após a visita e observação da área, percebeu-se o potencial existente no local, com espaços vazios que poderiam ser utilizados para suprir as necessidades dos moradores e favorecer aspectos como ACESSIBILIDADE, VITALIDADE, INTERAÇÃO e DIVERSIDADE.

DADOS SOCIOECONÔMICOS

JACINTA ANDRADE

A RIO PARNAÍB

O PROGRAMA SANTA MARIA MELHOR consiste na proposta de requalificação e urbanização de parte da área pertencente ao bairro Santa Maria (ver item objeto de estudo), como resultado da disciplina de Projeto de Urbanismo I. A ideia é dar continuidade à reflexão iniciada na disciplina Paisagismo II em torno do tema rios urbanos. Dessa forma o trabalho se desenvolve em bairros ribeirinhos de modo a reinserir os rios na vida da citadina, conectando-os ao dia-a-dia da população. A proposta apresentada visa promover VITALIDADE urbana através da ativação do espaço público. As intervenções fundamentaram-se na oferta de atividades e equipamentos de qualidade que propiciem a interação entre usuários de perfis variados, viabilizando uma maior DIVERSIDADE de usos, a ampliação dos horários de ocupação e a consequente promoção da segurança no espaço público. A ACESSIBILIDADE física e visual foi outra das principais diretrizes de projeto. Além do desenho universal, observado nas vias, a INTERAÇÃO entre ambientes internos e externos favorece os "olhos para as ruas", expressão cunhada pela escritora Jane Jacobs.

HISTÓRICO

nº de pessoas

APRESENTAÇÃO

Outro aspecto verificado foi a dificuldade de acesso às margens do rio, isto ocorre através de pequenas estradas em péssimas condições ou acontece a impossibilidade de contato devido à presença de grandes parcelas de terra sem ocupação. Com isto ressaltado, buscou-se listar outros problemas encontrados no local como a priorização de veículos, a pouca arborização nas vias e calçadas, precarização da iluminação pública, mau dimensionamento das calçadas, falta de equipamentos urbanos, monotonia da paisagem, entre outros. Por fim, listou-se diversos casos em que as deficiências do local foram supridas e, consequentemente, o bairro passou a ter um rendimento melhor. CAMINHO PILAR DE LA HORADADA Alicante // Espanha A proposta é aproximar o aspecto da via ao da orla, visto que essa faixa da malha viária estava isolada do mar mediterrâneo por uma rodovia expressa, levando a vegetação característica dessa área e criando áreas de locomoção e convívio mais agradáveis e conectadas ao contexto da cidade.

A partir das constatações do diagnóstico, percebeu-se a necessidade de diversificar os usos do local, uma vez que o santa maria se caracterizava como bairro-dormitório devido à predominância de residências e a pouca presença de serviços e instituições que atedenssem de maneira adequada a população residente. Refletindo sobre isso, foram reservados locais para o uso comercial, institucional e de serviço embora o projeto não se limite a esse tipo de uso mas dê a elas prioridade. Juntamente com a revitalização das hortas, com a instalação de equipamentos educacionais de diversos níveis (como o técnico e o superior), o bairro Santa Maria deixa de ser um destino apenas no fim de um dia de trabalho e passa ser o próprio local de trabalho e estudo, gerador de empregos e oportunidades para a população, encurtando distâncias e favorecendo as interações intra-bairro. Pensou-se também em dotar o bairros de áreas de lazer que se desvencilhassem um pouco do esporte (uma vez que a região é bem suprida desse tipo de equipamento) com praças que incentivam a permanência e apreciação, a revitalização de parques ambientais e lagos, a integração com o Parque Rio Verde e o Parque da Ribeira, a fim de promover, também, um contato maior com o Rio Parnaíba. Criou-se também a Ecovilla, bairro ecológico que ocupa a área entre a Avenida Poty Velho e o Rio Parnaíba com o intuito de criar diversos corredores verdes, representados principalmente pelos caminhos internos dos quarteirões, que aproximassem a população do corpo d'água existente. Sendo assim, a Ecovilla conta com uma arborização intensa que favorece o caminhar e o pedalar, diminuindo os efeitos poluidores do transporte automobilístico. Outros aspectos como transporte público, fluxos de trânsito, acessibilidade, segurança, cruzamentos de ruas, valorização do pedestre, adaptação da nova rede viária às linhas de desejo existentes foram levados em consideração e verificados durante o projeto. Sendo assim, a proposta visa aumentar a interação entre a população e da população com o rio, com o intuito de proporcionar um bairro agradável e auto suficiente para os moradores.

SESC LAGO

ESTUDO DE MOBILIÁRIO

MAPA CONCEITUAL

PROPOSTA

s santa maria m+ programa

O estudo para o mobiliário utilizado no programa pretendeu criar elementos com formas simplificadas, mas com materiais simbólicos que seguissem uma mesma linguagem e trouxessem identidade à área. Dessa forma foram utilizados o concreto aparente (em bancos, mesas, totens, lixeiras...), o ferro pintado na cor vermelha (em estruturas) e a madeira (principalmente em acabamentos) que torna os equipamentos mais aconchegantes.

6,0

5. AV. MINISTRO SÉRGIO MOTA

9,0

6,0

3,0

M

PERSPECTIVA - RUA COMERCIAL


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